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TRIAGEM EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
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Boa sorte!
As urgências e emergências sejam elas clínicas
ou traumáticas representam um fator de risco
de vida importante quando não atendidas de
maneira adequada e em tempo hábil, exigindo
intervenção competente, segura e livre de risco.
Nesse setor, a triagem e acolhimento são
empregados para a seleção de clientes, para o
atendimento imediato ou mediato segundo a
gravidade da situação de cada um.
A triagem em serviços de emergência é definida
como atendimento aos pacientes críticos que
necessitam de assistência imediata, com o
objetivo de prolongar a vida ou prevenir
consequências críticas à saúde.
Mas que critérios têm que estabelecer para a
escolha correta das vítimas?
Antes de estudarmos esses critérios, vamos
entender o significado de Urgência e
Emergência.
1. DIFERENÇA ENTRE URGÊNCIA X
EMERGÊNCIA
Segundo o Conselho Federal de Medicina, em
sua Resolução CFM n.° 1.451, de 10/3/1995
(CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2003),
temos:
Urgência: ocorrência imprevista de agravo à
saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo
portador necessita de assistência médica
imediata.
Emergência: constatação médica de condições
de agravo à saúde que impliquem em risco
iminente de vida ou sofrimento intenso,
exigindo, portanto, tratamento médico
imediato.
Entretanto, sabemos que existem muitas
confusões em torno do conceito desses dois
termos. Assim, devido ao grande número de
julgamentos e dúvidas que esta ambivalência de
terminologia suscita no meio médico e no
sistema de saúde, optamos por não mais fazer
este tipo de diferenciação. Passamos a utilizar
apenas o termo “urgência”, para todos os casos
que necessitem de cuidados agudos, tratando
de definir o “grau de urgência”, a fim de
classificá-las em níveis.
O grau de urgência é diretamente proporcional à
gravidade, à quantidade de recursos necessários
para atender o caso e à pressão social presente
na cena do atendimento e inversamente
proporcional ao tempo necessário para iniciar o
tratamento.
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U = Grau de urgência
G = Gravidade do caso
T = Tempo para iniciar o tratamento
A = Atenção: recursos necessários para o
tratamento
V = Valor social que envolve o caso
1.1.Gravidade
É perfeitamente possível quantificar a gravidade
do caso pelo telefone, por meio de perguntas
objetivas dirigidas diretamente ao paciente ou à
pessoa que ligou solicitando ajuda, utilizando
uma semiologia que será definida e abordada
nos protocolos específicos. Mais fácil ainda é
quantificar as urgências nas transferências inter-
hospitalares, quando o contato telefônico é feito
diretamente entre médicos.
1.2.Tempo
Tratamos aqui de utilizar o conhecimento dos
intervalos de tempo aceitáveis entre o início dos
sintomas e o início do tratamento. Quanto
menor o tempo exigido, maior a urgência. Nas
transferências inter-hospitalares, com o
atendimento inicial já realizado, esta avaliação
deve ser mais cuidadosa, para evitar
precipitações.
1.3.Atenção
Quanto maior for à necessidade de recursos
envolvidos no atendimento inicial e no
tratamento definitivo, maior será a urgência.
Este subfator é o que mais influi na decisão de
transferir o paciente.
1.4.Valor Social
A pressão social que envolve o atendimento
inicial pode muitas vezes justificar o aumento do
grau de urgência de um caso simples. Este fator
não pode ser negligenciado, pois muitas vezes
uma comoção social no local do atendimento
pode dificultar a prestação de socorro. É de
pouca influência, porém, nas transferências
inter-hospitalares.
2. SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Os serviços de urgência e emergência
constituem um importante componente da
assistência à saúde no Brasil. Com o aumento
dos indicadores de acidentes e violência, houve
um crescimento da demanda por atendimentos
desse setor. Entretanto, a superlotação dos
pronto-socorros brasileiros é agravada por
problemas organizacionais destes serviços,
como o atendimento por ordem de chegada sem
estabelecimento de critérios clínicos, o que
pode acarretar graves prejuízos aos pacientes.
(BRASIL, 2006).
Dessa forma, o Ministério da Saúde, desde 2003,
vem buscando alternativas para a organização
da rede de atenção às Urgências e Emergências.
Uma das estratégias foi à criação da Política
Nacional de Atenção às Urgências, baseada na
necessidade de estruturar uma rede de serviços
regionalizada e hierarquizada de cuidados
integrais às urgências de qualquer complexidade
ou gravidade, desconcentrando a atenção
efetuada exclusivamente pelos pronto-socorros
(BRASIL, 2006).
No setor público, a necessidade de manutenção
de uma porta de entrada qualificada e integrada
na atenção de urgência e emergência, tem
determinado uma discussão em torno da
regulação como conceito relacionado à
capacidade de resposta frente às demandas de
saúde, e como instrumento de ordenação e
orientação da assistência, em seus diversos
níveis.
Dessa forma, a recente estruturação de centrais
de regulação nos estados tem se apresentado
como ferramenta importante para a
implementação de regionalização da saúde,
otimizando a busca pela melhor alternativa
terapêutica do momento, de acordo com as
necessidades do usuário. (DAVID, 2003)
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Assim, medidas têm sido adotadas para a
organização desta sobrecarga de atendimentos,
no intuito de minimizar o risco para os pacientes
que esperam por atendimento médico, e
apontam a triagem estruturada como uma das
medidas mais importantes, uma vez que permite
que pacientes mais graves sejam atendidos
primeiro.
