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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 1 - 1º Semestre 2022
PERCEPÇÃO DOS RIBEIRINHOS SOBRE A PROLIFERAÇÃO DE Eichhornia crassipes E
OS EFEITOS DA DRAGAGEM PERIÓDICA DE UM RIO URBANO
Artur Henrique Freitas Florentino de Souza1
; Maria Cristina Crispim2
; Randolpho Savio de Araújo Marinho3
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar a percepção dos ribeirinhos sobre as questões relacionadas
ao Rio Jaguaribe sobre a proliferação de Eichhornia crassipes e a dragagem periódica. A pesquisa
foi do tipo qualitativa, através de entrevistas e questionários, em moradores das comunidades
ribeirinhas do Rio Jaguaribe em João Pessoa -PB, onde foram selecionados atores sociais maiores de
21 anos e de ambos os sexos. No total, foram realizadas 21 entrevistas, sendo 11 na Comunidade São
Rafael e 10 na comunidade Tito Silva. De acordo com os moradores entrevistados, a melhora com a
dragagem foi a resposta mais predominante nas duas comunidades. Entretanto, respostas de que nada
mudava ou que piorava a qualidade da água após a dragagem também foram relatados pelos
moradores. O descarte incorreto do sedimento nas margens do Rio Jaguaribe através da dragagem
contribui para a proliferação dos aguapés em quase todo o seu leito. Assim, é possível concluir que a
dragagem de rios impacta de forma negativa a biota aquática e pode resultar em outros problemas.
Assim, para diminuir as chances da E. crassipes se alastrar no rio e promover diversas alterações na
qualidade da água, seria importante o incentivo ao uso de biodigestores pelas comunidades
ribeirinhas.
Palavras-chaves: Percepção, Eichhornia crassipes, Sedimento, Rio Jaguaribe.
PERCEPTION OF THE RIVERSIDE ON THE PROLIFERATION OF Eichhornia crassipes
AND THE EFFECTS OF PERIODIC DREDGING OF AN URBAN RIVER
ABSTRACT
This work aims to analyze the perception of the riparians about the issues related to the Jaguaribe
River about the proliferation of Eichhornia crassipes and periodic dredging. The research was
qualitative, through interviews and questionnaires, in residents of the riverside communities of the
Jaguaribe River in João Pessoa -PB, where social actors older than 21 years and of both sexes were
selected. In total, 21 interviews were conducted, 11 in the São Rafael Community and 10 in the Tito
Silva community. According to the residents interviewed, improvement with dredging was the most
prevalent response in both communities. However, responses that nothing changed or worsened water
quality after dredging were also reported by residents. The incorrect disposal of sediment on the banks
of the Jaguaribe River through dredging contributes to the proliferation of aguapés in almost its entire
bed. Thus, it is possible to conclude that river dredging negatively impacts aquatic biota and may
result in other problems. Thus, in order to reduce the chances of E. crassipes spreading in the river
and promoting several changes in water quality, it would be important to encourage the use of
biodigesters by riverside communities.
Keywords: Perception, Eichhornia crassipes, Sediment, Jaguaribe River.
41
1. INTRODUÇÃO
Os ambientes aquáticos urbanos, se
caracterizam como áreas de degradação
ambiental por serem pressionados pela constante
ação antrópica, estando assim sujeitos a diversos
tipos de impactos ambientais, tais como a
alteração do curso natural do rio, o
desmatamento da mata ciliar pelas comunidades
ribeirinhas, despejos de efluentes, perda de
espécies de fauna e flora, e entre outros (SOUZA,
2020).
Um dos grandes problemas enfrentados
pelos corpos hídricos localizados em áreas
urbanizadas é a poluição hídrica. Por muitas
vezes os rios tornam-se córregos de esgotos. Em
muitas cidades brasileiras os efluentes
domésticos e industriais são despejados de forma
irregular nos rios, bem como resíduos sólidos de
todos os tipos (ALMEIDA, 2010).
Essa situação apresenta problemas para
os ecossistemas locais, alterando as
características naturais dos corpos hídricos,
levando a processos de eutrofização e
contaminação da água, transformando-a como
um recurso hídrico impróprio para consumo
humano e sem poder ser utilizada para outros fins
(ESTEVES, 2011).
De modo geral, as consequências sofridas
pela intervenção humana nos rios urbanos são
diversas e trazem sérias consequências não
somente para o corpo hídrico, mas também para
a população do entorno, pois são grandes as
possibilidades de inundações, enchentes e
alagamentos (SMITH; SILVA; BIAGIONE,
2019; ARAÚJO et al., 2019), podendo levar à
perda de bens, acidentes e até mesmo a mortes.
Caso haja uma grande carga poluidora no rio, há
também possibilidade da disseminação de
doenças (NUNES, 2012).
O Rio Jaguaribe, por sua localização
totalmente dentro da cidade de João Pessoa-PB,
encontra-se comprometido em virtude do despejo
de efluentes domésticos e industriais, elevada
carga de resíduos, devastação da cobertura
vegetal e expansão urbana (SANTOS et al.,
2015; REIS et al., 2017). A ocupação das suas
margens já acontece desde a década de 1970
(SOUZA, 2001), cujo vale já possui cerca de 25
comunidades em toda a sua extensão
(FIGUEIREDEO, 2017).
Buscando evitar que as essas
comunidades ribeirinhas venham a sofrer com o
aumento do nível do Rio Jaguaribe, causando
enchentes e alagamentos, a prefeitura de João
Pessoa realiza, periodicamente, intervenções de
saneamento dos terrenos alagadiços pela técnica
de dragagem viabilizando a dinâmica necessária
para o escoamento das águas de determinado rio
(SANTOS, 2016). Entretanto, tais dragagens,
além dos custos, implicam em ter de resolver
outro problema, que é o que fazer com os
sedimentos dragados (MELLO, 2008).
Assim, buscar entender a percepção e a
sensibilização ambiental dos atores sociais que
utilizam, de forma direta, os recursos de um
ambiente aquático, pode vir a contribuir para a
prevenção da degradação, gestão e
sustentabilidade dos recursos naturais a ela
associadas (SOUZA; ABÍLIO; RUFFO, 2018b),
pois é pela compreensão que se buscam soluções
para reduzir a situação desordenada gerada pela
falta de saneamento básico nos espaços, aonde
esses atores sociais são obrigados a sobreviver
(SOUZA, ABÍLIO, RUFFO, 2018a).
Atualmente, acredita-se que o estudo da
percepção ambiental dos atores sociais pode ser
o melhor caminho que produzirá melhores
planejamentos para campanhas de educação
ambiental e/ou gestão ambiental. Isso porque,
como um ser social, o ser humano é um agente
que pode transformar e manipular a natureza e,
ao modificá-la, institui um espaço quase que
somente seu, sem se preocupar com as
consequências dessa ocupação (XAVIER;
NISHIJIMA, 2010).
Mesmo que o estudo da percepção
ambiental esteja sendo cada vez mais valorizado
na Academia, Dias et al. (2007), afirmaram que
é preciso que o conhecimento ambiental das
comunidades em geral, seja valorizado e
aproveitado também pelos responsáveis que
tomam as decisões de políticas públicas, ao invés
de serem ignorados e desperdiçados, o que
geralmente ocorre.
Atualmente, o Rio Jaguaribe, em João
Pessoa-PB, encontra-se em situação de descaso
por parte da gestão pública, que atua somente
com medidas paliativas ao realizar,
periodicamente, o desassoreamento, que degrada
mais do que limpa o rio. Diante disso, é preciso
conhecer como os atores sociais percebem este
rio e as ações dos órgãos públicos para que
possam, futuramente, realizar medidas de
educação ambiental, de coleta e de tratamento
real de esgotos que são lançados no rio.
Dessa forma, esta pesquisa tem como
objetivo analisar a percepção dos ribeirinhos
sobre as questões relacionadas ao Rio Jaguaribe
sobre a proliferação de Eichhornia crassipes e a
dragagem periódica.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de Estudo
Duas comunidades ribeirinhas do Rio
Jaguaribe, João Pessoa-PB, foram alvo do estudo
de percepção sobre a proliferação de aguapés
(Eichhornia crassipes) e sobre a dragagem
periódica: a São Rafael e a Tito Silva (Figura 1).
