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UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA
Teoria dos Jogos
Prof. Irineu Manoel de Souza, Dr.
Disciplina: Teoria dos Jogos
Videoaula 1
Unidade 1: Fundamentos da Teoria dos Jogos
Disciplina: Teoria dos Jogos
Objetivos da videoaula
Nesta videoaula estudaremos a origem,
os princípios e os conceitos básicos da teoria dos jogos,
bem como a estrutura e os elementos necessários para sua
aplicação na gestão estratégica das organizações.
Disciplina: Teoria dos Jogos
Tópicos
Conceito de Teoria dos Jogos
Breve histórico da Teoria dos Jogos
Natureza e limites da Teoria dos Jogos
Conceito de Jogo
Jogos - atividades lúdicas de infância, jogos de palitos,
jogos de cartas, jogos de tabuleiro, entre outros.
Jogo de maneira formal - agentes ou jogadores agem e
tomam decisões racionais.
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Conceito de Teoria de Jogos
Envolvem decisões estratégicas entre agentes
econômicos.
Os jogadores tomam decisões estratégicas em
busca de determinados benefícios.
Ajuda a tomada de decisão no ambiente
corporativo.
Identificar e reconhecer a estratégia ótima.
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Teoria dos Jogos: Aplicação nas Organizações
Escolher entre
alternativas
estratégicas
Analisar o
ambiente
competitivo
Formular
estratégias
dinâmicas
Teoria dos Jogos
Antecipar as
ações e
reações dos
competidores
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO
1713 James Waldegrave Primeiros Registros:
Analisou um jogo de cartas:
Descoberta: equilíbrio de estratégia mista.
(combinação de duas ou mais estratégias).
1913 Ernst Zamelo Criou o primeiro teorema matemático da Teoria
dos Jogos.
Através do Jogo de xadrez demonstrou o
seguinte:
Em cada um dos estágios do jogo pelo menos
um dos dois jogadores tem uma estratégia
em mão que o conduzirá à vitória ou ao
empate.
Breve histórico da Teoria dos Jogos
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO
1928
1944
John Von
Neumann
Oskar
Morgenstein.
Todo jogo finito de soma zero com duas pessoas, possui
solução em estratégias mistas.
(combinação de duas ou mais estratégias)
Juntamente com Neumann criou
ferramentas para entender
o processo de tomada de decisão.
Breve histórico da Teoria dos Jogos
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO
1937 John Nash Desenvolveu o chamado equilíbrio de Nash.
Mostrou que nem todos os jogos são de soma zero:
(nem sempre o ganho de um jogador representa a perda
de outro).
Existem situações em que todas as estratégias adotadas por
todos os jogadores são as melhores respostas possíveis.
Assim, nenhum dos jogadores se sente motivado para mudar
sua estratégia.
Breve histórico da Teoria dos Jogos
SÉCULO XX
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO
1994 Nash e John e
Selten
Prêmio Nobel de Economia.
Analisaram sobre equilíbrio na Teoria dos Jogos
não-cooperativos:
Demonstraram como as decisões de cooperação
com rivais se mostram uma alternativa mais
vantajosa.
2005 Schelling e Aumann Também conquistaram o Nobel de Economia:
Tomada de decisão em conflitos internacionais -
eventual guerra nuclear.
Breve histórico da Teoria dos Jogos
SÉCULO XX
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Elementos-chave Descrição
Modelo Formal Descrição do jogo, identificando seus jogadores, objetivos,
formas de interação: regras e formas de análise.
Estratégias Possibilidades de ações dos agentes do jogo, que afetam os
outros jogadores.
continua...
Alguns Elementos-chave da Teoria dos Jogos
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Elementos-chave Descrição
Jogadores Agentes econômicos (jogadores) que assumem estratégias e
realizam ações (jogadas) que interferem em seus resultados
e nos resultados dos demais jogadores.
Racionalidade Jogadores trabalham com a racionalidade para atingirem
suas estratégias.
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
PRESSUPOSTOS DETALHAMENTO
PRIMEIRO
PRESSUPOSTO
Os jogadores são racionais.
As regras do jogo são conhecidas pelos jogadores.
Os jogadores são capazes de avaliar suas possibilidades de ganhos para
cada ação.
O jogo pode ser expresso de maneira formal.
SEGUNDO
PRESSUPOSTO
Possibilidade de aplicação da racionalidade pelos jogadores.
Os jogadores não podem agir racionalmente se não conhecem as regras
do jogo.
Regra dos jogos significa possibilidades de ações a serem realizadas
pelos jogadores.
PRESSUPOSTOS DA TEORIA DOS JOGOS
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
PRESSUPOSTOS DETALHAMENTO
TERCEIRO
PRESSUPOSTO
Capacidade dos jogadores de avaliarem seus possíveis benefícios.
capacidade de avaliar qual seu ganho com a estratégia levando em
consideração a reação dos outros jogadores.
QUARTO
PRESSUPOSTO:
O fato de o jogo ser formalizado diz respeito à possibilidade de termos
como analisá-lo de forma consistente:
É possível representá-lo utilizando o mínimo de simbologia matemática e
podemos, assim, reconhecer suas regras e possibilidades.
PRESSUPOSTOS DA TEORIA DOS JOGOS
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Forma Normal ou Matricial: Forma Sequencial ou em Árvore:
O jogo é mostrado por uma matriz de
possibilidade de ganhos.
Combina as diferentes estratégias nas linhas
e colunas.
Nos encontros entre elas ficam evidentes as
possibilidades de ganhos resultantes.
As decisões são representadas por uma
árvore.
Cada nó representa uma escolha.
Depois das decisões pertinentes ao jogo
terem sido tomadas apresentam-se as
possibilidades de ganhos.
