Clinical application of modified Thurow appliances in correction of maxillary protrusion

© Dc nul PressPublishing IRevClin Ortod Denlal Press.2017Fev- Mar; 6(1),74- 89
Aplica fio clinica de aparelhos de Thurow
modificados na corre fio da protrusfio maxilar
Luciana Dua rte Ca ldas 1
lzabe lle Alice Pinheiro Barros Lisboa 2
Telma M artins de Araujo3
1] Dou·c •::rd os -r O --.odon e0 p•H J U, vers:dods= s:: s •o do
it o o,;a. o n.eiro l ic d s Jcr,s·ro/ i-
3] Dou·c•::s 1V s,a• ;, s-r O --ooo nrce sp :: U ivs•f do:fa
sf os,a co R·o d,s ons··c IR"c cs . c nsiro/ ]. Pro"s.;,.;co
T·;
· c0• c
s O --
c oor··c o:: U rvs• ·coo ;;=
, s dsrol do chic
So -.odo •/ 3..A;.
Re sumo: 0 ob jetivo deste artigo e d
fundir o oplicoc;:ao clfnica do apar e lho
extro buca l d e Thurow, derronstrand o
os seus efeitos ortopedicos no correc;:oo
do prot r usoo moxilor em dois cosos cli-
nicos. Os pocientes encontrovam-se no
perfodo intertransti6rio do dentic;:oo mista
e em lase de crescimentopre-puberal.
Fora m diognosticados como portadores
de m6 oclusoo esqueletica e dent6ria
de Closse II, sobremordida exagero-
do, trespasse horizontal acentuado e
maxilas otresicas. Seroo d e scritos os
procedimentos terapeuticos realizados
e as alterac;:o e s dent6rios e esqueleticas
obtidas. Palav ra s-chave: M 6 oclusao
Classe II de Angle. Sobremordida. Apo-
relhosde troc;:ao e xtrobucal.
74 Clinical application of modifted Ihurow appliances in correction of maxillary protrusion
Abstract, The aim of this article is to div ulge
the clinical application of the Thurow extra-
oral appliance, demonstrating its or thopedic
effectsfor the correction of maxillarg protru-
sion in two clinical cases. The patients were
in the inter-transitionalperiod of mixed den-
tition and in the pre- pubertal growth stage.
Theg werediagnosedwithClass II skeletaland
dental maloccl usion, exaggerated overbite,
accentuated horizont a l overjet and maxillarg
atresia. fhe therapeutic procedures per-
formed and the dental and skeletal alterations
obtained will be described. K,gwords,M al-
occlusion, Angle Class II. Overbite. lixtraoral
traction appliances.
Como citor estea rtigo: Co do D , l'sboo .AP3. A,::uio TM. Ap·co,;Oo c fnic:o o.; cpcsr 1-ot d ;-;.. J'◊ W mco·t cooo ;c ro co u,;-
· o do o ro'.,v eOc r-oxio•. R;;v
, C ir, o cd D
,;
n:o
' r
.;
s
a
. 20 i7 ·
::"
, •V
i e r; · 6 , J:7 .i--SO-.
E nvi odo e m: :?2/ CA/ 20 1.5 • Revis a do e <Jce ito ; 31/ 0 S / 2 01 5 .
DOI : h- p:/ / dx.d o·.c•g / i 0 . 4. 36 / l 676-6S4 0,. 6. l.07L-OSQ.orr
Ende re c;:o p ara c orr es po nd iilnci o : . uc ·c r,c ) .c0--s Ccldoa • uo Jo.;: S c .,, c o · o .5.SQ, Con·J ·o Cc ·c ,; s·1vo s·o s··o Co.,,cc .;: A-
c c-
c ju. S
s ·g·p;;. • C : P: AQ-.07 5- .:170 . E-rro·I: ..c·ono_co oc _ooor·o · o·-nc l cc "n
Oa cur
c•;;,s :::;;.c c rorr , oo ·i:l " ir,·;;,
r;;..
HB o .acc·o-'vos corr &
" •
c·o·.;:, ds pro .o,.adod,; c., f• crc siro.& q ...s r,; c•;;, n-:1T cc •l .
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s ·, ·a•saaa no-:- :::
•oaurca s cc T'i:::a, ics ds sc ri·cs r-s sss
"Cl'T'3O. o:,J ccic·s n:s s'.9 s.1 opcs• cs ,.rr.l ro psr ss · ·s 011i90
c:1.,-c <z o u 0 •0 1"1j p•s•i c "
s'l n·s o pubk c ,;oo ce- .-'l:l=
s o·c9 •o
r oa
foc·c·.si :,·rcbuco·s, e-/ oJ ·00 '09ro· :::s.

