2.
"Meus livros são, em grande parte, sobre a morte.
Eles abrem com a morte dos pais do Harry. Tem a
obsessão de Voldemort em conquistar a morte e a
busca dele pela imortalidade a qualquer preço (...)
Eu entendo por que Voldemort quer conquistar a
morte. Todos temos medo dela", complementaria a
escritora em 2006, à Revista Tatler.
"É um forte tema central lidar com a morte, sim, e encará-la de frente“
J.K. Rowling diria ela em 2000 à CBC Newsworld
3.
diria Albus Dumbledore, o maior bruxo dos últimos
séculos, ainda no primeiro volume da obra.
Se a morte está na raiz de tudo, a imortalidade da
alma é uma certeza no mundo mágico. E as relações
entre os que vão e os que ficam não se quebram com
a morte. Pelo menos não de forma integral ou
necessária.
. "Para a mente bem-estruturada, a morte nada mais é
do que a próxima grande aventura"
4.
Logo no pioneiro Harry Potter and the Philosopher's
Stone, o leitor se depara com fotos animadas,
pinturas que falam e fantasmas que transitam
livremente pela Escola de Magia e Bruxaria de
Hogwarts. Registros vivos de quem passou, que de
alguma forma permanecem entre nós.
6.
As fotos são como animações, semelhantes a alguns
porta-retratos mais modernos. As pessoas retratadas se
movem, sorriem, acenam, mas não vão além disso. As
pinturas são mais complexas.
Permitem que o morto, ou pelo menos um reflexo dele,
se comunique livremente com os vivos. O retratado
tem a liberdade de se locomover entre os quadros que
ficam no mesmo edifício em que o seu. E, de quebra,
ainda pode passear entre todos o quadros que o
retratem, em qualquer parte do mundo.
Apesar de ele se restringir, na maior parte dos casos, a
reproduzir frases e ideias-chave de quando vivo, é
possível ver muitos exemplos de uma ação mais livre e
elaborada ao longo da trama.
7.
Os fantasmas propriamente ditos. Só em Hogwarts são
cerca de 20, "impressões de almas que se foram deixadas
sobre a Terra", nos dizeres do professor Severus Snape, no
sexto livro, Harry Potter and the Half-Blood Prince. Eles se
deslocam livremente dentro do castelo, falam, pensam,
sentem, aconselham e interagem com os vivos. Mas não
representam o destino natural dos mortos: "Só os bruxos",
dirá Nearly Headless Nick, um dos fantasmas mais
participativos em toda a trama, em Harry Potter and the
Order of the Phoenix. Acrescenta a seguir:
"Bruxos podem deixar um impressão de si mesmos sobre
a Terra, para vagar por onde pisaram quando vivos (...)
Mas muito poucos bruxos escolhem esse caminho".
8.
Dama cinzenta:
Fantasma da casa Gorvinal, Helena Ravenclaw, filha de Rowena
Ravenclaw, fundadora da casa. Uma fantasma de hogwarts que o
Barão Sangento admira...
10.
Desabafa Nick quase-sem-cabeça
"muito poucos bruxos escolhem esse caminho", a
saber, o de se tornar um fantasma.
Mas por quê? Porque, de modo geral, os bruxos
preferem "seguir".
"Eu tinha medo de partir. Escolhi ficar para trás. Às
vezes penso se não deveria... Bem, isso não é cá
nem lá... De fato, eu não estou cá nem lá... Eu não
sei nada sobre os segredos do Além, Harry, porque
escolhi minha fraca imitação de vida a ele"
11.
Murta que geme: Fantasma que começou a habitar hogwarts
desde o seu falecimento a décadas antes da entrada de Harry
na escola, morta pelo basilísco (Ossos da fera ainda habitam
na câmara secreta).
12.
Barão Sangrento:
Fantasma da casa Sonserina, não gosta muito de jovens, no
primeiro jogo de harry potter aparece como sendo uma ameaça
para alunos da Grifinória.
13.
Frei Gorducho: O qual representa a casa Lufa-lufa. Era um bruxo que participou
Escola Hogwarts de Magia e Bruxaria em sua juventude e foi atraído para a Casa de
Hufflepuff. Era um homem muito feliz. Ele dedicou sua vida à religião e, após sua
morte, voltou para a escola como o fantasma residente de Hufflepuff House. Sua
primeira aparição foi em Harry Potter e a Pedra Filosofal.
"Perdoar e esquecer, eu digo, devemos dar uma segunda oportunidade Pirraça '
-O Perdão é característico de Frei Gorducho.
15.
