Apresentação do artigo (patrique, carlos, juliano e luiz)
1. ANÁLISE QUANTITATIVA E IMPACTO
DA FLORESTA PLANTADA NO
MUNICÍPIO DE IRANI/SC,
UTILIZANDO IMAGEM DE SATÉLITE
LANDSAT
Disciplina de Sensoriamento Remoto e
Geoprocessamento I
Dezembro/2016
2. 1.0 INTRODUÇÃO
De maneira geral, o Brasil se configura
como uma referência no setor florestal. Temos
uma das maiores coberturas florestais nativas
do planeta (527 milhões de ha, correspondendo
a 29,4% da cobertura florestal mundial) e, a
sexta maior área reflorestada do mundo (menor
apenas que na China, na Índia, na Rússia, nos
Estados Unidos e no Japão).
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3. 1.0 INTRODUÇÃO
Um assunto bastante em alta no momento
diz respeito ao reflorestamento, principalmente
com os gêneros Pinus e Eucalyptus. O
reflorestamento é uma ação ambiental que visa
repovoar áreas que tiveram a vegetação
removida pelas forças da natureza (incêndios
naturais, ventos) ou pelas ações humanas
(queimadas, exploração de madeira e, expansão
de áreas agrícolas) (MELO, 2008).
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4. 1.0 INTRODUÇÃO
Então, para suprir com a crescente
demanda por madeira, o Brasil optou por dois
gêneros, Pinus e Eucalyptus, através de
programas de reflorestamento (PINTO, 2014).
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5. 2.0 EUCALIPTO
Natural da Austrália e da Indonésia, o
Eucalipto (figura 1) é uma árvore de fácil
adaptação, com mais de 600 espécies, resistente
e de crescimento rápido, alcançando até 60
metros de altura, constituindo-se, por isso, em
uma árvore ideal para a formação de florestas
plantadas (GRUPO SUZANO, 2016).
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6. 2.0 EUCALIPTO
O Eucalyptus grandis é a espécie mais
cultivada no Brasil, pois encontrou aqui um
ambiente favorável para o seu rápido
desenvolvimento.
Clima
Água
Nutrientes
6
8. 2.0 EUCALIPTO
A produtividade das terras brasileiras é de 40 à 45
m³ de Eucalipto por hectare/ano, sendo que aqui colhe-se
esta árvore 7 anos após o seu plantio. Enquanto isso:
*Argentina - a colheita é feita entre 7 e 12 anos, sendo a
produtividade de 20 m³/hectare/ano;
*Finlândia - somente após 60 anos o pé de Eucalipto pode
ser colhido e sua produtividade é de 4 m³/hectare/ano;
*EUA - a colheita é feita em 10 anos, com uma
produtividade de 10 m³/hectare/ano (EMBRAPA, 2016).
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9. 3.0 PINUS
O Pinus (figura 2), por sua vez, tem sua área de
ocorrência natural que vai da região polar até os
trópicos, englobando os continentes da Europa, Ásia,
América do Norte e Central, não ocorrendo
naturalmente na América do Sul.
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10. 3.0 PINUS
O Pinus taeda é a espécie mais plantada no
Brasil, principalmente na região sul (pois tolera
geadas), sendo usado para a produção de
celulose, papel, madeira serrada, chapas e
madeira reconstituída (AGUIAR et al., 2013).
10
12. 3.0 PINUS
12
O gênero Pinus apresenta cerca de 105
espécies identificadas, que são fisiologicamente
resistentes à seca e muito exigentes com luz,
suportando sombreamento apenas na fase
jovem. Quanto ao calor, suportam temperaturas
de -65°C até 50°C (CI FLORESTAS, 2008).
13. 3.0 PINUS
13
O Pinus é um gênero produtor de madeira,
que é utilizada como matéria-prima para a
produção de celulose e papel de qualidade
superior, chapas, MDF, compensados, laminados,
móveis e tábuas, podendo ainda ser utilizada na
construção de casas, caixotarias e pellets (CI
FLORESTAS, 2008).
14. 4.0 DESERTO VERDE
Apesar de o Eucalipto e o Pinus serem
importantes para a incorporação de gás carbônico,
fornecimento de lenha e, matéria-prima
abundante para fabricação do papel, diminuindo a
pressão sobre a vegetação nativa, o termo
"deserto verde" vem ganhando grande destaque,
tanto no âmbito nacional quanto no internacional.
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15. 4.0 DESERTO VERDE
Meirelles e Calazans (2006), afirmam que a
expressão "deserto verde" é utilizada pelos
ambientalistas para designar a monocultura de
árvores em grandes extensões de terra para a
produção de celulose, devido aos efeitos que esta
monocultura causa ao meio ambiente. As árvores
mais utilizadas para este cultivo são, sobretudo, o
Pinus e o Eucalipto.