Representações mais comuns dos jogos
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Forma Normal ou Matricial: Forma Sequencial ou em Árvore:
Representações mais comuns dos jogos
UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
Nesta videoaula tivemos a oportunidade de estudar o
conceito e a origem da Teoria dos Jogos bem como a
estrutura e os elementos necessários para sua aplicação na
gestão estratégica das organizações.
Bons estudos e até a próxima aula!
Disciplina: Teoria dos Jogos
Videoaula 2
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
Disciplina: Teoria dos Jogos
Objetivos da videoaula
Nesta videoaula estudaremos
como a Teoria dos Jogos representa os jogos e
como deve ser estruturado o jogo para que ele possa ser
analisado.
Disciplina: Teoria dos Jogos
Tópicos
Jogos em Economia e Administração
Modelagem de um jogo
Jogos simultâneos
Jogos sequenciais
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
Jogos em Economia e Administração
Existem inúmeras situações em Economia
e Administração que podem ser
representadas e analisadas sob a ótica da
Teoria dos Jogos:
• Estudo de Cenários (prospecção de
cenários) nos quais os agentes
econômicos (empresas, consumidores,
governo e gestores) precisam tomar
decisões de forma estratégica.
• Estudo do comportamento de empresas
concorrentes.
Fonte: Sartini et al., (2004)
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
• Desenvolvimento de estratégias de propaganda.
• Estudo para entrada em um novo mercado:
avaliar os efeitos das prováveis reações dos competidores.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
Modelagem de um jogo
Maneira formal de apresentação dos jogos necessária para que a análise de
situações sejam possíveis descrições das regras dos jogos:
•Estratégias.
•Jogadores.
•Objetivos.
•Possibilidades de ganhos.
•Limitações.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
JOGOS COOPERATIVOS
Aqueles jogos com Interesses Idênticos.
Exemplo:
Ocorre quando duas empresas precisam decidir como transportar suas cargas
conjuntamente, ou se compartilhando suas frotas de veículos ou se
terceirizando a frota para o transporte comum.
Seus participantes podem planejar estratégias conjuntas, formalizadas através
de contratos.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
JOGOS NÃO COOPERATIVOS
Aqueles jogos com Interesses Opostos.
Quando não é possível o estabelecimento de contratos entre os participantes.
No caso de duas empresas que disputam mercado e precisam decidir se
entram uma na região geográfica de domínio da outra.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
JOGOS COOPERATIVOS/NÃO-COOPERATIVOS
Jogos com Interesses Mistos.
Exemplo:
Duas empresas que deverão decidir entre:
- investir cada uma isoladamente no desenvolvimento de nova tecnologia ou
- cooperar dividindo gastos com desenvolvimento.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
JOGOS SIMULTÂNEOS
Quando não há cronologia de conhecimento.
Os jogadores tomam as decisões ao mesmo tempo.
A principal implicação da simultaneidade para o jogo é o fato de que nenhum
dos jogadores conhece previamente o que os outros irão de fato fazer.
A simultaneidade na prática é muito difícil de ocorrer.
Dificilmente tomam decisões exatamente no mesmo momento.
A ideia que prevalece nos jogos simultâneos é a do não conhecimento prévio
das estratégias (importância de estruturas de conhecimento).
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
JOGOS SEQUENCIAIS
Jogos que consideram conhecimento anterior (gestão do conhecimento –
memória organizacional).
No caso dos jogos sequenciais, a representação é feita através de árvores de
decisões.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
Exemplo:
Empresas de aviação - decidem ou não praticar preços abaixo de
seus custos.
Empresa A decide primeiro se irá reduzir ou não seus preços e,
dependendo de sua decisão, Empresa B decide se reduz ou não
seus preços.
Nesse jogo sequencial, o mais importante não é a ordem da
decisão.
Na prática, dificilmente as decisões entre jogadores são tomadas
exatamente ao mesmo tempo.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
O efeito da cronologia representa menos a ordem das
decisões e mais o conhecimento da decisão de um jogador
pelo outro.
Se a empresa B, ao decidir, já conhece a decisão de A,
ela já conhece o conjunto de informações e possibilidades de
decisão, mais precisamente,
sabe então quais as melhores decisões que deverão ser
tomadas.
UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
Nesta videoaula estudamos como a Teoria dos Jogos
representa os jogos e como deve ser
estruturado o jogo para que ele possa ser analisado.
Bons estudos e até a próxima aula!
Disciplina: Teoria dos Jogos
Videoaula 3
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e
Jogos Clássicos
Disciplina: Teoria dos Jogos
Objetivos desta videoaula
Nesta videoaula estudaremos a solução de
alguns jogos utilizando o equilíbrio de Nash.
Serão discutidos jogos clássicos , como o dilema dos prisioneiros,
a batalha dos sexos e o jogo do galinha.
Disciplina: Teoria dos Jogos
Tópicos
Estratégia Dominante.
Equilíbrio de Nash
O dilema dos prisioneiros
A batalha dos sexos
O jogo do galinha
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de
Nash e Jogos Clássicos
Estratégia dominante
É a melhor estratégia independentemente da ação tomada pela outra parte.
Resultados obtidos ao se utilizá-la
- são sempre melhores em relação aos resultados obtidos com outra
estratégia.
Jogadores racionais somente utilizam estratégias dominantes
- se eles tiverem certeza da estratégia adotada pelo outro jogador.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
Equilíbrio de Nash
É um resultado no qual ambos os jogadores corretamente acreditam estar
fazendo o melhor que podem, dadas as ações do outro participante.
Todas as estratégias adotadas por todos os jogadores são as melhores
respostas às estratégias dos demais.
