SlideShare a Scribd company logo
1 of 7
Download to read offline
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019
PRODUTIVIDADE DE HÍBRIDOS DE MILHO CULTIVADOS NO PERÍODO SAFRA
2017/18 EM DOIS VIZINHOS - PARANÁ
Vanderson Vieira Batista1
, Paulo Fernando Adami1,2
, Cleverson Luiz Giacomel2
, Amanda Cassu da Fonseca2
, Jordano
Sandri da Silva2
e Douglas Camana2
RESUMO
O estudo tem objetivo de avaliar características morfológicas de plantas e componentes de rendimento
de grãos, de diferentes híbridos de milho, cultivados no período safra, em Dois Vizinhos – PR. O
experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. Foram avaliados
sete híbridos de milho: MG320, DKB240, AS1556, DKB290, 30F53, AS1666 e AG9025. Não foi
observada diferença estatística para o estande final, apresentando valores médios de 71.851 plantas
ha-1
. Quanto as características morfológicas, observou-se valores semelhantes de diâmetro de colmo
(2,25 cm) e altura de planta (263 cm), entretanto DKB240, AS1656 e DKB290 exibiram os maiores
valores de altura de inserção de espiga. Alguns componentes de rendimento (grãos por fileira, fileiras
por espiga e massa de mil grãos), exibiram diferenças entre os híbridos estudados. Porém, o número
de grãos por espiga, produtividade e produtividade por planta, apresentaram valores semelhantes. A
produtividade média relatada foi de 11.410 kg ha-1
. Concluiu-se que os híbridos de milho avaliados
apresentam características morfológicas de plantas (altura de inserção da espiga) e componentes de
rendimento (número de grãos por fileira, número de fileiras por espiga e massa de mil grãos)
diferentes, entretanto resultam em valores de rendimento, semelhantes entre si.
Palavras-chave: altura de planta; massa de mil grãos; nitrogênio; Zea mays.
PRODUCTIVITY OF CORN HYBRIDS CULTIVATED IN THE SAFRA 2017/18 PERIOD
IN DOIS VIZINHOS - PARANÁ
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the morphological characteristics of plants and grain yield
components of different corn hybrids grown in the harvest period in Dois Vizinhos - PR. The
experiment was conducted in a randomized complete block design with three replicates. Seven corn
hybrids were evaluated: MG20, DKB240, AS1556, DKB290, 30F53, AS1666 and AG9025. No
statistical difference was observed for the final stand, presenting average values of 71,851 plants ha-
1
. Regarding the morphological characteristics, it was observed similar values of stem diameter (2.25
cm) and plant height (263 cm), however DKB240, AS1656 and DKB290 exhibited the highest values
of ear insertion height. Some yield components (grains per row, rows per spike and mass of one
thousand grains) showed differences among the studied hybrids. However, the number of grains per
spike, productivity and productivity per plant presented similar values. The average productivity
reported was 11,410 kg ha-1
. It was concluded that the maize hybrids evaluated presented plant
morphological characteristics (ear insertion height) and yield components (number of grains per row,
number of rows per spike and mass of a thousand grains), however they result in values of, similar to
each other.
Keywords: plant height; mass of a thousand grains; nitrogen; Zea mays. 85
INTRODUÇÃO
O Brasil é um dos maiores produtores e
exportadores de milho (Zea mays) do mundo.
Segundo dados da CONAB (2019), foram
cultivados no Brasil, durante o período safra
2018/19 (primeira safra) uma área de 5.018,5
mil ha-1
de milho, produzindo um montante de
25.870,5 mil t de grãos. Dentre os estados
produtores de milho no Brasil, o Paraná é um
dos destaques, entretanto a produção de milho
paranaense é concentrada em safrinha
(segunda safra), sendo cultivados 357,7 mil ha-
1
de milho no período safra 2018/19, no qual
foram produzidos 3.117,0 mil t de grãos
(CONAB, 2019).
Apesar da preferência do produtor rural
paranaense em cultivar soja na safra e milho
em safrinha, o milho apresenta-se como
excelente alternativa de cultivo no período
safra, pois se enquadra no sistema de rotação
de culturas, quebrando ciclo de pragas, além de
proporcionar rentabilidade ao produtor.
No entanto, sabe-se que vários fatores
podem influenciar as características
morfológicas e os componentes de rendimento
da cultura do milho, sendo a escolha do
material a ser cultivado, um destes fatores.
Segundo Cruz et al. (2010), a escolha do
híbrido a ser cultivado deve ser criteriosa, pois
representa um importante fator no cultivo.
Também, Batista et al. (2018) relatam em suas
pesquisas que a produtividade de grãos de
milho em safrinha no estado do Paraná, pode
reduzir em até 31,7%, em função do híbrido
cultivado.
Além disso, existe uma carência de
estudos recentes na literatura que avaliam
híbridos de milho para o cultivo em período
safra, e Galvão et al. (2014) destacam que a
produção de milho passou por uma grande
transformação nos últimos anos, sendo que
atualmente existe uma grande demanda de
sementes híbridas no mercado, cabendo ao
produtor a escolha do material a ser cultivado.
Sendo assim, com base nesta contextualização,
o estudo tem o objetivo de avaliar
características morfológicas de plantas e
componentes de rendimento de grãos de
diferentes híbridos de milho, cultivados no
período safra em Dois Vizinhos – PR.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi conduzido na Fazenda
Experimental da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, campus de Dois Vizinhos
(UTFPR-DV), a qual apresenta altitude média
510 metros acima do nível do mar. O solo é
classificado como Latossolo Vermelho
Distroférrico (BHERING et al., 2009), o qual
apresentou 56% argila, 32% silte e 11% areia,
e componentes químicos na profundidade de 0-
20 cm de 3,45, 4,28, 0,9 e 0,91 cmolcdm-3
para
H+Al, Ca, Mg e K respectivamente, P de 21,59
mgdm-3
, mátria orgânica de 45,30 mgdm-3
, pH
5,21 e saturação por base de 63,18%, em
análise química na profundidade de 0 a 20 cm.
O clima local é classificado com Cfa
(ALVARES et al., 2013). Os dados de
temperatura máxima e mínima, bem como a
precipitação registradas durante a condução do
experimento são representados na Figura 1.
O experimento foi conduzido em
delineamento de blocos ao acaso, com três
repetições. Foram avaliados sete híbridos de
milho, os quais são cultivados por produtores
locais: 1- MG320, 2 – DKB240, 3 – AS1556,
4 – DKB290, 5 – 30F53, 6 – AS1666 e 7 –
AG9025. Os materiais foram inseridos em
parcelas experimentais compostas por oito
linhas de cultivo, espaçadas a 45 cm de
distância, com 15 metros de comprimento
cada.
A área experimental foi cultivada com
consorcio de nabo (Raphanus sativus L.) e
aveia (Avena strigosa) durante o período de
inverno, o qual proporcionou acúmulo de
2.984 kg ha-1
de massa seca. A cobertura de
inverno foi dessecada 20 dias antes da
semeadura, utilizando glifosato (1.080 g ha-1
de ingrediente ativo). A semeadura foi
realizada em 02 de outubro de 2017, em
sistema de plantio direto, com densidade de
75.000 sementes ha-1
. Adicionou-se no sulco
de semeadura 350 kg ha-1
de adubo químico,
com formulação 08-20-20 (N-P2O5-K2O).
Também, foi aplicado nitrogênio em cobertura
(ureia com 46% de N), 190 kg de N ha-1
,
divididos em duas aplicações: 1 - quando o
milho encontrava-se em estádio V4 e 2 – em
estádio V7 do milho.
Figura 1. Temperatura máxima e mínima (°C) e precipitação (mm) diárias registradas durante a condução da lavoura
experimental com diferentes híbridos de milho
Para o controle de prevejo (Dichelops
melacanthus) foi aplicado inseticida