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Aplica.y3.oclinicade aparelhosde Thurow modihcados nacorrcc;ao <la protrusao maxilar
_
4-
INTRODU<;AO
0 tra tamento de pa cientes po rtado res do ma
oclus6o esqueletica de C lasse II n6o se limita ape-
nos a promover o rearranjo nos posi,;:oe s e incli -
na<;:oes d enta rias, ma s, tambem, em ag ir sobre as
resislencia do maxila e o cenlro de resislencio da
arca da dentario (Fig . 1). As for,;:as compressivas
nos sutura s plerigo pa lo tinos, fronlo maxilares e zi-
go matico maxilares s6o responsaveis p ela rota,;:60
hora ria d o co mp lexo max ila r20
.
bases 6sseas- 5
A terapia pode ser realizada de
varia s formas, dependend o da identifica ,;:60 d o
area co mp rometid a, maxilar e/ ou man dib ula r, e
d o fase do d esenvolvimento , podendo ser utiliz a-
d os aparelho s funcio nais, extrab uca is, apar elho s
fixos, exodontias e cirurgia s orlo gnaticas6
.
0 a juste ortopedico dos rela,;:oes sagitais entre
dentes e maxilares e bastante efetivo co mo guia
para a corre,;:60 d e d isplasias esqueleticas, nos
sentido s anteropo sterio r e vertica l, em pacientes
que se enconlram no fase ativa de crescimento-
7 12
,
be m co mo em adulto s, co m o ob jetivo de distaliz ar
dentes posteriores13
.
0 apare lho extrabucal funciona restringindo o
crescimento da maxila pa ra a frente e pa ra baixo ,
ao mesmo tempo em que permite que a mand ibula
co mplete seu crescimento, co rrigindo, dessa forma,
a discrepa ncia sagital existente2
·
8
·
1 16
. Raym ond
Thur o w7, em 19 75 , a p erfei,;:oo u o a rco ext rabuca l
associado a uma placa removivel de acrilico - pro-
pos,to inicialmenle, por M cC allin17
, em 196 1, Cou-
sins e C lark 18, em 19 6 5 , e C ho tea u e Le G a ll19 ,
em 1975 - e difundiu o uso desse apa relho para o
tratamento de mas oclusoes de Closse II cujo diag-
n6slico apon le para a prolrus6o maxilar ou d entoa
veolar. Posteriormenle, ele fico u co nhecid o mundia
menle pelo ep6nimo splint maxilar de Thurow7
.
Esse recurso consisle em um splint max ila r asso-
cia do a um orco extrab uca l pos icio nado sabre a
supe rfici e ocl usal e incisal dos d enies superiores,
qu e promove area de ap lica,;:ao d e fo r,;:a pote n-
cialmente ampla . Os b ra,;:os exlernos do apare-
lho devem ser inclinad os para cima, de modo a
propicia r uma for,;:a d irecio nad a o tube ro sida de
zigomolico maxilar e que posse enlre o centro de
7S
Figura J: Aparelho extrabu cal de ·1hurow insLalado , mos Lrando
a inclina<;:50 do brac;:o e x Lerno para cima, a fim de permitir que
a ac;:ao da forc;:a pas se enlreo centro de resist e nc ia da maxila e o
centro de resistencia da arcada dentaria superior.
0 aparelho exlrabucol modificado por Thurow
deve ser utilizado, preferencialmente, no epoca de
erup,;:60 d o s pre-molares, ou antes dos segundos
molores otingirem o piano oclusal, quando oco rre
o terceiro levantomento do mordid a
· 6
, alem de per-
mitir a possibilido de de a justesortod6nticos poslerio-
res, evitando exodontias ou cirurgias ortognaticas7
.
0 sp lint e co nfec cionado em resina ac rilica
qu e engloba as sup erficies oclusal, pa latina e
vestib ula r dos denies superiores. Esse aparelho

