A perda na colheita do algodão se resume nas fibras que foram cultivadas e por
algum motivo não aproveitadas, provocando um grande prejuízo ao produtor. Existem 3
tipos de perdas: a perda natural é aquela quando a fibra se desprende do capulho antes a
colheita, já as outras duas perdas são perda aérea e mecânica, onde ambas ocorrem no
momento da colheita, sendo que na aérea a fibra permanece na planta após a passagem
da colhedora e a mecânica a fibra cai no solo no momento da colheita.
A destruição das soqueiras do algodão é um manejo obrigatório por lei, e serve
como medida profilática para o controle de pragas que sobrevivem nos restos culturais do
algodoeiro, principalmente o bicudo do algodoeiro. Hoje contamos com 3 métodos para
a destruição desses restos culturais. São eles: método mecânico, que consiste na utilização
de implementos agrícolas; método cultural, que seria a utilização de uma cultura de
sucessão que não é susceptível às principais pragas e doenças do algodoeiro, e método
químico, que é o mais utilizado, e consiste na utilização de herbicidas para fazer a
destruição destas soqueiras.
O beneficiamento do algodão é feito nas algodoeiras, e neste caso é uma préindustrialização, que consiste na separação da fibra das sementes por processos
mecânicos, além da limpeza desta fibra, com mínima depreciação das qualidades
intrínsecas da fibra. Neste processo deve-se atentar à umidade da fibra, pois é um fator
determinante para a qualidade da mesma.
Portanto devemos nos atentar no momento da colheita para que não ocorram tantas
perdas e os prejuízos ao produtor sejam minimizados. Além disso, uma boa destruição
das soqueiras pode evitar a incidência precoce das pragas na próxima safra de algodão. E
durante o beneficiamento atentar-se quanto a umidade das fibras pois é um fator
determinante para a qualidade final do produto.
2. 2
• Manejo pós-colheita:
– Perdas na colheita;
– Destruição dos restos culturais.
• Beneficiamento do algodão:
– Umidade das fibras;
– Constituição da usina;
– Etapas do processamento;
– Armazenamento das fibras.
SUMÁRIO
3. 3
• Tipos de perda:
– Perda natural;
– Perda na parte aérea;
– Perda mecânica.
• Perda máxima 10%;
– Ideal seria de 6 a 8%;
• Pode causar grandes prejuízos ao produtor;
• Colheita mecanizada X Colheita manual;
• É causada por diversos fatores:
– Não controláveis e os passíveis de controle.
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: AMPASUL, 2018.
4. 4
• Perdas por atraso na colheita:
– Favorece a contaminação da fibra;
– Maior tempo sujeito a intempéries;
– Aumento da perda natural;
– Perdas quantitativas e qualitativas;
– Redução da resistência da fibra;
– Prejuízo ao produtor.
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: Loback, 2016.
5. 5
• Perdas por atraso na colheita:
PERDAS NA COLHEITA
Figura 1: Valores médios observados de perdas pré-colheita de algodão em caroço e de fibra, de duas
cultivares, em função do atraso na colheita.
Fonte: RSD, 2021.
6. 6
• Diferentes tipos de colhedoras:
– Diferentes mecanismos de colheita;
– Mais usual Stripper e Picker;
– Máquinas mal reguladas;
– Pode apresentar o maior índice de perdas.
• Pesquisa no cerrado mato-grossense:
– Município de Nova Ubiratã;
– Análise de 4.500 ha;
– Algodão colhido com diferentes colhedoras;
– Trabalho publicado em 2017;
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: John Deere, 2021.
7. 7
• Diferentes tipos de colhedoras:
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: Revista Neotropical, 2017.
Tabela 1: Perdas de plumas na colheita do algodão
8. 8
• Diferentes tipos de colhedoras:
PERDAS NA COLHEITA
Tabela 2: Estimativas dos prejuízos em reais por hectare, decorrente às perdas na colheita de algodão.
Fonte: Revista Neotropical, 2017.
9. 9
• Diferentes tipos de colhedoras:
PERDAS NA COLHEITA
Tabela 3: Valor total do prejuízo com a perda na colheita do algodão.
Fonte: Revista Neotropical, 2017.