imidacloprid + beta-cyfluthrin na dose de 1 L
ha-1
, logo após a emergência do milho.
Também, foi realizado o controle de plantas
daninhas com aplicação de glyphosate (1,2 g
a.i. ha-1
) quando o milho estava em estádio V3.
Quando todos os híbridos atingiram
umidade de grãos abaixo de 20%, parâmetro
considerado pelos produtores locais para a
colheita do milho na região, iniciaram-se as
avaliações. As avaliações, foram realizadas
utilizado as plantas das duas linhas centrais de
cada parcela, com dez metros linear de
comprimento, cada unidade de avaliação (UA)
com 9 m2
.
Foi avaliado o estande final de plantas
(plantas ha-1
), contando o número de plantas
presente nas UA e extrapolado para hectares.
Como característica morfológica das
plantas foi avaliado o diâmetro do colmo,
altura inserção da espiga (cm) e altura final de
planta (cm) em 10 dez plantas por UA, sendo
considerado para a análise de dados o valor
médio observado nas UA. Os valores de
diâmetro do colmo foram obtidos entre o
primeiro e segundo entrenó, realizada com
auxílio de um paquímetro. As alturas de
inserção de espiga e de planta foram obtidas
com auxílio de uma fita métrica, considerando
como altura de inserção da espiga a distância
entre o nível do solo e o entrenó de inserção da
espiga principal, e a distância entre o solo e o
pendão, como altura de planta.
Para a avaliação dos componentes de
rendimento, foram coletadas dez espigas ao
acaso por UA, sendo estas avaliadas quanto ao
número de grãos por fileira e número de fileiras
por espiga, em cada espiga. Calculou-se a
média aritmética entre os valores observados
para cada variável, em cada tratamento, sendo
este valor utilizado para a análise de dados.
Também, multiplicando o número de grãos
presente em uma das fileiras da espiga e o
número de fileiras por espiga, obteve-se o
número de grãos por espiga.
Ainda, foi determinada a
produtividade de grãos (kg ha-1
) dos híbridos,
colhendo o restante das espigas presentes na
UA, sendo todas as espigas debulhadas com
auxílio de um debulhador de cereais, acoplado
ao trator. A amostra de grãos obtida foi pesada,
mensurada a umidade e calculada a
produtividade da UA com umidade em 13%,
sendo o valor extrapolado para quilos por
hectare. Para a massa de mil grãos, mil grãos
foram separados e pesados com balança de
precisão, para determinar a massa de mil grãos
(g) (umidade de grãos de 13%). Dividindo o
valor da produtividade, pelo estande final de
plantas, obteve-se a produtividade por planta
(g).
Os dados foram submetidos aos testes
de homogeneidade e normalidade de Bartlett e
Lilliefors. Atendendo os pressupostos,
aplicou-se análise de variância e quando
constado significância (p<0,05), aplicou-se
teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade. A
análise de dados foi realizada com auxílio do
software Sisvar 5.6 (FERREIRA, 2011).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estande final de plantas de milho foi
semelhante entre os híbridos avaliados,
apresentando população média final de 71.851
plantas ha-1
(Tabela 1). Este resultado sugere
que ambos os híbridos apresentaram
estabelecimento e desenvolvimento de plantas
semelhantes, não ocorrendo perda de estande
para nenhum dos matérias, proporcionando
maior confiabilidade nos resultados
encontrados.
De acordo com Pereira Filho et al.
(2008), o estande de plantas é um dos
principais componentes que interferem no
rendimento produtivo da cultura do milho no
Brasil. Batista et al. (2019) observaram em
suas pesquisas com diferentes materiais de
milho (2B587 e AG9030), que a produtividade
do cereal é reduzida quando cultivado com
baixas densidades (45.000 e 55.000 plantas ha-
1
). Entretanto, em maiores densidade (65.000 e
75.000 plantas ha-1
) a produtividade é superior,
porém apresentam valores similares entre si
(BATISTA et al. 2019), sugerindo que altas
densidades populacionais também não devem
ser empregadas no cultivo de milho, pois não
ocorre incremento de produtividade.
Tabela 1. Estande final e características morfológicas de plantas de diferentes híbridos de milho cultivados na safra
2017/18 em Dois Vizinhos – Paraná
Híbrido
Estande final de plantas
(plantas ha-1
)
Diâmetro do colmo
(cm)
Altura de inserção da
espiga (cm)
Altura final de
planta (cm)
MG320 71.111,11 2,37 132,00 B 262,11
DKB240 71.851,85 2,17 134,67 B 255,78
AS1656 72.592,59 2,12 159,89 A 265,89
DKB290 72.592,59 2,23 154,89 A 274,44
30F53 71.111,11 2,42 155,00 A 271,33
AS1666 72.592,59 2,18 135,44 B 262,89
AG9025 71.111,11 2,26 125,22 B 251,22
Média 71.851,85 2,25 142,44 263,38
Valor de P 0,2108ns
0,0528ns
0,0078* 0,1881ns
CV (%) 4,05 4,92 7,36 4,03
ns
: não significativo. *: significativo ao nível de 5% de probabilidade do erro (p<0.05). Médias seguidas por letra diferentes
na coluna, diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott a 5%.
Os híbridos de milho avaliados
apresentaram valores semelhantes de diâmetro
do colmo (2,25 cm) e altura final de planta
(263,38 cm), não sendo constados diferenças
estatísticas. Porém, para a altura de inserção da
espiga é observado que AS1656, DKB290 e
30F53 apresentam valores superiores aos
demais materiais avaliados (Tabela 1). Estudos
encontrados na literatura corroboram com os
resultados observados, enquanto outros
divergem, dependo do parâmetro considerado
(BATISTA et al., 2018; NEUMANN et al.,
2017; ARAÚJO et al. 2017; SILVA et al.,
2016; QUADROS et al., 2015).
As características morfológicas das
plantas de milho são definidas geneticamente,
entretanto as condições climáticas de
precipitação, temperatura, soma térmica e,
condições nutricionais, além de manejo
(densidade de plantas e distância entre
plantas), também são fatores que influenciam
estas propriedades. Neste sentido, imagina-se
que a diferença registrada para altura de
inserção de espiga, são proveniente de
características determinadas pelo genótipo de
cada material. Enquanto, para o diâmetro do
colmo e altura de plantas, além da influência
genética, imagina-se que estas características
estão mais relacionadas as condições
climáticas e de manejo, pois os materiais
estavam sujeitos as mesmas condições, e as
variáveis estudas não foram influenciadas,
apresentando valores semelhantes.
Na Tabela 2 são apresentadas as
variáveis referentes aos componentes de
rendimento dos híbridos de milho. Observa-se
que o híbrido MG320, destaca-se com maior
número de grãos por fileiras (39,40), seguidos
por DKB240, 30F53 e AG9025, com valores
médios de 36,87, 35,60 e 35,07 grãos por
fileiras, respectivamente. Já os materiais
AS1656, DKB290 e AS1666 diferenciaram-se
estatisticamente dos demais e, apresentaram
menor quantidade de grãos por fileira (33,67,
31,60 e 32,20) (Tabela 2).
Tabela 2. Componentes produtivos de diferentes híbridos de milho cultivados na safra 2017/18 em Dois Vizinhos –
Paraná
Híbrido
Número de
grãos por
fileira
Número de
fileiras por
espiga
Número de
grãos por
espiga
Massa de mil
grãos (g)
Produtividade
(kg ha-1
)
Produtividade
por planta (g)
MG320 39,40 A 14,53 B 572,16 379,78 B 10.495,33 147,59
DKB240 36,87 B 15,60 B 573,31 392,61 B 10.803,78 150,50
AS1656 33,67 C 17,33 A 583,92 481,92 A 12.359,25 170,25
DKB290 31,60 C 17,60 A 556,69 453,92 A 12.142,92 167,01
30F53 35,60 B 16,13 B 573,81 408,13 B 11.702,60 165,14
AS1666 32,20 C 15,60 B 502,69 515,25 A 10.742,85 148,21
AG9025 35,07 B 15,07 B 528,24 468,36 A 11.626,46 163,60
Média 34,91 15,98 555,83 442,85 11.410,46 158,90
Valor de P 0,0001* 0,0087* 0,0689ns
0,0031* 0,0903ns
0,0871ns
CV (%) 3,56 5,49 5,94 7,75 6,84 7,44
