REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Recife e Surubim precipitação e vento
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022
VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO NOS
MUNICÍPIOS DE RECIFE E SURUBIM, PERNAMBUCO
Gabriel Victor Silva do Nascimento1
; Maxsuel Bezerra do Nascimento2
RESUMO
O clima é considerado um regulador da dinâmica ambiental, a precipitação e a intensidade do vento
são elementos climáticos essenciais nos estudos de regiões tropicais. Dessa forma, a pesquisa tem o
objetivo de analisar o comportamento das normais climatológicas de precipitação e intensidade do
vento e possíveis alterações em tais elementos do município de Recife e Surubim. Para realizar a
pesquisa foram utilizadas as normais climatológicas (1961 a 1990 e de 1991 a 2020) de precipitação
e intensidade do vento, obtidas no banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Por meio dos dados foi possível observar que os municípios de Recife e Surubim apresentam um
período chuvoso e seco bem definidos de abril a julho. Os ventos são mais intensos nos meses de
setembro a dezembro para ambos os municípios e menos intenso nos meses de março a junho. A
pesquisa demonstra também redução das chuvas durante o ano para ambos os municípios. A
velocidade do vento para Recife apresentou diminuição nos índices na segunda normal climatológica,
enquanto Surubim revelou uma tendência de aumento. Já as análises de correlação indicaram
correlação forte e muito forte entre as variáveis pesquisadas nos municípios de Recife e Surubim.
Palavras-chave: Agreste, Análise de correlação, Clima local, Mudanças climáticas, Normais
climatológicas, Zona da mata.
RAINFALL VARIABILITY AND WIND SPEED IN THE MUNICIPALITIES OF RECIFE
AND SURUBIM, PERNAMBUCO
ABSTRACT
Climate is considered a regulator of environmental dynamics; rainfall and wind intensity are essential
climatic elements in studies of tropical regions. Thus, this study aims to analyze the behavior of
rainfall and wind intensity climatological normals and the possible changes in such elements in the
municipalities of Recife and Surubim. To carry out the study, rainfall and wind intensity
climatological normals (from 1961 to 1990 and from 1991 to 2020), obtained from the National
Institute of Meteorology (INMET) database, were used. Through data, it was possible to observe that
the municipalities of Recife and Surubim have a well-defined rainy and dry period from April to July.
Winds are more intense from September to December and less intense from March to June for both
municipalities. The study also shows reduction in rainfall during the year for both municipalities. The
wind speed for Recife showed a decrease in the second climatological normal, while for Surubim,
wind speed showed an increasing trend. On the other hand, correlation analyses indicated strong and
very strong correlation between variables surveyed in the municipalities of Recife and Surubim.
Keywords: Agreste, Correlation analysis, Local climate, Climate change, Climatological normals,
Zona da mata.
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2. INTRODUÇÃO
A climatologia visa compreender os
diversos climas da Terra. Um de seus desafios
para isso é sistematizar o grande número de
dados meteorológicos e climáticos e convertê-los
em medidas estatísticas que geram parâmetros
para o agrupamento das características da
atmosfera sobre lugares distintos (TERASSI;
SILVEIRA, 2013). Segundo Albuquerque et al.
(2010) a precipitação e a intensidade do vento
são elementos climáticos essenciais nos estudos
de regiões tropicais. Dessa forma, o
comportamento da precipitação influência as
atividades humanas, pois impacta a agricultura,
recursos hídricos e o meio ambiente na escala
regional e local (SOUZA; AZEVEDO;
ARAÚJO, 2012).
Assim, o clima é considerado um regulador
da dinâmica ambiental, pois impacta diretamente
nos processos físicos e biológicos e na sociedade,
constituindo-se, um importante recurso para a
vida e a atividade humana (SILVA et al., 2010).
A ação antrópica nos últimos acentua a
quantidade e a intensidade dos eventos extremos,
no Nordeste do Brasil (NEB) tais eventos estão
associados a precipitação pluvial (CORREIA
FILHO, LUCIO, SPYRIDES, 2016).
