SlideShare a Scribd company logo
1 of 8
Download to read offline
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022
VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO NOS
MUNICÍPIOS DE RECIFE E SURUBIM, PERNAMBUCO
Gabriel Victor Silva do Nascimento1
; Maxsuel Bezerra do Nascimento2
RESUMO
O clima é considerado um regulador da dinâmica ambiental, a precipitação e a intensidade do vento
são elementos climáticos essenciais nos estudos de regiões tropicais. Dessa forma, a pesquisa tem o
objetivo de analisar o comportamento das normais climatológicas de precipitação e intensidade do
vento e possíveis alterações em tais elementos do município de Recife e Surubim. Para realizar a
pesquisa foram utilizadas as normais climatológicas (1961 a 1990 e de 1991 a 2020) de precipitação
e intensidade do vento, obtidas no banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Por meio dos dados foi possível observar que os municípios de Recife e Surubim apresentam um
período chuvoso e seco bem definidos de abril a julho. Os ventos são mais intensos nos meses de
setembro a dezembro para ambos os municípios e menos intenso nos meses de março a junho. A
pesquisa demonstra também redução das chuvas durante o ano para ambos os municípios. A
velocidade do vento para Recife apresentou diminuição nos índices na segunda normal climatológica,
enquanto Surubim revelou uma tendência de aumento. Já as análises de correlação indicaram
correlação forte e muito forte entre as variáveis pesquisadas nos municípios de Recife e Surubim.
Palavras-chave: Agreste, Análise de correlação, Clima local, Mudanças climáticas, Normais
climatológicas, Zona da mata.
RAINFALL VARIABILITY AND WIND SPEED IN THE MUNICIPALITIES OF RECIFE
AND SURUBIM, PERNAMBUCO
ABSTRACT
Climate is considered a regulator of environmental dynamics; rainfall and wind intensity are essential
climatic elements in studies of tropical regions. Thus, this study aims to analyze the behavior of
rainfall and wind intensity climatological normals and the possible changes in such elements in the
municipalities of Recife and Surubim. To carry out the study, rainfall and wind intensity
climatological normals (from 1961 to 1990 and from 1991 to 2020), obtained from the National
Institute of Meteorology (INMET) database, were used. Through data, it was possible to observe that
the municipalities of Recife and Surubim have a well-defined rainy and dry period from April to July.
Winds are more intense from September to December and less intense from March to June for both
municipalities. The study also shows reduction in rainfall during the year for both municipalities. The
wind speed for Recife showed a decrease in the second climatological normal, while for Surubim,
wind speed showed an increasing trend. On the other hand, correlation analyses indicated strong and
very strong correlation between variables surveyed in the municipalities of Recife and Surubim.
Keywords: Agreste, Correlation analysis, Local climate, Climate change, Climatological normals,
Zona da mata.
43
INTRODUÇÃO
A climatologia visa compreender os
diversos climas da Terra. Um de seus desafios
para isso é sistematizar o grande número de
dados meteorológicos e climáticos e convertê-los
em medidas estatísticas que geram parâmetros
para o agrupamento das características da
atmosfera sobre lugares distintos (TERASSI;
SILVEIRA, 2013). Segundo Albuquerque et al.
(2010) a precipitação e a intensidade do vento
são elementos climáticos essenciais nos estudos
de regiões tropicais. Dessa forma, o
comportamento da precipitação influência as
atividades humanas, pois impacta a agricultura,
recursos hídricos e o meio ambiente na escala
regional e local (SOUZA; AZEVEDO;
ARAÚJO, 2012).
Assim, o clima é considerado um regulador
da dinâmica ambiental, pois impacta diretamente
nos processos físicos e biológicos e na sociedade,
constituindo-se, um importante recurso para a
vida e a atividade humana (SILVA et al., 2010).
A ação antrópica nos últimos acentua a
quantidade e a intensidade dos eventos extremos,
no Nordeste do Brasil (NEB) tais eventos estão
associados a precipitação pluvial (CORREIA
FILHO, LUCIO, SPYRIDES, 2016).
O NEB é caracterizado pela irregularidade
espacial e temporal da precipitação pluvial, como
também pelo alto potencial de evaporação de
água em função da disponibilidade de energia
solar e temperaturas elevadas durante o ano
(SILVA et al., 2010; LIMA, 2019; MEDEIROS
et al., 2021; SIQUEIRA; NERY, 2021). Dessa
forma, a variabilidade climática proporciona
diferentes volumes de precipitação em todo o
globo, contudo a frequência e intensidade de
eventos extremos podem variar conforme as
mudanças climáticas (SILVA et al., 2020).
Os ventos ocorrem devido às diferenças de
pressão atmosférica, entre duas regiões distintas,
influenciadas por efeitos locais, seja pela
orografia do local ou pela rugosidade da
superfície e também é influenciado pela rotação
da Terra, força centrífuga e de Coriolis. O que
provoca as diferenças de pressão entre as regiões
é a distribuição diferencial da radiação solar pelo
globo terrestre, e fatores como altitude, latitude e
continentalidade e influenciam os processos de
aquecimento das massas de ar atmosférico
(COSTA; LYRA, 2012).
A dinâmica dos ventos em uma cidade está
relacionada com o conforto térmico humano e
animal e com a produção de energia. O estudo da
velocidade do vento é essencial para o meio
ambiente, ao passo que possibilita a exploração
de energia renovável, sendo esta energia
importante para diminuição dos efeitos das
mudanças climáticas (CAMELO et al., 2017;
CAMELO et al., 2018).
Na agricultura o vento pode ocasionar
efeito mecânico de agitação das árvores com
consequente queda de flores, e frutos. O vento
com alta energia das partículas constituintes e
com baixo vapor d’água, causa uma rápida seca
fisiológica na planta, enquanto a baixa energia
das partículas constituintes diminui ou aumenta a
transpiração e absorção de CO₂ da planta
(ALVES; SILVA, 2011).
Assim, compreender a dinâmica e