ns
: não significativo. *: significativo ao nível de 5% de probabilidade do erro (p<0.05). Médias seguidas por letra diferentes
na coluna, diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott a 5%.
Assim como para o número de grãos
por fileira, também foi observado diferença
estatística para a número de fileiras por espiga,
no qual AS1656 (17,33) e DKB290 (17,60)
proporcionaram valores superiores aos demais
híbridos (Tabela 2). Resultados corroboram
com outras pesquisas, nas quais também são
encontradas diferenças para ambas as
variáveis, em diferentes materiais de milho
(BATISTA et al. 2018, ARAÚJO et al., 2017).
Estas duas variáveis (fileiras de grãos
por espiga e grãos por fileira) são importantes,
pois elas determinam o número de grãos por
espiga, um importante componente de
rendimento da cultura do milho. Apesar das
alterações observadas em ambas as variáveis,
não foi constado diferença estatística
significativa para o número de grãos por
espiga, apresentando valores médios de 555,83
grãos (Tabela 2). Destaca-se que ocorreu uma
relação inversa quanto ao número de grãos por
fileira e fileiras por espiga, para os híbridos
AS1656 e DKB290 (menor quantidade de
grãos por fileira e maior quantidade de fileiras
por espiga) (Tabela 2). Tal evento, pode
explicar os valores semelhantes de grãos por
espiga, observados nos híbridos de milho
avaliados.
A massa de mil grãos também é um
importante componente de rendimento da
cultura do milho, pois ela, juntamente com o
número de grãos por espiga, influencia a
produtividade da cultura. No presente estudo,
foi constatado que os híbridos AS1656,
DKB290, AS1666 e AG9025 apresentaram
maiores valores de massa de mil grãos em
relação aos demais (Tabela 2). Resultados
corroboram com Batista et al. (2018) os quais
avaliaram 18 híbridos de milho cultivados em
safrinha, também no município de Dois
Vizinhos – PR, averiguaram que a massa de
mil grãos é diferente em função do material
utilizado.
De acordo com Magalhães et al.
(2002), existe constituição morfológica das
plantas e também de seus frutos, para
determinar o potencial de produção da cultura
do milho. Apesar de existir diferenças
morfológicas para a altura de inserção de
espiga e de frutos (grãos por fileira, fileiras por
espiga e massa de mil grãos), não foi observada
diferença estatística para a produtividade por
unidade de área (kg ha-1
) e produtividade por
planta (g), entre os híbridos avaliados, sendo
aferido produtividade média de 11.410 kg ha-1
,
e produtividade por planta de 158,9 g (Tabela
2). Resultados diferem dos observados por
Batista et al. (2018) e Batista et al. (2019), os
quais observaram que a produtividade de grãos
de milho é alterada em função do híbrido
cultivado.
Apesar de não diferir estatisticamente,
ressalta-se que os híbridos AS1656 e DKB290
produziram mais de 1.500 kg ha-1
de milho em
relação a outros materiais, o equivalente a 25
sacas ha-1
. Estes valores são consideráveis e
podem incrementar os lucros obtidos das
lavouras comerciais de milho para os
produtores. Destaca-se no presente estudo, o
fato de todos os híbridos avaliados serem
cultivados pelos produtores rurais na região de
realização do experimento, sendo ambos os
matérias indicados para o cultivo na região.
Este, possivelmente, foi o evento que
contribuiu para que não houvesse diferença
entre a produtividade de grãos entre os híbridos
de milho estudados.
Ainda, destaca-se a elevada
produtividade média obtida (11.410 kg ha-1
),
em relação a observada no estado do Paraná
(8.748 kg ha-1
) e a do Brasil (5.275 kg ha-1
)
(CONAB, 2019), no mesmo período.
Possivelmente, a elevada produtividade está
relacionada a boa fertilidade da área
experimental, adubação de base empregada,
aplicação de nitrogênio em cobertura e as
condições climáticas (precipitação (mm) e
temperatura (°C)) (Figura 1), as quais foram
favoráveis para o bom desenvolvimento e,
consequentemente para boa produtividade dos
híbridos.
Sendo assim, conclui-se que para as
condições de realização do estudo, os híbridos
de milho avaliados apresentam características
morfológicas de plantas (altura de inserção da
espiga) e componentes de rendimento (número
de grãos por fileira, número de fileiras por
espiga e massa de mil grãos) diferentes,
entretanto resultam em valores de rendimento
(produtividade (kg ha-1
) e produtividade por
planta (g)), semelhantes entre si.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, R.C.; NOVOTNY, E.H.;
PEREIRAFILHO, I.; SANTANA, D.P.;
PEREIRA, F.T.F.; HERNANI, L.C. Cultivo
do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e
Sorgo, 2010.
ALVARES, C.A.; STAPE, J.L.;
SENTELHAS, P.C.; MORAES, G.;
LEONARDO, J.; SPAROVEK, G. Köppen's
climate classification map for Brazil.
Meteorologische Zeitschrift, v.22, n.6, p.711-
728, 2013.
ARAÚJO, L.S.; SILVA, L.G.B.; SILVEIRA,
P.M.; RODRIGUES, F.; LIMA, M.L.P.;
CUNHA, P.C.R. Desempenho agronômico de
híbridos de milho na região sudeste de Goiás.
Revista Agro@mbiente On-line, v. 10, n. 4,
p. 334-341, 2017. DOI:
http://dx.doi.org/10.18227/19828470ragro.v1
0i4.3334
BATISTA, V.V.; LINK, L.; GIARETTA, R.;
SILVA, J.S.; ADAMI, P.F. Componentes de
rendimento e produtividade de híbridos de
milho cultivados em safrinha. Pesquisa
Aplicada & Agrotecnologia, Guarapuava-
PR, v.11, n.2, p.67-75, 2018. DOI:
10.5935/PAeT.V11.N2.07
BATISTA, V.V.; GIARETTA, R.; LINK, L.;
GIACOMEL, C.L.; ADAMI, P.F. Densidades
de plantas e níveis de nitrogênio no
desempenho de híbridos de milho em safrinha.
Revista Nativa, Sinop, v.7, n.2, p. 117-125,
2019. DOI:
http://dx.doi.org/10.31413/nativa.v7i2.6681
BHERING, S.B.; DOS SANTOS, H.G.;
BOGNOLA, I.A.; CÚRCIO, G.R.;
CARVALHO JUNIOR, W.D., CHAGAS,
C.D.S.; MANZATTO, C.V.; ÁGLIO, M.L.D.;
SILVA, J.D.S. Mapa de solos do Estado do
Paraná, legenda atualizada. In: Congresso
Brasileiro De Ciência Do Solo, 32., 2009,
Fortaleza. Anais... Fortaleza: UFC, 2009.
Companhia Nacional De Abastecimento –
CONAB. Acompanhamento Da Safra
Brasileira Grãos. Sétimo Levantamento - Safra
2018/19 v.6, n.7, 2019.
FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical
analysis system. Ciência e agrotecnologia,
v.35, n.6, p. 1039-1042, 2011.
GALVÃO, J.C.C.; MIRANDA, G.V.;
TROGELLO, E.; FRITSCHE-NETO, R. Sete
décadas de evolução do sistema produtivo da
cultura do milho. Revista Ceres, v. 61, n. 7,
2015.
MAGALHÃES, P.C.; Durães, F.O.M.;
Carneiro, N.P.; Palva, E. Fisiologia do milho.
CEP, v. 35701, p.970, 2002.
NEUMANN, M.; LEÃO, G.F.M.; COELHO,
M.G.; FIGUEIRA, D.N.; SPADA, C.A.;
PERUSSOLO, L.F. Aspectos produtivos,
nutricionais e bioeconômicos de híbridos de
milho para produção de silagem. Archivos de
Zootecnia, v. 66, n. 253, p. 51-57, 2017. DOI:
https://doi.org/10.21071/az.v66i253.2125
PEREIRA FILHO, I.A.; ALVARENGA, R.C.;
CRUZ, J. C. Fatores que interferem no
resultado do milho. Embrapa Milho e Sorgo-
Artigo. Campo e negocio, p.28-30, 2008.
QUADROS, P.D.; ROESCH, L.F.W.; SILVA,
P.R.F.; VIEIRA, V.M.; ROEHRS, D.D.;
CAMARGO, F.A.O. Desempenho
agronômico a campo de híbridos de milho
inoculados com Azospirillum. Revista Ceres,
v. 61, n. 2, 2015.
SILVA, A.G.; FRANCISCHINI, R.;
TEIXEIRA, I.R.; GOULART, M.M.P.
Aplicação de fungicida em híbridos de milho
na safra de verão na região Central do Brasil.
Revista Magistra, v.28, n. 3/4, p.379-389,
2016.
1
Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR), Pato Branco, PR.
2
Programa de Graduação em Agronomia,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR), Dois Vizinhos, PR.
cleversom_giacomel@hotmail.com
91