Galdas LO, Lisboa!APB, AraujoTM
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e rig ido e pro po rciona controle em massa dos
denies em todas as direc;:o es , in clusiv e n o senti-
do a nteropost erior, alem de proteger os incisivos
sup eriores co ntra fraturas e avulsoes aci dentais10
(Fig . 2A ). A sup erficie acrilica oclusal desoclui os
denies, eliminando interferencias d urante o perio-
do de aplicac;:oo d e forc;:a , o qu e nao s6 facilita
a movimentac;:ao d o s denies superio res, mas tam-
bem permite a co rrec;:ao dos d i splasias funcionais
mandibulares7
. Co ntudo, com o passar dos anos,
muitas modifica c;:o e s no splint maxilar foram surgin-
do , no inluilo de possibilitar o sua utiliza c;:ao e m
diversas situac;:oe s e, d essa forma, melhorar a efi-
c6cia dos lratamenlos
,5,8,9 1
·- 1
L 2◊-
27 (Fig . 2B a 2 H ).
76
Figura 2: Apare lhos exlrabucais de' lhurow e suas modif1ca9iies : A) original; B) com splint acrflico engloban do todos os deniese o
palato; C) com sp/inl acrilicoengloba ndo os deniesposteriores, a area do palato correspondente e um batente na regiaoanter ior;
D) com splint acrilico engloba n<lo a penas os denies posteriores ea :lrea do palalo correspondenle; E) com para fus o e xpansor;
F, G, 11) com parafuso ex pansor associadoag rade palatina segmentada.

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Figura 4: Fotografiasintrabucais iniciais.
N o p resent e arlig o, seroo ilustrados os efei-
tos ortop ed ico s d e apa relhos d e Thurow modi-
cados, no tra tamento d e dois p acienles com
qu eixa de p ro trusoo dos denies sup erio res, diag-
nosticados com ma oclusoo esqueletica e den-
taria de C lasse II, sobremordid a exag erada e
sobressaliencia acenluada .
CASO CLINICO 1
Pacien o sexo feminino, leuco de rma , 8 anos
e l O meses de idade, em fase de denlii;:60 m isla ,
co m p e rfil co nv e xo , co rredo r b uca l a mp lo e ausen -
cia de selamento lab ial p assivo, ap resenlando ma
oclusoo Classe II de Ang le, co m protrus6o denta-
ria, sobremordida exag erada, sobressaliencia de
77
Figura3: Fotografias faciais iniciais.

Galdas LO,Lisboa!APB, AraujoTM
10 ,5 mm e alresia maxilar (Fig. 3 e 4 ). N a an6 lise
do radi og rafia pano ramica , verificou-se qu e o es-
16 gio de fo rmac;:ao radicu l a r dos d e ni e s p ermanen-
les, be m como a sequencia e cronologia de erup-
c;:ao e slavam denlro do normalidade28
(Fig. 5 ).
A a n6lis e ce falometrica inicial indicou um pa-
dr ao esqu eletico de Classe II, co m AN B de 8°
(SN A= 8 1° e SN B= 7 3°). Os 6ngulos do piano
mandibular (SN .GoG n= 40°), do eixo Y (6 1,5°)
e facial (85°) sugeriam lendencia a ro tac;:ao man-
dibular no sentido hor6rio. Os incisivos superiores
ap resentavam-se pro trufdos e pro jeta d os (Fig. 6 ).
Por meio do avaliac;:ao dos v e rt eb ra s cervicais29
,
realizad a no telerradiografia de perfil, pode-se
constalar que a vertebra C3 encontrava-se no for-
malo retangular horizontal curvo, indicando es16gio
pre-pico ou pico do crescimento puberal - epoca
ideal para a realizac;:ao de tralamentosortopedicos.
78
Figura 5: Radi og r;ifia panor:imica inicial.
Figura 6: Radiog ra fia
cefalo melr ica de perf, I e
Lra9adoiniciais.

