slides elaborados para aula na universidade federal de jataí

1. KARL MARX: ANÁLISE DA
SOCIEDADE BURGUESA
PROF. GABRIEL MAIA DE OLIVEIRA

2. CONCEPÇÕES INTRODUTÓRIAS
• A ESTRUTURA DE UMA SOCIEDADE DEPENDE DA FORMA COMO OS HOMENS ORGANIZAM A
PRODUÇÃO SOCIAL DE BENS (OS SERES HUMANOS PRODUZEM AS CONDIÇÕES MATERIAIS DE SUA
EXISTÊNCIA, RETIRANDO EM CONJUNTO OS RECURSOS NECESSÁRIOS DA NATUREZA).
• O HOMEM É O AGENTE PRECURSOR DA HISTÓRIA. ENTRETANTO, MESMO QUE OS HOMENS FAÇAM A
HISTÓRIA, ESTES ESTÃO INSERIDOS EM CONTEXTOS HISTÓRICOS ESPECÍFICOS, QUE OS LEVA A PRODUZIR
A HISTÓRIA DE MANEIRA EM QUE NÃO DEPENDA DE SUA ESCOLHA ESSENCIALMENTE, MAS DAS
CIRCUNSTÂNCIAS HISTÓRICAS QUE ENFRENTA DIARIAMENTE (EXEMPLO: GREVE DOS CAMINHONEIROS,
ÊXODO RURAL, MOVIMENTOS SOCIAIS, COMO MST, MTST, LGBT, FEMINISTAS, REVOLUCIONÁRIOS,
ENTRE OUTROS)
• O OBJETO DE ANÁLISE DE MARX É A SOCIEDADE BURGUESA. SENDO ASSIM, ELE FALA SOBRE A
SOCIEDADE CAPITALISTA E JAMAIS FOI UM DESENVOLVEDOR DE MODELO DE SOCIEDADE SOCIALISTA.
• O MÉTODO DE ANÁLISE DE MARX É O MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO, EM QUE A HISTÓRIA É A
REFERÊNCIA DE OBSERVÂNCIA DAS MUDANÇAS MATERIAIS E QUE ESTAS MUDANÇAS ACONTECERAM
DE MANEIRA DIALÉTICA, ONDE UMA CLASSE DERRUBA A OUTRA E ESTABELECE OUTRA FORMA DE
ORGANIZAÇÃO MATERIAL (INFLUÊNCIA HEGELIANA)

3. CONCEPÇÕES INTRODUTÓRIAS
• A PRODUÇÃO SOCIAL CONSISTE EM
• FORÇAS PRODUTIVAS: AS CONDIÇÕES MATERIAIS DA PRODUÇÃO( MATÉRIA-PRIMA,
FERRAMENTAS/INSTRUMENTOS, TERRA, MÁQUINAS, ETC)
• MEIOS DE PRODUÇÃO: CONJUNTO DE FORÇAS PRODUTIVAS ( FÁBRICAS, OFICINAS, ETC)
• RELAÇÕES DE PRODUÇÃO: SÃO AS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE PRODUTIVA(
COOPERATIVISMO, ESCRAVISMO, SERVIL E CAPITALISTA)
• MODO DE PRODUÇÃO: O CONJUNTO DE FORÇAS PRODUTIVAS( MEIOS DE PRODUÇÃO) COM AS
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO. UM EXEMPLO É O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA, QUE SE BASEIA NA
JUNÇÃO DE FORÇAS PRODUTIVAS DE PRODUÇÃO ACELERADA E DE TRABALHO ALIENADO COM RELAÇÕES
DE EXPLORAÇÃO ENTRE OS QUE POSSUEM E OS QUE NÃO POSSUEM TAIS MEIOS DE PRODUÇÃO, OU SEJA,
RELAÇÃO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA).

4. CONCEPÇÕES INTRODUTÓRIAS
• ENTRE AS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO PODE HAVER SUBORDINAÇÃO, EXPLORAÇÃO, CONCORRÊNCIA E
COOPERAÇÃO.
• CLASSES SOCIAIS: SÃO DETERMINADAS FUNDAMENTALMENTE PELA FORMA EM QUE SE RELACIONAM COM OS
MEIOS DE PRODUÇÃO
• A LUTA DE CLASSES É ENTÃO, O MOTOR DA HISTÓRIA, POR ESTAR PRESENTE EM TODAS AS SOCIEDADES DESDE
A ANTIGUIDADE, ONDE SEMPRE HOUVE O OPRESSOR E O OPRIMIDO( SUSERANO E VASSALO, SENHOR E SERVO,
REI E SÚDITOS, ARISTOCRACIA E CAMPESINATO, PATRÍCIOS E PLEBEUS, SENHOR DE ENGENHO E ESCRAVO, ETC)