Figura 1. Localização da Comunidade São Rafael, no
Bairro Castelo Branco, João Pessoa-PB. Fonte: Elaborado
pelos Autores
A comunidade São Rafael é uma
comunidade ribeirinha que está situada no Bairro
Castelo Branco, entre as margens do Rio
Jaguaribe e a BR-230 (VIVACQUA, 2016). Essa
comunidade está situada numa área de depressão
entre os bairros da Torre e do conjunto Castelo
Branco. Ao Norte, a São Rafael faz fronteira com
a comunidade Padre Hilton Bandeira e, ao sul,
com a Avenida Dom Pedro II, que corta o Jardim
Botânico Benjamim Maranhão (FIGUEIREDO,
2017), também conhecida como Mata do
Buraquinho (VIVACQUA, 2016).
A comunidade Tito Silva situa-se entre a
avenida Governador José Américo de Almeida
(popularmente conhecida como Beira-Rio) e as
margens do Rio Jaguaribe, no seu médio curso,
no Bairro Miramar. A comunidade surgiu nos
anos 1960 com a chegada dos primeiros
moradores, em grande parte oriundos de outros
municípios da Paraíba (ARAÚJO et al., 2019).
Esta Comunidade está situada em uma encosta
com crista sinuosa, de inflexão convexa do tipo
distribuidora de água e que, na base, encontra-se
o Rio Jaguaribe, cuja margem está
completamente habitada de forma irregular.
No período de inverno, estas
comunidades enfrentam problemas quando o
nível do rio aumenta e, com isso, a água procura
o seu leito maior, causando inundações das
habitações que não deveriam estar ocupando a
área ribeirinha.
2.2. Entrevistas com os Moradores
Para a averiguação da percepção dos
Moradores do Rio Jaguaribe a respeito da
macrófita aquática Eichhornia crassipes (vulgo
“Pastas”, “Salambaias”, “Baronesa”, “Aguapé”)
e do processo de Dragagem periódica do rio,
foram selecionadas as duas comunidades (São
Rafael e a Tito Silva), e as entrevistas realizadas
durante a estação de estiagem.
Para as entrevistas, foram selecionados os
atores sociais maiores de 21 anos, de ambos os
sexos, que morassem no local há pelo menos dez
anos, que estivesse em constante contato com o
rio Jaguaribe, preferindo-se os que morassem na
margem.
O contato inicial foi dado através das
associações de moradores dos
bairros/comunidades selecionadas, através da
apresentação do projeto nas sedes de tais
associações.
Os moradores que aceitaram e atendiam
aos critérios supracitados da entrevista tiveram as
suas respostas gravadas, respondendo um
questionário semiestruturado sobre como eles
percebiam, usavam e como os impactos
antrópicos interferem na qualidade da água do
Rio Jaguaribe na época em que chegaram na
localidade, além de fornecerem respostas, de
acordo com as suas observações e convivência,
se houve ou não melhora da qualidade da água
após a Dragagem e/ou proliferação das
macrófitas.
Estes, quando aceitaram responder ao
questionário, foram informados de que suas
identidades seriam mantidas em sigilo e que
receberiam as iniciais “TS” para os moradores da
Tito Silva e “SR” para os da São Rafael. Também
foram acrescidas as respectivas numerações
nessas iniciais de acordo com a ordem da
entrevista, além das letras M caso fossem do sexo
masculino ou F quando do sexo Feminino.
Posteriormente, foram realizadas análise
do discurso e feito comparações de respostas dos
atores sociais, através da categorização, para
fazerem-se testes de variância entre o que fora
percebido pelos entrevistados no Rio Jaguaribe.
Os relatos dos atores sociais de maior relevância
sobre os tópicos apresentados foram incluídos no
texto para fundamentar a discussão dos dados, e
o código do entrevistado destacado em negrito.
A pesquisa foi do tipo qualitativa, que de
acordo com Richardson et al. (2012), tenta
compreender, de forma detalhada, os
significados e características da situação vivida
apresentada pelos entrevistados. Entretanto,
mesmo seguindo o método qualitativo, nesta
presente pesquisa houve a comparação de
respostas sobre determinados quesitos sobre o
Rio Jaguaribe, porém, em situações diferentes,
permitindo um estudo quantitativo, justificando o
uso de testes estatísticos não-paramétricos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No total, foram realizadas 21 entrevistas,
sendo 11 na Comunidade São Rafael e 10 na
comunidade Tito Silva. Dentre todos os
entrevistados, o TS7 M foi a pessoa mais idosa,
com 77 anos de idade, seguido do SR6 M e TS8
F, ambos com idade de 67 anos. No entanto,
quando se trata do tempo de moradia no local, os
mais antigos foram os entrevistados da São
Rafael, entre os quais o SR6 M, com 67 anos de
moradia, seguido do SR10 M, com 62 anos. O
mais antigo da comunidade Tito Silva foi o TS18
M, vivendo no local há 47 anos.
A Figura 2 mostra a idade e o tempo de
moradia de cada entrevistado.
Figura 2. Idade e o tempo de moradia dos atores sociais
ribeirinhos do Rio Jaguaribe, João Pessoa, PB, de setembro
a dezembro de 2019 (São Rafael e Tito Silva).
Com relação ao sexo dos entrevistados
(vide Figura 2), na comunidade São Rafael foi
registrado 82% homens e 18% mulheres,
enquanto na Tito Silva, 68% homens e 32%
mulheres.
Em relação ao nível de escolaridade dos
entrevistados, na comunidade São Rafael, 18%
possuía o Fundamental incompleto e 28%
possuíam o Fundamental completo, além disso
18% dos entrevistados possuíam o superior
completo. Já na comunidade Tito Silva, o
percentual de entrevistados que possuía o
fundamental incompleto foi de 54% (36%
somente de Fundamental I incompleto), e
nenhum dos entrevistados possuíam ensino
superior, como mostra a Figura 3.
Figura 3. Nível de Escolaridade dos ribeirinhos do Rio
Jaguaribe, João Pessoa, PB, entrevistados de setembro a
dezembro de 2019 (São Rafael e Tito Silva).
A respeito de uma opinião e uma nota
prestada pelos entrevistados sobre os aguapés
quando se alastram no rio (Figura 4), dez
entrevistados (45,5%) da Tito Silva deram nota
“0” (zero), enquanto a segunda maior nota
atribuída foi “10” (dez), com quatro
entrevistados (18,2%). Já na São Rafael, a nota
“10” (dez) foi a mais atribuída, dada por três
atores sociais (27,3%). A justificativa das notas,
encontra-se nos comentários dos próprios
entrevistados abaixo.
Figura 4. Notas atribuídas pelos entrevistados das
Comunidades Tito Silva e São Rafael sobre o alastramento
de aguapés no rio Jaguaribe, João Pessoa-PB em 2019.
De acordo com as respostas, TS7 M,
“Nota 0, porque “empata” a água descer. Às
fezes ‘fica’ tudo, às vezes bicho morto”,
enquanto TS8 F diz “Nota 0, porque elas tomam
conta do rio e não tem a saída da água, ficam
empatando a água descer”. Enquanto TS9 M diz
“Nota 3, piora muito, porque quando há chuva
ela atrapalha a correnteza do rio”, TS3 M diz
“Dou 2, porque fica a pior sujeira. Por motivo de
não ter escorrimento da água e o lixo que vem da
parte nascente”.
Dentre as respostas com ideias contrárias,
o TS21 M diz “Nota 10, porque ela através das
águas, tira os poluentes do rio”; o morador SR9
diz “Nota 10. Acho bonito aquele verde, para o
rio eu acho que sim”.
A maioria dos moradores ribeirinhos do
Rio Jaguaribe afirmam que os aguapés (E.
crassipes), popularmente conhecido como
“pastas”, encontrados sobre a superfície das
águas, são plantas de locais poluídos, mas que
são vistos mais como empecilho para obstruir as
pontes durante a época de chuvas e, com isso,
alagando as comunidades ribeirinhas, do que
como consequência indireta de má qualidade da
água, além de associar também como criatório de
mosquitos. Ou seja, não percebem que as
macrófitas são o resultado da poluição, causada
pelo próprio ser humano, veem apenas como
mais um aspecto negativo ao rio, atrapalhando o
curso das águas.
O Rio Jaguaribe, como ambiente
eutrofizado, assoreado por acúmulo de matéria
orgânica e por apresentar um baixo fluxo por
conta da baixa diferença entre as cabeceiras e o
médio e baixo curso (SANTOS, 2016), favorece
a proliferação de macrófitas aquáticas,
principalmente do aguapé E. crassipes,
(conhecida entre os moradores do Rio Jaguaribe
por “pasta” ou “Salambaias”), que causa a
diminuição da correnteza, acelerando mais ainda
os processos metabólicos de degradação no
sistema aquático, diminuindo os processos de
produção primária que ocorrem na coluna de
água. Em locais muito poluídos, a capacidade de
produção de biomassa dessa espécie já foi
calculada em até 1000 Kg diários por hectare
(RUBIO et al., 2004).
