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Promovendo a Entrada
em Tropas
Promovendo a Entrada
em Tropas
Uma declaração e uma compilação preparada pelo
Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça

Outubro 1993

Editora Bahá’í do Brasil
Título original em inglês:
Promoting Entry by Troops

Copyright © 1995

Editora Bahá’í do Brasil
R. Côn. Eugênio Leite 350
05414-010 São Paulo, SP

Segundaedição: 1995
Primeira edição: 2000
99 98 97 96 95

12

Impresso no Brasil

ISBN: 85-320-0040-1
Tradução: Rolf von Czekus
Revisão: Osmar Mendes

No. 400. Composto em
Times Roman 12/14,4
e 11/13,2

Impressão: R. Vieira Gráfica
e Editora Ltda. – Campinas, SP
Índice
Prefácio
– Carta da Casa Universal de Justiça

vii

Promovendo a Entrada em Tropas
– uma Declaração

1

Promovendo a Entrada em Tropas
– uma Compilação
Referências

19

63
vi
Tradução

A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í

9 de novembro de 1993
A todas as Assembléias Espirituais Nacionais
Bem-amados Amigos,
Na mensagem enviada no último Ridván, chamamos a atenção
do mundo bahá’í quanto à necessidade crucial de uma expansão
maciça da comunidade bahá’í nos anos imediatamente à frente.
A crescente receptividade dos povos do mundo à Mensagem de
Bahá’u’lláh reforça nossa convicção de que a entrada em tropas
tornar-se-á, em breve, um padrão estabelecido para o crescimento
da Fé de país em país.
Para ajudar as Assembléias Espirituais Nacionais e todos os
amigos a entender, acolher com alegria, iniciar e manter este
processo, estamos anexando uma compilação intitulada
“Promovendo a Entrada em Tropas”, e uma declaração de
apresentação preparada pelo Departamento de Pesquisa. Quem
quer que estude essas passagens iluminadoras perceberá que a
entrada em tropas não é meramente um estágio do progresso da
Causa destinado a ocorrer em seu próprio tempo, dependente de
receptividade da população como um todo – é um fenômeno para
o qual as comunidades bahá’ís, através de suas próprias atividades,
podem se preparar e ajudar a que aconteça. É também um processo
que, uma vez iniciado, pode ser mantido. Através de uma sábia
alocação de recursos e indo energicamente ao encalço de planos
simultâneos de expansão, aprofundamento e consolidação, o
processo de entrada em tropas deve produzir um suprimento
rapidamente crescente de crentes ativos, de comunidades locais
solidamente estabelecidas e instituições bahá’ís locais e nacionais
em firme desenvolvimento.
vii
O mundo bahá’í precisa fomentar uma clareza de visão unificada
para a expansão da Causa e todos os seus órgãos, e um campo
bem amplo de atividades apropriadas às diferentes condições,
tanto da população em geral, como dos bahá’ís individualmente.
Portanto, conclamamos os amigos, e especialmente as
Assembléias, para estudarem esta compilação, entenderem a
coerência de suas afirmativas, e utilizarem seus conselhos para
dar um ímpeto renovado à difusão da Fé e ao estabelecimento
das instituições da Causa de Deus.
Acima de tudo, em cada aspecto do ensino da Mensagem, os
amigos devem confiar no poder regenerativo da Palavra de Deus,
buscar força nas hostes da assistência divina, e antecipar as
bênçãos que continuamente serão derramadas sobre eles. Construir
um novo mundo não é uma tarefa fácil. O caminho é pedregoso e
cheio de obstáculos, mas a jornada é infinitamente compensadora.
É nossa fervorosa oração junto ao Limiar Sagrado que os
amigos em todo o mundo, com seus corações plenos de amor a
Bahá’u’lláh, levantar-se-ão para ensinar Sua Mensagem às multidões sedentas, e acolherão em Sua Causa, com alegria, todos
aqueles cujos espíritos respondam ao Chamado Divino e que se
sintam movidos a compartilhar da sorte dos construtores do Reino
de Deus nesta terra.
Estamos confiantes que, guiados e assistidos pelos Conselheiros e seus auxiliares, vocês serão confirmados em seus
esforços para dirigir as energias dos amigos no sentido deste
momentoso empreendimento.
Com amorosas saudações bahá’ís,

!"#$%$"&'()*+%$,"-*"./%0(1$
Anexos
cc: As Mãos da Causa de Deus
Centro Internacional de Ensino
Conselheiros
Promovendo a Entrada em Tropas
Uma Declaração
Promovendo a Entrada em Tropas
Uma declaração preparada pelo Departamento de Pesquisa
da Casa Universal de Justiça
Outubro de 1993

A VISÃO DE SHOGHI EFFENDI do desenvolvimento orgânico
da Fé molda nossa percepção das gloriosas possibilidades
futuras no campo de ensino. Em uma carta dirigida aos crentes
americanos em 1953, onde ele destaca a necessidade da
distribuição estratégica de pioneiros, o amado Guardião afirma
que um “fluxo constante de reforços”
prognosticará e apressará o advento do dia que, como
profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará a entrada em
tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í
– um dia que, visto em sua perspectiva apropriada, será o
prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma
conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças,
e como um resultado direto de uma cadeia de eventos,
momentosos e possivelmente de natureza catastrófica..
subitamente … revolucionará a sorte da Fé, transtornará o
equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força
numérica, assim como o poder material e a autoridade
espiritual da Fé de Bahá’u’lláh.1

Escrevendo em sua mensagem do Ridván de 1990, a Casa
.
Universal de Justiça conecta os “crescentes exemplos de entrada
em tropas”, em diferentes partes do mundo, aos estágios de
desenvolvimento descritos por Shoghi Effendi. Também
determina nosso lugar neste histórico processo e desafia os
1
crentes à ação. Atesta a Casa Universal de Justiça:
Tudo nos encoraja a crer que os ingressos em larga escala
irão expandir-se, envolvendo vila após vila, cidade após
cidade, de um país para outro. Contudo, não nos cabe esperar
passivamente pelo cumprimento final da visão de Shoghi
Effendi. Nós, poucos que somos, colocando nossa inteira
confiança na providência de Deus e considerando como um
privilégio divino os desafios com que nos defrontamos,
devemos avançar para a vitória com os planos em mão.2

Para ajudar os amigos a aprimorar seu entendimento dos
processos associados com a entrada em tropas, e em resposta
ao desafio colocado pela Casa Universal de Justiça, anexamos
uma compilação com trechos de cartas escritas por Shoghi
Effendi e pela Casa Universal de Justiça, ou em seus nomes, e
oferecemos os seguintes comentários que visam analisar e
destacar alguns dos temas extraídos da compilação. Nas seções
1 e 2 desta declaração, descrevemos alguns aspectos gerais do
processo de crescimento e chamamos a atenção para fatores
que contribuem para a expansão da Fé, enquanto que, na seção
3, focalizamos atividades específicas que podem ser adotadas
para promover e manter o processo de entrada em tropas.

1. Algumas Características do Crescimento
Antes de considerar o assunto da entrada em tropas, iniciamos examinando alguns aspectos gerais associados com os
processos através dos quais a Fé Bahá’í cresce.
1.1 Crescimento Orgânico
O crescimento da Fé ocorre de forma orgânica e evolucionária. Seu ritmo de crescimento não é , portanto, necessariamente
uniforme, 4 pelo contrário, avança “em vastas ondas,
precipitadas pela alternância de crise e vitória.”5 Shoghi Effendi
3

2
também afirmou que a difusão da Fé em todo o mundo será
acompanhada de uma aceleração de sua própria taxa de
crescimento.6
Por enquanto, a Fé não está crescendo numa mesma
proporção em todas as partes do mundo. A Casa Universal de
Justiça tem observado existir uma “receptividade ansiosa” à
Fé em muitas terras,7 e que certos segmentos da população
podem, inicialmente, tender a ser mais receptivos à Causa que
outros.8 Naquelas áreas onde a receptividade está apenas
começando a surgir, a Casa de Justiça aconselha aos crentes a
estarem confiantes de que “o tempo se aproxima quando o
número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará
repentinamente.”9
Com relação ao futuro imediato, a Casa Universal de Justiça
afirma que a taxa de crescimento está destinada a se acelerar.
Afirma que “o cenário está preparado para um crescimento
universal, rápido e maciço da Causa”,10 e prevê que todas as
comunidades nacionais irão colher os frutos da entrada em
tropas.11
1.2 Dinâmica de Crise e Vitória
A interação dinâmica dos processos de crise e vitória caracteriza o desenvolvimento da Fé.12 Shoghi Effendi afirma que
os “registros de sua história tumultuosa” demonstram
a verdade suprema de que, com toda nova manifestação de
hostilidade para com a Fé, quer originária de dentro ou de
fora, uma medida correspondente de efusão de graças,
sustentando seus defensores e confundindo seus adversários,
tem sido liberada providencialmente, transmitindo um novo
impulso à marcha avante da Fé, ao passo que esse ímpeto,
por sua vez, iria provocar, através de suas manifestações,
nova hostilidade em áreas até então desapercebidas de suas
implicações desafiadoras …13
3
A Casa Universal de Justiça, da mesma forma, associa o
contínuo surgimento da Fé da obscuridade e a maturação do
funcionamento das instituições administrativas, com a resposta
da comunidade à recente onda de perseguição no Irã,14 e prevê
que “as atuais vitórias levarão à oposição ativa.”15
1.3 Impacto do Declínio Social
Shoghi Effendi chama a atenção para a influência
purificadora do sofrimento e da tribulação, associada com o
processo do declínio social, na expansão da Causa.16 E, em
uma carta escrita em seu nome, o Guardião observa que “depois
da humanidade ter sofrido … as pessoas entrarão na Causa de
Deus em tropas.”17
A Casa Universal de Justiça descreve graficamente o
impacto do processo de declínio sobre a humanidade, relacionao com a busca espiritual do gênero humano18 e salienta a
premente responsabilidade dos bahá’ís, tanto para aumentar o
ritmo de suas atividades de ensino,19 “antes que a oportunidade
se perca diante das fases rapidamente mutáveis de um mundo
frenético”,20 como para criar o tipo de comunidade que ofereça
um modelo tão distintivo de vida que irá “reascender a
esperança entre os membros da sociedade, que se encontram
crescentemente desiludidos.”21
1.4 Saída da Obscuridade
O progresso da Fé é acelerado pelas oportunidades
decorrentes de sua saída da obscuridade. A Casa Universal de
Justiça refere-se ao “surgimento de um novo paradigma de
oportunidades para crescimento e consolidação ainda maiores
de nossa comunidade mundial”,22 e destaca o desafio urgente
com que se defronta a comunidade bahá’í ao fazer face às
necessidades decorrentes das possibilides que surgem à medida
que a Paz Menor se aproxima.23
4
2. Fatores que Contribuem para o Crescimento
Como introdução, é importante observar que o amado
Guardião em uma carta datada de 18 de fevereiro de 1932,
escrita em seu nome, sublinha o fato de que um mero aumento
no número de crentes não significa necessariamente um
progresso da Causa. Ele afirma:
Não é suficiente computar o número das almas que abraçam a Causa para saber o progresso que está ocorrendo. As
conseqüências mais importantes de suas atividades são o
espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão
na qual os ensinamentos que proclamamos tornem-se parte
da consciência e da crença das pessoas que os ouvem. Pois é
somente quando o espírito tiver permeado completamente o
mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes
números.24

Da mesma forma, na mensagem do Ridván de 1989, a Casa
.
Universal de Justiça afirma:
Não é suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais
essencial que seja tal ação. Não basta expandir as listas de
registro de bahá’ís, por vital que seja tal trabalho. As almas
têm de ser transformadas, e, desta forma, consolidadas as
comunidades e alcançados novos modelos de vida. A
transformação é o propósito essencial da Causa de
Bahá’u’lláh; porém depende da vontade e do esforço do
indivíduo alcançá-la, em obediência ao Convênio.25

Estudando as cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal
de Justiça é possível identificar vários fatores que contribuem
para o crescimento da Fé em larga escala. Esses fatores
interagem e reforçam um ao outro, e, quando atuam em
harmonia, provêem a base para a criação de um ambiente que
irá produzir crescimento – uma comunidade bahá’í cujos
5
membros dedicam-se ao aprimoramento de sua compreensão
da natureza do ensino e ao aprendizado de como trabalhar juntos de forma a que, tanto acelerem, como mantenham os
processos de expansão e de consolidação. Dentre esses fatores
interativos, estão os que seguem.
2.1 Compromisso com a Transformação Espiritual
O elo crucial entre a transformação espiritual individual e
a maturação gradual do funcionamento da comunidade bahá’í,
e o crescimento da Fé, é um tema familiar nas cartas de Shoghi
Effendi e da Casa Universal de Justiça. Promover tal
transformação na vida pessoal e familiar, e no funcionamento
das comunidades e Assembléias, é responsabilidade tanto dos
indivíduos,26 como das instituições bahá’ís.27 Como explica
Shoghi Effendi:
Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige
dedicação completa, consagração a essa nobre missão e o
viver a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos, mas
também pelas Assembléias, então a Fé crescerá
rapidamente.28

2.2. Amor e Unidade
O amor e unidade entre os crentes29 e o amor dos amigos
pela Fé e suas instituições30 são fundamentais para atrair grandes
números de pessoas à Causa. O amado Guardião descreve a
unidade e amor entre os amigos como “o espírito que deve
animar sua vida comunitária”,31 e decifra suas implicações
práticas com relação ao planejamento e implementação do
trabalho de ensino. Em uma carta escrita em seu nome, ele
orienta os crentes como segue:
Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente bahá’ís, tornem-se mais unidos, mais
6
educados espiritualmente, mais competentes no cumprimento
de suas tarefas administrativas, como uma forma de
preparação para o ensino e para receberem maiores números
de novos crentes.32

A Casa Universal de Justiça chama a atenção para o outro
aspecto importante deste assunto. Ela nos adverte contra a polarização de pontos de vista sobre métodos e formas de ensino, e
oferece o seguinte conselho aos crentes:
Neste, como em todos os aspectos do trabalho da Causa,
a solução reside em que os amigos sejam pacientes e
indulgentes com aqueles que, por suas limitações, lhes
afligem e que se esforcem, através da consulta das
Assembléias, em se aproximar de um equilíbrio apropriado,
enquanto mantêm o ímpeto do trabalho e canalizam o
entusiasmo dos crentes.33

2.3 Participação Universal
A participação universal e os esforços persistentes dos
amigos no ensino da Causa, na aplicação de seus princípios e
no incremento do desenvolvimento de suas instituições não
são somente “indispensáveis para o desenvolvimento dos
recursos humanos necessários ao progresso da Causa”,34 como
também aumentam o sucesso no ensino.35
2.4 Equilíbrio entre a Expansão e a Consolidação
A Casa Universal de Justiça refere-se à expansão e consolidação como “processos gêmeos que devem caminhar de mãos
dadas”.36 Afirma que eles são “processos inseparáveis”,37 e que
eles representam os “objetivos fundamentais do ensino”.38
Enfatizando a relação entre consolidação e ensino, a Casa de
Justiça, em uma carta escrita em seu nome, declara:
A consolidação apropriada é essencial à preservação da
7
saúde espiritual da comunidade, à proteção de seus interesses,
à preservação de seu bom nome, e, em última análise, para a
continuação do próprio trabalho de expansão.39

2.5 A Comunidade Bahá’í como Modelo
A comunidade bahá’í e a Ordem Administrativa devem
continuar a se desenvolver e apresentar-se ao mundo como um
modelo viável e uma alternativa como forma de organização
social. Este é um processo contínuo. Shoghi Effendi, em uma
carta escrita em seu nome, afirma que
Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um
modelo verdadeiro, em ação, de algo melhor do que ele já
tem, não irá responder à Fé em grandes números.40

De forma semelhante, a Casa Universal de Justiça chama a
atenção para o caráter distintivo da comunidade bahá’í e afirma
que, à medida que o contraste entre a comunidade e o mundo
em geral aumenta, isso “deverá, finalmente, atrair as massas
desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do Convênio de
Bahá’u’lláh”.41 Ainda mais, a Casa de Justiça percebe haver
uma crescente preocupação com relação aos assuntos da
humanidade e à incapacidade da velha ordem de resolver os
problemas sociais críticos. Uma vez que a Ordem
Administrativa Bahá’í está destinada a ser o modelo para a
sociedade futura, existe uma necessidade premente em
demonstrar as “potencialidades inerentes ao sistema
administrativo” e para prover, em conseqüência, “um sinal de
esperança para aqueles que se desesperam”.42
Considerando a estreita relação existente entre os elementos
de crescimento descritos acima e sua natureza interativa, sugerese que, enquanto cada fator contribui para o processo de expansão, nenhum fator, por si mesmo, mostrar-se-á suficiente para
produzir e manter ingressos em larga escala. Concentrar-se em
8
um, em detrimento dos outros, poderá distorcer o processo de
ensino e retardar o crescimento e a expansão da comunidade
bahá’í a longo prazo. Ainda mais, Shoghi Effendi afirma que o
envolvimento no trabalho de ensino reforça o desenvolvimento
dos verdadeiros fatores que contribuem para o crescimento da
Fé. Em uma carta escrita em seu nome, ele declara:
Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é,
na verdade, essencial à materialização gradual e completa
de suas esperanças para a expansão e consolidação do
Movimento em seu país.43

O Guardião também chama a atenção para o perigo inerente
ao fato dos amigos esperarem até que estejam “completamente
qualificados para cumprir qualquer tarefa especial”,44 e enfatiza
a relação entre os esforços individuais e a ajuda divina,
observando que
Deus irá … ajudar-nos se fizermos a nossa parte e nos
sacrificarmos no caminho do progresso de Sua Fé. Devemos sentir a responsabilidade colocada em nossos ombros,
levantarmo-nos para dela nos desincumbirmos, e, então,
esperar a graça divina a ser derramada sobre nós.45

3. Promovendo a Entrada em Tropas
Decorrente de um estudo da compilação anexa, é evidente
existirem diversas atividades específicas que contribuem diretamente para o processo da entrada em tropas.
3.1 Fortalecimento das Assembléias Espirituais
Shoghi Effendi enfatiza a importância da “instrumentalidade” da Ordem Administrativa em “vividamente” e
“sistematicamente” levar a Mensagem curadora de Bahá’u’lláh
“à atenção das massas”.46 Ele destaca a relação existente entre
9
o desenvolvimento das instituições e “o aceleramento no
processo vital da conversão individual”, afirmando que este
último é a razão pela qual “toda a maquinária da Ordem
Administrativa foi, primariamente e tão laboriosamente,
erigida.”47 Igualmente, a Casa Universal de Justiça liga
diretamente o fortalecimento e o desenvolvimento das
Assembléias Espirituais Locais com a capacidade da Fé de tratar
do assunto da entrada em tropas.48 A natureza desta relação é
explicada pela Casa de Justiça na mensagem do Ridván de 1993.
.
Refere-se à “mutualidade do ensino e administração” e ao fato
de que “um reforça o outro”.49
A Casa Universal de Justiça indica existir uma necessidade
imperiosa de que as instituições bahá’ís
aprimorem seu desempenho através de uma mais íntima
identificação com as verdades fundamentais da Fé, através
de uma maior conformidade com o espírito e a forma da
administração bahá’í e através de uma confiança mais
incisiva nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de
forma que as comunidades que elas guiem reflitam um
modelo de vida que ofereça esperança para os membros
desiludidos da sociedade.50

Para esta finalidade, a Casa Universal de Justiça enfatiza a
importância do treinamento dos amigos, incluindo aqueles nas
áreas de ensino em massa,51 para aumentarem seu entendimento
e participação no trabalho administrativo da Causa. Destaca
que o “funcionamento apropriado” das Assembléias Espirituais
depende, em grande parte, dos esforços de seus membros no
sentido de familiarizarem-se com seus deveres e aderirem,
escrupulosamente, aos princípios em sua conduta pessoal e
na condução de suas responsabilidades oficiais.

10
Chama a atenção para a importância da decisão dos
membros da Assembléia
de remover de seu meio todos os traços de alienação e
tendências sectárias, sua habilidade em conquistar a afeição
e o apoio dos amigos a seus cuidados e de envolver tantos
indivíduos quanto possível no trabalho da Causa.

E afirma que o resultado desses dedicados esforços de parte
dos membros das instituições irá resultar em “um padrão de
vida” que, não somente “trará honra à Fé”, como também servirá
para atrair “os membros da sociedade, que se encontram
crescentemente desiludidos.”52
3.2 Administração Eficiente e Pronta Consolidação
Embora a forma pela qual o trabalho de ensino é organizado
seja um assunto a ser determinado por cada Assembléia
Espiritual Nacional, a Casa Universal de Justiça destaca a
necessidade de “uma estrutura de ensino eficiente” para
assegurar que “as tarefas sejam levadas a cabo com presteza e
de acordo com os princípios administrativos de nossa Fé”.53
Adicionalmente, afirma que a tarefa de consolidação, que
é “elemento essencial e inseparável do ensino”,54 deve ser
“pronta, meticulosa e contínua”.55 Tal forma de abordagem
integrada à expansão da Causa não somente aumenta os
recursos humanos e financeiros da comunidade bahá’í,56 como
também ajuda a evitar tais problemas como a “inoculação” dos
crentes contra a Fé, resultante de uma combinação de ensino
inadequado e consolidação descuidada.57
3.3 Planos de Ensino Estratégicos e Flexíveis
A Casa Universal de Justiça conclama cada uma das Assembléias Espirituais Nacionais para “equilibrar seus recursos e
11
harmonizar seus esforços” para assegurar que a Fé seja ensinada
a “todos os segmentos da sociedade”. 58 Aconselha as
Assembléias a serem estratégicas e sistemáticas, a fazerem seus
planos de ensino de modo a atender às necessidades de grupos
sociais e culturais específicos,59 pois “diferentes culturas e tipos
de pessoas exigem diferentes métodos de contato”,60 e afirma
que a meta de todas as instituições bahá’ís e dos instrutores
bahá’ís é: “avançar continuamente para novas áreas e camadas
da sociedade”.61
A Casa de Justiça chama a atenção para a importância da
flexibilidade e equilíbrio na formulação e implementação de
planos de ensino. Os crentes são encorajados a serem receptivos
a novos métodos,62 usarem uma variedade de formas de
contato,63 e “não insistirem cegamente em fazer a mesma coisa
em toda parte”. 64 A Casa Universal de Justiça indica que a
comunidade bahá’í
precisa tornar-se mais proficiente para gerir uma grande
variedade de ações sem perder a concentração que deve
manter nos objetivos fundamentais do ensino, ou seja,
expansão e consolidação.

