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Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados
1. Conceito de estabilidade
2. Crit´erio de estabilidade de Routh-Hurwitz
c Reinaldo M. Palhares
pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
MASTER74
CopyrightŠ1998byAddisonWesleyLongman.Allrightsreserved.
(a) Stable (b) Neutral (c) Unstable
Figure 6.1 The stability of a cone
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados
Professor, onde “est´a” a Estabilidade ?
Aluno do 2oS/2002...
O conceito de estabilidade ´e crucial na s´Ĺntese de sistemas de controle
realimentados
N˜ao ´e exatamente uma especifica¸c˜ao, mas sim um pr´e-quesito para projeto ...
A n˜ao ser em casos muito particulares, eg, na avia¸c˜ao de combate, o sistema
de controle realimentado deve resultar em um sistema est´avel
c Reinaldo M. Palhares
pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados
Um sistema ´e dito est´avel se a resposta temporal
for limitada para qualquer sinal
de entrada tamb´em limitado
Estabilidade absoluta: o sistema ´e est´avel ou n˜ao
Estabilidade relativa: para um sistema est´avel pode-se atribuir graus de
estabilidade
A localiza¸c˜ao dos p´olos em malha fechada fornece uma indica¸c˜ao do tipo de
resposta temporal ...
c Reinaldo M. Palhares
pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
MASTER75
CopyrightŠ1998byAddisonWesleyLongman.Allrightsreserved.
Stable Neutral Unstable
t t t
Figure 6.2 Stability in the s-plane
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados
a estabilidade de sistemas lineares pode ser definida em termos da localiza¸c˜ao
dos p´olos e zeros da FT em malha fechada ...
T (s) =
Y (s)
R(s)
=
K
M
j=1 (s + zj)
sN n1
i=1(s + σi)
n
i=n1+1(s2 + 2Îąis + (Îą2
i + ω2
d,i))
cuja resposta temporal a um degrau (N = 1) de amplitude A0 ´e dada por
y(t) = A0 +
n1
i=1
Aie−σit
+
n
i=n1+1
Ai
e−αit
1 − ζ2
i
sen(ωd,it + θi)
Condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para que um sistema seja est´avel ´e que todos
os p´olos da FT tenham parte real negativa ...
c Reinaldo M. Palhares
pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados
M´etodos para verificar estabilidade (ou n˜ao):
1. Routh-Hurwitz (no plano-s)
2. Nyquist (dom´ınio da freq¨uˆencia)
3. An´alise temporal
Por que aplicar algum m´etodo se basta calcular os p´olos da Eq.
Caracter´Ĺstica (EC) e vericar o sinal da parte real ? Os m´etodos acima
n˜ao“calculam”as ra´ızes da EC ... Potencialidades ?
c Reinaldo M. Palhares
pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
O crit´erio ´e um m´etodo que fornece uma resposta direta sobre a quest˜ao de
estabilidade de sistemas lineares
Para a EC:
∆(s) = ansn
+ an−1sn−1
+ ¡ ¡ ¡ + a1s + a0
= an(s − r1)(s − r2) · · · (s − rn)
= 0
ri ´e a i-´esima raiz da EC. Para estabilidade, ´e necess´ario vericar se nenhuma
dessas ra´Ĺzes est´a no semi-plano direito
c Reinaldo M. Palhares
pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Expandindo ∆(s) obt´em-se
∆(s) = ansn
− an(r1 + r2 + · · · + rn)sn−1
+an(r1r2 + r2r3 + · · · )sn−2
−an(r1r2r3 + r1r2r4 + · · · )sn−3
+ · · · + (−1)n
an(r1r2r3 ¡ ¡ ¡ rn) = 0
Examinando ∆(s), pode-se notar que se todas as ra´ızes estiverem no semi-plano
esquerdo, todos os termos do polinˆomio tˆem o mesmo sinal. Al´em disso, nenhum
coeciente poderia ser nulo
Estas condi¸c˜oes s˜ao apenas necess´arias, ie, se alguma n˜ao se verificar, o
sistema ´e inst´avel, caso contr´ario n˜ao pode-se afirmar que seja est´avel...