De acordo com o Ministério da Saúde, a
organização da Rede de Atenção às Urgências e
Emergências (RUE) tem a finalidade de articular
e integrar todos os equipamentos de saúde
objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação
de urgência/emergência nos serviços de saúde
de forma ágil e oportuna.
São propostas da rede de urgência e emergência
do MS:
Ampliação para Cobertura de 100% da
População;
Regionalização;
Reajuste no Repasse Financeiro – 50% do
Custeio Mensal;
Cronograma de Implantação 2011-2018.
Mas o que entendemos sobre triagem? Como
funciona? Quem a realiza?
3. TRIAGEM
A palavra triagem na língua portuguesa é
escolha, seleção. Triar vem do verbo francês e
significa trier, tipar, escolher, e aplicado à área
da saúde, o termo significa que é um processo
no qual haverá priorização do atendimento de
acordo com a necessidade de cada caso.
(FERREIRA, 2001)
Triagem é o primeiro atendimento prestado
pelo profissional aos usuários dos serviços de
saúde. Através dela, é realizado a avaliação
inicial, seleção e encaminhamento dos clientes
às unidades/especialidades adequadas à suas
necessidades.
Na triagem o indivíduo é avaliado de forma
integral para que se identifique o tipo de
atendimento necessário. Entende-se que o
paciente deve ser visto como um todo,
necessitando estar em sincronia consigo mesmo
em todos os aspectos físico, mental, espiritual e
com o mundo, uma vez que a doença é uma
consequência do desequilíbrio e da desarmonia
destes elementos, resultando em uma
manifestação biológica de enfermidade. Outro
aspecto a ser ressaltado é a valorização das
questões culturais, as quais estão intimamente
ligadas aos itinerários de saúde da população
(AZEVEDO; BARBOSA (2007).
Triagem é a classificação das vítimas em
categorias, não exclusivamente relativas à
gravidade, mas sim às situações em que mais
beneficiarão do socorro prestado. O objetivo é
aperfeiçoar a ação de socorro, salvando o maior
número possível de vítimas. Após o atendimento
no local, são transportadas para um
atendimento hospitalar.
A importância desse serviço está principalmente
na prevenção de complicações e identificação de
quadros agudos que implicam riscos de vida.
Para o funcionamento adequado, é necessária a
integração deste com outros serviços de saúde
existentes no sistema, estabelecendo vínculos
com os mesmos, de modo a permitir o
adequado encaminhamento dos pacientes.
Antes da realização da triagem, acontece o
acolhimento, que é um modo de desenvolver o
processo de trabalho em saúde, de forma a
atender os usuários que procuram os serviços,
ouvindo os seus pedidos e assumindo uma
postura capaz de acolher, escutar e dar
respostas mais adequadas aos usuários. Este
processo inclui um atendimento com
resolutividade e responsabilização, orientação
para o paciente e sua família em relação ao
atendimento e funcionamento dos demais
serviços de saúde, e estabelecimento de meios
para garantir o sucesso dos encaminhamentos,
caso haja necessidade (BRASIL, 2004).
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Estudos revelam que os Serviços de Triagem
conferem maior resolubilidade e acolhimento,
na medida em que busca atender o usuário
considerando os aspectos bio-psico-sociais do
indivíduo e ressaltando a hierarquização dos
serviços de saúde. (AZEVEDO; BARBOSA, 2007).
Pires (2003) ressalta que, para um serviço de
emergência, a questão central é identificar que
dados coletar e quais os instrumentos utilizar
para classificar os pacientes, no intuito de evitar
que o processo de classificação seja guiado
somente pela avaliação subjetiva e experiência
do enfermeiro que classifica.
A triagem é uma decisão que envolve o
pensamento crítico dos profissionais envolvidos.
Assim, o enfermeiro da triagem deve ter
responsabilidade, autonomia e muita
experiência clínica, uma vez que geralmente ele
está sozinho no processo de classificação.
Esse processo pode oferecer riscos, mas
representa uma importante ferramenta para
descrever a necessidade do cuidado individual e
uniformização do atendimento (CHAVES, 1987).
Algumas dificuldades têm sido apontadas pelos
enfermeiros de triagem, como falta de pessoal,
falta de protocolos que permitam ao enfermeiro
solicitar exames laboratoriais e radiografias, e
falta de acesso informatizado ao número de
leitos disponíveis, entre outros.
Dessa forma, é indispensável à utilização de
escalas e protocolos que sejam instrumentos
confiáveis para embasar o enfermeiro na
classificação de risco dos pacientes que
procuram os serviços de urgência e emergência.
Aqui no Brasil, a utilização do acolhimento com
classificação de risco nos serviços de urgência
enquanto estratégia de ampliação do acesso e
humanização das relações começou a ser
discutida de forma mais concreta a partir da
publicação da Portaria 2048/02, que
regulamenta o funcionamento dos serviços de
urgência e emergência do país. (BRASIL, 2002).
Com a cartilha da Política Nacional de
Humanização - PNH, a qual aponta o
acolhimento com avaliação e classificação de
risco como dispositivo de mudança no trabalho
da atenção e produção de saúde, em especial
nos serviços de urgência (BRASIL, 2004). Nesta
mesma época foi lançado o Programa de
Qualificação da Gestão no SUS (QualiSUS), que
trouxe o investimento necessário às
modificações tecnológicas e de ambiência para a
efetiva implementação da ferramenta de
classificação de risco nos serviços de urgência e
emergência.