Um jogo está em equilíbrio quando nenhum jogador possui incentivo para
mudar suas escolhas, a menos que haja uma mudança por parte do outro
jogador.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
Jogos clássicos que servem para exemplificar a questão da
interação estratégica entre os jogadores:
O dilema do prisioneiro
A batalha dos sexos
O jogo do galinha
Fonte: www.fernandobarrichelo.com
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
O dilema do prisioneiro
É uma forma extremamente simples de explicar o uso da
Teoria dos Jogos para estratégias cooperativas.
O dilema dos prisioneiros não é um jogo de soma zero:
existe a possibilidade de ganhos múltiplos.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
DILEMA DOS PRISIONEIROS
Dois indivíduos suspeitos de um crime (e de fato o
cometeram juntos).
A polícia não possui a prova necessária para condená-los,
Libertará os dois prisioneiros
caso nenhum deles providencie tal prova contra o outro.
Eles são colocados em celas separadas.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
PROPOSTA DA POLÍCIA AOS PRISIONEIROS
Cada um pode escolher: Confessar ou Negar o Crime.
Se ambos confessarem = cada um terá uma pena de cinco anos.
Se um confessar e o outro negar:
- será libertado quem confessou e
- receberá a pena máxima de dez anos quem negou o crime.
Se ambos negarem:
- irão presos e receberão a pena mínima, de um ano.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
O prisioneiro 1 pode ter a seguinte linha de raciocínio:
Duas situações podem ocorrer:
O prisioneiro 2 pode confessar ou negar.
Se 2 confessar é melhor 1 confessar também.
Se 2 negar e 1 confessar, 1 estará livre.
Então a melhor opção é confessar.
Como essa é a melhor opção para os dois prisioneiros o equilíbrio
de Nash, portanto, é
{confessar, confessar}.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
Fatores importantes no dilema dos prisioneiros:
O fato de eles não se comunicarem.
Se eles pudessem se comunicar, provavelmente ambos negariam o crime e
pegariam apenas um ano de prisão.
Percebe-se assim, que a possibilidade de visualização do melhor para
ambas as partes é fundamental.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
Jogos entre empresas que são semelhantes ao dilema dos prisioneiros.
Dinâmica do mundo empresarial:
é possível imaginar duas empresas lutando pelos mesmos ganhos.
Exemplo:
Objetivo da empresa:
decidir estrategicamente sua forma de entrar em um mercado através
da cooperação sobre as informações de mercado.
Faturamento de duas empresas: Empresa 1 e Empresa 2.
1) Caso exista cooperação entre as empresas 1 e 2 = {cooperar, cooperar}:
ambas ganham com a troca de informações e faturam quatro milhões cada.
2) Caso exista cooperação apenas pela empresa 1 = {cooperar, não-cooperar}:
Empresa 1:
Cooperou (cedeu sozinha as informações) fatura menos (um milhão).
Empresa 2:
Apenas se aproveitou das informações da Empresa 1 fatura mais (seis milhões).
3) Caso exista cooperação apenas pela empresa 2 = {não-cooperar, cooperar}:
Empresa 2:
Cooperou (cedeu sozinha as informações) fatura menos (um milhão).
Empresa 1:
Apenas se aproveitou das informações da Empresa 2 sem ceder as suas fatura
mais (seis milhões).
4) Caso não exista cooperação de ambas as Empresas =
{não-cooperar, não-cooperar}:
As Empresas 1 e 2 faturam de forma igual (três milhões).
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
No Quadro a seguir é apresentada a matriz do faturamento das duas
empresas: Empresa 1 e Empresa 2.
CONCLUSÕES:
Cooperar, cooperar - As empresas ganham com a troca de informações e faturam
quatro milhões cada.
Cooperar, não-cooperar - A Empresa 1 que cooperou fatura menos (um milhão) e
a Empresa 2 que apenas se aproveitou das informações da Empresa 1 fatura mais
(seis milhões).
Não-cooperar, cooperar - A Empresa 2 que cedeu sozinha as informações tem
faturamento menor (um milhão) e a Empresa 1 que se aproveitou dessas
informações sem ceder as suas faturou mais (seis milhões);
Não-cooperar, não-cooperar - As empresas faturam de forma igual (três milhões),
mas em um nível menor do que na situação de compartilhamento mútuo das
informações.
A empresa tem duas alternativas:
• Cooperar mercadologicamente com seu adversário potencial ou
• Não cooperar e entender de forma menos completa o mercado
(significa competir no mercado com suas próprias informações – que são
parciais)
Resultado:
Melhor alternativa para as duas empresas (equilíbrio de Nash):
cooperar – cooperar.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
A batalha dos sexos
Exemplo:
Um casal está tentando decidir onde irá se divertir à
noite.
Homem (Emílio) - jogo de futebol.
Mulher (Lílian) - teatro.
Matriz (quadro abaixo)
nível de satisfação de cada um - diferentes combinações de decisão do
casal.
Por exemplo:
2 significa muito satisfeito
1 significa apenas satisfeito
zero que não há nenhuma satisfação
1: Quando o casal decide fazer programas diferentes
• o fato de estarem sozinhos, mesmo estando em seus programas
favoritos, não os satisfaz.
2: Quando vão juntos
• apresentam certo de nível de satisfação só por estarem juntos o que
é acrescido pela satisfação de eventualmente estarem em seus
programas preferidos.
Verificamos que ambos,
{Teatro, Teatro}, {Futebol, Futebol},
equilíbrios de Nash, são a solução do jogo.
Assim, embora ambos tenham preferências por lugares diferentes, eles
preferem sair juntos ao invés de saírem separados.
CONCLUSÃO:
Como o dilema dos prisioneiros, os jogadores ganham quando
coordenam suas decisões.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
O jogo do galinha
Dois adolescentes, Pedro e João.
Dirigem em alta velocidade em uma estrada
em sentido contrário.
Quem desviar primeiro perderá o jogo e será “o
Galinha” (termo utilizado para representar alguém
covarde – fraco),
enquanto o outro, o vencedor, será o durão.