More Related Content

What's hot

Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...AcessoMacauba
 
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasCultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasRural Pecuária
 
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuária
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuáriaLeguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuária
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuáriaDaniel Staciarini Corrêa
 
Revista de engenharia agrícola artigo de cana
Revista de engenharia agrícola   artigo de canaRevista de engenharia agrícola   artigo de cana
Revista de engenharia agrícola artigo de canaEmlur
 
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.Costa, m.k.l cana_de_açúcar.
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.Mayanna Karllla
 
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...Brenda Bueno
 
Producao de arroz em mocambique
Producao de arroz em mocambiqueProducao de arroz em mocambique
Producao de arroz em mocambiqueUEM/Mozambique
 
Ipni + prod soja 16 143
Ipni + prod soja  16 143Ipni + prod soja  16 143
Ipni + prod soja 16 143Cézar Guerra
 
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...FAO
 
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno Rural Pecuária
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisGilberto Fugimoto
 
Adubação Verde em Sistemas Orgânicos
Adubação Verde em Sistemas OrgânicosAdubação Verde em Sistemas Orgânicos
Adubação Verde em Sistemas OrgânicosGilberto Fugimoto
 
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...AcessoMacauba
 
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011Edu Gonzaga
 
INTRODUÇÃO A COTONICULTURA
INTRODUÇÃO A COTONICULTURAINTRODUÇÃO A COTONICULTURA
INTRODUÇÃO A COTONICULTURAGeagra UFG
 
Conab boletim graos_fevereiro_2017
Conab boletim graos_fevereiro_2017Conab boletim graos_fevereiro_2017
Conab boletim graos_fevereiro_2017Weliton Araujo
 

What's hot (19)

07 simpósio araxá ppc 2
07 simpósio araxá   ppc 207 simpósio araxá   ppc 2
07 simpósio araxá ppc 2
 
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
 
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasCultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
 
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuária
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuáriaLeguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuária
Leguminosas nativas: o uso da biodiversidade do Cerrado na produção pecuária
 
Revista de engenharia agrícola artigo de cana
Revista de engenharia agrícola   artigo de canaRevista de engenharia agrícola   artigo de cana
Revista de engenharia agrícola artigo de cana
 
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.Costa, m.k.l cana_de_açúcar.
Costa, m.k.l cana_de_açúcar.
 
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...
Avaliação e seleção de cultivares de Capim Elefante (Pennisetum purpureun sch...
 