variabilidade da precipitação e intensidade dos
ventos é essencial para o planejamento e
desenvolvimento de um município e de uma
região (BARCELLOS; QUADRO, 2019), pois
eventos extremos de precipitação ocasionam
desastres socioambientais como inundações e
deslizamento de terra no NEB, enquanto a
diminuição da intensidade dos ventos prejudica o
conforto térmico humano e animal (CORREIA
FILHO; LUCIO; SPYRIDES, 2016).
Dessa forma, analisar as normais
climatológicas de precipitação e intensidade dos
ventos dos municípios de Recife e Surubim é
essencial, visto que o município de Recife possui
problemas socioambientais relacionado a
inundações, deslizamentos de terra e conforto
térmico, enquanto Surubim está inserido no
Polígono das Secas e necessita de gerenciamento
dos recursos hídricos e energéticos (BELTRÃO
et al., 2005; RODRIGUES, 2020). Assim, a
pesquisa teve como objetivo analisar o
comportamento das normais climatológicas de
precipitação e intensidade do vento e possíveis
alterações em tais elementos.
METODOLOGIA
O município de Recife está localizado na
Zona da Mata do estado de Pernambuco em 08°
04ˈ 03ˈˈ S e 34° 55ˈ 00ˈˈ W, com altitude de 4
metros, possui uma área territorial de 218.843
km² e uma população estimada de 1.661.0177
(IBGE, 2022; RECIFE, 2022). Enquanto o
Município de Surubim está localizado no Agreste
Setentrional do estado de Pernambuco em 07°
49ˈ 59ˈˈ S e 35° 45ˈ 17ˈˈ W, com altitude de 394
metros acima do nível do mar, tem uma área
territorial de 252.896 km² e uma população
estimada de 66.192 habitantes (IBGE, 2022;
SURUBIM, 2022).
Os elementos climáticos de precipitação e
vento foram os parâmetros utilizados na
pesquisa. Assim, para realização da pesquisa
foram utilizados os dados das normais
climatológicas de precipitação em mm e
velocidade do vento em m/s de 1961 a 1990 e
1991 a 2020. Os dados foram obtidos das
estações automáticas do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET) localizadas no município
de Recife e Surubim. Com isso, para calcular o
coeficiente de correlação linear de Pearson (r) foi
utilizado a Equação 1:
rx, y = (∑ = 1
n
i XiYi) − nX
̅Y
̅
(n − 1)SxSy
Enquanto para a análise estatística dos dados e
produção dos gráficos foi utilizado software livre
LibreOffice 7.2.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Gráfico 1 apresenta as normais
climatológicas de precipitação para o período de
1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município
de Recife. Dessa forma, é possível observar a
variabilidade da precipitação que apresenta total
pluviométrico de 2.417,6 mm na primeira normal
climatológica (1961 a 1990), enquanto a segunda
apresenta o volume total durante o ano de
2.155,5, demonstrando uma redução anual da
precipitação de 262,1 mm, representando uma
redução de cerca de 10% para a segunda normal
climatológica. Já a quadra chuvosa do município
ocorre entre abril e julho, e tiveram médias de
355,5 mm na primeira normal climatológica e
322,8 mm na segunda. Enquanto o total de
precipitação na quadra chuvosa foi de 1.422,1
mm entre 1961 a 1990 e 1.291,3 mm entre 1990
a 2020, sendo a redução de 130,8 mm. De acordo
com Ferreira (2016); Guedes e Silva (2020) é
importante destacar que o principal mecanismo
de precipitação no leste do Nordeste durante
quadra chuvosa são os Distúrbios Ondulatórios
de Leste.
Gráfico 1 – Distribuição da precipitação
mensal das normais climatológicas no município
de Recife
Fonte: Os autores (2022).
O Gráfico 2 apresenta as normais
climatológicas de precipitação para o período de
1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município
de Surubim. O município apresenta totais anuais
de precipitação de 726,2 mm e 580,3 mm durante
as normais climatológicas de 1961 a 1990 e de
1991 a 2020, respectivamente. Com redução
anual de 145,9 mm, representando uma redução
de 20% das chuvas durante o ano. Já durante a
quadra chuvosa que ocorre entre abril e julho, o
município apresenta média de 108,8 e 82,2 mm
nas normais climatológicas de 1961 a 1990 e de
1991 a 2020, respectivamente. Enquanto o total
pluviométrico na quadra chuvosa é de 435,3 mm
entre 1961 a 1990 e de 328,6 mm entre 1991 e
2020, assim, a redução foi de 106,7 mm no total
de precipitação da quadra chuvosa.
Gráfico 2 - Distribuição da precipitação
mensal das normais climatológicas no município
de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Conforme Andrada et al. (2018) na região
do Agreste de Pernambuco encontra-se um
padrão na variabilidade da precipitação, com
períodos secos e chuvoso bem definidos. Os
autores destacam ainda a importância dos
mecanismos de precipitação no Nordeste do
Brasil de grande escala como os sistemas frontais
e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT),
além dos mecanismos de meso escala como
Perturbações ondulatórios no campo dos ventos
Alísios, complexos convectivos e brisa marítima
e terrestre, e os de microescala que são pequenas
células convectivas e circulações orográficas.
Assim, a diferença nas taxas de
precipitação entre os municípios de Recife e
Surubim está associada a intensidade dos
sistemas meteorológicos como Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), Distúrbios
Ondulatórios de Leste, Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), Vórtice Ciclônico em
Altos Níveis (VCAN), Sistemas Frontais (SF) e
Linhas de Instabilidades (Li) que atuam de forma
mais intensa no litoral do NEB e assim provocam
mais chuvas para o município de Recife
(KAYANO; ANDREOLI, 2009).
O Gráfico 3 apresenta a normal
climatológica para Recife de velocidade do vento
de 1961 a 1990 e 1991 a 2020. Na normal
climatológica de 1961 a 1990 foi verificado
intensidade do vento entre 2,25 m/s nos meses de
abril e maio a 3,29 m/s no mês de novembro. As
maiores taxas da normal climatológica de 1961 a
1990 são verificadas no período seco entre os
meses de setembro a dezembro, com valor médio
de 3,21 m/s. Enquanto na normal de 1991 a 2020
o valor médio foi de 2,75 no mesmo período. Já
os menores valores da normal de 1961 a 1990 de
velocidade do vento ocorrem nos meses de março