O primeiro hospital brasileiro a implantar a
classificação de risco foi o Hospital Municipal de
Paulínia, em 1993, quando um Canadense
implantou a proposta de classificação de risco, a
partir da adaptação do protocolo canadense à
realidade local. (GRUPO BRASILEIRO DE
ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO,
2009).
4. BREVE HISTÓRICO DA TRIAGEM
Não sabemos ao certo quando exatamente
iniciou-se o processo de triagem, mas existem
relatos do ano de 1898 de um hospital em
Londres, os doentes começavam a aglomerar-se
à porta às 08:30h, mas o mesmo só abria às
09:00h. Nesse período, uma enfermeira atendia
a um por um dos doentes, questionando-o sobre
sua principal queixa para então direcionar para o
atendimento de um clínico ou de um cirurgião.
Na Austrália, na década de 60, os pacientes que
chegavam de ambulância eram priorizados, e os
que caminhavam eram avaliados por ordem de
chegada. Posteriormente, escalas foram
desenvolvidas no sentido de unificar e
padronizar a linguagem utilizada na triagem dos
pacientes.
Nos Estados Unidos a triagem foi inicialmente
utilizada como estratégia para priorizar o
atendimento aos soldados feridos nas guerras,
no intuito de tratá-los e devolvê-los o mais
rápido possível para o campo de batalha. Os
soldados eram classificados quanto à gravidade
de suas lesões como gravemente traumatizados
considerados não viáveis, os que necessitavam
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de cuidado imediato, e aqueles que podiam
aguardar tratamento com segurança.
A triagem era considerada como uma tecnologia
de guerra e de grandes catástrofes, não sendo
até então aplicada à sociedade civil. Os
responsáveis pela remoção dos feridos de um
campo de batalha ou pelos cuidados médicos
dividiam as vítimas em três categorias:
Aqueles a quem provável vivam,
independentemente do tratamento
recebido;
Aqueles a quem provável morram,
independentemente do tratamento
recebido;
Aqueles a quem a atenção médica
imediata pode ter influência no
prognóstico.
Este modelo também pode ser utilizado
atualmente em inúmeras situações de urgência,
sobretudo quando apenas existem um ou dois
paramédicos para vinte ou mais pacientes. Uma
vez disponíveis os recursos materiais e
humanos, os paramédicos optam pelo modelo
de triagem adotado pela sua unidade de saúde.
A abordagem moderna é mais científica. O
prognóstico de categorização da vítima é
frequentemente o resultado de avaliações
fisiológicas. Alguns modelos de triagem, como o
START, fazem uso de dados, podendo até ser
calculados.
5. ACOLHIMENTO E TRIAGEM
CLASSIFICATÓRIA DE RISCOS
Como o próprio nome diz, o termo “triagem”
implica numa técnica de escolha de quem será
ou não atendido. Já a classificação de risco,
refere-se à avaliação do paciente e
determinação da prioridade do atendimento
segundo a gravidade clínica, desconsiderando a
lógica de exclusão da triagem. É importante
ressaltar que para a maioria quase absoluta dos
autores citados abaixo, os termos “triagem” e
“classificação de risco” são entendidos como
sinônimos.
“O Ministério da saúde, através da Portaria
2048, propõe a implantação nas unidades de
atendimento de urgências o acolhimento e a
triagem classificatória de risco”. De acordo com
esta Portaria, este processo “deve ser realizado
por profissional de saúde, de nível superior,
mediante treinamento específico e utilização de
protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo
avaliar o grau de urgência das queixas dos
pacientes, colocando-os em ordem de prioridade
para o atendimento” (BRASIL, 2002).
O Acolhimento com Classificação de Risco –
ACCR - se mostra como um instrumento
reorganizador dos processos de trabalho na
tentativa de melhorar e consolidar o Sistema
Único de Saúde (SUS), como um instrumento de
humanização.
A estratégia de implantação da sistemática do
Acolhimento com Classificação de Risco
possibilita a ampliação da resolutividade ao
incorporar critérios de avaliação de riscos, que
levam em conta toda a complexidade dos
fenômenos saúde/ doença, o grau de sofrimento
dos usuários e seus familiares, a priorização da
atenção no tempo, diminuindo o número de
mortes evitáveis, sequelas e internações.
A Classificação de Risco deve ser um
instrumento para melhor organizar o fluxo de
pacientes que procuram as portas de entrada de
urgência/emergência, gerando um atendimento
resolutivo e humanizado.
A implantação do protocolo de classificação de
risco garante a prioridade adequada dos
atendimentos, e assegura que recursos sejam
alocados de forma correta. Também possibilita a
organização da assistência e o conhecimento de
indicadores que direcionam a gestão do serviço
e a necessidade de investimentos de recursos
(MACHADO et. al., 2007).
O sistema de classificação de risco foi criado
com o intuito de se evitar intercorrências entre
os pacientes graves que são atendidos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um
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processo dinâmico de identificação dos
pacientes que necessitam de tratamento
imediato, de acordo com o potencial de risco,
agravos à saúde ou grau de sofrimento (ABBÊS;
MASSARO, 2004).
