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   Classes preconizadas por Plossl (1985, p. 20):
   Matéria-prima- são diversos tipos de materiais usados no processo de fabrico e que servirão para a
    obtenção do produto final;
   Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do produto;
   Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em espera no processo produtivo;
   Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para venda, para distribuição ou
    armazenagem
   Baseado na sua utilidade, os stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias
    (Tersine, 1988, p. 7).
   Stock em lotes- constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as exigências, nesse sentido, é feita
    uma encomenda em lotes numa quantidade maior do que o necessário;
   Stock de segurança - é o stock destinado a fazer face a incertezas tanto do ponto de vista do
    fornecimento como das vendas;
   Stock sazonal - trata-se do stock constituído para afrontar picos de procura sazonais, ou rupturas na
    capacidade produtiva.
   Stock em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no processo produtivo;
   Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre actividade da produção ou em fases
    dependentes.
   É ainda referido por Silver et al. (1998, p. 30) outra categoria:
   Stock parado ou congestionado - este é designado desta forma visto os artigos terem uma produção
    limitada, entrando por isso numa espécie de competição. Visto os diferentes artigos partilharem o
    mesmo equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos tendem a acumular
    enquanto esperam que o equipamento fique disponível.
   Factores mais relevantes que levam as organizações a constituir stock
    (Zermati, 1986, p. 20):
   Podem-se constituir stocks com uma finalidade especulativa, comprando-
    se os mesmos a baixos preços para os vender a preços altos;
   Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua
    produção ser irregular;
   Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma
    redução do preço unitário;
   Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas
    quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte no intuito de
    economizar nos custos de transporte, o que se traduz numa constituição
    de stock;
   A existência de stock pode-se justificar apenas pela legítima preocupação
    em fazer face às variações de consumo;
   Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias
    durante a produção, greves laborais, problemas no transporte, etc;
   Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em
    alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais;
   Beneficia-se da existência de stock, quando este evita o incómodo de se
    fazer entregas ou compras demasiado frequentes.
   Principais inconvenientes na constituição de stocks
    (Zermati, 1986, p. 22):
   Um dos inconvenientes diz respeito à própria
    fragilidade de certos produtos, que não possuem
    condições de serem mantidos em stock ou poderão ser
    mantidos em períodos muito curtos;
   Outro problema, diz respeito ao custo de posse
    traduzido no facto de existir material não vendido que
    vai acabar por imobilizar capital sem acrescentar valor;
   A ruptura apresenta-se como um enorme
    inconveniente, visto que a ocorrência desta irá
    provocar vendas perdidas e em casos extremos poderá
    levar à perda de clientes.
   Classificação de algumas decisões a tomar na gestão de stocks, por categorias e sub-categorias:
   Periodicidade
   Encomenda única
   Mais de uma encomenda
   Artigos em stock 2
   Origem
   Exterior ao fornecedor
   Do fornecedor
   Procura
   Procura constante
   Procura variável
   Procura independente
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   Lead time ou tempo de aprovisionamento
   Lead time constante
   Lead time variável
   Sistemas de gestão de stocks
   Revisão contínua
   Revisão periódica
   MRP
   DRP
   Quantidade óptima de encomenda
   Custos de aprovisionamento
   Corresponde ao custo de processamento da
    encomenda, que poderá ser a compra feita a
    um fornecedor, mas também aos custos
    associados à inspecção e transferência do
    material, assim como os custos relativos à
    produção (Plossl, 1985, p. 21).
   Corresponde ao custo de processamento da
    encomenda, que poderá ser a compra feita a
    um fornecedor, mas também aos custos
    associados à inspecção e transferência do
    material, assim como os custos relativos à
    produção (Plossl, 1985, p. 21).
   São os custos directamente relacionados com a
    manutenção dos artigos em stock, poderão ser
    de obsolescência, de
    deterioração, impostos, seguros, custo do
    armazém e sua manutenção e custos do capital
    (Plossl, 1985, p. 22).