E, para essa finalidade, enfatiza a necessidade de
uma unidade na diversidade de ações … uma condição na
qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em diferentes
atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho
agregado sobre o desenvolvimento e crescimento da Fé,
porquanto uma pessoa não pode fazer tudo, e todos não
podem fazer a mesma coisa.65

A importância da adoção pelos crentes de formas de contato
estratégicas e flexíveis no trabalho da Causa é relacionada pela
Casa Universal de Justiça tanto à crescente maturidade da
comunidade bahá’í, como à sua expansão.66
12
3.4 Alcançando Pessoas de Capacidade
Escrevendo às Assembléias Espirituais Nacionais, a Casa
Universal de Justiça orienta que a Fé deve ser levada “a todas
as camadas da sociedade humana e a todas as ocupações”. Diz
mais, que “todos têm que ser, conscientemente, abrangidos
pelos planos de ensino da Comunidade Bahá’í”.67
Dada a necessidade de aumentar e desenvolver os recursos
humanos da Fé, a Casa Universal de Justiça conclama os crentes
a despenderem esforços especiais para atrair pessoas de capacidade à Causa. 68 Descreve o ingresso de pessoas de
capacidades como “um aspecto indispensável do ensino às
massas”, e adverte que falhar em atingir esta finalidade resultará
em que a Fé não estará sendo capaz de “corresponder
adequadamente aos desafios que sobre ela se impõem.” Com
relação ao corpo de crentes da comunidade bahá’í, e as
prioridades do trabalho de ensino, a Casa de Justiça afirma:
O conjunto de seus membros, independente da variedade
étnica, deve agora abarcar um número crescente de pessoas
de capacidade, incluindo pessoas de realizações e
proeminência nos vários campos da atividade humana. O
registro de números significativos de tais pessoas é um
aspecto indispensável do ensino às massas, um aspecto que
não pode mais ser negligenciado e que precisa ser, consciente
e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de ensino,
de forma a ampliar suas bases e acelerar o processo de entrada
em tropas.69

3.5 Relacionando a Fé aos Assuntos Sociais e Humanitários
Contemporâneos
Na mensagem do Ridván de 1988, a Casa Universal de
.
Justiça listou o “constante empenho” do crente individual de
relacionar os Ensinamentos da Fé aos “assuntos da atualidade”
13
como uma das medidas que contribuem para o “sucesso no
ensino”.70 A Casa Universal de Justiça também nota que a
“Ordem trazida por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar o
progresso e resolver os problemas da sociedade”, e que a
comunidade bahá’í está “claramente na vanguarda das forças
construtivas em operação no planeta”. Chama a atenção para a
necessidade de desenvolver e aperfeiçoar o sistema
administrativo bahá’í como um meio de demonstrar a eficácia
deste sistema para atender às necessidades prementes da
humanidade, e oferecê-lo como uma “alternativa viável” para
a velha ordem mundial deficiente e em fragmentação.71
3.6 Conduta Direcionada às Metas
Os crentes individuais, as Assembléias Espirituais Locais
e Nacionais são chamados a colaborarem e persistirem em seus
esforços para alcançar as metas dos planos de ensino. A Casa
Universal de Justiça estabelece:
O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas
instituições da Fé como aquele que é o fruto de iniciativa
individual, deve ser ativamente levado avante a fim de que
haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior
número de países ao estágio de entrada em tropas, e,
finalmente, à conversão em massa.72

A urgência deste empreendimento é enfatizada pela Casa
Universal de Justiça como segue:
Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser
alcançada muito além de todos os registros passados. A tarefa
de espalhar a Mensagem à generalidade da humanidade, em
aldeias, cidades e metrópoles precisa ser rapidamente
ampliada. A necessidade de tal realização é crítica. …73

Adicionalmente, a Casa Universal de Justiça chama a
atenção para a qualidade das iniciativas de ensino,
14
recomendando que “o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar
não apenas tão intensamente quanto possível, como também,
tão bem quanto possível”.74
A responsabilidade maior do crente quanto à implementação
do trabalho de ensino é destacada pela Casa Universal de
Justiça. Ela estabelece:
Todo crente – homem, mulher, jovem e criança – é
convocado para este campo de ação; pois é da iniciativa, da
vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir, que
depende o sucesso da inteira comunidade.75

E afirma que:
A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do
bahá’í individual ao transmitir a centelha da fé àqueles que
individualmente buscam, respondendo suas questões e
aprofundando sua compreensão dos ensinamentos.76

4. Considerações Finais
Os extratos contidos na compilação Promovendo Entrada
em Tropas servem para destacar alguns princípios gerais
concernentes à natureza do crescimento e sua aceleração, e para
atração de grandes números de pessoas à Fé Bahá’í.
Adicionalmente, os referidos textos sugerem atividades
específicas que podem ser realizadas, por indivíduos e por
instituições, para apressar o ritmo de crescimento e para manter
a expansão em larga escala da Causa.
É evidente que forças, dentro e fora da Causa, estão dando
forma ao destino da humanidade. A Casa Universal de Justiça
chama a atenção para a operação de dois grandes processos
que estão em ação no mundo. O primeiro processo é:
o grande Plano de Deus, tumultuoso em seu progresso,
15
atuando por intermédio da humanidade como um todo,
derrubando por terra barreiras à unidade mundial e forjando
a humanidade em um corpo unificado no fogo do sofrimento
e experiência. Este processo irá produzir, no devido tempo
determinado por Deus, a Paz Menor, a unificação política
do mundo. A humanidade, quando chegar esse tempo, poderá
ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O
segundo processo é a tarefa de dar vida àquele corpo
unificado – de criar verdadeira unidade e espiritualidade que
culminará na Paz Maior – é trabalho dos bahá’ís, que estão
trabalhando conscientemente, com instruções detalhadas e
contínua guia divina, a fim de construir a tecitura do Reino
de Deus na terra, para o qual convocam seus semelhantes,
conferindo assim, sobre eles, a vida eterna.77

O desafio dos crentes é devotar todas as suas energias a
esta tarefa vital, estimulados pela conscientização de que “não
existe ninguém mais para fazê-lo”,78 e apoiados em seu desejo
de cumprir o anseio expressado pelo amado Guardião nos
primeiros dias de seu ministério:
E agora, ao olhar para o futuro, espero ver os amigos, em
todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance de
pensamento e caráter, voluntária e alegremente
arregimentados ao redor de seu centro de atividades, local e,
particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus
interesses em completa unanimidade e contentamento, com
perfeita compreensão, genuíno entusiasmo e decidido vigor.
Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de minha vida,
pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a
ampla fundação sobre a qual a segurança do Edifício deverá,
em última instância, repousar. Não é de se esperar que agora,
finalmente, o alvorecer de um dia mais brilhante esteja
surgindo sobre nossa amada Causa?79

16
Promovendo a Entrada em Tropas
Uma Compilação

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Promovendo a Entrada em Tropas
Uma Compilação de Extratos de Cartas Escritas por ou em Nome
de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça
Preparada pelo Departamento de Pesquisa
Outubro de 1993

De Cartas Escritas por ou em
Nome de Shoghi Effendi

E AGORA, AO OLHAR PARA O FUTURO, espero ver os amigos,
em todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance
de pensamento e caráter, voluntária e alegremente arregimentados ao redor de seu centro de atividades, local e,
particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus
interesses em completa unanimidade e contentamento, com
perfeita compreensão, genuíno entusiasmo e decidido vigor.
Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de minha vida,
pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a ampla
fundação sobre a qual a segurança do Edifício deverá, em última
instância, repousar. Não é de se esperar que agora, finalmente,
o alvorecer de um dia mais brilhante esteja surgindo sobre nossa
amada Causa?
— 24 de setembro de 1924, escrita por Shoghi Effendi ao bahá’ís da
América, publicada em Bahá’í Administration: Selected Messages
1922-1932 (Wilmette: Bahá’í Publishing Trust, 1974), 67.
[1]

O trabalho, que os membros de sua pequena família estão
realizando com relação à difusão da Causa e no tocante a
infundir seu espírito divino nas pessoas que encontram, é um
fato que ninguém que esteja familiarizado com sua vida pode
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negar. … Com o tempo, verá quão abundantes serão os frutos
de seus serviços. Não é suficiente computar o número das almas
que abraçam a Causa para saber o progresso que está ocorrendo.
As conseqüências mais importantes de suas atividades são o
espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão
na qual os ensinamentos que proclamamos tornem-se parte da
consciência e da crença das pessoas que os ouvem. Pois é
somente quando o espírito tiver permeado completamente o
mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes
números. No início da primavera, somente as poucas sementes,
excepcionalmente favorecidas, brotarão, todavia, quando a
estação atinge sua plenitude e a atmosfera é permeada com o
calor da verdadeira primavera, então começarão a surgir os
grande números de flores e repentinamente toda uma encosta
de um monte floresce. Ainda estamos no estágio em que
somente almas isoladas estão despertas, mas, em breve, teremos
a plenitude da estação e grupos e nações inteiras que se
apressarão para a vida espiritual insuflada por Bahá’u’lláh.
— 18 de fevereiro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[2]

… ele confia que com a ajuda de Deus vocês terão sucesso.
Ele, certamente, reforçará seus esforços e os ajudará na
conclusão daquela tarefa que está a sua frente. Deus irá,
contudo, ajudar-nos se fizermos a nossa parte e nos sacrificarmos no caminho do progresso de Sua Fé. Devemos sentir a
responsabilidade colocada em nossos ombros, levantarmo-nos
para dela nos desincumbirmos, e, então, esperar a graça divina
a ser derramada sobre nós.
— 20 de dezembro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a
uma Assembléia Espiritual Nacional.
[3]

Deve a humanidade, atormentada como o é agora, ser
20
afligida por tribulações ainda mais severas antes que suas
influências purificadoras a possam preparar para entrar no
Reino celestial destinado a ser estabelecido sobre a terra? Deve
a inauguração de uma era tão vasta, tão ímpar, tão iluminada
da história humana ser precedida por uma catástrofe tão grande
dos assuntos humanos a ponto de recordar, não somente isso,
superar o aterrador colapso da civilização romana nos primeiros
séculos da Era Cristã? Deve uma série de convulsões profundas
agitar e sacudir a raça humana antes que Bahá’u’lláh possa ser
entronizado nos corações e consciência das massas, antes que
Sua ascendência inconteste seja universalmente reconhecida e
o nobre edifício de Sua Ordem Mundial seja erguido e
estabelecido?
— 11 de março de 1936, escrita por Shoghi Effendi, publicada em
The World Order of Bahá’u’lláh: Selected Letters (Wilmette: Bahá’í
Publishing Trust, 1991), 201-2.
[4]

Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é, na
verdade, essencial à materialização gradual e completa de suas
esperanças para a expansão e consolidação do Movimento em
seu país. Possa o Todo-Poderoso inspirar a todos vocês com
zelo, determinação e fé para levar avante Sua Vontade e
proclamar Sua Mensagem àqueles vivendo em seu país e para
além de suas fronteiras.
— 11 de maio de 1934, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[5]

Dos registros de sua história tumultuosa, onde quase toda
página retrata uma nova crise, está oprimida com a descrição
de uma nova calamidade, relata a narrativa de uma traição vil e
é manchada com o relato de atrocidades indizíveis, ali emerge,
clara e incontrovertivelmente, a verdade suprema de que, com
toda nova manifestação de hostilidade para com a Fé, quer
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originária de dentro ou de fora, uma medida correspondente
de efusão de graças, sustentando seus defensores e confundindo
seus adversários, tem sido liberada providencialmente,
transmitindo um novo impulso à marcha avante da Fé, ao passo
que este ímpeto, por sua vez, iria provocar, através de suas
manifestações, nova hostilidade em áreas até então
desapercebidas de suas implicações desafiadoras – esta
hostilidade aumentada, sendo acompanhada por uma revelação
ainda mais impressionante de Poder Divino e uma efusão ainda
mais abundante de graça celestial, que, capacitando os
defensores da Fé ao registro de vitórias ainda mais brilhantes,
provocou questões de implicações ainda mais vitais e fez surgir
inimigos ainda mais formidáveis contra uma Causa que, eventual e certamente, irá solucionar essas questões e esmagar a
resistência desses inimigos, através de uma revelação ainda
mais gloriosa de seu poder inerente.
A marcha sem resistência da Fé de Bahá’u’lláh, vista dessa
maneira e impelida pelas influências estimulantes que são
geradas tanto pela falta de sabedoria de seus inimigos como
pela força latente nela mesma, transforma-se numa série de
pulsações rítmicas, provocadas, de um lado, pelos acessos
explosivos de seus adversários, e por outro, pelas vibrações do
Poder Divino, que a aceleram, com ímpeto sempre crescente,
ao longo daquele curso predestinado, traçado para ela pela Mão
do Todo-Poderoso.
— Pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi, acrescentado a uma
carta datada de 12 de agosto de 1941, escrita em seu nome, conforme
Messages to America: Selected Letters and Cablegrams Addressed
to the Bahá’ís of North America, 1932-1946 (Wilmette: Bahá’í
Publishing Committee, 1947), 51 [Crise e Vitória, 64-65].
[6]

Se os amigos sempre esperassem até estarem
completamente qualificados para cumprir qualquer tarefa es22
pecial, o trabalho da Causa estaria quase paralisado! Mas o
próprio ato de tentar servir, por mais que a pessoa se sinta sem
merecimento, atrai as bênçãos de Deus e a torna mais adequada
à tarefa.
— 4 de maio de 1942, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente
(O Indivíduo e o Ensino, 37).
[7]

Não é possível dar ênfase demasiada à importância da
unidade dos amigos, pois é somente ao manifestar a grandeza
de seu amor e paciência uns para com os outros que podem ter
esperança de atrair grandes números às suas fileiras.
— 2 de agosto de 1942, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[8]

Ele anseia ver um grau maior de unidade e amor entre os
crentes, pois estes são o espírito que deve animar sua vida
comunitária. Até que as pessoas do mundo vejam um brilhante
exemplo perante elas não abraçarão a Causa em massa, porque
necessitam ver os ensinamentos demonstrados num padrão de
ação.
— 13 de março de 1944, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma
sessão de uma escola bahá’í de inverno.
[9]

Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um
modelo verdadeiro, em ação, de algo melhor do que ele já tem,
não irá responder à Fé em grandes números.
— 13 de março de 1944, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma
crente.
[10]

Os queridos Sr. e Sra. … têm uma grande habilidade para
acender nos corações o amor de Deus. O mundo hoje em dia
está sedento por este amor saudável, caloroso e espiritual. Os
23
bahá’ís jamais terão sucesso em atrair grandes números para a
Fé até que estes vejam em nossa vida individual e comunitária
atos e uma atmosfera que revelem o amor a Deus.
— 17 de fevereiro de 1945, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[11]

Acima de tudo, a Mensagem curadora de Bahá’u’lláh
necessita, durante os anos iniciais do segundo século bahá’í e
por intermédio da instrumentalidade de uma Ordem
Administrativa já funcionando adequadamente, cujas
ramificações se estenderam aos quatro cantos do Hemisfério
Ocidental, ser vividamente e sistematicamente levada à atenção
das massas, em sua hora de tristeza, miséria e confusão. Uma
asserção mais audaciosa das desafiadoras verdades da Fé; uma
apresentação mais convincente de suas verdades distintivas;
uma exposição mais plena do caráter, dos objetivos e das
realizações de seu emergente sistema administrativo, como o
núcleo e o modelo de sua futura ordem de âmbito mundial; um
contacto e associação, mais direto e íntimo, com os líderes do
pensamento público, cujas atividades e objetivos são afins com
os ensinamentos de Bahá’u’lláh, com o objetivo de demonstrar
a universalidade, a amplitude, a liberalidade e o poder dinâmico
de Sua Mensagem Divina; um exame mais minucioso dos meios
através dos quais suas reivindicações podem ser demonstradas,
seus difamadores e detratores silenciados, e suas instituições
salvaguardadas; um esforço mais determinado para utilizar, na
extensão máxima possível, os talentos e habilidades da massa
dos crentes com a finalidade de atingir estes objetivos –
destacam-se estas como as tarefas preeminentes desafiando,
durante estes anos de transição e turbulência, o corpo inteiro
dos crentes americanos. As facilidades providas pelo rádio e
pela imprensa devem ser utilizadas em um grau sem precedentes
na história bahá’í americana. Os recursos combinados da tão
24
invejada e exemplar comunidade bahá’í americana devem ser
utilizados para a promoção efetiva destes propósitos meritórios.
Bênçãos, em escopo e copiosidade jamais sonhadas, estão
fadadas a serem outorgadas àqueles que, nestes tempos
sombrios porém fecundos, se levantem para promover estas
nobres finalidades e para apressarem, através de seus atos, a
hora em que um estágio ainda mais momentoso, na evolução
de um Plano Divino e de âmbito mundial, possa ser lançado.
— 29 de março de 1945, pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi
acrescentado a uma carta escrita em seu nome a uma Assembléia
Espiritual Nacional.
[12]

Há duas coisas que irão contribuir muito para trazer mais
rapidamente mais pessoas para a Causa: uma é a maturidade
dos bahá’ís dentro de suas comunidades, funcionando de acordo
com as leis bahá’ís e no espírito apropriado de unidade, e a
outra é a desintegração da sociedade e o sofrimento que trará
em sua esteira. Quando as velhas formas forem vistas como
irremediavelmente inúteis, as pessoas despertarão de seu
materialismo e sua letargia espiritual e abraçarão a Fé.
— 3 de julho de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[13]

Nada há no trecho da Epístola do Mestre, à página 681,
Volume III de Suas Epístolas, que nos leve a crer que, no instante
em que o templo estiver totalmente terminado, multidões de
pessoas abraçarão a Causa. Elas assim o farão; tal tempo
chegará; esperamos que seja em breve, mas não podemos
determinar uma data para o fato. E uma tal declaração
certamente não justifica que os amigos façam uma pausa! Pelo
contrário, devem abrir o caminho, especialmente, dentro de
suas fileiras, para a aceitação de grande número de crentes.
25
Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente bahá’ís, tornem-se mais unidos, mais
educados espiritualmente, mais competentes no cumprimento
de suas tarefas administrativas, como uma forma de preparação para o ensino e para receberem maiores números de novos
crentes.
— 25 de março de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[14]

Sem o espírito de verdadeiro amor por Bahá’u’lláh, por
Sua Fé e pelas Instituições desta, e o amor dos crentes entre si,
jamais poderá a Causa realmente fazer entrar grande número
de pessoas.
Pois não é pregação, nem preceitos que o mundo quer, e
sim, amor e ação.
— 25 de outubro de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente (O Indivíduo e o Ensino, 43).
[15]

Ainda que se tenha feito tremendo progresso nos Estados
Unidos durante o último quarto de século, ele sente que os
crentes devem dar-se, cada vez mais, conta do fato de que,
somente na medida em que espelharem, em suas vidas coletivas,
os exaltados padrões da Fé, poderão atrair as massas para a
Causa de Deus.
— 15 de setembro de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi a
uma sessão de uma escola bahá’í.
[16]

As comunidades da América Latina ainda estão no limiar
de sua vida internacional bahá’í; ele tem certeza que
rapidamente virão a alcançar este estágio. Comparando com o
longo período de tempo que as comunidades norte-americanas,
britânicas e francesas levaram para crescer e se espalhar, o seu
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crescimento é comparável a um relâmpago. À medida que a
Causa se espalha por todo o mundo, sua taxa de aceleração
também aumenta e novos centros na Àfrica, de alguma forma
misteriosa, têm repercussões espirituais que ajudam na
formação de novos centros por todas as partes.
— 30 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma
Assembléia Espiritual Nacional.
[17]

Tal fluxo constante de reforços é absolutamente vital e de
extrema urgência, pois nada além do vitalizante influxo de
sangue novo, que irá reanimar a Comunidade Bahá’í mundial,
pode salvaguardar os troféus que, com tão grande sacrifício e
envolvendo o gasto de tanto tempo, esforço e riqueza, estão
agora sendo conquistados em territórios virgens pelos corajosos
Cavaleiros de Bahá’u’lláh, cujo privilégio é o de constituírem
a ponta de lança dos batalhões em avanço que, em diversos
locais e em circunstâncias muitas vezes adversas e
extremamente desafiadoras, estão competindo, uns com os
outros, para a conquista espiritual dos territórios e ilhas ainda
não conquistados na superfície do globo.
Este fluxo, além disso, prognosticará e apressará o advento
do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará
a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no
mundo bahá’í – um dia que, visto em sua perspectiva
apropriada, será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas
nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de
eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica
… subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o
equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força
numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual
da Fé de Bahá’u’lláh.
— 25 de junho de 1953, escrita por Shoghi Effendi, publicada em
Citadel of Faith: Messages to America 1947-1957” (Wilmette: Bahá’í
Publishing Trust, 1980), 117.
[18]

27
Esta é a maré vazante. Os bahá’ís sabem que a maré mudará
e voltará a fluir, depois da humanidade ter sofrido, com
poderosas ondas de fé e devoção. Então, as pessoas entrarão
na Causa de Deus em tropas, e toda a situação se modificará.
Os bahá’ís vêem esta nova situação que irá ocorrer, do mesmo
modo como alguém no topo da montanha vê os primeiros
vislumbres do amanhecer, antes que outros tenham deles
consciência; e é neste sentido que os bahá’ís devem trabalhar.
— 5 de outubro de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi a um
crente.
[19]

Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige
dedicação completa, consagração a essa nobre missão e o viver
a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos, mas também
pelas Assembléias, então a Fé crescerá rapidamente.
— 19 de março de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma
Assembléia Espiritual Local.
[20]

A Cruzada, em que o exército do Senhor das Hostes tão
alegre e confiantemente embarcou, encontra-se agora num
ponto crítico da história de seu maravilhoso desenvolvimento.
Três anos de feitos magníficos, levados a cabo para a
propagação da luz de uma Fé imortal e infinitamente preciosa,
e para o fortalecimento da tecitura de sua Ordem
Administrativa, encontram-se agora no passado. Um espírito
de abnegação e sacrifício de si mesmo, tão raro que pode ser
dito que somente o espírito dos Rompedores da Alvorada de
uma era anterior o suplantou, tem consistentemente animado
seus participantes, tanto individual como coletivamente, em
todos os climas, de todas as classes, de ambos os sexos e de
todas as idades. Um tesouro, imenso em sua amplitude, foi
despendido, de boa-vontade e amorosamente, a fim de assegurar
28
sua realização sistemática e bem-sucedida. Já umas poucas
almas heróicas sorveram a taça do martírio. ou sacrificaram
suas vidas, ou ainda foram sujeitas a diversas provações
enquanto combatiam por sua Causa. Suas repercussões tanto
se espalharam que alarmaram um elemento não insignificante
entre os tradicionais e formidáveis adversários de seus corajosos
e consagrados continuadores. Na verdade, ao avançar
rapidamente, suscitou novos inimigos decididos a obstruir sua
marcha avante e a frustrar seu propósito. Sinais premonitórios
já podem ser discernidos em distantes regiões anunciando a
aproximação do dia quando tropas afluirão ao seu estandarte,
cumprindo as predições proferidas há muito tempo pelo Capitão
Supremo de suas forças.
— Abril de 1956, escrita por Shoghi Effendi a todas Assembléias
Espirituais Nacionais.
[21]