• Na cotação atual, essa perda seria de:
• 1@ de algodão = R$ 210,00 (29/11/2021);
• Total = R$ 9.342.270,00
10. 10
• Diferentes velocidades de colheita:
– Altas velocidades pode acarretar em maiores perdas;
– Influenciada pela cultivar utilizada;
– Máquinas mal reguladas;
• Pesquisa no cerrado mato-grossense:
– Pesquisa de campo;
– Município de Rondonópolis-MT;
– Avaliação de 2 velocidades;
– Colhedora John Deere – Modelo 9970.
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: John Deere, 2021.
11. 11
• Diferentes velocidades de colheita:
PERDAS NA COLHEITA
Figura 5: Resultados médios para perdas no solo,
perdas na planta e perdas totais para as
velocidades de 3,6 e 7,2 km/h.
Figura 6: Resultados médios para perda total percentual dentre
as velocidades de colheita.
Fonte: Grupo Cultivar, 2015.
Fonte: Grupo Cultivar, 2015.
12. 12
• Como evitar grandes prejuízos:
– Entrada no momento correto no talhão;
– Desfolha no período correto;
– Máquinas bem reguladas;
– Operadores capacitados;
– Velocidade ideal para colheita;
– Escolha do maquinário correto.
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: Noticias rural, 2017.
13. 13
• Risco de incêndio:
– Processo de combustão;
– Ignição espontânea;
– Grande movimentação do produto.
• Precauções a serem tomadas:
– Tanque de água próximo a colheita;
– Limpeza dos maquinários;
– Controle de umidade da fibra;
– Colaboradores treinados.
PERDAS NA COLHEITA
Fonte: Portal agronegócio, 2015.
14. 14
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 005/2010:
• Art. 3º- ”Determinar a obrigatoriedade da eliminação dos restos culturais do algodão ou
das plantas voluntárias, através do controle químico ou mecânico das estruturas
vegetativas e reprodutivas...”
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
15. 15
• Vazio Sanitário:
– Princípio;
– Dividido em 4 Regiões no estado de Goiás.
• Região 1: 15 de setembro a 25 de novembro;
• Região 2: 20 de setembro a 30 de novembro;
• Região 3: 10 de setembro a 19 de novembro;
• Região 4: 10 de novembro a 20 de janeiro.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Agrodefesa, 2020.
16. 16
• Principal praga do algodão:
– Anthonomonus grandis;
– Processo de diapausa;
– Sobrevive nos restos culturais;
– Importância econômica.
• Outras pragas:
– Lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella);
– Broca-da-raiz (Eutinobothrus brasiliensis).
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Agrodefesa, 2020.
17. 17
• Métodos de destruição:
– FOGO
• Métodos de destruição:
–Método mecânico;
–Método químico;
–Método cultural;
–Manejo integrado.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Indea-MT, 2018.
18. 18
• Método mecânico:
– Grade aradora;
– Arrancador de discos em “V”;
– Arrancador de discos;
– Roçadeira;
– Matabrotos-Algodão;
– Triton;
– Cotton Mil;
– Destroyer.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: MF Rural, 2021.
19. 19
• Método mecânico com Grade aradora:
– Grande revolvimento do solo;
– Velocidade de trabalho 6 a 8 km/h;
– Potência mínima do trator 120 CV;
– Capacidade de campo 3 ha/h;
• Ca = 𝑣 × L × Ef
– Profundidade 10 a 15 cm;
– Recomenda-se a roçagem;
– Plantio Direto?
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: MF Rural, 2021.
20. 20
• Método mecânico com Tritton :
– Triturador de restos culturais;
– Alto desempenho;
– Boa capacidade de campo;
• Aproximadamente 6 ha/h.
– Potência mínima 100 CV;
– Largura de trabalho 5,2 metros;
– Plantio direto.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Jan, 2021.
21. 21
• Método mecânico com arrancador de discos em “V”:
– Arranque dos restos culturais;
– Mecanismo;
– Baixo revolvimento do solo;
– Profundidade de 5 a 10 cm;
– Plantio direto;
– Boa capacidade de campo.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Embrapa, 2015.