• Caso ambos desviem ninguém perde o jogo.
Mas se nenhum dos dois desviar, sofrerão um
acidente gravíssimo, podendo inclusive, ser
fatal (Quadro 10).
Os ganhos dos jogadores apenas representam as preferências dos jogadores,
uma vez que é muito difícil mensurar a possibilidade de um acidente fatal.
1) A pior opção é {Não-desvia; Não-desvia}.
2) Para o Pedro, a opção {Não-desvia} seria a melhor, apenas se o João
escolher a opção {Desvia}.
3) A proposição acima é verdade também para o João.
CONCLUSÃO: equilíbrio de Nash é {Desvia; Desvia}.
UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio
de Nash e Jogos Clássicos
Nessa videoaula estudamos a
solução de alguns jogos utilizando o
equilíbrio de Nash.
Estudamos também a aplicação de jogos clássicos da Teoria
dos Jogos, como o
dilema dos prisioneiros,
a batalha dos sexos e
o jogo do galinha.
Bons estudos e até a próxima aula!
Disciplina: Teoria dos Jogos
Videoaula 4
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Disciplina: Teoria dos Jogos
Objetivos da Videoaula
Nesta videoaula estudaremos a
aplicação da teoria dos jogos nas organizações.
Disciplina: Teoria dos Jogos
Tópicos
Como os jogos poderão ajudar o administrador?
Aplicação Prática da Teoria dos Jogos à realidade empresarial
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Como os jogos poderão ajudar o administrador?
Muitas das situações vivenciadas pelos administradores podem ser
representadas como um jogo.
EXEMPLOS:
• representação através de um modelo analítico de situações estratégicas
relevantes para a tomada de decisão.
• análise dos comportamentos estratégicos entre os
agentes econômicos, incluindo o comportamento organizacional.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
• Interação com outras empresas, consumidores e com
o governo.
• Estratégias de propaganda.
• Decisão de lançar um produto inovador no mercado
contra um produto tradicionalmente muito aceito.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
• Decisão de cooperar com outras empresas em investimentos para
Pesquisa.
• Decisão de elevar ou reduzir o preço em um mercado com poucos
concorrentes.
• Estabelecimento de políticas sociais e de saúde.
• ...entre outras.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Roteiro para aplicação prática da Teoria dos Jogos à realidade empresarial
Etapa 1 - Definição da questão a ser enfrentada
Etapa 2 - Identificação de fatores críticos
Etapa 3 - Construção do modelo e resolução
Etapa 1 - Definição da questão a ser enfrentada
• Metas específicas a alcançar.
• Problemas de motivação para desenvolver as estratégias.
• Identificar todos os jogadores envolvidos.
Exemplo:
Empresa de varejo – problema: queda nas vendas.
Identificar o que pode ter ocorrido pelo não engajamento dos colaboradores
da área comercial.
Logo os jogadores serão: a empresa e os funcionários.
(relevância - área de RH)
Etapa 2 - Identificação de fatores críticos
Características da empresa em relação ao problema.
Principalmente que auxilie na mensuração das possibilidades de ganhos.
Identificar o setor da empresa diretamente envolvido no problema.
Identificar as ações de deverão ser adotadas para resolver o problema
(com base nas características de cada jogador).
Verificar se os jogadores têm conhecimento sobre as ações um do outro.
Estabelecer a estratégia:
Decidir se os jogadores irão agir simultaneamente ou
se um irá esperar a ação do outro.
Determinar e quantificar os resultados esperados do jogo
para cada combinação de estratégias possíveis.
Por exemplo:
Identificação da política salarial e plano de carreira:
• sistema de crédito e entregas,
• política de preços,
• clima organizacional,
• entre outros.
Envolvimento do Setor de Recursos Humanos.
As ações desse departamento podem ser:
• aumentar as comissões dos vendedores;
• ampliar os benefícios; e
• remanejar os funcionários.
Etapa 3 - Construção do modelo e resolução
Verifique se a situação ocorrerá apenas uma ou poucas vezes ou será
repetida indefinidamente.
Verifique se as ações de um jogador serão conhecidas pelos outros.
Verifique se os jogadores tomam suas ações sem conhecer o movimento
dos outros.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Encontre possíveis estratégias - estabeleça os Equilíbrios de Nash.
Verifique caso o jogo seja repetido infinitamente,
se há possibilidade de cooperação.
Estratégia de RH:
Se os funcionários se esforçarem e as vendas aumentarem até o
primeiro ano, a empresa ampliará os benefícios.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Estabeleça as melhores estratégias para ambos os jogadores com base
nas informações obtidas.
Neste caso (problema: queda nas vendas)
o jogo será finito por ter sido considerado como problema ocasional e
passageiro e de curto prazo.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Percebemos:
que o jogo poderá apresentar dois resultados de
Equilíbrio de Nash:
Eleva benefícios (empresa) e Engaja (funcionários)
Remaneja Funcionários (empresas) e Não Engajam (Funcionários)
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
Nessa videoaula estudamos a aplicação da teoria dos jogos nas
organizações.
Conclusões dos nossos estudos:
A Teoria dos Jogos junto com outros tradicionais modelos de decisão
possibilita: Um melhor pensamento estratégico.
Aprendemos que, embora a cooperação não seja fácil de ser
alcançada, é possível demonstrar que muitas vezes ela
é preferível ao conflito.
UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
O problema parece bastante simples:
Por que as pessoas não cooperam?
Ou, pelo menos,
Por que não cooperam mais do que o fazem atualmente?
Afinal,
se eu ajudasse você e em troca você me ajudasse, não iríamos ambos
estar melhor?
Bons estudos e até a próxima oportunidade!

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA Teoria dos Jogos Prof. Irineu Manoel de Souza, Dr.
