O jornal Mente Ativa nasceu em um café da tarde entre três amigas.
Sentimos a necessidade de estabelecer relações saudáveis, manter a mente ativa e criativa no período da pandemia
2. Jeane Bordignon
voos.e.palavras
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Editorial
Olá! Que bom chegar até você em mais uma
edição do nosso jornal Mente Ativa!
O fim do ano se aproxima, tempo de festas, de
celebrar a vida e o amor. Na maioria das
famílias haverá alguma ausência muito sentida,
de alguém que foi levado por esse vírus que
ainda apavora o mundo. Mas ouvi dia desses de
um amigo que quando uma pessoa especial
morre, ela passa a viver em nosso coração, e por
isso é que dói tanto… é a dor do coração se
expandindo, se rasgando para dar espaço àquele
ente que faz morada.
Então celebremos as festas de final de ano, sim,
sabendo que aqueles nossos entes amados estão
no lugar mais especial em que poderiam estar. E
celebremos também pela vida de todos nós que
conseguimos passar pelo pesadelo sem igual que
foi essa pandemia. “Gracias a la vida!”, como
cantava Mercedes Sosa.
E que a gente saiba valorizar a chance de
continuar nesse plano, buscando cada vez mais
evoluir e fazer o bem. Também para que o
próximo ano seja melhor, menos sofrido do que
os dois últimos. Precisamos cultivar dias
melhores!
Nós mulheres, então… precisamos poder viver
em paz. Lutamos todos os dias, mas
especialmente em 25 de novembro celebramos o
Dia Internacional pela Eliminação da Violência
contra a Mulher. A data foi instituída pela
Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999 e
faz homenagem às irmãs Mirabal (Pátria,
Minerva e Maria Teresa), assassinadas por se
oporem à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na
República Dominicana. Tornou-se um evento
para alertar e buscar erradicar a violência contra
todas as mulheres.
E juntas somos mais fortes! O jornal Mente Ativa
é um exemplo disso. Um projeto nascido da união
de mulheres, que vem agregando mais irmãs, e se
tornando cada vez maior e mais importante para
cada uma de nós. Esperamos que esse fruto da
nossa construção coletiva possa tocar ainda mais
pessoas.
Por nós! Por todas!
3. Simone Mello
Poeta
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
O Livro
Conto histórias
Crio personagens
Dou asas à imaginação
Sou um tesouro de papel folheado
Um mundo de realidade
E ficção
Nas bibliotecas
Sou pesquisado
Nas escolas, sou estudado
Sobrevivi a várias guerras
Séculos de lutas
Martírio e opressão
Sou o livro
Sou sagrado
Sou ferramenta de inspiração
4. Simone Mello, poeta. Formada em Sociologia, profissão
protética, mãe de dois filhos. Integrante do Sarau
Sopapo Poético. Integrante do Grupo Face de Ébano.
Participei do projeto Lendo Mulheres Negras. Das
Coletânea Escrituras Negras II As Marcas. Sinergia. O
Livro das Marias III e da coletânea Poemas à Flor da
Pele.
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Apresentação das Colunistas
5. Mariana Delphino
Artista Visual
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Natal
Natal é quando ocorre o nascimento de alguém ou
algo. Temos vários nascimentos ao longo da vida.
Quando nascemos neste planeta, também nasceu
uma mãe, um pai, avós, irmãos, tios e primos.
Nosso lugar de filha, neta, irmã, sobrinha, prima...
Essas pessoas foram e são nossa rede de conexão
com o mundo, nossos próximos mais próximos.
Estabeleceram conosco uma relação de
acolhimento, afeto, cuidado, aceitação e proteção
na medida dos seus recursos materiais e de suas
condições socioemocionais, psíquicas e espirituais.
Nos olharam, nomearam, ninaram, banharam,
vestiram, alimentaram, limparam, ouviram,
consolaram nosso choro, educaram falando
conosco numa linguagem amorosa, cantaram para
nós, contaram histórias, afirmando seu
reconhecimento da nossa chegada à Terra. Antes,
o coração já pulsava vida como uma extensão do
coração da mãe, num período único em que
estivemos totalmente dependentes dela. Nosso
primeiro endereço neste planeta foi o útero
materno. Mas toda essa rede de pessoas sustentou,
como pode, as condições desta gestação. Todos, de
alguma forma, gestaram juntos esse novo ser, na
medida em que a mulher se sentiu mais ou menos
protegida, compreendida, apoiada, aceita na sua
decisão de tornar-se mãe. Mesmo que, muitas
vezes, em condições econômicas adversas, e com
uma figura masculina que não se colocou para
assumir a paternidade, naquela fase de sua vida.