Exemplo O polinˆomio abaixo tem coeficientes positivos por´em n˜ao ´e est´avel
∆(s) = s3
+ s2
+ 11s + 51 = (s + 3)(s−1 + 4j)(s−1 − 4j)
c Reinaldo M. Palhares
pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
O que fazer ? Utilizar condi¸c˜oes necess´arias e suficientes para verificar
estabilidade: crit´erio de Routh-Hurwitz
Como aplic´a-lo ? Organizam-se os coecientes da EC na forma de um arranjo
do tipo
sn
an an−2 an−4 · · ·
sn−1
an−1 an−3 an−5 · · ·
c Reinaldo M. Palhares
pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
As linhas subseq¨uˆentes desse arranjo s˜ao completadas da seguinte forma:
sn
an an−2 an−4 · · ·
sn−1
an−1 an−3 an−5 · · ·
sn−2
bn−1 bn−3 bn−5
sn−3
cn−1 cn−3 cn−5
...
...
...
...
s0
dn−1
c Reinaldo M. Palhares
pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
sendo que
bn−1 =
(an−1)(an−2) − an(an−3)
an−1
=
−1
an−1
an an−2
an−1 an−3
bn−3 =
−1
an−1
an an−4
an−1 an−5
cn−1 =
−1
bn−1
an−1 an−3
bn−1 bn−3
c Reinaldo M. Palhares
pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Crit´erio de Routh-Hurwitz assegura que o n´umero de ra´Ĺzes com parte real
positiva ´e igual ao n´umero de mudan¸ca de sinais dos elementos da primeira coluna
do arranjo de Routh
Ent˜ao a condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para o sistema ser est´avel, ´e que
todos os elementos da primeira coluna tenham o mesmo sinal
Generaliza¸c˜oes podem ser vistas em: K. J. Khatwani,“On Routh-Hurwitz
Criterion”. IEEE Transactions on Automatic Control”, 26 (2), pp. 583-584, 1981.
c Reinaldo M. Palhares
pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Pode-se considerar quatro casos:
1. Nenhum elemento da primeira coluna ´e nulo
2. H´a um zero na primeira coluna, por´em alguns elementos na linha que ocorre
o zero s˜ao n˜ao nulos
3. H´a um zero na primeira coluna e todos os elementos na linha que ocorre o
zero s˜ao tamb´em nulos
4. Caso anterior, com ra´Ĺzes m´ultiplas no eixo imagin´ario
c Reinaldo M. Palhares
pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Caso 1. Nenhum elemento da primeira coluna ´e nulo
Exemplo de sistema de 2a ordem Para um sistema gen´erico com EC dada por
∆(s) = a2s2
+ a1s + a0
o arranjo de Routh ´e
s2
a2 a0
s1
a1 0
s0
b1 0
⇒ b1 =
(a1)(a0) − a2(0)
a1
Portanto um sistema de 2a. ordem ´e est´avel se os coecientes da EC forem
todos positivos ou todos negativos
c Reinaldo M. Palhares
pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Exemplo de sistema de 3a ordem Para um sistema gen´erico com EC dada por
∆(s) = a3s3
+ a2s2
+ a1s + a0
o arranjo de Routh ´e
s3
a3 a1
s2
a2 a0
s1
b1 0
s0
c1 0
⇒



b1 =
a2a1 − a0a3
a2
c1 =
b1a0
b1
= a0
Para que o sistema seja est´avel, todos os coecientes devem ser positivos e
a2a1 > a0a3. Caso a2a1 = a0a3, o sistema ter´a um par de ra´Ĺzes no eixo
imagin´ario, o que resulta em estabilidade marginal
c Reinaldo M. Palhares
pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Caso 2. Zero na primeira coluna, por´em alguns elementos na linha que
ocorre o zero s˜ao n˜ao nulos
Neste caso o zero ´e substitu´ıdo por um parˆametro, ε > 0, suficientemente
“pequeno”, sendo aproximado para zero depois de montado o arranjo de Routh
Exemplo Para a EC
∆(s) = s5
+ 2s4
+ 2s3
+ 4s2
+ 11s + 10
c Reinaldo M. Palhares
pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
obt´em-se o arranjo
s5
1 2 11
s4
2 4 10
s3
Îľ 6 0
s2
c1 10 0
s1
d1 0 0
s0
10 0 0
⇒



c1 =
4ε − 12
Îľ
=
−12
Îľ
d1 =
6c1 − 10ε
c1
→ 6
O sistema ´e inst´avel pois h´a duas mudan¸cas de sinais devido ao valor negativo
−12/ε na primeira coluna (e portanto h´a duas ra´ızes no semi-plano direito...)