  • 2. Disciplina: Teoria dos Jogos Videoaula 1 Unidade 1: Fundamentos da Teoria dos Jogos
  • 3. Disciplina: Teoria dos Jogos Objetivos da videoaula Nesta videoaula estudaremos a origem, os princípios e os conceitos básicos da teoria dos jogos, bem como a estrutura e os elementos necessários para sua aplicação na gestão estratégica das organizações.
  • 4. Disciplina: Teoria dos Jogos Tópicos Conceito de Teoria dos Jogos Breve histórico da Teoria dos Jogos Natureza e limites da Teoria dos Jogos
  • 5. Conceito de Jogo Jogos - atividades lúdicas de infância, jogos de palitos, jogos de cartas, jogos de tabuleiro, entre outros. Jogo de maneira formal - agentes ou jogadores agem e tomam decisões racionais. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
  • 6. Conceito de Teoria de Jogos Envolvem decisões estratégicas entre agentes econômicos. Os jogadores tomam decisões estratégicas em busca de determinados benefícios. Ajuda a tomada de decisão no ambiente corporativo. Identificar e reconhecer a estratégia ótima. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos
  • 7. Teoria dos Jogos: Aplicação nas Organizações Escolher entre alternativas estratégicas Analisar o ambiente competitivo Formular estratégias dinâmicas Teoria dos Jogos Antecipar as ações e reações dos competidores
  • 8. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO 1713 James Waldegrave Primeiros Registros: Analisou um jogo de cartas: Descoberta: equilíbrio de estratégia mista. (combinação de duas ou mais estratégias). 1913 Ernst Zamelo Criou o primeiro teorema matemático da Teoria dos Jogos. Através do Jogo de xadrez demonstrou o seguinte: Em cada um dos estágios do jogo pelo menos um dos dois jogadores tem uma estratégia em mão que o conduzirá à vitória ou ao empate. Breve histórico da Teoria dos Jogos
  • 9. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO 1928 1944 John Von Neumann Oskar Morgenstein. Todo jogo finito de soma zero com duas pessoas, possui solução em estratégias mistas. (combinação de duas ou mais estratégias) Juntamente com Neumann criou ferramentas para entender o processo de tomada de decisão. Breve histórico da Teoria dos Jogos
  • 10. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO 1937 John Nash Desenvolveu o chamado equilíbrio de Nash. Mostrou que nem todos os jogos são de soma zero: (nem sempre o ganho de um jogador representa a perda de outro). Existem situações em que todas as estratégias adotadas por todos os jogadores são as melhores respostas possíveis. Assim, nenhum dos jogadores se sente motivado para mudar sua estratégia. Breve histórico da Teoria dos Jogos SÉCULO XX
  • 11. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO 1994 Nash e John e Selten Prêmio Nobel de Economia. Analisaram sobre equilíbrio na Teoria dos Jogos não-cooperativos: Demonstraram como as decisões de cooperação com rivais se mostram uma alternativa mais vantajosa. 2005 Schelling e Aumann Também conquistaram o Nobel de Economia: Tomada de decisão em conflitos internacionais - eventual guerra nuclear. Breve histórico da Teoria dos Jogos SÉCULO XX
  • 12. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos Elementos-chave Descrição Modelo Formal Descrição do jogo, identificando seus jogadores, objetivos, formas de interação: regras e formas de análise. Estratégias Possibilidades de ações dos agentes do jogo, que afetam os outros jogadores. continua... Alguns Elementos-chave da Teoria dos Jogos
  • 13. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos Elementos-chave Descrição Jogadores Agentes econômicos (jogadores) que assumem estratégias e realizam ações (jogadas) que interferem em seus resultados e nos resultados dos demais jogadores. Racionalidade Jogadores trabalham com a racionalidade para atingirem suas estratégias.
  • 14. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos PRESSUPOSTOS DETALHAMENTO PRIMEIRO PRESSUPOSTO Os jogadores são racionais. As regras do jogo são conhecidas pelos jogadores. Os jogadores são capazes de avaliar suas possibilidades de ganhos para cada ação. O jogo pode ser expresso de maneira formal. SEGUNDO PRESSUPOSTO Possibilidade de aplicação da racionalidade pelos jogadores. Os jogadores não podem agir racionalmente se não conhecem as regras do jogo. Regra dos jogos significa possibilidades de ações a serem realizadas pelos jogadores. PRESSUPOSTOS DA TEORIA DOS JOGOS
  • 15. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos PRESSUPOSTOS DETALHAMENTO TERCEIRO PRESSUPOSTO Capacidade dos jogadores de avaliarem seus possíveis benefícios. capacidade de avaliar qual seu ganho com a estratégia levando em consideração a reação dos outros jogadores. QUARTO PRESSUPOSTO: O fato de o jogo ser formalizado diz respeito à possibilidade de termos como analisá-lo de forma consistente: É possível representá-lo utilizando o mínimo de simbologia matemática e podemos, assim, reconhecer suas regras e possibilidades. PRESSUPOSTOS DA TEORIA DOS JOGOS
  • 16. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos Forma Normal ou Matricial: Forma Sequencial ou em Árvore: O jogo é mostrado por uma matriz de possibilidade de ganhos. Combina as diferentes estratégias nas linhas e colunas. Nos encontros entre elas ficam evidentes as possibilidades de ganhos resultantes. As decisões são representadas por uma árvore. Cada nó representa uma escolha. Depois das decisões pertinentes ao jogo terem sido tomadas apresentam-se as possibilidades de ganhos. Representações mais comuns dos jogos
  • 17. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos Forma Normal ou Matricial: Forma Sequencial ou em Árvore: Representações mais comuns dos jogos
  • 18. UNIDADE 1 – Fundamentos da Teoria dos Jogos Nesta videoaula tivemos a oportunidade de estudar o conceito e a origem da Teoria dos Jogos bem como a estrutura e os elementos necessários para sua aplicação na gestão estratégica das organizações. Bons estudos e até a próxima aula!
