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CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
                    Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller
                                           AULA 01 | TPT/01 | Slide 1




CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO
  E DE LEITURAS BRASILEIRAS

  TURMA JOAQUIM NABUCO
CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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AULA 01/40                               TEORIA E PRODUÇÃO DE TEXTO 01/25


TÓPICOS ABORDADOS:

     Apresentação (turma e ações relevantes);
     Metodologia para fichamento e resenha;
     Noção de texto.


OBJETIVOS:

     Socializar os indivíduos do grupo;
     Esclarecer sobre atividades relativas à aula;
     Orientar a produção metodológica de técnicas de estudo;
     Introduzir o conhecimento linguístico do texto.
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APRESENTAÇÃO

                     Quando uma criatura humana desperta
              para um grande sonho e sobre ele lança toda a
     força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.
                                            Johann Goethe

                      Os diplomatas sabem o quanto há de
               construção linguística, de técnica retórica, de
          jogos de poder em cada trecho de um argumento.
                                                 Carlos Haag
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1. ONDE ESTAMOS?

 A Turma Joaquim Nabuco é composta por 20 alunos, que estão distribuídos em 12
 estados brasileiros e em 01 país estrangeiro (Japão).


                                           LOCALIZAÇÃO

     AM                                1     1
                                   1                                Salvador 2
     BA                                              2
     SP                        1

     PR                                                                     São José dos Campos 2
                       1
     DF                                                                     Bauru 1
     MS            1                                                        Carapicuíba 1
     SC                                                      4
     RS            1
     PE
     RJ
                                                                       Joinvile 1
     ES
                           2                                           Canoinhas 1
     PA
                                   1             3
     JAPÃO                             1
                                                                  Curitiba 2
                                                                  Londrina 1
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2. EM QUE NOS FORMAMOS?

  Os bacharéis em Direito totalizam 55% da Turma Joaquim Nabuco.



                                                      FORMAÇÃO ACADÊMICA

                                                       1
                                                  1
                                          1
                                                                                      Direito

                                      2                                               Comunicação
                                                                                      Relações Internacionais
                                                                                      Odontologia

                                                                        11            Letras
                                      2                                               Psicologia
                                                                                      Administração

                   Jornalismo 1               2
   Publicidade e Propaganda 1
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3. QUEM SOMOS?

   Ao contrário do que, normalmente, ocorre, o gênero masculino é maioria na Turma
   Joaquim Nabuco.


                                  Gênero social
                                                                      Diego Alfieri
                                                                   Douglas Martins
 Aline Paola Godoy                                                Emaxsuel Rodrigues
Ana Celina Dourado                                                    Eric Aquino
Gisele Juliane Silva                                                  Felipe Melo
      Isis Siben                                                    Flávio Mariani
  Karlas Rodrigues      9                                              Jair Chita
   Luciene Farias                                                    Jonatas Pabis
    Paloma Ryds                                   11               Henrique Rosseto
   Renata Ribeiro                                                    Moisés Cona
    Thais Fabrin                                                    Saulo Santana

                                                                   Masculino
                                                                   Feminino
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ATIVIDADE 1
Cursos a distância são qualificados sempre como impessoais. Isso é muito ruim, pois gera nos
alunos uma sensação de solidão, de falta de cooperação com colegas no processo de estudo.
Para tentarmos minimizar isso, proponho a seguinte atividade:

 Crie uma conta WordPress (www.wordpress.com), que servirá para o envio de trabalhos
para o BLOG LEITURAS BRASILEIRAS PARA O CACD 2013;

 Ao criar seu perfil, em “nome de exibição” indique seu nome e sobrenome;

 Em “Sobre você” elabore uma breve apresentação sobre você: sua formação, seu
trabalho, seus estudos para o CACD, suas experiências em relação à preparação etc.

 Não deixe de anexar uma foto e indicar seus contatos de e-mail e em redes sociais.
 PRAZO: 08/07.
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METODOLOGIA DE ESTUDO
FICHAMENTO E RESENHA
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                                                O ESTUDO

        O QUE É?     O estudo, na prática, se traduz pela conquista de uma mente:

                     CRÍTICA ...................................... OBJETIVA ...................................... RACIONAL


CRÍTICA: porque aperfeiçoa os julgamentos e desenvolve o discernimento entre o essencial
e o acidental; entre o prioritário e o secundário.