22. 22
• Método cultural:
– Sucessão com uma cultura não suscetível
as principais pragas e doenças;
– Exemplo: Soja e Milho;
– Apresenta um problema.*
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Atua agro, 2019.
23. 23
• Método químico:
– Aplicação de herbicidas;
– Método mais utilizado;
– Apresenta limitações;
• Estresse hídrico;
• Biotecnologia;
–RR;
• Problema no manejo cultural.
– Utilizava-se antes:
• Glifosato + 2,4D;
• Paraquat.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: BBC, 2021.
24. 24
• Método químico para cultivares
resistentes ao glifosato:
– Avaliar melhor herbicida para destruição de
soqueiras;
– Primeira aplicação com 50% de rebrota;
– 2,4 D na primeira aplicação ;
– 2,4 D em sequência apresentou melhor
resultado.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: UFPB, 2018.
Tabela 4: Porcentagem de rebrota de algodão
resistentes ao glifosato, em função de herbicidas:
25. 25
• Método químico para cultivares resistentes ao glifosato:
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Tabela 5: Porcentagem de rebrota de algodão resistentes ao glifosato, em
função de diferentes herbicidas:
Fonte:
EMBRAPA,
2017.
26. 26
• Método integrado para cultivares
resistentes ao glifosato:
– Mais recomendado;
– Resultados satisfatórios;
– Segunda safra 2014;
– 2 Aplicações;
– Método químico influenciado pelo
stress hídrico.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte: Embrapa, 2015.
Tabela 6: Porcentagem de controle da rebrota do algodoeiro em
função dos métodos de destruição dos restos culturais aos 45 dias
após a implantação do experimento
27. 27
• Manejo recomendado por profissional da área:
– Roçagem com tritton;
– Duas aplicações de 2,4D, espaçadas de 30 a 45 dias;
– Se a sucessão for soja:
• Roçagem com tritton;
• Herbicida Imazetapir;
+
• Herbicida flumicloraque-pentílico (Radiant);
–Intervalo de 4 dias.
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
Fonte:
Jan,
2021.
Fonte:
Rural
pecuária,
2019.
28. 28
• Mecanismo de ação do herbicida 2,4D:
DESTRUIÇÃO DOS RESTOS CULTURAIS
• Mimetizador de auxina:
– Auxina sintética;
• Epnastia;
• Encarquilhamento.
• Herbicidas com essa característica:
– Triclopir;
– Dicamba.
Fonte: Syngenta, 2021.
29. 29
• Em que consiste o beneficiamento?
– Última etapa do processo de produção;
– Pré-industrialização;
– Recepção e qualificação do algodão em caroço;
– Pré-limpeza e secagem*;
– Descaroçamento do algodão;
– Enfardamento;
– Armazenamento.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: AMAP, 2015.
30. 30
• Umidade das fibras:
– Fator determinante no processamento e qualidade;
– Ideal em torno de 7%;
– Umidade acima de 10%:
• Risco de fermentação;
• Dificulta o trabalho das máquinas;
• Provocam encarneiramento;
• Deságio se for maior que 12%.
– Umidade abaixo de 5%:
• Produz muita quantidade de novelos;
• Reduz a capacidade operacional das máquinas;
• Dificulta o enfardamento.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: Mediza, 2021.
Fonte: AMAP, 2015.
31. 31
• Constituição das algodoeiras:
– Desmanchador de fardões;
– Separadores gravimétricos:
– Torre secadora;
– Batedores de rolos;
– Extrator alimentador;
– Descaroçador;
– Limpadores de pluma;
– Condensador + Bica;
– Calçador + Prensa hidráulica.
– Amarração + embalagem.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
32. 32
• Constituição das algodoeiras:
– Desmanchador de fardões;
• Vulgo “Ricardão” ou “piranha”.
• Mecanismo.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: Embrapa, 2015.
33. 33
• Constituição das algodoeiras:
– Separadores gravimétricos;
• Limpeza de até 70%;
• Retira parcialmente capulhos não abertos.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: Santos H., 2015.
34. 34
• Constituição das algodoeiras:
– Torre secadora
• Controla a umidade da fibra;
• Altas temperaturas podem diminuir a qualidade da fibra;
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte das imagens: AMPA, 2014.