A Figura 5 mostra os aguapés nas
margens da Comunidade Tito Silva, em
novembro de 2019.
Figura 5. (A) Aguapés sendo amontoados na margem do
rio para forrageio; (B) retirada manual, com o auxílio de
uma jangada. Foto: acervo dos autores (2019) João Pessoa-
PB em 2019.
A poluição gerada no rio agrava a
qualidade de vida humana que vive no seu
entorno, visto que com a falta de oxigênio, o
sulfeto, que provoca os maus odores e é tóxico,
não se transforma em sulfato, além disso, a baixa
oxigenação afeta diretamente os organismos
vivos que habitam essas águas (SANTOS et al.,
2016). Devido a essa poluição, observou-se
sazonalmente a proliferação das plantas
flutuantes em todo o leito do Rio Jaguaribe,
encobrindo-se toda a lâmina de água.
Essas macrófitas possuem grande
utilidade na despoluição de esgotos, devido à sua
grande capacidade de absorção de nutrientes. Por
isso que é muito comum o aguapé seja
encontrado em águas poluídas por existir
abundância de nutrientes (MEDEIROS, 2013).
Entretanto, em situações em que se encontre em
superpopulação, pode se tornar um grande
problema, por não permitir a oxigenação da água
(SANTOS et al., 2016). Além disso, quando
ocorrem chuvas torrenciais, essas “pastas”,
juntamente com o lixo acumulado, acabam
obstruindo a passagem da água (MEDEIROS;
BARBOSA, 2016). Ainda, Pérez (2015) ainda
relatou outros impactos negativos, causados
pelas plantas flutuantes, quando em grande
quantidade, também afetam negativamente a
qualidade de água por impedir a entrada de luz, o
que reduz a presença de microalgas; por
aumentar a taxa de decomposição, levando a uma
maior redução de oxigênio; além de aumentar a
quantidade de nutrientes, o que aumenta mais
ainda a eutrofização e consequentemente a
degradação da qualidade de água.
No presente trabalho, como forma
paliativa de retirada dos aguapés e aumentar a
vazão do Rio Jaguaribe, a única alternativa que
vem sendo utilizada pela Prefeitura Municipal de
João Pessoa é a dragagem. De acordo com os
moradores entrevistados em relação aos efeitos
da dragagem na água desse rio, a melhora com a
dragagem foi a resposta mais predominante (64%
e 50% nas comunidades São Rafael e Tito Silva,
respectivamente). Entretanto, respostas de que
nada mudava (32% na Tito Silva) ou que piorava
a qualidade da água após a dragagem (18% para
ambos na São Rafael) também foram relatados
pelos moradores, como mostra a Figura 6A.
Figura 6. Percepção dos entrevistados das comunidades
São Rafael e Tito Silva, João Pessoa, PB, em 2019: (A)
Eficiência da dragagem na qualidade de água do Rio
Jaguaribe; (B) Tempo percebido sobre os efeitos da
dragagem no rio Jaguaribe.
De acordo com o ator social TS2 M no
presente trabalho, é citado "Faz muito tempo que
eles (as máquinas e o pessoal que as operam)
sempre vem na gestão dos prefeitos eles mandam
a draga pra limpar, mas faz muitos anos que eles
sempre tira as pastas, tenta afunda mais ele. Ela
(a draga) vem no mês de janeiro."; TS4 F diz
"Ele melhora. Não na cor, mas na correnteza...
porque quando as pastas param a água fica mais
devagar, mais lenta a água e quando vem a draga
ela desce normalmente (água do rio) escoa
melhor. Na correnteza ela melhora, mas na cor
não muda tanto."; TS9 M diz "Melhora, não fica
nítida, mas melhora porque escorre melhor.";
TS10 F diz "Melhora, porque tira a pasta e a água
desce. Se não tirar a pasta, a gente nada, aqui
enche tudo."; TS16 M disse “Não muda nada.
Porque a dragagem eles tiram só as pastas, essa
lama preta não sai de jeito nenhum.
Em relação ao tempo do efeito da
dragagem (vide Figura 6B), 37% e 27% dos
entrevistados das comunidades São Rafael e Tito
Silva, respectivamente, responderam que seria de
4 a 6 meses o efeito da retirada de sedimento do
canal do rio. No entanto, as porcentagens de 23%
e 18% (Tito Silva e São Rafael) serviram tanto
para as respostas do efeito de 2 a 4 meses quanto
a de até 1 mês o efeito da dragagem no Rio
Jaguaribe.
Sobre essa relação, SR8 F disse: “não é
dragagem, eles tiram só a lama e acabou. Isso é
bom pra gente... pro rio não é não. Conversando
com os meninos da limpeza, eles disseram que
nem limpeza é, nem dragagem... cava uns
buracos, tira o excesso do que tá lá e não jogam,
deixam na beira do rio mesmo e aquilo,
consequentemente, vai voltar pro rio”.
O Morador SR11 M disse “Se vier antes
da chuva (como foi o caso de 2019 para 2020),
não dura muito, que quando a chuva vem já...
(volta tudo que foi tirado pro rio).”
Segundo Antuniassi et al. (2002), o
controle mecânico, com uso da dragagem, tem
sido a prática mais utilizada devido às condições
operacionais como por restrições ambientais, que
não seria eficiente por outros métodos.
Diferentes sistemas e equipamentos têm sido
usados no controle de plantas aquáticas, os quais
podem colher, dragar, picar, cortar ou realizar
duas ou mais dessas funções conjuntamente
(MARCONDES et al., 2003).
De acordo com Velini (1998), a limpeza
dos ambientes aquáticos, por meio do controle
mecânico, pode ser dividida em quatro etapas: a
retirada das macrófitas aquáticas e outras plantas
de dentro dos rios, canais, lagos e reservatórios;
o transporte dessas plantas ainda no corpo
hídrico; a transferência do material coletado para
o ambiente terrestre; e o transporte e descarte
desse material.
No presente trabalho, entretanto, o
descarte do material coletado, principalmente o
sedimento aquático, não atende a última etapa
supracitada, pois tal material é depositado na
margem do Rio Jaguaribe, sem haver o destino
correto (Figura 7), como relata a moradora SR7
F “Não dura muito tempo o efeito da Draga no
rio, porque a areia que é retirada fica na margem,
então à medida que vai chovendo, a areia volta”.
Vale ressaltar que o Nitrogênio e o
Fósforo (vide Figura 2), dois importantes
macronutrientes que, em excesso, podem
ocasionar o processo de eutrofização nos
ambientes aquáticos, ficam depositados e/ou
disponíveis no sedimento aquático (ESTEVES,
2011). Ao chover, esses nutrientes retirados do
rio, principalmente o Fósforo, retornam em altas
concentrações, ocasionando de forma rápida o
processo de Eutrofização no Jaguaribe, sendo um
ciclo vicioso para mais crescimento de aguapés
no leito do rio.
Figura 7. Ação da dragagem no Rio Jaguaribe, João
Pessoa, PB. (A) retirada de lama e plantas aquáticas na
Comunidade São Rafael em novembro de 2019; (B)
sedimento aquático rico em matéria orgânica e nutrientes
recém-depositado na margem do rio na Comunidade São
Rafael; (C) sedimento dragado depositado ano após ano
nas margens do rio Jaguaribe, na comunidade Tito Silva.
Fonte: Produzido pelos autores (2019).
A proliferação dessas plantas em quase
todo o leito do Rio Jaguaribe, que apresenta em
toda a sua extensão diversas áreas que se
encontram totalmente cobertas por elas, contribui
para a desoxigenação do rio (SANTOS et al.,
2016), em virtude das mesmas terem folhas
aéreas, logo o oxigênio produzido vai para a
atmosfera e não para a água. Também impedem
que haja uma zona fótica no rio, fazendo
ocasionar sombreamento para a água, impedindo
que as microalgas, tanto do fitoplâncton quanto
do perifíton, realizem a fotossíntese por falta de
entrada de luz na coluna de água, diminuindo,
assim, o oxigênio dissolvido da água. Outro fator
que piora a qualidade de água é a ausência de
substratos rígidos no rio (como seixos rolados),
que antigamente estavam presentes, mas que com
o assoreamento desaparecem, porque eles são
substrato para o biofilme aquático, que auxilia na
oxigenação da água, aumentando a capacidade de
autodepuração.