O constante progresso alcançado em anos recentes tanto
pela comunidade bahá’í suiça como pela italiana, trabalhando
unidas com exemplar fidelidade e devoção para a propagação
da Fé de Bahá’u’lláh, encorajou-me grandemente e trouxe muita
felicidade a meu coração e, sem dúvida, aumentou a admiração
de suas comunidades irmãs pela maneira em que estão se
desincumbindo de suas tarefas árduas e sagradas. …
Menos substancial, entretanto, tem sido o progresso alcançado no importantíssimo campo do ensino e muito inferior o
aceleramento no processo vital da conversão individual para
os quais toda a maquinária da Ordem Administrativa foi,
primariamente e tão laboriosamente, erigida.
— 12 de agosto de 1957, pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi
acrescentado a uma carta escrita em seu nome a uma Assembléia
Espiritual Nacional.
[22]

29
Quando as massas do gênero humano estão despertas e
ingressam na Fé de Deus, um novo processo é posto em
andamento e o crescimento de uma nova civilização tem início.
Vejam o aparecimento do Cristianismo e do Islã. Estas massas
são a plebe, mergulhada em suas próprias tradições, todavia
receptiva à nova Palavra de Deus, através da qual, quando
verdadeiramente se mostra sensível a ela, torna-se tão
influenciada que transforma aqueles que entram em contato
consigo.
… Em países onde o ensino às massas foi bem sucedido,
os bahá’ís despenderam seu tempo e esforços nas áreas das
aldeias do mesmo modo como haviam anteriormente feito nas
metrópoles e cidades. Os resultados mostram quão imprudente
é concentrar-se somente em um segmento da população. Cada
Assembléia Nacional, portanto, deve de tal maneira equilibrar
seus recursos e harmonizar seus esforços que a Fé de Deus
seja ensinada não somente àqueles que estão facilmente
acessíveis, mas a todos os segmentos da sociedade, por mais
remotos que possam estar. …
Ao ensinar entre as massas, os amigos devem ser cuidadosos
para não enfatizar os aspectos caritativos e humanitários da Fé
como um meio de conseguir declarações. A experiência tem
mostrado que, quando são oferecidas facilidades tais como:
escolas, dispensários, hospitais ou mesmo roupas e alimento
ao povo que está sendo ensinado, muitas complicações surgem.
O motivo primordial deve sempre ser a reação do homem à
mensagem de Deus e o reconhecimento de Seu Mensageiro.
…
A expansão e a consolidação são processos gêmeos que
devem caminhar de mãos dadas. Os amigos não devem parar a
expansão em nome da consolidação. O aprofundamento dos
crentes recentemente registrados gera um estímulo tremendo
que resulta em expansão adicional. O registro de novos crentes,
30
por outro lado, cria um novo espírito na comunidade e provê
potencial mão de obra adicional que reforçará o trabalho de
consolidação.
— 13 de julho de 1964, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas
as Assembléias Espirituais Nacionais (Wellspring of Guidance, Bahá’í
Publishing Trust, Wilmette, 1976, 31-33; Captando a Centelha da
Fé, Editora Bahá’í, Rio de Janeiro, 1968, 67-70).
[23]

O segundo desafio com que nos defrontamos é o de
aumentar a intensidade do ensino a um nível nunca antes
alcançado, a fim de realizar aquele “vasto aumento” requerido
no Plano. A participação universal e a ação constante
conquistarão esta meta. Cada crente tem um papel a
desempenhar, e é capaz de fazê-lo, pois toda alma se encontra
com outras e, como prometido por Bahá’u’lláh: “Quem quer
que se levante para ajudar Nossa Causa Deus o tornará vitorioso.
…” A confusão do mundo não está diminuindo, mais
exatamente aumenta a cada dia que passa e homens e mulheres
estão perdendo a fé nos remédios humanos. Desponta finalmente a percepção de que “Não há lugar para onde fugir” salvo
Deus. A oportunidade de ouro é agora; as pessoas estão
dispostas, em muitos lugares ansiosas, a dar ouvidos ao remédio
divino.
— Mensagem do Ridván de 1965, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos Bahá’ís do mundo.
[24]

Graças às esplêndidas vitórias na conversão em larga escala,
a Fé de Bahá’u’lláh ingressou em uma nova fase de seu desenvolvimento e estabelecimento em todo o mundo. É imperativo,
conseqüentemente, que o processo de ensino às massas não só
seja mantido, mas acelerado. A estrutura do comitê de ensino,
que cada Assembléia Nacional pode adotar para assegurar os
melhores resultados no âmbito de seu trabalho de ensino, é um
31
assunto deixado inteiramente à sua discreção, mas uma estrutura
de ensino eficiente terá que existir, de modo que as tarefas sejam
levadas a cabo com presteza e de acordo com os princípios
administrativos de nossa Fé. Dentre os crentes nativos de cada
país, instrutores viajantes competentes devem ser selecionados
e projetos de ensino elaborados. …
Enquanto o vital trabalho de ensino progride, cada Assembléia Nacional deve sempre ter em mente que a expansão e a
consolidação são processos inseparáveis que devem ir juntos.
… Assegurar que a vida espiritual do crente individual é
enriquecida continuamente, que as comunidades locais estejam
tornando-se progressivamente conscientes de seus deveres
coletivos e que as instituições de uma administração em
desenvolvimento estejam eficientemente operando é,
conseqüentemente, tão importante como expandir a novos campos e recolher as multidões à sombra da Causa.
— 2 de fevereiro de 1966, escrita pela Casa Universal de Justiça a
todas as Assembléias Espirituais Nacionais engajadas no trabalho de
ensino às massas, conforme Captando a Centelha da Fé, 70-72. [25]

A meta predominante do trabalho de ensino, no presente
momento, é a de levar a mensagem de Bahá’u’lláh a todas as
camadas da sociedade humana e a todas as ocupações. Uma
resposta ávida aos ensinamentos freqüentemente será
encontrada nas esferas mais inesperadas e qualquer resposta
deste tipo deve ser rapidamente levada avante, pois o sucesso,
em uma área fértil, desperta uma resposta naquelas que estavam
inicialmente desinteressadas.
A mesma apresentação dos ensinamentos não atrairá a
todos; o método de expressão e a maneira de abordagem devem
ser variados de acordo com a perspectiva e os interesses do
ouvinte. Uma maneira de abordagem que tenha a intenção de
32
interessar a todos, geralmente, resultará na atração da seção
média, deixando ambos os extremos intocados. Não se deve
poupar nenhum esforço para assegurar que a Palavra curadora
de Deus alcance os ricos e os pobres, os instruídos e os iletrados,
os velhos e os jovens, o devoto e o ateísta, os moradores das
colinas e ilhas remotas, os habitantes das cidades apinhadas, o
homem de negócios do subúrbio, o trabalhador nas favelas, o
homem tribal nômade, o lavrador, o estudante universitário;
todos têm que ser, conscientemente, abrangidos pelos planos
de ensino da Comunidade Bahá’í.
Enquanto que planos devam ser cuidadosamente feitos e
todo meio útil adotado na promoção deste trabalho, suas
Assembléias nunca devem deixar que tais planos eclipsem a
verdade brilhante de que o que atrai as confirmações divinas
são a pureza de coração, o desprendimento, a retidão, a devoção
e o amor do instrutor e são o que o capacita, por mais ignorante
que ele seja no aprendizado das coisas do mundo, a conquistar
os corações de seus semelhantes para a Causa de Deus.
— 31 de outubro de 1967, escrita pela Casa Universal de Justiça a
todas as Assembléias Espirituais Nacionais, conforme Wellspring of
Guidance, 124-25; veja também Captando a Centelha da Fé, 79-81.[26]

Nos é dito por Shoghi Effendi que dois grandes processos
encontram-se em operação no mundo: o grande Plano de Deus,
tumultuoso em seu progresso, atuando por intermédio da
humanidade como um todo, derrubando por terra barreiras à
unidade mundial e forjando a humanidade em um corpo
unificado no fogo do sofrimento e experiência. Este processo
irá produzir, no devido tempo determinado por Deus, a Paz
Menor, a unificação política do mundo. A humanidade, quando
chegar esse tempo, poderá ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O segundo processo é a tarefa de dar vida
33
àquele corpo unificado – de criar verdadeira unidade e
espiritualidade que culminará na Paz Maior – é trabalho dos
bahá’ís, que estão trabalhando conscientemente, com instruções
detalhadas e contínua guia divina, a fim de construir a tecitura
do Reino de Deus na terra, para o qual convocam seus
semelhantes, conferindo assim, sobre eles, a vida eterna.
A operação do Plano Maior de Deus prossegue
misteriosamente guiado tão somente por Ele, mas o Plano
Menor que Ele nos deu para executar, como nossa parte em
Seu grande desígnio para a redenção da humanidade, está
claramente delineado. É a este trabalho que devemos devotar
todas as nossas energias, pois não existe ninguém mais para
fazê-lo.
— 8 de dezembro de 1967, escrito pela Casa Universal de Justiça a
um crente, Wellspring of Guidance, 133-34.
[27]

Onde quer que exista uma comunidade bahá’í, seja ela
grande ou pequena, que ela se distinga por seu permanente
senso de segurança e fé, seu elevado padrão de retidão, sua
completa isenção de todas as formas de preconceito, o espírito
de amor entre seus membros e pelo íntimo entrelaçamento da
estrutura de sua vida social. A pungente distinção entre isso e
a sociedade hodierna, inevitavelmente, despertará o interesse
dos mais esclarecidos e, à medida que o desalento do mundo
se intensifica, a luz da vida bahá’í brilhará mais e mais
resplandecente até que seu brilho deverá, finalmente, atrair as
massas desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do
Convênio de Bahá’u’lláh, o qual tão somente pode trazer-lhes
paz e justiça e uma vida ordeira.
— Agosto de 1968, mensagem escrita pela Casa Universal de Justiça
à Conferência de Palermo, Messages from the Universal House of
Justice, 1968-1973 (Wilmette, Bahá’í Publishing Trust, 1976), 12.[28]

34
Notamos que os novos métodos de ensino que
desenvolveram para comunicação com as massas expectantes,
influenciaram substancialmente a conquista de suas metas e
exortamos os bahá’ís americanos, todos, recém-registrados e
fiéis de longa data, a se levantarem, depositarem sua confiança
em Bahá’u’lláh e armados com este poder supremo,
continuarem, sem diminuir, seus esforços para alcançarem as
almas que se encontram à espera, ao mesmo tempo que,
simultaneamente, consolidam as vitórias conquistadas com
dificuldade. Novos métodos, inevitavelmente, trazem consigo
críticas e contestações, não importa quão bem-sucedidos
possam, em última análise, provar que são. O afluxo de tantos
novos fiéis é, por si só, um chamado aos fiéis veteranos a se
unirem às fileiras daqueles que se encontram neste campo de
serviço e a compartilharem, sinceramente, seu conhecimento e
experiência. Longe de manterem-se à parte, os fiéis americanos
são agora exortados, como nunca antes, a agarrar esta
oportunidade de ouro que lhes foi oferecida, a consultarem juntos devotamente e a ampliarem o escopo de seus esforços.
Os esforços para alcançarem as minorias devem ser
intensificados e ampliados para incluir todos os grupos
minoritários, tais como os índios, pessoas de língua hispânica,
japoneses e chineses. Na verdade, todas as camadas da
sociedade americana devem ser alcançadas e podem ser
alcançadas com a Mensagem curadora, se tão somente os
crentes se erguerem e saírem com o espírito que está
conquistando as cidadelas dos estados sulinos. Um tal programa, acoplado que deve ser com contínua consolidação, pode
ser eficazmente realizado através da participação universal de
parte de todo amante de Bahá’u’lláh.
— 14 de fevereiro de 1972, escrita pela Casa Universal de Justiça à
Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos, publicada em
Messages from the Universal House of Justice, 1968-1973, 85-86.[29]

35
O fortalecimento e desenvolvimento de Assembléias Espirituais Locais é um objetivo vital do Plano de Cinco Anos. O
sucesso nesta meta enriquecerá grandemente a qualidade da
vida bahá’í, aumentará a capacidade da Fé para lidar com a
entrada em tropas que está ocorrendo mesmo agora e, antes de
mais nada, demonstrará a solidariedade e a sempre crescente
qualidade distintiva da comunidade bahá’í, desse modo atraindo
mais e mais almas pensativas à Fé e oferecendo um refúgio
para os milhões sem guia e desafortunados da atual ordem
espiritualmente falida e agonizante.
— Mensagem do Naw-Rúz de 1974, escrita pela Casa Universal de
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[30]

Ensinar a Fé abarca muitas atividades diferentes, todas as
quais são vitais para o sucesso, e cada uma das quais fortalece
as outras. …
O objetivo, portanto, de todas as instituições e instrutores
bahá’ís, é avançar continuamente para novas áreas e camadas
da sociedade, com tal perfeição que, enquanto a centelha da fé
inflama os corações dos ouvintes, o ensino aos crentes
prossegue até que, e mesmo após, ombrearem suas
responsabilidades como bahá’ís e participarem tanto no ensino
como no trabalho administrativo da Fé.
Existem agora muitas áreas no mundo onde milhares de
pessoas aceitaram a Fé tão rapidamente que tem estado além
da capacidade das comunidades bahá’ís existentes consolidar
adequadamente estes progressos. O povo, nestas áreas, deve
ser progressivamente aprofundado em sua compreensão da Fé,
de acordo com planos bem elaborados, de modo que suas
comunidades possam, assim que possível, se tornar fontes de
grande apoio para o trabalho da Fé e começar a manifestar o
padrão de vida bahá’í.
— 25 maio 1975, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas Assembléias Espirituais Nacionais, Captando a Centelha da Fé, 86-88. [31]

36
Em muitas regiões, no entanto, existe uma receptividade
ansiosa para com os ensinamentos da Fé. O desafio aos bahá’ís
é prover estas milhares de almas sequiosas, tão rapidamente
quanto possível, com o alimento espiritual pelo qual anseiam,
alistá-las sob a bandeira de Bahá’u’lláh, nutri-las no modo de
vida que Ele revelou, e guiá-las a elegerem Assembléias Espirituais Locais, as quais, à medida que começam a funcionar
vigorosamente, unirão os amigos em comunidades bahá’ís
firmemente consolidadas e se tornarão faróis de guia e abrigos
de refúgio para a humanidade. …
Em todo o mundo, o Plano de Sete Anos deve testemunhar
a realização dos seguintes objetivos:
• O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas
instituições da Fé como aquele que é o fruto de iniciativa
individual, deve ser ativamente levado avante a fim de que
haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior
número de países ao estágio de entrada em tropas e, finalmente, à conversão em massa.
• Este trabalho de ensino deve incluir pronta, meticulosa
e contínua consolidação para que todas as vitórias sejam
salvaguardadas, o número de Assembléias Espirituais Locais
aumentado e os alicerces da Causa reforçados.
— Mensagem de Naw-Rúz de 1979, escrita pela Casa Universal de
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[32]

A Fé de Deus não avança em um ritmo uniforme. Algumas
vezes é como o avanço do mar quando a maré está enchendo.
Encontrando um banco de areia, a água parece ser retida, porém,
com uma nova onda, avoluma-se e avança, inundando para
além da barreira que a havia detido por algum tempo. Se os
amigos tão somente persistirem em seus esforços, o efeito
acumulativo de anos de trabalho aparecerá repentinamente.
— 27 de julho de 1980, escrita pela Casa Universal de Justiça a uma
Assembléia Espiritual Nacional, Captando a Centelha da Fé, 91-92.[33]

37
O … problema ocorre, mais freqüentemente, em países tais
como aqueles na Àfrica, onde há entrada em tropas. Em tais
países, é comparativamente fácil de trazer grandes números de
novos crentes para a Fé, e isto é uma experiência tão
emocionante que instrutores visitantes, muitas vezes, tendem
a preferir fazer isso do que a ajudar com o trabalho de
consolidação. … Deve ser ressaltado, especialmente se [os
instrutores viajantes] forem designados para o trabalho de
expansão, que devem recordar-se que consolidação é um
elemento essencial e inseparável do ensino e se forem a uma
área remota e registrarem crentes aos quais ninguém será capaz
de visitar outra vez em futuro próximo, bem poderão estar
fazendo um desserviço àquelas pessoas e à Fé. Dar às pessoas
esta gloriosa Mensagem e então deixá-las abandonadas, produz
decepção e desilusão, de modo que, quando vem a ser possível
levar a cabo o ensino corretamente planejado àquela área, os
instrutores bem poderão encontrar as pessoas resistentes à
Mensagem. O primeiro instrutor, que foi descuidado da
consolidação, em vez de plantar e nutrir as sementes da fé, de
fato ‘inoculou’ as pessoas contra a Mensagem Divina e tornou
o ensino subseqüente muito mais difícil.
— 16 de abril de 1981, escrita em nome da Casa Universal de Justiça
a todos os Comitês Continentais de Pioneiros, Captando a Centelha
da Fé, 94-95.
[34]

A consolidação é uma parte tão vital do trabalho de ensino
como a expansão. É este aspecto do ensino que ajuda os crentes
a aprofundarem seu conhecimento e compreensão dos
Ensinamentos e inflama a sua devoção a Bahá’u’lláh e a Sua
Causa , de modo que, por sua própria vontade, continuarão o
processo de seu desenvolvimento espiritual, promoverão o
trabalho de ensino, e foralecerão o funcionamento de suas
instituições administrativas. A consolidação apropriada é essen38
cial à preservação da saúde espiritual da comunidade, à proteção
de seus interesses, à preservação de seu bom nome, e, em última
análise, para a continuação do próprio trabalho de expansão.
— 17 de abril de 1981, escrita em nome da Casa Universal de Justiça
a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em Captando
a Centelha da Fé, 96.
[35]

Quem pode nutrir dúvidas de que estamos agora
ingressando num período de desenvolvimento inédito e
inimaginável da marcha progressiva da Fé? … Sabemos que
as atuais vitórias levarão à oposição ativa, para a qual a comunidade mundial bahá’í precisa estar preparada. Conhecemos
as necessidades fundamentais da Causa neste momento: uma
vasta expansão em seus números e recursos financeiros; uma
maior consolidação de sua vida comunitária e da autoridade de
suas instituições; um aumento perceptível daquelas
características de amorosa unidade, estabilidade da vida em
família, ausência de preconceito e retidão de conduta que precisam distinguir os bahá’ís das multidões desencaminhadas e
espiritualmente perdidas ao seu redor. Seguramente, não pode
demorar o tempo em que tenhamos que lidar universalmente
com aquela entrada em tropas prenunciada pelo Mestre como
prelúdio da conversão em massa.
— 27 de dezembro de 1985, mensagem escrita pela Casa Universal
de Justiça à Conferência dos Corpos Continentais de Conselheiros.[36]

A Casa de Justiça leu com muito interesse as circunstâncias
que inspiraram o novo ímpeto que está sendo sentido em suas
atividades de ensino e ficou feliz em saber que os próprios
crentes … estão tomando uma parte mais ativa no trabalho de
ensino. Esta tendência deveria ser encorajada a todo custo por
sua Assembléia, a qual deveria fazer tudo que estiver a seu
alcance para assegurar que números cada vez maiores de crentes
39
nativos sejam aprofundados nas verdades fundamentais da Fé
e encorajados a ensinar, não somente através dos meios que
recentemente foram revelados, mas através da diversidade de
abordagens que são possíveis em diferentes partes do país e
entre diferentes camadas da sociedade. … Ao mesmo tempo
em que devem tirar o maior proveito possível de um método
viável em determinada área, os amigos devem estar dispostos
a aceitar outros métodos e não insistirem cegamento em fazer
a mesma coisa em toda parte. Se tal flexibilidade é
compreendida, sua comunidade, seguramente, irá crescer em
números e força.
— 13 de novembro de 1986, escrita em nome da Casa Universal de
Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional.
[37]

O cenário está preparado para um crescimento universal,
rápido e maciço da Causa de Deus. … O importantíssimo
trabalho de ensino deve ser continuado com criatividade,
persistência e sacrifício, assegurando o ingresso de um número
cada vez maior de membros, os quais irão prover a energia, os
recursos e a força espiritual para possibilitar à Causa amada
cumprir condignamente com sua parte na redenção da
humanidade.
— Mensagem do Ridván de 1987, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[38]

A Fé avança, não em um ritmo uniforme de crescimento,
mas em vastas ondas, precipitadas pela alternância de crise e
vitória. Em uma passagem escrita em 18 de julho de 1953, nos
primeiros meses da Cruzada de Dez Anos, Shoghi Effendi,
referindo-se à necessidade vital de assegurar, através do trabalho
de ensino, um “fluxo contínuo” de “novos recrutas para a
marcha, vagarosa porém firme, do exército do Senhor das
Hostes”, afirmou que esse fluxo “prognosticará e apressará o
40
advento do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá,
testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações
e raças no mundo bahá’í”. O mundo bahá’í já viu esse dia na
Àfrica, no Pacífico, na Ásia e na América Latina, e tal processo
de entrada em tropas deve, no atual plano ser ampliado e
expandido para outros países, pois, como afirmou o Guardião
na mesma carta, “será o prelúdio daquela hora desde a muito
esperada quando uma conversão em massa por parte dessas
mesmas nações e raças, e como resultado direto de uma cadeia
de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica, dos quais não se pode ter ainda sequer um pálido vislumbre, subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará
o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força
numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual
da Fé de Bahá’u’lláh”. Esse é o tempo para o qual devemos
agora nos preparar; essa é a hora cuja vinda é nosso dever
apressar.
— 31 de agosto de 1987, escrita pela Casa Universal de Justiça aos
bahá’ís do mundo.
[39]