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Figura 8: Fotograf,as intrabucais ap6s a
disjun<;ao da sutura palatina mediana e
imediatamente antes <la insta la <;ao do
aparelhode 'Ihurow.
0 p ia no de tra tam ento co nsistiu, p rimeiramen -
te, em realiz ar uma expansao ra pida do moxi la
(ERM ), uti liz an d o , para isso, um disjunlo r d e nlo -
mucossuportodo, apo iodo nos primeiros molares
pe rmo nenles e nos p rimeiros mo lo res d ed duo s,
com olivai;:oes de ¼ de volta a coda l 2 horas,
duronte d uos semanas, no inluilo de co rr1g 1r o
o tr e sio maxilo r presente e lib erar a mo ndi bulo,
favo rece ndo o seu crescimenlo no sentido onle-
rior30 . Ap6s o perfodo de conleni;:60 do di sjunt o r,
ce r ca de q u o tro m e ses (Fig . 7 e 8 ), seg uiu-se co m
o instalai;:ao do opo relho exlrob uca l d e Thurow
79
Figura 7: Fotograf,as faciais ap6sa disjurn;:aoe imediatamente antesda instala<;ao do aparelho de' lhurow.

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Figura10: Fotografias int rabuca is ap6so
usodo aparelho de ·1hurow .
modificado, o qual englobava apenas os denies
posteriores e a regiao do palato correspo nden-
te (Fig . 2 D). Foi op lica d a for<;:o ex trabuca l de
40 0cN e tra<;:ao a lto p ar ie tal, sendo prescrito
o uso por periodo d e 14 horas dia rias. 0 arco
externo do aparelho foi encurtodo e inclinado
superiormente no altura dos primeiros mola res su-
p erior es, po is assim a for<;:a g e ra d o pe l o e l 6 stico
passaria pr6ximo ao centro de resistencia do ma-
xila, no reg iao do tube rosidade, co m a final id ad e
de restring ir o crescimento vertical d esso e evitar
inclino<;:o es d e ntar ia s.
80
Figura9: FoLog ra fias faciais aposo uso doaparelhode l hurow.

Aplica.y3.oclinicade aparelhos de Thurow modihcados nacorrcc;ao <la protrusao maxilar
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Ap6s l 8 meses d e uso do referido apa relho,
observaram-se resultados salisfat6rios e, a parlir
dar, em virtude da esfoliar;:ao d os molares ded -
duos, foram instalados aneis ortod6nlicos nos pri-
meiros molares permanenles superiores e o apa re-
lho extrabucal foi nxodo a esses, para manutenr;:ao
d a chave d e oclusao que foi estabelecida nos
primeiros molores p ermanenles. Foi indicado uso
noturno por seis meses co mo contenr;:ao. Ao e xa -
me clinico exlrabucol ap6s utilizar;:ao do a pare lh o
d e Thurow , pod e-se observar melhora na harmo-
nia faci al e ob tenr;:ao d e selamenlo labial pas-
sivo (Fig. 9 ). J6 em umo vista clinica inlrobucal,
obt eve-se relor;:ao d e chove de oclusao dos mo-
lares, melhora na forma do arcada superior e no
nivel de sobremordido, alem de uma diminuir;:ao
n a sobressaliencio de 10,5 poro 6mm (Fig. lO).
A radiog rano pa nor6 mico demonslrou o monu-
lenr;:ao do o speclo de normolidode dos elemenlos
den16
rios p resenles nos boses 6sseos, olem do de-
senvolvimento e erupr;:ao ad e qu o d o dos seg u nd o s
molares (Fig. l l).
C e falometricamente, os trar;:a d os d e mons-
lrarom redur;:ao do 6ng ulo AN B, de 8° pa ra 5°
(SN A= B0,5° e SN B= 75 ,5° ), e manulenr;:ao d o s
6ngulos SN .G oG n, eixo Y e facial (Fig. 12).
Figura ll : Radiografta panoramica
ap6s o uso do aparelho de' Ihurow.
Figura12:Radiografta cefalomel rica
de perfile Lrac;ado ap6s o uso do
aparelho de·1hurow

Figura14: Fotograf,as intrabuc,-ais inic iais .
Pacienle o sexo masculino, feoderma, idade
inicial de l O anos e 4 meses, em fase de den -
tic;:60 misla, perfil convexo e a usencia de sela-
mento la bial pa ssivo, ap resenta ndo ma oclusao
de Classe II de Angle, com biprotrusao denta-
ria, sobremordid a exagerada , sobressaliencia
de l l mm e mordida cruzada dentaria posterior
(Fig . 13 e 14 ). Ap rese ntava boa hi g iene b uca l
e a use ncia de lesc5e s ca rio sas; co ntudo , muitos
denies enco ntrava m-se com sup erf1ce
i s incisais e
ocl usais d esg astad as, em um quo dro severo de
otric;:60 d e ntaria, p rovoca d o pe lo ha b ito p ara fun-
cion a l d e bruxismo excentrico acentuado .
82
Figura13: Fotograf,as faciais iniciais.