Não obstante, quando essas plantas se
encontram em pequena quantidade, devido à
imensa capacidade de absorção de nutrientes,
possui uma grande utilidade na despoluição de
esgotos. Isso foi verificado por Souza (2015), que
analisando o efeito dessas plantas em água de
Estação de Tratamento de Esgoto, verificou que
elas eram muito eficientes na remoção de
compostos fosfatados e na diminuição da
condutividade. Como essas plantas absorvem
muitos nutrientes, elas podem ser usadas na
fitorremediação, mas há a real necessidade de
haver um manejo adequado de forma a evitar o
excesso de crescimento dos aguapés. O mesmo
foi registrado por Pérez (2015) que comparou a
qualidade do Rio do Cabelo com grandes bancos
e poucos bancos de macrófitas e verificou que a
água se mantinha de melhor qualidade na
presença de menos plantas.
Quando essa proliferação ocorre, o risco
de inundação é eminente e a tendência é que as
lideranças das comunidades ribeirinhas acionem
a defesa civil para que haja a limpeza e o
desassoreamento do Rio Jaguaribe. De acordo
com os moradores entrevistados, isso ocorre
anualmente. Assim, a dragagem retira as
macrófitas e a vegetação marginal, favorecendo
a correnteza, levando consigo toda a poluição rio
abaixo, além de diminuir os efeitos da enchente
do rio.
O desassoreamento, portanto, é um
procedimento de dragagem ou limpeza do leito
do rio, no entanto isso não retira nutrientes, nem
melhora a qualidade da água. Isso até pode piorar
a qualidade da água, por remexer no sedimento
liberando nutrientes. Por isso é tão comum após
a dragagem aumentar rapidamente as plantas
aquáticas de novo. Dessa forma, apenas dragar o
rio, colocando o material dragado nas margens e
tirando as plantas, é apenas um paliativo para
evitar enchentes. No entanto, o risco de enchente
não se resume ao rio e está associado também ao
volume de chuvas, ao escoamento superficial, à
impermeabilização do solo, às condições dos
tributários (e.g. córregos, afluentes do rio
principal), entre outros (SMITH; SILVA;
BIAGIONI, 2019).
De acordo com Lima (2008), para a
concepção do projeto de dragagem, alguns
cuidados devem ser tomados, tais como: a)
identificação e quantificação do material a ser
dragado, importante fator para definição do local
de deposição, que afeta diretamente o custo de
execução do empreendimento; b) identificação
de características físicas e químicas do sedimento
a ser dragado, o que novamente influencia o local
de deposição do sedimento; c) identificação de
fatores sociais, ambientais e institucionais
envolvidos; d) identificação de alternativas de
deposição do material dragado; e) elaboração de
plano de dragagem; f) escolha do tipo de
equipamento a ser utilizado.
No presente trabalho, tem-se visto que o
critério “d” supracitado não é atendido quanto ao
desassoreamento do Rio Jaguaribe por parte da
Defesa Civil, logo, o sedimento aquático retirado
do fundo, rico em matéria orgânica (CAIN;
BOWMAN; HACKER, 2018), é depositado na
margem. Com isso, todos os poluentes retornam
ao ambiente aquático durante o período de
chuvas. Vale ressaltar que a dragagem nas
Comunidades São Rafael e Tito Silva ocorrem
geralmente antes do período mais chuvoso (abril
a agosto), já demonstrando que o principal
objetivo é prevenir enchentes e não contribuir
com a melhoria do rio.
Smith, Silva e Biagioni (2019) disseram
que um detalhe muito importante a ser
considerado quanto às iniciativas de
desassoreamento é que os rios, na maioria das
vezes, não estão mortos, pois apresentam
biodiversidade, de forma que a realização de
intervenções para remoção de bancos de areia ou
dragagem traz consequências irreversíveis para
inúmeras espécies, sem contar que a realização
do desassoreamento em pequenos trechos, desde
que devidamente licenciado e acompanhado de
criterioso monitoramento ambiental, ocorre de
forma paliativa, mas não soluciona o problema.
Assim, é possível inferir que a dragagem
de rios impacta de forma negativa a biota
aquática e pode resultar em outros problemas,
como, por exemplo, riscos de inundação a jusante
devido ao aumento de fluxo da água, aceleração
dos processos erosivos, destruição dos habitats
naturais de espécies e prejuízo às espécies mais
sensíveis (SMITH; SILVA; BIAGIONI, 2019).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A incorporação do conhecimento
científico é essencial à tomada de decisões, como
nos casos de intervenções no leito dos rios. No
entanto, é frustrante que as informações técnico-
científicas produzidas pelas academias
relacionadas com a ecologia de rios tenham sido
lentamente incorporadas às leis ambientais e,
mais especificamente, às práticas
administrativas, tornando o poder público mais
um agente degradador do meio ambiente
(DICKS et al., 2014; DOMINGUES et al., 2017).
Por isso, consideram-se necessários mecanismos
de aproximação entre a academia e o poder
púbico (SMITH; SILVA; BIAGIONI, 2019).
Para diminuir as chances da E. crassipes
(aguapé) se alastrar no rio e promover diversas
alterações negativas na qualidade da água, seria
importante o incentivo à retirada das mesmas
pela população ribeirinha. Mello (2018)
demonstrou ser possível usar estas plantas em
biodigestores caseiros, o que poderia ser
aproveitado pelas comunidades ribeirinhas. Algo
assim poderia ser realizado a baixo custo, usando
as próprias macrófitas aquáticas que se
proliferam no rio para a produção do gás de
cozinha (biogás) e biofertilizante. O primeiro
seria usado pelas famílias, domiciliarmente e o
segundo poderia ser vendido para a agricultura
orgânica. Para isso, a Prefeitura poderia ser
parceira, com o transporte do biofertilizante dos
produtores para os consumidores, visto que a
agricultura é feita no entorno da cidade.
O uso da macrófita aquática Eichhornia
crassipes como biomassa em biodigestores já foi
testado em pesquisa realizada por Cordeiro e
Astolfi (2013) e também por Mello (2018),
mostrando a possibilidade de uso dessas plantas,
visto que a biomassa proposta para o biodigestor
na literatura é principalmente composta de fezes
de animais. Além disso, seria uma alternativa
para reduzir ou, quem sabe, não onerar os cofres
públicos para a realização de dragagens
periódicas, causando danos nas margens do rio,
como o depósito do sedimento aquático, rico em
nitrogênio e Fósforo, assim como o aumento da
liberação de nutrientes pelo movimento dos
sedimentos. Ao mesmo tempo, não haveria
impedimento para o rio Jaguaribe, ou outros rios
urbanos, escoarem suas águas em período
chuvoso.
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propensas à movimentação de massa em João
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graduação em Engenharia Ambiental, da
Universidade Federal da Paraíba, 51p, 2016.
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Arroio Tabuão no bairro Esperança em
Panambi / RS. Monografia apresentada ao
Curso de Especialização em Educação
Ambiental da Universidade Federal de Santa
Maria, p. 60f, 2010.
______________________________________
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos especiais @s
entrevistad@s das comunidades São Rafael e
Tito Silva por se disporem a colaborar com a
pesquisa.