OBJETIVA: porque liberta a aprendizagem de toda posição subjetivista, evitando as meias-
soluções.

RACIONAL: porque evita preconceitos, emocionalidades, pré-julgamentos, lugares comuns
do pesquisador.
                                              FONTE: SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível na
                                              internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. Acesso em 12.04.2010.
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FICHAMENTO
O fichamento é um tipo de documentação de estudo, cujo objetivo é registrar o que
foi, efetivamente, compreendido do texto lido (ideias e argumentos). Antonio Joaquim
Severino (1991) indica três modalidades de fichamento:
MODALIDADE      CARACTERÍSTICAS
Bibliográfico   Fichamento por obra / apontamentos sobre texto específico (com
                identificação de contexto de leitura – Assunto/tema) / DEVE ser realizado
                após a leitura de cada texto indicado. Ex.:
                    ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.
                    RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O
                    romantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins
                    Fontes, 2004. p. 153-178.
Temático        Fichamento por temas / reunião de bibliografia temática diversificada
                (livros, revistas, aulas, palestras, observações de campo etc) / DEVE ser
                realizado ao final de cada módulo de estudos. Ex.: Aulas de 35 – 40:
                Módulo 7. Análise de Discurso Crítica.
Geral           Fichamento por grupos de material. Ex.: Seleção de recortes de
                jornal/revista sobre José de Alencar. (Irrelevante)
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ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO FICHAMENTO

A) ORIENTAÇÃO GERAIS (FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO E TEMÁTICO)

    1) Leia, analiticamente, o texto:
         a) Motive-se para a leitura do texto  Ele abrirá uma série de possibilidades
              cognitivas e analíticas;
         b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;
         c) Marque as margens com identificações de importância;
         d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor
              em relação à tese que ele está defendendo.

    2) Esquematize seu fichamento:
         a) Ficha ou A4;
         b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri;
         c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;
         d) Espaçamento: 1,15;
         e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);
         f) Extensão: variável, pois aceita esquemas.
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B) ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS PARA O FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO

    B1) Elementos obrigatórios

        a) Indicação completa da obra;
             ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.
             RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O romantismo
             e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153-178.

        b) Palavras-chave;
             Romantismo brasileiro; José de Alencar; ideia de nação; Indianismo.

        c) Indicação da tese defendida pelo autor e de sua linha argumentativa.
             Ricupero retoma as discussões centrais do período destacado, além de mostrar os
             principais embates ocorridos à época, tais como as disputas entre Vernhagen e
             Gonçalves de Magalhães, entre Gonçalves de Magalhães e José de Alencar e entre José
             de Alencar e Joaquim Nabuco. O que se evidencia é a tentativa do autor de desvendar o
             motivo de o tema ter sido escolhido, enfaticamente, pelos românticos brasileiros. O
             autor sugere que o indianismo seria uma forma de discutir posições sociais na sociedade
             brasileira do século XIX.
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         B2) Elementos facultativos

                 a) Principais trechos do texto que justificam a tese (citação em discurso direto1 do
                     que é importante);

                 b) Esquemas de leitura (gráficos, desenhos, mapas mentais);

                 c) Esquema por tópicos.




___________________________
1   A citação em discurso direto é marcada pelo uso de aspas.
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RESENHA
A resenha também é considerada um tipo de documentação de estudo, entretanto, sua
abordagem em relação ao objeto (texto resenhado) é bem mais refinada que a realizada que
no fichamento.
Estabelece-se, nessa modalidade de documentação de estudo, uma relação discursiva
intelectual entre o autor do texto e o da resenha, por isso, ela só é realizada em relação a
bibliografias. Além disso, não são aceitos esquemas ou tópicos na elaboração da resenha.
É tratada por alguns como resumo crítico, o que não deixa de ser
verdade, pois, introdutoriamente, é necessário resumir e contextualizar a obra resenhada.
Após a apresentação do percurso argumentativo desenvolvido pelo autor do texto, o autor
da resenha deve posicionar-se em relação à leitura realizada, indicando:
    a) Lacunas; imprecisões; distorções teóricas; generalizações; abordagens preliminares
       etc;
    b) Coerências; resoluções de problemas, eventualmente, propostos e não resolvidos
       por outros autores; aproximações teóricas etc;
    c) Posicionamento frente ao panorama geral do texto.
CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA RESENHA
A) ORIENTAÇÃO GERAIS

    1) Leia, analiticamente, o texto:
         a) Motive-se para a leitura do texto  Ele abrirá uma série de possibilidades
              cognitivas e analíticas;
         b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;
         c) Marque as margens com identificações de importância (já dialogando com o
              texto);
         d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor
              em relação à tese que ele está defendendo, tentando encontrar os elementos
              indicados no slide anterior.