O NEB é caracterizado pela irregularidade
espacial e temporal da precipitação pluvial, como
também pelo alto potencial de evaporação de
água em função da disponibilidade de energia
solar e temperaturas elevadas durante o ano
(SILVA et al., 2010; LIMA, 2019; MEDEIROS
et al., 2021; SIQUEIRA; NERY, 2021). Dessa
forma, a variabilidade climática proporciona
diferentes volumes de precipitação em todo o
globo, contudo a frequência e intensidade de
eventos extremos podem variar conforme as
mudanças climáticas (SILVA et al., 2020).
Os ventos ocorrem devido às diferenças de
pressão atmosférica, entre duas regiões distintas,
influenciadas por efeitos locais, seja pela
orografia do local ou pela rugosidade da
superfície e também é influenciado pela rotação
da Terra, força centrífuga e de Coriolis. O que
provoca as diferenças de pressão entre as regiões
é a distribuição diferencial da radiação solar pelo
globo terrestre, e fatores como altitude, latitude e
continentalidade e influenciam os processos de
aquecimento das massas de ar atmosférico
(COSTA; LYRA, 2012).
A dinâmica dos ventos em uma cidade está
relacionada com o conforto térmico humano e
animal e com a produção de energia. O estudo da
velocidade do vento é essencial para o meio
ambiente, ao passo que possibilita a exploração
de energia renovável, sendo esta energia
importante para diminuição dos efeitos das
mudanças climáticas (CAMELO et al., 2017;
CAMELO et al., 2018).
Na agricultura o vento pode ocasionar
efeito mecânico de agitação das árvores com
consequente queda de flores, e frutos. O vento
com alta energia das partículas constituintes e
com baixo vapor d’água, causa uma rápida seca
fisiológica na planta, enquanto a baixa energia
das partículas constituintes diminui ou aumenta a
transpiração e absorção de CO₂ da planta
(ALVES; SILVA, 2011).
Assim, compreender a dinâmica e
variabilidade da precipitação e intensidade dos
ventos é essencial para o planejamento e
desenvolvimento de um município e de uma
região (BARCELLOS; QUADRO, 2019), pois
eventos extremos de precipitação ocasionam
desastres socioambientais como inundações e
deslizamento de terra no NEB, enquanto a
diminuição da intensidade dos ventos prejudica o
conforto térmico humano e animal (CORREIA
FILHO; LUCIO; SPYRIDES, 2016).
Dessa forma, analisar as normais
climatológicas de precipitação e intensidade dos
ventos dos municípios de Recife e Surubim é
essencial, visto que o município de Recife possui
problemas socioambientais relacionado a
inundações, deslizamentos de terra e conforto
térmico, enquanto Surubim está inserido no
Polígono das Secas e necessita de gerenciamento
dos recursos hídricos e energéticos (BELTRÃO
et al., 2005; RODRIGUES, 2020). Assim, a
pesquisa teve como objetivo analisar o
comportamento das normais climatológicas de
precipitação e intensidade do vento e possíveis
alterações em tais elementos.
METODOLOGIA
3. O município de Recife está localizado na
Zona da Mata do estado de Pernambuco em 08°
04ˈ 03ˈˈ S e 34° 55ˈ 00ˈˈ W, com altitude de 4
metros, possui uma área territorial de 218.843
km² e uma população estimada de 1.661.0177
(IBGE, 2022; RECIFE, 2022). Enquanto o
Município de Surubim está localizado no Agreste
Setentrional do estado de Pernambuco em 07°
49ˈ 59ˈˈ S e 35° 45ˈ 17ˈˈ W, com altitude de 394
metros acima do nível do mar, tem uma área
territorial de 252.896 km² e uma população
estimada de 66.192 habitantes (IBGE, 2022;
SURUBIM, 2022).