______________________________________
1. Prof. Dr. do Departamento de Ciências
Biológicas da Universidade Federal do
Piauí/Campus Senador Helvídio Nunes de
Barros, Picos-PI. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-9069-7950; e-mail:
ahffs79@gmail.com
2. Profa. Dra. do Departamento de Sistemática e
Ecologia/Centro de Ciências Exatas e da
Natureza/ Universidade Federal da Paraíba.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4414-
2989. Email: ccrispim@hotmail.com.
3. Mestre e Doutorando pelo Programa de Pós
Graduação em Desenvolmento e Meio
Ambiente-PRODEMA-UFPB. ORCID:
https://orcid.org/0000-0001-8303-0819 e-mail:
rando28br@gmail.com
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Artigo_Bioterra_V22_N1_07

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 22 - Número 1 - 1º Semestre 2022 PERCEPÇÃO DOS RIBEIRINHOS SOBRE A PROLIFERAÇÃO DE Eichhornia crassipes E OS EFEITOS DA DRAGAGEM PERIÓDICA DE UM RIO URBANO Artur Henrique Freitas Florentino de Souza1 ; Maria Cristina Crispim2 ; Randolpho Savio de Araújo Marinho3 RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar a percepção dos ribeirinhos sobre as questões relacionadas ao Rio Jaguaribe sobre a proliferação de Eichhornia crassipes e a dragagem periódica. A pesquisa foi do tipo qualitativa, através de entrevistas e questionários, em moradores das comunidades ribeirinhas do Rio Jaguaribe em João Pessoa -PB, onde foram selecionados atores sociais maiores de 21 anos e de ambos os sexos. No total, foram realizadas 21 entrevistas, sendo 11 na Comunidade São Rafael e 10 na comunidade Tito Silva. De acordo com os moradores entrevistados, a melhora com a dragagem foi a resposta mais predominante nas duas comunidades. Entretanto, respostas de que nada mudava ou que piorava a qualidade da água após a dragagem também foram relatados pelos moradores. O descarte incorreto do sedimento nas margens do Rio Jaguaribe através da dragagem contribui para a proliferação dos aguapés em quase todo o seu leito. Assim, é possível concluir que a dragagem de rios impacta de forma negativa a biota aquática e pode resultar em outros problemas. Assim, para diminuir as chances da E. crassipes se alastrar no rio e promover diversas alterações na qualidade da água, seria importante o incentivo ao uso de biodigestores pelas comunidades ribeirinhas. Palavras-chaves: Percepção, Eichhornia crassipes, Sedimento, Rio Jaguaribe. PERCEPTION OF THE RIVERSIDE ON THE PROLIFERATION OF Eichhornia crassipes AND THE EFFECTS OF PERIODIC DREDGING OF AN URBAN RIVER ABSTRACT This work aims to analyze the perception of the riparians about the issues related to the Jaguaribe River about the proliferation of Eichhornia crassipes and periodic dredging. The research was qualitative, through interviews and questionnaires, in residents of the riverside communities of the Jaguaribe River in João Pessoa -PB, where social actors older than 21 years and of both sexes were selected. In total, 21 interviews were conducted, 11 in the São Rafael Community and 10 in the Tito Silva community. According to the residents interviewed, improvement with dredging was the most prevalent response in both communities. However, responses that nothing changed or worsened water quality after dredging were also reported by residents. The incorrect disposal of sediment on the banks of the Jaguaribe River through dredging contributes to the proliferation of aguapés in almost its entire bed. Thus, it is possible to conclude that river dredging negatively impacts aquatic biota and may result in other problems. Thus, in order to reduce the chances of E. crassipes spreading in the river and promoting several changes in water quality, it would be important to encourage the use of biodigesters by riverside communities. Keywords: Perception, Eichhornia crassipes, Sediment, Jaguaribe River. 41
  • 2. 1. INTRODUÇÃO Os ambientes aquáticos urbanos, se caracterizam como áreas de degradação ambiental por serem pressionados pela constante ação antrópica, estando assim sujeitos a diversos tipos de impactos ambientais, tais como a alteração do curso natural do rio, o desmatamento da mata ciliar pelas comunidades ribeirinhas, despejos de efluentes, perda de espécies de fauna e flora, e entre outros (SOUZA, 2020). Um dos grandes problemas enfrentados pelos corpos hídricos localizados em áreas urbanizadas é a poluição hídrica. Por muitas vezes os rios tornam-se córregos de esgotos. Em muitas cidades brasileiras os efluentes domésticos e industriais são despejados de forma irregular nos rios, bem como resíduos sólidos de todos os tipos (ALMEIDA, 2010). Essa situação apresenta problemas para os ecossistemas locais, alterando as características naturais dos corpos hídricos, levando a processos de eutrofização e contaminação da água, transformando-a como um recurso hídrico impróprio para consumo humano e sem poder ser utilizada para outros fins (ESTEVES, 2011). De modo geral, as consequências sofridas pela intervenção humana nos rios urbanos são diversas e trazem sérias consequências não somente para o corpo hídrico, mas também para a população do entorno, pois são grandes as possibilidades de inundações, enchentes e alagamentos (SMITH; SILVA; BIAGIONE, 2019; ARAÚJO et al., 2019), podendo levar à perda de bens, acidentes e até mesmo a mortes. Caso haja uma grande carga poluidora no rio, há também possibilidade da disseminação de doenças (NUNES, 2012). O Rio Jaguaribe, por sua localização totalmente dentro da cidade de João Pessoa-PB, encontra-se comprometido em virtude do despejo de efluentes domésticos e industriais, elevada carga de resíduos, devastação da cobertura vegetal e expansão urbana (SANTOS et al., 2015; REIS et al., 2017). A ocupação das suas margens já acontece desde a década de 1970 (SOUZA, 2001), cujo vale já possui cerca de 25 comunidades em toda a sua extensão (FIGUEIREDEO, 2017). Buscando evitar que as essas comunidades ribeirinhas venham a sofrer com o aumento do nível do Rio Jaguaribe, causando enchentes e alagamentos, a prefeitura de João Pessoa realiza, periodicamente, intervenções de saneamento dos terrenos alagadiços pela técnica de dragagem viabilizando a dinâmica necessária para o escoamento das águas de determinado rio (SANTOS, 2016). Entretanto, tais dragagens, além dos custos, implicam em ter de resolver outro problema, que é o que fazer com os sedimentos dragados (MELLO, 2008). Assim, buscar entender a percepção e a sensibilização ambiental dos atores sociais que utilizam, de forma direta, os recursos de um ambiente aquático, pode vir a contribuir para a prevenção da degradação, gestão e sustentabilidade dos recursos naturais a ela associadas (SOUZA; ABÍLIO; RUFFO, 2018b), pois é pela compreensão que se buscam soluções para reduzir a situação desordenada gerada pela falta de saneamento básico nos espaços, aonde esses atores sociais são obrigados a sobreviver (SOUZA, ABÍLIO, RUFFO, 2018a). Atualmente, acredita-se que o estudo da percepção ambiental dos atores sociais pode ser o melhor caminho que produzirá melhores planejamentos para campanhas de educação ambiental e/ou gestão ambiental. Isso porque, como um ser social, o ser humano é um agente que pode transformar e manipular a natureza e, ao modificá-la, institui um espaço quase que somente seu, sem se preocupar com as consequências dessa ocupação (XAVIER; NISHIJIMA, 2010). Mesmo que o estudo da percepção ambiental esteja sendo cada vez mais valorizado na Academia, Dias et al. (2007), afirmaram que é preciso que o conhecimento ambiental das comunidades em geral, seja valorizado e aproveitado também pelos responsáveis que tomam as decisões de políticas públicas, ao invés de serem ignorados e desperdiçados, o que geralmente ocorre. Atualmente, o Rio Jaguaribe, em João Pessoa-PB, encontra-se em situação de descaso por parte da gestão pública, que atua somente com medidas paliativas ao realizar, periodicamente, o desassoreamento, que degrada mais do que limpa o rio. Diante disso, é preciso conhecer como os atores sociais percebem este rio e as ações dos órgãos públicos para que