a junho com intensidade média de 2,34 m/s. Na
normal de 1991 a 2020 a velocidade do vento
tiveram seus menores índices nos meses de
março a junho com valor médio de 2,6 m/s.
Assim, foi observado diminuição média de 0,46
m/s durante o período com maior intensidade de
vento, e de 0,28 para o período com menor
intensidade de vento do município de Recife.
Gráfico 3 – Intensidade do vento no
município de Recife
Fonte: Os autores (2022).
Assim, é verificado no município de Recife
desde os anos finais da década de 70, problemas
relacionados a presença de edifícios capazes de
interceptar a circulação dos ventos, isso é
resultado da alta densificação de edifícios à
beira-mar, que atualmente ocorre não apenas à
beira-mar, mas também à beira de rio na cidade
(CASTILHO; TEIXEIRA, 2016). Os ventos
perdem 25% de sua velocidade ao atravessar uma
área urbana, assim, os edifícios ao
interromperem os fluxos de vento diminuem a
perda de calor por resfriamento advectivo
(NÓBREGA; VITAL, 2010).
É importante destacar também que a
variação dos ventos alísios de nordeste e sudeste
são umas das causas na alteração de intensidade
e posicionamento da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) que influência os regimes de
ventos do Nordeste do Brasil, assim como,
circulações atmosféricas locais como brisas
terrestres e marítimas, efeitos locais da camada
limite planetária associados aos processos
turbulentos (CAMELO et al., 2018).
O Gráfico 4 revela a variabilidade da
intensidade do vento para o município de
Surubim das normais climatológicas de 1961 a
1990 e de 1991 a 2020. A normal climatológica
de 1961 a 1990 possui as maiores taxas de
velocidade do vento com média de 3,72 m/s
durante o período seco de setembro a dezembro,
enquanto durante a normal climatológica de 1991
a 2020 a média da velocidade do vento aumenta
para 4,15 m/s, com pico de 4,30 m/s no mês de
outubro. Já os menores índices da normal
climatológica de 1961 a 1990 foram verificados
nos meses de março a junho, com média de 2,98
m/s. Para a normal climatológica de 1991 a 2020,
as menores taxas são verificadas nos meses de
abril a junho, com média mensal de 3,53 m/s.
Assim, foi possível verificar um aumento médio
de 0,43 m/s no período de maior intensidade do
vento e de 0,55 m/s no período com menor
intensidade do vento no município de Surubim.
Gráfico 4 – Intensidade do vento no
município de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Ao estudarem a velocidade do vento na
estação seca e chuvosa no estado do Ceará,
Camelo et al. (2008) verificaram que os ventos
são mais intensos durante a estação seca nos
municípios de Acaraú, Acopiara, Jaguaruna, Jati
e Ubajara, sendo esses municípios localizados
em áreas distintas do estado do Ceará. Com isso,
a pesquisa para os municípios de Recife e
Surubim demonstrou o mesmo padrão de
associação entre o período chuvoso e diminuição
dos ventos, enquanto no período seco ocorreu o
aumento da intensidade dos ventos. Assim, foi
possível evidenciar também as reduções das
chuvas para ambas as cidades. Em relação à
velocidade do vento, Recife apresenta
diminuição na segunda normal climatológica,
enquanto Surubim demonstrou aumento da
velocidade do vento.
As análises de correlação para o município
de Recife para as normais de 1961-1990 e 1991-
2020 podem ser observadas nos Gráficos 5 e 6,
nas análises do gráfico 5 foi verificado o
coeficiente de correlação (r) de 0,74 indicando
uma correlação forte entre os dados de
precipitação e velocidade do vento,
principalmente nos meses de menor precipitação.
Na normal de 1991-2020 a correlação entre as
variáveis foi maior, com valor de 0,93, o que
indica uma correlação muito forte.
Gráficos 5 e 6 – Correlação entre
precipitação e velocidade do vento para o
município de Recife
Fonte: Os autores (2022).
Nos Gráficos 7 e 8 é possível observar a
correlação de precipitação e velocidade do vento
para o município de Surubim para as normais
climatológicas de 1961-1990 e de 1991-2020. O
coeficiente de correlação para a primeira normal
climatológica teve valor de 0,92 o que indica uma
correlação muito forte, assim como a segunda
normal climatológica em que a correlação é de
0,90.
Gráficos 7 e 8 – Correlação entre
precipitação e velocidade do vento para o
município de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Assim, foi possível observar que as
análises de correlação demonstraram correlação
entre forte e muito forte para as normais
climatológicas de precipitação e velocidade do
vento dos municípios pesquisados. Além disso,
nos meses mais secos foi possível observar uma
maior correção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa demonstrou que a precipitação
no município de Recife e Surubim se
comportaram de forma similar durante o ano,
com quadra chuvosa em ambos os municípios
nos meses de abril a julho, porém Surubim
apresentou precipitação inferior durante ambas
normais climatológicas analisadas. Cabe
destacar a importância de sistemas atmosféricos
como Zona de Convergência Intertropical para o
município de Surubim e Recife, e os Distúrbios
Ondulatórios de Leste para a precipitação do
Recife. Além disso, Recife apresentou
precipitação superior a 2.000 mm, enquanto
Surubim teve taxa inferior a 700 mm durante o
ano. Assim, foi possível observar também
tendência de diminuição da precipitação em
Recife e Surubim, principalmente durante o
período chuvoso.
A partir da observação que os meses mais
chuvosos de Recife são de março a julho e os
mais secos de agosto a fevereiro, é possível
verificar o predomínio de ventos mais intensos
nos meses mais secos, entre agosto e fevereiro. O
mesmo padrão ocorre no município de Surubim,
os meses mais secos (agosto a fevereiro)
possuem a maior intensidade dos ventos. Sobre a
variabilidade dos ventos, o município de Recife
registrou os menores índices de velocidade do
vento entre 1991 a 2020, enquanto o município
de Surubim teve os menores registros entre 1961
a 1990. Dessa forma, é possível observar que o
vento se comportou de diferente forma em ambos
