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COMPANHIA DAS LEZÍRIAS   Pólo dinamizador do desenvolvimento rural e do combate à desertificação
COMPANHIA DAS LEZÍRIAS,  como pólo dinamizador do desenvolvimento rural e do combate à desertificação ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A Companhia das Lezírias é uma marca de referência nacional no sector primário, de capitais públicos, com vasta experiência, historial, e know-how no sector. Pareçe-me pois a entidade indicada para ser o pilar e a vanguarda deste projecto. As universidades de agronomia, bem como os demais institutos superiores agrários seriam o suporte técnico e de investigação na prospecção de novas soluções e produtos adequados às necessidades de mercado. A rede de distribuição própria visa dar uma maior visibilidade à produção nacional, e escoamento dos produtos resultantes da interacção dos dois primeiros vectores de intervenção – a Companhia das Lezírias, e as universidades e centros de investigação.
Produtores locais Agregação I&D A relação entre estes vectores pode ser sintetizado no seguinte esquema:
Na base do projecto estão as cooperativas e produtores locais. No centro de toda a dinâmica produtiva está a Companhia das Lezírias, que exerce uma actividade transversal de apoio às cooperativas e produtores, recrutamento, desenvolvimento de marca, análise e avaliação de mercado, co-financiamento, e investigação (com suporte das universidades e centros de investigação relevantes). Finalmente, a rede de distribuição constituirá o 'braço' comercial da Companhia das Lezírias, que fará a interface com o consumidor. Imagem e logo:  cl.pt
Plano de Intervenção De uma forma sucinta, eis o plano operacional a implementar: Constituição de regiões agrícolas demarcadas sob gestão da Companhia das Lezírias, de acordo com as potencialidades e características locais. Cada região terá um pólo universitário ligado à investigação agrónoma, que procurará maximizar a eficiência e potencial local, e definir, a partir dessa análise, qual o melhor aproveitamento e contribuição da região em produtos para o mercado nacional e para exportação, consideradas as potencialidades e constrangimentos, incluindo ambientais e de sustentabilidade, locais.. A partir desse suporte técnico, cabe à Companhia das Lezírias implementar uma estratégia adequada ao alcançe dos objectivos, nomeadamente, estabelecer normas e procedimentos, standardisar processos, desenvolver a marca, e prestar apoio  - financiamento, formação, etc. - às cooperativas e produtores locais. A juzante está o relacionamento com o consumidor, ao nível da marca – incluindo licenciamento -, informação, e escoamento físico de bens e serviços. A Companhia das Lezírias constitui-se assim como um centro integrado de serviços, canalizando e agregando os demais contributos dos diversos intervenientes, explorando sinergias, e servindo de interlucotor com entidades externas no âmbito do projecto, como por exemplo na avaliação das necessidades de financiamento.
Financiamento Para além dos canais e fontes  tradicionais de financiamento, como a banca ou fundos de investimento, a Companhia das Lezírias poderá ser também a gestora de fundos de investimento próprios de capitais públicos e privados, associados a capital de risco e microcrédito, bem como efectuará todas as diligências na obtenção de fundos comunitários e de atracção de investimento estrangeiro, eventualmente assistida nesta vertente pela Agência Portuguesa de Investimento e pelas embaixadas e consulados portugueses na diáspora. O microcrédito, na vertente do que se poderá designar por investimento ou financiamento social, está interligado com a disponibilização de informação à comunidade, e atrair dessa forma potenciais boas vontades de adesão, não só financeiramente mas também a nível de voluntariado.