  • 3. possam, futuramente, realizar medidas de educação ambiental, de coleta e de tratamento real de esgotos que são lançados no rio. Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivo analisar a percepção dos ribeirinhos sobre as questões relacionadas ao Rio Jaguaribe sobre a proliferação de Eichhornia crassipes e a dragagem periódica. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Área de Estudo Duas comunidades ribeirinhas do Rio Jaguaribe, João Pessoa-PB, foram alvo do estudo de percepção sobre a proliferação de aguapés (Eichhornia crassipes) e sobre a dragagem periódica: a São Rafael e a Tito Silva (Figura 1). Figura 1. Localização da Comunidade São Rafael, no Bairro Castelo Branco, João Pessoa-PB. Fonte: Elaborado pelos Autores A comunidade São Rafael é uma comunidade ribeirinha que está situada no Bairro Castelo Branco, entre as margens do Rio Jaguaribe e a BR-230 (VIVACQUA, 2016). Essa comunidade está situada numa área de depressão entre os bairros da Torre e do conjunto Castelo Branco. Ao Norte, a São Rafael faz fronteira com a comunidade Padre Hilton Bandeira e, ao sul, com a Avenida Dom Pedro II, que corta o Jardim Botânico Benjamim Maranhão (FIGUEIREDO, 2017), também conhecida como Mata do Buraquinho (VIVACQUA, 2016). A comunidade Tito Silva situa-se entre a avenida Governador José Américo de Almeida (popularmente conhecida como Beira-Rio) e as margens do Rio Jaguaribe, no seu médio curso, no Bairro Miramar. A comunidade surgiu nos anos 1960 com a chegada dos primeiros moradores, em grande parte oriundos de outros municípios da Paraíba (ARAÚJO et al., 2019). Esta Comunidade está situada em uma encosta com crista sinuosa, de inflexão convexa do tipo distribuidora de água e que, na base, encontra-se o Rio Jaguaribe, cuja margem está completamente habitada de forma irregular. No período de inverno, estas comunidades enfrentam problemas quando o nível do rio aumenta e, com isso, a água procura o seu leito maior, causando inundações das habitações que não deveriam estar ocupando a área ribeirinha. 2.2. Entrevistas com os Moradores Para a averiguação da percepção dos Moradores do Rio Jaguaribe a respeito da macrófita aquática Eichhornia crassipes (vulgo “Pastas”, “Salambaias”, “Baronesa”, “Aguapé”) e do processo de Dragagem periódica do rio, foram selecionadas as duas comunidades (São Rafael e a Tito Silva), e as entrevistas realizadas durante a estação de estiagem. Para as entrevistas, foram selecionados os atores sociais maiores de 21 anos, de ambos os sexos, que morassem no local há pelo menos dez anos, que estivesse em constante contato com o rio Jaguaribe, preferindo-se os que morassem na margem. O contato inicial foi dado através das associações de moradores dos bairros/comunidades selecionadas, através da apresentação do projeto nas sedes de tais associações. Os moradores que aceitaram e atendiam aos critérios supracitados da entrevista tiveram as suas respostas gravadas, respondendo um questionário semiestruturado sobre como eles percebiam, usavam e como os impactos antrópicos interferem na qualidade da água do Rio Jaguaribe na época em que chegaram na
  • 4. localidade, além de fornecerem respostas, de acordo com as suas observações e convivência, se houve ou não melhora da qualidade da água após a Dragagem e/ou proliferação das macrófitas. Estes, quando aceitaram responder ao questionário, foram informados de que suas identidades seriam mantidas em sigilo e que receberiam as iniciais “TS” para os moradores da Tito Silva e “SR” para os da São Rafael. Também foram acrescidas as respectivas numerações nessas iniciais de acordo com a ordem da entrevista, além das letras M caso fossem do sexo masculino ou F quando do sexo Feminino. Posteriormente, foram realizadas análise do discurso e feito comparações de respostas dos atores sociais, através da categorização, para fazerem-se testes de variância entre o que fora percebido pelos entrevistados no Rio Jaguaribe. Os relatos dos atores sociais de maior relevância sobre os tópicos apresentados foram incluídos no texto para fundamentar a discussão dos dados, e o código do entrevistado destacado em negrito. A pesquisa foi do tipo qualitativa, que de acordo com Richardson et al. (2012), tenta compreender, de forma detalhada, os significados e características da situação vivida apresentada pelos entrevistados. Entretanto, mesmo seguindo o método qualitativo, nesta presente pesquisa houve a comparação de respostas sobre determinados quesitos sobre o Rio Jaguaribe, porém, em situações diferentes, permitindo um estudo quantitativo, justificando o uso de testes estatísticos não-paramétricos. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO No total, foram realizadas 21 entrevistas, sendo 11 na Comunidade São Rafael e 10 na comunidade Tito Silva. Dentre todos os entrevistados, o TS7 M foi a pessoa mais idosa, com 77 anos de idade, seguido do SR6 M e TS8 F, ambos com idade de 67 anos. No entanto, quando se trata do tempo de moradia no local, os mais antigos foram os entrevistados da São Rafael, entre os quais o SR6 M, com 67 anos de moradia, seguido do SR10 M, com 62 anos. O mais antigo da comunidade Tito Silva foi o TS18 M, vivendo no local há 47 anos. A Figura 2 mostra a idade e o tempo de moradia de cada entrevistado. Figura 2. Idade e o tempo de moradia dos atores sociais ribeirinhos do Rio Jaguaribe, João Pessoa, PB, de setembro a dezembro de 2019 (São Rafael e Tito Silva). Com relação ao sexo dos entrevistados (vide Figura 2), na comunidade São Rafael foi registrado 82% homens e 18% mulheres, enquanto na Tito Silva, 68% homens e 32% mulheres. Em relação ao nível de escolaridade dos entrevistados, na comunidade São Rafael, 18% possuía o Fundamental incompleto e 28% possuíam o Fundamental completo, além disso 18% dos entrevistados possuíam o superior completo. Já na comunidade Tito Silva, o percentual de entrevistados que possuía o fundamental incompleto foi de 54% (36% somente de Fundamental I incompleto), e nenhum dos entrevistados possuíam ensino superior, como mostra a Figura 3. Figura 3. Nível de Escolaridade dos ribeirinhos do Rio Jaguaribe, João Pessoa, PB, entrevistados de setembro a dezembro de 2019 (São Rafael e Tito Silva). A respeito de uma opinião e uma nota prestada pelos entrevistados sobre os aguapés quando se alastram no rio (Figura 4), dez entrevistados (45,5%) da Tito Silva deram nota “0” (zero), enquanto a segunda maior nota atribuída foi “10” (dez), com quatro entrevistados (18,2%). Já na São Rafael, a nota “10” (dez) foi a mais atribuída, dada por três atores sociais (27,3%). A justificativa das notas, encontra-se nos comentários dos próprios entrevistados abaixo.
  • 5. Figura 4. Notas atribuídas pelos entrevistados das Comunidades Tito Silva e São Rafael sobre o alastramento de aguapés no rio Jaguaribe, João Pessoa-PB em 2019. De acordo com as respostas, TS7 M, “Nota 0, porque “empata” a água descer. Às fezes ‘fica’ tudo, às vezes bicho morto”, enquanto TS8 F diz “Nota 0, porque elas tomam conta do rio e não tem a saída da água, ficam empatando a água descer”. Enquanto TS9 M diz “Nota 3, piora muito, porque quando há chuva ela atrapalha a correnteza do rio”, TS3 M diz “Dou 2, porque fica a pior sujeira. Por motivo de não ter escorrimento da água e o lixo que vem da parte nascente”. Dentre as respostas com ideias contrárias, o TS21 M diz “Nota 10, porque ela através das águas, tira os poluentes do rio”; o morador SR9 diz “Nota 10. Acho bonito aquele verde, para o rio eu acho que sim”. A maioria dos moradores ribeirinhos do Rio Jaguaribe afirmam que os aguapés (E. crassipes), popularmente conhecido como “pastas”, encontrados sobre a superfície das águas, são plantas de locais poluídos, mas que são vistos mais como empecilho para obstruir as pontes durante a época de chuvas e, com isso, alagando as comunidades ribeirinhas, do que como consequência indireta de má qualidade da água, além de associar também como criatório de mosquitos. Ou seja, não percebem que as macrófitas são o resultado da poluição, causada pelo próprio ser humano, veem apenas como mais um aspecto negativo ao rio, atrapalhando o curso das águas. O Rio Jaguaribe, como ambiente eutrofizado, assoreado por acúmulo de matéria orgânica e por apresentar um baixo fluxo por conta da baixa diferença entre as cabeceiras e o médio e baixo curso (SANTOS, 2016), favorece a proliferação de macrófitas aquáticas, principalmente do aguapé E. crassipes, (conhecida entre os moradores do Rio Jaguaribe por “pasta” ou “Salambaias”), que causa a diminuição da correnteza, acelerando mais ainda os processos metabólicos de degradação no sistema aquático, diminuindo os processos de produção primária que ocorrem na coluna de água. Em locais muito poluídos, a capacidade de produção de biomassa dessa espécie já foi calculada em até 1000 Kg diários por hectare (RUBIO et al., 2004). A Figura 5 mostra os aguapés nas margens da Comunidade Tito Silva, em novembro de 2019. Figura 5. (A) Aguapés sendo amontoados