15
17. 4.0 DESERTO VERDE
Por vezes, essas florestas plantadas são
mencionadas por grupos ambientalistas e órgãos
de proteção da biodiversidade como uma afronta
à fauna e à flora. Essas entidades alegam que as
florestas plantadas consomem demasiadamente o
recurso água presente no solo.
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18. 4.0 DESERTO VERDE
Além disso, também afirmam que os pássaros
são severamente afetados, pois nem o Pinus nem o
Eucalipto produzem frutos, os quais serviriam de
alimento para esses animais.
18
19. 4.0 DESERTO VERDE
A flora debaixo do dossel também não se
desenvolve, pois a matéria orgânica originada das folhas
dos dois gêneros se decompõe muito lentamente e vai
formando uma camada espessa que prejudica a
germinação de espécies nativas
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20. 5.0 OBJETIVO
O presente trabalho possui a finalidade de
verificar qual é a área atual aproximada plantada com
Pinus e Eucalipto no município de Irani/SC, com
domínio territorial de 321 km2 e localizado a
27°01'30'' de latitude Sul e a 51°54'09'' de longitude
Oeste (mapa 1), através do emprego de softwares
específicos.
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21. 5.0 OBJETIVO
Mapa 1: localização geográfica do município de Irani/SC
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População 9.534 hab. Censo IBGE/2010
Clima Temperado, com temperatura
média de 17°C
23. 6.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
6.1 Aquisição da Imagem de Satélite LANDSAT
A imagem foi obtida gratuitamente do site
da NASA, através do endereço:
http://earthexplorer.usgs.gov/
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24. 6.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
6.2 Composição Colorida
Primeiramente, com a imagem em mãos, foi
realizado o recorte referente ao município de
Irani e, posteriormente, feita uma composição
colorida, com auxílio do software ENVI 5.0.
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25. 6.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
6.3 Classificação Supervisionada e Cálculo de Área
Em sequência, realizou-se a classificação
supervisionada da mesma, possibilitando assim, a
separação dos elementos que foram definidos
como Reflorestamento e Demais Ocupações do
Solo. Por fim, utilizando o software ArcGIS 10.2.1,
determinou-se, então, as áreas em hectares
referentes ao Reflorestamento e às Demais
Ocupações do Solo.
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26. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A imagem da cidade de Irani, depois de
recortada, é apresentada a seguir, no software
ENVI 5.0 (figura 3). Mais ao centro pode ser
visualizada a área urbana de Irani. Esta imagem
naturalmente é obtida do satélite em 3 bandas:
Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul), ou
simplesmente, RGB.
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27. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.1 Recorte da Imagem
Figura 3: Imagem de satélite LANDSAT da cidade de Irani
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28. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.2 Composição Colorida no ENVI 5.0
Após a aplicação da correção atmosférica e
da composição desejada na imagem, no caso,
usando as bandas Swir 2, Swir 1 e Coastal Aerosol
(nessa ordem), com auxílio do software ENVI 5.0,
o resultado é apresentado na imagem a seguir, na
figura 4.
28
29. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.2 Composição Colorida no ENVI 5.0
29
Figura 4: composição gerada no software ENVI
30. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.3 Uso do Solo no Município
Após à realização da composição
colorida na imagem, passou-se a definir o
uso do solo da cidade. A figura 5 representa
as informações de uso do solo.
30
31. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.3 Uso do Solo no Município
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LEGENDA:
Vermelho - locais com floresta
plantada com Eucalipto e
Pinus.
Verde - vegetação nativa.
Azul - corpos d'água.
Amarelo - variados tipos de
cultivo de gêneros agrícolas.
Figura 5: uso do solo no município de Irani
32. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.3 Uso do Solo no Município
Para destacar somente as partes que
possuem reflorestamento, optou-se por não
definir quais os outros usos do solo além desse.
Com isso, há uma maior facilidade para visualizar
o grande propósito do estudo: as áreas plantadas
com Pinus e Eucalipto. O resultado é mostrado na
figura 6.
32
33. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.3 Uso do Solo no Município
Figura 6: visualização das áreas com reflorestamento (cor vermelha)
33
34. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
No software ENVI 5.0, necessitou-se
salvar a imagem, mostrada na figura 6, na
extensão .bil, sendo esta a extensão em que o
software ArcGIS 10.2.1 consegue realizar o
cálculo de áreas.
34
35. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Inicialmente, necessitou-se carregar a
imagem na extensão .bil diretamente no ArcGIS
10.2.1, como mostra a figura 7.
35
36. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Figura 7: arquivo .bil carregado no ArcGIS
36
37. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Posteriormente, a imagem foi transformada
de um arquivo raster para um arquivo vetorial,
ou seja, as partes da foto que serão alvo de
cálculo de área foram transformadas em
polígonos individuais separados e fechados,
conforme demonstra a figura 8.