os municípios, pois, o município de Surubim
apresentou elevação na velocidade do vento
durante o ano, enquanto Recife apresentou
diminuição.
Além disso, foi possível observar que nas
duas normais climatológicas de Surubim a
correlação entre precipitação e velocidade do
vento foi muito forte, enquanto para o município
de Recife apenas a segunda normal climatológica
foi caracterizada como muito forte, sendo a
primeira normal avaliada como forte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, M. F. et al. Precipitação nas
mesorregiões do estado do Pará: climatologia,
variabilidade e tendências nas últimas décadas
(1978-2008). Revista Brasileira de
Climatologia, v. 6, p. 151-168, 2010.
ALVES, E. D. L.; SILVA, S. T. Direção e
velocidade do vento em uma floresta de transição
Amazônia-Cerrado no norte de Mato Grosso,
Brasil. Boletim Goiano de Geografia, v. 31, n.
1, p. 77-88, 2011.
ANDRADE, E. K. P. et al. Periodicidades na
distribuição homogênea da precipitação no
Agreste de Pernambuco. Journal of
Environmental Analysis and Progress, v. 3, n.
1, p. 100-117, 2018.
BARCELLOS, D. R.; QUADRO, M. F. L.
Classificação de eventos extremos de
precipitação quanto sua intensidade, persistência
e abrangência na região das ZCAS.
Metodologias e Aprendizado. v. 2, p. 76-81,
2019.
BELTRÃO, B. A. et al. Diagnóstico do
município de Surubim. CPRM, 2005.
CAMELO, H. N. et al. Análise estatística da
velocidade de vento do estado do Ceará. Revista
Tecnologia, v. 29, n. 2, 2008.
CAMELO, H. N. et al. Métodos de previsão de
séries temporais e modelagem híbrida ambos
aplicados em médias mensais de velocidade do
vento para regiões do Nordeste do
Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v.
32, p. 565-574, 2017.
CAMELO, H. N. et al. Proposta para previsão de
velocidade do vento através de modelagem
híbrida elaborada a partir dos modelos ARIMAX
e RNA. Revista Brasileira de Meteorologia, v.
33, p. 115-129, 2018.
CASTILHO, C. J. M.; TEIXEIRA, A. F. M. O
uso da natureza no processo de construção do
urbano: quem tem tido direito aos ventos
marítimos em Recife-Brasil? Journal of
Environmental Analysis and Progress, p. 13-
23, 2016.
CORREIA FILHO, W. L. F.; LUCIO, P. S.;
SPYRIDES, M. H. C. Caracterização dos
extremos de precipitação diária no nordeste do
Brasil. Boletim Goiano de Geografia, v. 36, n.
3, p. 539-554, 2016.
COSTA, G. B.; LYRA, R. F. F. Análise dos
padrões de vento no Estado de Alagoas. Revista
Brasileira de Meteorologia, v. 27, p. 31-38,
2012.
IBGE. Instituto Brasileiro De Geografia E
Estatística. Cidades e Estados. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 01 dez.
2022.
FERREIRA, F. F. Climatologia da Precipitação
na Cidade do Recife. In: Congresso técnico
científico da engenharia e da agronomia –
CONTECC. Anais [...], Foz do Iguaçu, 2016.
GUEDES, R. V. S.; SILVA, T. L. V. Análise
Descritiva da Precipitação, Temperatura,
Umidade e Tendências Climáticas no Recife-
PE. Revista Brasileira de Geografia Física, v.
13, n. 07, p. 3234-3253, 2020.
KAYANO, M. T.; ANDREOLI, R. V. Clima da
região Nordeste do Brasil. In: CAVALCANTI, I.
F. A. et al. (org.). Tempo e clima no Brasil, v.
1, p. 213-233, 2009.
LIMA, M. C. G. Influência dos eventos
extremos da precipitação e das mudanças
climáticas no padrão hidroclimático da bacia
hidrográfica do Rio Mundaú e a
vulnerabilidade da população. 2019. 91 f.
Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e
Meio Ambiente) - Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, 2019.
MEDEIROS, R. M. et al. Bacia hidrográfica do
alto curso do rio Parnaíba-PB, Brasil e sua
análise pluvial. RECIMA21 - Revista
Científica Multidisciplinar, v. 2, n. 6, p. 1-13,
2021.
NÓBREGA, R. S.; VITAL, L. A. B. Influência
da urbanização sobre o microclima de Recife e
formação de Ilha de Calor. Revista Brasileira de
Geografia Física, v. 3, n. 3, p. 151-156, 2010.
RECIFE. Prefeitura Municipal de Recife.
Caracterização do território. Disponível em:
http://www2.recife.pe.gov.br/. Acesso em: 01
dez. 2022.
RODRIGUES, S. G. Mapeamento de perigo de
deslizamentos de terra e inundações:
proposição de abordagem utilizando
processamento de linguagem natural e
aprendizado de máquina. 2020. 137 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção) - Universidade Federal de
Pernambuco, Caruaru, 2020.
SILVA, D. F. et al. Caracterização de eventos
extremos e de suas causas climáticas com base no
índice Padronizado de Precipitação para o Leste
do Nordeste. Revista Brasileira de Geografia
Física, v. 13, n. 2, p. 449-464, 2020.
SILVA, R. M. et al. Análise da variabilidade
espaço-temporal e identificação do padrão da
precipitação na bacia do rio Tapacurá,
Pernambuco. Sociedade & Natureza, v. 22, p.
357-372, 2010.
SIQUEIRA, B.; NERY, J. T. Concentração diária
e mensal da precipitação pluvial no Nordeste do
Brasil: uma contribuição dos índices CI e
PCI. Revista Geografar, v. 16, n. 2, p. 555-570,
2021.
SOUZA, W. M.; AZEVEDO, P. V.; ARAÚJO,
L. E. Classificação da precipitação diária e
impactos decorrentes dos desastres associados às
chuvas na cidade do Recife-PE. Revista
Brasileira de Geografia Física, v. 5, n. 2, p.
250-268, 2012.
SURUBIM. Câmara Municipal de Surubim.
Disponível em: https://surubim.pe.leg.br/.
Acesso em: 01 dez. 2022.
TERASSI, P. M. B. SILVEIRA, H. Aplicação de
sistemas de classificação climática para a bacia
hidrográfica do rio Pirapó – PR. Revista
formação, v. 1, n. 20, p. 111-128, 2013.
______________________________________
1- Gabriel Victor Silva do Nascimento,
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em
Ciências Climáticas, Universidade Federal do
Rio Grande do Norte - UFRN, Brasil. Av.
Senador Salgado Filho, 300, Lagoa Nova, Natal,
Rio Grande do Norte, Brasil, CEP: 59078-900.
E-mail para correspondência:
nascimento.gabriel@outlook.com.br
2- Maxsuel Bezerra do Nascimento, Doutorando
no Programa de Pós-Graduação em Ciências
Climáticas, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte - UFRN, Brasil. Av. Senador Salgado
Filho, 300, Lagoa Nova, Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil, CEP: 59078-900.
50