A Classificação de Risco é um processo dinâmico
de identificação dos pacientes que necessitam
de tratamento imediato, de acordo com o
potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau
de sofrimento. (BRASIL, 2004):
5.1.Missões do Acolhimento com
Classificação de Risco
1) Ser instrumento capaz de acolher o
cidadão e garantir um melhor acesso
aos serviços de urgência/emergência;
2) Humanizar o atendimento;
3) Garantir um atendimento rápido e
efetivo.
5.2.Principais objetivos do Acolhimento
com Classificação de Risco
Escuta qualificada do cidadão que
procura os serviços de
urgência/emergência;
Classificar, mediante protocolo, as
queixas dos usuários que demandam os
serviços de urgência/emergência,
visando identificar os que necessitam de
atendimento médico mediato ou
imediato;
Construir os fluxos de atendimento na
urgência/emergência considerando
todos os serviços da rede de assistência
à saúde;
Funcionar como um instrumento de
ordenação e orientação da assistência,
sendo um sistema de regulação da
demanda dos serviços de
urgência/emergência.
Avaliar o paciente logo na sua chegada
ao pronto-socorro humanizando o
atendimento;
Descongestionar o pronto-socorro;
Reduzir o tempo de espera para o
atendimento médico;
Determinar a área de atendimento
primário, devendo o paciente ser
encaminhado diretamente às
especialidades conforme protocolo;
Informar os tempos de espera;
Promover ampla informação sobre o
serviço aos usuários;
Retornar informações a familiares.
O Acolhimento não é um instrumento de
diagnóstico de doença. Ele apenas hierarquiza
conforme a gravidade da vítima; determina
prioridades de atendimento; não pressupõe
exclusão e sim estratificação.
5.3.Equipe
Equipe multiprofissional:
Enfermeiro;
Técnico em Enfermagem;
Assistente Social;
Equipe Médica especializada;
Profissionais da portaria/recepção e
Estagiários.
5.4.Processo de Classificação
Acontecem com a identificação dos pacientes
que necessitam de intervenção médica e de
cuidados de enfermagem, de acordo com o
potencial de risco, agravos à saúde ou grau de
sofrimento, usando um processo de escuta
qualificada e tomada de decisão baseada em
protocolo e aliada à capacidade de julgamento
crítico e experiência do enfermeiro.
a) Usuário procura o serviço de urgência.
b) É acolhido pelos funcionários da
portaria/recepção ou estagiários e
encaminhado para confecção da ficha
de atendimento.
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c) Logo após é encaminhado ao setor de
Classificação de Risco, onde é acolhido
pelo Técnico em Enfermagem e
Enfermeiro que, utilizando informações
da escuta qualificada e da tomada de
dados vitais, se baseia no protocolo e
classifica o usuário.
Nenhum cliente deverá ser dispensado sem ser
atendido, ou seja, sem ser acolhido, classificado
e encaminhado de forma responsável a uma
unidade de saúde de referência.
5.5.Critérios de Classificação
1) Apresentação usual da doença;
2) Sinais de alerta (choque, palidez
cutânea, febre alta, desmaio ou perda
da consciência, desorientação, tipo de
dor, etc.);
3) Situação – queixa principal;
4) Pontos importantes na avaliação inicial:
sinais vitais – Sat. de O2 – escala de dor -
escala de Glasgow – doenças
preexistentes – idade – dificuldade de
comunicação (droga, álcool, retardo
mental, etc.);
5) Reavaliar constantemente poderá
mudar a classificação.
5.6.Avaliação do Cliente (Dados coletados
em ficha de atendimento)
Queixa principal
Início – evolução – tempo de doença
Estado físico do paciente
Escala de dor e de Glasgow
Classificação de gravidade
Medicações em uso, doenças
preexistentes, alergias e vícios
Dados vitais: pressão arterial,
temperatura, saturação de Oxigênio.
Realizar o acolhimento com avaliação e
classificação de risco, determina a agilidade no
atendimento a partir da análise, sob a ótica de
protocolo pré-estabelecido, do grau de
necessidades do usuário, visando atenção
centrada no nível de complexidade.
A classificação de risco é considerada um
dispositivo de humanização do atendimento, na
medida em que o atendimento deve ser
priorizado de acordo com a gravidade clínica e
não de acordo com a ordem de chegada ao
serviço (BRASIL, 2004).
A enfermagem se insere neste contexto, na
medida em que o enfermeiro tem sido o
profissional indicado para ser o responsável por
classificar o risco dos pacientes que procuram os
serviços de urgência.
6. TIPOS DE TRIAGENS
De acordo com o Ministério da Saúde (2002), a
triagem classificatória deverá ser realizada por
meio de protocolos pré-estabelecidos, por
profissionais de saúde de nível superior, com
treinamento específico; sendo proibida a
dispensa de pacientes antes que estes recebam
atendimento médico.
Todo sistema organizado para atendimento às
emergências deve ter um plano estabelecido
para fazer frente a um acidente com múltiplas
vítimas. O plano deve ser específico,
estabelecido a partir de características locais e
regionais.
Entre muitos pontos, deve o plano estabelecer a
forma mais eficiente de oferecer,
simultaneamente, socorro a todas as vítimas.
Em outras palavras, várias equipes de
emergência, equipadas e preparadas, devem ser
acionadas e as vítimas atendidas ao mesmo
tempo. Muitas vezes, no entanto, por alguns
minutos ou eventualmente horas, isto não é
possível. Na impossibilidade, a primeira equipe
que chegar ao local deve iniciar um processo
chamado “triagem das vítimas”.