    2) Esquematize seu fichamento:
         a) Ficha ou A4;
         b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri;
         c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;
         d) Espaçamento: 1,5;
         e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);
         f) Extensão: no máximo, duas laudas.
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ATIVIDADE 2
Recomenda-se a leitura do seguinte texto:

    SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade.
    Disponível na internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. p. 1-28.

O texto contém muitas informações interessantes sobre as qualidades do bom estudante.
Embora o autor se dirija a universitários, suas dicas são importantes para qualquer
estudante que precisa dedicar-se a um volume grande de matérias. Ah, a linguagem é
muito acessível, bem diferente dos manuais de metodologia.
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NOÇÃO DE TEXTO
   O QUE É TEXTO?
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Problemas de definição do conceito de texto
A palavra TEXTO tem, por natureza, um conceito polissêmico, o que gera imprecisão na
delimitação clara desse elemento. Cada área da Linguística — como a Linguística Textual, a
Linguística Enunciativa, a Linguística Cognitiva, a Linguística Crítica (Análise de Discurso
Crítica), a Linguística Pragmática, a Sociolinguística — que tem o TEXTO como objeto
disciplinar desenvolveu um conceito para ele. Até mesmo os dicionários são inespecíficos em
relação a um conceito base. Observemos o que diz o Dicionário de Linguagens e Linguística
(2008, p. 291):

     “Os linguistas utilizaram por muito tempo a palavra texto muito informalmente para
     denotar qualquer trecho de língua em que, por acaso, estivessem circunstancialmente
     interessados. Contudo, especialmente a partir da década de 1960, a noção de texto
     ganhou status teórico em vários domínios, e a análise de textos é hoje considerada um
     dos principais objetivos da investigação linguística. Porém, a concepção do que constitui
     um texto não é a mesma em toda parte.”
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Uma tentativa de explicação combinada: etimologia e gramatica
O vocábulo TEXTO deriva do latim textus, que significa tecido, trama, encadeamento. Em
termos, basicamente, linguísticos, texto seria o conjunto total do encadeamento de signos
linguísticos, desde que observada sua relação sintagmática e paradigmática.

                      artigo + substantivo


                       O homem se barbeia todas as manhãs.
                           Sintagma
                           nominal
                                                                                            Eixo sintagmático
                                                                                                (relações
                       O     bebê        se barbeia todas as manhãs.                        morfossintáticas
                                                                                            entre sintagmas)




                                                                          
                                              Eixo paradigmático
                                             (relações semânticas                  Explicação correta,
                                               entre sintagmas)
                                                                                       porém parcial.
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Antes de sanarmos a parcialidade da explicação anterior, vejamos mais alguns conceitos:


O TEXTO como corpus ou produto
O Dicionário de Semiótica (2008, p. 503) chama a atenção para uma conceituação muito
parcial, porém comum, de TEXTO:
    “Por vezes, emprega-se o termo em sentido restrito: isso se dá quando a natureza do
    objeto escolhido (a obra de um escritor [...]) marca-lhe os limites: nesse sentido, texto se
    torna sinônimo de corpus.”
Um dos grande autores de Linguística Textual, Jean Michel Adam, também parcializa, em
alguns momentos, a visão de texto como produto. Segundo ele (Apud Marcuschi, 2008, p.
83), o texto é um
    “objeto concreto, material e empírico resultante de um ato de
     enunciação”.

Dessa forma, qualquer conjunto de ícones ou sons poderia ser
considerado texto.
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O TEXTO como um processo automático
É bastante comum e correta a conceituação de TEXTO como um processo, porém, conforme
vermos com bastante profundidade nas próximas aulas, tal processo não pode ser
considerado autônomo. Teun Van Dijk (Apud Guimarães, 2009, p. 12), um dos maiores
nomes da Análise do Discurso, afirma que:

    [O texto é]“um processo que se perfaz numa totalidade integrada por uma unidade
    temática, um formato e uma significação. Tal totalidade é alcançada mediante a
    relação entre seus constituintes e seu contexto de produção”.