   Estes custos surgem quando não há material
    disponível para fazer face ao(s) pedido(s) do(s)
    cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e
    trabalho na elaboração de novos pedidos, como em
    casos extremos poderá levar à perda do(s)
    cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22).
   Embora estes sejam considerados os três principais
    custos associados à gestão de stocks, Plossl (1985, p.
    22), refere ainda um quarto grupo, designado por
    custo associado à capacidade, que são os custos
    relacionados com questões laborais como horas
    extraordinárias, subcontratações, despedimentos, f
    ormações e períodos de inactividade por parte do
    trabalhador.
   Um dos factores principais que levam as organizações a constituir
    stock é a possibilidade dessa mesma organização poder adquirir
    ou produzir artigos em lotes de quantidade económica. As
    organizações que usam lotes de quantidade económica, fazem-no
    sentido de manter um stock de artigos mais ou menos
    regular, artigos esses, que têm uma procura constante e
    independente. Os lotes de quantidade económica são
    estabelecidos por estes modelos determinísticos para artigos com
    procura independente, sejam eles produzidos ou adquiridos. Para
    determinar a melhor política no que toca à gestão de stocks, é
    necessária informação sobre previsões da procura, custos
    associados à gestão de stocks e tempo de aprovisionamento. Nos
    modelos determinísticos, as variáveis e todos os parâmetros são
    conhecidos ou podem ser calculados. A taxa de procura e os
    custos são também conhecidos com elevado grau de certeza e
    pressupõe-se que o tempo de reaprovisionamento é constante e
    independente da procura (Tersine, 1988, p. 90).
   As respostas às questões quando e quanto
    encomendar, dependem do natureza da procura e
    dos parâmetros usados para caracterizar o sistema.
    Neste caso, é assumido que a procura é conhecida
    e constante, o que significa que o número de
    artigos a encomendar e o tempo entre o
    processamento de encomendas não sofrem
    também eles variação. Os artigos são sujeitos a
    uma revisão contínua e quando o ponto de
    encomenda atinge um determinado nível, é feito o
    pedido de uma nova encomenda com um número
    fixo de artigos (Tersine, 1988, p. 90).
   A quantidade a encomendar que minimiza o custo total é designada por
    quantidade económica de encomenda. O nível máximo de stock Q é
    atingido no momento em que se verifica a recepção de encomenda e o
    nível mínimo no momento imediatamente anterior à sua recepção.
    Quando o nível de stock atinge o ponto de encomenda s, uma nova
    encomenda de Q unidades é colocada. A política de gestão a adoptar é
    portanto a minimização do custo total anual (CT) (UM/ano) que é dado
    por: onde:
   Q = quantidade a encomendar (unidades)
   c = custo unitário (UM/unidade)
   D = procura anual do artigo (unidades/ano)
   Ic = custo de posse unitário anual por unidade (UM/unidade ano)
   Ca = custo associado à realização de uma encomenda (UM)
   L = prazo de aprovisionamento
   e o ponto de encomenda s traduz-se da seguinte forma: s = D * L
    (Tersine, 1988, p. 91).
   Nota: as variáveis foram adaptadas ao português no sentido de facilitar a
    compreensão.
   É um processo recorrente por parte dos
    fornecedores, aplicar descontos nos artigos de uma
    encomenda no sentido de incentivar os compradores a
    encomendar em grandes quantidades. Sendo verdade que o
    comprador beneficia ao ver reduzido o preço unitário, por
    outro lado ao encomendar em grandes quantidades
    aumenta o custo de posse, visto aumentar o seu nível de
    stock. O objectivo consiste em identificar a quantidade ideal
    que minimize o custo total. São normalmente destacados
    dois tipos de descontos de quantidade, o desconto em todas
    as unidades, que resulta na redução do preço unitário na
    compra de grandes quantidades e o desconto incremental
    que aplica a redução de preço apenas se a encomenda de
    alguns artigos atingir uma quantidade previamente
    estabelecida, ou seja podem existir vários preços dentro do
    mesmo lote encomendado (Tersine, 1988, p. 99).