More Related Content

Similar to Recife e Surubim precipitação e vento

01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf
01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf
01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdfVladimirSantos30
 
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticos
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticosSensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticos
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticosUNICAMP/SP
 
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...ANTONIOCARDOSOFERREI
 
Geografia brasil-natural-clima-exercicios
Geografia brasil-natural-clima-exerciciosGeografia brasil-natural-clima-exercicios
Geografia brasil-natural-clima-exerciciosDelmacy Cruz Souza
 
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdfAraujoFlores2
 
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_bra
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braRecuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_bra
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braJoão Pedro
 
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de Solos
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de SolosDeterminação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de Solos
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de SolosAlexia Regine
 
Artigo clima carlos sait
Artigo clima carlos saitArtigo clima carlos sait
Artigo clima carlos saitnairaeliza
 
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdfANTONIOCARDOSOFERREI
 
Ondas de calor apresentação
Ondas de calor apresentaçãoOndas de calor apresentação
Ondas de calor apresentaçãoDiogenessilveira
 
Boletim desmatamento0413xingu
Boletim desmatamento0413xinguBoletim desmatamento0413xingu
Boletim desmatamento0413xinguidesp
 
Dissertação Ribeiro, 2012.pdf
Dissertação Ribeiro, 2012.pdfDissertação Ribeiro, 2012.pdf
Dissertação Ribeiro, 2012.pdfArnaldo Araújo
 

Similar to Recife e Surubim precipitação e vento (20)

13
1313
13
 
01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf
01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf
01_Tercio_Ambrizzi_Apresentacao_GovAmb2018_FAPESP_AMBRIZZI2.pdf
 
Artigo_Santoro et al
Artigo_Santoro et alArtigo_Santoro et al
Artigo_Santoro et al
 
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticos
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticosSensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticos
Sensoriamento Remoto aplicado aos estudos climáticos
 
download.pdf
download.pdfdownload.pdf
download.pdf
 
Aula3
Aula3Aula3
Aula3
 
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...
2011_Caracterização do regime pluviometrico no arco das nascentes do rio para...
 
IDF - Índice
IDF - Índice IDF - Índice
IDF - Índice
 
Relatório Hidrometeorológico 2015
Relatório Hidrometeorológico 2015Relatório Hidrometeorológico 2015
Relatório Hidrometeorológico 2015
 
Geografia brasil-natural-clima-exercicios
Geografia brasil-natural-clima-exerciciosGeografia brasil-natural-clima-exercicios
Geografia brasil-natural-clima-exercicios
 
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf
4 - Diagnóstico Ambiental - 1.pdf
 
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_bra
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_braRecuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_bra
Recuperacao da area_degradada_pelo_lixao_areia_bra
 
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de Solos
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de SolosDeterminação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de Solos
Determinação de Alguns Fatores da Equação Universão de Perda de Solos
 
Artigo clima carlos sait
Artigo clima carlos saitArtigo clima carlos sait
Artigo clima carlos sait
 
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf
2013_Calendário agrícola do milho para SINOP.pdf
 
Clima e capital natural
Clima e capital naturalClima e capital natural
Clima e capital natural
 
Ondas de calor apresentação
Ondas de calor apresentaçãoOndas de calor apresentação
Ondas de calor apresentação
 
Boletim desmatamento0413xingu
Boletim desmatamento0413xinguBoletim desmatamento0413xingu
Boletim desmatamento0413xingu
 
Iii 049 02.05.05
Iii 049 02.05.05Iii 049 02.05.05
Iii 049 02.05.05
 
Dissertação Ribeiro, 2012.pdf
Dissertação Ribeiro, 2012.pdfDissertação Ribeiro, 2012.pdf
Dissertação Ribeiro, 2012.pdf
 

More from Universidade Federal de Sergipe - UFS

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 

More from Universidade Federal de Sergipe - UFS (20)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 