na margem do rio para forrageio; (B) retirada manual, com o auxílio de uma jangada. Foto: acervo dos autores (2019) João Pessoa- PB em 2019. A poluição gerada no rio agrava a qualidade de vida humana que vive no seu entorno, visto que com a falta de oxigênio, o sulfeto, que provoca os maus odores e é tóxico, não se transforma em sulfato, além disso, a baixa oxigenação afeta diretamente os organismos vivos que habitam essas águas (SANTOS et al., 2016). Devido a essa poluição, observou-se sazonalmente a proliferação das plantas flutuantes em todo o leito do Rio Jaguaribe, encobrindo-se toda a lâmina de água. Essas macrófitas possuem grande utilidade na despoluição de esgotos, devido à sua grande capacidade de absorção de nutrientes. Por isso que é muito comum o aguapé seja encontrado em águas poluídas por existir abundância de nutrientes (MEDEIROS, 2013). Entretanto, em situações em que se encontre em superpopulação, pode se tornar um grande problema, por não permitir a oxigenação da água (SANTOS et al., 2016). Além disso, quando ocorrem chuvas torrenciais, essas “pastas”, juntamente com o lixo acumulado, acabam obstruindo a passagem da água (MEDEIROS; BARBOSA, 2016). Ainda, Pérez (2015) ainda relatou outros impactos negativos, causados pelas plantas flutuantes, quando em grande quantidade, também afetam negativamente a
  • 6. qualidade de água por impedir a entrada de luz, o que reduz a presença de microalgas; por aumentar a taxa de decomposição, levando a uma maior redução de oxigênio; além de aumentar a quantidade de nutrientes, o que aumenta mais ainda a eutrofização e consequentemente a degradação da qualidade de água. No presente trabalho, como forma paliativa de retirada dos aguapés e aumentar a vazão do Rio Jaguaribe, a única alternativa que vem sendo utilizada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa é a dragagem. De acordo com os moradores entrevistados em relação aos efeitos da dragagem na água desse rio, a melhora com a dragagem foi a resposta mais predominante (64% e 50% nas comunidades São Rafael e Tito Silva, respectivamente). Entretanto, respostas de que nada mudava (32% na Tito Silva) ou que piorava a qualidade da água após a dragagem (18% para ambos na São Rafael) também foram relatados pelos moradores, como mostra a Figura 6A. Figura 6. Percepção dos entrevistados das comunidades São Rafael e Tito Silva, João Pessoa, PB, em 2019: (A) Eficiência da dragagem na qualidade de água do Rio Jaguaribe; (B) Tempo percebido sobre os efeitos da dragagem no rio Jaguaribe. De acordo com o ator social TS2 M no presente trabalho, é citado "Faz muito tempo que eles (as máquinas e o pessoal que as operam) sempre vem na gestão dos prefeitos eles mandam a draga pra limpar, mas faz muitos anos que eles sempre tira as pastas, tenta afunda mais ele. Ela (a draga) vem no mês de janeiro."; TS4 F diz "Ele melhora. Não na cor, mas na correnteza... porque quando as pastas param a água fica mais devagar, mais lenta a água e quando vem a draga ela desce normalmente (água do rio) escoa melhor. Na correnteza ela melhora, mas na cor não muda tanto."; TS9 M diz "Melhora, não fica nítida, mas melhora porque escorre melhor."; TS10 F diz "Melhora, porque tira a pasta e a água desce. Se não tirar a pasta, a gente nada, aqui enche tudo."; TS16 M disse “Não muda nada. Porque a dragagem eles tiram só as pastas, essa lama preta não sai de jeito nenhum. Em relação ao tempo do efeito da dragagem (vide Figura 6B), 37% e 27% dos entrevistados das comunidades São Rafael e Tito Silva, respectivamente, responderam que seria de 4 a 6 meses o efeito da retirada de sedimento do canal do rio. No entanto, as porcentagens de 23% e 18% (Tito Silva e São Rafael) serviram tanto para as respostas do efeito de 2 a 4 meses quanto a de até 1 mês o efeito da dragagem no Rio Jaguaribe. Sobre essa relação, SR8 F disse: “não é dragagem, eles tiram só a lama e acabou. Isso é bom pra gente... pro rio não é não. Conversando com os meninos da limpeza, eles disseram que nem limpeza é, nem dragagem... cava uns buracos, tira o excesso do que tá lá e não jogam, deixam na beira do rio mesmo e aquilo, consequentemente, vai voltar pro rio”. O Morador SR11 M disse “Se vier antes da chuva (como foi o caso de 2019 para 2020), não dura muito, que quando a chuva vem já... (volta tudo que foi tirado pro rio).” Segundo Antuniassi et al. (2002), o controle mecânico, com uso da dragagem, tem sido a prática mais utilizada devido às condições operacionais como por restrições ambientais, que não seria eficiente por outros métodos. Diferentes sistemas e equipamentos têm sido usados no controle de plantas aquáticas, os quais podem colher, dragar, picar, cortar ou realizar duas ou mais dessas funções conjuntamente (MARCONDES et al., 2003). De acordo com Velini (1998), a limpeza dos ambientes aquáticos, por meio do controle mecânico, pode ser dividida em quatro etapas: a retirada das macrófitas aquáticas e outras plantas de dentro dos rios, canais, lagos e reservatórios; o transporte dessas plantas ainda no corpo hídrico; a transferência do material coletado para o ambiente terrestre; e o transporte e descarte desse material.
  • 7. No presente trabalho, entretanto, o descarte do material coletado, principalmente o sedimento aquático, não atende a última etapa supracitada, pois tal material é depositado na margem do Rio Jaguaribe, sem haver o destino correto (Figura 7), como relata a moradora SR7 F “Não dura muito tempo o efeito da Draga no rio, porque a areia que é retirada fica na margem, então à medida que vai chovendo, a areia volta”. Vale ressaltar que o Nitrogênio e o Fósforo (vide Figura 2), dois importantes macronutrientes que, em excesso, podem ocasionar o processo de eutrofização nos ambientes aquáticos, ficam depositados e/ou disponíveis no sedimento aquático (ESTEVES, 2011). Ao chover, esses nutrientes retirados do rio, principalmente o Fósforo, retornam em altas concentrações, ocasionando de forma rápida o processo de Eutrofização no Jaguaribe, sendo um ciclo vicioso para mais crescimento de aguapés no leito do rio. Figura 7. Ação da dragagem no Rio Jaguaribe, João Pessoa, PB. (A) retirada de lama e plantas aquáticas na Comunidade São Rafael em novembro de 2019; (B) sedimento aquático rico em matéria orgânica e nutrientes recém-depositado na margem do rio na Comunidade São Rafael; (C) sedimento dragado depositado ano após ano nas margens do rio Jaguaribe, na comunidade Tito Silva. Fonte: Produzido pelos autores (2019). A proliferação dessas plantas em quase todo o leito do Rio Jaguaribe, que apresenta em toda a sua extensão diversas áreas que se encontram totalmente cobertas por elas, contribui para a desoxigenação do rio (SANTOS et al., 2016), em virtude das mesmas terem folhas aéreas, logo o oxigênio produzido vai para a atmosfera e não para a água. Também impedem que haja uma zona fótica no rio, fazendo ocasionar sombreamento para a água, impedindo que as microalgas, tanto do fitoplâncton quanto do perifíton, realizem a fotossíntese por falta de entrada de luz na coluna de água, diminuindo, assim, o oxigênio dissolvido da água. Outro fator que piora a qualidade de água é a ausência de substratos rígidos no rio (como seixos rolados), que antigamente estavam presentes, mas que com o assoreamento desaparecem, porque eles são substrato para o biofilme aquático, que auxilia na oxigenação da água, aumentando a capacidade de autodepuração. Não obstante, quando essas plantas se encontram em pequena quantidade, devido à imensa capacidade de absorção de nutrientes, possui uma grande utilidade na despoluição de esgotos. Isso foi verificado por Souza (2015), que analisando o efeito dessas plantas em água de Estação de Tratamento de Esgoto, verificou que elas eram muito eficientes na remoção de compostos fosfatados e na diminuição da condutividade. Como essas plantas absorvem muitos nutrientes, elas podem ser usadas na fitorremediação, mas há a real necessidade de haver um manejo adequado de forma a evitar o excesso de crescimento dos aguapés. O mesmo foi registrado por Pérez (2015) que comparou a qualidade do Rio do Cabelo com grandes bancos e poucos bancos de macrófitas e verificou que a água se mantinha de melhor qualidade na presença de menos plantas. Quando essa proliferação ocorre, o risco de inundação é eminente e a tendência é que as lideranças das comunidades ribeirinhas acionem a defesa civil para que haja a limpeza e o desassoreamento do Rio Jaguaribe. De acordo com os moradores entrevistados, isso ocorre anualmente. Assim, a dragagem retira as macrófitas e a vegetação marginal, favorecendo a correnteza, levando consigo toda a poluição rio abaixo, além de diminuir os efeitos da enchente do rio. O desassoreamento, portanto, é um procedimento de dragagem ou limpeza do leito do rio, no entanto isso não retira nutrientes, nem melhora a qualidade da água. Isso até pode piorar a qualidade da água, por remexer no sedimento liberando nutrientes. Por isso é tão comum após a dragagem aumentar rapidamente as plantas