5. SOCIEDADE CAPITALISTA
• O CAPITALISMO NASCEU COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, NO FINAL DO SÉCULO XVIII, TRAZENDO NOVAS
FORÇAS PRODUTIVAS E NOVAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.
• NESTE MODO DE PRODUÇÃO, SÃO ANTAGÔNICAS DUAS CLASSES: A BURGUESIA(QUE SE FORTALECEU COM A
UNIFICAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS E TEVE SUA ASCENSÃO AO PODER COM AS REVOLUÇÕES BURGUESAS) E O
PROLETARIADO( FORMADOS PRINCIPALMENTE DEVIDO AOS CERCAMENTOS E PELA GRANDE ONDA DE ÊXODO
RURAL QUE ESTAVA ACONTECENDO NAQUELE MOMENTO).
• A BURGUESIA(OS CAPITALISTAS) SE CARACTERIZA POR SER PROPRIETÁRIA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO, ENQUANTO
O PROLETARIADO SOMENTE DETÉM SUA FORÇA DE TRABALHO, ESSA QUE É VENDIDA COMO MERCADORIA PARA
SUA SOBREVIVÊNCIA.
• O NOVO MODO DE PRODUÇÃO DESENVOLVE OS IDEAIS DE VALORIZAÇÃO COMERCIAL DO MERCANTILISMO
(MONOPOLIZAÇÃO DO MONETÁRIO), MAS AO INVÉS DE TER INTERVENÇÃO ESTATAL EM GRANDE PARTE DOS
ASSUNTOS COMERCIAIS, O MERCADO É LIVRE E A PROPRIEDADE PRIVADA É TIDA COMO DIREITO FUNDAMENTAL(
IDEAIS ILUMINISTAS) MONOPOLIZAÇÃO DA PRODUÇÃO MATERIAL

6. SOCIEDADE CAPITALISTA
• O FATO DE A BURGUESIA DETER TODA A PRODUÇÃO SOCIAL PRODUZ A DESIGUALDADE SOCIAL E A FALTA DE
OPORTUNIDADES PARA A GRANDE MAIORIA DA POPULAÇÃO, QUE TEM DE SE SUJEITAR A GRANDES JORNADAS DE
TRABALHO( QUE PREJUDICAM SUA SAÚDE FISIOLÓGICA E PSICOLÓGICA) PARA CONSEGUIR SOBREVIVER, ESSA
RELAÇÃO DE EXPLORAÇÃO ESTABELECE A LUTA DE CLASSES DA SOCIEDADE BURGUESA.
• NA SOCIEDADE CAPITALISTA, O TRABALHO É ALIENADO, OU SEJA, O TRABALHADOR NÃO TEM CONHECIMENTO DE
TODO O PROCESSO PRODUTIVO, NÃO TEM CONTATO COM O PRODUTO QUE ELE MESMO PRODUZ. ALÉM DISTO,
TAMBÉM HÁ A ALIENAÇÃO ECONÔMICA, EM QUE O TRABALHADOR NÃO DETÉM NENHUM MEIO DE PRODUÇÃO E
NENHUM CONTROLE DO PRODUTO DO SEU TRABALHO, ESTE TAMBÉM INCORPORADO PELA PROPRIEDADE PRIVADA
CAPITALISTA 🡪 TAYLORISMO E FORDISMO.
• O TRABALHO, APÓS A AUTOMATIZAÇÃO NO INÍCIO DO SÉCULO XIX, EXIGIU MAIOR CAPACIDADE TÉCNICA PARA
OPERAR O MAQUINÁRIO, ALÉM DE NÃO NECESSITAR DE TANTOS TRABALHADORES PELO FATO DE A MÁQUINA
REALIZAR O TRABALHO DE VÁRIOS HOMENS, ISTO GEROU UM DESEMPREGO ESTRUTURAL( EXÉRCITO INDUSTRIAL DE
RESERVA).

7. MAIS-VALIA
• MAIS-VALIA: VALOR EXCEDENTE PRODUZIDO PELO OPERÁRIO, ESTE VALOR VAI PARA O BOLSO DO
PATRÃO EM FORMA DE CAPITAL.
• MAIS-VALIA RELATIVA: DADO O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE PELA IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS
TECNOLOGIAS, O VALOR DESSE AUMENTO DEVERIA SER REPASSADA EM PARTES PARA QUEM OPERA A
MÁQUINA OU TRABALHA NA EMPRESA, MAS É TUDO CONVERTIDO EM CAPITAL PARA O BURGUÊS.

8. INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA
• INFRAESTRUTURA: MEIOS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE TRABALHO (BASE MATERIAL DA SOCIEDADE)
• SUPERESTRUTURA: RELIGIÃO, MORAL, COSTUMES, LEIS (BASE DE IDEIAS DA SOCIEDADE)
• HÁ UMA RELAÇÃO ENTRE ESTES ESPECTROS SOCIAIS, ONDE A INFRAESTRUTURA FORMA A SUPERESTRUTURA,
MAS NUMA RELAÇÃO DE INFLUÊNCIA MÚTUA, TAMBÉM É INFLUENCIADA POR ASPECTOS QUE SE
ENCONTRAM NA SUPERESTRUTURA, OU SEJA, AS RELAÇÕES MATERIAIS FORMAM NOSSA BASE SOCIAL E
CONTRIBUEM PARA A FORMAÇÃO CULTURAL E INTELECTUAL DE UM POVO, MAS APÓS ESSA
CONSOLIDAÇÃO CULTURAL, A FORMA DO HOMEM ENXERGAR O MUNDO FARÁ COM QUE SE COMPORTE
DE MANEIRA PREVISÍVEL DIANTE DO CAMPO MATERIAL, DADO SEUS COSTUMES E CRENÇAS.

9. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• SALÁRIO: É O VALOR PAGO EM MERCADORIA-DINHEIRO PELA VENDA DA FORÇA DE TRABALHO COMO
MERCADORIA. O SALÁRIO É NORMALMENTE PAGO PARA MANTER O TRABALHADOR VIVO E
TRABALHANDO, O ‘’MÍNIMO’’ PARA SUA SOBREVIVÊNCIA.
• PRÁXIS = TEORIA + PRÁTICA
• IDEALISMO= TEORIA – PRÁTICA
• ATIVISMO= PRÁTICA – TEORIA
• IDEOLOGIA: A FALSA CONSCIÊNCIA, CONCEPÇÃO IDEALISTA NA QUAL A REALIDADE É INVERTIDA E AS
IDEIAS APARECEM COMO MOTOR DA VIDA REAL, ILUSÃO.
• TRABALHO MORTO: TRABALHO OBJETIVADO NO MEIO DE PRODUÇÃO
• TRABALHO VIVO: TRABALHO QUE TRANSFORMA A NATUREZA PRODUZINDO VALOR

10. PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, TROCA E CONSUMO
• PRODUÇÃO: APROPRIAÇÃO DOS PRODUTOS DA NATUREZA PARA A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES. A PRODUÇÃO É
SUSTENTADA PELOS TRABALHADORES (DADO QUE O TRABALHO É A ÚNICA MERCADORIA QUE GERA VALOR, SENDO A
MAIS IMPORTANTE DE TODAS).
• DISTRIBUIÇÃO: SINAL DO GRAU DE PARTICIPAÇÃO DO INDIVÍDUO NO PROCESSO DE PRODUÇÃO (ASSALARIADOS
RECEBEM SALÁRIOS EM MERCADORIA DINHEIRO, BURGUESES ACUMULAM CAPITAL, ETC)
• TROCA: POSSIBILIDADE DE CONVERTER O ‘’QUANTUM’’ RECEBIDO NA DISTRIBUIÇÃO (DEPENDENDO DO VALOR DE USO
OU MESMO DO DE TROCA).
• CONSUMO: OS OBJETOS SÃO DESTINADOS À APROPRIAÇÃO INDIVIDUAL
• 🡪 SEM PRODUÇÃO NÃO HÁ CONSUMO E O CONSUMO DETERMINA A PRODUÇÃO
• 🡪 SEM DISTRIBUIÇÃO NÃO HÁ CONSUMO (O QUE CONDENARIA A PRODUÇÃO) E NEM TROCA (POIS NÃO TEM O QUE
TROCAR NA MÃO DO CONSUMIDOR.
• 🡪 SEM TROCA NÃO HÁ DINÂMICA DISTRIBUTIVA, O QUE COMPROMETE O CONSUMO, AFETANDO A PRODUÇÃO.
• 🡪 A PRODUÇÃO FORNECE AO CONSUMO, O OBJETO, DETERMINANDO SEU CARÁTER, CRIANDO O CONSUMIDOR E O
IMPULSO AO CONSUMO. ALÉM DE QUE SEM PRODUÇÃO NÃO HÁ OBJETO/MERCADORIA PARA SER DISTRIBUÍDA OU
TROCADA.

11. CONSIDERAÇÕES
• O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA É O MAIS DINÂMICO QUE A HUMANIDADE ALCANÇOU ATÉ HOJE,
MAS ELE TEM SUA DINÂMICA MARCADA NECESSARIAMENTE POR CRISES
• O DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA IMPLICA NECESSARIAMENTE EM CONCENTRAÇÃO E CENTRALIZAÇÃO
DE CAPITAL
• QUANTO MAIS CRESCE A CRIAÇÃO DE RIQUEZAS NO CAPITALISMO, MAIS DE POLARIZA A DISTRIBUIÇÃO
• OS PROCESSOS REVOLUCIONÁRIOS NÃO SÃO INDUZIDOS, NASCEM DE PROCESSOS SOCIAIS, ONDE OS
REVOLUCIONÁRIOS SE ORGANIZAM PARA UMA MUDANÇA NO SISTEMA POLÍTICO
• A PRIMEIRA CONDIÇÃO PARA SE COMPREENDER A SOCIEDADE BURGUESA É COMPREENDER O MODO
COMO SE PRODUZEM AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA VIDA SOCIAL
• MARX NÃO CONSTRUIU ECONOMIA, ELE CRITICOU A ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA, CONSTRUINDO
UMA TEORIA SOCIAL (UM CONJUNTO ARTICULADO DE EXPLICITAÇÕES METODOLÓGICAS ACERCA DE UM
OBJETO DETERMINADO)