Os elementos climáticos de precipitação e
vento foram os parâmetros utilizados na
pesquisa. Assim, para realização da pesquisa
foram utilizados os dados das normais
climatológicas de precipitação em mm e
velocidade do vento em m/s de 1961 a 1990 e
1991 a 2020. Os dados foram obtidos das
estações automáticas do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET) localizadas no município
de Recife e Surubim. Com isso, para calcular o
coeficiente de correlação linear de Pearson (r) foi
utilizado a Equação 1:
rx, y = (∑ = 1
n
i XiYi) − nX
̅Y
̅
(n − 1)SxSy
Enquanto para a análise estatística dos dados e
produção dos gráficos foi utilizado software livre
LibreOffice 7.2.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Gráfico 1 apresenta as normais
climatológicas de precipitação para o período de
1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município
de Recife. Dessa forma, é possível observar a
variabilidade da precipitação que apresenta total
pluviométrico de 2.417,6 mm na primeira normal
climatológica (1961 a 1990), enquanto a segunda
apresenta o volume total durante o ano de
2.155,5, demonstrando uma redução anual da
precipitação de 262,1 mm, representando uma
redução de cerca de 10% para a segunda normal
climatológica. Já a quadra chuvosa do município
ocorre entre abril e julho, e tiveram médias de
355,5 mm na primeira normal climatológica e
322,8 mm na segunda. Enquanto o total de
precipitação na quadra chuvosa foi de 1.422,1
mm entre 1961 a 1990 e 1.291,3 mm entre 1990
a 2020, sendo a redução de 130,8 mm. De acordo
com Ferreira (2016); Guedes e Silva (2020) é
importante destacar que o principal mecanismo
de precipitação no leste do Nordeste durante
quadra chuvosa são os Distúrbios Ondulatórios
de Leste.
Gráfico 1 – Distribuição da precipitação
mensal das normais climatológicas no município
de Recife
Fonte: Os autores (2022).
O Gráfico 2 apresenta as normais
climatológicas de precipitação para o período de
1961 a 1990 e de 1991 a 2020 para o município
de Surubim. O município apresenta totais anuais
de precipitação de 726,2 mm e 580,3 mm durante
as normais climatológicas de 1961 a 1990 e de
1991 a 2020, respectivamente. Com redução
anual de 145,9 mm, representando uma redução
de 20% das chuvas durante o ano. Já durante a
quadra chuvosa que ocorre entre abril e julho, o
município apresenta média de 108,8 e 82,2 mm
nas normais climatológicas de 1961 a 1990 e de
1991 a 2020, respectivamente. Enquanto o total
pluviométrico na quadra chuvosa é de 435,3 mm
entre 1961 a 1990 e de 328,6 mm entre 1991 e
2020, assim, a redução foi de 106,7 mm no total
de precipitação da quadra chuvosa.
4. Gráfico 2 - Distribuição da precipitação
mensal das normais climatológicas no município
de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Conforme Andrada et al. (2018) na região
do Agreste de Pernambuco encontra-se um
padrão na variabilidade da precipitação, com
períodos secos e chuvoso bem definidos. Os
autores destacam ainda a importância dos
mecanismos de precipitação no Nordeste do
Brasil de grande escala como os sistemas frontais
e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT),
além dos mecanismos de meso escala como
Perturbações ondulatórios no campo dos ventos
Alísios, complexos convectivos e brisa marítima
e terrestre, e os de microescala que são pequenas
células convectivas e circulações orográficas.
Assim, a diferença nas taxas de
precipitação entre os municípios de Recife e
Surubim está associada a intensidade dos
sistemas meteorológicos como Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), Distúrbios
Ondulatórios de Leste, Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), Vórtice Ciclônico em
Altos Níveis (VCAN), Sistemas Frontais (SF) e
Linhas de Instabilidades (Li) que atuam de forma
mais intensa no litoral do NEB e assim provocam
mais chuvas para o município de Recife
(KAYANO; ANDREOLI, 2009).