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.
N a radiogra fia pa noramIca, verificou-se que o
estagio de formar;:60 radicular dos dentes perma-
nentes, assim como a sequencia e cronologia de
erupr;:60 estavam dentro do normalidade28
(Fig. 15).
A analise cefalometrica inicial indicou um pa-
dr ao esqu eletico de Classe II, co m AN B de 7°
(SN A= 90 ° e SN B= 83°). Os 6ngulos do pia no
mandibular (SN .G oG n= 27° ), do eixo Y (5 8°) e
facia l (9 1°) suge riam leve tendencia de rotar;:60
mandibular no sentido anti-horario. Os incisivos
supe riores ap reseniavam-se extremamente protrui-
dos e pro jeta d os (Fig. 16 ).
A avaliar;:60 d o maturar;:60 do s vertebras cervi-
ca is revelou que a verteb ra C3 enco ntrava-se co m
formato retangular horizontal reto, indicando est6-
gio pre-pico do crescimento puberal29
0 piano de tratamento diferenciou-se do caso
anterior, pelo fato de n6o ser possivel realiza r
uma disjunr;:60 maxilar previa para co rrer;:60 do
a lres ia maxilar e do mordida cruzada denlaria
83
Fig11ra IS: Radiog ra fia
pa nor:imica inicial.
7
Fig11ra 16: Radiog ra fia
ceralo mel rica de
perfile lra<;:ado
iniciai s.

Figura 18: Fotografias inlrabucais ap6so
usodo aparelho de·1httrow.
po sterior, em virtude dos coroos cl1n
c
ias estarem
reduzidos, em func;:ao da ot ric;:ao d e nt6 rio p ro -
vo co da p elo h6bito porofuncionol. Sendo os-
sim, foi co nfec ciono do um apo relho extrab uco l
de Thurow modificodo, que englob ovo op enos
os denies po slerior es e o reg iao do p olo to c or-
respo nd enle, e co ntinho um pora fuso expo nsor,
no intuito de melhoror o reloc;:a o tr a nsv e rsa do
a r co da d ent6 ri o sup erio r (Fig . 2E). Forom reali-
zodos ativoc;:o e s de ¼ de volta, o co da 7 dios,
dura nle 5 meses, e op lica do umo forc;:o e xtra b u -
co l d e 40 0 c N , de tra<;:ao alto parietal, sendo
prescrito o uso po r perfo do m1nimo de 14 ho ras
di6rios, co mo no caso cl1n
c
io anterior.
Ap6s 17 meses de uso do splint max ilar , po-
d e-se ob seNar resulto do s esqueletico s e dent6rios
84
Figura17: Fotograf,as faciais ap6so uso do aparelho de Thurow.

Aplica.y3.o clinicade aparelhosde Thurow modihcados nacorrcc;ao <la protrusao maxilar
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ba slante sig ni ficalivos, em virtude do 6tima colabo-
rac;:ao d o paci e nl e , qu e uti liz a va o opa re lho 18
horas por dia, em media.
Ao exome clinico extrabucalap6s a utilizrn;:ao do
oparelho, observou-se discreta melhora no harmo-
nic facial (Fig. 17) J6 oo exome clinico intrabucal,
constato
u-se sobrecorrec:;:ao , p r ovocondo r e la c:;:ao
d e C la sse Ill de molores. A arcado denl6rio supe-
rior lornou-se mois ampla, houve reduc:;:ao no n iv e l d e
sob re mordido, alem de um
a diminu
ic:;:ao s ig nifi ca liv a
no sobressaliencia de 11mm para 6,5 mm(Fig. 18 ).
A radiog ra fia pano ro mIca revelou a monulen-
c:;:ao do as p ecto d e normo lidod e do s unidades den-
16rios presenles, alem do desenvolvimenlo e erup-
c:;:ao ad e qua d a dos segundos molares (Fig. 19).
Cefolomelricamente, os lrac:;:ados d e mons
-
troram reduc:;:ao d o a n g ulo A N B d e 7 ° pa r a 2°
( SN A = 86,5° e SN B= 84,5° ), classificando-o,
ago ra, coma Classe I esqueletica . 0 6ngulo
SN .G oG n pro ticamente se monleve (de 27°
para 26° ), e os 6ngulos do eixo Y e facial nao
sofreram alteroc:;:o e s (Fig. 20 ).
85
Figura19: Radiogra.f,a panor:lm ica ap6sa utiliza9iio do apar elho de' lhuro w. P.-1ciente c.-om a rco vest ibular apoiado nos primeiros
molaressuperiores, paracorrec;:ao de girove rsoes .
Figura 20: Rad iog ra fiacefa lome lrica
de perfil e lra9a do ap6so usodo
aparelho de ·1huro w.