Uma linha prateada, no quadro da escuridão que envolveu
a maior parte deste século, ilumina agora o horizonte. Ela é
discernida nas novas tendências que impelem os processos
sociais em ação através do mundo, nas evidências de um curso
acelerado em direção da paz. Na Fé de Deus, é a força crescente
da Ordem de Bahá’u’lláh, à medida que seu estandarte se ergue
a mais grandiosas alturas. É uma força que atrai. Os veículos
de comunicação dão uma atenção cada vez maior à comunidade
bahá’í mundial; autores reconhecem sua existência em um
crescente número de artigos, livros e obras de referência, sendo
que um dos mais altamente respeitados, recentemente,
mencionou a Fé como a religião mais amplamente disseminada
depois do Cristianismo. Uma extraordinária demonstração do
41
interesse por esta comunidade, de parte de governos,
autoridades civis, personalidades proeminentes e organizações
humanitárias é cada vez mais manifesta. Não somente as leis e
princípios da comunidade, sua organização e modo de vida
estão sendo investigados, mas seu conselho e ajuda ativa são
também procurados para aliviar problemas sociais e ajudar na
realização de atividades humanitárias.
Uma vibrante conseqüência desses desenvolvimentos
favoravelmente conjugados é o surgimento de um novo
paradigma de oportunidades para crescimento e consolidação
ainda maiores de nossa comunidade mundial. Abriram-se novas perspectivas para o ensino da Causa em todos os níveis da
sociedade. Estas são comprovadas pelos resultados iniciais que
estão surgindo das novas iniciativas de ensino que se
desenvolvem em muitos lugares à medida que mais e mais
comunidades nacionais testemunham os primórdios daquela
entrada em tropas, prometida pelo amado Mestre, e que Shoghi
Effendi disse levaria à conversão em massa. As possibilidades
imediatas que se nos oferecem, graças a esta oportuna situação,
compelem-nos à expectativa de que uma expansão da
Comunidade do Máximo Nome, como nunca até agora
aconteceu, está, em verdade, bem próxima.
A centelha que deflagrou o crescente interesse pela Causa
de Bahá’u’lláh foi a heróica demonstração de firmeza e
paciência dos amados amigos no Irã, que levou a comunidade
bahá’í mundial a realizar um persistente e cuidadosamente
orquestrado programa de apelos à consciência do mundo. Este
vasto empreendimento, que envolveu a inteira comunidade,
atuando de forma unida através de sua Ordem Administrativa,
foi acompanhado por atividades igualmente vigorosas e
visíveis, de parte da comunidade, em outras esferas, que foram
enumeradas separadamente. Não obstante, somos impelidos a
42
mencionar que um resultado importante desse esforço grandioso
é o nosso reconhecimento de um novo estágio nos assuntos
externos da Causa, caracterizado por um evidente amadurecimento das Assembléias Espirituais, em seu crescente
relacionamento com organizações governamentais e nãogovernamentais, e com o público em geral. …
Mas o objetivo supremo de todas as atividades bahá’ís é o
ensino. Tudo o que tem sido feito, ou que será feito, gira em
torno desta atividade central, que é a “principal pedra angular
da própria fundação”, à qual todo o progresso da Causa é
devido. O presente desafio exige ensino em uma escala e de
uma qualidade, variedade e intensidade que ultrapassam todos
os esforços atuais. O tempo é este, antes que a oportunidade se
perca diante das fases rapidamente mutáveis de um mundo
frenético. Que não se imagine ser o oportunismo o motivo
essencial que desperta este senso de urgência. Existe uma razão
primordial: é a lamentável e difícil situação que aflige as massas
da humanidade, sofredoras e tumultuadas, famintas de retidão,
mas “ destituídas de discernimento para ver Deus com seus
próprios olhos, ou ouvir Sua melodia com seus próprios
ouvidos.” Elas precisam ser alimentadas. A visão deve ser
restaurada, onde a esperança foi perdida; a confiança construída,
onde a dúvida e a confusão são abundantes. Nestes e em outros
aspectos, “A Promessa da Paz Mundial” destina-se a abrir o
caminho. Sua entrega aos líderes governamentais nacionais
tendo sido virtualmente completada, seu conteúdo deve agora
ser transmitido, por todos os meios possíveis, aos povos em
toda parte, de todas as áreas de atividade humana. Esta é uma
parte necessária do trabalho de ensino em nosso tempo, e deve
ser mantida com vigor imbatível.
O ensino é o alimento do espírito; traz vida para almas
adormecidas e soergue o novo céu e a nova terra; levanta o
43
estandarte de um mundo unificado; assegura a vitória do
Convênio e faz com que aqueles que dão suas vidas a ele
alcancem a felicidade superna do beneplácito de seu Senhor.
Todo crente – homem, mulher, jovem e criança – é
convocado para este campo de ação; pois é da iniciativa, da
vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir, que depende
o sucesso da inteira comunidade. Fundamentados no poderoso
Convênio de Bahá’u’lláh, sustentados pelas orações diárias e
leitura dos Textos Sagrados, fortalecidos por um contínuo
esforço para obter uma compreensão mais profunda dos
Ensinamentos divinos, iluminados por um constante empenho
para relacionar esses Ensinamentos aos assuntos da atualidade,
nutridos pelo cumprimento das leis e princípios de Sua
grandiosa Ordem Mundial, todos os bahá’ís podem alcançar
crescentes medidas de sucesso no ensino. Em suma, o triunfo
final da Causa está assegurado por aquela “única e somente
única coisa”, tão destacadamente enfatizada por Shoghi Effendi,
ou seja: “a extensão na qual nossa própria vida íntima e caráter
privado espelhem, em seus inúmeros aspectos, o esplendor
daqueles princípios eternos proclamados por Bahá’u’lláh.”
— Mensagem do Ridván de 1988, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[40]

Tomamos nota de sua preocupação a respeito de
consolidação e “ensino maciço”. O conceito de ensino maciço
pode ser melhor compreendido se colocado no contexto de
“ensino às massas”. Isso implica alcançar todos os níveis da
sociedade em todos os continentes e ilhas do mundo. Em países
em desenvolvimento, vastos segmentos da população tornaramse bahá’ís, geralmente entre os menos educados. Mais
recentemente, especialmente na Ásia, vemos que a juventude
nos cursos secundários e universidades foi atraída à Fé em
44
grandes números. Isto não significa, no entanto, que haja
qualquer sistema especial de ensino a cujo encalço os bahá’ís
individualmente devam ir. Diferentes culturas e tipos de pessoas
exigem diferentes métodos de contato. Ao mesmo tempo em
que devem tirar o maior proveito possível de um método viável
em determinada área, os amigos devem estar dispostos a aceitar
outros métodos e não insistirem cegamente em fazer a mesma
coisa em toda parte. Se tal flexibilidade é compreendida, a
comunidade … seguramente irá crescer em números e força.
— 11 de agosto de 1988, escrita em nome da Casa Universal de Justiça
a um crente.
[41]

O que se requer é um senso de urgência no ensino e isto
significa acender a faísca de fé e devoção nos corações das
pessoas e atiçá-la de modo que aqueles que aceitam a Fé tornemse seus firmes e ardentes apoiadores. Inevitavelmente, alguns
dos que são atraídos à Mensagem, e declaram sua aceitação
dela, mais tarde, vagueiam para longe da Causa – isto faz parte
do caráter da resposta humana a todos os ensinamentos – porém
o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar não apenas tão
intensamente quanto possível, como também, tão bem quanto
possível.
— 1 de novembro de 1988, escrita em nome da Casa Universal de
Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais.
[42]

O Centro Internacional de Ensino chegou à conclusão de
que as instituições bahá’ís em … parecem ter estado
depositando demasiada confiança em projetos grandes e
custosos, envolvendo muita proclamação e relações públicas
bem-sucedidas. Estas atividades, a seu próprio modo, são muito
úteis; no entanto, devemos nos aperceber que não se pode
esperar que elas produzam grandes números de novos crentes.
45
A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do bahá’í
individual ao transmitir a centelha da fé àqueles que individualmente buscam, respondendo suas questões e aprofundando sua
compreensão dos ensinamentos.
— 9 de fevereiro de 1989, escrita em nome da Casa Universal de
Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional.
[43]

A corrente espiritual que causou tão eletrizantes efeitos na
Convenção Internacional Bahá’í do último Ridván transmitiu.
se por toda a comunidade mundial, levando seus membros,
tanto no Oriente como no Ocidente, a proezas em atividades e
realizações de ensino nunca antes alcançadas em nenhum
período de um ano. O elevado grau de declarações, por si só, é
prova disso, pois cerca de meio milhão de novos crentes já
foram registrados. Os nomes de lugares tão distantes entre si,
como Índia e Libéria, Bolívia e Bangladesh, Taiwan e Perú,
Filipinas e Haiti, saltam em evidência ao contemplarmos os
crescentes sinais da entrada em tropas instada em nossa
mensagem de um ano atrás. Essas comprovações são sinais
alentadores da ainda maior aceleração por vir, na qual todas as
comunidades nacionais, qualquer que seja o estágio atual de
seus esforços de ensino, ver-se-ão afinal envolvidas. …
Todas esses requisitos necessários devem ser, e certamente
serão, atendidos mediante a reconsagrada participação de cada
membro consciencioso da Comunidade de Bahá e,
especialmente, através do comprometimento pessoal de cada
um com o trabalho de ensino. Tão fundamentalmente
importante é esse trabalho para assegurar as bases do êxito de
todos os empreendimentos bahá’ís e para levar avante o
processo de entrada em tropas, que sentimo-nos impelidos a
adicionar uma palavra de ênfase para sua consideração. Não é
suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais essencial
46
que seja tal ação. Não basta expandir as listas de registro de
bahá’ís, por vital que seja tal trabalho. As almas têm de ser
transformadas, e, desta forma, consolidadas as comunidades e
alcançados novos modelos de vida. A transformação é o
propósito essencial da Causa de Bahá’u’lláh; porém depende
da vontade e do esforço do indivíduo alcançá-la, em obediência
ao Convênio. Para o progresso desta transformação vital, que
representa a frutificação da existência humana, é necessário
adquirir o conhecimento da vontade e do propósito de Deus,
por meio da leitura e do estudo regulares da Palavra Sagrada.
Amados amigos: O ímpeto gerado pelas realizações do ano
que passou reflete-se não somente nas oportunidades para uma
notável expansão da Causa, mas também num vasto campo de
desafios – momentosos, insistentes, variados – que se conjugam
de forma tal que trazem exigências, em medida sem precedentes,
sobre nossos recursos materiais e espirituais. Temos de estar
preparados para atendê-las. Chegamos, nesta metade do Plano
de Seis Anos, a um momento histórico prenhe de esperanças e
possibilidades – um momento no qual tendências importantes
do mundo tornam-se mais intimamente alinhadas com os
princípios e objetivos da Causa de Deus. É, portanto, tremenda
a urgência a que nossa comunidade prossiga vigorosamente
no cumprimento de sua missão de âmbito mundial.
Nossa principal resposta deve ser ensinar – ensinar a nós
mesmos e ensinar aos demais – em todos os níveis da sociedade,
por todos os meios possíveis e sem mais demora.
— Mensagem do Ridván de 1989, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[44]

Durante os últimos dois anos, quase um milhão de almas
ingressaram na Causa. Os crescentes exemplos de entradas em
47
tropas em diferentes lugares contribuíram para esse
crescimento, chamando a atenção para a visão de Shoghi
Effendi que molda nossa percepção das gloriosas possibilidades
futuras no campo de ensino. Pois ele asseverou que o processo
da “entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no
mundo bahá’í … será o prelúdio daquela hora desde a muito
esperada, quando uma conversão em massa por parte dessas
mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma
cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza
catastrófica, os quais não podem ainda nem sequer ser
visualizados, subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a
força numérica, assim como o poder material e a autoridade
espiritual da Fé de Bahá’u’lláh. Tudo nos encoraja a crer que
os ingressos em larga escala irão expandir-se, envolvendo vila
após vila, cidade após cidade, de um país para outro. Contudo,
não nos cabe esperar passivamente pelo cumprimento final da
visão de Shoghi Effendi. Nós, poucos que somos, colocando
nossa inteira confiança na providência de Deus e considerando
como um privilégio divino os desafios com que nos
defrontamos, devemos avançar para a vitória com os planos
em mão.
Uma expansão de pensamento e de ação, em certos aspectos
de nosso trabalho, incrementaria nossas possibilidades de
sucesso no cumprimento dos compromissos anteriormente
mencionados. Uma vez que a mudança – a mudança cada vez
mais rápida – é uma característica constante da vida nos dias
atuais, e desde que o nosso crescimento, tamanho e
relacionamento externo exigem muito de nós, nossa
comunidade precisa estar preparada para adaptar-se. Em um
sentido, isto significa que a comunidade precisa tornar-se mais
proficiente para gerir uma grande variedade de ações sem perder
48
a concentração que deve manter nos objetivos fundamentais
do ensino, ou seja, expansão e consolidação. É exigida uma
unidade na diversidade de ações, uma condição na qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em diferentes atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho agregado sobre o
desenvolvimento e crescimento da Fé, porquanto uma pessoa
não pode fazer tudo, e todos não podem fazer a mesma coisa.
Este entendimento é importante para a maturidade que a
comunidade está sendo forçada a alcançar, devido às muitas
demandas que tem recebido.
A Ordem trazida por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar
o progresso e resolver os problemas da sociedade. Nosso
número é ainda muito diminuto para efetuar uma demonstração
adequada das potencialidades inerentes ao sistema
administrativo que estamos construindo, e a eficácia deste
sistema não será completamente reconhecida sem uma vasta
expansão do número de crentes. Com a situação prevalecente
no mundo, a necessidade de concretizar tal demonstração tornase mais premente. É demasiadamente óbvio que até mesmo
aqueles que são contra os defeitos da velha ordem, e inclusive
se disporiam a demoli-la, estão eles mesmos destituídos de
qualquer alternativa viável para colocar em seu lugar. Tendo
em vista o fato de que a Ordem Administrativa foi concebida
para ser um modelo para a sociedade futura, a visibilidade de
tal modelo será um sinal de esperança para aqueles que se
desesperam.
Até o momento, conseguimos uma diversidade maravilhosa
no grande número de grupos étnicos representados na Fé, e
tudo deve ser feito para fortificá-la, mediante um maior número
de ingressos dentre grupos já representados e a atração de
membros de grupos ainda não alcançados. No entanto, existe
ainda outra categoria de diversidade que precisa ser construída
49
e sem a qual a Causa não será capaz de corresponder
adequadamente aos desafios que sobre ela se impõem. O
conjunto de seus membros, independente da variedade étnica,
deve agora abarcar um número crescente de pessoas de
capacidade, incluindo pessoas de realizações e proeminência
nos vários campos da atividade humana. O registro de números
significativos de tais pessoas é um aspecto indispensável do
ensino às massas, um aspecto que não pode mais ser negligenciado e que precisa ser, consciente e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de ensino, de forma a ampliar suas
bases e acelerar o processo de entrada em tropas. Tão importante
e oportuna é a necessidade de ação neste assunto que somos
impelidos a solicitar aos Conselheiros Continentais e às
Assembléias Espirituais Nacionais que devotem séria atenção
a ela em suas consultas e planos.
Os assuntos da humanidade chegaram a um estágio no qual
far-se-ão mais e mais chamados à nossa comunidade para
ajudar, através de conselhos e medidas práticas, a resolver
problemas sociais críticos. É um serviço que faremos com
prazer, mas isso significa que nossas Assembléias Espirituais
Locais e Nacionais têm de ser mais escrupulosamente fiéis aos
princípios. Com a atenção pública cada vez mais focalizada
sobre a Causa de Deus, torna-se imperioso que as instituições
bahá’ís aprimorem seu desempenho através de uma mais íntima identificação com as verdades fundamentais da Fé, através
de uma maior conformidade com o espírito e a forma da
administração bahá’í e através de uma confiança mais incisiva
nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de forma que as
comunidades que elas guiem reflitam um modelo de vida que
ofereça esperança para os membros desiludidos da sociedade.
Que há sinais de que a Paz Menor não pode estar muito
distante, que as instituições locais e nacionais da Ordem Admi50
nistrativas estão crescendo firmemente em experiência e
influência, que os planos para a construção dos edifícios
administrativos restantes no Arco estão em um estágio
adiantado, que estas condições alentadoras tornam mais
discernível a concretização da sincronização dinâmica prevista
por Shoghi Effendi, nenhum observador sincero pode negar.
Como uma comunidade claramente na vanguarda das forças
construtivas em operação no planeta, e como uma que tem
acesso a conhecimento comprovado, ocupemo-nos com os
assuntos de nosso Pai. Ele, de Seus gloriosos retiros no alto,
liberará efusões generosas de Sua graça sobre nossos humildes
esforços, assombrando-nos com as incalculáveis vitórias de Seu
poder conquistador. É pelas incessantes bênçãos de tal Pai que
continuaremos a suplicar em favor de todos e de cada um de
vocês no Sagrado Umbral.
— Mensagem do Ridván de 1990, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[45]

Acima de tudo, é essencial terem os amigos confiança de
que uma nova receptividade está amanhecendo nos corações
dos europeus e terem fé de que as sementes que estão semeando
germinarão. Devem saber que o tempo se aproxima quando o
número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará
repentinamente e devem estar prontos e ansiosos para dar as
boas-vindas a estes novos crentes.
— 12 de setembro de 1991, escrita em nome da Casa Universal de
Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional.
[46]

Todos esses desenvolvimentos deixaram evidente que o
potencial acumulado para o progresso adicional da comunidade
bahá’í é incalculável. A situação modificada, dentro das nações
e entre elas, bem como os muitos problemas que afligem a
51
sociedade, aumentam esse potencial. A impressão que causa
tal modificação é que a Paz Menor de perto se aproxima.
Entretanto, tem havido um recrudescimento simultâneo das
forças de natureza contrária. Junto com a nova onda de liberdade
política, que resultou no colapso dos baluartes do comunismo,
surgiu uma explosão de nacionalismo. O crescimento
concomitante do racismo em muitas regiões tornou-se já um
assunto de séria preocupação mundial. Essas atitudes estão
combinadas com uma erupção de fundamentalismo religioso
que está envenenando os mananciais da tolerância. O terrorismo
é algo freqüente. A incerteza generalizada quanto à condição
da economia indica uma profunda desordem na administração
dos assuntos materiais do planeta, condição esta que apenas
agrava o sentimento de frustração e futilidade que afeta a esfera
política. A deterioração das condições do meio-ambiente e da
saúde de populações imensas é uma causa de alarme. E, no
entanto, um elemento dessa modificação são os espantosos
avanços na tecnologia da comunicação, que tornam possível a
rápida transmissão de informação e idéias de uma a outra parte
do mundo. É contra o pano de fundo de tais “processos
simultâneos – o surgir e o cair, a integração e a desintegração,
a ordem e o caos, com suas reações contínuas e recíprocas”
que se apresentam uma miríade de novas oportunidades para o
próximo estágio no desdobramento do Plano Divino do amado
Mestre.
Com a proximidade do Ano Santo, a influência primaveril
da Revelação de Bahá’u’lláh parece ter assumido o caráter de
um vento impetuoso e contínuo que sopra por entre as estruturas
arcaicas da velha ordem mundial, fazendo cair poderosos pilares
e limpando o terreno para novas concepções de organização
social. O chamado à unidade, à uma nova ordem mundial, pode
ser escutado de muitas direções. A mudança da sociedade
52
mundial é caracterizada por uma velocidade prodigiosa. Uma
característica dessa mudança é que ela é repentina, abrupta, o
que parece ser conseqüência de alguma força misteriosa –
incontida, violenta, ameaçadora e aflitiva. Os aspectos positivos
dessa mudança revelam uma abertura não comum para
conceitos globais e para o movimento rumo à colaboração em
nível internacional e regional; uma propensão das partes
envolvidas em conflito de optarem por soluções pacíficas; uma
busca por valores espirituais. Até mesmo a própria comunidade
do Maior Nome está experimentando os efeitos rigorosos desse
vento revificador, à medida em que ele areja as formas de pensamento de todos nós, renovando, clarificando e ampliando nossas
perspectivas quanto ao propósito da Ordem de Bahá’u’lláh na
esteira do sofrimento e do tumulto da humanidade.
A situação do mundo, enquanto nos apresenta um desafio
crucial da maior urgência, traz à mente a encorajadora visão
global de Shoghi Effendi com respeito às perspectivas da Ordem
Administrativa durante o segundo século da Era Bahá’í, de
cujo ponto medial rapidamente nos aproximamos. Em 1946
ele escreveu: “o segundo século está destinado a testemunhar
um estupendo alinhamento para o combate e uma notável
consolidação das forças que operam a favor do
desenvolvimento mundial daquela Ordem, bem como os
primeiros movimentos daquela Ordem Mundial, da qual o atual
Sistema Administrativo é, ao mesmo tempo, o precursor, o
núcleo e o padrão – uma Ordem que, na medida em que
lentamente se cristaliza e irradia suas influências benéficas
sobre o inteiro planeta, irá proclamar, a um só tempo, a
maioridade da inteira espécie humana, assim como a maturidade
da própria Fé a progenitora daquela Ordem.”
— Mensagem do Ridván de 1992, escrita pela Casa Universal de
.
Justiça aos bahá’ís do mundo.
[47]