35. 35
• Constituição das algodoeiras:
– Limpadores de cilindros;
• Abre e espalha o algodão em caroço;
• Limpeza por agitação e fricção;
• Mais eficaz quando algodão está seco.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte das imagens: AMPA, 2014.
36. 36
• Constituição das algodoeiras:
– Extrator alimentador:
• Separa grande quantidade de casquinha do capulho;
• Remove talos;
• Utiliza a força centrífuga;
• Alimenta o descaroçador de forma contínua.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: AMPA, 2014.
37. 37
• Constituição das algodoeiras:
– Descaroçador:
• Máquina central do processo;
• Retira o caroço da fibra;
• Sincronismo com demais sistemas;
• Limpeza com jatos de ar e cata piolhos;
• Serras e costelas.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte das imagens: AMPA, 2014.
38. 38
• Constituição das algodoeiras:
– Descaroçador:
• Princípio de funcionamento:
• 1: Antepeito;
• 2: Câmara de beneficiamento;
• 3: Serras;
• 4: Costelas;
• 5: Ponto de beneficiamento;
• 6: Escovas rotativas;
• 7: Cata piolho;
• 8: Transportador.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: AMPA, 2014.
39. 39
• Constituição das algodoeiras:
– Limpadores de pluma:
• Penteagem da fibra;
• Dispositivo pneumático;
• Separa o material mais denso pela força da inércia.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte
das
imagens:
AMPA.,
2014.
40. 40
• Constituição das algodoeiras:
– Condensador + Bica:
• Fibra chega por sucção;
• Condensada em forma de manta;
• Uso de ventiladores;
• Umidificação da fibra;
• Descarrega na bica;
• Guia do condensador até a prensa.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte
das
imagens:
AMPA,
2014.
41. 41
• Constituição das algodoeiras:
– Calçador + Prensa hidráulica:
• Pré-compressão da fibra;
• Encontra-se na caixa de prensa;
• Responsável pela prensagem da fibra;
• Densidade dos fardos de 360-500 Kg/m3;
• Dimensão de 140 X 53 X 70-90 cm.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte
das
imagens:
AMPA,
2014.
42. 42
• Constituição das algodoeiras:
– Amarração + embalagem:
• Fardos formados por alta compressão;
• Amarração com arames de aço;
• Trabalho mecanizado;
• Objetiva proteção da fibra contra contaminação e fogo.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte
das
imagens:
AMPA,
2014.
44. 44
• Processamento na Algodoeira:
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: Luana Alves, 2021.
45. 45
• Armazenamento do Algodão em Pluma:
– Local arejado;
– Isento de umidade;
– Fardos não podem ficar em contato com o chão;
– Colocar fardos sobre paletes;
– Sistema contra incêndio;
– Podem ser armazenados por tempo indeterminado.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: SLC Agrícola, 2021.
46. 46
• Armazenamento do Algodão em Pluma:
• Umidade:
– Algodão material higroscópico;
– Ideal entre 6 a 8%;
– Máximo de 10%;
– Problema com fungos:
• Monilla sp;
• Aspergillus flavus;
• Aspergllus parasiticus;
• Colletrotichum gossypium.
BENEFICIAMENTO DO ALGODÃO
Fonte: EMBRAPA, 2005.
Tabela 7: Conteúdo de umidade do algodão:
fibra, semente e algodão em caroço, em
função da umidade relativa do ar
47. 47
1. Ivanês é um grande produtor de algodão do cerrado goiano que segue todas as normas
para um manejo correto e com boa eficiência, e inclusive faz questão de um bom manejo
de destruição de soqueiras, ele lhe pediu uma recomendação de um herbicida que
consiga fazer bem esse controle, qual você indicaria? (I.A., Dose e Intervalo de aplicação
(caso necessite mais de uma aplicação)).
2. Eduarda produtora de algodão, utiliza em sua lavoura o SPD, e no plantio utiliza
cultivares com as mais elaboradas biotecnologias (RR), você foi contratado para fazer a
recomendação de manejo pós-colheita da fazenda dela. Qual manejo você
recomendaria?
Dinâmica:
48. Entre em contato conosco:
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