Devemos também considerar que não existe um
critério perfeito de triagem, variando de um
sistema para outro e na dependência de
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diversos factores, como a magnitude e a área de
abrangência do desastre, tipo de desastre
(produtos perigosos, terremotos, etc.),
qualificação das equipes e equipamentos,
dentre muitos outros pontos.
A triagem é também específica para uma
finalidade como, por exemplo:
Triagem para iniciar o socorro no local
Triagem para colocar as vítimas em
áreas específicas na zona do desastre
Triagem para o transporte da zona de
desastre para o atendimento hospitalar
Triagem no atendimento hospitalar
Triagem para o transporte inter
hospitalar
Lembramos sempre que um método de triagem
perfeito não existe. Cada serviço deve adotar,
para suas características operacionais, o
método que melhor lhe convier.
Abaixo, listamos alguns tipos de triagem:
6.1.Triagem por telefone
O conceito de triagem por telefone não é novo,
já que pediatras e outros especialistas a têm
utilizado por décadas para a tomada de decisões
importantes. Alguns hospitais podem
desenvolver seus próprios sistemas de triagem
por telefone, que ainda podem ser adquiridos
por meio de vendedores comerciais.
O uso desse sistema fica centralizado em um
grupo de enfermeiros, que falam diretamente
com os pacientes no telefone e então os
direcionam ao atendimento de emergência ou
urgência, ou para uma consulta médica não
urgente em poucas horas. Em muitos casos, o
enfermeiro da triagem oferece conselhos de
saúde para aqueles pacientes que não
necessitam ir diretamente ao serviço. Esses
sistemas usualmente confiam em
computadores, com enormes bancos de dados
de informação médica para guiar as
enfermeiras, e, na avaliação de alguns médicos,
fornecem consistência e padronizam a qualidade
do atendimento. (DAVID, 2003).
Muitos são os questionamentos quanto ao fato
de que a triagem por telefone não tem a
vantagem do contato visual fornecido pela
triagem face a face. Em relação à atenção
psiquiátrica de urgência, encontram-se queixas
contra a figura do chamado “médico porteiro”,
sobretudo por uma crescente tendência de
medicalização dos problemas de saúde mental.
Em relação às outras urgências, esta parece ser
uma prática mais comum nos casos em que os
pacientes já mantêm um vínculo com o médico.
(DAVID, 2003)
6.2.Triagem Simples
Geralmente utilizada no local de um acidente ou
em algum cenário de desastre com múltiplas
vítimas, de forma a categorizar pacientes entre
aqueles que precisam de atenção crítica e
transporte imediato daqueles com lesões menos
graves. Este passo pode ser iniciado antes
mesmo do transporte estar disponível. A
categorização de clientes com base na gravidade
das lesões pode ser apoiada pelo uso de
etiquetas de triagem ou marcação com fita
colorida.
A triagem simples identifica quais as pessoas
que requerem tratamento médico avançado. No
campo, a triagem também define prioridades
nas evacuações para os hospitais.
6.3.Modelo S.T.A.R.T.
A sigla S.T.A.R.T., do termo Simple Triage and
Rapid Treatment, ou Triagem Simples e
Tratamento Rápido, é um método que pode ser
executado em situações de emergência por
leigos ou pessoas com pouca formação médica.
Não se destina, contudo, à supervisão ou
instrução de pessoal ou técnicas médica.
A triagem separa as vítimas em quatro grupos:
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Aqueles a quem não há auxílio possível;
Os feridos que necessitem de transporte
imediato;
Os feridos cujo transporte possa ser
adiado;
Aqueles com ferimentos ligeiros, que não
necessitem de cuidados urgentes.
No método S.T.A.R.T. as vítimas devem ser
evacuadas da seguinte forma:
Mortos são deixados no local de óbito,
cobertos se necessário. Note-se que
neste método ninguém é categorizado
como falecido excepto se não estiver a
respirar e os esforços de reanimação não
tenham tido sucesso.
Imediato ou prioridade 1 (vermelha) são
evacuados por helicóptero ou
ambulância, uma vez que precisam de
cuidados avançados imediatamente ou
no prazo de uma hora. Estes pacientes
encontram-se em estado crítico e
morreriam sem assistência médica
emergente.
Protelado ou prioridade 2 (amarelo)
podem ver a sua evacuação adiada até
todas as vítimas de prioridade 1 terem
sido transportadas. Estes pacientes
estão estáveis, mas requerem
assistência médica.
Secundário ou prioridade 3 (verde) não
são evacuados até terem sido
transportados todos os pacientes com
grau superior. São pacientes que não
necessitam de atenção médica
avançada pelo menos nas horas
seguintes e encontram-se aptas a
caminhar, apenas necessitando de
curativos.
No processo de triagem para iniciar o socorro no
local do desastre, feito pela primeira equipe a
chegar ou na ausência de número suficiente de
socorristas, um dos métodos mais utilizados é o
START - Simple Triage And Rapid Treatment que
identifica as vítimas por fitas coloridas ou
etiquetas (tarjetas) coloridas ou cartões de
triagem.
São utilizadas as seguintes cores:
COR VERMELHA: Socorro imediato. Primeira
prioridade ou Prioridade imediata - São vítimas
que requerem atenção imediata no local ou têm
prioridade no transporte. Incluem-se aqui as
vítimas:
a) Com hemorragia externa importante;
b) As que, encontradas em parada
respiratória, respiraram após uma
manobra de abertura das vias aéreas;
c) As que respiram com FR maior que 30
rpm;
d) As que respiram e apresentam
reenchimento capilar levando mais que
2 segundos ou ausência de pulso radial;
e) As que respiram abaixo de 30 rpm,
apresentam pulso radial e reenchimento
capilar em até 2 segundos, mas não
respondem ordens simples.