   Neste sistema, a constituição dos artigos em
    stock faz-se em lotes, onde os produtos
    'competem' pela capacidade de produção
    enquanto componentes individuais ou da
    mesma família de produtos, sendo muitas
    vezes produzidos com o mesmo equipamento.
    O planeamento da produção por lotes envolve
    a determinação do número ideal de artigos que
    deverão fazer parte de cada
    produção, esperando com isso minimizar o
    custo total anual (Tersine, 1988, p. 121).
   Este modelo pressupõe que quantidade
    encomendada de um determinado artigo é
    recebida num determinado tempo previamente
    estabelecido, para satisfazer as necessidades
    daquele período. Este conceito é aplicável quer o
    produto seja produzido internamente ou adquirido
    externamente. Este modelo torna-se importante na
    medida em que, se um artigo produzido com
    procura constante é de imediato constituído em
    stock, é fundamental que a quantidade de
    produção a encomendar seja desde logo
    determinada (Tersine, 1988, p. 121).
   São sistemas em que as encomendas são
    colocadas de T em T períodos de tempo
    previamente determinados e onde a
    quantidade a encomendar depende da procura
    (conhecida) entre revisões. De T em T períodos
    de tempo faz-se uma revisão do stock e
    encomenda-se a quantidade necessária para
    elevar o nível de stock ao nível máximo
    pretendido (Tersine, 1988, p. 135).
   Este modelo também designado por valor óptimo de T tem como objectivo principal
    determinar T e o respectivo valor máximo de stock associado. Este valor óptimo de T
    obtém-se com a minimização do custo total anual, para um só artigo, e é dado por
    (Tersine, 1988, p. 136)
   onde:



   T = valor óptimo de tempo entre o qual se encomenda
   c = custo unitário (UM/unidade)
   D = procura anual do artigo (unidades/ano)
   Ic = custo de posse unitário anual por unidade (UM/unidade ano)
   I = taxa de custo de posse
   Ca = custo associado à realização de uma encomenda (UM)
   L = prazo de aprovisionamento
   S = ponto de encomenda s = D * (L + T).
   Resta referir que o modelo do intervalo óptimo de encomenda possui duas
    aplicações, para um só artigo, visto anteriormente, e para múltiplos artigos, também
    designado por grupagem onde o T é calculado da seguinte forma (Tersine, 1988, p. 139)
   e S = ponto de encomenda sj = Dj * (L + T.

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Gestão de stocks- 4º trabalho SM

  • 1.
  • 2. Classes preconizadas por Plossl (1985, p. 20):  Matéria-prima- são diversos tipos de materiais usados no processo de fabrico e que servirão para a obtenção do produto final;  Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do produto;  Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em espera no processo produtivo;  Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para venda, para distribuição ou armazenagem  Baseado na sua utilidade, os stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias (Tersine, 1988, p. 7).  Stock em lotes- constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as exigências, nesse sentido, é feita uma encomenda em lotes numa quantidade maior do que o necessário;  Stock de segurança - é o stock destinado a fazer face a incertezas tanto do ponto de vista do fornecimento como das vendas;  Stock sazonal - trata-se do stock constituído para afrontar picos de procura sazonais, ou rupturas na capacidade produtiva.  Stock em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no processo produtivo;  Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre actividade da produção ou em fases dependentes.  É ainda referido por Silver et al. (1998, p. 30) outra categoria:  Stock parado ou congestionado - este é designado desta forma visto os artigos terem uma produção limitada, entrando por isso numa espécie de competição. Visto os diferentes artigos partilharem o mesmo equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos tendem a acumular enquanto esperam que o equipamento fique disponível.
  • 3. Factores mais relevantes que levam as organizações a constituir stock (Zermati, 1986, p. 20):  Podem-se constituir stocks com uma finalidade especulativa, comprando- se os mesmos a baixos preços para os vender a preços altos;  Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua produção ser irregular;  Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma redução do preço unitário;  Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos custos de transporte, o que se traduz numa constituição de stock;  A existência de stock pode-se justificar apenas pela legítima preocupação em fazer face às variações de consumo;  Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a produção, greves laborais, problemas no transporte, etc;  Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais;  Beneficia-se da existência de stock, quando este evita o incómodo de se fazer entregas ou compras demasiado frequentes.