53
O ano do centenário foi também um período em que a
situação, no mundo em geral, tornou-se mais confusa e
paradoxal: houve, simultaneamente, sinais de ordem e caos,
de promessa e frustração. Em meio às convulsões do atual
estado de coisas a nível global, mas com sentimentos de
deslumbramento e alegria, coragem e fé que o Ano Santo causou
em nossos corações, nós, neste Ridván, no centésimo
.
qüinquagésimo ano de nossa Fé, estamos engajados num Plano
de Três Anos. Sua brevidade é compelida pelas correntes rapidamente mutantes do tempo. Mas o objetivo principal do Plano é
indispensável para o futuro da Causa e da humanidade. É o
próximo estágio no desenvolvimento da Carta divina do ensino
escrita pelo Centro do Convênio. O Plano será uma medida de
nossa determinação em responder às imensas oportunidades
deste momento crítico na evolução social do planeta. Através
de dedicação resoluta em busca de seus objetivos declarados e
da completa realização de suas metas, como melhor se adaptem
às circunstâncias de cada comunidade nacional, o caminho
tornar-se-á claro para uma projeção adequada do papel da Fé
em relação aos inevitáveis desafios que se colocam diante de
toda a humanidade, neste final do século vinte, rapidamente
evanescente e tão pleno de destino.
Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser
alcançada muito além de todos os registros passados. A tarefa
de espalhar a Mensagem à generalidade da humanidade, em
aldeias, cidades e metrópoles, precisa ser rapidamente ampliada.
A necessidade de tal realização é crítica, pois sem ela não se
proverá aos órgos laboriosamente formados da Ordem
Administrativa a esfera de ação para poderem desenvolver e
demonstrar adequadamente sua inerente capacidade de atender
às necessidades gritantes da humanidade em sua hora de
desespero cada vez mais intenso. Neste sentido, a mutualidade
do ensino e administração deve ser completamente entendida
54
e amplamente enfatizada, pois um reforça o outro. Os problemas
da sociedade que afetam nossa comunidade, e aqueles que
naturalmente surgem de dentro da própria comunidade, sejam
eles de natureza social, espiritual, econômica ou administrativa,
serão resolvidos à medida que nossos números e recursos se
multipliquem, e quando, em todos os níves da comunidade, os
amigos desenvolvam a habilidade, disposição, coragem e
determinação de obedecer às leis, aplicar os princípios e
administrar os assuntos da Fé em conformidade com os
preceitos divinos.
O novo Plano gira em torno de um tema triplo: aumentar a
vitalidade da fé dos crentes individualmente, desenvolver
grandemente os recursos humanos da Causa, e promover o
funcionamento adequado das instituições bahá’ís, locais e
nacionais. Isto objetiva enfocar os requesitos de sucesso, à
medida que se vai ao encalço das múltiplas metas do Plano
nestes tempos turbulentos. …
O treinamento dos amigos, e os esforços que exerçam,
através de sério estudo individual, para adquirir conhecimentos
da Fé, aplicar seus princípios e administrar seus assuntos, são
indispensáveis para o desenvolvimento dos recursos humanos
necessários ao progresso da Causa. Mas só o conhecimento
não é suficiente; é vital que seja dado treinamento de uma forma
que inspire amor e devoção, fomente a firmeza no Convênio,
impulsione o indivíduo a uma participação ativa no trabalho
da Causa e a tomar iniciativas sólidas na promoção de seus
interesses. Esforços especiais para atrair pessoas de capacidade
à Fé darão também muito resultado em prover os recursos
humanos que tanto se necessita neste momento. Além disso,
esses esforços irão estimular e fortalecer a habilidade das
Assembléias Espirituais em desincumbir-se de suas graves
responsabilidades.
55
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Promovendo a Entrada em Tropas: Uma Visão da Expansão da Fé Bahá'í