Estas situações geralmente correspondem a
vítimas com trauma grave, dificuldade
respiratória, trauma de crânio, hemorragia com
choque, queimaduras severas, etc.
COR AMARELA: Segunda prioridade ou
prioridade secundária - Socorro deve ser rápido,
mas deve aguardar vítimas com maior
prioridade. São vítimas sem indicativo de que
virão a morrer nos próximos minutos, se não
forem socorridas.
Devem ser consideradas amarelas as vítimas que
não se enquadram nos critérios anteriores e que
não deambulam e estão orientadas,
conseguindo cumprir ordens simples.
Geralmente são vítimas com fraturas, lesões
torácicas ou abdominais sem choque, lesão de
coluna ou queimaduras menores.
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COR VERDE: Terceira prioridade ou prioridade
tardia – Vítimas deambulando, com lesões
menores e que não requerem atendimento
imediato.
Não devem ser consideradas isentas de lesão.
Apenas não são prioritárias naquele momento.
COR PRETA: prioridade zero ou última
prioridade - vítimas consideradas em morte
óbvia ou em situações de grande dificuldade
para reanimação.
É importante enfatizar que neste último caso, só
pode ser considerada cor preta, se não houver
socorristas suficientes. Se houver, todo esforço
deve ser tentado para todas as vítimas,
exceptuando-se apenas aquelas em morte óbvia.
6.4.Triagem avançada
Na triagem avançada, os médicos podem decidir
que determinados pacientes com lesões muito
graves não devem receber tratamento avançado
porque é improvável a sua sobrevivência. Os
recursos devem assim ser orientados para
pacientes com lesões menos graves. Uma vez
que o tratamento é intencionalmente retirado
de determinados pacientes, a triagem avançada
tem implicações éticas. É usada para desviar
recursos de pacientes com poucas hipóteses de
sobrevivência de forma a aumentar a
possibilidade de outros que seja mais provável
sobreviverem.
6.5.Triagem contínua
Na cena do desastre, a triagem deve ser
considerada um processo contínuo, ou seja,
constantemente deve ser repetida em cada
vítima, mesmo para as que já receberam um
socorro inicial, pois a situação pode alterar-se e
uma vítima considerada de baixa prioridade
pode alguns minutos depois, necessitar de
cuidados imediatos para que se mantenha viva.
É uma abordagem à triagem em situações de
múltiplas vítimas, que leva em conta tanto as
observações fisiológicas como os padrões
comportamentais em situações de desastre, que
afectam o número de pacientes que procura
determinado hospital e a forma como esse
hospital responde a essa procura.
A Triagem Contínua Integrada conjuga três
formas de triagem com aumento progressivo na
especificidade de forma a rapidamente
identificar as vítimas de desastre com maior
urgência de cuidados, enquanto harmoniza as
necessidades de pacientes individuais em
relação aos recursos disponíveis. Contudo, cada
sistema de triagem de grupo, individual ou
hospitalar pode ser usado a cada estágio de
avaliação.
6.6.Mudança de prioridade
Vítimas são todas as pessoas envolvidas no
acidente e não apenas as que apresentam lesões
ou queixas. Nunca deixe de identificar uma
vítima que deambula sem lesão aparente ou
sem queixa.
No processo de avaliação contínua, ou melhor,
de reavaliação, muitas vítimas podem mudar de
prioridade. Uma vítima rotulada de verde pode
apresentar lesão interna e evoluir para choque,
ou lesão de crânio com piora do quadro de
consciência, apenas para citar alguns exemplos.
Devem ser reclassificadas e as providências
devem ser tomadas de acordo com a nova
categoria.
7. ESCALAS E PROTOCOLOS UTILIZADOS
NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
De uma forma geral, tem sido recomendada a
utilização de escalas/protocolos que
estratifiquem o risco em cinco níveis, pois estas
apresentam maior fidedignidade, validade e
confiabilidade na avaliação do estado real do
paciente (GORANSSON et al., 2005).
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O Protocolo é um instrumento de apoio que
visa à identificação rápida e científica do doente
de acordo com critérios clínicos para determinar
em que ordem o paciente será atendido. Trata-
se de um modelo em que diferentes
enfermeiros obtêm os mesmos resultados na
análise do cliente, aumentando a agilidade e a
segurança nos serviços de urgência (BRASIL,
2004).
Após a triagem, os pacientes são encaminhados
aos médicos especialistas. Uma vez realizado o
atendimento, o paciente deverá ter sua
referência garantida, por meio do
encaminhamento realizado às centrais de
regulação ou aos fluxos previamente pactuados
(BRASIL, 2002).
7.1.Avaliação da Triagem
a) Avaliação subjetiva da queixa: início /
curso / duração
Quando começou? O que você estava
fazendo quando começou?
Quanto tempo dura?
Ela vai e volta?
Ainda está presente no momento?
Onde é o problema?
Se for dor:
Descreva as características e
intensidade.
Ela irradia?
Há algo que agrava ou alivia os
sintomas?
Se a dor está ou esteve presente
características e intensidade.
Há alguma história prévia semelhante?