A chave de tal conceito está em duas ideias: de significação e de contexto.
Entretanto, considerar como autônomo o processo de produção que tem como
base, fundamentalmente, a significação de um determinado produto (formato de
materialização [oral ou escrito] e formato de gênero) em relação ao seu contexto (Qual



                                                              
contexto? De produção?) é, no mínimo, imprecisa.
                                                                       Explicação correta,
                                                                           porém parcial.
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Afinal, o que TEXTO?
Vejamos algumas definições bastante esclarecedoras:

    “Um texto não existe, como tal, a menos que alguém o processe como tal”.
    (Beaugrande Apud Marcushi, 2008, p. 89.)


    “O texto só se realiza com o leitor/ouvinte”.
    (Ingedore Villaça G. Koch , em vários livros]


    O texto é “uma unidade processual, uma unidade semântica, um evento”, “que ocorre
    na forma da linguagem inserida em contextos comunicativos” e que, por ser
    interativo, “não se dá como um artefato monológico e solitário, sendo sempre um
    processo de co-produção”.
    (Marcuschi, 2008, p. 72, 76, 80, adaptado)
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CONCLUSÃO

A partir de agora, para nós, o TEXTO deve ser considerado como uma unidade linguística

empírica que, PARA EXISTIR, DEPENDE, FUNDAMENTALMENTE, DA CONSTRUÇÃO DE

SENTIDOS NEGOCIADA ENTRE AUTOR E LEITOR, descaracterizando a automaticidade do

processo. Sem CONSTRUÇÃO (ou formação) DE SENTIDOS não há TEXTO, mas um conjunto

iconográfico ou fonográfico com potencialidade textual.


A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS leva em consideração uma série de elementos de natureza
linguística (basicamente, sintaxe e semântica) e não linguística ou extraverbal (contexto
sociocognitivo de enunciação = contextos de produção e de recepção, posição
social/intelectual dos sujeitos, objetivos da interação social etc).
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Resumo desta aula e relação com a próxima:




TEXTO = SENTIDO = TEXTUALIDADE



                                     LEMBRE-SE: a próxima aula será em 14/07.
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ATIVIDADE 3
Leia:

“MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
ed. Parábola, 2008. p. 71 – 72.


ATIVIDADE 4
Assista:

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita.

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew&feature=plcp&list=PLF90315C1C9CF4FAE
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-9bbcw&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE
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Bibliografia citada:
GREIMAS, A. J.; COUTRTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo:
Ed. Contexto, 2008. p. 503.

GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo:
Contexto, 2003.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
ed. Parábola, 2008. p. 71 – 83.

TRASK, R. L. Dicionário de Linguagens e Linguística. Trad. Rodolfo Ilari. 2. ed. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008. p. 291.

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Curso de Produção de Texto e Leituras Brasileiras para o CACD 2013 - Profa. Vivian Müller - AULA 1