Distribuição Esta componente específica do projecto tem um âmbito mais vasto do que somente o escoamento da produção – por si só, isso seria considerado através de acordos com operadores existentes – mas o desenvolvimento da marca – Companhia das Lezírias ou outra – pressupõe uma focagem e uma alocação de recursos em regime de exclusividade que julgo só poderem ser alcançados mediante uma rede própria que potencie o seu valor junto do consumidor. Essa rede deverá disseminar-se numa perspectiva top-down, ou seja, começar pelos grandes centros urbanos e ir sucessivamente ocupando áreas geográficas mais dispersas. A exportação é também uma componente do desenvolvimento da marca, com as necessárias adaptações, já que a internacionalização deve ser desde o início uma meta em vista, pois Portugal possui condições únicas neste domínio  – vede por exemplo a recente atribuição de património da humanidade da dieta mediterrânica – e que estão de acordo com o imperativo nacional de diversificação de marcados e de equilibrio da balança de transacções. O licenciamento da marca possui assim dois componentes essenciais: a qualidade e a origem (nacional), e ambos devem ser assegurados pela Companhia das Lezírias de acordo com normais legais, operacionais, e processuais aplicáveis. Por origem, entenda-se concebido e produzido em Portugal, embora possam ter componentes produzidos no exterior e/ou recorrer a patentes internacionais.
Motivação A racionalidade por trás desta iniciativa de associar a Companhia das Lezíras e uma marca própria de distribuição ao projecto deve-se sobretudo a questões de escala e sinergia. Por um lado os pequenos produtores não têm a capacidade nem poder de negociação suficientes para penetrar certos circuitos de distribuição. Neste domínio a investigação e desenvolvimento de novos produtos e técnicas é também um recurso que só está ao alcançe de grupos com certa dimensão.  A distribuição tem as suas próprias especificidades, e muitas vezes as motivações e estratégias dos grupos existentes não são totalmente coincidentes com o interesse e a produção endógena nacional. Daí que se afigure como necessário instituir uma marca própria que incorpore nas suas políticas e estratégias a promoção do produto nacional, sem a concorrênia 'desleal' de certos bens importados que pouco acrescentam de valor ao cabaz do consumidor. Da conjunção destes e de outros factores resulta que um projecto onde se possa convergir todas estas capacidades de diferentes agentes com interesses comuns pode contribuir para o seu sucesso.
Sustentabilidade Mas então e quem paga tudo isso, perguntar-se-á. A minha confiança no projecto é o bastante para considerar ser um investimento auto-suficiente e de rápido retorno. Não se julgue que isto representa mais um episódio na saga da Agricultura subsidiada. Não! De todo. O que aqui se propõe consiste antes em dar mais e melhores condições de competitividade aos produtos portugueses num quadro de concorrência sã e aberta. Portugal possui alguns produtos de excelência que têm todas as condições de triunfar no mercado interno e externo. Aliado ao turismo, pode-se angriar novos clientes nos mercados internacionais nos turistas que nos visitam e que experimentam os nossos produtos e as nossas marcas. O canal de distribuição,  por sua vez, não se deverá restringir somente a produtos agrícolas, sendo extensível a outras áreas de produção. O objectivo é consistir numa grande plataforma de promoção e distribuição de produtos de marca nacional, que dê visibilidade e reforçe o seu potencial.
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Conclusão Portugal é actualmente um país coxo, tombado para o litoral, com muitas e variadas consequências daí decorrentes, como o desordenamento territorial, desemprego, no custo de um bem essencial, e também direito fundamental previsto na Constituição, como a habitação, e na qualidade geral de vida das populações. No contexto europeu, Portugal queixa-se muitas vezes da falta de solidariedade dos parceiros europeus quanto à periferia portuguesa no quadro comunitário, mas internamente Portugal é um dos países que regista maiores assimetrias e desequilibrios nos vários estágios de desenvolvimento das suas regiões.  A regionalização não é solução , trata-se apenas de uma tentativa de impôr uma camada burocrática intermédia adicional, legitimada pelo voto, é certo, mas muitas vezes o voto serve apenas de chantagem política e arma de arremesso, e não em consideração dos legítimos interesses das populações e dos cidadãos. O que importa é dinamizar a economia e o sector produtivo, em especial os mais debilitados por estratégias de desenvolvimento desadequadas, assentes em baixos salários e custo do trabalho, previligiando sectores dominados por meia dúzia de grupos económicos, em regime de oligarquias monopolistas onde a concorrência efectiva é uma fantasia, provocando o afunilamento da estrutura económica e produtiva nacional, e relativizando a força vital da economia: as PMEs, expressa nas pessoas e na inteligência nacional.
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cl

  • 1. COMPANHIA DAS LEZÍRIAS Pólo dinamizador do desenvolvimento rural e do combate à desertificação
  • 2.