O Gráfico 3 apresenta a normal
climatológica para Recife de velocidade do vento
de 1961 a 1990 e 1991 a 2020. Na normal
climatológica de 1961 a 1990 foi verificado
intensidade do vento entre 2,25 m/s nos meses de
abril e maio a 3,29 m/s no mês de novembro. As
maiores taxas da normal climatológica de 1961 a
1990 são verificadas no período seco entre os
meses de setembro a dezembro, com valor médio
de 3,21 m/s. Enquanto na normal de 1991 a 2020
o valor médio foi de 2,75 no mesmo período. Já
os menores valores da normal de 1961 a 1990 de
velocidade do vento ocorrem nos meses de março
a junho com intensidade média de 2,34 m/s. Na
normal de 1991 a 2020 a velocidade do vento
tiveram seus menores índices nos meses de
março a junho com valor médio de 2,6 m/s.
Assim, foi observado diminuição média de 0,46
m/s durante o período com maior intensidade de
vento, e de 0,28 para o período com menor
intensidade de vento do município de Recife.
Gráfico 3 – Intensidade do vento no
município de Recife
Fonte: Os autores (2022).
Assim, é verificado no município de Recife
desde os anos finais da década de 70, problemas
relacionados a presença de edifícios capazes de
interceptar a circulação dos ventos, isso é
resultado da alta densificação de edifícios à
beira-mar, que atualmente ocorre não apenas à
beira-mar, mas também à beira de rio na cidade
(CASTILHO; TEIXEIRA, 2016). Os ventos
perdem 25% de sua velocidade ao atravessar uma
área urbana, assim, os edifícios ao
interromperem os fluxos de vento diminuem a
perda de calor por resfriamento advectivo
(NÓBREGA; VITAL, 2010).
É importante destacar também que a
variação dos ventos alísios de nordeste e sudeste
são umas das causas na alteração de intensidade
e posicionamento da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) que influência os regimes de
ventos do Nordeste do Brasil, assim como,
circulações atmosféricas locais como brisas
terrestres e marítimas, efeitos locais da camada
limite planetária associados aos processos
turbulentos (CAMELO et al., 2018).
O Gráfico 4 revela a variabilidade da
intensidade do vento para o município de
Surubim das normais climatológicas de 1961 a
5. 1990 e de 1991 a 2020. A normal climatológica
de 1961 a 1990 possui as maiores taxas de
velocidade do vento com média de 3,72 m/s
durante o período seco de setembro a dezembro,
enquanto durante a normal climatológica de 1991
a 2020 a média da velocidade do vento aumenta
para 4,15 m/s, com pico de 4,30 m/s no mês de
outubro. Já os menores índices da normal
climatológica de 1961 a 1990 foram verificados
nos meses de março a junho, com média de 2,98
m/s. Para a normal climatológica de 1991 a 2020,
as menores taxas são verificadas nos meses de
abril a junho, com média mensal de 3,53 m/s.
Assim, foi possível verificar um aumento médio
de 0,43 m/s no período de maior intensidade do
vento e de 0,55 m/s no período com menor
intensidade do vento no município de Surubim.
Gráfico 4 – Intensidade do vento no
município de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Ao estudarem a velocidade do vento na
estação seca e chuvosa no estado do Ceará,
Camelo et al. (2008) verificaram que os ventos
são mais intensos durante a estação seca nos
municípios de Acaraú, Acopiara, Jaguaruna, Jati
e Ubajara, sendo esses municípios localizados
em áreas distintas do estado do Ceará. Com isso,
a pesquisa para os municípios de Recife e
Surubim demonstrou o mesmo padrão de
associação entre o período chuvoso e diminuição
dos ventos, enquanto no período seco ocorreu o
aumento da intensidade dos ventos. Assim, foi
possível evidenciar também as reduções das
chuvas para ambas as cidades. Em relação à
velocidade do vento, Recife apresenta
diminuição na segunda normal climatológica,
enquanto Surubim demonstrou aumento da
velocidade do vento.