  • 1. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 1 CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS TURMA JOAQUIM NABUCO
  • 2. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 2 AULA 01/40 TEORIA E PRODUÇÃO DE TEXTO 01/25 TÓPICOS ABORDADOS:  Apresentação (turma e ações relevantes);  Metodologia para fichamento e resenha;  Noção de texto. OBJETIVOS:  Socializar os indivíduos do grupo;  Esclarecer sobre atividades relativas à aula;  Orientar a produção metodológica de técnicas de estudo;  Introduzir o conhecimento linguístico do texto.
  • 3. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 3 APRESENTAÇÃO Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor. Johann Goethe Os diplomatas sabem o quanto há de construção linguística, de técnica retórica, de jogos de poder em cada trecho de um argumento. Carlos Haag
  • 4. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 4 1. ONDE ESTAMOS? A Turma Joaquim Nabuco é composta por 20 alunos, que estão distribuídos em 12 estados brasileiros e em 01 país estrangeiro (Japão). LOCALIZAÇÃO AM 1 1 1 Salvador 2 BA 2 SP 1 PR São José dos Campos 2 1 DF Bauru 1 MS 1 Carapicuíba 1 SC 4 RS 1 PE RJ Joinvile 1 ES 2 Canoinhas 1 PA 1 3 JAPÃO 1 Curitiba 2 Londrina 1
  • 5. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 5 2. EM QUE NOS FORMAMOS? Os bacharéis em Direito totalizam 55% da Turma Joaquim Nabuco. FORMAÇÃO ACADÊMICA 1 1 1 Direito 2 Comunicação Relações Internacionais Odontologia 11 Letras 2 Psicologia Administração Jornalismo 1 2 Publicidade e Propaganda 1
  • 6. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 6 3. QUEM SOMOS? Ao contrário do que, normalmente, ocorre, o gênero masculino é maioria na Turma Joaquim Nabuco. Gênero social Diego Alfieri Douglas Martins Aline Paola Godoy Emaxsuel Rodrigues Ana Celina Dourado Eric Aquino Gisele Juliane Silva Felipe Melo Isis Siben Flávio Mariani Karlas Rodrigues 9 Jair Chita Luciene Farias Jonatas Pabis Paloma Ryds 11 Henrique Rosseto Renata Ribeiro Moisés Cona Thais Fabrin Saulo Santana Masculino Feminino
  • 7. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 7 ATIVIDADE 1 Cursos a distância são qualificados sempre como impessoais. Isso é muito ruim, pois gera nos alunos uma sensação de solidão, de falta de cooperação com colegas no processo de estudo. Para tentarmos minimizar isso, proponho a seguinte atividade:  Crie uma conta WordPress (www.wordpress.com), que servirá para o envio de trabalhos para o BLOG LEITURAS BRASILEIRAS PARA O CACD 2013;  Ao criar seu perfil, em “nome de exibição” indique seu nome e sobrenome;  Em “Sobre você” elabore uma breve apresentação sobre você: sua formação, seu trabalho, seus estudos para o CACD, suas experiências em relação à preparação etc.  Não deixe de anexar uma foto e indicar seus contatos de e-mail e em redes sociais.  PRAZO: 08/07.
  • 8. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 8 METODOLOGIA DE ESTUDO FICHAMENTO E RESENHA
  • 9. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 9 O ESTUDO O QUE É? O estudo, na prática, se traduz pela conquista de uma mente: CRÍTICA ...................................... OBJETIVA ...................................... RACIONAL CRÍTICA: porque aperfeiçoa os julgamentos e desenvolve o discernimento entre o essencial e o acidental; entre o prioritário e o secundário. OBJETIVA: porque liberta a aprendizagem de toda posição subjetivista, evitando as meias- soluções. RACIONAL: porque evita preconceitos, emocionalidades, pré-julgamentos, lugares comuns do pesquisador. FONTE: SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível na internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. Acesso em 12.04.2010.
  • 10. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 10 FICHAMENTO O fichamento é um tipo de documentação de estudo, cujo objetivo é registrar o que foi, efetivamente, compreendido do texto lido (ideias e argumentos). Antonio Joaquim Severino (1991) indica três modalidades de fichamento: MODALIDADE CARACTERÍSTICAS Bibliográfico Fichamento por obra / apontamentos sobre texto específico (com identificação de contexto de leitura – Assunto/tema) / DEVE ser realizado após a leitura de cada texto indicado. Ex.: ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar. RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O romantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153-178. Temático Fichamento por temas / reunião de bibliografia temática diversificada (livros, revistas, aulas, palestras, observações de campo etc) / DEVE ser realizado ao final de cada módulo de estudos. Ex.: Aulas de 35 – 40: Módulo 7. Análise de Discurso Crítica. Geral Fichamento por grupos de material. Ex.: Seleção de recortes de jornal/revista sobre José de Alencar. (Irrelevante)
  • 11. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 11 ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO FICHAMENTO A) ORIENTAÇÃO GERAIS (FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO E TEMÁTICO) 1) Leia, analiticamente, o texto: a) Motive-se para a leitura do texto  Ele abrirá uma série de possibilidades cognitivas e analíticas; b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes; c) Marque as margens com identificações de importância; d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor em relação à tese que ele está defendendo. 2) Esquematize seu fichamento: a) Ficha ou A4; b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri; c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14; d) Espaçamento: 1,15; e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior); f) Extensão: variável, pois aceita esquemas.
