Este documento descreve uma oficina experimental sobre identidade pessoal usando canto e fotografia. Seu objetivo é promover reflexão sobre a identidade própria através de expressões artísticas e compartilhamento de experiências criativas entre os participantes. A oficina inclui dinâmicas, debates e produção de autorretratos fotográficos e gravações de voz.
2. Os sons e imagens do próprio corpo,
mesmo aquelas já esquecidas, fazem
parte do que somos. Um passeio pela
própria identidade é a Experimentação de
Canto e Fotografia – Universo de Si, um
encontro e os seus diálogos com o ser.
Trata-se de uma experiência em
construção por meio de oficina
experimental realizada em espaço de arte
independente de Belém - o Casulo
Cultural.
3. OBJETIVOS
Esta proposta tem como objetivo geral uma
reflexão sobre a própria identidade, a partir
das expressões do canto e da fotografia.
Como objetivos específicos promover a
difusão da criação artística como forma de
reflexão sobre identidade, colocar em pauta o
saber teórico produzido de forma
independente como forma de contribuição à
produção acadêmica nas universidades e
promover processos criativos livres.
4. METODOLOGIA
Encontros semanais, com foco em dinâmicas e conceitos das
expressões em estudo, o canto e a fotografia.
• Reflexão/Provocação
“Paisagem Sonora”/ “A fotografia como revelação de si mesmo
(Autoretrato)” / dinâmicas sobre “Luz”/ “A voz executa o trabalho do
Ser Humano - Diagnóstico de tipos de vozes” / “Cantar com voz, corpo
e alma” / exercícios de respiração diafragmática.
Práticas individuais de gravações de paisagens sonoras e do próprio
canto, e produção de autorretrato.
https://soundcloud.com/yvana-crizanto/aud-20160419-wa0020
• Produção artística
• Compartilhamento
Para a experimentação foram convidadas a artista
visual e professora de Artes Visuais Renata
Aguiar, e a professora de canto Angela Rika, como
forma de abordar técnicas de canto e fotografia
junto às dinâmicas de descoberta de identidade.
5. Como você vê
a si mesmo?
Como
fotografa?
De onde
vem a luz?
Como é a
música
para você?
O que canta
no chuveiro?
11. Nós envolvemos de panos
uma nudez sonora
extremamente ferida, infantil,
que permanece sem
expressão no fundo de nós
mesmos. (...) Com o auxílio
desses panos, do mesmo
modo que tentamos subtrair
aos ouvidos alheios a
maioria dos ruídos do nosso
corpo, subtraímos ao nosso
próprio ouvido alguns sons e
alguns gemidos mais
antigos. (QUIGNARD, 1996, p.
9.)
12. “Sem a fala e a visão, tivemos de tocar o
outro, respeitando seus limites” - Rafael
Salles, antropólogo e participante da oficina.
13.
14. A IDENTIDADE E O SOM: MULTIPLICIDADE E
VIBRAÇÃO
A experiência das relações, do compartilhamento, do
enfrentamento, de ver-se como ser complexo integrado
apresentam-se nesta proposta como ambiente
favorável à expressão individual: um contexto plural e
multidisciplinar proporcionado pelo canto e a
fotografia.
.
No próprio corpo e no mundo externo existe o se
chama de som. E no mundo como o vemos, a luz.
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15. O fato de estar exteriormente “protegido
pelas formas sociais (...), não implica que
esteja protegido da multiplicidade interior
que o cinde intimamente e o impele a voltar
ao desvio que representa a identidade com
o mundo exterior”.
JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e
Reflexões. Edição Especial. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
16. A música não está sujeita a regras arbitrárias como
os jogos: tem muito a fazer com sentimentos
humanos e experiências na sociedade, muito
frequentemente padrões são gerados
pelas explosões surpreendentes de atividade
mental inconsciente. Muitos dos processos musicais
essenciais, senão todos, estão na constituição do
corpo humano e em padrões de interação entre
corpos humanos na sociedade. Consequentemente,
toda a música é, estrutural e funcionalmente,
música popular.
Tradução de Yvana Crizanto
BLACKING, John. Hay musica en el hombre? Edición Española. Madri:
Alianza Editorial, 2006.
17. A IMAGEM E O SOM: PAISAGENS SONORAS E
TRANSDISCIPLINARIDADES
A luz como elemento vital e
objeto de estudo propicia
leituras e abordagens
transversais que potencializam
a implementação de práticas
pedagógicas transdisciplinares,
que contribuem na formação de
pessoas mais
sensíveis, estimuladas a
perceber o meio e que possam
buscar soluções aos problemas
do cotidiano com criatividade.
(SITE FOTOATIVA.ORG, 2016)
18. Quanto mais eu me envolvo com educação musical,
mais percebo a inaturalidade básica das formas de
arte existentes, cada uma utilizando um conjunto de
receptores sensitivos, com a exclusão de todos os
outros. As fantásticas exigências feitas para se
alcançar a virtuosidade, em qualquer forma de arte,
têm resultado em realizações abstratas, às quais
podemos aplicar o tema “inatural”, uma vez que não
correspondem à vida, tal como a experimentamos
nessa Terra. Beethoven não perdeu a audição, como
comumente se supõe – perdeu a visão. São os
pintores cujos trabalhos povoam os espaços
silenciosos dos museus, que perderam a audição.
SCHAFER, Murray. Ouvido Pensante. Edição brasileira. São Paulo :
Fundação Editora da Unesp, 1991.
24. AGENDA
Dia 30/06 | 19h | Casulo Debate
Dia 18/08 | 19h | Fotoativa Portas
Abertas
Bate-papo, performance e pocket
show
Parceiros: Casulo Cultural, Casarão Floresta Sonora, Grupo de Pesquisa Música e
Identidade na Amazônia - GPMIA
www.universodesi.wordpress.com
yvana.crizanto@gmail.com