  • 19. Disciplina: Teoria dos Jogos Videoaula 2 UNIDADE 2 – Representações dos Jogos
  • 20. Disciplina: Teoria dos Jogos Objetivos da videoaula Nesta videoaula estudaremos como a Teoria dos Jogos representa os jogos e como deve ser estruturado o jogo para que ele possa ser analisado.
  • 21. Disciplina: Teoria dos Jogos Tópicos Jogos em Economia e Administração Modelagem de um jogo Jogos simultâneos Jogos sequenciais
  • 22. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos Jogos em Economia e Administração Existem inúmeras situações em Economia e Administração que podem ser representadas e analisadas sob a ótica da Teoria dos Jogos: • Estudo de Cenários (prospecção de cenários) nos quais os agentes econômicos (empresas, consumidores, governo e gestores) precisam tomar decisões de forma estratégica. • Estudo do comportamento de empresas concorrentes. Fonte: Sartini et al., (2004)
  • 23. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos • Desenvolvimento de estratégias de propaganda. • Estudo para entrada em um novo mercado: avaliar os efeitos das prováveis reações dos competidores.
  • 24. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos Modelagem de um jogo Maneira formal de apresentação dos jogos necessária para que a análise de situações sejam possíveis descrições das regras dos jogos: •Estratégias. •Jogadores. •Objetivos. •Possibilidades de ganhos. •Limitações.
  • 25. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos JOGOS COOPERATIVOS Aqueles jogos com Interesses Idênticos. Exemplo: Ocorre quando duas empresas precisam decidir como transportar suas cargas conjuntamente, ou se compartilhando suas frotas de veículos ou se terceirizando a frota para o transporte comum. Seus participantes podem planejar estratégias conjuntas, formalizadas através de contratos.
  • 26. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos JOGOS NÃO COOPERATIVOS Aqueles jogos com Interesses Opostos. Quando não é possível o estabelecimento de contratos entre os participantes. No caso de duas empresas que disputam mercado e precisam decidir se entram uma na região geográfica de domínio da outra.
  • 27. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos JOGOS COOPERATIVOS/NÃO-COOPERATIVOS Jogos com Interesses Mistos. Exemplo: Duas empresas que deverão decidir entre: - investir cada uma isoladamente no desenvolvimento de nova tecnologia ou - cooperar dividindo gastos com desenvolvimento.
  • 28. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos JOGOS SIMULTÂNEOS Quando não há cronologia de conhecimento. Os jogadores tomam as decisões ao mesmo tempo. A principal implicação da simultaneidade para o jogo é o fato de que nenhum dos jogadores conhece previamente o que os outros irão de fato fazer. A simultaneidade na prática é muito difícil de ocorrer. Dificilmente tomam decisões exatamente no mesmo momento. A ideia que prevalece nos jogos simultâneos é a do não conhecimento prévio das estratégias (importância de estruturas de conhecimento).
  • 29. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos JOGOS SEQUENCIAIS Jogos que consideram conhecimento anterior (gestão do conhecimento – memória organizacional). No caso dos jogos sequenciais, a representação é feita através de árvores de decisões.
  • 30. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos Exemplo: Empresas de aviação - decidem ou não praticar preços abaixo de seus custos. Empresa A decide primeiro se irá reduzir ou não seus preços e, dependendo de sua decisão, Empresa B decide se reduz ou não seus preços. Nesse jogo sequencial, o mais importante não é a ordem da decisão. Na prática, dificilmente as decisões entre jogadores são tomadas exatamente ao mesmo tempo.
  • 31. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos O efeito da cronologia representa menos a ordem das decisões e mais o conhecimento da decisão de um jogador pelo outro. Se a empresa B, ao decidir, já conhece a decisão de A, ela já conhece o conjunto de informações e possibilidades de decisão, mais precisamente, sabe então quais as melhores decisões que deverão ser tomadas.
  • 32. UNIDADE 2 – Representações dos Jogos Nesta videoaula estudamos como a Teoria dos Jogos representa os jogos e como deve ser estruturado o jogo para que ele possa ser analisado. Bons estudos e até a próxima aula!
  • 33. Disciplina: Teoria dos Jogos Videoaula 3 UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos
  • 34. Disciplina: Teoria dos Jogos Objetivos desta videoaula Nesta videoaula estudaremos a solução de alguns jogos utilizando o equilíbrio de Nash. Serão discutidos jogos clássicos , como o dilema dos prisioneiros, a batalha dos sexos e o jogo do galinha.
  • 35. Disciplina: Teoria dos Jogos Tópicos Estratégia Dominante. Equilíbrio de Nash O dilema dos prisioneiros A batalha dos sexos O jogo do galinha
  • 36. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Estratégia dominante É a melhor estratégia independentemente da ação tomada pela outra parte. Resultados obtidos ao se utilizá-la - são sempre melhores em relação aos resultados obtidos com outra estratégia. Jogadores racionais somente utilizam estratégias dominantes - se eles tiverem certeza da estratégia adotada pelo outro jogador.
  • 37. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Equilíbrio de Nash É um resultado no qual ambos os jogadores corretamente acreditam estar fazendo o melhor que podem, dadas as ações do outro participante. Todas as estratégias adotadas por todos os jogadores são as melhores respostas às estratégias dos demais. Um jogo está em equilíbrio quando nenhum jogador possui incentivo para mudar suas escolhas, a menos que haja uma mudança por parte do outro jogador.
