Donato di Angelo del Pasciuccio, conhecido como Bramante, foi um importante arquiteto do século 15 que estudou com Andrea Mantegna e se apaixonou pela arte clássica. Uma de suas obras mais emblemáticas foi o Tempietto de S. Pietro em Montorio, mas seu projeto mais ambicioso foi a Basílica de São Pedro no Vaticano.
1. BRAMANTE
Donato di Angelo del Pasciuccio, conhecido como “Bramante” (1444 1514), foi o
principal arquiteto do papa Julio II, e um dos principais rivais de Michelangelo.
Estudou pintura e trabalhou posteriormente em Milão (14771499), tentado conciliar a
cultura humanista que era a nova onda em Florença, com o novo movimento artístico que
iria surgir na cidade de Milão. Seu professor, Andrea Mantegna, quem o levou a conhecer
a arte clássica pela qual Bramante se apaixonou de imediato.
Alcançou a fama através do seu trabalho sobre geometria de desenho em perspectiva –
uma referência na época, sendo que exerceu notável influência sobre a obra de
Michelangelo e mesmo de Rafael.
Uma das suas obras mais emblemáticas é o ”Tempietto de S. Pietro in Montorio”, igreja
encomendada pelo Papa Júlio II. No entanto, a obra que melhor reflete as suas
concepções de estilo é, seguramente, o projeto da Basílica de S. Pedro, no Vaticano.
Para esta sua grande obra, concebeu um plano para a reconstrução da Catedral de S.
Pedro onde cria um edifício com planta na forma de uma cruz grega, com uma grande
cúpula localizada sobre centro. O projeto foi posteriormente alterado mas permanece o
cruzeiro com a sua cúpula. Uma ironia do destino é que a execução seja, posteriormente
(incluindo algumas alterações) da autoria de Michelangelo.
Para se livrar do rival e conquistar projetos que alavancassem seu nome, Bramante –
juntamente com Rafael, outro artista concorrente) persuade o papa Julio II a desistir do
projeto que iria atribuir a Michelangelo e substituílo por outro, a pintura do teto da Capela
Sistina. Desta forma, com Michelangelo fora do páreo, Bramante obteria o projeto da
reconstrução da praça de São Pedro. Em 1506, Júlio II aceita os conselhos de Bramante.
Sem consultar Michelangelo, o coloca em outra atividade. A questão é que a pintura da
capela sistina não era uma obra na qual Michelangelo – um escultor e arquiteto – era
conhecido. Desta forma, caso falhasse em tal empreitada, teria a sua carreira de artista
arruinada. Mas, para não dar o braço a torcer e reconhecer suas limitações, Michelangelo
aceitou o desafio