Qual foi o diagnóstico?
b) Avaliação objetiva: pode distinguir a
área de tratamento e se o paciente
requer cuidado / intervenções rápidas
Aparência física – cor, pele, atividades.
Grau de angústia: angústia severa ou
não angustiado.
Resposta emocional: ansiedade ou
indiferença.
Sinais vitais completos se o tempo for
suficiente ou se são necessários para
distinguir o nível de triagem.
Avaliação física.
c) Informações adicionais
Alergias
Medicações
7.2.Classificação por cor
Em relação à Triagem Hospitalar, há uma série
de sistemas. Entre eles, destaca-se o Sistema de
Triagem de Manchester (STM). É um sistema
composto por cinco níveis de urgências,
determinado por cores e tempo de
atendimento.
Essa escala de triagem implantada em 1996 em
Manchester, Inglaterra e atribui cores para
identificar a gravidade do atendimento, da
seguinte forma:
Prioridade Cor Classificação
I Vermelho Ressuscitação
II Vermelho Emergência
III Amarelo Urgência
IV Verde Menor
urgência
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V Azul Não urgente
FONTE: (MAFRA et al, 2006)
Avaliar
Queixa: início, evolução e duração;
Aparência física;
Resposta emocional;
Escala de dor;
Escala de coma de Glasgow;
Medicação atual;
Alergias;
Outros dados: sinais vitais, saturação de
O2, escala de dor e escala de Glasgow,
glicemia.
Intuição/experiência: Não serão utilizadas para
diminuir a prioridade, só para aumentar;
7.2.1. Paciente Típico da Prioridade I
Intervenção Médica: Imediata
Reavaliação de Enfermagem: Cuidados
contínuos
7.2.2. Paciente Típico da Prioridade II
Intervenção Médica: em menos de 15
minutos
Reavaliação de Enfermagem: a cada 15
minutos.
7.2.3. Paciente Típico da Prioridade III
Intervenção Médica: em menos de 30
minutos
Reavaliação de Enfermagem: a cada 30
minutos.
7.2.4. Paciente Típico da Prioridade IV
Intervenção Médica: em menos de 1
hora
Reavaliação de Enfermagem: a cada 1
hora.
7.2.5. Paciente Típico da Prioridade V
Intervenção Médica: no mesmo dia ou
no dia seguinte.
De acordo com a Lei do Exercício Profissional de
Enfermagem, cabe ao enfermeiro realizar a
Classificação de Risco, uma vez que a Lei n.º
7.498/86 incumbe privativamente ao
enfermeiro, a Consulta de Enfermagem e a
realização de técnicas de maior complexidade,
que exijam conhecimentos científicos
adequados, e a capacidade de tomar decisões
rápidas (NISHIO; FRANCO, 2011).
Com esse Protocolo Clínico de classificação de
risco por cores, os serviços de urgência atendem
em primeiro lugar os doentes mais graves e não
necessariamente os que chegarem antes.
A seleção acontece a partir de uma observação
prévia, na qual um conjunto de sintomas ou de
sinais é identificado para atribuir uma cor ao
paciente. A cor corresponde ao grau de
prioridade clínica no atendimento e a um tempo
de espera recomendado.
8. IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM
SERVIÇOS DE TRIAGEM
Pesquisas revelam que triagens realizadas por
médicos são menos eficazes que as realizadas
por enfermeiros. Isso se explica pelo fato de que
a formação do profissional médico, por ser
voltada para diagnóstico e tratamento, seria um
mau aproveitamento de suas habilidades utilizá-
lo para o Serviço de Triagem.
Já o profissional enfermeiro, em sua formação,
aprende a prestar assistência aos pacientes
preocupando-se também com a infra-estrutura
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que o cerca. Adquire ainda uma visão de
conjunto pelo fato de conversar com o paciente,
ouvir suas queixas, saber o que o levou até o
hospital, enfim conhecer suas necessidades
biopsicossociais.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aos serviços de emergência aumentam a
procura com permanência e períodos de
tratamento mais longos e cada vez mais é
importante ter sistema de triagem rápido e
preciso garantindo tempo adequado para o
atendimento médico. (PIRES, 2007).
A triagem é o ato de priorizar os pacientes com
base em história limitada com antecedentes
pessoais, alergias, medicamento de uso e os
sinais vitais tanto para a urgência com para
aqueles que receberão atendimento de
emergência. Como na maioria dos serviços de
emergência, são muitos os clientes que
aguardam na própria recepção, lotada, várias
horas antes do atendimento médico, por isso é
de extrema importância um modelo que tenha
uma excelente sensibilidade assim identificando
pacientes com potencial alto de piora clínica
durante esse tempo de espera. (PERONDI;
SAKANO; SCHVARTSMAN, 2008).
É importante percebermos que o processo de
triagem no serviço de emergência não possui
caráter excludente, mas sim de organização do
fluxo de atendimento do paciente no SUS, e
seleção dos meios adequados para diagnóstico e
tratamento dos problemas identificados.
Essa ação, objetiva a possibilidade de uma maior
resolutividade aos serviços, aumento da
satisfação do usuário e da equipe de saúde,
racionalização quanto à acessibilidade e fluxos
internos, e otimização dos tempos e recursos
utilizados.
Esperamos que esse curso tenha contribuído a
cerca do assunto estudado. Mas, vale lembrar
que na Urgência e Emergência, existem algumas
divergências entre protocolos e rotinas e que é
importante entender que frente a uma situação
de urgência, devemos estar cientes de nossos
atos visando sempre à melhora do quadro da
vítima.