Recife e Surubim precipitação e vento

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022 VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO NOS MUNICÍPIOS DE RECIFE E SURUBIM, PERNAMBUCO Gabriel Victor Silva do Nascimento1 ; Maxsuel Bezerra do Nascimento2 RESUMO O clima é considerado um regulador da dinâmica ambiental, a precipitação e a intensidade do vento são elementos climáticos essenciais nos estudos de regiões tropicais. Dessa forma, a pesquisa tem o objetivo de analisar o comportamento das normais climatológicas de precipitação e intensidade do vento e possíveis alterações em tais elementos do município de Recife e Surubim. Para realizar a pesquisa foram utilizadas as normais climatológicas (1961 a 1990 e de 1991 a 2020) de precipitação e intensidade do vento, obtidas no banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Por meio dos dados foi possível observar que os municípios de Recife e Surubim apresentam um período chuvoso e seco bem definidos de abril a julho. Os ventos são mais intensos nos meses de setembro a dezembro para ambos os municípios e menos intenso nos meses de março a junho. A pesquisa demonstra também redução das chuvas durante o ano para ambos os municípios. A velocidade do vento para Recife apresentou diminuição nos índices na segunda normal climatológica, enquanto Surubim revelou uma tendência de aumento. Já as análises de correlação indicaram correlação forte e muito forte entre as variáveis pesquisadas nos municípios de Recife e Surubim. Palavras-chave: Agreste, Análise de correlação, Clima local, Mudanças climáticas, Normais climatológicas, Zona da mata. RAINFALL VARIABILITY AND WIND SPEED IN THE MUNICIPALITIES OF RECIFE AND SURUBIM, PERNAMBUCO ABSTRACT Climate is considered a regulator of environmental dynamics; rainfall and wind intensity are essential climatic elements in studies of tropical regions. Thus, this study aims to analyze the behavior of rainfall and wind intensity climatological normals and the possible changes in such elements in the municipalities of Recife and Surubim. To carry out the study, rainfall and wind intensity climatological normals (from 1961 to 1990 and from 1991 to 2020), obtained from the National Institute of Meteorology (INMET) database, were used. Through data, it was possible to observe that the municipalities of Recife and Surubim have a well-defined rainy and dry period from April to July. Winds are more intense from September to December and less intense from March to June for both municipalities. The study also shows reduction in rainfall during the year for both municipalities. The wind speed for Recife showed a decrease in the second climatological normal, while for Surubim, wind speed showed an increasing trend. On the other hand, correlation analyses indicated strong and very strong correlation between variables surveyed in the municipalities of Recife and Surubim. Keywords: Agreste, Correlation analysis, Local climate, Climate change, Climatological normals, Zona da mata. 43
  • 2. INTRODUÇÃO A climatologia visa compreender os diversos climas da Terra. Um de seus desafios para isso é sistematizar o grande número de dados meteorológicos e climáticos e convertê-los em medidas estatísticas que geram parâmetros para o agrupamento das características da atmosfera sobre lugares distintos (TERASSI; SILVEIRA, 2013). Segundo Albuquerque et al. (2010) a precipitação e a intensidade do vento são elementos climáticos essenciais nos estudos de regiões tropicais. Dessa forma, o comportamento da precipitação influência as atividades humanas, pois impacta a agricultura, recursos hídricos e o meio ambiente na escala regional e local (SOUZA; AZEVEDO; ARAÚJO, 2012). Assim, o clima é considerado um regulador da dinâmica ambiental, pois impacta diretamente nos processos físicos e biológicos e na sociedade, constituindo-se, um importante recurso para a vida e a atividade humana (SILVA et al., 2010). A ação antrópica nos últimos acentua a quantidade e a intensidade dos eventos extremos, no Nordeste do Brasil (NEB) tais eventos estão associados a precipitação pluvial (CORREIA FILHO, LUCIO, SPYRIDES, 2016). O NEB é caracterizado pela irregularidade espacial e temporal da precipitação pluvial, como também pelo alto potencial de evaporação de água em função da disponibilidade de energia solar e temperaturas elevadas durante o ano (SILVA et al., 2010; LIMA, 2019; MEDEIROS et al., 2021; SIQUEIRA; NERY, 2021). Dessa forma, a variabilidade climática proporciona diferentes volumes de precipitação em todo o globo, contudo a frequência e intensidade de eventos extremos podem variar conforme as mudanças climáticas (SILVA et al., 2020). Os ventos ocorrem devido às diferenças de pressão atmosférica, entre duas regiões distintas, influenciadas por efeitos locais, seja pela orografia do local ou pela rugosidade da superfície e também é influenciado pela rotação da Terra, força centrífuga e de Coriolis. O que provoca as diferenças de pressão entre as regiões é a distribuição diferencial da radiação solar pelo globo terrestre, e fatores como altitude, latitude e continentalidade e influenciam os processos de aquecimento das massas de ar atmosférico (COSTA; LYRA, 2012). A dinâmica dos ventos em uma cidade está relacionada com o conforto térmico humano e animal e com a produção de energia. O estudo da velocidade do vento é essencial para o meio ambiente, ao passo que possibilita a exploração de energia renovável, sendo esta energia importante para diminuição dos efeitos das mudanças climáticas (CAMELO et al., 2017; CAMELO et al., 2018). Na agricultura o vento pode ocasionar efeito mecânico de agitação das árvores com consequente queda de flores, e frutos. O vento com alta energia das partículas constituintes e com baixo vapor d’água, causa uma rápida seca fisiológica na planta, enquanto a baixa energia das partículas constituintes diminui ou aumenta a transpiração e absorção de CO₂ da planta (ALVES; SILVA, 2011). Assim, compreender a dinâmica e variabilidade da precipitação e intensidade dos ventos é essencial para o planejamento e desenvolvimento de um município e de uma região (BARCELLOS; QUADRO, 2019), pois eventos extremos de precipitação ocasionam desastres socioambientais como inundações e deslizamento de terra no NEB, enquanto a diminuição da intensidade dos ventos prejudica o conforto térmico humano e animal (CORREIA FILHO; LUCIO; SPYRIDES, 2016). Dessa forma, analisar as normais climatológicas de precipitação e intensidade dos ventos dos municípios de Recife e Surubim é essencial, visto que o município de Recife possui problemas socioambientais relacionado a inundações, deslizamentos de terra e conforto térmico, enquanto Surubim está inserido no Polígono das Secas e necessita de gerenciamento dos recursos hídricos e energéticos (BELTRÃO et al., 2005; RODRIGUES, 2020). Assim, a pesquisa teve como objetivo analisar o comportamento das normais climatológicas de precipitação e intensidade do vento e possíveis alterações em tais elementos. METODOLOGIA
