Em junho de 2016, por estreita margem, os eleitores britânicos e da Irlanda do Norte aprovaram a saída do Reino Unido da União Europeia. No mês seguinte, em campanha que a levaria a ser líder do Partido Conservador e primeira ministra, Thereza May afirmou: Brexit means Brexit, indicando a disposição de cumprir o desejo expresso pela maioria naquele referendo. Não obstante, três anos depois, com um novo primeiro ministro recém escolhido, ainda não se sabe como o Reino Unido deixará a União Europeia. Depois de dois adiamentos, a União Europeia estabeleceu uma data definitiva para o Brexit, com ou sem acordo: 31 de outubro. Mas nem mesmo esse prazo é uma certeza absoluta. Nem sequer um novo referendo, embora remoto, pode ser descartado. Em meio a tantas incertezas, que cenários de médio e longo prazo se podem vislumbrar para o Reino Unido? Que efeitos terão para a União Europeia e o mundo, incluindo o Brasil? Para responder a essas perguntas, a Fundação FHC receberá Sir. Michael Leigh, cidadão britânico que ocupou posições de destaque na direção da política externa da União Europeia. MICHAEL LEIGH Cientista político, foi diretor-geral da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), onde trabalhou por mais de 25 anos. Desde que deixou o cargo, tem realizado palestras e escrito sobre o futuro da Europa como membro sênior do German Marshall Fund dos Estados Unidos e professor adjunto sênior da Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins. É PhD em ciência política pelo Massachusetts Institute of Technology.