1) O documento apresenta missionários brasileiros que desenvolvem projetos em diversos países como Filipinas, Portugal, Moçambique, Peru e Romênia.
2) Também descreve Sandro Silva, missionário da Sepal em Moçambique, onde coordena o MAP e treina líderes de igrejas.
3) Apresenta detalhes da liturgia de uma Comunidade Batista da Graça no Brasil.
1. Fernando e Cristiane Dias
missionários ligados à J.M. M. da
Convenção Batista Brasileira em
Manila, nas Filipinas.
Edvânio, Rosilene, Vinícius,
Raissa e Marina estão
desenvolvendo um importante
projeto missionário em Portugal.
Benício Campos, Pastor que
adotamos no Projeto Adote um
Pastor, é missionário em
Moçambique.
Leonardo Gonçalves, Jonara e
Ravi desenvolvem um projeto
missionário em Piura, Peru.
Geison Pimentel, pastor
presbiteriano e missionário da
Agência Presbiteriana de Missões
Transculturais na Romênia.
Sandro Silva é casado com Clarissa e
tem duas filhas, Rafaela e Micaela. São
missionários da Sepal em
Moçambique. A missão deles é treinar
os líderes das igrejas. Ele é o
coordenador do MAP naquele país.
.
Narcisismo Cultural e Uma Lição do Titanic
Harry L. Reeder
Na escuridão de 15 de abril de 1912, o Titanic,
anunciado como "o navio que nem Deus poderia
afundar", submergiu nas águas geladas do Atlântico
Norte, seu casco dividiu-se em dois.
Admiravelmente, a perda consistiu de homens de
toda posição e época de vida possível, incluindo
alguns que eram multibilionários. Os botes salva-
vidas foram ocupados predominantemente por
mulheres e crianças de toda esfera da sociedade.
Estes fenômenos se tornaram irresistíveis matérias
de análise nos meios de comunicação e até nos
meios acadêmicos durante os dias subsequentes.
O filme Titanic (1997), aclamado pela crítica e com
grande divulgação publicitária, tentou recriar este
acontecimento histórico. O filme, anunciado como
um sucesso tecnológico e cinematográfico, foi um
fracasso em termos de realidade, retratando com
inexatidão a narrativa daquela noite fatal. O script
revisionista tentou apresentar o desastre como um
exemplo de "conflito de classes". Uma história de
amor espalhafatosa e adúltera entre uma mulher
da sociedade e um imigrante de classe inferior foi
inventada para o filme. Houve também uma
apresentação fictícia da elite cultural oprimindo as
classes inferiores no interior do navio, capacitando-
os (como privilegiados) a escapar nos preciosos
botes salva-vidas, que eram poucos.
Ano III – n° 43 8 de novembro de 2015
Comunidade
Batista da Graça
Revelação: Judas v.24,25
Invocação: Pr Silas Roberto
Louvação: Hino
Revelação: Hebreus 12: 14
Oração: 1 João 1.9 a 2:2
„ Confissão & Intercessão:
Dedicação: 2 Coríntios 9.7
Louvação: Hino
Proclamação: Pr. Silas Roberto
Bênção: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
amor de Deus, e a comunhão do Espírito
Santo sejam com todos vós” 2 Co 13.13
Ministério:
Pastor: Silas Roberto Nogueira (9-9229-2224)
Presbíteros: Jairo Pires, Alan Junior.
Diáconos: Joredson e Ana Souza
Serviços:
Domingo: EBD às 17h00 - Culto às 18h30
Quinta- feira: Oração e estudo às 20h
Missões
LITURGIA
2. Na verdade, os produtores do filme perderam uma
grande oportunidade. Naquele flutuante
microcosmo de opulência, consumismo e elitismo,
um acontecimento admirável transpirou. Homens
de poder e prestígio sacrificaram sua vida em favor
de mulheres e crianças de classe inferior, muitos
dos quais eram servos contratados, diaristas e
empregados domésticos. Nesta flotilha de
autoabsorção, o autossacrifício se tornou uma
virtude prevalecente durante um momento de
crise. E os poderosos escolheram a morte, para que
os fracos recebessem vida.
A análise nos dias seguintes fazia persistentemente
a pergunta óbvia: "Por quê?" A resposta, quase
universalmente reconhecida – até por agnósticos e
secularistas – foi a influência inegável do
cristianismo. A virtude cristã de autossacrifício em
favor do bem-estar de outros e o imperativo bíblico
de homens darem sua vida em favor de mulheres e
crianças foram escolhidos em lugar da
autopreservação. Estas virtudes triunfaram no
contexto de escolhas reais de vida e morte, no
Titanic.