Producao de arroz em mocambique
Producao de arroz em mocambiqueProducao de arroz em mocambique
Producao de arroz em mocambique
 
Aula2005(2)
Aula2005(2)Aula2005(2)
Aula2005(2)
 
Ipni + prod soja 16 143
Ipni + prod soja  16 143Ipni + prod soja  16 143
Ipni + prod soja 16 143
 
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...
Projeto de Recuperação de Áreas de Produção e Pastagens Degradadas no Bioma A...
 
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno
Conservação de alimentos para bovinos- Produção de Feno
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
 
Agricultura de Precisão
Agricultura de PrecisãoAgricultura de Precisão
Agricultura de Precisão
 
Adubação Verde em Sistemas Orgânicos
Adubação Verde em Sistemas OrgânicosAdubação Verde em Sistemas Orgânicos
Adubação Verde em Sistemas Orgânicos
 
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...
Variabilidade genética e estimativa de parâmetros genéticos para caracteristi...
 
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011
Agricultura Prof Edu Gonzaga 2011
 
INTRODUÇÃO A COTONICULTURA
INTRODUÇÃO A COTONICULTURAINTRODUÇÃO A COTONICULTURA
INTRODUÇÃO A COTONICULTURA
 
Conab boletim graos_fevereiro_2017
Conab boletim graos_fevereiro_2017Conab boletim graos_fevereiro_2017
Conab boletim graos_fevereiro_2017
 

Similar to Produtividade de híbridos de milho

Experimento soja
Experimento sojaExperimento soja
Experimento sojaRogger Wins
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoarturbonilha mendes
 
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...WandercleysonSilva1
 
1. cana tese neivaldo
1. cana tese neivaldo1. cana tese neivaldo
1. cana tese neivaldomarcusdelbel
 
Artigobioterrav20n102 200420202123
Artigobioterrav20n102 200420202123Artigobioterrav20n102 200420202123
Artigobioterrav20n102 200420202123Gislayne Bitencourt
 
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...Ana Aguiar
 
Esterco no milho
Esterco no milhoEsterco no milho
Esterco no milhomvezzone
 
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porcoSergioAlvesSousa
 

Similar to Produtividade de híbridos de milho (20)

Experimento soja
Experimento sojaExperimento soja
Experimento soja
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
 
4987 27155-1-pb
4987 27155-1-pb4987 27155-1-pb
4987 27155-1-pb
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
 
Artigo
ArtigoArtigo
Artigo
 
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
 
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...
COBERTURA DO SOLO COM MATERIAL ORGÂNICO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO F...
 
1. cana tese neivaldo
1. cana tese neivaldo1. cana tese neivaldo
1. cana tese neivaldo
 
Artigobioterrav20n102 200420202123
Artigobioterrav20n102 200420202123Artigobioterrav20n102 200420202123
Artigobioterrav20n102 200420202123
 
Artigo bioterra v20_n1_02
Artigo bioterra v20_n1_02Artigo bioterra v20_n1_02
Artigo bioterra v20_n1_02
 
4 microbiota na soja
4 microbiota na soja4 microbiota na soja
4 microbiota na soja
 
Artigo bioterra v14_n1_04
Artigo bioterra v14_n1_04Artigo bioterra v14_n1_04
Artigo bioterra v14_n1_04
 
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
 
Adubação feijão
Adubação feijãoAdubação feijão
Adubação feijão
 
Esterco no milho
Esterco no milhoEsterco no milho
Esterco no milho
 
Artigo bioterra v15_n2_06
Artigo bioterra v15_n2_06Artigo bioterra v15_n2_06
Artigo bioterra v15_n2_06
 
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
 
Artigo 1
Artigo 1Artigo 1
Artigo 1
 
Qualidade de trigo
Qualidade de trigoQualidade de trigo
Qualidade de trigo
 
Circ 96 milho
Circ 96 milhoCirc 96 milho
Circ 96 milho
 

More from Universidade Federal de Sergipe - UFS

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 

More from Universidade Federal de Sergipe - UFS (20)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 