Os Dementadores são criaturas das trevas que se alimentam da
felicidade da alma humana, espalhando tristeza e depressão
por onde passam. A força do pensamento negativo funciona
exatamente como um Dementador: quanto mais a gente se
alimenta dela, mais a gente afunda.
16.
A única forma de combater um Dementador é se
mantendo forte nos pensamentos positivos: assim que os
Dementadores apareciam, a pessoa era obrigada a reviver
seus maiores medos – lutar contra eles e manter o foco em
coisas boas era um verdadeiro desafio. Para nós, esse
desafio é bem parecido: pensamentos negativos geram
ainda mais pensamentos negativos. Claro que a gente não
consegue ser feliz o tempo inteiro, nem estar feliz 24 horas
por dia, mas devemos tirar o foco principal das coisas
negativas que nos cercam. Permita-se sentir medo, mas
deixe que isso vá embora e não tome conta de você.
18.
Foi nesse feitiço que o Harry aprendeu foi para dissipar as
trevas, as energias malignas, etc. A primeira vez que ele
utilizou esse feitiço foi para repelir os dementadores, que
são seres das trevas.
Para que esse ele fosse bem executado e aparecesse o
patrono a partir de sua varinha mágica, o Harry precisava
focar a sua mente em alguma lembrança positiva, de
preferência aquelas que lhe causaram maior impacto
emocional. O Harry errou muitas vezes esse feitiço até
dominá-lo, por dois motivos, ou a lembrança não era tão
forte ou ele ficava com medo.
o feitiço Expectro Patronum.
19.
A melhor forma de dissipar as lembranças tristes, os
pensamentos negativos, aquilo que nos põe pra
baixo, é se focar em coisas boas, lembranças
marcantes, pensamentos positivos.
Harry precisou exercitar exaustivamente o feitiço do
patrono até aperfeiçoá-lo, dá pra notar que ele chega
até a ficar cansado fisicamente.
o feitiço Expectro Patronum.
20.
A Pedra da Ressurreição. É ela que permite um dos momentos
mais emocionantes - e transcendentais - de toda a trama.
Quando Harry mais precisa, quatro pessoas "mortas" - em vida,
extremamente importantes para ele - como que se materializam
na frente do herói. "Menos substanciais que corpos vivos, e bem
mais do que fantasmas, eles se moveram em sua direção, em
cada face, o mesmo sorriso amoroso", descreve Rowling.
21. E naquele momento o aconselharam, reanimaram e garantiram a força
que faltava para Harry cumprir a dolorosa missão que teria pela
frente. O detalhe curioso é que, quando perguntou se outros não
poderiam vê-los, ele ouviu a seguinte resposta: "Somos parte de você,
invisíveis para outras pessoas". Uma pedra que aguça as faculdades
mediúnicas do possuidor? A autora prefere deixar a questão meio
nebulosa...
22. Da mesma forma que faz num momento à frente, este
sim, o mais transcendental de toda a série! Ao tomar um
golpe, que deveria ser mortal, Harry se vê numa espécie
de limbo. Acorda lenta e desorientadamente, os
sentidos voltando pouco a pouco a funcionar. À medida
que toma consciência de si, sua mente começa a dar
forma à imprecisão do espaço que o cerca.
Ao perceber que está nu, ele se incomoda, e deseja estar
vestido. "Mal o desejo se formou na mente e apareceram
roupas a uma pequena distância", relata a autora. A
elaboração do meio não pára. "Harry se virou lentamente
para o local, e os arredores pareciam se inventar ante os
seus olhos", explica. É como se ele estivesse formando
aquele espaço mentalmente, de forma instintiva, sem se
dar conta, com base nas necessidades que vai
experimentando. Qualquer semelhança com um
certo Laboratório do Mundo Invisível não há de ser
mera concidência...
23. Quando finalmente encontra alguém, o espanto: "Mas você está morto"! "Sim",
responde o interlocutor. "Então... eu também estou?", pergunta. "Essa é a
questão, não é?", pondera o Espírito, completando: "No geral, meu garoto,
acredito que não".
Pois é! Harry Potter tem uma Experiência de Quase-Morte! Além de uma
excelente oportunidade para ponderar sobre a vida, debater questões
complexas e descobrir informações que desconhecia. O interlocutor explica
que ele tem a chance de escolher entre retornar ou seguir. Mas para onde? "Em
frente", como quem prefere desconversar.
24. Pois é! Harry Potter tem uma
Experiência de Quase-Morte!
Além de uma excelente
oportunidade para ponderar
sobre a vida, debater
questões complexas e
descobrir informações que
desconhecia.
O interlocutor explica que ele
tem a chance de escolher entre
retornar ou seguir. Mas para
onde? "Em frente", como
quem prefere desconversar.