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38. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Figura 8: polígonos fechados para cálculo da área de floresta plantada
38
39. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Depois de terem sido feitos os polígonos,
foram definidas cores para cada classe, sendo
que as áreas de floresta plantada ficaram na
cor verde forte as áreas com demais usos do
solo ficaram na cor verde claro, conforme
figura 9.
39
40. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Figura 9: classes de uso do solo de acordo com os polígonos feitos
40
41. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Finalmente, verificou-se que a área de floresta
plantada corresponde a aproximadamente 5.011
ha, que pode ser visualizada na figura 10, no item
Sum.
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42. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Figura 10: verificação final da área de floresta plantada no município de Irani
42
43. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
Essa área de floresta plantada corresponde
a cerca de 10% do território do município.
Percebe-se que a área plantada é bastante
heterogênea, pois o plantio está distribuído por
todo o território municipal.
43
44. 7.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.4 Cálculo da Área de Floresta Plantada
44
45. 8.0 CONCLUSÕES
De maneira geral, os plantios com objetivos
comerciais de árvores do gênero Eucalyptus e
Pinus têm suas vantagens, pois ajudam a reduzir
a pressão pela utilização das florestas nativas
como fonte de matéria-prima, contribuindo em
muito para a proteção dessa vegetação tão
importante. Desse modo, quanto maior for a
disponibilidade de madeira plantada, menor será
o avanço sobre a vegetação nativa.
45
46. 8.0 CONCLUSÕES
No município de Irani, portanto, a floresta
nativa está relativamente protegida de grandes
supressões, pois 10% de seu território está
ocupado por florestas plantadas, sendo estas as
fontes de matéria-prima para as indústrias locais.
Além disso, esses 10% se mostram bem
expressivos, diante da relativa pequena extensão
territorial do município.
46
47. 8.0 CONCLUSÕES
Porém, é inevitável deixar de lado as críticas
negativas com relação às florestas plantadas, uma
vez que fica evidente que as monoculturas de
Eucalipto e Pinus trazem diversos prejuízos
ambientais, desde a degradação do solo, consumo
excessivo de água e extirpação gigantesca de
nutrientes do local, acarretando em um enorme
prejuízo na biodiversidade, tanto da fauna quanto
da flora.
47
48. 8.0 CONCLUSÕES
E, com o aumento constante das plantações
de Eucalipto e Pinus, estes impactos na área
ambiental serão cada vez mais facilmente
sentidos. E é aí que se dará conta de que o
deserto verde ficará cada vez mais característico e
que mudará as paisagens por onde sua atividade
econômica for explorada.
48
49. 9.0 SUGESTÃO DE DOCUMENTÁRIO
https://www.youtube.com/watch?v=EKsw66REwnQ
“Cruzando o Deserto Verde”
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50. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO, Eugênio Arantes de. Reflorestamento e
recuperação de matas nativas. Disponível em:
<http://www.arvores.brasil.nom.br/textos/reflor.htm
>. Acesso em 02 de out. de 2016, 22:45 hs.
PINTO, Érica Natasche de Medeiros Gurgel. Eucalipto.
Disponível em: <http://pt.slideshare.net/pvbrau/ca
racteristicas-eucalipto>. Acesso em 04 de out. de
2016, 17:00 hs.
50
51. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRUPO SUZANO. Eucaliptocultura. Disponível em:
<http://www.suzano.com. br/ portal/suzano-papel-e-
celulose/eucaliptocultura . htm >. Acesso em 05 de out. de
2016, 01:05 hs.
EMBRAPA. Eucalipto brasileiro cresce mais rápido que os
outros. Disponível em: <https://www.spo.cnptia.emb
rapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemas
deproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=
normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col
_count=1&p_r_p_76293187_sistemaProducaoId=7811&p
_r_p_-996514994_topicoId=8521>. Acesso em 06 de out. de
2016, 17:45 hs.
51
52. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEIRELLES, D.; CALAZANS, M. H2O para celulose x
água para todas as línguas. Vitória. FASE, 2006.
AGUIAR, Ananda Vigínia de; SOUSA, Valderêz
Aparecida de; SHIMIZU, Jarbas Yukio. Espécies de
Pinus mais Plantadas no Brasil. Disponível em:
<http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_m
ateria.php?num=1672&subject=Pinus&title=Esp%E9ci
es%20de%20p%EDnus%20mais%20plantadas%20no%
20Brasil>. Acesso em 07 de out. de 2016, 12:00 hs.
52
53. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CI FLORESTAS: Centro de Inteligência em Florestas.
Pinus. Disponível em: <http://www.ciflorestas.
com.br/texto.php?p=pinus>. Acesso em 05 de out.
de 2016, 01:30 hs.
53