Natal, espiritualmente falando, é quando o amor
nasce em nossos corações, quando despertamos
para o entendimento de que fazemos parte de
uma rede muito maior. Nascemos como amigos,
vizinhos, estudantes, profissionais e cidadãos.
É do sentimento de pertencimento e
responsabilidade socioambiental e cultural, que
nasce o educador comprometido com a justiça
social e o bem comum independente da profissão
ou classe social em que esteja transitando.
No Natal, chega-se nu para essa conexão
profunda, sensível, e inovadora com as novas
pessoas e o novo ambiente com os quais vamos
conviver. Somos chamados a, humildemente,
reconhecer nossa vulnerabilidade e
incompletude, como nos sugere a máxima
Socrática” Só sei é que nada sei”, ou como nos
ensina cantando Gilberto Gil (mais novo imortal
da Academia Brasileira de Letras) “Se eu quiser
Falar com Deus” ... “Tenho que me aventurar” ...
“Ter a alma e o corpo nus...”
Se o bebê, ao nascer, estiver agarrado ao cordão
umbilical, através do qual foi alimentado e
nutrido ao longo da gestação até que estivesse
pronto para nascer, algo muito comum de
acontecer, isso coloca em risco a sua vida e
dificulta o parto. Na música referida, Gil nos
recomenda “Sem cordas (amarras do passado) para
segurar”
Nascemos com uma centelha divina, um
pedacinho do Universo pleno de luz e amor
dentro de nós e ela nos permite falar com Deus, de
onde e como estivermos, não importa como nos
identificamos ou a língua que falamos. Fazer
brilhar essa centelha é iluminar a rede da qual
fazemos parte. A filósofa e poetisa brasileira Aza
Njeri, em seus estudos profundos sobre
Ancestralidade Africana, fala sobre sermos
“acendedores de sóis uns dos outros” pois “Somos
Sóis Vivos”.
Martin Luther King Jr, em um dos seus discursos,
já aconselhava para sermos livres: “Deves
aprofundar-te nos recursos internos de sua alma e
assinar com uma caneta e tinta da Autoafirmação
e Determinação a sua própria proclamação de
emancipação. Não deixe ninguém tirar de você
sua humanidade.”
Natal, data em que popularmente se comemora o
nascimento de Jesus, lembremos que Ele que veio
como O Presente, mas virou O Aniversariante,
nos indicou qual é o mais precioso presente que,
Nós podemos dar-Lhe: “Deixai Brilhar a Vossa
Luz”
6. Ju Lopse
deexistencia
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Ame os processos
Ouço a percussão dos dedos sobre o teclado do
computador, durante a tarde, de tempos em
tempos, até que eu conseguisse identificar um
padrão rítmico. O som que minha colega
produzia sem nem perceber. Temos muitas
formas de fazer música, com os elementos que a
constituem. O ritmo com que manipulamos
nossos objetos laborais ou com que percorremos
com os pés pelo mundo. A harmonia das nossas
vozes, que entram em consonância, em uma
mesma discórdia, e nos cânones, quando
buscamos aquiescer. A melodia nas alturas dos
nossos risos, no oscilar dos humores e no
caminho que percorremos até o equilíbrio.
Aliás, equilíbrio me parece um sonho distante.
Somos, como a melodia de uma música, em uma
composição de altos e baixos. Como no jargão da
internet, tá tudo bem não estar bem. Em alguns
dias, a tonalidade pode estar menor, repleta de
curtas distâncias, intervalos de segunda menor
que assustam e nos fazem buscar o relaxamento
dos meios. No quarto, escuro ou na quarta, que se
faz justa, até atingir a mais firme quinta. Por
outro lado, na sensível distância, às vezes, temos
a capacidade de resolver qualquer dissonância e
devolver à tônica da nossa própria trajetória.
Então, tendo em escuta essas oscilações e
movimentos e em como são as mudanças,
retornos e avanços que fazem a melodia. Estar no
mesmo lugar, sendo na contenção em modificar
um ponto de vista ou na ilusão de um equilíbrio,
não faz música.
É preciso, muitas vezes, andar na corda bamba,
para aprender a alternar os pés. É preciso, tantas
outras, nadar contra a corrente, só para exercitar
um certo músculo, no lado esquerdo, que tanto
sente, e ainda precisa mais reconhecer. Correr,
andar, alterar o rumo da caminhada, da prosa.
Parar, ou mais rápido ainda. De um lado pro
outro, de fora para dentro, virando e voltando. É
assim que a gente dá certo!
Ame seus processos.
Mesmo os lentos demais. Até aqueles que
parecem súbitos. Ainda mais os que doem e
aqueles em que não se vê nenhum sentido. Às
vezes, não têm. Antecedem uma pausa
necessária para um novo trecho da obra. Ou para
enriquecer a melodia.