c Reinaldo M. Palhares
pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Caso 3. Linha com todos os elementos nulos
Essa condi¸c˜ao ocorre quando fatores do tipo (s + σ)(s − σ) ou
(s + jω)(s − jω) aparecem na equa¸c˜ao caracter´ıstica. Este problema ´e
transposto usando-se um polinˆomio auxiliar, U(s), que ´e a equa¸c˜ao da linha que
precede a linha de zeros (a ordem do polinˆomio auxiliar ´e sempre par e indica o
n´umero de pares de ra´Ĺzes sim´etricas)
Exemplo Para um sistemas de 3a. ordem gen´erico com EC
∆(s) = s3
+ 2s2
+ 4s + K
sendo K um ganho ajust´avel
c Reinaldo M. Palhares
pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
obt´em-se o arranjo
s3
1 4
s2
2 K
s1
c1 0
s0
K 0
⇒ c1 =
8 − K
2
Para que o sistema seja est´avel ´e necess´ario que 0 < K < 8
Com K = 8 tem-se uma linha com apenas zeros, implicando em estabilidade
marginal (com duas ra´ızes no eixo imagin´ario). O polinˆomio auxiliar nesse caso ´e
dado por:
U(s) = 2s2
+ Ks0
= 2s2
+ 8 = 2(s2
+ 4) = 2(s + 2j)(s − 2j)
c Reinaldo M. Palhares
pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Caso 4. Ra´ızes repetidas no eixo imagin´ario - jω
´E um caso patol´ogico e o crit´erio de Routh-Hurwitz n˜ao revela este tipo de
instabilidade ...
Exemplo Para a EC:
∆(s) = (s + 1)(s + j)2
(s − j)2
= s5
+ s4
+ 2s3
+ 2s2
+ s + 1
c Reinaldo M. Palhares
pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Arranjo de Routh:
s5
1 2 1
s4
1 2 1
s3
Îľ Îľ 0
s2
1 1
s1
Îľ 0
s0
1
onde ε → 0
N˜ao h´a mudan¸ca de sinais, por´em o sistema ´e marginalmente est´avel
Polinˆomio auxiliar na linha s4
s4
+ 2s2
+ 1 = (s2
+ 1)2
Polinˆomio auxiliar na linha s2
s2
+ 1
c Reinaldo M. Palhares
pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6

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  • 1. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados 1. Conceito de estabilidade 2. Crit´erio de estabilidade de Routh-Hurwitz c Reinaldo M. Palhares pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 2. MASTER74 CopyrightŠ1998byAddisonWesleyLongman.Allrightsreserved. (a) Stable (b) Neutral (c) Unstable Figure 6.1 The stability of a cone
  • 3. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados Professor, onde “est´a” a Estabilidade ? Aluno do 2oS/2002... O conceito de estabilidade ´e crucial na s´Ĺntese de sistemas de controle realimentados N˜ao ´e exatamente uma especica¸c˜ao, mas sim um pr´e-quesito para projeto ... A n˜ao ser em casos muito particulares, eg, na avia¸c˜ao de combate, o sistema de controle realimentado deve resultar em um sistema est´avel c Reinaldo M. Palhares pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 4. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados Um sistema ´e dito est´avel se a resposta temporal for limitada para qualquer sinal de entrada tamb´em limitado Estabilidade absoluta: o sistema ´e est´avel ou n˜ao Estabilidade relativa: para um sistema est´avel pode-se atribuir graus de estabilidade A localiza¸c˜ao dos p´olos em malha fechada fornece uma indica¸c˜ao do tipo de resposta temporal ... c Reinaldo M. Palhares pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 6. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados a estabilidade de sistemas lineares pode ser denida em termos da localiza¸c˜ao dos p´olos e zeros da FT em malha fechada ... T (s) = Y (s) R(s) = K M j=1 (s + zj) sN n1 i=1(s + σi) n i=n1+1(s2 + 2Îąis + (Îą2 i + ω2 d,i)) cuja resposta temporal a um degrau (N = 1) de amplitude A0 ´e dada por y(t) = A0 + n1 i=1 Aie−σit + n i=n1+1 Ai e−αit 1 − Îś2 i sen(ωd,it + θi) Condi¸c˜ao necess´aria e suciente para que um sistema seja est´avel ´e que todos os p´olos da FT tenham parte real negativa ... c Reinaldo M. Palhares pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 7. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados M´etodos para vericar estabilidade (ou n˜ao): 1. Routh-Hurwitz (no plano-s) 2. Nyquist (dom´Ĺnio da freq¨uˆencia) 3. An´alise temporal Por que aplicar algum m´etodo se basta calcular os p´olos da Eq. Caracter´Ĺstica (EC) e vericar o sinal da parte real ? Os m´etodos acima n˜ao“calculam”as ra´Ĺzes da EC ... Potencialidades ? c Reinaldo M. Palhares pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 8. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz O crit´erio ´e um m´etodo que fornece uma resposta direta sobre a quest˜ao de estabilidade de sistemas lineares Para a EC: ∆(s) = ansn + an−1sn−1 + ¡ ¡ ¡ + a1s + a0 = an(s − r1)(s − r2) ¡ ¡ ¡ (s − rn) = 0 ri ´e a i-´esima raiz da EC. Para estabilidade, ´e necess´ario vericar se nenhuma dessas ra´Ĺzes est´a no semi-plano direito c Reinaldo M. Palhares pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 9. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Expandindo ∆(s) obt´em-se ∆(s) = ansn − an(r1 + r2 + ¡ ¡ ¡ + rn)sn−1 +an(r1r2 + r2r3 + ¡ ¡ ¡ )sn−2 −an(r1r2r3 + r1r2r4 + ¡ ¡ ¡ )sn−3 + ¡ ¡ ¡ + (−1)n an(r1r2r3 ¡ ¡ ¡ rn) = 0 Examinando ∆(s), pode-se notar que se todas as ra´Ĺzes estiverem no semi-plano esquerdo, todos os termos do polinˆomio tˆem o mesmo sinal. Al´em disso, nenhum coeciente poderia ser nulo Estas condi¸c˜oes s˜ao apenas necess´arias, ie, se alguma n˜ao se vericar, o sistema ´e inst´avel, caso contr´ario n˜ao pode-se armar que seja est´avel... Exemplo O polinˆomio abaixo tem coecientes positivos por´em n˜ao ´e est´avel ∆(s) = s3 + s2 + 11s + 51 = (s + 3)(s−1 + 4j)(s−1 − 4j) c Reinaldo M. Palhares pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 10. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz O que fazer ? Utilizar condi¸c˜oes necess´arias e sucientes para vericar estabilidade: crit´erio de Routh-Hurwitz Como aplic´a-lo ? Organizam-se os coecientes da EC na forma de um arranjo do tipo sn an an−2 an−4 ¡ ¡ ¡ sn−1 an−1 an−3 an−5 ¡ ¡ ¡ c Reinaldo M. Palhares pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 11. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz As linhas subseq¨uˆentes desse arranjo s˜ao completadas da seguinte forma: sn an an−2 an−4 ¡ ¡ ¡ sn−1 an−1 an−3 an−5 ¡ ¡ ¡ sn−2 bn−1 bn−3 bn−5 sn−3 cn−1 cn−3 cn−5 ... ... ... ... s0 dn−1 c Reinaldo M. Palhares pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 12. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz sendo que bn−1 = (an−1)(an−2) − an(an−3) an−1 = −1 an−1 an an−2 an−1 an−3 bn−3 = −1 an−1 an an−4 an−1 an−5 cn−1 = −1 bn−1 an−1 an−3 bn−1 bn−3 c Reinaldo M. Palhares pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 13. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Crit´erio de Routh-Hurwitz assegura que o n´umero de ra´Ĺzes com parte real positiva ´e igual ao n´umero de mudan¸ca de sinais dos elementos da primeira coluna do arranjo de Routh Ent˜ao a condi¸c˜ao necess´aria e suciente para o sistema ser est´avel, ´e que todos os elementos da primeira coluna tenham o mesmo sinal Generaliza¸c˜oes podem ser vistas em: K. J. Khatwani,“On Routh-Hurwitz Criterion”. IEEE Transactions on Automatic Control”, 26 (2), pp. 583-584, 1981. c Reinaldo M. Palhares pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 14. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Pode-se considerar quatro casos: 1. Nenhum elemento da primeira coluna ´e nulo 2. H´a um zero na primeira coluna, por´em alguns elementos na linha que ocorre o zero s˜ao n˜ao nulos 3. H´a um zero na primeira coluna e todos os elementos na linha que ocorre o zero s˜ao tamb´em nulos 4. Caso anterior, com ra´Ĺzes m´ultiplas no eixo imagin´ario c Reinaldo M. Palhares pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 15. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Caso 1. Nenhum elemento da primeira coluna ´e nulo Exemplo de sistema de 2a ordem Para um sistema gen´erico com EC dada por ∆(s) = a2s2 + a1s + a0 o arranjo de Routh ´e s2 a2 a0 s1 a1 0 s0 b1 0 ⇒ b1 = (a1)(a0) − a2(0) a1 Portanto um sistema de 2a. ordem ´e est´avel se os coecientes da EC forem todos positivos ou todos negativos c Reinaldo M. Palhares pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 16. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Exemplo de sistema de 3a ordem Para um sistema gen´erico com EC dada por ∆(s) = a3s3 + a2s2 + a1s + a0 o arranjo de Routh ´e s3 a3 a1 s2 a2 a0 s1 b1 0 s0 c1 0 ⇒    b1 = a2a1 − a0a3 a2 c1 = b1a0 b1 = a0 Para que o sistema seja est´avel, todos os coecientes devem ser positivos e a2a1 > a0a3. Caso a2a1 = a0a3, o sistema ter´a um par de ra´Ĺzes no eixo imagin´ario, o que resulta em estabilidade marginal c Reinaldo M. Palhares pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 17. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Caso 2. Zero na primeira coluna, por´em alguns elementos na linha que ocorre o zero s˜ao n˜ao nulos Neste caso o zero ´e substitu´Ĺdo por um parˆametro, Îľ > 0, sucientemente “pequeno”, sendo aproximado para zero depois de montado o arranjo de Routh Exemplo Para a EC ∆(s) = s5 + 2s4 + 2s3 + 4s2 + 11s + 10 c Reinaldo M. Palhares pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 18. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz obt´em-se o arranjo s5 1 2 11 s4 2 4 10 s3 Îľ 6 0 s2 c1 10 0 s1 d1 0 0 s0 10 0 0 ⇒    c1 = 4Îľ − 12 Îľ = −12 Îľ d1 = 6c1 − 10Îľ c1 → 6 O sistema ´e inst´avel pois h´a duas mudan¸cas de sinais devido ao valor negativo −12/Îľ na primeira coluna (e portanto h´a duas ra´Ĺzes no semi-plano direito...) c Reinaldo M. Palhares pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 19. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Caso 3. Linha com todos os elementos nulos Essa condi¸c˜ao ocorre quando fatores do tipo (s + σ)(s − σ) ou (s + jω)(s − jω) aparecem na equa¸c˜ao caracter´Ĺstica. Este problema ´e transposto usando-se um polinˆomio auxiliar, U(s), que ´e a equa¸c˜ao da linha que precede a linha de zeros (a ordem do polinˆomio auxiliar ´e sempre par e indica o n´umero de pares de ra´Ĺzes sim´etricas) Exemplo Para um sistemas de 3a. ordem gen´erico com EC ∆(s) = s3 + 2s2 + 4s + K sendo K um ganho ajust´avel c Reinaldo M. Palhares pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 20. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz obt´em-se o arranjo s3 1 4 s2 2 K s1 c1 0 s0 K 0 ⇒ c1 = 8 − K 2 Para que o sistema seja est´avel ´e necess´ario que 0 < K < 8 Com K = 8 tem-se uma linha com apenas zeros, implicando em estabilidade marginal (com duas ra´Ĺzes no eixo imagin´ario). O polinˆomio auxiliar nesse caso ´e dado por: U(s) = 2s2 + Ks0 = 2s2 + 8 = 2(s2 + 4) = 2(s + 2j)(s − 2j) c Reinaldo M. Palhares pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 21. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Caso 4. Ra´Ĺzes repetidas no eixo imagin´ario - jω ´E um caso patol´ogico e o crit´erio de Routh-Hurwitz n˜ao revela este tipo de instabilidade ... Exemplo Para a EC: ∆(s) = (s + 1)(s + j)2 (s − j)2 = s5 + s4 + 2s3 + 2s2 + s + 1 c Reinaldo M. Palhares pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6
  • 22. Crit´erio de Estabilidade de Routh-Hurwitz Arranjo de Routh: s5 1 2 1 s4 1 2 1 s3 Îľ Îľ 0 s2 1 1 s1 Îľ 0 s0 1 onde Îľ → 0 N˜ao h´a mudan¸ca de sinais, por´em o sistema ´e marginalmente est´avel Polinˆomio auxiliar na linha s4 s4 + 2s2 + 1 = (s2 + 1)2 Polinˆomio auxiliar na linha s2 s2 + 1 c Reinaldo M. Palhares pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6