  • 3. O município de Recife está localizado na Zona da Mata do estado de Pernambuco em 08° 04ˈ 03ˈˈ S e 34° 55ˈ 00ˈˈ W, com altitude de 4 metros, possui uma área territorial de 218.843 km² e uma população estimada de 1.661.0177 (IBGE, 2022; RECIFE, 2022). Enquanto o Município de Surubim está localizado no Agreste Setentrional do estado de Pernambuco em 07° 49ˈ 59ˈˈ S e 35° 45ˈ 17ˈˈ W, com altitude de 394 metros acima do nível do mar, tem uma área territorial de 252.896 km² e uma população estimada de 66.192 habitantes (IBGE, 2022; SURUBIM, 2022). Os elementos climáticos de precipitação e vento foram os parâmetros utilizados na pesquisa. Assim, para realização da pesquisa foram utilizados os dados das normais climatológicas de precipitação em mm e velocidade do vento em m/s de 1961 a 1990 e 1991 a 2020. Os dados foram obtidos das estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizadas no município de Recife e Surubim. Com isso, para calcular o coeficiente de correlação linear de Pearson (r) foi utilizado a Equação 1: rx, y = (∑ = 1 n i XiYi) − nX ̅Y ̅ (n − 1)SxSy Enquanto para a análise estatística dos dados e produção dos gráficos foi utilizado software livre LibreOffice 7.2. RESULTADOS E DISCUSSÕES O Gráfico 1 apresenta as normais climatológicas de precipitação para o período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município de Recife. Dessa forma, é possível observar a variabilidade da precipitação que apresenta total pluviométrico de 2.417,6 mm na primeira normal climatológica (1961 a 1990), enquanto a segunda apresenta o volume total durante o ano de 2.155,5, demonstrando uma redução anual da precipitação de 262,1 mm, representando uma redução de cerca de 10% para a segunda normal climatológica. Já a quadra chuvosa do município ocorre entre abril e julho, e tiveram médias de 355,5 mm na primeira normal climatológica e 322,8 mm na segunda. Enquanto o total de precipitação na quadra chuvosa foi de 1.422,1 mm entre 1961 a 1990 e 1.291,3 mm entre 1990 a 2020, sendo a redução de 130,8 mm. De acordo com Ferreira (2016); Guedes e Silva (2020) é importante destacar que o principal mecanismo de precipitação no leste do Nordeste durante quadra chuvosa são os Distúrbios Ondulatórios de Leste. Gráfico 1 – Distribuição da precipitação mensal das normais climatológicas no município de Recife Fonte: Os autores (2022). O Gráfico 2 apresenta as normais climatológicas de precipitação para o período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município de Surubim. O município apresenta totais anuais de precipitação de 726,2 mm e 580,3 mm durante as normais climatológicas de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020, respectivamente. Com redução anual de 145,9 mm, representando uma redução de 20% das chuvas durante o ano. Já durante a quadra chuvosa que ocorre entre abril e julho, o município apresenta média de 108,8 e 82,2 mm nas normais climatológicas de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020, respectivamente. Enquanto o total pluviométrico na quadra chuvosa é de 435,3 mm entre 1961 a 1990 e de 328,6 mm entre 1991 e 2020, assim, a redução foi de 106,7 mm no total de precipitação da quadra chuvosa.
  • 4. Gráfico 2 - Distribuição da precipitação mensal das normais climatológicas no município de Surubim Fonte: Os autores (2022). Conforme Andrada et al. (2018) na região do Agreste de Pernambuco encontra-se um padrão na variabilidade da precipitação, com períodos secos e chuvoso bem definidos. Os autores destacam ainda a importância dos mecanismos de precipitação no Nordeste do Brasil de grande escala como os sistemas frontais e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), além dos mecanismos de meso escala como Perturbações ondulatórios no campo dos ventos Alísios, complexos convectivos e brisa marítima e terrestre, e os de microescala que são pequenas células convectivas e circulações orográficas. Assim, a diferença nas taxas de precipitação entre os municípios de Recife e Surubim está associada a intensidade dos sistemas meteorológicos como Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), Distúrbios Ondulatórios de Leste, Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN), Sistemas Frontais (SF) e Linhas de Instabilidades (Li) que atuam de forma mais intensa no litoral do NEB e assim provocam mais chuvas para o município de Recife (KAYANO; ANDREOLI, 2009). O Gráfico 3 apresenta a normal climatológica para Recife de velocidade do vento de 1961 a 1990 e 1991 a 2020. Na normal climatológica de 1961 a 1990 foi verificado intensidade do vento entre 2,25 m/s nos meses de abril e maio a 3,29 m/s no mês de novembro. As maiores taxas da normal climatológica de 1961 a 1990 são verificadas no período seco entre os meses de setembro a dezembro, com valor médio de 3,21 m/s. Enquanto na normal de 1991 a 2020 o valor médio foi de 2,75 no mesmo período. Já os menores valores da normal de 1961 a 1990 de velocidade do vento ocorrem nos meses de março a junho com intensidade média de 2,34 m/s. Na normal de 1991 a 2020 a velocidade do vento tiveram seus menores índices nos meses de março a junho com valor médio de 2,6 m/s. Assim, foi observado diminuição média de 0,46 m/s durante o período com maior intensidade de vento, e de 0,28 para o período com menor intensidade de vento do município de Recife. Gráfico 3 – Intensidade do vento no município de Recife Fonte: Os autores (2022). Assim, é verificado no município de Recife desde os anos finais da década de 70, problemas relacionados a presença de edifícios capazes de interceptar a circulação dos ventos, isso é resultado da alta densificação de edifícios à beira-mar, que atualmente ocorre não apenas à beira-mar, mas também à beira de rio na cidade (CASTILHO; TEIXEIRA, 2016). Os ventos perdem 25% de sua velocidade ao atravessar uma área urbana, assim, os edifícios ao interromperem os fluxos de vento diminuem a perda de calor por resfriamento advectivo (NÓBREGA; VITAL, 2010). É importante destacar também que a variação dos ventos alísios de nordeste e sudeste são umas das causas na alteração de intensidade e posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que influência os regimes de ventos do Nordeste do Brasil, assim como, circulações atmosféricas locais como brisas terrestres e marítimas, efeitos locais da camada limite planetária associados aos processos turbulentos (CAMELO et al., 2018). O Gráfico 4 revela a variabilidade da intensidade do vento para o município de Surubim das normais climatológicas de 1961 a
  • 5. 1990 e de 1991 a 2020. A normal climatológica de 1961 a 1990 possui as maiores taxas de velocidade do vento com média de 3,72 m/s durante o período seco de setembro a dezembro, enquanto durante a normal climatológica de 1991 a 2020 a média da velocidade do vento aumenta para 4,15 m/s, com pico de 4,30 m/s no mês de outubro. Já os menores índices da normal climatológica de 1961 a 1990 foram verificados nos meses de março a junho, com média de 2,98 m/s. Para a normal climatológica de 1991 a 2020, as menores taxas são verificadas nos meses de abril a junho, com média mensal de 3,53 m/s. Assim, foi possível verificar um aumento médio de 0,43 m/s no período de maior intensidade do vento e de 0,55 m/s no período com menor intensidade do vento no município de Surubim. Gráfico 4 – Intensidade do vento no município de Surubim Fonte: Os autores (2022). Ao estudarem a velocidade do vento na estação seca e chuvosa no estado do Ceará, Camelo et al. (2008) verificaram que os ventos são mais intensos durante a estação seca nos municípios de Acaraú, Acopiara, Jaguaruna, Jati e Ubajara, sendo esses municípios localizados em áreas distintas do estado do Ceará. Com isso, a pesquisa para os municípios de Recife e Surubim demonstrou o mesmo padrão de associação entre o período chuvoso e diminuição dos ventos, enquanto no período seco ocorreu o aumento da intensidade dos ventos. Assim, foi possível evidenciar também as reduções das chuvas para ambas as cidades. Em relação à velocidade do vento, Recife apresenta diminuição na segunda normal climatológica, enquanto Surubim demonstrou aumento da velocidade do vento. As análises de correlação para o município de Recife para as normais de 1961-1990 e 1991- 2020 podem ser observadas nos Gráficos 5 e 6, nas análises do gráfico 5 foi verificado o coeficiente de correlação (r) de 0,74 indicando uma correlação forte entre os dados de precipitação e velocidade do vento, principalmente nos meses de menor precipitação. Na normal de 1991-2020 a correlação entre as variáveis foi maior, com valor de 0,93, o que indica uma correlação muito forte. Gráficos 5 e 6 – Correlação entre precipitação e velocidade do vento para o município de Recife Fonte: Os autores (2022). Nos Gráficos 7 e 8 é possível observar a correlação de precipitação e velocidade do vento para o município de Surubim para as normais climatológicas de 1961-1990 e de 1991-2020. O coeficiente de correlação para a primeira normal climatológica teve valor de 0,92 o que indica uma correlação muito forte, assim como a segunda normal climatológica em que a correlação é de 0,90.