  • 3. A Companhia das Lezírias é uma marca de referência nacional no sector primário, de capitais públicos, com vasta experiência, historial, e know-how no sector. Pareçe-me pois a entidade indicada para ser o pilar e a vanguarda deste projecto. As universidades de agronomia, bem como os demais institutos superiores agrários seriam o suporte técnico e de investigação na prospecção de novas soluções e produtos adequados às necessidades de mercado. A rede de distribuição própria visa dar uma maior visibilidade à produção nacional, e escoamento dos produtos resultantes da interacção dos dois primeiros vectores de intervenção – a Companhia das Lezírias, e as universidades e centros de investigação.
  • 4. Produtores locais Agregação I&D A relação entre estes vectores pode ser sintetizado no seguinte esquema:
  • 5. Na base do projecto estão as cooperativas e produtores locais. No centro de toda a dinâmica produtiva está a Companhia das Lezírias, que exerce uma actividade transversal de apoio às cooperativas e produtores, recrutamento, desenvolvimento de marca, análise e avaliação de mercado, co-financiamento, e investigação (com suporte das universidades e centros de investigação relevantes). Finalmente, a rede de distribuição constituirá o 'braço' comercial da Companhia das Lezírias, que fará a interface com o consumidor. Imagem e logo: cl.pt
  • 6. Plano de Intervenção De uma forma sucinta, eis o plano operacional a implementar: Constituição de regiões agrícolas demarcadas sob gestão da Companhia das Lezírias, de acordo com as potencialidades e características locais. Cada região terá um pólo universitário ligado à investigação agrónoma, que procurará maximizar a eficiência e potencial local, e definir, a partir dessa análise, qual o melhor aproveitamento e contribuição da região em produtos para o mercado nacional e para exportação, consideradas as potencialidades e constrangimentos, incluindo ambientais e de sustentabilidade, locais.. A partir desse suporte técnico, cabe à Companhia das Lezírias implementar uma estratégia adequada ao alcançe dos objectivos, nomeadamente, estabelecer normas e procedimentos, standardisar processos, desenvolver a marca, e prestar apoio - financiamento, formação, etc. - às cooperativas e produtores locais. A juzante está o relacionamento com o consumidor, ao nível da marca – incluindo licenciamento -, informação, e escoamento físico de bens e serviços. A Companhia das Lezírias constitui-se assim como um centro integrado de serviços, canalizando e agregando os demais contributos dos diversos intervenientes, explorando sinergias, e servindo de interlucotor com entidades externas no âmbito do projecto, como por exemplo na avaliação das necessidades de financiamento.
  • 7. Financiamento Para além dos canais e fontes tradicionais de financiamento, como a banca ou fundos de investimento, a Companhia das Lezírias poderá ser também a gestora de fundos de investimento próprios de capitais públicos e privados, associados a capital de risco e microcrédito, bem como efectuará todas as diligências na obtenção de fundos comunitários e de atracção de investimento estrangeiro, eventualmente assistida nesta vertente pela Agência Portuguesa de Investimento e pelas embaixadas e consulados portugueses na diáspora. O microcrédito, na vertente do que se poderá designar por investimento ou financiamento social, está interligado com a disponibilização de informação à comunidade, e atrair dessa forma potenciais boas vontades de adesão, não só financeiramente mas também a nível de voluntariado.
  • 8. Distribuição Esta componente específica do projecto tem um âmbito mais vasto do que somente o escoamento da produção – por si só, isso seria considerado através de acordos com operadores existentes – mas o desenvolvimento da marca – Companhia das Lezírias ou outra – pressupõe uma focagem e uma alocação de recursos em regime de exclusividade que julgo só poderem ser alcançados mediante uma rede própria que potencie o seu valor junto do consumidor. Essa rede deverá disseminar-se numa perspectiva top-down, ou seja, começar pelos grandes centros urbanos e ir sucessivamente ocupando áreas geográficas mais dispersas. A exportação é também uma componente do desenvolvimento da marca, com as necessárias adaptações, já que a internacionalização deve ser desde o início uma meta em vista, pois Portugal possui condições únicas neste domínio – vede por exemplo a recente atribuição de património da humanidade da dieta mediterrânica – e que estão de acordo com o imperativo nacional de diversificação de marcados e de equilibrio da balança de transacções. O licenciamento da marca possui assim dois componentes essenciais: a qualidade e a origem (nacional), e ambos devem ser assegurados pela Companhia das Lezírias de acordo com normais legais, operacionais, e processuais aplicáveis. Por origem, entenda-se concebido e produzido em Portugal, embora possam ter componentes produzidos no exterior e/ou recorrer a patentes internacionais.