  • 8. aquáticas de novo. Dessa forma, apenas dragar o rio, colocando o material dragado nas margens e tirando as plantas, é apenas um paliativo para evitar enchentes. No entanto, o risco de enchente não se resume ao rio e está associado também ao volume de chuvas, ao escoamento superficial, à impermeabilização do solo, às condições dos tributários (e.g. córregos, afluentes do rio principal), entre outros (SMITH; SILVA; BIAGIONI, 2019). De acordo com Lima (2008), para a concepção do projeto de dragagem, alguns cuidados devem ser tomados, tais como: a) identificação e quantificação do material a ser dragado, importante fator para definição do local de deposição, que afeta diretamente o custo de execução do empreendimento; b) identificação de características físicas e químicas do sedimento a ser dragado, o que novamente influencia o local de deposição do sedimento; c) identificação de fatores sociais, ambientais e institucionais envolvidos; d) identificação de alternativas de deposição do material dragado; e) elaboração de plano de dragagem; f) escolha do tipo de equipamento a ser utilizado. No presente trabalho, tem-se visto que o critério “d” supracitado não é atendido quanto ao desassoreamento do Rio Jaguaribe por parte da Defesa Civil, logo, o sedimento aquático retirado do fundo, rico em matéria orgânica (CAIN; BOWMAN; HACKER, 2018), é depositado na margem. Com isso, todos os poluentes retornam ao ambiente aquático durante o período de chuvas. Vale ressaltar que a dragagem nas Comunidades São Rafael e Tito Silva ocorrem geralmente antes do período mais chuvoso (abril a agosto), já demonstrando que o principal objetivo é prevenir enchentes e não contribuir com a melhoria do rio. Smith, Silva e Biagioni (2019) disseram que um detalhe muito importante a ser considerado quanto às iniciativas de desassoreamento é que os rios, na maioria das vezes, não estão mortos, pois apresentam biodiversidade, de forma que a realização de intervenções para remoção de bancos de areia ou dragagem traz consequências irreversíveis para inúmeras espécies, sem contar que a realização do desassoreamento em pequenos trechos, desde que devidamente licenciado e acompanhado de criterioso monitoramento ambiental, ocorre de forma paliativa, mas não soluciona o problema. Assim, é possível inferir que a dragagem de rios impacta de forma negativa a biota aquática e pode resultar em outros problemas, como, por exemplo, riscos de inundação a jusante devido ao aumento de fluxo da água, aceleração dos processos erosivos, destruição dos habitats naturais de espécies e prejuízo às espécies mais sensíveis (SMITH; SILVA; BIAGIONI, 2019). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A incorporação do conhecimento científico é essencial à tomada de decisões, como nos casos de intervenções no leito dos rios. No entanto, é frustrante que as informações técnico- científicas produzidas pelas academias relacionadas com a ecologia de rios tenham sido lentamente incorporadas às leis ambientais e, mais especificamente, às práticas administrativas, tornando o poder público mais um agente degradador do meio ambiente (DICKS et al., 2014; DOMINGUES et al., 2017). Por isso, consideram-se necessários mecanismos de aproximação entre a academia e o poder púbico (SMITH; SILVA; BIAGIONI, 2019). Para diminuir as chances da E. crassipes (aguapé) se alastrar no rio e promover diversas alterações negativas na qualidade da água, seria importante o incentivo à retirada das mesmas pela população ribeirinha. Mello (2018) demonstrou ser possível usar estas plantas em biodigestores caseiros, o que poderia ser aproveitado pelas comunidades ribeirinhas. Algo assim poderia ser realizado a baixo custo, usando as próprias macrófitas aquáticas que se proliferam no rio para a produção do gás de cozinha (biogás) e biofertilizante. O primeiro seria usado pelas famílias, domiciliarmente e o segundo poderia ser vendido para a agricultura orgânica. Para isso, a Prefeitura poderia ser parceira, com o transporte do biofertilizante dos produtores para os consumidores, visto que a agricultura é feita no entorno da cidade. O uso da macrófita aquática Eichhornia crassipes como biomassa em biodigestores já foi testado em pesquisa realizada por Cordeiro e Astolfi (2013) e também por Mello (2018), mostrando a possibilidade de uso dessas plantas, visto que a biomassa proposta para o biodigestor na literatura é principalmente composta de fezes de animais. Além disso, seria uma alternativa para reduzir ou, quem sabe, não onerar os cofres
  • 9. públicos para a realização de dragagens periódicas, causando danos nas margens do rio, como o depósito do sedimento aquático, rico em nitrogênio e Fósforo, assim como o aumento da liberação de nutrientes pelo movimento dos sedimentos. Ao mesmo tempo, não haveria impedimento para o rio Jaguaribe, ou outros rios urbanos, escoarem suas águas em período chuvoso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, C. S.; FARIAS, M. S. S.; ARAÚJO, A. D. F.. Levantamento dos impactos ambientais na bacia do Jaguaribe em João Pessoa e suas possíveis ações mitigatórias. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, v. 5, n.8, p. 1–10, 2009. ALVES, P. S. Percepção ambiental como instrumento para ações educativas e políticas públicas: o caso do Pico do Jabre, Paraíba, Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais). Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, 84 f, 2012. ANTUNES, C.M.M.; BITTENCOURT, S.C.; RECH, T.D.; OLIVEIRA; A.C.. Qualidade das águas e percepção de moradores sobre um rio urbano. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, v.32, p. 75–87, 2014. ARAÚJO, M.O.L.; MOURA, M.O.; SILVA, D.A.M.; SILVA, T.S.; SILVA, N.T.; CUNICO, C.. Participação social para ações de redução de riscos de desastres na comunidade Tito Silva, João Pessoa – PB. REDE – Revista Eletrônica do PRODEMA, v.13, n.1, p. 45–55, 2019. ARIAS, R. L. As Representações Sociais do Parque Municipal da Boa Esperança, em Ilhéus, Bahia, pela comunidade do seu entorno. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente). 2010. 143 f. PRODEMA, Universidade Estadual de Santa Cruz: Bahia, 2010. BARBOSA, I. A.A.; KAN, A. Avaliação dos impactos dos gases sulfídrico e metil mercaptana emitidos pelo rio Belém em Curitiba-PR. Portal de Revistas do Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA) - Administração de Empresas em Revista v. 14, n. 15, p. 1-30, 2015, acessado no dia 04 de janeiro de 2020, às 12:02h, em <http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/adm revista/article/view/1279>. BELTRÃO, G.B.M. Caracterização dos Canais do Bessa (João Pessoa-PB), utilizando os peixes como indicadores de conservação. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraíba. 2020. BONIFÁCIO, K. M.; ABÍLIO, F. J. P. Percepções ambientais dos educandos de escolas públicas – caso bacia hidrográfica do rio Jaguaribe, Paraíba. REDE – Revista Eletrônica do Prodema, v.5, n.2, p. 32–49, 2010a. BONIFÁCIO, K. M.; ABÍLIO, F. J. P. “O progresso vem, mas acaba coma natureza”: o rio Jaguaribe na visão dos moradores residentes no seu entorno, João Pessoa, PB. REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado de Educação Ambiental, V.25, p. 303–314, 2010b. CAIRNS, J.; McCORMICK, P.V.; NIEDERLEHNER, B.R. A proposed framework for developing indicators of ecosystem health. Hydrobiologia v. 263, p. 1- 44, 1993. COSTA, R. G. D. S. Valores, atitudes e simbolismos: estudo da percepção dos frequentadores do Parque Mariano Procópio. 2011. 109 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) Juiz de Fora, MG. 2011. CRISPIM, D. L., LEITE, R. P., CHAVES, A. D. C. G., MARACAJÁ, P. B., BARBOSA, R. C. A., CAJÁ, D. F. Diagnóstico ambiental do rio Piancó próximo ao perímetro urbano da cidade de Pombal- PB. Revista Brasileira de Gestão Ambiental, v.7, n.3, p. 01-06, 2013. CRISPIM, M. C.; ANTÃO-GERALDES, A. M.; OLIVEIRA, F. M. F.; MARINHO, R. S.; MORAIS, M. M... Potencialidades da Implementação de Biorremediação na
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