  • 1.
  • 2.
  • 4.
  • 5. Promovendo a Entrada em Tropas Uma declaração e uma compilação preparada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça Outubro 1993 Editora Bahá’í do Brasil
  • 6. Título original em inglês: Promoting Entry by Troops Copyright © 1995 Editora Bahá’í do Brasil R. Côn. Eugênio Leite 350 05414-010 São Paulo, SP Segundaedição: 1995 Primeira edição: 2000 99 98 97 96 95 12 Impresso no Brasil ISBN: 85-320-0040-1 Tradução: Rolf von Czekus Revisão: Osmar Mendes No. 400. Composto em Times Roman 12/14,4 e 11/13,2 Impressão: R. Vieira Gráfica e Editora Ltda. – Campinas, SP
  • 7. Índice Prefácio – Carta da Casa Universal de Justiça vii Promovendo a Entrada em Tropas – uma Declaração 1 Promovendo a Entrada em Tropas – uma Compilação Referências 19 63
  • 8. vi
  • 9. Tradução A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í 9 de novembro de 1993 A todas as Assembléias Espirituais Nacionais Bem-amados Amigos, Na mensagem enviada no último Ridván, chamamos a atenção do mundo bahá’í quanto à necessidade crucial de uma expansão maciça da comunidade bahá’í nos anos imediatamente à frente. A crescente receptividade dos povos do mundo à Mensagem de Bahá’u’lláh reforça nossa convicção de que a entrada em tropas tornar-se-á, em breve, um padrão estabelecido para o crescimento da Fé de país em país. Para ajudar as Assembléias Espirituais Nacionais e todos os amigos a entender, acolher com alegria, iniciar e manter este processo, estamos anexando uma compilação intitulada “Promovendo a Entrada em Tropas”, e uma declaração de apresentação preparada pelo Departamento de Pesquisa. Quem quer que estude essas passagens iluminadoras perceberá que a entrada em tropas não é meramente um estágio do progresso da Causa destinado a ocorrer em seu próprio tempo, dependente de receptividade da população como um todo – é um fenômeno para o qual as comunidades bahá’ís, através de suas próprias atividades, podem se preparar e ajudar a que aconteça. É também um processo que, uma vez iniciado, pode ser mantido. Através de uma sábia alocação de recursos e indo energicamente ao encalço de planos simultâneos de expansão, aprofundamento e consolidação, o processo de entrada em tropas deve produzir um suprimento rapidamente crescente de crentes ativos, de comunidades locais solidamente estabelecidas e instituições bahá’ís locais e nacionais em firme desenvolvimento. vii
  • 10. O mundo bahá’í precisa fomentar uma clareza de visão unificada para a expansão da Causa e todos os seus órgãos, e um campo bem amplo de atividades apropriadas às diferentes condições, tanto da população em geral, como dos bahá’ís individualmente. Portanto, conclamamos os amigos, e especialmente as Assembléias, para estudarem esta compilação, entenderem a coerência de suas afirmativas, e utilizarem seus conselhos para dar um ímpeto renovado à difusão da Fé e ao estabelecimento das instituições da Causa de Deus. Acima de tudo, em cada aspecto do ensino da Mensagem, os amigos devem confiar no poder regenerativo da Palavra de Deus, buscar força nas hostes da assistência divina, e antecipar as bênçãos que continuamente serão derramadas sobre eles. Construir um novo mundo não é uma tarefa fácil. O caminho é pedregoso e cheio de obstáculos, mas a jornada é infinitamente compensadora. É nossa fervorosa oração junto ao Limiar Sagrado que os amigos em todo o mundo, com seus corações plenos de amor a Bahá’u’lláh, levantar-se-ão para ensinar Sua Mensagem às multidões sedentas, e acolherão em Sua Causa, com alegria, todos aqueles cujos espíritos respondam ao Chamado Divino e que se sintam movidos a compartilhar da sorte dos construtores do Reino de Deus nesta terra. Estamos confiantes que, guiados e assistidos pelos Conselheiros e seus auxiliares, vocês serão confirmados em seus esforços para dirigir as energias dos amigos no sentido deste momentoso empreendimento. Com amorosas saudações bahá’ís, !"#$%$"&'()*+%$,"-*"./%0(1$ Anexos cc: As Mãos da Causa de Deus Centro Internacional de Ensino Conselheiros
  • 11. Promovendo a Entrada em Tropas Uma Declaração
  • 12.
  • 13. Promovendo a Entrada em Tropas Uma declaração preparada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça Outubro de 1993 A VISÃO DE SHOGHI EFFENDI do desenvolvimento orgânico da Fé molda nossa percepção das gloriosas possibilidades futuras no campo de ensino. Em uma carta dirigida aos crentes americanos em 1953, onde ele destaca a necessidade da distribuição estratégica de pioneiros, o amado Guardião afirma que um “fluxo constante de reforços” prognosticará e apressará o advento do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í – um dia que, visto em sua perspectiva apropriada, será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica.. subitamente … revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh.1 Escrevendo em sua mensagem do Ridván de 1990, a Casa . Universal de Justiça conecta os “crescentes exemplos de entrada em tropas”, em diferentes partes do mundo, aos estágios de desenvolvimento descritos por Shoghi Effendi. Também determina nosso lugar neste histórico processo e desafia os 1
  • 14. crentes à ação. Atesta a Casa Universal de Justiça: Tudo nos encoraja a crer que os ingressos em larga escala irão expandir-se, envolvendo vila após vila, cidade após cidade, de um país para outro. Contudo, não nos cabe esperar passivamente pelo cumprimento final da visão de Shoghi Effendi. Nós, poucos que somos, colocando nossa inteira confiança na providência de Deus e considerando como um privilégio divino os desafios com que nos defrontamos, devemos avançar para a vitória com os planos em mão.2 Para ajudar os amigos a aprimorar seu entendimento dos processos associados com a entrada em tropas, e em resposta ao desafio colocado pela Casa Universal de Justiça, anexamos uma compilação com trechos de cartas escritas por Shoghi Effendi e pela Casa Universal de Justiça, ou em seus nomes, e oferecemos os seguintes comentários que visam analisar e destacar alguns dos temas extraídos da compilação. Nas seções 1 e 2 desta declaração, descrevemos alguns aspectos gerais do processo de crescimento e chamamos a atenção para fatores que contribuem para a expansão da Fé, enquanto que, na seção 3, focalizamos atividades específicas que podem ser adotadas para promover e manter o processo de entrada em tropas. 1. Algumas Características do Crescimento Antes de considerar o assunto da entrada em tropas, iniciamos examinando alguns aspectos gerais associados com os processos através dos quais a Fé Bahá’í cresce. 1.1 Crescimento Orgânico O crescimento da Fé ocorre de forma orgânica e evolucionária. Seu ritmo de crescimento não é , portanto, necessariamente uniforme, 4 pelo contrário, avança “em vastas ondas, precipitadas pela alternância de crise e vitória.”5 Shoghi Effendi 3 2
  • 15. também afirmou que a difusão da Fé em todo o mundo será acompanhada de uma aceleração de sua própria taxa de crescimento.6 Por enquanto, a Fé não está crescendo numa mesma proporção em todas as partes do mundo. A Casa Universal de Justiça tem observado existir uma “receptividade ansiosa” à Fé em muitas terras,7 e que certos segmentos da população podem, inicialmente, tender a ser mais receptivos à Causa que outros.8 Naquelas áreas onde a receptividade está apenas começando a surgir, a Casa de Justiça aconselha aos crentes a estarem confiantes de que “o tempo se aproxima quando o número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará repentinamente.”9 Com relação ao futuro imediato, a Casa Universal de Justiça afirma que a taxa de crescimento está destinada a se acelerar. Afirma que “o cenário está preparado para um crescimento universal, rápido e maciço da Causa”,10 e prevê que todas as comunidades nacionais irão colher os frutos da entrada em tropas.11 1.2 Dinâmica de Crise e Vitória A interação dinâmica dos processos de crise e vitória caracteriza o desenvolvimento da Fé.12 Shoghi Effendi afirma que os “registros de sua história tumultuosa” demonstram a verdade suprema de que, com toda nova manifestação de hostilidade para com a Fé, quer originária de dentro ou de fora, uma medida correspondente de efusão de graças, sustentando seus defensores e confundindo seus adversários, tem sido liberada providencialmente, transmitindo um novo impulso à marcha avante da Fé, ao passo que esse ímpeto, por sua vez, iria provocar, através de suas manifestações, nova hostilidade em áreas até então desapercebidas de suas implicações desafiadoras …13 3
  • 16. A Casa Universal de Justiça, da mesma forma, associa o contínuo surgimento da Fé da obscuridade e a maturação do funcionamento das instituições administrativas, com a resposta da comunidade à recente onda de perseguição no Irã,14 e prevê que “as atuais vitórias levarão à oposição ativa.”15 1.3 Impacto do Declínio Social Shoghi Effendi chama a atenção para a influência purificadora do sofrimento e da tribulação, associada com o processo do declínio social, na expansão da Causa.16 E, em uma carta escrita em seu nome, o Guardião observa que “depois da humanidade ter sofrido … as pessoas entrarão na Causa de Deus em tropas.”17 A Casa Universal de Justiça descreve graficamente o impacto do processo de declínio sobre a humanidade, relacionao com a busca espiritual do gênero humano18 e salienta a premente responsabilidade dos bahá’ís, tanto para aumentar o ritmo de suas atividades de ensino,19 “antes que a oportunidade se perca diante das fases rapidamente mutáveis de um mundo frenético”,20 como para criar o tipo de comunidade que ofereça um modelo tão distintivo de vida que irá “reascender a esperança entre os membros da sociedade, que se encontram crescentemente desiludidos.”21 1.4 Saída da Obscuridade O progresso da Fé é acelerado pelas oportunidades decorrentes de sua saída da obscuridade. A Casa Universal de Justiça refere-se ao “surgimento de um novo paradigma de oportunidades para crescimento e consolidação ainda maiores de nossa comunidade mundial”,22 e destaca o desafio urgente com que se defronta a comunidade bahá’í ao fazer face às necessidades decorrentes das possibilides que surgem à medida que a Paz Menor se aproxima.23 4
  • 17. 2. Fatores que Contribuem para o Crescimento Como introdução, é importante observar que o amado Guardião em uma carta datada de 18 de fevereiro de 1932, escrita em seu nome, sublinha o fato de que um mero aumento no número de crentes não significa necessariamente um progresso da Causa. Ele afirma: Não é suficiente computar o número das almas que abraçam a Causa para saber o progresso que está ocorrendo. As conseqüências mais importantes de suas atividades são o espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão na qual os ensinamentos que proclamamos tornem-se parte da consciência e da crença das pessoas que os ouvem. Pois é somente quando o espírito tiver permeado completamente o mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes números.24 Da mesma forma, na mensagem do Ridván de 1989, a Casa . Universal de Justiça afirma: Não é suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais essencial que seja tal ação. Não basta expandir as listas de registro de bahá’ís, por vital que seja tal trabalho. As almas têm de ser transformadas, e, desta forma, consolidadas as comunidades e alcançados novos modelos de vida. A transformação é o propósito essencial da Causa de Bahá’u’lláh; porém depende da vontade e do esforço do indivíduo alcançá-la, em obediência ao Convênio.25 Estudando as cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça é possível identificar vários fatores que contribuem para o crescimento da Fé em larga escala. Esses fatores interagem e reforçam um ao outro, e, quando atuam em harmonia, provêem a base para a criação de um ambiente que irá produzir crescimento – uma comunidade bahá’í cujos 5
  • 18. membros dedicam-se ao aprimoramento de sua compreensão da natureza do ensino e ao aprendizado de como trabalhar juntos de forma a que, tanto acelerem, como mantenham os processos de expansão e de consolidação. Dentre esses fatores interativos, estão os que seguem. 2.1 Compromisso com a Transformação Espiritual O elo crucial entre a transformação espiritual individual e a maturação gradual do funcionamento da comunidade bahá’í, e o crescimento da Fé, é um tema familiar nas cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça. Promover tal transformação na vida pessoal e familiar, e no funcionamento das comunidades e Assembléias, é responsabilidade tanto dos indivíduos,26 como das instituições bahá’ís.27 Como explica Shoghi Effendi: Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige dedicação completa, consagração a essa nobre missão e o viver a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos, mas também pelas Assembléias, então a Fé crescerá rapidamente.28 2.2. Amor e Unidade O amor e unidade entre os crentes29 e o amor dos amigos pela Fé e suas instituições30 são fundamentais para atrair grandes números de pessoas à Causa. O amado Guardião descreve a unidade e amor entre os amigos como “o espírito que deve animar sua vida comunitária”,31 e decifra suas implicações práticas com relação ao planejamento e implementação do trabalho de ensino. Em uma carta escrita em seu nome, ele orienta os crentes como segue: Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente bahá’ís, tornem-se mais unidos, mais 6
  • 19. educados espiritualmente, mais competentes no cumprimento de suas tarefas administrativas, como uma forma de preparação para o ensino e para receberem maiores números de novos crentes.32 A Casa Universal de Justiça chama a atenção para o outro aspecto importante deste assunto. Ela nos adverte contra a polarização de pontos de vista sobre métodos e formas de ensino, e oferece o seguinte conselho aos crentes: Neste, como em todos os aspectos do trabalho da Causa, a solução reside em que os amigos sejam pacientes e indulgentes com aqueles que, por suas limitações, lhes afligem e que se esforcem, através da consulta das Assembléias, em se aproximar de um equilíbrio apropriado, enquanto mantêm o ímpeto do trabalho e canalizam o entusiasmo dos crentes.33 2.3 Participação Universal A participação universal e os esforços persistentes dos amigos no ensino da Causa, na aplicação de seus princípios e no incremento do desenvolvimento de suas instituições não são somente “indispensáveis para o desenvolvimento dos recursos humanos necessários ao progresso da Causa”,34 como também aumentam o sucesso no ensino.35 2.4 Equilíbrio entre a Expansão e a Consolidação A Casa Universal de Justiça refere-se à expansão e consolidação como “processos gêmeos que devem caminhar de mãos dadas”.36 Afirma que eles são “processos inseparáveis”,37 e que eles representam os “objetivos fundamentais do ensino”.38 Enfatizando a relação entre consolidação e ensino, a Casa de Justiça, em uma carta escrita em seu nome, declara: A consolidação apropriada é essencial à preservação da 7
  • 20. saúde espiritual da comunidade, à proteção de seus interesses, à preservação de seu bom nome, e, em última análise, para a continuação do próprio trabalho de expansão.39 2.5 A Comunidade Bahá’í como Modelo A comunidade bahá’í e a Ordem Administrativa devem continuar a se desenvolver e apresentar-se ao mundo como um modelo viável e uma alternativa como forma de organização social. Este é um processo contínuo. Shoghi Effendi, em uma carta escrita em seu nome, afirma que Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um modelo verdadeiro, em ação, de algo melhor do que ele já tem, não irá responder à Fé em grandes números.40 De forma semelhante, a Casa Universal de Justiça chama a atenção para o caráter distintivo da comunidade bahá’í e afirma que, à medida que o contraste entre a comunidade e o mundo em geral aumenta, isso “deverá, finalmente, atrair as massas desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do Convênio de Bahá’u’lláh”.41 Ainda mais, a Casa de Justiça percebe haver uma crescente preocupação com relação aos assuntos da humanidade e à incapacidade da velha ordem de resolver os problemas sociais críticos. Uma vez que a Ordem Administrativa Bahá’í está destinada a ser o modelo para a sociedade futura, existe uma necessidade premente em demonstrar as “potencialidades inerentes ao sistema administrativo” e para prover, em conseqüência, “um sinal de esperança para aqueles que se desesperam”.42 Considerando a estreita relação existente entre os elementos de crescimento descritos acima e sua natureza interativa, sugerese que, enquanto cada fator contribui para o processo de expansão, nenhum fator, por si mesmo, mostrar-se-á suficiente para produzir e manter ingressos em larga escala. Concentrar-se em 8
  • 21. um, em detrimento dos outros, poderá distorcer o processo de ensino e retardar o crescimento e a expansão da comunidade bahá’í a longo prazo. Ainda mais, Shoghi Effendi afirma que o envolvimento no trabalho de ensino reforça o desenvolvimento dos verdadeiros fatores que contribuem para o crescimento da Fé. Em uma carta escrita em seu nome, ele declara: Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é, na verdade, essencial à materialização gradual e completa de suas esperanças para a expansão e consolidação do Movimento em seu país.43 O Guardião também chama a atenção para o perigo inerente ao fato dos amigos esperarem até que estejam “completamente qualificados para cumprir qualquer tarefa especial”,44 e enfatiza a relação entre os esforços individuais e a ajuda divina, observando que Deus irá … ajudar-nos se fizermos a nossa parte e nos sacrificarmos no caminho do progresso de Sua Fé. Devemos sentir a responsabilidade colocada em nossos ombros, levantarmo-nos para dela nos desincumbirmos, e, então, esperar a graça divina a ser derramada sobre nós.45 3. Promovendo a Entrada em Tropas Decorrente de um estudo da compilação anexa, é evidente existirem diversas atividades específicas que contribuem diretamente para o processo da entrada em tropas. 3.1 Fortalecimento das Assembléias Espirituais Shoghi Effendi enfatiza a importância da “instrumentalidade” da Ordem Administrativa em “vividamente” e “sistematicamente” levar a Mensagem curadora de Bahá’u’lláh “à atenção das massas”.46 Ele destaca a relação existente entre 9
  • 22. o desenvolvimento das instituições e “o aceleramento no processo vital da conversão individual”, afirmando que este último é a razão pela qual “toda a maquinária da Ordem Administrativa foi, primariamente e tão laboriosamente, erigida.”47 Igualmente, a Casa Universal de Justiça liga diretamente o fortalecimento e o desenvolvimento das Assembléias Espirituais Locais com a capacidade da Fé de tratar do assunto da entrada em tropas.48 A natureza desta relação é explicada pela Casa de Justiça na mensagem do Ridván de 1993. . Refere-se à “mutualidade do ensino e administração” e ao fato de que “um reforça o outro”.49 A Casa Universal de Justiça indica existir uma necessidade imperiosa de que as instituições bahá’ís aprimorem seu desempenho através de uma mais íntima identificação com as verdades fundamentais da Fé, através de uma maior conformidade com o espírito e a forma da administração bahá’í e através de uma confiança mais incisiva nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de forma que as comunidades que elas guiem reflitam um modelo de vida que ofereça esperança para os membros desiludidos da sociedade.50 Para esta finalidade, a Casa Universal de Justiça enfatiza a importância do treinamento dos amigos, incluindo aqueles nas áreas de ensino em massa,51 para aumentarem seu entendimento e participação no trabalho administrativo da Causa. Destaca que o “funcionamento apropriado” das Assembléias Espirituais depende, em grande parte, dos esforços de seus membros no sentido de familiarizarem-se com seus deveres e aderirem, escrupulosamente, aos princípios em sua conduta pessoal e na condução de suas responsabilidades oficiais. 10
  • 23. Chama a atenção para a importância da decisão dos membros da Assembléia de remover de seu meio todos os traços de alienação e tendências sectárias, sua habilidade em conquistar a afeição e o apoio dos amigos a seus cuidados e de envolver tantos indivíduos quanto possível no trabalho da Causa. E afirma que o resultado desses dedicados esforços de parte dos membros das instituições irá resultar em “um padrão de vida” que, não somente “trará honra à Fé”, como também servirá para atrair “os membros da sociedade, que se encontram crescentemente desiludidos.”52 3.2 Administração Eficiente e Pronta Consolidação Embora a forma pela qual o trabalho de ensino é organizado seja um assunto a ser determinado por cada Assembléia Espiritual Nacional, a Casa Universal de Justiça destaca a necessidade de “uma estrutura de ensino eficiente” para assegurar que “as tarefas sejam levadas a cabo com presteza e de acordo com os princípios administrativos de nossa Fé”.53 Adicionalmente, afirma que a tarefa de consolidação, que é “elemento essencial e inseparável do ensino”,54 deve ser “pronta, meticulosa e contínua”.55 Tal forma de abordagem integrada à expansão da Causa não somente aumenta os recursos humanos e financeiros da comunidade bahá’í,56 como também ajuda a evitar tais problemas como a “inoculação” dos crentes contra a Fé, resultante de uma combinação de ensino inadequado e consolidação descuidada.57 3.3 Planos de Ensino Estratégicos e Flexíveis A Casa Universal de Justiça conclama cada uma das Assembléias Espirituais Nacionais para “equilibrar seus recursos e 11
  • 24. harmonizar seus esforços” para assegurar que a Fé seja ensinada a “todos os segmentos da sociedade”. 58 Aconselha as Assembléias a serem estratégicas e sistemáticas, a fazerem seus planos de ensino de modo a atender às necessidades de grupos sociais e culturais específicos,59 pois “diferentes culturas e tipos de pessoas exigem diferentes métodos de contato”,60 e afirma que a meta de todas as instituições bahá’ís e dos instrutores bahá’ís é: “avançar continuamente para novas áreas e camadas da sociedade”.61 A Casa de Justiça chama a atenção para a importância da flexibilidade e equilíbrio na formulação e implementação de planos de ensino. Os crentes são encorajados a serem receptivos a novos métodos,62 usarem uma variedade de formas de contato,63 e “não insistirem cegamente em fazer a mesma coisa em toda parte”. 64 A Casa Universal de Justiça indica que a comunidade bahá’í precisa tornar-se mais proficiente para gerir uma grande variedade de ações sem perder a concentração que deve manter nos objetivos fundamentais do ensino, ou seja, expansão e consolidação. E, para essa finalidade, enfatiza a necessidade de uma unidade na diversidade de ações … uma condição na qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em diferentes atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho agregado sobre o desenvolvimento e crescimento da Fé, porquanto uma pessoa não pode fazer tudo, e todos não podem fazer a mesma coisa.65 A importância da adoção pelos crentes de formas de contato estratégicas e flexíveis no trabalho da Causa é relacionada pela Casa Universal de Justiça tanto à crescente maturidade da comunidade bahá’í, como à sua expansão.66 12
  • 25. 3.4 Alcançando Pessoas de Capacidade Escrevendo às Assembléias Espirituais Nacionais, a Casa Universal de Justiça orienta que a Fé deve ser levada “a todas as camadas da sociedade humana e a todas as ocupações”. Diz mais, que “todos têm que ser, conscientemente, abrangidos pelos planos de ensino da Comunidade Bahá’í”.67 Dada a necessidade de aumentar e desenvolver os recursos humanos da Fé, a Casa Universal de Justiça conclama os crentes a despenderem esforços especiais para atrair pessoas de capacidade à Causa. 68 Descreve o ingresso de pessoas de capacidades como “um aspecto indispensável do ensino às massas”, e adverte que falhar em atingir esta finalidade resultará em que a Fé não estará sendo capaz de “corresponder adequadamente aos desafios que sobre ela se impõem.” Com relação ao corpo de crentes da comunidade bahá’í, e as prioridades do trabalho de ensino, a Casa de Justiça afirma: O conjunto de seus membros, independente da variedade étnica, deve agora abarcar um número crescente de pessoas de capacidade, incluindo pessoas de realizações e proeminência nos vários campos da atividade humana. O registro de números significativos de tais pessoas é um aspecto indispensável do ensino às massas, um aspecto que não pode mais ser negligenciado e que precisa ser, consciente e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de ensino, de forma a ampliar suas bases e acelerar o processo de entrada em tropas.69 3.5 Relacionando a Fé aos Assuntos Sociais e Humanitários Contemporâneos Na mensagem do Ridván de 1988, a Casa Universal de . Justiça listou o “constante empenho” do crente individual de relacionar os Ensinamentos da Fé aos “assuntos da atualidade” 13
  • 26. como uma das medidas que contribuem para o “sucesso no ensino”.70 A Casa Universal de Justiça também nota que a “Ordem trazida por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar o progresso e resolver os problemas da sociedade”, e que a comunidade bahá’í está “claramente na vanguarda das forças construtivas em operação no planeta”. Chama a atenção para a necessidade de desenvolver e aperfeiçoar o sistema administrativo bahá’í como um meio de demonstrar a eficácia deste sistema para atender às necessidades prementes da humanidade, e oferecê-lo como uma “alternativa viável” para a velha ordem mundial deficiente e em fragmentação.71 3.6 Conduta Direcionada às Metas Os crentes individuais, as Assembléias Espirituais Locais e Nacionais são chamados a colaborarem e persistirem em seus esforços para alcançar as metas dos planos de ensino. A Casa Universal de Justiça estabelece: O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas instituições da Fé como aquele que é o fruto de iniciativa individual, deve ser ativamente levado avante a fim de que haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior número de países ao estágio de entrada em tropas, e, finalmente, à conversão em massa.72 A urgência deste empreendimento é enfatizada pela Casa Universal de Justiça como segue: Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser alcançada muito além de todos os registros passados. A tarefa de espalhar a Mensagem à generalidade da humanidade, em aldeias, cidades e metrópoles precisa ser rapidamente ampliada. A necessidade de tal realização é crítica. …73 Adicionalmente, a Casa Universal de Justiça chama a atenção para a qualidade das iniciativas de ensino, 14
  • 27. recomendando que “o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar não apenas tão intensamente quanto possível, como também, tão bem quanto possível”.74 A responsabilidade maior do crente quanto à implementação do trabalho de ensino é destacada pela Casa Universal de Justiça. Ela estabelece: Todo crente – homem, mulher, jovem e criança – é convocado para este campo de ação; pois é da iniciativa, da vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir, que depende o sucesso da inteira comunidade.75 E afirma que: A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do bahá’í individual ao transmitir a centelha da fé àqueles que individualmente buscam, respondendo suas questões e aprofundando sua compreensão dos ensinamentos.76 4. Considerações Finais Os extratos contidos na compilação Promovendo Entrada em Tropas servem para destacar alguns princípios gerais concernentes à natureza do crescimento e sua aceleração, e para atração de grandes números de pessoas à Fé Bahá’í. Adicionalmente, os referidos textos sugerem atividades específicas que podem ser realizadas, por indivíduos e por instituições, para apressar o ritmo de crescimento e para manter a expansão em larga escala da Causa. É evidente que forças, dentro e fora da Causa, estão dando forma ao destino da humanidade. A Casa Universal de Justiça chama a atenção para a operação de dois grandes processos que estão em ação no mundo. O primeiro processo é: o grande Plano de Deus, tumultuoso em seu progresso, 15
  • 28. atuando por intermédio da humanidade como um todo, derrubando por terra barreiras à unidade mundial e forjando a humanidade em um corpo unificado no fogo do sofrimento e experiência. Este processo irá produzir, no devido tempo determinado por Deus, a Paz Menor, a unificação política do mundo. A humanidade, quando chegar esse tempo, poderá ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O segundo processo é a tarefa de dar vida àquele corpo unificado – de criar verdadeira unidade e espiritualidade que culminará na Paz Maior – é trabalho dos bahá’ís, que estão trabalhando conscientemente, com instruções detalhadas e contínua guia divina, a fim de construir a tecitura do Reino de Deus na terra, para o qual convocam seus semelhantes, conferindo assim, sobre eles, a vida eterna.77 O desafio dos crentes é devotar todas as suas energias a esta tarefa vital, estimulados pela conscientização de que “não existe ninguém mais para fazê-lo”,78 e apoiados em seu desejo de cumprir o anseio expressado pelo amado Guardião nos primeiros dias de seu ministério: E agora, ao olhar para o futuro, espero ver os amigos, em todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance de pensamento e caráter, voluntária e alegremente arregimentados ao redor de seu centro de atividades, local e, particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus interesses em completa unanimidade e contentamento, com perfeita compreensão, genuíno entusiasmo e decidido vigor. Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de minha vida, pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a ampla fundação sobre a qual a segurança do Edifício deverá, em última instância, repousar. Não é de se esperar que agora, finalmente, o alvorecer de um dia mais brilhante esteja surgindo sobre nossa amada Causa?79 16
  • 29. Promovendo a Entrada em Tropas Uma Compilação 17
  • 30. 18
  • 31. Promovendo a Entrada em Tropas Uma Compilação de Extratos de Cartas Escritas por ou em Nome de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça Preparada pelo Departamento de Pesquisa Outubro de 1993 De Cartas Escritas por ou em Nome de Shoghi Effendi E AGORA, AO OLHAR PARA O FUTURO, espero ver os amigos, em todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance de pensamento e caráter, voluntária e alegremente arregimentados ao redor de seu centro de atividades, local e, particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus interesses em completa unanimidade e contentamento, com perfeita compreensão, genuíno entusiasmo e decidido vigor. Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de minha vida, pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a ampla fundação sobre a qual a segurança do Edifício deverá, em última instância, repousar. Não é de se esperar que agora, finalmente, o alvorecer de um dia mais brilhante esteja surgindo sobre nossa amada Causa? — 24 de setembro de 1924, escrita por Shoghi Effendi ao bahá’ís da América, publicada em Bahá’í Administration: Selected Messages 1922-1932 (Wilmette: Bahá’í Publishing Trust, 1974), 67. [1] O trabalho, que os membros de sua pequena família estão realizando com relação à difusão da Causa e no tocante a infundir seu espírito divino nas pessoas que encontram, é um fato que ninguém que esteja familiarizado com sua vida pode 19