Produtividade de híbridos de milho

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019 PRODUTIVIDADE DE HÍBRIDOS DE MILHO CULTIVADOS NO PERÍODO SAFRA 2017/18 EM DOIS VIZINHOS - PARANÁ Vanderson Vieira Batista1 , Paulo Fernando Adami1,2 , Cleverson Luiz Giacomel2 , Amanda Cassu da Fonseca2 , Jordano Sandri da Silva2 e Douglas Camana2 RESUMO O estudo tem objetivo de avaliar características morfológicas de plantas e componentes de rendimento de grãos, de diferentes híbridos de milho, cultivados no período safra, em Dois Vizinhos – PR. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. Foram avaliados sete híbridos de milho: MG320, DKB240, AS1556, DKB290, 30F53, AS1666 e AG9025. Não foi observada diferença estatística para o estande final, apresentando valores médios de 71.851 plantas ha-1 . Quanto as características morfológicas, observou-se valores semelhantes de diâmetro de colmo (2,25 cm) e altura de planta (263 cm), entretanto DKB240, AS1656 e DKB290 exibiram os maiores valores de altura de inserção de espiga. Alguns componentes de rendimento (grãos por fileira, fileiras por espiga e massa de mil grãos), exibiram diferenças entre os híbridos estudados. Porém, o número de grãos por espiga, produtividade e produtividade por planta, apresentaram valores semelhantes. A produtividade média relatada foi de 11.410 kg ha-1 . Concluiu-se que os híbridos de milho avaliados apresentam características morfológicas de plantas (altura de inserção da espiga) e componentes de rendimento (número de grãos por fileira, número de fileiras por espiga e massa de mil grãos) diferentes, entretanto resultam em valores de rendimento, semelhantes entre si. Palavras-chave: altura de planta; massa de mil grãos; nitrogênio; Zea mays. PRODUCTIVITY OF CORN HYBRIDS CULTIVATED IN THE SAFRA 2017/18 PERIOD IN DOIS VIZINHOS - PARANÁ ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the morphological characteristics of plants and grain yield components of different corn hybrids grown in the harvest period in Dois Vizinhos - PR. The experiment was conducted in a randomized complete block design with three replicates. Seven corn hybrids were evaluated: MG20, DKB240, AS1556, DKB290, 30F53, AS1666 and AG9025. No statistical difference was observed for the final stand, presenting average values of 71,851 plants ha- 1 . Regarding the morphological characteristics, it was observed similar values of stem diameter (2.25 cm) and plant height (263 cm), however DKB240, AS1656 and DKB290 exhibited the highest values of ear insertion height. Some yield components (grains per row, rows per spike and mass of one thousand grains) showed differences among the studied hybrids. However, the number of grains per spike, productivity and productivity per plant presented similar values. The average productivity reported was 11,410 kg ha-1 . It was concluded that the maize hybrids evaluated presented plant morphological characteristics (ear insertion height) and yield components (number of grains per row, number of rows per spike and mass of a thousand grains), however they result in values of, similar to each other. Keywords: plant height; mass of a thousand grains; nitrogen; Zea mays. 85
  • 2. INTRODUÇÃO O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de milho (Zea mays) do mundo. Segundo dados da CONAB (2019), foram cultivados no Brasil, durante o período safra 2018/19 (primeira safra) uma área de 5.018,5 mil ha-1 de milho, produzindo um montante de 25.870,5 mil t de grãos. Dentre os estados produtores de milho no Brasil, o Paraná é um dos destaques, entretanto a produção de milho paranaense é concentrada em safrinha (segunda safra), sendo cultivados 357,7 mil ha- 1 de milho no período safra 2018/19, no qual foram produzidos 3.117,0 mil t de grãos (CONAB, 2019). Apesar da preferência do produtor rural paranaense em cultivar soja na safra e milho em safrinha, o milho apresenta-se como excelente alternativa de cultivo no período safra, pois se enquadra no sistema de rotação de culturas, quebrando ciclo de pragas, além de proporcionar rentabilidade ao produtor. No entanto, sabe-se que vários fatores podem influenciar as características morfológicas e os componentes de rendimento da cultura do milho, sendo a escolha do material a ser cultivado, um destes fatores. Segundo Cruz et al. (2010), a escolha do híbrido a ser cultivado deve ser criteriosa, pois representa um importante fator no cultivo. Também, Batista et al. (2018) relatam em suas pesquisas que a produtividade de grãos de milho em safrinha no estado do Paraná, pode reduzir em até 31,7%, em função do híbrido cultivado. Além disso, existe uma carência de estudos recentes na literatura que avaliam híbridos de milho para o cultivo em período safra, e Galvão et al. (2014) destacam que a produção de milho passou por uma grande transformação nos últimos anos, sendo que atualmente existe uma grande demanda de sementes híbridas no mercado, cabendo ao produtor a escolha do material a ser cultivado. Sendo assim, com base nesta contextualização, o estudo tem o objetivo de avaliar características morfológicas de plantas e componentes de rendimento de grãos de diferentes híbridos de milho, cultivados no período safra em Dois Vizinhos – PR. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi conduzido na Fazenda Experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus de Dois Vizinhos (UTFPR-DV), a qual apresenta altitude média 510 metros acima do nível do mar. O solo é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico (BHERING et al., 2009), o qual apresentou 56% argila, 32% silte e 11% areia, e componentes químicos na profundidade de 0- 20 cm de 3,45, 4,28, 0,9 e 0,91 cmolcdm-3 para H+Al, Ca, Mg e K respectivamente, P de 21,59 mgdm-3 , mátria orgânica de 45,30 mgdm-3 , pH 5,21 e saturação por base de 63,18%, em análise química na profundidade de 0 a 20 cm. O clima local é classificado com Cfa (ALVARES et al., 2013). Os dados de temperatura máxima e mínima, bem como a precipitação registradas durante a condução do experimento são representados na Figura 1. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. Foram avaliados sete híbridos de milho, os quais são cultivados por produtores locais: 1- MG320, 2 – DKB240, 3 – AS1556, 4 – DKB290, 5 – 30F53, 6 – AS1666 e 7 – AG9025. Os materiais foram inseridos em parcelas experimentais compostas por oito linhas de cultivo, espaçadas a 45 cm de distância, com 15 metros de comprimento cada. A área experimental foi cultivada com consorcio de nabo (Raphanus sativus L.) e aveia (Avena strigosa) durante o período de inverno, o qual proporcionou acúmulo de 2.984 kg ha-1 de massa seca. A cobertura de inverno foi dessecada 20 dias antes da semeadura, utilizando glifosato (1.080 g ha-1 de ingrediente ativo). A semeadura foi realizada em 02 de outubro de 2017, em sistema de plantio direto, com densidade de 75.000 sementes ha-1 . Adicionou-se no sulco de semeadura 350 kg ha-1 de adubo químico, com formulação 08-20-20 (N-P2O5-K2O). Também, foi aplicado nitrogênio em cobertura (ureia com 46% de N), 190 kg de N ha-1 , divididos em duas aplicações: 1 - quando o milho encontrava-se em estádio V4 e 2 – em estádio V7 do milho.