  • 6. Gráficos 7 e 8 – Correlação entre precipitação e velocidade do vento para o município de Surubim Fonte: Os autores (2022). Assim, foi possível observar que as análises de correlação demonstraram correlação entre forte e muito forte para as normais climatológicas de precipitação e velocidade do vento dos municípios pesquisados. Além disso, nos meses mais secos foi possível observar uma maior correção. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa demonstrou que a precipitação no município de Recife e Surubim se comportaram de forma similar durante o ano, com quadra chuvosa em ambos os municípios nos meses de abril a julho, porém Surubim apresentou precipitação inferior durante ambas normais climatológicas analisadas. Cabe destacar a importância de sistemas atmosféricos como Zona de Convergência Intertropical para o município de Surubim e Recife, e os Distúrbios Ondulatórios de Leste para a precipitação do Recife. Além disso, Recife apresentou precipitação superior a 2.000 mm, enquanto Surubim teve taxa inferior a 700 mm durante o ano. Assim, foi possível observar também tendência de diminuição da precipitação em Recife e Surubim, principalmente durante o período chuvoso. A partir da observação que os meses mais chuvosos de Recife são de março a julho e os mais secos de agosto a fevereiro, é possível verificar o predomínio de ventos mais intensos nos meses mais secos, entre agosto e fevereiro. O mesmo padrão ocorre no município de Surubim, os meses mais secos (agosto a fevereiro) possuem a maior intensidade dos ventos. Sobre a variabilidade dos ventos, o município de Recife registrou os menores índices de velocidade do vento entre 1991 a 2020, enquanto o município de Surubim teve os menores registros entre 1961 a 1990. Dessa forma, é possível observar que o vento se comportou de diferente forma em ambos os municípios, pois, o município de Surubim apresentou elevação na velocidade do vento durante o ano, enquanto Recife apresentou diminuição. Além disso, foi possível observar que nas duas normais climatológicas de Surubim a correlação entre precipitação e velocidade do vento foi muito forte, enquanto para o município de Recife apenas a segunda normal climatológica foi caracterizada como muito forte, sendo a primeira normal avaliada como forte. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, M. F. et al. Precipitação nas mesorregiões do estado do Pará: climatologia, variabilidade e tendências nas últimas décadas (1978-2008). Revista Brasileira de Climatologia, v. 6, p. 151-168, 2010. ALVES, E. D. L.; SILVA, S. T. Direção e velocidade do vento em uma floresta de transição Amazônia-Cerrado no norte de Mato Grosso, Brasil. Boletim Goiano de Geografia, v. 31, n. 1, p. 77-88, 2011. ANDRADE, E. K. P. et al. Periodicidades na distribuição homogênea da precipitação no Agreste de Pernambuco. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 3, n. 1, p. 100-117, 2018. BARCELLOS, D. R.; QUADRO, M. F. L. Classificação de eventos extremos de
  • 7. precipitação quanto sua intensidade, persistência e abrangência na região das ZCAS. Metodologias e Aprendizado. v. 2, p. 76-81, 2019. BELTRÃO, B. A. et al. Diagnóstico do município de Surubim. CPRM, 2005. CAMELO, H. N. et al. Análise estatística da velocidade de vento do estado do Ceará. Revista Tecnologia, v. 29, n. 2, 2008. CAMELO, H. N. et al. Métodos de previsão de séries temporais e modelagem híbrida ambos aplicados em médias mensais de velocidade do vento para regiões do Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 32, p. 565-574, 2017. CAMELO, H. N. et al. Proposta para previsão de velocidade do vento através de modelagem híbrida elaborada a partir dos modelos ARIMAX e RNA. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 33, p. 115-129, 2018. CASTILHO, C. J. M.; TEIXEIRA, A. F. M. O uso da natureza no processo de construção do urbano: quem tem tido direito aos ventos marítimos em Recife-Brasil? Journal of Environmental Analysis and Progress, p. 13- 23, 2016. CORREIA FILHO, W. L. F.; LUCIO, P. S.; SPYRIDES, M. H. C. Caracterização dos extremos de precipitação diária no nordeste do Brasil. Boletim Goiano de Geografia, v. 36, n. 3, p. 539-554, 2016. COSTA, G. B.; LYRA, R. F. F. Análise dos padrões de vento no Estado de Alagoas. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 27, p. 31-38, 2012. IBGE. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Cidades e Estados. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 01 dez. 2022. FERREIRA, F. F. Climatologia da Precipitação na Cidade do Recife. In: Congresso técnico científico da engenharia e da agronomia – CONTECC. Anais [...], Foz do Iguaçu, 2016. GUEDES, R. V. S.; SILVA, T. L. V. Análise Descritiva da Precipitação, Temperatura, Umidade e Tendências Climáticas no Recife- PE. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 13, n. 07, p. 3234-3253, 2020. KAYANO, M. T.; ANDREOLI, R. V. Clima da região Nordeste do Brasil. In: CAVALCANTI, I. F. A. et al. (org.). Tempo e clima no Brasil, v. 1, p. 213-233, 2009. LIMA, M. C. G. Influência dos eventos extremos da precipitação e das mudanças climáticas no padrão hidroclimático da bacia hidrográfica do Rio Mundaú e a vulnerabilidade da população. 2019. 91 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019. MEDEIROS, R. M. et al. Bacia hidrográfica do alto curso do rio Parnaíba-PB, Brasil e sua análise pluvial. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, v. 2, n. 6, p. 1-13, 2021. NÓBREGA, R. S.; VITAL, L. A. B. Influência da urbanização sobre o microclima de Recife e formação de Ilha de Calor. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 3, n. 3, p. 151-156, 2010. RECIFE. Prefeitura Municipal de Recife. Caracterização do território. Disponível em: http://www2.recife.pe.gov.br/. Acesso em: 01 dez. 2022. RODRIGUES, S. G. Mapeamento de perigo de deslizamentos de terra e inundações: proposição de abordagem utilizando processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina. 2020. 137 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2020. SILVA, D. F. et al. Caracterização de eventos extremos e de suas causas climáticas com base no índice Padronizado de Precipitação para o Leste do Nordeste. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 13, n. 2, p. 449-464, 2020. SILVA, R. M. et al. Análise da variabilidade espaço-temporal e identificação do padrão da precipitação na bacia do rio Tapacurá, Pernambuco. Sociedade & Natureza, v. 22, p. 357-372, 2010. SIQUEIRA, B.; NERY, J. T. Concentração diária e mensal da precipitação pluvial no Nordeste do
  • 8. Brasil: uma contribuição dos índices CI e PCI. Revista Geografar, v. 16, n. 2, p. 555-570, 2021. SOUZA, W. M.; AZEVEDO, P. V.; ARAÚJO, L. E. Classificação da precipitação diária e impactos decorrentes dos desastres associados às chuvas na cidade do Recife-PE. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 5, n. 2, p. 250-268, 2012. SURUBIM. Câmara Municipal de Surubim. Disponível em: https://surubim.pe.leg.br/. Acesso em: 01 dez. 2022. TERASSI, P. M. B. SILVEIRA, H. Aplicação de sistemas de classificação climática para a bacia hidrográfica do rio Pirapó – PR. Revista formação, v. 1, n. 20, p. 111-128, 2013. ______________________________________ 1- Gabriel Victor Silva do Nascimento, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Brasil. Av. Senador Salgado Filho, 300, Lagoa Nova, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, CEP: 59078-900. E-mail para correspondência: nascimento.gabriel@outlook.com.br 2- Maxsuel Bezerra do Nascimento, Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Brasil. Av. Senador Salgado Filho, 300, Lagoa Nova, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, CEP: 59078-900. 50