  • 12. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 12 B) ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS PARA O FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO B1) Elementos obrigatórios a) Indicação completa da obra; ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar. RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O romantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153-178. b) Palavras-chave; Romantismo brasileiro; José de Alencar; ideia de nação; Indianismo. c) Indicação da tese defendida pelo autor e de sua linha argumentativa. Ricupero retoma as discussões centrais do período destacado, além de mostrar os principais embates ocorridos à época, tais como as disputas entre Vernhagen e Gonçalves de Magalhães, entre Gonçalves de Magalhães e José de Alencar e entre José de Alencar e Joaquim Nabuco. O que se evidencia é a tentativa do autor de desvendar o motivo de o tema ter sido escolhido, enfaticamente, pelos românticos brasileiros. O autor sugere que o indianismo seria uma forma de discutir posições sociais na sociedade brasileira do século XIX.
  • 13. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 13 B2) Elementos facultativos a) Principais trechos do texto que justificam a tese (citação em discurso direto1 do que é importante); b) Esquemas de leitura (gráficos, desenhos, mapas mentais); c) Esquema por tópicos. ___________________________ 1 A citação em discurso direto é marcada pelo uso de aspas.
  • 14. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 14 RESENHA A resenha também é considerada um tipo de documentação de estudo, entretanto, sua abordagem em relação ao objeto (texto resenhado) é bem mais refinada que a realizada que no fichamento. Estabelece-se, nessa modalidade de documentação de estudo, uma relação discursiva intelectual entre o autor do texto e o da resenha, por isso, ela só é realizada em relação a bibliografias. Além disso, não são aceitos esquemas ou tópicos na elaboração da resenha. É tratada por alguns como resumo crítico, o que não deixa de ser verdade, pois, introdutoriamente, é necessário resumir e contextualizar a obra resenhada. Após a apresentação do percurso argumentativo desenvolvido pelo autor do texto, o autor da resenha deve posicionar-se em relação à leitura realizada, indicando: a) Lacunas; imprecisões; distorções teóricas; generalizações; abordagens preliminares etc; b) Coerências; resoluções de problemas, eventualmente, propostos e não resolvidos por outros autores; aproximações teóricas etc; c) Posicionamento frente ao panorama geral do texto.
  • 15. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 15 ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA RESENHA A) ORIENTAÇÃO GERAIS 1) Leia, analiticamente, o texto: a) Motive-se para a leitura do texto  Ele abrirá uma série de possibilidades cognitivas e analíticas; b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes; c) Marque as margens com identificações de importância (já dialogando com o texto); d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor em relação à tese que ele está defendendo, tentando encontrar os elementos indicados no slide anterior. 2) Esquematize seu fichamento: a) Ficha ou A4; b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri; c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14; d) Espaçamento: 1,5; e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior); f) Extensão: no máximo, duas laudas.
  • 16. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 16 ATIVIDADE 2 Recomenda-se a leitura do seguinte texto: SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível na internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. p. 1-28. O texto contém muitas informações interessantes sobre as qualidades do bom estudante. Embora o autor se dirija a universitários, suas dicas são importantes para qualquer estudante que precisa dedicar-se a um volume grande de matérias. Ah, a linguagem é muito acessível, bem diferente dos manuais de metodologia.
  • 17. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 17 NOÇÃO DE TEXTO O QUE É TEXTO?
  • 18. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 18 Problemas de definição do conceito de texto A palavra TEXTO tem, por natureza, um conceito polissêmico, o que gera imprecisão na delimitação clara desse elemento. Cada área da Linguística — como a Linguística Textual, a Linguística Enunciativa, a Linguística Cognitiva, a Linguística Crítica (Análise de Discurso Crítica), a Linguística Pragmática, a Sociolinguística — que tem o TEXTO como objeto disciplinar desenvolveu um conceito para ele. Até mesmo os dicionários são inespecíficos em relação a um conceito base. Observemos o que diz o Dicionário de Linguagens e Linguística (2008, p. 291): “Os linguistas utilizaram por muito tempo a palavra texto muito informalmente para denotar qualquer trecho de língua em que, por acaso, estivessem circunstancialmente interessados. Contudo, especialmente a partir da década de 1960, a noção de texto ganhou status teórico em vários domínios, e a análise de textos é hoje considerada um dos principais objetivos da investigação linguística. Porém, a concepção do que constitui um texto não é a mesma em toda parte.”