  • 38. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Jogos clássicos que servem para exemplificar a questão da interação estratégica entre os jogadores: O dilema do prisioneiro A batalha dos sexos O jogo do galinha Fonte: www.fernandobarrichelo.com
  • 39. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos O dilema do prisioneiro É uma forma extremamente simples de explicar o uso da Teoria dos Jogos para estratégias cooperativas. O dilema dos prisioneiros não é um jogo de soma zero: existe a possibilidade de ganhos múltiplos.
  • 40. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos DILEMA DOS PRISIONEIROS Dois indivíduos suspeitos de um crime (e de fato o cometeram juntos). A polícia não possui a prova necessária para condená-los, Libertará os dois prisioneiros caso nenhum deles providencie tal prova contra o outro. Eles são colocados em celas separadas.
  • 41. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos PROPOSTA DA POLÍCIA AOS PRISIONEIROS Cada um pode escolher: Confessar ou Negar o Crime. Se ambos confessarem = cada um terá uma pena de cinco anos. Se um confessar e o outro negar: - será libertado quem confessou e - receberá a pena máxima de dez anos quem negou o crime. Se ambos negarem: - irão presos e receberão a pena mínima, de um ano.
  • 42. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos
  • 43. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos O prisioneiro 1 pode ter a seguinte linha de raciocínio: Duas situações podem ocorrer: O prisioneiro 2 pode confessar ou negar. Se 2 confessar é melhor 1 confessar também. Se 2 negar e 1 confessar, 1 estará livre. Então a melhor opção é confessar. Como essa é a melhor opção para os dois prisioneiros o equilíbrio de Nash, portanto, é {confessar, confessar}.
  • 44. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Fatores importantes no dilema dos prisioneiros: O fato de eles não se comunicarem. Se eles pudessem se comunicar, provavelmente ambos negariam o crime e pegariam apenas um ano de prisão. Percebe-se assim, que a possibilidade de visualização do melhor para ambas as partes é fundamental.
  • 45. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Jogos entre empresas que são semelhantes ao dilema dos prisioneiros. Dinâmica do mundo empresarial: é possível imaginar duas empresas lutando pelos mesmos ganhos. Exemplo: Objetivo da empresa: decidir estrategicamente sua forma de entrar em um mercado através da cooperação sobre as informações de mercado.
  • 46. Faturamento de duas empresas: Empresa 1 e Empresa 2. 1) Caso exista cooperação entre as empresas 1 e 2 = {cooperar, cooperar}: ambas ganham com a troca de informações e faturam quatro milhões cada. 2) Caso exista cooperação apenas pela empresa 1 = {cooperar, não-cooperar}: Empresa 1: Cooperou (cedeu sozinha as informações) fatura menos (um milhão). Empresa 2: Apenas se aproveitou das informações da Empresa 1 fatura mais (seis milhões).
  • 47. 3) Caso exista cooperação apenas pela empresa 2 = {não-cooperar, cooperar}: Empresa 2: Cooperou (cedeu sozinha as informações) fatura menos (um milhão). Empresa 1: Apenas se aproveitou das informações da Empresa 2 sem ceder as suas fatura mais (seis milhões). 4) Caso não exista cooperação de ambas as Empresas = {não-cooperar, não-cooperar}: As Empresas 1 e 2 faturam de forma igual (três milhões).
  • 48. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos No Quadro a seguir é apresentada a matriz do faturamento das duas empresas: Empresa 1 e Empresa 2.
  • 49. CONCLUSÕES: Cooperar, cooperar - As empresas ganham com a troca de informações e faturam quatro milhões cada. Cooperar, não-cooperar - A Empresa 1 que cooperou fatura menos (um milhão) e a Empresa 2 que apenas se aproveitou das informações da Empresa 1 fatura mais (seis milhões). Não-cooperar, cooperar - A Empresa 2 que cedeu sozinha as informações tem faturamento menor (um milhão) e a Empresa 1 que se aproveitou dessas informações sem ceder as suas faturou mais (seis milhões); Não-cooperar, não-cooperar - As empresas faturam de forma igual (três milhões), mas em um nível menor do que na situação de compartilhamento mútuo das informações.
  • 50. A empresa tem duas alternativas: • Cooperar mercadologicamente com seu adversário potencial ou • Não cooperar e entender de forma menos completa o mercado (significa competir no mercado com suas próprias informações – que são parciais) Resultado: Melhor alternativa para as duas empresas (equilíbrio de Nash): cooperar – cooperar.
  • 51. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos A batalha dos sexos Exemplo: Um casal está tentando decidir onde irá se divertir à noite. Homem (Emílio) - jogo de futebol. Mulher (Lílian) - teatro.
  • 52. Matriz (quadro abaixo) nível de satisfação de cada um - diferentes combinações de decisão do casal. Por exemplo: 2 significa muito satisfeito 1 significa apenas satisfeito zero que não há nenhuma satisfação
  • 53. 1: Quando o casal decide fazer programas diferentes • o fato de estarem sozinhos, mesmo estando em seus programas favoritos, não os satisfaz. 2: Quando vão juntos • apresentam certo de nível de satisfação só por estarem juntos o que é acrescido pela satisfação de eventualmente estarem em seus programas preferidos.
  • 54. Verificamos que ambos, {Teatro, Teatro}, {Futebol, Futebol}, equilíbrios de Nash, são a solução do jogo. Assim, embora ambos tenham preferências por lugares diferentes, eles preferem sair juntos ao invés de saírem separados. CONCLUSÃO: Como o dilema dos prisioneiros, os jogadores ganham quando coordenam suas decisões.
  • 55. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos O jogo do galinha Dois adolescentes, Pedro e João. Dirigem em alta velocidade em uma estrada em sentido contrário. Quem desviar primeiro perderá o jogo e será “o Galinha” (termo utilizado para representar alguém covarde – fraco), enquanto o outro, o vencedor, será o durão.