E continuem com os estudos!
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TRIAGEM EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
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1) Dentre as alternativas abaixo, qual a
alternativa falsa?
a) As urgências e emergências
representam um fator de risco de vida
importante quando não atendidas de
maneira adequada e em tempo hábil;
b) A triagem serve apenas para diminuir o
tempo de trabalho do médico.
c) Triagem e acolhimento são empregados
para a seleção de clientes, para o
atendimento imediato ou mediato
segundo a gravidade da situação de
cada um.
d) A triagem tem o objetivo de prolongar a
vida ou prevenir consequências críticas à
saúde.
2) De acordo com o Conselho Federal de
Medicina, em sua Resolução CFM n.°
1.451, de 10/3/1995, o termo
EMERGÊNCIA, significa:
a) Constatação médica de condições de
agravo à saúde que impliquem em risco
iminente de vida ou sofrimento intenso,
exigindo, portanto, tratamento médico
imediato.
b) Constatação médica de condições de
agravo à saúde que NÃO impliquem em
risco iminente de vida ou sofrimento
intenso, não exigindo, portanto,
tratamento médico imediato.
c) Constatação médica de condições de
agravo em que o cliente deve
permanecer na fila de atendimento, não
sendo de forma alguma, priorizado o
seu atendimento.
d) Nenhuma das alternativas acima.
3) Os serviços de urgência e emergência
constituem um importante
componente da assistência à saúde no
Brasil, principalmente com o aumento
dos indicadores que influenciam nessa
superlotação. Que indicadores são
esses?
a) Mortalidade Infantil
b) Mortalidade Materna
c) Acidentes e Violência
d) Aumento no número de Postos de Saúde
4) Triagem é o primeiro atendimento
prestado pelo profissional aos usuários
dos serviços de saúde. Através dela, é
realizado:
a) A avaliação inicial, seleção e
encaminhamento dos clientes às
unidades/especialidades adequadas à
suas necessidades.
b) Avaliação geral onde é apenas coletado
os dados do cliente e logo após o
encaminha para atendimento médico
sem nenhuma intervenção
c) Avaliação específica do cliente sem
nenhuma alteração na fila de espera,
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seguindo, portanto, o ritmo normal de
atendimento dos pacientes.
d) Nenhuma das alternativas acima
5) Triagem é a classificação das vítimas em
categorias, não exclusivamente
relativas à gravidade, mas sim às
situações em que mais beneficiarão do
socorro prestado. E seu maior objetivo
é:
a) Otimizar a ação de socorro, salvando o
maior número possível de vítimas.
b) Salvar apenas os que têm risco de
sobreviver sem nenhuma sequela.
c) Diminuir a fila no setor da recepção e
encaminhá-los a outro setor hospitalar
d) A Triagem acontece no local do acidente
apenas para desobstruir o fluxo das
estradas e não para prioriar o
atendimento das vítimas.
6) Existem muitos métodos de triagem.
Uma das abordagens modernas mais
utilizadas na triagem pré-hospitalar
seria o método:
a) Por telefone
b) START
c) STOP
d) Manchester
7) Em relação à abordagem moderna mais
utilizada na triagem hospitalar, seria o
método:
a) Por telefone
b) START
c) STOP
d) Manchester
8) O Ministério da Saúde lançou um
instrumento reorganizador dos
processos de trabalho na tentativa de
humanizar esses atendimentos.
Estamos falando de que estratégia?
a) Privatização dos serviços
b) Aumento do número de Médicos;
c) Acolhimento com Classificação de Riscos
d) Sistema Único de Saúde
9) Em relação ao Acolhimento.
a) É um instrumento de diagnóstico de
doença.
b) Apenas hierarquiza conforme a
gravidade da vítima, determinando
prioridades de atendimento.
c) É um instrumento de exclusão
d) Nenhuma das alternativas acima.
10) Pesquisas revelam que triagens
realizadas por médicos são menos
eficazes que as realiza das por
enfermeiros. Qual a justificativa?
a) O Enfermeiro tem mais paciência para
organizar uma fila, enquanto o médico
está mais apto a tratar o cliente em seu
tratamento específico.
b) O Enfermeiro serve apenas para escutar
e o médico para medicar.
c) O Enfermeiro está mais apto a prestar
assistência aos pacientes preocupando-
se com o seu cuidado como um todo,
enquanto o Médico estaria mais apto a
tratar o cliente em seu tratamento
específico.
d) Nenhuma das alternativas acima.
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REFERENCIAS
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10- DAVID, H.M.S.L. Atores, cenários,
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Nacional de Saúde Suplementar, 2003.
11- FERREIRA, ABH. Mini Aurélio: século XXI.
4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
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12- MAFRA, A. A. et al. Acolhimento com
Classificação de Risco . Belo Horizonte:
Hospital Odilon Behrens. 2006.
13- NISHIO, E. A.; FRANCO, M. T. G. Modelo
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Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
14- PERONDI, M.B.M.; SAKANO, T.M.S.
SCHVARTSMAN, C. Utilização de um
sistema informatizado de atendimento
em pronto-socorro pediátrico com
sistema de escore clínico de triagem.
Einstein. São Paulo: 2008.
15- PIRES, PS. A Triagem no Pronto Socorro.
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Enfermeiro e as Situações de
Emergência. São Paulo: Atheneu 2007.