  • 3. Figura 1. Temperatura máxima e mínima (°C) e precipitação (mm) diárias registradas durante a condução da lavoura experimental com diferentes híbridos de milho Para o controle de prevejo (Dichelops melacanthus) foi aplicado inseticida imidacloprid + beta-cyfluthrin na dose de 1 L ha-1 , logo após a emergência do milho. Também, foi realizado o controle de plantas daninhas com aplicação de glyphosate (1,2 g a.i. ha-1 ) quando o milho estava em estádio V3. Quando todos os híbridos atingiram umidade de grãos abaixo de 20%, parâmetro considerado pelos produtores locais para a colheita do milho na região, iniciaram-se as avaliações. As avaliações, foram realizadas utilizado as plantas das duas linhas centrais de cada parcela, com dez metros linear de comprimento, cada unidade de avaliação (UA) com 9 m2 . Foi avaliado o estande final de plantas (plantas ha-1 ), contando o número de plantas presente nas UA e extrapolado para hectares. Como característica morfológica das plantas foi avaliado o diâmetro do colmo, altura inserção da espiga (cm) e altura final de planta (cm) em 10 dez plantas por UA, sendo considerado para a análise de dados o valor médio observado nas UA. Os valores de diâmetro do colmo foram obtidos entre o primeiro e segundo entrenó, realizada com auxílio de um paquímetro. As alturas de inserção de espiga e de planta foram obtidas com auxílio de uma fita métrica, considerando como altura de inserção da espiga a distância entre o nível do solo e o entrenó de inserção da espiga principal, e a distância entre o solo e o pendão, como altura de planta. Para a avaliação dos componentes de rendimento, foram coletadas dez espigas ao acaso por UA, sendo estas avaliadas quanto ao número de grãos por fileira e número de fileiras por espiga, em cada espiga. Calculou-se a média aritmética entre os valores observados para cada variável, em cada tratamento, sendo este valor utilizado para a análise de dados. Também, multiplicando o número de grãos presente em uma das fileiras da espiga e o número de fileiras por espiga, obteve-se o número de grãos por espiga. Ainda, foi determinada a produtividade de grãos (kg ha-1 ) dos híbridos, colhendo o restante das espigas presentes na UA, sendo todas as espigas debulhadas com auxílio de um debulhador de cereais, acoplado ao trator. A amostra de grãos obtida foi pesada, mensurada a umidade e calculada a produtividade da UA com umidade em 13%, sendo o valor extrapolado para quilos por hectare. Para a massa de mil grãos, mil grãos foram separados e pesados com balança de precisão, para determinar a massa de mil grãos (g) (umidade de grãos de 13%). Dividindo o valor da produtividade, pelo estande final de plantas, obteve-se a produtividade por planta (g).
  • 4. Os dados foram submetidos aos testes de homogeneidade e normalidade de Bartlett e Lilliefors. Atendendo os pressupostos, aplicou-se análise de variância e quando constado significância (p<0,05), aplicou-se teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade. A análise de dados foi realizada com auxílio do software Sisvar 5.6 (FERREIRA, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO O estande final de plantas de milho foi semelhante entre os híbridos avaliados, apresentando população média final de 71.851 plantas ha-1 (Tabela 1). Este resultado sugere que ambos os híbridos apresentaram estabelecimento e desenvolvimento de plantas semelhantes, não ocorrendo perda de estande para nenhum dos matérias, proporcionando maior confiabilidade nos resultados encontrados. De acordo com Pereira Filho et al. (2008), o estande de plantas é um dos principais componentes que interferem no rendimento produtivo da cultura do milho no Brasil. Batista et al. (2019) observaram em suas pesquisas com diferentes materiais de milho (2B587 e AG9030), que a produtividade do cereal é reduzida quando cultivado com baixas densidades (45.000 e 55.000 plantas ha- 1 ). Entretanto, em maiores densidade (65.000 e 75.000 plantas ha-1 ) a produtividade é superior, porém apresentam valores similares entre si (BATISTA et al. 2019), sugerindo que altas densidades populacionais também não devem ser empregadas no cultivo de milho, pois não ocorre incremento de produtividade. Tabela 1. Estande final e características morfológicas de plantas de diferentes híbridos de milho cultivados na safra 2017/18 em Dois Vizinhos – Paraná Híbrido Estande final de plantas (plantas ha-1 ) Diâmetro do colmo (cm) Altura de inserção da espiga (cm) Altura final de planta (cm) MG320 71.111,11 2,37 132,00 B 262,11 DKB240 71.851,85 2,17 134,67 B 255,78 AS1656 72.592,59 2,12 159,89 A 265,89 DKB290 72.592,59 2,23 154,89 A 274,44 30F53 71.111,11 2,42 155,00 A 271,33 AS1666 72.592,59 2,18 135,44 B 262,89 AG9025 71.111,11 2,26 125,22 B 251,22 Média 71.851,85 2,25 142,44 263,38 Valor de P 0,2108ns 0,0528ns 0,0078* 0,1881ns CV (%) 4,05 4,92 7,36 4,03 ns : não significativo. *: significativo ao nível de 5% de probabilidade do erro (p<0.05). Médias seguidas por letra diferentes na coluna, diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott a 5%. Os híbridos de milho avaliados apresentaram valores semelhantes de diâmetro do colmo (2,25 cm) e altura final de planta (263,38 cm), não sendo constados diferenças estatísticas. Porém, para a altura de inserção da espiga é observado que AS1656, DKB290 e 30F53 apresentam valores superiores aos demais materiais avaliados (Tabela 1). Estudos encontrados na literatura corroboram com os resultados observados, enquanto outros divergem, dependo do parâmetro considerado (BATISTA et al., 2018; NEUMANN et al., 2017; ARAÚJO et al. 2017; SILVA et al., 2016; QUADROS et al., 2015). As características morfológicas das plantas de milho são definidas geneticamente, entretanto as condições climáticas de precipitação, temperatura, soma térmica e, condições nutricionais, além de manejo (densidade de plantas e distância entre plantas), também são fatores que influenciam estas propriedades. Neste sentido, imagina-se que a diferença registrada para altura de inserção de espiga, são proveniente de características determinadas pelo genótipo de cada material. Enquanto, para o diâmetro do colmo e altura de plantas, além da influência genética, imagina-se que estas características estão mais relacionadas as condições
  • 5. climáticas e de manejo, pois os materiais estavam sujeitos as mesmas condições, e as variáveis estudas não foram influenciadas, apresentando valores semelhantes. Na Tabela 2 são apresentadas as variáveis referentes aos componentes de rendimento dos híbridos de milho. Observa-se que o híbrido MG320, destaca-se com maior número de grãos por fileiras (39,40), seguidos por DKB240, 30F53 e AG9025, com valores médios de 36,87, 35,60 e 35,07 grãos por fileiras, respectivamente. Já os materiais AS1656, DKB290 e AS1666 diferenciaram-se estatisticamente dos demais e, apresentaram menor quantidade de grãos por fileira (33,67, 31,60 e 32,20) (Tabela 2). Tabela 2. Componentes produtivos de diferentes híbridos de milho cultivados na safra 2017/18 em Dois Vizinhos – Paraná Híbrido Número de grãos por fileira Número de fileiras por espiga Número de grãos por espiga Massa de mil grãos (g) Produtividade (kg ha-1 ) Produtividade por planta (g) MG320 39,40 A 14,53 B 572,16 379,78 B 10.495,33 147,59 DKB240 36,87 B 15,60 B 573,31 392,61 B 10.803,78 150,50 AS1656 33,67 C 17,33 A 583,92 481,92 A 12.359,25 170,25 DKB290 31,60 C 17,60 A 556,69 453,92 A 12.142,92 167,01 30F53 35,60 B 16,13 B 573,81 408,13 B 11.702,60 165,14 AS1666 32,20 C 15,60 B 502,69 515,25 A 10.742,85 148,21 AG9025 35,07 B 15,07 B 528,24 468,36 A 11.626,46 163,60 Média 34,91 15,98 555,83 442,85 11.410,46 158,90 Valor de P 0,0001* 0,0087* 0,0689ns 0,0031* 0,0903ns 0,0871ns CV (%) 