A melodia não fala sobre a resolução da música.
Tantas canções terminam em fade out, com
andamento mais lento e diminuindo a
intensidade dos instrumentos. O processo está no
meio. No momento presente. E se no momento
há dor, que se doe a ela. Para retornar ao
caminho, ao processo, ao próximo compasso. Em
um mundo que fala tanto sobre chegada, onde
não tem beijo de namorada, que passemos a
esquecer. E pensar no aqui e agora. No pulmão se
enchendo para a próxima nota.
7. JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Conheça nossos Trabalhos:
Mara Lenise Chagas da Silva
Psicóloga Clínica
(51)986511004
Sou Psicóloga Clínica, formada pela Pontifícia Universidade
Católica Rio Grande do Sul, em 2000.
Tenho experiência em atendimento psicoterápico com
crianças, adolescentes e adultos. Além de processo de seleção
e recrutamento de profissionais para empresas.
Sou Coordenadora e facilitadora de grupos operativos com
idosos .
Como profissional da área de saúde mental, tenho como
objetivo auxiliar meus pacientes a lidar com suas
dificuldades e conflitos em busca de uma melhora na
qualidade de vida. Proporcionando o autoconhecimento,
resgate da autoestima, autoconfiança e tratando
dificuldades comportamentais e emocionais.
Atendimento Individual On-line
Essa modalidade possibilita que o paciente otimize seu
tempo em razão da flexibilidade de horários, permitindo que
o atendimento ocorra independente de onde o mesmo se
encontre.
Atendimento home care.
Assistência psicológica a domicilio, geriatria, clínicas,
hospitais, dentre outros.
Sobre minha página no facebook:
Mara Lenise - Psicóloga Clínica
👇🏿
Minha página destina-se a divulgar meu trabalho bem como
trazer temas relevantes da psicologia. Um espaço de trocas e
de aprendizagem.
8. Baseado no romance de Sue Monk Kidd, um best seller norte-
americano, A Vida Secreta das Abelhas narra os trágicos
acontecimentos que se sucedem com uma menina após,
acidentalmente, com apenas quatro anos, assassinar a própria
mãe. Maltratada pelo pai, dez anos após o acontecido ela decide
fugir de casa, levando consigo sua melhor amiga, a ama
Rosaleen. Estamos no sul dos Estados Unidos, no início dos
anos 60, e os movimentos anti-racistas começavam a dar os
primeiros passos. Entre preconceitos e desrespeitos contra as
mulheres, as duas encontram abrigo num verdadeiro oásis: a
casa das irmãs Boatwright, três mulheres independentes que
sobrevivem com graça e dignidade, a despeito da cor negra
que carregam na pele. Ali, as duas novatas irão conhecer um
novo mundo e, acima de tudo, aprender a amar a si mesmas.
Dirigido por Gina Prince-Blythewood com mão segura, porém
sem grandes inventividades, A Vida Secreta das Abelhas tem
como maior destaque o elenco, composto por nomes de grande
repercussão atualmente em Hollywood. A vencedora do Oscar
Jennifer Hudson (Dreamgirls, 2006) captura nosso olhar
durante a primeira meia hora de projeção, mas logo abre espaço
para outras importantes atrizes negras: Queen Latifah (Chicago,
2002) e Sophie Okonedo (Hotel Ruanda, 2004) foram ambas
indicadas ao Oscar, enquanto que Alicia Keys, após pequenas
participações em filmes como A Última Cartada (2006) e Os
Diários da Babá (2006), demonstra um potencial de intérprete
ainda maior e envolvente. Para quem não sabe, Keys é uma
multi-premiada cantora, assim como Latifah e Hudson. Essa
veia artística também tem espaço no filme, colaborando na bela
trilha sonora. Porém, dentre tantas artistas adultas e muito
reconhecidas, quem acaba chamando atenção mesmo é a
pequena Dakota Fanning (do recente Heróis, 2009, e do
campeão de bilheteria Guerra dos Mundos, 2005). Ela está
conseguindo fazer uma boa transição entre estrela infantil e
atriz séria, apresentando um talento dramático cada vez maior e
mais intenso. Outra boa adição é Paul Bettany (Coração de
Tinta, 2008, e O Código Da Vinci, 2006), que compõe mesmo em
poucas cenas um personagem assustador, porém nunca
unilateral – percebe-se a dor e o sofrimento que há dentro dele,
de forma que é possível até simpatizar com sua infelicidade.
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Dica de Filme:
9. Camila Losso
Aprendiz da vida e mãe
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Sonhei...
Eu chego, então, ao portão do “Céu”.... e Deus
questiona:
“Minha filha, porque devo abrir o portão do céu,
para que possas usufruir do meu paraíso?