  • 4. Principais inconvenientes na constituição de stocks (Zermati, 1986, p. 22):  Um dos inconvenientes diz respeito à própria fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de serem mantidos em stock ou poderão ser mantidos em períodos muito curtos;  Outro problema, diz respeito ao custo de posse traduzido no facto de existir material não vendido que vai acabar por imobilizar capital sem acrescentar valor;  A ruptura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a ocorrência desta irá provocar vendas perdidas e em casos extremos poderá levar à perda de clientes.
  • 5. Classificação de algumas decisões a tomar na gestão de stocks, por categorias e sub-categorias:  Periodicidade  Encomenda única  Mais de uma encomenda  Artigos em stock 2  Origem  Exterior ao fornecedor  Do fornecedor  Procura  Procura constante  Procura variável  Procura independente  Procura dependente  Lead time ou tempo de aprovisionamento  Lead time constante  Lead time variável  Sistemas de gestão de stocks  Revisão contínua  Revisão periódica  MRP  DRP  Quantidade óptima de encomenda
  • 6. Custos de aprovisionamento  Corresponde ao custo de processamento da encomenda, que poderá ser a compra feita a um fornecedor, mas também aos custos associados à inspecção e transferência do material, assim como os custos relativos à produção (Plossl, 1985, p. 21).
  • 7. Corresponde ao custo de processamento da encomenda, que poderá ser a compra feita a um fornecedor, mas também aos custos associados à inspecção e transferência do material, assim como os custos relativos à produção (Plossl, 1985, p. 21).
  • 8. São os custos directamente relacionados com a manutenção dos artigos em stock, poderão ser de obsolescência, de deterioração, impostos, seguros, custo do armazém e sua manutenção e custos do capital (Plossl, 1985, p. 22).
  • 9. Estes custos surgem quando não há material disponível para fazer face ao(s) pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho na elaboração de novos pedidos, como em casos extremos poderá levar à perda do(s) cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22).  Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à gestão de stocks, Plossl (1985, p. 22), refere ainda um quarto grupo, designado por custo associado à capacidade, que são os custos relacionados com questões laborais como horas extraordinárias, subcontratações, despedimentos, f ormações e períodos de inactividade por parte do trabalhador.
  • 10. Um dos factores principais que levam as organizações a constituir stock é a possibilidade dessa mesma organização poder adquirir ou produzir artigos em lotes de quantidade económica. As organizações que usam lotes de quantidade económica, fazem-no sentido de manter um stock de artigos mais ou menos regular, artigos esses, que têm uma procura constante e independente. Os lotes de quantidade económica são estabelecidos por estes modelos determinísticos para artigos com procura independente, sejam eles produzidos ou adquiridos. Para determinar a melhor política no que toca à gestão de stocks, é necessária informação sobre previsões da procura, custos associados à gestão de stocks e tempo de aprovisionamento. Nos modelos determinísticos, as variáveis e todos os parâmetros são conhecidos ou podem ser calculados. A taxa de procura e os custos são também conhecidos com elevado grau de certeza e pressupõe-se que o tempo de reaprovisionamento é constante e independente da procura (Tersine, 1988, p. 90).
  • 11. As respostas às questões quando e quanto encomendar, dependem do natureza da procura e dos parâmetros usados para caracterizar o sistema. Neste caso, é assumido que a procura é conhecida e constante, o que significa que o número de artigos a encomendar e o tempo entre o processamento de encomendas não sofrem também eles variação. Os artigos são sujeitos a uma revisão contínua e quando o ponto de encomenda atinge um determinado nível, é feito o pedido de uma nova encomenda com um número fixo de artigos (Tersine, 1988, p. 90).