  • 32. negar. … Com o tempo, verá quão abundantes serão os frutos de seus serviços. Não é suficiente computar o número das almas que abraçam a Causa para saber o progresso que está ocorrendo. As conseqüências mais importantes de suas atividades são o espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão na qual os ensinamentos que proclamamos tornem-se parte da consciência e da crença das pessoas que os ouvem. Pois é somente quando o espírito tiver permeado completamente o mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes números. No início da primavera, somente as poucas sementes, excepcionalmente favorecidas, brotarão, todavia, quando a estação atinge sua plenitude e a atmosfera é permeada com o calor da verdadeira primavera, então começarão a surgir os grande números de flores e repentinamente toda uma encosta de um monte floresce. Ainda estamos no estágio em que somente almas isoladas estão despertas, mas, em breve, teremos a plenitude da estação e grupos e nações inteiras que se apressarão para a vida espiritual insuflada por Bahá’u’lláh. — 18 de fevereiro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [2] … ele confia que com a ajuda de Deus vocês terão sucesso. Ele, certamente, reforçará seus esforços e os ajudará na conclusão daquela tarefa que está a sua frente. Deus irá, contudo, ajudar-nos se fizermos a nossa parte e nos sacrificarmos no caminho do progresso de Sua Fé. Devemos sentir a responsabilidade colocada em nossos ombros, levantarmo-nos para dela nos desincumbirmos, e, então, esperar a graça divina a ser derramada sobre nós. — 20 de dezembro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembléia Espiritual Nacional. [3] Deve a humanidade, atormentada como o é agora, ser 20
  • 33. afligida por tribulações ainda mais severas antes que suas influências purificadoras a possam preparar para entrar no Reino celestial destinado a ser estabelecido sobre a terra? Deve a inauguração de uma era tão vasta, tão ímpar, tão iluminada da história humana ser precedida por uma catástrofe tão grande dos assuntos humanos a ponto de recordar, não somente isso, superar o aterrador colapso da civilização romana nos primeiros séculos da Era Cristã? Deve uma série de convulsões profundas agitar e sacudir a raça humana antes que Bahá’u’lláh possa ser entronizado nos corações e consciência das massas, antes que Sua ascendência inconteste seja universalmente reconhecida e o nobre edifício de Sua Ordem Mundial seja erguido e estabelecido? — 11 de março de 1936, escrita por Shoghi Effendi, publicada em The World Order of Bahá’u’lláh: Selected Letters (Wilmette: Bahá’í Publishing Trust, 1991), 201-2. [4] Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é, na verdade, essencial à materialização gradual e completa de suas esperanças para a expansão e consolidação do Movimento em seu país. Possa o Todo-Poderoso inspirar a todos vocês com zelo, determinação e fé para levar avante Sua Vontade e proclamar Sua Mensagem àqueles vivendo em seu país e para além de suas fronteiras. — 11 de maio de 1934, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [5] Dos registros de sua história tumultuosa, onde quase toda página retrata uma nova crise, está oprimida com a descrição de uma nova calamidade, relata a narrativa de uma traição vil e é manchada com o relato de atrocidades indizíveis, ali emerge, clara e incontrovertivelmente, a verdade suprema de que, com toda nova manifestação de hostilidade para com a Fé, quer 21
  • 34. originária de dentro ou de fora, uma medida correspondente de efusão de graças, sustentando seus defensores e confundindo seus adversários, tem sido liberada providencialmente, transmitindo um novo impulso à marcha avante da Fé, ao passo que este ímpeto, por sua vez, iria provocar, através de suas manifestações, nova hostilidade em áreas até então desapercebidas de suas implicações desafiadoras – esta hostilidade aumentada, sendo acompanhada por uma revelação ainda mais impressionante de Poder Divino e uma efusão ainda mais abundante de graça celestial, que, capacitando os defensores da Fé ao registro de vitórias ainda mais brilhantes, provocou questões de implicações ainda mais vitais e fez surgir inimigos ainda mais formidáveis contra uma Causa que, eventual e certamente, irá solucionar essas questões e esmagar a resistência desses inimigos, através de uma revelação ainda mais gloriosa de seu poder inerente. A marcha sem resistência da Fé de Bahá’u’lláh, vista dessa maneira e impelida pelas influências estimulantes que são geradas tanto pela falta de sabedoria de seus inimigos como pela força latente nela mesma, transforma-se numa série de pulsações rítmicas, provocadas, de um lado, pelos acessos explosivos de seus adversários, e por outro, pelas vibrações do Poder Divino, que a aceleram, com ímpeto sempre crescente, ao longo daquele curso predestinado, traçado para ela pela Mão do Todo-Poderoso. — Pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi, acrescentado a uma carta datada de 12 de agosto de 1941, escrita em seu nome, conforme Messages to America: Selected Letters and Cablegrams Addressed to the Bahá’ís of North America, 1932-1946 (Wilmette: Bahá’í Publishing Committee, 1947), 51 [Crise e Vitória, 64-65]. [6] Se os amigos sempre esperassem até estarem completamente qualificados para cumprir qualquer tarefa es22
  • 35. pecial, o trabalho da Causa estaria quase paralisado! Mas o próprio ato de tentar servir, por mais que a pessoa se sinta sem merecimento, atrai as bênçãos de Deus e a torna mais adequada à tarefa. — 4 de maio de 1942, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente (O Indivíduo e o Ensino, 37). [7] Não é possível dar ênfase demasiada à importância da unidade dos amigos, pois é somente ao manifestar a grandeza de seu amor e paciência uns para com os outros que podem ter esperança de atrair grandes números às suas fileiras. — 2 de agosto de 1942, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [8] Ele anseia ver um grau maior de unidade e amor entre os crentes, pois estes são o espírito que deve animar sua vida comunitária. Até que as pessoas do mundo vejam um brilhante exemplo perante elas não abraçarão a Causa em massa, porque necessitam ver os ensinamentos demonstrados num padrão de ação. — 13 de março de 1944, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma sessão de uma escola bahá’í de inverno. [9] Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um modelo verdadeiro, em ação, de algo melhor do que ele já tem, não irá responder à Fé em grandes números. — 13 de março de 1944, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma crente. [10] Os queridos Sr. e Sra. … têm uma grande habilidade para acender nos corações o amor de Deus. O mundo hoje em dia está sedento por este amor saudável, caloroso e espiritual. Os 23
  • 36. bahá’ís jamais terão sucesso em atrair grandes números para a Fé até que estes vejam em nossa vida individual e comunitária atos e uma atmosfera que revelem o amor a Deus. — 17 de fevereiro de 1945, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [11] Acima de tudo, a Mensagem curadora de Bahá’u’lláh necessita, durante os anos iniciais do segundo século bahá’í e por intermédio da instrumentalidade de uma Ordem Administrativa já funcionando adequadamente, cujas ramificações se estenderam aos quatro cantos do Hemisfério Ocidental, ser vividamente e sistematicamente levada à atenção das massas, em sua hora de tristeza, miséria e confusão. Uma asserção mais audaciosa das desafiadoras verdades da Fé; uma apresentação mais convincente de suas verdades distintivas; uma exposição mais plena do caráter, dos objetivos e das realizações de seu emergente sistema administrativo, como o núcleo e o modelo de sua futura ordem de âmbito mundial; um contacto e associação, mais direto e íntimo, com os líderes do pensamento público, cujas atividades e objetivos são afins com os ensinamentos de Bahá’u’lláh, com o objetivo de demonstrar a universalidade, a amplitude, a liberalidade e o poder dinâmico de Sua Mensagem Divina; um exame mais minucioso dos meios através dos quais suas reivindicações podem ser demonstradas, seus difamadores e detratores silenciados, e suas instituições salvaguardadas; um esforço mais determinado para utilizar, na extensão máxima possível, os talentos e habilidades da massa dos crentes com a finalidade de atingir estes objetivos – destacam-se estas como as tarefas preeminentes desafiando, durante estes anos de transição e turbulência, o corpo inteiro dos crentes americanos. As facilidades providas pelo rádio e pela imprensa devem ser utilizadas em um grau sem precedentes na história bahá’í americana. Os recursos combinados da tão 24
  • 37. invejada e exemplar comunidade bahá’í americana devem ser utilizados para a promoção efetiva destes propósitos meritórios. Bênçãos, em escopo e copiosidade jamais sonhadas, estão fadadas a serem outorgadas àqueles que, nestes tempos sombrios porém fecundos, se levantem para promover estas nobres finalidades e para apressarem, através de seus atos, a hora em que um estágio ainda mais momentoso, na evolução de um Plano Divino e de âmbito mundial, possa ser lançado. — 29 de março de 1945, pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi acrescentado a uma carta escrita em seu nome a uma Assembléia Espiritual Nacional. [12] Há duas coisas que irão contribuir muito para trazer mais rapidamente mais pessoas para a Causa: uma é a maturidade dos bahá’ís dentro de suas comunidades, funcionando de acordo com as leis bahá’ís e no espírito apropriado de unidade, e a outra é a desintegração da sociedade e o sofrimento que trará em sua esteira. Quando as velhas formas forem vistas como irremediavelmente inúteis, as pessoas despertarão de seu materialismo e sua letargia espiritual e abraçarão a Fé. — 3 de julho de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [13] Nada há no trecho da Epístola do Mestre, à página 681, Volume III de Suas Epístolas, que nos leve a crer que, no instante em que o templo estiver totalmente terminado, multidões de pessoas abraçarão a Causa. Elas assim o farão; tal tempo chegará; esperamos que seja em breve, mas não podemos determinar uma data para o fato. E uma tal declaração certamente não justifica que os amigos façam uma pausa! Pelo contrário, devem abrir o caminho, especialmente, dentro de suas fileiras, para a aceitação de grande número de crentes. 25
  • 38. Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente bahá’ís, tornem-se mais unidos, mais educados espiritualmente, mais competentes no cumprimento de suas tarefas administrativas, como uma forma de preparação para o ensino e para receberem maiores números de novos crentes. — 25 de março de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [14] Sem o espírito de verdadeiro amor por Bahá’u’lláh, por Sua Fé e pelas Instituições desta, e o amor dos crentes entre si, jamais poderá a Causa realmente fazer entrar grande número de pessoas. Pois não é pregação, nem preceitos que o mundo quer, e sim, amor e ação. — 25 de outubro de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente (O Indivíduo e o Ensino, 43). [15] Ainda que se tenha feito tremendo progresso nos Estados Unidos durante o último quarto de século, ele sente que os crentes devem dar-se, cada vez mais, conta do fato de que, somente na medida em que espelharem, em suas vidas coletivas, os exaltados padrões da Fé, poderão atrair as massas para a Causa de Deus. — 15 de setembro de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma sessão de uma escola bahá’í. [16] As comunidades da América Latina ainda estão no limiar de sua vida internacional bahá’í; ele tem certeza que rapidamente virão a alcançar este estágio. Comparando com o longo período de tempo que as comunidades norte-americanas, britânicas e francesas levaram para crescer e se espalhar, o seu 26
  • 39. crescimento é comparável a um relâmpago. À medida que a Causa se espalha por todo o mundo, sua taxa de aceleração também aumenta e novos centros na Àfrica, de alguma forma misteriosa, têm repercussões espirituais que ajudam na formação de novos centros por todas as partes. — 30 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembléia Espiritual Nacional. [17] Tal fluxo constante de reforços é absolutamente vital e de extrema urgência, pois nada além do vitalizante influxo de sangue novo, que irá reanimar a Comunidade Bahá’í mundial, pode salvaguardar os troféus que, com tão grande sacrifício e envolvendo o gasto de tanto tempo, esforço e riqueza, estão agora sendo conquistados em territórios virgens pelos corajosos Cavaleiros de Bahá’u’lláh, cujo privilégio é o de constituírem a ponta de lança dos batalhões em avanço que, em diversos locais e em circunstâncias muitas vezes adversas e extremamente desafiadoras, estão competindo, uns com os outros, para a conquista espiritual dos territórios e ilhas ainda não conquistados na superfície do globo. Este fluxo, além disso, prognosticará e apressará o advento do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í – um dia que, visto em sua perspectiva apropriada, será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica … subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh. — 25 de junho de 1953, escrita por Shoghi Effendi, publicada em Citadel of Faith: Messages to America 1947-1957” (Wilmette: Bahá’í Publishing Trust, 1980), 117. [18] 27
  • 40. Esta é a maré vazante. Os bahá’ís sabem que a maré mudará e voltará a fluir, depois da humanidade ter sofrido, com poderosas ondas de fé e devoção. Então, as pessoas entrarão na Causa de Deus em tropas, e toda a situação se modificará. Os bahá’ís vêem esta nova situação que irá ocorrer, do mesmo modo como alguém no topo da montanha vê os primeiros vislumbres do amanhecer, antes que outros tenham deles consciência; e é neste sentido que os bahá’ís devem trabalhar. — 5 de outubro de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente. [19] Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige dedicação completa, consagração a essa nobre missão e o viver a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos, mas também pelas Assembléias, então a Fé crescerá rapidamente. — 19 de março de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembléia Espiritual Local. [20] A Cruzada, em que o exército do Senhor das Hostes tão alegre e confiantemente embarcou, encontra-se agora num ponto crítico da história de seu maravilhoso desenvolvimento. Três anos de feitos magníficos, levados a cabo para a propagação da luz de uma Fé imortal e infinitamente preciosa, e para o fortalecimento da tecitura de sua Ordem Administrativa, encontram-se agora no passado. Um espírito de abnegação e sacrifício de si mesmo, tão raro que pode ser dito que somente o espírito dos Rompedores da Alvorada de uma era anterior o suplantou, tem consistentemente animado seus participantes, tanto individual como coletivamente, em todos os climas, de todas as classes, de ambos os sexos e de todas as idades. Um tesouro, imenso em sua amplitude, foi despendido, de boa-vontade e amorosamente, a fim de assegurar 28
  • 41. sua realização sistemática e bem-sucedida. Já umas poucas almas heróicas sorveram a taça do martírio. ou sacrificaram suas vidas, ou ainda foram sujeitas a diversas provações enquanto combatiam por sua Causa. Suas repercussões tanto se espalharam que alarmaram um elemento não insignificante entre os tradicionais e formidáveis adversários de seus corajosos e consagrados continuadores. Na verdade, ao avançar rapidamente, suscitou novos inimigos decididos a obstruir sua marcha avante e a frustrar seu propósito. Sinais premonitórios já podem ser discernidos em distantes regiões anunciando a aproximação do dia quando tropas afluirão ao seu estandarte, cumprindo as predições proferidas há muito tempo pelo Capitão Supremo de suas forças. — Abril de 1956, escrita por Shoghi Effendi a todas Assembléias Espirituais Nacionais. [21] O constante progresso alcançado em anos recentes tanto pela comunidade bahá’í suiça como pela italiana, trabalhando unidas com exemplar fidelidade e devoção para a propagação da Fé de Bahá’u’lláh, encorajou-me grandemente e trouxe muita felicidade a meu coração e, sem dúvida, aumentou a admiração de suas comunidades irmãs pela maneira em que estão se desincumbindo de suas tarefas árduas e sagradas. … Menos substancial, entretanto, tem sido o progresso alcançado no importantíssimo campo do ensino e muito inferior o aceleramento no processo vital da conversão individual para os quais toda a maquinária da Ordem Administrativa foi, primariamente e tão laboriosamente, erigida. — 12 de agosto de 1957, pós-escrito na caligrafia de Shoghi Effendi acrescentado a uma carta escrita em seu nome a uma Assembléia Espiritual Nacional. [22] 29
  • 42. Quando as massas do gênero humano estão despertas e ingressam na Fé de Deus, um novo processo é posto em andamento e o crescimento de uma nova civilização tem início. Vejam o aparecimento do Cristianismo e do Islã. Estas massas são a plebe, mergulhada em suas próprias tradições, todavia receptiva à nova Palavra de Deus, através da qual, quando verdadeiramente se mostra sensível a ela, torna-se tão influenciada que transforma aqueles que entram em contato consigo. … Em países onde o ensino às massas foi bem sucedido, os bahá’ís despenderam seu tempo e esforços nas áreas das aldeias do mesmo modo como haviam anteriormente feito nas metrópoles e cidades. Os resultados mostram quão imprudente é concentrar-se somente em um segmento da população. Cada Assembléia Nacional, portanto, deve de tal maneira equilibrar seus recursos e harmonizar seus esforços que a Fé de Deus seja ensinada não somente àqueles que estão facilmente acessíveis, mas a todos os segmentos da sociedade, por mais remotos que possam estar. … Ao ensinar entre as massas, os amigos devem ser cuidadosos para não enfatizar os aspectos caritativos e humanitários da Fé como um meio de conseguir declarações. A experiência tem mostrado que, quando são oferecidas facilidades tais como: escolas, dispensários, hospitais ou mesmo roupas e alimento ao povo que está sendo ensinado, muitas complicações surgem. O motivo primordial deve sempre ser a reação do homem à mensagem de Deus e o reconhecimento de Seu Mensageiro. … A expansão e a consolidação são processos gêmeos que devem caminhar de mãos dadas. Os amigos não devem parar a expansão em nome da consolidação. O aprofundamento dos crentes recentemente registrados gera um estímulo tremendo que resulta em expansão adicional. O registro de novos crentes, 30
  • 43. por outro lado, cria um novo espírito na comunidade e provê potencial mão de obra adicional que reforçará o trabalho de consolidação. — 13 de julho de 1964, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais (Wellspring of Guidance, Bahá’í Publishing Trust, Wilmette, 1976, 31-33; Captando a Centelha da Fé, Editora Bahá’í, Rio de Janeiro, 1968, 67-70). [23] O segundo desafio com que nos defrontamos é o de aumentar a intensidade do ensino a um nível nunca antes alcançado, a fim de realizar aquele “vasto aumento” requerido no Plano. A participação universal e a ação constante conquistarão esta meta. Cada crente tem um papel a desempenhar, e é capaz de fazê-lo, pois toda alma se encontra com outras e, como prometido por Bahá’u’lláh: “Quem quer que se levante para ajudar Nossa Causa Deus o tornará vitorioso. …” A confusão do mundo não está diminuindo, mais exatamente aumenta a cada dia que passa e homens e mulheres estão perdendo a fé nos remédios humanos. Desponta finalmente a percepção de que “Não há lugar para onde fugir” salvo Deus. A oportunidade de ouro é agora; as pessoas estão dispostas, em muitos lugares ansiosas, a dar ouvidos ao remédio divino. — Mensagem do Ridván de 1965, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos Bahá’ís do mundo. [24] Graças às esplêndidas vitórias na conversão em larga escala, a Fé de Bahá’u’lláh ingressou em uma nova fase de seu desenvolvimento e estabelecimento em todo o mundo. É imperativo, conseqüentemente, que o processo de ensino às massas não só seja mantido, mas acelerado. A estrutura do comitê de ensino, que cada Assembléia Nacional pode adotar para assegurar os melhores resultados no âmbito de seu trabalho de ensino, é um 31
  • 44. assunto deixado inteiramente à sua discreção, mas uma estrutura de ensino eficiente terá que existir, de modo que as tarefas sejam levadas a cabo com presteza e de acordo com os princípios administrativos de nossa Fé. Dentre os crentes nativos de cada país, instrutores viajantes competentes devem ser selecionados e projetos de ensino elaborados. … Enquanto o vital trabalho de ensino progride, cada Assembléia Nacional deve sempre ter em mente que a expansão e a consolidação são processos inseparáveis que devem ir juntos. … Assegurar que a vida espiritual do crente individual é enriquecida continuamente, que as comunidades locais estejam tornando-se progressivamente conscientes de seus deveres coletivos e que as instituições de uma administração em desenvolvimento estejam eficientemente operando é, conseqüentemente, tão importante como expandir a novos campos e recolher as multidões à sombra da Causa. — 2 de fevereiro de 1966, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais engajadas no trabalho de ensino às massas, conforme Captando a Centelha da Fé, 70-72. [25] A meta predominante do trabalho de ensino, no presente momento, é a de levar a mensagem de Bahá’u’lláh a todas as camadas da sociedade humana e a todas as ocupações. Uma resposta ávida aos ensinamentos freqüentemente será encontrada nas esferas mais inesperadas e qualquer resposta deste tipo deve ser rapidamente levada avante, pois o sucesso, em uma área fértil, desperta uma resposta naquelas que estavam inicialmente desinteressadas. A mesma apresentação dos ensinamentos não atrairá a todos; o método de expressão e a maneira de abordagem devem ser variados de acordo com a perspectiva e os interesses do ouvinte. Uma maneira de abordagem que tenha a intenção de 32
  • 45. interessar a todos, geralmente, resultará na atração da seção média, deixando ambos os extremos intocados. Não se deve poupar nenhum esforço para assegurar que a Palavra curadora de Deus alcance os ricos e os pobres, os instruídos e os iletrados, os velhos e os jovens, o devoto e o ateísta, os moradores das colinas e ilhas remotas, os habitantes das cidades apinhadas, o homem de negócios do subúrbio, o trabalhador nas favelas, o homem tribal nômade, o lavrador, o estudante universitário; todos têm que ser, conscientemente, abrangidos pelos planos de ensino da Comunidade Bahá’í. Enquanto que planos devam ser cuidadosamente feitos e todo meio útil adotado na promoção deste trabalho, suas Assembléias nunca devem deixar que tais planos eclipsem a verdade brilhante de que o que atrai as confirmações divinas são a pureza de coração, o desprendimento, a retidão, a devoção e o amor do instrutor e são o que o capacita, por mais ignorante que ele seja no aprendizado das coisas do mundo, a conquistar os corações de seus semelhantes para a Causa de Deus. — 31 de outubro de 1967, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, conforme Wellspring of Guidance, 124-25; veja também Captando a Centelha da Fé, 79-81.[26] Nos é dito por Shoghi Effendi que dois grandes processos encontram-se em operação no mundo: o grande Plano de Deus, tumultuoso em seu progresso, atuando por intermédio da humanidade como um todo, derrubando por terra barreiras à unidade mundial e forjando a humanidade em um corpo unificado no fogo do sofrimento e experiência. Este processo irá produzir, no devido tempo determinado por Deus, a Paz Menor, a unificação política do mundo. A humanidade, quando chegar esse tempo, poderá ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O segundo processo é a tarefa de dar vida 33
  • 46. àquele corpo unificado – de criar verdadeira unidade e espiritualidade que culminará na Paz Maior – é trabalho dos bahá’ís, que estão trabalhando conscientemente, com instruções detalhadas e contínua guia divina, a fim de construir a tecitura do Reino de Deus na terra, para o qual convocam seus semelhantes, conferindo assim, sobre eles, a vida eterna. A operação do Plano Maior de Deus prossegue misteriosamente guiado tão somente por Ele, mas o Plano Menor que Ele nos deu para executar, como nossa parte em Seu grande desígnio para a redenção da humanidade, está claramente delineado. É a este trabalho que devemos devotar todas as nossas energias, pois não existe ninguém mais para fazê-lo. — 8 de dezembro de 1967, escrito pela Casa Universal de Justiça a um crente, Wellspring of Guidance, 133-34. [27] Onde quer que exista uma comunidade bahá’í, seja ela grande ou pequena, que ela se distinga por seu permanente senso de segurança e fé, seu elevado padrão de retidão, sua completa isenção de todas as formas de preconceito, o espírito de amor entre seus membros e pelo íntimo entrelaçamento da estrutura de sua vida social. A pungente distinção entre isso e a sociedade hodierna, inevitavelmente, despertará o interesse dos mais esclarecidos e, à medida que o desalento do mundo se intensifica, a luz da vida bahá’í brilhará mais e mais resplandecente até que seu brilho deverá, finalmente, atrair as massas desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do Convênio de Bahá’u’lláh, o qual tão somente pode trazer-lhes paz e justiça e uma vida ordeira. — Agosto de 1968, mensagem escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência de Palermo, Messages from the Universal House of Justice, 1968-1973 (Wilmette, Bahá’í Publishing Trust, 1976), 12.[28] 34
  • 47. Notamos que os novos métodos de ensino que desenvolveram para comunicação com as massas expectantes, influenciaram substancialmente a conquista de suas metas e exortamos os bahá’ís americanos, todos, recém-registrados e fiéis de longa data, a se levantarem, depositarem sua confiança em Bahá’u’lláh e armados com este poder supremo, continuarem, sem diminuir, seus esforços para alcançarem as almas que se encontram à espera, ao mesmo tempo que, simultaneamente, consolidam as vitórias conquistadas com dificuldade. Novos métodos, inevitavelmente, trazem consigo críticas e contestações, não importa quão bem-sucedidos possam, em última análise, provar que são. O afluxo de tantos novos fiéis é, por si só, um chamado aos fiéis veteranos a se unirem às fileiras daqueles que se encontram neste campo de serviço e a compartilharem, sinceramente, seu conhecimento e experiência. Longe de manterem-se à parte, os fiéis americanos são agora exortados, como nunca antes, a agarrar esta oportunidade de ouro que lhes foi oferecida, a consultarem juntos devotamente e a ampliarem o escopo de seus esforços. Os esforços para alcançarem as minorias devem ser intensificados e ampliados para incluir todos os grupos minoritários, tais como os índios, pessoas de língua hispânica, japoneses e chineses. Na verdade, todas as camadas da sociedade americana devem ser alcançadas e podem ser alcançadas com a Mensagem curadora, se tão somente os crentes se erguerem e saírem com o espírito que está conquistando as cidadelas dos estados sulinos. Um tal programa, acoplado que deve ser com contínua consolidação, pode ser eficazmente realizado através da participação universal de parte de todo amante de Bahá’u’lláh. — 14 de fevereiro de 1972, escrita pela Casa Universal de Justiça à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos, publicada em Messages from the Universal House of Justice, 1968-1973, 85-86.[29] 35
  • 48. O fortalecimento e desenvolvimento de Assembléias Espirituais Locais é um objetivo vital do Plano de Cinco Anos. O sucesso nesta meta enriquecerá grandemente a qualidade da vida bahá’í, aumentará a capacidade da Fé para lidar com a entrada em tropas que está ocorrendo mesmo agora e, antes de mais nada, demonstrará a solidariedade e a sempre crescente qualidade distintiva da comunidade bahá’í, desse modo atraindo mais e mais almas pensativas à Fé e oferecendo um refúgio para os milhões sem guia e desafortunados da atual ordem espiritualmente falida e agonizante. — Mensagem do Naw-Rúz de 1974, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. [30] Ensinar a Fé abarca muitas atividades diferentes, todas as quais são vitais para o sucesso, e cada uma das quais fortalece as outras. … O objetivo, portanto, de todas as instituições e instrutores bahá’ís, é avançar continuamente para novas áreas e camadas da sociedade, com tal perfeição que, enquanto a centelha da fé inflama os corações dos ouvintes, o ensino aos crentes prossegue até que, e mesmo após, ombrearem suas responsabilidades como bahá’ís e participarem tanto no ensino como no trabalho administrativo da Fé. Existem agora muitas áreas no mundo onde milhares de pessoas aceitaram a Fé tão rapidamente que tem estado além da capacidade das comunidades bahá’ís existentes consolidar adequadamente estes progressos. O povo, nestas áreas, deve ser progressivamente aprofundado em sua compreensão da Fé, de acordo com planos bem elaborados, de modo que suas comunidades possam, assim que possível, se tornar fontes de grande apoio para o trabalho da Fé e começar a manifestar o padrão de vida bahá’í. — 25 maio 1975, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas Assembléias Espirituais Nacionais, Captando a Centelha da Fé, 86-88. [31] 36
  • 49. Em muitas regiões, no entanto, existe uma receptividade ansiosa para com os ensinamentos da Fé. O desafio aos bahá’ís é prover estas milhares de almas sequiosas, tão rapidamente quanto possível, com o alimento espiritual pelo qual anseiam, alistá-las sob a bandeira de Bahá’u’lláh, nutri-las no modo de vida que Ele revelou, e guiá-las a elegerem Assembléias Espirituais Locais, as quais, à medida que começam a funcionar vigorosamente, unirão os amigos em comunidades bahá’ís firmemente consolidadas e se tornarão faróis de guia e abrigos de refúgio para a humanidade. … Em todo o mundo, o Plano de Sete Anos deve testemunhar a realização dos seguintes objetivos: • O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas instituições da Fé como aquele que é o fruto de iniciativa individual, deve ser ativamente levado avante a fim de que haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior número de países ao estágio de entrada em tropas e, finalmente, à conversão em massa. • Este trabalho de ensino deve incluir pronta, meticulosa e contínua consolidação para que todas as vitórias sejam salvaguardadas, o número de Assembléias Espirituais Locais aumentado e os alicerces da Causa reforçados. — Mensagem de Naw-Rúz de 1979, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. [32] A Fé de Deus não avança em um ritmo uniforme. Algumas vezes é como o avanço do mar quando a maré está enchendo. Encontrando um banco de areia, a água parece ser retida, porém, com uma nova onda, avoluma-se e avança, inundando para além da barreira que a havia detido por algum tempo. Se os amigos tão somente persistirem em seus esforços, o efeito acumulativo de anos de trabalho aparecerá repentinamente. — 27 de julho de 1980, escrita pela Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional, Captando a Centelha da Fé, 91-92.[33] 37