Galdas LO, Lisboa!APB, Arau jo TM
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DISCUSSAO
A p o um exome clinico crilerioso, analise
dos radiogro fios e dos modelos, foi po ssivel elaboror
um piano de tralomenlo ad equado pa ra a co rre,;60
dos mas ocl usoes de Classe II de Angle opresenta-
500 gromas), par periodo de l 2 a 14 horas dia-
rios, coma preconiza do pa r Thurow7 e outros ou--
lo re s6
,8,9 1
.322.33, pro move a,;60 mois ortopedica do
que dent6rio, e mostrou-seefico z em ombos os cosos
descritos, corrigindo a m6 oclusao de Classe II e,
da,s utilizando a fose do crescimento pre-puberol em inclusive, sobrecorrigindo uma delas.
que se encontravam os poci enles - period o, esse,
idea l para a obtenc;:60 de resultado s baslonle expres-
sivo s com tratamenlos ortopedicos29
.
A escolho pa r opa relhos exlrob ucois e umo al-
ternativo para os tralomenlos de mas ocl usoes de
C lasse II, quando se identifico umo protrusao do
base 6sseo moxilor4
,1631. Os oporelho s utilizados
para a corre,;60 de sses d ais cosos clinicos forom
modificrn;:oes do splin t maxilor propos to par Thu-
row7. N o primeiro coso, foi utilizado um splin t ma-
xilar qu e englo ba vo ope nas os denies posteriores
e a regiao do palato correspondente (Fig . 2D );
no segundo coso, o splint maxilar tambem englo-
bavo openos os dentes posl eriores e a reg iao do
N os casos ap resentad os, a ap lico,;60 da
lro,;60 pa rie ta l e d o d ire ci ono me nl o da fo r<;o d e
fo rma a p o ssor p elo centro de resistencia do mo-
xilo p romoveu umo reslri,;60 d o cres cimenlo mo-
xilor tanlo no sentido anteropo sterior qu anta no
sentido vertica l, co ma pode ser observa do nos
sopreposi,;6 es totais dos lro,;a do s cefa lo melricos
(Fig . 2 1 e 2 2 ), d ife re nl emente d o qu e se espero-
rio em um crescimento normal e sem tratamenlo.
Apesor desses apor elhos nao terem umo o,;60
direta sabre a mandibula, oo og ir somenle sabre o
ler<;o m e d ia fa ci a l, p e rm ite m que a ma ndibul o ex-
presse o seu crescimento no sentido anterior. E, alio-
do a esse crescimenlo fovora vel do mandibulo, em
86
pa la to, mos continha um pora fuso exponsor pa ra ambos os cosos, houve um co ntrole denloa lveol ar
rea lizo,;60 d e exponsao maxilor lenta, com o o b je-- salisfot6rio, que contribuiu para a corre,;60 da relo-
tivo de melhoror a relo,;60 lro nsve rsa en tre mox ilo
e mandrbulo (Fig . 2 E)
Ap esor do apa relho de Thurow - com suos
modifica,;o es ou nao - ser larg omente utilizad o
em poci entes oinda na fose de crescimento e nos
tralomenlo s das mas oclusoes de C lasse II, divi-
sao l , co m sob remordid a exogerad a (co ma nos
d ais cosos clinicos relatados), alg uns autores pro-
po em que esse opa relho tambe m po de ser utiliz a-
do em po cientes sem crescimento, para distalizor
dentesI3, bem coma em cosos de mordida aberta
anterior, quando grades pala tinos podem eslor
ocopladas oo splint (Fig. 2F e 2G ),5 6,,8,9i ·, 12,22.27_
Emb ora a lguns oulores empreguem for<;os mois
altas2,3,2I,2
, 4 32 e pa r mois horos em opore lhos exlro-
bucois , quando se deseja uma o,;60 denloalveo-
lar2·31
·2
·21·
23·27·32, a utilizo,;60 do splint maxilor com
300 a 500 cN de cargo (aproximadamenle 300 a
<;60 anteropo sterior, evidencian do redu,;6 es de 3°
e 5° do AN B. O uando ha extrusao dentaria, ocorre
umo movimenta,;60 mand ibular no sentido horario,
e o po nto B possa a se loca lizar mois po steriormen-
le, oumenlando a discrepa ncia horizontal entre as
bases 6sseas23, diferenteme nte do qu e foi ob servo-
do no tratamento dos casos descrilos.
0 SN .G oG n e considerado uma dos vori6veis
mois imporlontes, par aponlor as desormonios es-
que letica s verticais. 0 uso do oporelho de Thurow
mo difica do possib ilitou, em ambos os cosos, o
controle d esse ang ulo, demonstrando ousencio de
rota,;60 d o base da mandrbulo (Fig . 2 1, 2 2 ).
Ap6s o trotamento, em ambos os cosos clinicos
desse lroba lho, os incisivos superiores e inferiores
sofrerom poucos altero,;oes nas suos inclina<;o e s,
pois nao estavom inco rpo rad os oos splints moxilo-
res (Fig. 2 1, 2 2).