Estas virtudes contagiantes poderiam ser
propagadas na cultura de nossos dias, que é
marcada por autoabsorção, autossatisfação e
autoexaltação? A Escritura e a história dizem sim.
Todavia, a Escritura e a história também dizem que
essa transformação norteada pelo evangelho não
acontecerá neste mundo se, primeiramente, ela não
dominar a igreja de Cristo.
A cultura contemporânea se debate num mar de
narcisismo, mas a igreja se debate na exaltação do
ego e na supremacia da idolatria pessoal. Muitas
igrejas (e, portanto, seus membros) abandonaram
há muito tempo a chamada do evangelho para que
"não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente"
(Rm 12.2). A igreja não molda mais o mundo
porque está sendo moldada pelo mundo. A igreja
contemporânea não pode suprimir, e muito menos
transformar, os efeitos desastrosos do narcisismo
na cultura porque o narcisismo não é suprimido e
floresce dentro do próprio ministério da igreja. As
evidências de autoabsorção dentro da igreja são
inegáveis e estão quase se tornando uma epidemia.
A igreja contemporânea, em seu esforço para ser
relevante e conectada, se tornou, em muitos casos,
irrelevante e desconectada, acomodando-se ao
narcisismo da cultura. A igreja de hoje, em vez de
pregar a mensagem do verdadeiro evangelho em
temos que a cultura entende, foi seduzida e
intimidada a modificar a mensagem do evangelho
de acordo com o que a cultura aprova. Por isso,
insistimos na supremacia das preferências pessoais
quanto ao tipo de música no culto. Nossos filhos
existem para obter honras acadêmicas e atléticas, a
fim de promoverem nosso orgulho paternal. Os
cônjuges, em vez de serem os objetos de nosso
amor sacrificial, tornaram-se objetos a serem
usados ou descartados. Nossas carreiras são
instrumentos para consumismo evidente, e não
oportunidades de gerar riqueza e ajuntar recursos
para os necessitados. Nossas igrejas locais são
vistas como "lojas religiosas de especialidades"
para os desafios da vida. A pregação do evangelho
tem sido pervertida em terapia de autoestima ou
conversas estimulantes, preparando-nos para o
sucesso mundano ou, o que é mais admirável,
redefinindo o amor de Cristo em termos que
obstam seu desprazer com o impenitente
egocentrismo em nossa vida. Nossa busca por
felicidade e satisfação pessoal tem ocupado o lugar
da chamada de Deus para sermos santos e
exaltarmos a sua glória. Agora, a primeira pergunta
de nosso novo catecismo é: "Qual é o objetivo
principal de Deus?" A resposta: "Amar-me e tornar-
me feliz". Nossa conformação com o mundo e nossa
perda da nítida chamada do evangelho para
seguirmos a Cristo e morrermos para nós mesmos e
nossos pecados têm transformado os crentes e a
igreja em termômetros da cultura, em vez de
termostatos dentro da cultura.
Há uma grandiosa lição a ser aprendida do Titanic.
Durante um momento de crise, uma virtude que é
alheia à humanidade caída permeou a cultura
coletiva no Titanic. Sacrifício prevaleceu em lugar
de narcisismo porque a chamada do evangelho à
autorrenúncia havia anteriormente penetrado e
transformado a vida de crentes em toda a
sociedade. Um mundo espectador fora afetado
quando observou os seguidores de Cristo,
imperfeita mas intencionalmente, abraçarem a
bênção do evangelho: "Para mim, o viver é Cristo, e
o morrer é lucro" (Fp 1.21).
A igreja de Cristo proclama uma mensagem do
evangelho que é estimulantemente clara e
inegociável: venha a Cristo, aquele que negou-se a
si mesmo, deixou de lado as riquezas da glória e
humilhou-se a si mesmo até à morte na cruz, para
que fôssemos resgatados e recebêssemos a vida
eterna. Este Cristo, que recebe você
espontaneamente, pela fé e arrependimento,
chama-o a segui-lo e a morrer para o ego a fim de
que outros sejam resgatados por seu intermédio.
Que ato extraordinário e maravilhoso do amor de
Deus por nós! No entanto, ele não foi realizado
primeiramente para exaltar-nos, e sim para
humilhar-nos e matar-nos, para que exaltemos
aquele que nos exaltará no devido tempo. "Já não
sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim" (Gl 2.20).
O narcisismo do mundo pode ser suprimido e até
transformado, mas tem de ser primeiramente
confrontado em nós, salvos pela graça, quando
dizemos não à ilusória chamada de autoadoração
da parte do mundo e dizemos sim para a
libertadora chamada de autorrenúncia da parte de
Cristo. Esta é a libertação que nos permitirá exaltar
a Cristo, que fez tanto para nos salvar.