Respondi, tranquila:
“Ah, Senhor, fiz tudo que deveria fazer: não menti,
não roubei e não matei...”
Sorrindo, Deus Continua...
“Muito bem! E além disso?”
“Ah, sei lá, acho que mais nada...” - Respondi cheia
de atitude e confiança
Agora, sério e sereno, como se já soubesse das
minhas respostas, diz:
“Eu sei! - Percebi que mesmo você não mentindo,
não roubando ou matando, você não estava feliz....o
que houve?”
“Ah, Deus, eu corria tanto... tinha tanta coisa pra
fazer, que não deu tempo, tinha muita conta pra
pagar....
“Eu sei!” - disse ele, mais uma vez – E valeu a pena?
Tudo o que você correu atrás, a vida toda, ficou
láembaixo... tá vendo? O carro, a casa, os boletos.... e
você ainda não está feliz...!
Envergonhada, sem saber o que responder, eu
perguntei
“- E o que eu deveria fazer Deus?”
“Minha filha, poderia ter feito tudo isso...mas que
fosse feito sempre olhando para o teu próximo, com
amor, empatia e paciência. Só por esse caminho,
conseguiria ser Feliz. E o que quero é só a tua
felicidade!!
Estava me lembrando aqui das várias
oportunidades em que dei pra você...para você
acordar das ilusões e dos teus apegos materiais,
para perceber que, a vida que te dei é uma vida
para ser feliz”.
Continuou Deus:
“Quantos coloquei para cruzar o teu caminho e
você não percebeu... não era nem com ajuda
financeira, pois eu sabia também das tuas
dificuldades...era somente com uma palavra, com
um olhar, com um gesto de amor, um
abraço...estas mesmas, iriam também contribuir
para o teu crescimento e a tua felicidade.
Pessoas como você, que necessitavam não só do
pão do corpo, mas do pão da alma... e você não
viu...pois estava muito ocupada, falando mal do
seu chefe, com a sua colega no celular.
Quantas vezes te dei a chance de exercitar o teu
amor e paciência, cada dia mais, com os teus
filhos. Via eles chorando ou não te obedecendo,
mas você trabalhava tanto, que estava sempre
cansada e sem paciência para ouvi-los. Estava
preocupada, com tantas outras coisas…
Se tirasse um tempinho para ouvi-los, com mais
paciência, veria a felicidade deles e você também
ficaria feliz!”
Agora, em tom amoroso e compreensivo, Deus
continuou:
“Quantas vezes permiti que as chamadas
dificuldades, chegassem até você, para que
APRENDESSE e ficasse mais FORTE, e não para te
fazer sentir derrotada, humilhada e impotente.
Eu estava o tempo todo ali... pertinho de você. Era
só me chamar... “
Apontando, pra bola esférica, muito minúscula
agora, o Planeta Terra, ele prossegue:
“Tá vendo, lá embaixo? Lá é só escola...Aqui
trazemos o que carregamos no coração ...esses são
os tesouros e a tua felicidade.
Volta pra lá e vamos tentar novamente...”
Acordei num salto... não sei se foi um sonho ou
pesadelo...só sei que estou aqui pensando....
E quando eu chegar lá, no “portão”, que tesouros
levarei no meu coração?
Tesouros do coração
10. Jeane Bordignon
voos.e.palavras
JORNAL MENTE ATIVA
novembro de 2021 - 14º edição
Nascer mulher: que sina!
Tem que furar as orelhas,
que horror acharem que é menino!
Tem que sentar direito,
tem que cobrir o peito,
mesmo sendo criança
já tem que se dar respeito...
Porque sabe como é,
homem não tem jeito.
(E mulher, mesmo menina,
já sabe cuidar da vida.)
Quando cresce, só piora...
Não vá sair com as pernas de fora!
Evita o decote
Evita a calça justa
Como se adiantasse...
Você sabe que não estaria segura
nem se estivesse de burca!
E nem na hora da festa
o sossego se manifesta...
Melhor não beber mais um copo
Melhor ir mais cedo pra casa
Melhor não confiar na paquera
Dançar é o que nos resta
Mas sem desligar o alerta!
É cansativo ser mulher...
Ter vagina, peitos e curvas
nos coloca sob ameaça.
Como amar nosso corpo se ele
todo dia se torna um fardo?
Como encontrar nossa forma feminina
se nos tratam como personificação do pecado?
Chega, chega
de viver com tanto peso.
Não é justo
passar pela vida com medo...
Chega!
Me dê sua mão, irmã
Vamos juntar nossas forças
E quem quiser
que nos chame de loucas!
Seremos loucas felizes
construindo espaços de paz.
CHEGA!
Desenho - Sarah John