© Denul PressPublishingI RevClinOrlod Dental Press. 2017Fcv-Mar;16(1):74-89
Figura21: Sobreposi9iiestotale parciaisdos trai;:ados ce falome tricos do CasoClfnico I.
87
Figura 22:Sobreposi9iies totale parciaisdos tra<;adoscefalometricos do CasoCIInic.-o 2.

GaldasLO, Lisboa!APB, AraujoTM
© Dental PressPublishingI Rev Clin Ortod Dental Press. 2017 Fcv- Mar;16(1),74- 89
Na a tua lid a d e , co m o ut il iz a r;;a o coda
vez moior do ancorogem esqueletico , o uso
de ap arelho s extrab uc ais tern sido rel eg ado .
M as, quando bem indicados, tern oplico r;;a o
precisa no correr;;ao dos d e sarmo nia s esqueleti-
Ap6s 24 meses, incl uindo a fase de conlen-
r;;a o , nos d o i s casos clfni co s foi ob tida umo red u-
r;;ao sig nifica tivo no sobressoliencia , melhora do
sobremordida , e relar;;ao de c ha ve d e oclusao
nos molares, com excer;;ao do segundo caso,
ca,s mesmo nos p acien tes em que o crescimen - onde houve sobrecorrer;;ao , e m vi rt ud e d o g rand e
to pub era l j6 se enc erro u.
CONSIDERA OES FIN Ai
Diante d os resu itados o btidos e da melhora
nos asp ecto s denta rio e facial dos po cient es
op resentado s, pod e-se ressaltar a imp or to ncia
do prevenr;:60 e in te rc ep to r;;a o , l eva nd o-s e e m
co nsid e r a r;;a o o n ecessid o d e de ava li ar;;a o e p la -
ne jamento od equad os, b em como correto diag-
n6stico e, principa lmente, colabo rar;;ao por p a rl e
do po ci ent e , fato r d e fund a menta l i mp or to ncia
pa ra o suc e sso do tratam ento.
co l abo ror;:6 0 do pa ci ente d uro nte o tra tam e nto .
Os apo relho s exlrob ucais de Thurow modifi-
cados constituem uma excelenle alternativo para
a terapia orlopedico dos discrep onci as 6 ssea s
presentes no ma oclusoo esqueletica e dentaria
de Classe II com protrusao moxila r. Em ad ir;;ao ,
p ro mov e m di staliz ar;;ao dos d e nie s, evilond o sua
extrusao, co ntrola m o piano mandibular, permi-
lem que a mondfbula complete seu crescimento,
e pod em, em alguns casos, evilor exod onlias ou
cirurgio s o rlog na tica s, reduz ind o e/ ou facilitando
o p erfodo de O rtodo ntio co rretiva .
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