As análises de correlação para o município
de Recife para as normais de 1961-1990 e 1991-
2020 podem ser observadas nos Gráficos 5 e 6,
nas análises do gráfico 5 foi verificado o
coeficiente de correlação (r) de 0,74 indicando
uma correlação forte entre os dados de
precipitação e velocidade do vento,
principalmente nos meses de menor precipitação.
Na normal de 1991-2020 a correlação entre as
variáveis foi maior, com valor de 0,93, o que
indica uma correlação muito forte.
Gráficos 5 e 6 – Correlação entre
precipitação e velocidade do vento para o
município de Recife
Fonte: Os autores (2022).
Nos Gráficos 7 e 8 é possível observar a
correlação de precipitação e velocidade do vento
para o município de Surubim para as normais
climatológicas de 1961-1990 e de 1991-2020. O
coeficiente de correlação para a primeira normal
climatológica teve valor de 0,92 o que indica uma
correlação muito forte, assim como a segunda
normal climatológica em que a correlação é de
0,90.
6. Gráficos 7 e 8 – Correlação entre
precipitação e velocidade do vento para o
município de Surubim
Fonte: Os autores (2022).
Assim, foi possível observar que as
análises de correlação demonstraram correlação
entre forte e muito forte para as normais
climatológicas de precipitação e velocidade do
vento dos municípios pesquisados. Além disso,
nos meses mais secos foi possível observar uma
maior correção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa demonstrou que a precipitação
no município de Recife e Surubim se
comportaram de forma similar durante o ano,
com quadra chuvosa em ambos os municípios
nos meses de abril a julho, porém Surubim
apresentou precipitação inferior durante ambas
normais climatológicas analisadas. Cabe
destacar a importância de sistemas atmosféricos
como Zona de Convergência Intertropical para o
município de Surubim e Recife, e os Distúrbios
Ondulatórios de Leste para a precipitação do
Recife. Além disso, Recife apresentou
precipitação superior a 2.000 mm, enquanto
Surubim teve taxa inferior a 700 mm durante o
ano. Assim, foi possível observar também
tendência de diminuição da precipitação em
Recife e Surubim, principalmente durante o
período chuvoso.
A partir da observação que os meses mais
chuvosos de Recife são de março a julho e os
mais secos de agosto a fevereiro, é possível
verificar o predomínio de ventos mais intensos
nos meses mais secos, entre agosto e fevereiro. O
mesmo padrão ocorre no município de Surubim,
os meses mais secos (agosto a fevereiro)
possuem a maior intensidade dos ventos. Sobre a
variabilidade dos ventos, o município de Recife
registrou os menores índices de velocidade do
vento entre 1991 a 2020, enquanto o município
de Surubim teve os menores registros entre 1961
a 1990. Dessa forma, é possível observar que o
vento se comportou de diferente forma em ambos
os municípios, pois, o município de Surubim
apresentou elevação na velocidade do vento
durante o ano, enquanto Recife apresentou
diminuição.
Além disso, foi possível observar que nas
duas normais climatológicas de Surubim a
correlação entre precipitação e velocidade do
vento foi muito forte, enquanto para o município
de Recife apenas a segunda normal climatológica
foi caracterizada como muito forte, sendo a
primeira normal avaliada como forte.
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______________________________________
1- Gabriel Victor Silva do Nascimento,
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em
Ciências Climáticas, Universidade Federal do
Rio Grande do Norte - UFRN, Brasil. Av.
Senador Salgado Filho, 300, Lagoa Nova, Natal,
Rio Grande do Norte, Brasil, CEP: 59078-900.
E-mail para correspondência:
nascimento.gabriel@outlook.com.br
2- Maxsuel Bezerra do Nascimento, Doutorando
no Programa de Pós-Graduação em Ciências
Climáticas, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte - UFRN, Brasil. Av. Senador Salgado
Filho, 300, Lagoa Nova, Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil, CEP: 59078-900.
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