  • 50. O … problema ocorre, mais freqüentemente, em países tais como aqueles na Àfrica, onde há entrada em tropas. Em tais países, é comparativamente fácil de trazer grandes números de novos crentes para a Fé, e isto é uma experiência tão emocionante que instrutores visitantes, muitas vezes, tendem a preferir fazer isso do que a ajudar com o trabalho de consolidação. … Deve ser ressaltado, especialmente se [os instrutores viajantes] forem designados para o trabalho de expansão, que devem recordar-se que consolidação é um elemento essencial e inseparável do ensino e se forem a uma área remota e registrarem crentes aos quais ninguém será capaz de visitar outra vez em futuro próximo, bem poderão estar fazendo um desserviço àquelas pessoas e à Fé. Dar às pessoas esta gloriosa Mensagem e então deixá-las abandonadas, produz decepção e desilusão, de modo que, quando vem a ser possível levar a cabo o ensino corretamente planejado àquela área, os instrutores bem poderão encontrar as pessoas resistentes à Mensagem. O primeiro instrutor, que foi descuidado da consolidação, em vez de plantar e nutrir as sementes da fé, de fato ‘inoculou’ as pessoas contra a Mensagem Divina e tornou o ensino subseqüente muito mais difícil. — 16 de abril de 1981, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a todos os Comitês Continentais de Pioneiros, Captando a Centelha da Fé, 94-95. [34] A consolidação é uma parte tão vital do trabalho de ensino como a expansão. É este aspecto do ensino que ajuda os crentes a aprofundarem seu conhecimento e compreensão dos Ensinamentos e inflama a sua devoção a Bahá’u’lláh e a Sua Causa , de modo que, por sua própria vontade, continuarão o processo de seu desenvolvimento espiritual, promoverão o trabalho de ensino, e foralecerão o funcionamento de suas instituições administrativas. A consolidação apropriada é essen38
  • 51. cial à preservação da saúde espiritual da comunidade, à proteção de seus interesses, à preservação de seu bom nome, e, em última análise, para a continuação do próprio trabalho de expansão. — 17 de abril de 1981, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em Captando a Centelha da Fé, 96. [35] Quem pode nutrir dúvidas de que estamos agora ingressando num período de desenvolvimento inédito e inimaginável da marcha progressiva da Fé? … Sabemos que as atuais vitórias levarão à oposição ativa, para a qual a comunidade mundial bahá’í precisa estar preparada. Conhecemos as necessidades fundamentais da Causa neste momento: uma vasta expansão em seus números e recursos financeiros; uma maior consolidação de sua vida comunitária e da autoridade de suas instituições; um aumento perceptível daquelas características de amorosa unidade, estabilidade da vida em família, ausência de preconceito e retidão de conduta que precisam distinguir os bahá’ís das multidões desencaminhadas e espiritualmente perdidas ao seu redor. Seguramente, não pode demorar o tempo em que tenhamos que lidar universalmente com aquela entrada em tropas prenunciada pelo Mestre como prelúdio da conversão em massa. — 27 de dezembro de 1985, mensagem escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência dos Corpos Continentais de Conselheiros.[36] A Casa de Justiça leu com muito interesse as circunstâncias que inspiraram o novo ímpeto que está sendo sentido em suas atividades de ensino e ficou feliz em saber que os próprios crentes … estão tomando uma parte mais ativa no trabalho de ensino. Esta tendência deveria ser encorajada a todo custo por sua Assembléia, a qual deveria fazer tudo que estiver a seu alcance para assegurar que números cada vez maiores de crentes 39
  • 52. nativos sejam aprofundados nas verdades fundamentais da Fé e encorajados a ensinar, não somente através dos meios que recentemente foram revelados, mas através da diversidade de abordagens que são possíveis em diferentes partes do país e entre diferentes camadas da sociedade. … Ao mesmo tempo em que devem tirar o maior proveito possível de um método viável em determinada área, os amigos devem estar dispostos a aceitar outros métodos e não insistirem cegamento em fazer a mesma coisa em toda parte. Se tal flexibilidade é compreendida, sua comunidade, seguramente, irá crescer em números e força. — 13 de novembro de 1986, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional. [37] O cenário está preparado para um crescimento universal, rápido e maciço da Causa de Deus. … O importantíssimo trabalho de ensino deve ser continuado com criatividade, persistência e sacrifício, assegurando o ingresso de um número cada vez maior de membros, os quais irão prover a energia, os recursos e a força espiritual para possibilitar à Causa amada cumprir condignamente com sua parte na redenção da humanidade. — Mensagem do Ridván de 1987, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos bahá’ís do mundo. [38] A Fé avança, não em um ritmo uniforme de crescimento, mas em vastas ondas, precipitadas pela alternância de crise e vitória. Em uma passagem escrita em 18 de julho de 1953, nos primeiros meses da Cruzada de Dez Anos, Shoghi Effendi, referindo-se à necessidade vital de assegurar, através do trabalho de ensino, um “fluxo contínuo” de “novos recrutas para a marcha, vagarosa porém firme, do exército do Senhor das Hostes”, afirmou que esse fluxo “prognosticará e apressará o 40
  • 53. advento do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í”. O mundo bahá’í já viu esse dia na Àfrica, no Pacífico, na Ásia e na América Latina, e tal processo de entrada em tropas deve, no atual plano ser ampliado e expandido para outros países, pois, como afirmou o Guardião na mesma carta, “será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças, e como resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica, dos quais não se pode ter ainda sequer um pálido vislumbre, subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh”. Esse é o tempo para o qual devemos agora nos preparar; essa é a hora cuja vinda é nosso dever apressar. — 31 de agosto de 1987, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. [39] Uma linha prateada, no quadro da escuridão que envolveu a maior parte deste século, ilumina agora o horizonte. Ela é discernida nas novas tendências que impelem os processos sociais em ação através do mundo, nas evidências de um curso acelerado em direção da paz. Na Fé de Deus, é a força crescente da Ordem de Bahá’u’lláh, à medida que seu estandarte se ergue a mais grandiosas alturas. É uma força que atrai. Os veículos de comunicação dão uma atenção cada vez maior à comunidade bahá’í mundial; autores reconhecem sua existência em um crescente número de artigos, livros e obras de referência, sendo que um dos mais altamente respeitados, recentemente, mencionou a Fé como a religião mais amplamente disseminada depois do Cristianismo. Uma extraordinária demonstração do 41
  • 54. interesse por esta comunidade, de parte de governos, autoridades civis, personalidades proeminentes e organizações humanitárias é cada vez mais manifesta. Não somente as leis e princípios da comunidade, sua organização e modo de vida estão sendo investigados, mas seu conselho e ajuda ativa são também procurados para aliviar problemas sociais e ajudar na realização de atividades humanitárias. Uma vibrante conseqüência desses desenvolvimentos favoravelmente conjugados é o surgimento de um novo paradigma de oportunidades para crescimento e consolidação ainda maiores de nossa comunidade mundial. Abriram-se novas perspectivas para o ensino da Causa em todos os níveis da sociedade. Estas são comprovadas pelos resultados iniciais que estão surgindo das novas iniciativas de ensino que se desenvolvem em muitos lugares à medida que mais e mais comunidades nacionais testemunham os primórdios daquela entrada em tropas, prometida pelo amado Mestre, e que Shoghi Effendi disse levaria à conversão em massa. As possibilidades imediatas que se nos oferecem, graças a esta oportuna situação, compelem-nos à expectativa de que uma expansão da Comunidade do Máximo Nome, como nunca até agora aconteceu, está, em verdade, bem próxima. A centelha que deflagrou o crescente interesse pela Causa de Bahá’u’lláh foi a heróica demonstração de firmeza e paciência dos amados amigos no Irã, que levou a comunidade bahá’í mundial a realizar um persistente e cuidadosamente orquestrado programa de apelos à consciência do mundo. Este vasto empreendimento, que envolveu a inteira comunidade, atuando de forma unida através de sua Ordem Administrativa, foi acompanhado por atividades igualmente vigorosas e visíveis, de parte da comunidade, em outras esferas, que foram enumeradas separadamente. Não obstante, somos impelidos a 42
  • 55. mencionar que um resultado importante desse esforço grandioso é o nosso reconhecimento de um novo estágio nos assuntos externos da Causa, caracterizado por um evidente amadurecimento das Assembléias Espirituais, em seu crescente relacionamento com organizações governamentais e nãogovernamentais, e com o público em geral. … Mas o objetivo supremo de todas as atividades bahá’ís é o ensino. Tudo o que tem sido feito, ou que será feito, gira em torno desta atividade central, que é a “principal pedra angular da própria fundação”, à qual todo o progresso da Causa é devido. O presente desafio exige ensino em uma escala e de uma qualidade, variedade e intensidade que ultrapassam todos os esforços atuais. O tempo é este, antes que a oportunidade se perca diante das fases rapidamente mutáveis de um mundo frenético. Que não se imagine ser o oportunismo o motivo essencial que desperta este senso de urgência. Existe uma razão primordial: é a lamentável e difícil situação que aflige as massas da humanidade, sofredoras e tumultuadas, famintas de retidão, mas “ destituídas de discernimento para ver Deus com seus próprios olhos, ou ouvir Sua melodia com seus próprios ouvidos.” Elas precisam ser alimentadas. A visão deve ser restaurada, onde a esperança foi perdida; a confiança construída, onde a dúvida e a confusão são abundantes. Nestes e em outros aspectos, “A Promessa da Paz Mundial” destina-se a abrir o caminho. Sua entrega aos líderes governamentais nacionais tendo sido virtualmente completada, seu conteúdo deve agora ser transmitido, por todos os meios possíveis, aos povos em toda parte, de todas as áreas de atividade humana. Esta é uma parte necessária do trabalho de ensino em nosso tempo, e deve ser mantida com vigor imbatível. O ensino é o alimento do espírito; traz vida para almas adormecidas e soergue o novo céu e a nova terra; levanta o 43
  • 56. estandarte de um mundo unificado; assegura a vitória do Convênio e faz com que aqueles que dão suas vidas a ele alcancem a felicidade superna do beneplácito de seu Senhor. Todo crente – homem, mulher, jovem e criança – é convocado para este campo de ação; pois é da iniciativa, da vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir, que depende o sucesso da inteira comunidade. Fundamentados no poderoso Convênio de Bahá’u’lláh, sustentados pelas orações diárias e leitura dos Textos Sagrados, fortalecidos por um contínuo esforço para obter uma compreensão mais profunda dos Ensinamentos divinos, iluminados por um constante empenho para relacionar esses Ensinamentos aos assuntos da atualidade, nutridos pelo cumprimento das leis e princípios de Sua grandiosa Ordem Mundial, todos os bahá’ís podem alcançar crescentes medidas de sucesso no ensino. Em suma, o triunfo final da Causa está assegurado por aquela “única e somente única coisa”, tão destacadamente enfatizada por Shoghi Effendi, ou seja: “a extensão na qual nossa própria vida íntima e caráter privado espelhem, em seus inúmeros aspectos, o esplendor daqueles princípios eternos proclamados por Bahá’u’lláh.” — Mensagem do Ridván de 1988, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos bahá’ís do mundo. [40] Tomamos nota de sua preocupação a respeito de consolidação e “ensino maciço”. O conceito de ensino maciço pode ser melhor compreendido se colocado no contexto de “ensino às massas”. Isso implica alcançar todos os níveis da sociedade em todos os continentes e ilhas do mundo. Em países em desenvolvimento, vastos segmentos da população tornaramse bahá’ís, geralmente entre os menos educados. Mais recentemente, especialmente na Ásia, vemos que a juventude nos cursos secundários e universidades foi atraída à Fé em 44
  • 57. grandes números. Isto não significa, no entanto, que haja qualquer sistema especial de ensino a cujo encalço os bahá’ís individualmente devam ir. Diferentes culturas e tipos de pessoas exigem diferentes métodos de contato. Ao mesmo tempo em que devem tirar o maior proveito possível de um método viável em determinada área, os amigos devem estar dispostos a aceitar outros métodos e não insistirem cegamente em fazer a mesma coisa em toda parte. Se tal flexibilidade é compreendida, a comunidade … seguramente irá crescer em números e força. — 11 de agosto de 1988, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um crente. [41] O que se requer é um senso de urgência no ensino e isto significa acender a faísca de fé e devoção nos corações das pessoas e atiçá-la de modo que aqueles que aceitam a Fé tornemse seus firmes e ardentes apoiadores. Inevitavelmente, alguns dos que são atraídos à Mensagem, e declaram sua aceitação dela, mais tarde, vagueiam para longe da Causa – isto faz parte do caráter da resposta humana a todos os ensinamentos – porém o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar não apenas tão intensamente quanto possível, como também, tão bem quanto possível. — 1 de novembro de 1988, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais. [42] O Centro Internacional de Ensino chegou à conclusão de que as instituições bahá’ís em … parecem ter estado depositando demasiada confiança em projetos grandes e custosos, envolvendo muita proclamação e relações públicas bem-sucedidas. Estas atividades, a seu próprio modo, são muito úteis; no entanto, devemos nos aperceber que não se pode esperar que elas produzam grandes números de novos crentes. 45
  • 58. A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do bahá’í individual ao transmitir a centelha da fé àqueles que individualmente buscam, respondendo suas questões e aprofundando sua compreensão dos ensinamentos. — 9 de fevereiro de 1989, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional. [43] A corrente espiritual que causou tão eletrizantes efeitos na Convenção Internacional Bahá’í do último Ridván transmitiu. se por toda a comunidade mundial, levando seus membros, tanto no Oriente como no Ocidente, a proezas em atividades e realizações de ensino nunca antes alcançadas em nenhum período de um ano. O elevado grau de declarações, por si só, é prova disso, pois cerca de meio milhão de novos crentes já foram registrados. Os nomes de lugares tão distantes entre si, como Índia e Libéria, Bolívia e Bangladesh, Taiwan e Perú, Filipinas e Haiti, saltam em evidência ao contemplarmos os crescentes sinais da entrada em tropas instada em nossa mensagem de um ano atrás. Essas comprovações são sinais alentadores da ainda maior aceleração por vir, na qual todas as comunidades nacionais, qualquer que seja o estágio atual de seus esforços de ensino, ver-se-ão afinal envolvidas. … Todas esses requisitos necessários devem ser, e certamente serão, atendidos mediante a reconsagrada participação de cada membro consciencioso da Comunidade de Bahá e, especialmente, através do comprometimento pessoal de cada um com o trabalho de ensino. Tão fundamentalmente importante é esse trabalho para assegurar as bases do êxito de todos os empreendimentos bahá’ís e para levar avante o processo de entrada em tropas, que sentimo-nos impelidos a adicionar uma palavra de ênfase para sua consideração. Não é suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais essencial 46
  • 59. que seja tal ação. Não basta expandir as listas de registro de bahá’ís, por vital que seja tal trabalho. As almas têm de ser transformadas, e, desta forma, consolidadas as comunidades e alcançados novos modelos de vida. A transformação é o propósito essencial da Causa de Bahá’u’lláh; porém depende da vontade e do esforço do indivíduo alcançá-la, em obediência ao Convênio. Para o progresso desta transformação vital, que representa a frutificação da existência humana, é necessário adquirir o conhecimento da vontade e do propósito de Deus, por meio da leitura e do estudo regulares da Palavra Sagrada. Amados amigos: O ímpeto gerado pelas realizações do ano que passou reflete-se não somente nas oportunidades para uma notável expansão da Causa, mas também num vasto campo de desafios – momentosos, insistentes, variados – que se conjugam de forma tal que trazem exigências, em medida sem precedentes, sobre nossos recursos materiais e espirituais. Temos de estar preparados para atendê-las. Chegamos, nesta metade do Plano de Seis Anos, a um momento histórico prenhe de esperanças e possibilidades – um momento no qual tendências importantes do mundo tornam-se mais intimamente alinhadas com os princípios e objetivos da Causa de Deus. É, portanto, tremenda a urgência a que nossa comunidade prossiga vigorosamente no cumprimento de sua missão de âmbito mundial. Nossa principal resposta deve ser ensinar – ensinar a nós mesmos e ensinar aos demais – em todos os níveis da sociedade, por todos os meios possíveis e sem mais demora. — Mensagem do Ridván de 1989, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos bahá’ís do mundo. [44] Durante os últimos dois anos, quase um milhão de almas ingressaram na Causa. Os crescentes exemplos de entradas em 47
  • 60. tropas em diferentes lugares contribuíram para esse crescimento, chamando a atenção para a visão de Shoghi Effendi que molda nossa percepção das gloriosas possibilidades futuras no campo de ensino. Pois ele asseverou que o processo da “entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í … será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada, quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica, os quais não podem ainda nem sequer ser visualizados, subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh. Tudo nos encoraja a crer que os ingressos em larga escala irão expandir-se, envolvendo vila após vila, cidade após cidade, de um país para outro. Contudo, não nos cabe esperar passivamente pelo cumprimento final da visão de Shoghi Effendi. Nós, poucos que somos, colocando nossa inteira confiança na providência de Deus e considerando como um privilégio divino os desafios com que nos defrontamos, devemos avançar para a vitória com os planos em mão. Uma expansão de pensamento e de ação, em certos aspectos de nosso trabalho, incrementaria nossas possibilidades de sucesso no cumprimento dos compromissos anteriormente mencionados. Uma vez que a mudança – a mudança cada vez mais rápida – é uma característica constante da vida nos dias atuais, e desde que o nosso crescimento, tamanho e relacionamento externo exigem muito de nós, nossa comunidade precisa estar preparada para adaptar-se. Em um sentido, isto significa que a comunidade precisa tornar-se mais proficiente para gerir uma grande variedade de ações sem perder 48
  • 61. a concentração que deve manter nos objetivos fundamentais do ensino, ou seja, expansão e consolidação. É exigida uma unidade na diversidade de ações, uma condição na qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em diferentes atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho agregado sobre o desenvolvimento e crescimento da Fé, porquanto uma pessoa não pode fazer tudo, e todos não podem fazer a mesma coisa. Este entendimento é importante para a maturidade que a comunidade está sendo forçada a alcançar, devido às muitas demandas que tem recebido. A Ordem trazida por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar o progresso e resolver os problemas da sociedade. Nosso número é ainda muito diminuto para efetuar uma demonstração adequada das potencialidades inerentes ao sistema administrativo que estamos construindo, e a eficácia deste sistema não será completamente reconhecida sem uma vasta expansão do número de crentes. Com a situação prevalecente no mundo, a necessidade de concretizar tal demonstração tornase mais premente. É demasiadamente óbvio que até mesmo aqueles que são contra os defeitos da velha ordem, e inclusive se disporiam a demoli-la, estão eles mesmos destituídos de qualquer alternativa viável para colocar em seu lugar. Tendo em vista o fato de que a Ordem Administrativa foi concebida para ser um modelo para a sociedade futura, a visibilidade de tal modelo será um sinal de esperança para aqueles que se desesperam. Até o momento, conseguimos uma diversidade maravilhosa no grande número de grupos étnicos representados na Fé, e tudo deve ser feito para fortificá-la, mediante um maior número de ingressos dentre grupos já representados e a atração de membros de grupos ainda não alcançados. No entanto, existe ainda outra categoria de diversidade que precisa ser construída 49
  • 62. e sem a qual a Causa não será capaz de corresponder adequadamente aos desafios que sobre ela se impõem. O conjunto de seus membros, independente da variedade étnica, deve agora abarcar um número crescente de pessoas de capacidade, incluindo pessoas de realizações e proeminência nos vários campos da atividade humana. O registro de números significativos de tais pessoas é um aspecto indispensável do ensino às massas, um aspecto que não pode mais ser negligenciado e que precisa ser, consciente e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de ensino, de forma a ampliar suas bases e acelerar o processo de entrada em tropas. Tão importante e oportuna é a necessidade de ação neste assunto que somos impelidos a solicitar aos Conselheiros Continentais e às Assembléias Espirituais Nacionais que devotem séria atenção a ela em suas consultas e planos. Os assuntos da humanidade chegaram a um estágio no qual far-se-ão mais e mais chamados à nossa comunidade para ajudar, através de conselhos e medidas práticas, a resolver problemas sociais críticos. É um serviço que faremos com prazer, mas isso significa que nossas Assembléias Espirituais Locais e Nacionais têm de ser mais escrupulosamente fiéis aos princípios. Com a atenção pública cada vez mais focalizada sobre a Causa de Deus, torna-se imperioso que as instituições bahá’ís aprimorem seu desempenho através de uma mais íntima identificação com as verdades fundamentais da Fé, através de uma maior conformidade com o espírito e a forma da administração bahá’í e através de uma confiança mais incisiva nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de forma que as comunidades que elas guiem reflitam um modelo de vida que ofereça esperança para os membros desiludidos da sociedade. Que há sinais de que a Paz Menor não pode estar muito distante, que as instituições locais e nacionais da Ordem Admi50
  • 63. nistrativas estão crescendo firmemente em experiência e influência, que os planos para a construção dos edifícios administrativos restantes no Arco estão em um estágio adiantado, que estas condições alentadoras tornam mais discernível a concretização da sincronização dinâmica prevista por Shoghi Effendi, nenhum observador sincero pode negar. Como uma comunidade claramente na vanguarda das forças construtivas em operação no planeta, e como uma que tem acesso a conhecimento comprovado, ocupemo-nos com os assuntos de nosso Pai. Ele, de Seus gloriosos retiros no alto, liberará efusões generosas de Sua graça sobre nossos humildes esforços, assombrando-nos com as incalculáveis vitórias de Seu poder conquistador. É pelas incessantes bênçãos de tal Pai que continuaremos a suplicar em favor de todos e de cada um de vocês no Sagrado Umbral. — Mensagem do Ridván de 1990, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos bahá’ís do mundo. [45] Acima de tudo, é essencial terem os amigos confiança de que uma nova receptividade está amanhecendo nos corações dos europeus e terem fé de que as sementes que estão semeando germinarão. Devem saber que o tempo se aproxima quando o número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará repentinamente e devem estar prontos e ansiosos para dar as boas-vindas a estes novos crentes. — 12 de setembro de 1991, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional. [46] Todos esses desenvolvimentos deixaram evidente que o potencial acumulado para o progresso adicional da comunidade bahá’í é incalculável. A situação modificada, dentro das nações e entre elas, bem como os muitos problemas que afligem a 51
  • 64. sociedade, aumentam esse potencial. A impressão que causa tal modificação é que a Paz Menor de perto se aproxima. Entretanto, tem havido um recrudescimento simultâneo das forças de natureza contrária. Junto com a nova onda de liberdade política, que resultou no colapso dos baluartes do comunismo, surgiu uma explosão de nacionalismo. O crescimento concomitante do racismo em muitas regiões tornou-se já um assunto de séria preocupação mundial. Essas atitudes estão combinadas com uma erupção de fundamentalismo religioso que está envenenando os mananciais da tolerância. O terrorismo é algo freqüente. A incerteza generalizada quanto à condição da economia indica uma profunda desordem na administração dos assuntos materiais do planeta, condição esta que apenas agrava o sentimento de frustração e futilidade que afeta a esfera política. A deterioração das condições do meio-ambiente e da saúde de populações imensas é uma causa de alarme. E, no entanto, um elemento dessa modificação são os espantosos avanços na tecnologia da comunicação, que tornam possível a rápida transmissão de informação e idéias de uma a outra parte do mundo. É contra o pano de fundo de tais “processos simultâneos – o surgir e o cair, a integração e a desintegração, a ordem e o caos, com suas reações contínuas e recíprocas” que se apresentam uma miríade de novas oportunidades para o próximo estágio no desdobramento do Plano Divino do amado Mestre. Com a proximidade do Ano Santo, a influência primaveril da Revelação de Bahá’u’lláh parece ter assumido o caráter de um vento impetuoso e contínuo que sopra por entre as estruturas arcaicas da velha ordem mundial, fazendo cair poderosos pilares e limpando o terreno para novas concepções de organização social. O chamado à unidade, à uma nova ordem mundial, pode ser escutado de muitas direções. A mudança da sociedade 52
  • 65. mundial é caracterizada por uma velocidade prodigiosa. Uma característica dessa mudança é que ela é repentina, abrupta, o que parece ser conseqüência de alguma força misteriosa – incontida, violenta, ameaçadora e aflitiva. Os aspectos positivos dessa mudança revelam uma abertura não comum para conceitos globais e para o movimento rumo à colaboração em nível internacional e regional; uma propensão das partes envolvidas em conflito de optarem por soluções pacíficas; uma busca por valores espirituais. Até mesmo a própria comunidade do Maior Nome está experimentando os efeitos rigorosos desse vento revificador, à medida em que ele areja as formas de pensamento de todos nós, renovando, clarificando e ampliando nossas perspectivas quanto ao propósito da Ordem de Bahá’u’lláh na esteira do sofrimento e do tumulto da humanidade. A situação do mundo, enquanto nos apresenta um desafio crucial da maior urgência, traz à mente a encorajadora visão global de Shoghi Effendi com respeito às perspectivas da Ordem Administrativa durante o segundo século da Era Bahá’í, de cujo ponto medial rapidamente nos aproximamos. Em 1946 ele escreveu: “o segundo século está destinado a testemunhar um estupendo alinhamento para o combate e uma notável consolidação das forças que operam a favor do desenvolvimento mundial daquela Ordem, bem como os primeiros movimentos daquela Ordem Mundial, da qual o atual Sistema Administrativo é, ao mesmo tempo, o precursor, o núcleo e o padrão – uma Ordem que, na medida em que lentamente se cristaliza e irradia suas influências benéficas sobre o inteiro planeta, irá proclamar, a um só tempo, a maioridade da inteira espécie humana, assim como a maturidade da própria Fé a progenitora daquela Ordem.” — Mensagem do Ridván de 1992, escrita pela Casa Universal de . Justiça aos bahá’ís do mundo. [47] 53
  • 66. O ano do centenário foi também um período em que a situação, no mundo em geral, tornou-se mais confusa e paradoxal: houve, simultaneamente, sinais de ordem e caos, de promessa e frustração. Em meio às convulsões do atual estado de coisas a nível global, mas com sentimentos de deslumbramento e alegria, coragem e fé que o Ano Santo causou em nossos corações, nós, neste Ridván, no centésimo . qüinquagésimo ano de nossa Fé, estamos engajados num Plano de Três Anos. Sua brevidade é compelida pelas correntes rapidamente mutantes do tempo. Mas o objetivo principal do Plano é indispensável para o futuro da Causa e da humanidade. É o próximo estágio no desenvolvimento da Carta divina do ensino escrita pelo Centro do Convênio. O Plano será uma medida de nossa determinação em responder às imensas oportunidades deste momento crítico na evolução social do planeta. Através de dedicação resoluta em busca de seus objetivos declarados e da completa realização de suas metas, como melhor se adaptem às circunstâncias de cada comunidade nacional, o caminho tornar-se-á claro para uma projeção adequada do papel da Fé em relação aos inevitáveis desafios que se colocam diante de toda a humanidade, neste final do século vinte, rapidamente evanescente e tão pleno de destino. Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser alcançada muito além de todos os registros passados. A tarefa de espalhar a Mensagem à generalidade da humanidade, em aldeias, cidades e metrópoles, precisa ser rapidamente ampliada. A necessidade de tal realização é crítica, pois sem ela não se proverá aos órgos laboriosamente formados da Ordem Administrativa a esfera de ação para poderem desenvolver e demonstrar adequadamente sua inerente capacidade de atender às necessidades gritantes da humanidade em sua hora de desespero cada vez mais intenso. Neste sentido, a mutualidade do ensino e administração deve ser completamente entendida 54
  • 67. e amplamente enfatizada, pois um reforça o outro. Os problemas da sociedade que afetam nossa comunidade, e aqueles que naturalmente surgem de dentro da própria comunidade, sejam eles de natureza social, espiritual, econômica ou administrativa, serão resolvidos à medida que nossos números e recursos se multipliquem, e quando, em todos os níves da comunidade, os amigos desenvolvam a habilidade, disposição, coragem e determinação de obedecer às leis, aplicar os princípios e administrar os assuntos da Fé em conformidade com os preceitos divinos. O novo Plano gira em torno de um tema triplo: aumentar a vitalidade da fé dos crentes individualmente, desenvolver grandemente os recursos humanos da Causa, e promover o funcionamento adequado das instituições bahá’ís, locais e nacionais. Isto objetiva enfocar os requesitos de sucesso, à medida que se vai ao encalço das múltiplas metas do Plano nestes tempos turbulentos. … O treinamento dos amigos, e os esforços que exerçam, através de sério estudo individual, para adquirir conhecimentos da Fé, aplicar seus princípios e administrar seus assuntos, são indispensáveis para o desenvolvimento dos recursos humanos necessários ao progresso da Causa. Mas só o conhecimento não é suficiente; é vital que seja dado treinamento de uma forma que inspire amor e devoção, fomente a firmeza no Convênio, impulsione o indivíduo a uma participação ativa no trabalho da Causa e a tomar iniciativas sólidas na promoção de seus interesses. Esforços especiais para atrair pessoas de capacidade à Fé darão também muito resultado em prover os recursos humanos que tanto se necessita neste momento. Além disso, esses esforços irão estimular e fortalecer a habilidade das Assembléias Espirituais em desincumbir-se de suas graves responsabilidades. 55