  • 12. A quantidade a encomendar que minimiza o custo total é designada por quantidade económica de encomenda. O nível máximo de stock Q é atingido no momento em que se verifica a recepção de encomenda e o nível mínimo no momento imediatamente anterior à sua recepção. Quando o nível de stock atinge o ponto de encomenda s, uma nova encomenda de Q unidades é colocada. A política de gestão a adoptar é portanto a minimização do custo total anual (CT) (UM/ano) que é dado por: onde:  Q = quantidade a encomendar (unidades)  c = custo unitário (UM/unidade)  D = procura anual do artigo (unidades/ano)  Ic = custo de posse unitário anual por unidade (UM/unidade ano)  Ca = custo associado à realização de uma encomenda (UM)  L = prazo de aprovisionamento  e o ponto de encomenda s traduz-se da seguinte forma: s = D * L (Tersine, 1988, p. 91).  Nota: as variáveis foram adaptadas ao português no sentido de facilitar a compreensão.
  • 13. É um processo recorrente por parte dos fornecedores, aplicar descontos nos artigos de uma encomenda no sentido de incentivar os compradores a encomendar em grandes quantidades. Sendo verdade que o comprador beneficia ao ver reduzido o preço unitário, por outro lado ao encomendar em grandes quantidades aumenta o custo de posse, visto aumentar o seu nível de stock. O objectivo consiste em identificar a quantidade ideal que minimize o custo total. São normalmente destacados dois tipos de descontos de quantidade, o desconto em todas as unidades, que resulta na redução do preço unitário na compra de grandes quantidades e o desconto incremental que aplica a redução de preço apenas se a encomenda de alguns artigos atingir uma quantidade previamente estabelecida, ou seja podem existir vários preços dentro do mesmo lote encomendado (Tersine, 1988, p. 99).
  • 14. Neste sistema, a constituição dos artigos em stock faz-se em lotes, onde os produtos 'competem' pela capacidade de produção enquanto componentes individuais ou da mesma família de produtos, sendo muitas vezes produzidos com o mesmo equipamento. O planeamento da produção por lotes envolve a determinação do número ideal de artigos que deverão fazer parte de cada produção, esperando com isso minimizar o custo total anual (Tersine, 1988, p. 121).
  • 15. Este modelo pressupõe que quantidade encomendada de um determinado artigo é recebida num determinado tempo previamente estabelecido, para satisfazer as necessidades daquele período. Este conceito é aplicável quer o produto seja produzido internamente ou adquirido externamente. Este modelo torna-se importante na medida em que, se um artigo produzido com procura constante é de imediato constituído em stock, é fundamental que a quantidade de produção a encomendar seja desde logo determinada (Tersine, 1988, p. 121).
  • 16. São sistemas em que as encomendas são colocadas de T em T períodos de tempo previamente determinados e onde a quantidade a encomendar depende da procura (conhecida) entre revisões. De T em T períodos de tempo faz-se uma revisão do stock e encomenda-se a quantidade necessária para elevar o nível de stock ao nível máximo pretendido (Tersine, 1988, p. 135).
  • 17. Este modelo também designado por valor óptimo de T tem como objectivo principal determinar T e o respectivo valor máximo de stock associado. Este valor óptimo de T obtém-se com a minimização do custo total anual, para um só artigo, e é dado por (Tersine, 1988, p. 136)  onde:   T = valor óptimo de tempo entre o qual se encomenda  c = custo unitário (UM/unidade)  D = procura anual do artigo (unidades/ano)  Ic = custo de posse unitário anual por unidade (UM/unidade ano)  I = taxa de custo de posse  Ca = custo associado à realização de uma encomenda (UM)  L = prazo de aprovisionamento  S = ponto de encomenda s = D * (L + T).  Resta referir que o modelo do intervalo óptimo de encomenda possui duas aplicações, para um só artigo, visto anteriormente, e para múltiplos artigos, também designado por grupagem onde o T é calculado da seguinte forma (Tersine, 1988, p. 139)  e S = ponto de encomenda sj = Dj * (L + T.