  • 19. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 19 Uma tentativa de explicação combinada: etimologia e gramatica O vocábulo TEXTO deriva do latim textus, que significa tecido, trama, encadeamento. Em termos, basicamente, linguísticos, texto seria o conjunto total do encadeamento de signos linguísticos, desde que observada sua relação sintagmática e paradigmática. artigo + substantivo O homem se barbeia todas as manhãs. Sintagma nominal Eixo sintagmático (relações O bebê se barbeia todas as manhãs. morfossintáticas entre sintagmas)  Eixo paradigmático (relações semânticas Explicação correta, entre sintagmas) porém parcial.
  • 20. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 20 Antes de sanarmos a parcialidade da explicação anterior, vejamos mais alguns conceitos: O TEXTO como corpus ou produto O Dicionário de Semiótica (2008, p. 503) chama a atenção para uma conceituação muito parcial, porém comum, de TEXTO: “Por vezes, emprega-se o termo em sentido restrito: isso se dá quando a natureza do objeto escolhido (a obra de um escritor [...]) marca-lhe os limites: nesse sentido, texto se torna sinônimo de corpus.” Um dos grande autores de Linguística Textual, Jean Michel Adam, também parcializa, em alguns momentos, a visão de texto como produto. Segundo ele (Apud Marcuschi, 2008, p. 83), o texto é um “objeto concreto, material e empírico resultante de um ato de enunciação”. Dessa forma, qualquer conjunto de ícones ou sons poderia ser considerado texto.
  • 21. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 21 O TEXTO como um processo automático É bastante comum e correta a conceituação de TEXTO como um processo, porém, conforme vermos com bastante profundidade nas próximas aulas, tal processo não pode ser considerado autônomo. Teun Van Dijk (Apud Guimarães, 2009, p. 12), um dos maiores nomes da Análise do Discurso, afirma que: [O texto é]“um processo que se perfaz numa totalidade integrada por uma unidade temática, um formato e uma significação. Tal totalidade é alcançada mediante a relação entre seus constituintes e seu contexto de produção”. A chave de tal conceito está em duas ideias: de significação e de contexto. Entretanto, considerar como autônomo o processo de produção que tem como base, fundamentalmente, a significação de um determinado produto (formato de materialização [oral ou escrito] e formato de gênero) em relação ao seu contexto (Qual  contexto? De produção?) é, no mínimo, imprecisa. Explicação correta, porém parcial.
  • 22. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 22 Afinal, o que TEXTO? Vejamos algumas definições bastante esclarecedoras: “Um texto não existe, como tal, a menos que alguém o processe como tal”. (Beaugrande Apud Marcushi, 2008, p. 89.) “O texto só se realiza com o leitor/ouvinte”. (Ingedore Villaça G. Koch , em vários livros] O texto é “uma unidade processual, uma unidade semântica, um evento”, “que ocorre na forma da linguagem inserida em contextos comunicativos” e que, por ser interativo, “não se dá como um artefato monológico e solitário, sendo sempre um processo de co-produção”. (Marcuschi, 2008, p. 72, 76, 80, adaptado)
  • 23. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 23 CONCLUSÃO A partir de agora, para nós, o TEXTO deve ser considerado como uma unidade linguística empírica que, PARA EXISTIR, DEPENDE, FUNDAMENTALMENTE, DA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NEGOCIADA ENTRE AUTOR E LEITOR, descaracterizando a automaticidade do processo. Sem CONSTRUÇÃO (ou formação) DE SENTIDOS não há TEXTO, mas um conjunto iconográfico ou fonográfico com potencialidade textual. A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS leva em consideração uma série de elementos de natureza linguística (basicamente, sintaxe e semântica) e não linguística ou extraverbal (contexto sociocognitivo de enunciação = contextos de produção e de recepção, posição social/intelectual dos sujeitos, objetivos da interação social etc).
  • 24. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 24 Resumo desta aula e relação com a próxima: TEXTO = SENTIDO = TEXTUALIDADE LEMBRE-SE: a próxima aula será em 14/07.
  • 25. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 25 ATIVIDADE 3 Leia: “MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: ed. Parábola, 2008. p. 71 – 72. ATIVIDADE 4 Assista: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita. Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew&feature=plcp&list=PLF90315C1C9CF4FAE Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-9bbcw&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE
  • 26. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 26 Bibliografia citada: GREIMAS, A. J.; COUTRTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Ed. Contexto, 2008. p. 503. GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: ed. Parábola, 2008. p. 71 – 83. TRASK, R. L. Dicionário de Linguagens e Linguística. Trad. Rodolfo Ilari. 2. ed. São Paulo: Ed. Contexto, 2008. p. 291.