  • 9. Motivação A racionalidade por trás desta iniciativa de associar a Companhia das Lezíras e uma marca própria de distribuição ao projecto deve-se sobretudo a questões de escala e sinergia. Por um lado os pequenos produtores não têm a capacidade nem poder de negociação suficientes para penetrar certos circuitos de distribuição. Neste domínio a investigação e desenvolvimento de novos produtos e técnicas é também um recurso que só está ao alcançe de grupos com certa dimensão. A distribuição tem as suas próprias especificidades, e muitas vezes as motivações e estratégias dos grupos existentes não são totalmente coincidentes com o interesse e a produção endógena nacional. Daí que se afigure como necessário instituir uma marca própria que incorpore nas suas políticas e estratégias a promoção do produto nacional, sem a concorrênia 'desleal' de certos bens importados que pouco acrescentam de valor ao cabaz do consumidor. Da conjunção destes e de outros factores resulta que um projecto onde se possa convergir todas estas capacidades de diferentes agentes com interesses comuns pode contribuir para o seu sucesso.
  • 10. Sustentabilidade Mas então e quem paga tudo isso, perguntar-se-á. A minha confiança no projecto é o bastante para considerar ser um investimento auto-suficiente e de rápido retorno. Não se julgue que isto representa mais um episódio na saga da Agricultura subsidiada. Não! De todo. O que aqui se propõe consiste antes em dar mais e melhores condições de competitividade aos produtos portugueses num quadro de concorrência sã e aberta. Portugal possui alguns produtos de excelência que têm todas as condições de triunfar no mercado interno e externo. Aliado ao turismo, pode-se angriar novos clientes nos mercados internacionais nos turistas que nos visitam e que experimentam os nossos produtos e as nossas marcas. O canal de distribuição, por sua vez, não se deverá restringir somente a produtos agrícolas, sendo extensível a outras áreas de produção. O objectivo é consistir numa grande plataforma de promoção e distribuição de produtos de marca nacional, que dê visibilidade e reforçe o seu potencial.
  • 11.
  • 12. Conclusão Portugal é actualmente um país coxo, tombado para o litoral, com muitas e variadas consequências daí decorrentes, como o desordenamento territorial, desemprego, no custo de um bem essencial, e também direito fundamental previsto na Constituição, como a habitação, e na qualidade geral de vida das populações. No contexto europeu, Portugal queixa-se muitas vezes da falta de solidariedade dos parceiros europeus quanto à periferia portuguesa no quadro comunitário, mas internamente Portugal é um dos países que regista maiores assimetrias e desequilibrios nos vários estágios de desenvolvimento das suas regiões. A regionalização não é solução , trata-se apenas de uma tentativa de impôr uma camada burocrática intermédia adicional, legitimada pelo voto, é certo, mas muitas vezes o voto serve apenas de chantagem política e arma de arremesso, e não em consideração dos legítimos interesses das populações e dos cidadãos. O que importa é dinamizar a economia e o sector produtivo, em especial os mais debilitados por estratégias de desenvolvimento desadequadas, assentes em baixos salários e custo do trabalho, previligiando sectores dominados por meia dúzia de grupos económicos, em regime de oligarquias monopolistas onde a concorrência efectiva é uma fantasia, provocando o afunilamento da estrutura económica e produtiva nacional, e relativizando a força vital da economia: as PMEs, expressa nas pessoas e na inteligência nacional.
  • 13. Slides: http://slidesha.re/l8T1PC Musica: La Molinera, Né Ladeiras Facebook: http://on.fb.me/m1Iwnc Imagens: eufic.org