3,56 5,49 5,94 7,75 6,84 7,44 ns : não significativo. *: significativo ao nível de 5% de probabilidade do erro (p<0.05). Médias seguidas por letra diferentes na coluna, diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott a 5%. Assim como para o número de grãos por fileira, também foi observado diferença estatística para a número de fileiras por espiga, no qual AS1656 (17,33) e DKB290 (17,60) proporcionaram valores superiores aos demais híbridos (Tabela 2). Resultados corroboram com outras pesquisas, nas quais também são encontradas diferenças para ambas as variáveis, em diferentes materiais de milho (BATISTA et al. 2018, ARAÚJO et al., 2017). Estas duas variáveis (fileiras de grãos por espiga e grãos por fileira) são importantes, pois elas determinam o número de grãos por espiga, um importante componente de rendimento da cultura do milho. Apesar das alterações observadas em ambas as variáveis, não foi constado diferença estatística significativa para o número de grãos por espiga, apresentando valores médios de 555,83 grãos (Tabela 2). Destaca-se que ocorreu uma relação inversa quanto ao número de grãos por fileira e fileiras por espiga, para os híbridos AS1656 e DKB290 (menor quantidade de grãos por fileira e maior quantidade de fileiras por espiga) (Tabela 2). Tal evento, pode explicar os valores semelhantes de grãos por espiga, observados nos híbridos de milho avaliados. A massa de mil grãos também é um importante componente de rendimento da cultura do milho, pois ela, juntamente com o número de grãos por espiga, influencia a produtividade da cultura. No presente estudo, foi constatado que os híbridos AS1656, DKB290, AS1666 e AG9025 apresentaram maiores valores de massa de mil grãos em relação aos demais (Tabela 2). Resultados corroboram com Batista et al. (2018) os quais avaliaram 18 híbridos de milho cultivados em safrinha, também no município de Dois Vizinhos – PR, averiguaram que a massa de mil grãos é diferente em função do material utilizado. De acordo com Magalhães et al. (2002), existe constituição morfológica das plantas e também de seus frutos, para determinar o potencial de produção da cultura do milho. Apesar de existir diferenças
  • 6. morfológicas para a altura de inserção de espiga e de frutos (grãos por fileira, fileiras por espiga e massa de mil grãos), não foi observada diferença estatística para a produtividade por unidade de área (kg ha-1 ) e produtividade por planta (g), entre os híbridos avaliados, sendo aferido produtividade média de 11.410 kg ha-1 , e produtividade por planta de 158,9 g (Tabela 2). Resultados diferem dos observados por Batista et al. (2018) e Batista et al. (2019), os quais observaram que a produtividade de grãos de milho é alterada em função do híbrido cultivado. Apesar de não diferir estatisticamente, ressalta-se que os híbridos AS1656 e DKB290 produziram mais de 1.500 kg ha-1 de milho em relação a outros materiais, o equivalente a 25 sacas ha-1 . Estes valores são consideráveis e podem incrementar os lucros obtidos das lavouras comerciais de milho para os produtores. Destaca-se no presente estudo, o fato de todos os híbridos avaliados serem cultivados pelos produtores rurais na região de realização do experimento, sendo ambos os matérias indicados para o cultivo na região. Este, possivelmente, foi o evento que contribuiu para que não houvesse diferença entre a produtividade de grãos entre os híbridos de milho estudados. Ainda, destaca-se a elevada produtividade média obtida (11.410 kg ha-1 ), em relação a observada no estado do Paraná (8.748 kg ha-1 ) e a do Brasil (5.275 kg ha-1 ) (CONAB, 2019), no mesmo período. Possivelmente, a elevada produtividade está relacionada a boa fertilidade da área experimental, adubação de base empregada, aplicação de nitrogênio em cobertura e as condições climáticas (precipitação (mm) e temperatura (°C)) (Figura 1), as quais foram favoráveis para o bom desenvolvimento e, consequentemente para boa produtividade dos híbridos. Sendo assim, conclui-se que para as condições de realização do estudo, os híbridos de milho avaliados apresentam características morfológicas de plantas (altura de inserção da espiga) e componentes de rendimento (número de grãos por fileira, número de fileiras por espiga e massa de mil grãos) diferentes, entretanto resultam em valores de rendimento (produtividade (kg ha-1 ) e produtividade por planta (g)), semelhantes entre si. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, R.C.; NOVOTNY, E.H.; PEREIRAFILHO, I.; SANTANA, D.P.; PEREIRA, F.T.F.; HERNANI, L.C. Cultivo do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2010. ALVARES, C.A.; STAPE, J.L.; SENTELHAS, P.C.; MORAES, G.; LEONARDO, J.; SPAROVEK, G. Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v.22, n.6, p.711- 728, 2013. ARAÚJO, L.S.; SILVA, L.G.B.; SILVEIRA, P.M.; RODRIGUES, F.; LIMA, M.L.P.; CUNHA, P.C.R. Desempenho agronômico de híbridos de milho na região sudeste de Goiás. Revista Agro@mbiente On-line, v. 10, n. 4, p. 334-341, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.18227/19828470ragro.v1 0i4.3334 BATISTA, V.V.; LINK, L.; GIARETTA, R.; SILVA, J.S.; ADAMI, P.F. Componentes de rendimento e produtividade de híbridos de milho cultivados em safrinha. Pesquisa Aplicada & Agrotecnologia, Guarapuava- PR, v.11, n.2, p.67-75, 2018. DOI: 10.5935/PAeT.V11.N2.07 BATISTA, V.V.; GIARETTA, R.; LINK, L.; GIACOMEL, C.L.; ADAMI, P.F. Densidades de plantas e níveis de nitrogênio no desempenho de híbridos de milho em safrinha. Revista Nativa, Sinop, v.7, n.2, p. 117-125, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.31413/nativa.v7i2.6681 BHERING, S.B.; DOS SANTOS, H.G.; BOGNOLA, I.A.; CÚRCIO, G.R.; CARVALHO JUNIOR, W.D., CHAGAS, C.D.S.; MANZATTO, C.V.; ÁGLIO, M.L.D.; SILVA, J.D.S. Mapa de solos do Estado do Paraná, legenda atualizada. In: Congresso Brasileiro De Ciência Do Solo, 32., 2009, Fortaleza. Anais... Fortaleza: UFC, 2009.
  • 7. Companhia Nacional De Abastecimento – CONAB. Acompanhamento Da Safra Brasileira Grãos. Sétimo Levantamento - Safra 2018/19 v.6, n.7, 2019. FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e agrotecnologia, v.35, n.6, p. 1039-1042, 2011. GALVÃO, J.C.C.; MIRANDA, G.V.; TROGELLO, E.; FRITSCHE-NETO, R. Sete décadas de evolução do sistema produtivo da cultura do milho. Revista Ceres, v. 61, n. 7, 2015. MAGALHÃES, P.C.; Durães, F.O.M.; Carneiro, N.P.; Palva, E. Fisiologia do milho. CEP, v. 35701, p.970, 2002. NEUMANN, M.; LEÃO, G.F.M.; COELHO, M.G.; FIGUEIRA, D.N.; SPADA, C.A.; PERUSSOLO, L.F. Aspectos produtivos, nutricionais e bioeconômicos de híbridos de milho para produção de silagem. Archivos de Zootecnia, v. 66, n. 253, p. 51-57, 2017. DOI: https://doi.org/10.21071/az.v66i253.2125 PEREIRA FILHO, I.A.; ALVARENGA, R.C.; CRUZ, J. C. Fatores que interferem no resultado do milho. Embrapa Milho e Sorgo- Artigo. Campo e negocio, p.28-30, 2008. QUADROS, P.D.; ROESCH, L.F.W.; SILVA, P.R.F.; VIEIRA, V.M.; ROEHRS, D.D.; CAMARGO, F.A.O. Desempenho agronômico a campo de híbridos de milho inoculados com Azospirillum. Revista Ceres, v. 61, n. 2, 2015. SILVA, A.G.; FRANCISCHINI, R.; TEIXEIRA, I.R.; GOULART, M.M.P. Aplicação de fungicida em híbridos de milho na safra de verão na região Central do Brasil. Revista Magistra, v.28, n. 3/4, p.379-389, 2016. 1 Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pato Branco, PR. 2 Programa de Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, PR. cleversom_giacomel@hotmail.com 91