  • 56. • Caso ambos desviem ninguém perde o jogo. Mas se nenhum dos dois desviar, sofrerão um acidente gravíssimo, podendo inclusive, ser fatal (Quadro 10).
  • 57. Os ganhos dos jogadores apenas representam as preferências dos jogadores, uma vez que é muito difícil mensurar a possibilidade de um acidente fatal. 1) A pior opção é {Não-desvia; Não-desvia}. 2) Para o Pedro, a opção {Não-desvia} seria a melhor, apenas se o João escolher a opção {Desvia}. 3) A proposição acima é verdade também para o João. CONCLUSÃO: equilíbrio de Nash é {Desvia; Desvia}.
  • 58. UNIDADE 3 – Estratégia Dominante, Equilíbrio de Nash e Jogos Clássicos Nessa videoaula estudamos a solução de alguns jogos utilizando o equilíbrio de Nash. Estudamos também a aplicação de jogos clássicos da Teoria dos Jogos, como o dilema dos prisioneiros, a batalha dos sexos e o jogo do galinha. Bons estudos e até a próxima aula!
  • 59. Disciplina: Teoria dos Jogos Videoaula 4 UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos
  • 60. Disciplina: Teoria dos Jogos Objetivos da Videoaula Nesta videoaula estudaremos a aplicação da teoria dos jogos nas organizações.
  • 61. Disciplina: Teoria dos Jogos Tópicos Como os jogos poderão ajudar o administrador? Aplicação Prática da Teoria dos Jogos à realidade empresarial
  • 62. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Como os jogos poderão ajudar o administrador? Muitas das situações vivenciadas pelos administradores podem ser representadas como um jogo. EXEMPLOS: • representação através de um modelo analítico de situações estratégicas relevantes para a tomada de decisão. • análise dos comportamentos estratégicos entre os agentes econômicos, incluindo o comportamento organizacional.
  • 63. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos • Interação com outras empresas, consumidores e com o governo. • Estratégias de propaganda. • Decisão de lançar um produto inovador no mercado contra um produto tradicionalmente muito aceito.
  • 64. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos • Decisão de cooperar com outras empresas em investimentos para Pesquisa. • Decisão de elevar ou reduzir o preço em um mercado com poucos concorrentes. • Estabelecimento de políticas sociais e de saúde. • ...entre outras.
  • 65. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Roteiro para aplicação prática da Teoria dos Jogos à realidade empresarial Etapa 1 - Definição da questão a ser enfrentada Etapa 2 - Identificação de fatores críticos Etapa 3 - Construção do modelo e resolução
  • 66. Etapa 1 - Definição da questão a ser enfrentada • Metas específicas a alcançar. • Problemas de motivação para desenvolver as estratégias. • Identificar todos os jogadores envolvidos. Exemplo: Empresa de varejo – problema: queda nas vendas. Identificar o que pode ter ocorrido pelo não engajamento dos colaboradores da área comercial. Logo os jogadores serão: a empresa e os funcionários. (relevância - área de RH)
  • 67. Etapa 2 - Identificação de fatores críticos Características da empresa em relação ao problema. Principalmente que auxilie na mensuração das possibilidades de ganhos. Identificar o setor da empresa diretamente envolvido no problema. Identificar as ações de deverão ser adotadas para resolver o problema (com base nas características de cada jogador). Verificar se os jogadores têm conhecimento sobre as ações um do outro.
  • 68. Estabelecer a estratégia: Decidir se os jogadores irão agir simultaneamente ou se um irá esperar a ação do outro. Determinar e quantificar os resultados esperados do jogo para cada combinação de estratégias possíveis. Por exemplo: Identificação da política salarial e plano de carreira: • sistema de crédito e entregas, • política de preços, • clima organizacional, • entre outros.
  • 69. Envolvimento do Setor de Recursos Humanos. As ações desse departamento podem ser: • aumentar as comissões dos vendedores; • ampliar os benefícios; e • remanejar os funcionários.
  • 70. Etapa 3 - Construção do modelo e resolução Verifique se a situação ocorrerá apenas uma ou poucas vezes ou será repetida indefinidamente. Verifique se as ações de um jogador serão conhecidas pelos outros. Verifique se os jogadores tomam suas ações sem conhecer o movimento dos outros.
  • 71. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Encontre possíveis estratégias - estabeleça os Equilíbrios de Nash. Verifique caso o jogo seja repetido infinitamente, se há possibilidade de cooperação. Estratégia de RH: Se os funcionários se esforçarem e as vendas aumentarem até o primeiro ano, a empresa ampliará os benefícios.
  • 72. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Estabeleça as melhores estratégias para ambos os jogadores com base nas informações obtidas. Neste caso (problema: queda nas vendas) o jogo será finito por ter sido considerado como problema ocasional e passageiro e de curto prazo.
  • 73. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Percebemos: que o jogo poderá apresentar dois resultados de Equilíbrio de Nash: Eleva benefícios (empresa) e Engaja (funcionários) Remaneja Funcionários (empresas) e Não Engajam (Funcionários)
  • 74. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos Nessa videoaula estudamos a aplicação da teoria dos jogos nas organizações. Conclusões dos nossos estudos: A Teoria dos Jogos junto com outros tradicionais modelos de decisão possibilita: Um melhor pensamento estratégico. Aprendemos que, embora a cooperação não seja fácil de ser alcançada, é possível demonstrar que muitas vezes ela é preferível ao conflito.
  • 75. UNIDADE 4 – Aplicação da Teoria dos Jogos O problema parece bastante simples: Por que as pessoas não cooperam? Ou, pelo menos, Por que não cooperam mais do que o fazem atualmente? Afinal, se eu ajudasse você e em troca você me ajudasse, não iríamos ambos estar melhor? Bons estudos e até a próxima oportunidade!