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“Acácia malvada: Mata Nacional de Vale de Canas, património natural a preservar”
Educação e Sensibilização Ambiental
A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) realiza, esta sexta-feira, 10 de Outubro, uma ação de
irradicação e controlo de plantas exóticas de cariz invasor e de plantação de espécies arbóreas
da nossa floresta autóctone. A Mata Nacional de Vale de Canas é possuidora de elevada
biodiversidade e de um património genético considerável, desempenhando uma importante
função de conservação e possibilidade de usufruto da natureza. Trata-se de um espaço de
elevada qualidade ambiental, com grandes condições para a realização de ações de educação
e sensibilização ambiental, além de desporto, recreio e lazer.
A CMC considera fundamental preservar este espaço, procedendo à irradicação das plantas
exóticas de cariz invasor (ex: acácias, háque-picante, espanta-lobos, entre outros) que são
nocivas para as plantas indígenas e para os ecossistemas. Como complemento, e de forma a
recuperar os ecossistemas locais, é necessário proceder à sua reflorestação com espécies
autóctones.
PROGRAMA
10 de Outubro de 2014
9h30 – Receção aos alunos da Escola Básica das Torres do Mondego. Distribuição de material
pedagógico.
9h40 – Sessão de boas vindas: Vereador Carlos Cidade, presidente da Junta de Freguesia das
Torres do Mondego, Paulo Cardoso, representante do Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas.
9h45 - Centro de Interpretação Ambiental: Apresentação da Mata Nacional de Vale de
Canas. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
10h00 – Acácia malvada. Ação de irradicação de plantas exóticas de cariz invasor. Câmara
Municipal de Coimbra, Junta de Freguesia das Torres do Mondego, Instituto da Conservação
da Natureza e das Florestas.
11h00 – Florestar, dar vida à Mata Nacional de Vale de Canas. Plantação de castanheiros,
sobreiros, carvalhos, medronheiros, pinheiros-mansos. Câmara Municipal de Coimbra, Junta
de Freguesia das Torres do Mondego, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Organização: Câmara Municipal de Coimbra e Junta de Freguesia das Torres do Mondego
Colaboração: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
Participação: Escola Básica das Torres do Mondego
Mata Nacional de Vale de Canas
A Mata Nacional de Vale de Canas situa-se na estrada de Tovim, em direção à Serra da Aveleira,
junto à povoação do Picoto dos Barbados, a 292 m de altitude. Ocupa uma área de 16 hectares e
estende-se em direção ao rio Mondego, na margem direita, até à povoação que lhe deu o nome,
Vale de Canas, distribuindo-se pelas freguesias de Santo António dos Olivais e Torres do Mondego.
As rochas dominantes são os xistos.
No séc. XVI era designada por Mata do Rei e constituída por vegetação espontânea. Teria sido uma
coutada da Casa Real de Bragança. Em 1867 foi adquirida pelo Estado Português, para retirar a
madeira de pinheiro necessária às obras hidráulicas do Baixo Mondego e de defesa da Mata do
Choupal contra as cheias.
Em 1866-1870, sob orientação de Manoel Afonso D´Esgueira e com a colaboração do Jardim
Botânico da Universidade de Coimbra, foi repovoada com plantas autóctones e exóticas, algumas
vindas de França e da Alemanha. Da Austrália vieram os eucaliptos, distribuídos por 32 espécies da
família Myrtaceae. Em 1939, sofreu obras de melhoramento, sob a orientação do Dr. Manuel
Braga. Desde 1980 que a sua gestão está a cargo do Instituto da Conservação da Natureza e das
Florestas.
A Mata divide-se em duas zonas, uma ajardinada e outra florestada. A Mata possui considerável
diversidade de plantas e animais. As árvores aí existentes, além das autóctones ou nativas como os
carvalhos (Quercus spp.), os sobreiros (Quercus suber), os pinheiros-bravos (Pinus pinaster), os
pinheiros-mansos (Pinus pinea), as faias (Fagus sylvatica subsp. sylvatica), os plátanos (Platanus x
hispanica), os áceres (Acer spp.), o medronheiro (Arbutus unedo), também dispõe de árvores
oriundas de outros locais da Terra. Do México, o cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica), da Argélia
e Marrocos, o cedro-do-atlas (Cedrus atlantica); do Japão, o cedro-do-japão (Cryptomeria
japonica), da Califórnia, o cipreste-da-califórnia (Cupressus macrocarpa), entre outros.
Ao fundo da mata, já perto de Vale Canas, existem árvores de tamanho invulgar (porte e fuste),
nomeadamente: o Eucalyptus diversicolor com mais de 75m, considerado a árvore mais alta da
Europa; o Eucalyptus obliqua com 60 m; Eucaliptus globulus com 70m. Também oriundos da
Austrália: o carvalho-sedoso (Grevillea robusta); a araucária (Araucaria bidwillii), com mais de 50m
de altura é considerada a mais alta de Portugal.
Na mata existem relíquias da flora e fauna, nomeadamente:
a) O rododendro (Rhododendron ponticum subsp. Baeticum), loendro ou adelfeira, relíquia
da nossa flora primitiva do Terciário (70 a 2 milhões de anos). Os principais núcleos desta
planta estão localizados no Algarve e no Caramulo, na Reserva Botânica do Cambarinho;
b) O pinheiro-de-casquinha (Pinus sylvestris) é uma relíquia glaciária da qual restam alguns
exemplares na Serra do Gerês;
c) A salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) é o mais emblemático dos anfíbios
endémicos portugueses, estando a sua ocorrência confinada a uma faixa de 500m em
redor da pequena ribeira que atravessa o vale do fundo da mata.
VEJA UM ÁLBUM COM 127 FOTOGRAFIAS DA MATA NACIONAL DE VALE DE CANAS
https://www.flickr.com/photos/126008239@N05/sets/72157648355908242/

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“Acácia malvada: Mata Nacional de Vale de Canas, património natural a preservar”

  • 1. “Acácia malvada: Mata Nacional de Vale de Canas, património natural a preservar” Educação e Sensibilização Ambiental A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) realiza, esta sexta-feira, 10 de Outubro, uma ação de irradicação e controlo de plantas exóticas de cariz invasor e de plantação de espécies arbóreas da nossa floresta autóctone. A Mata Nacional de Vale de Canas é possuidora de elevada biodiversidade e de um património genético considerável, desempenhando uma importante função de conservação e possibilidade de usufruto da natureza. Trata-se de um espaço de elevada qualidade ambiental, com grandes condições para a realização de ações de educação e sensibilização ambiental, além de desporto, recreio e lazer. A CMC considera fundamental preservar este espaço, procedendo à irradicação das plantas exóticas de cariz invasor (ex: acácias, háque-picante, espanta-lobos, entre outros) que são nocivas para as plantas indígenas e para os ecossistemas. Como complemento, e de forma a recuperar os ecossistemas locais, é necessário proceder à sua reflorestação com espécies autóctones.
  • 2. PROGRAMA 10 de Outubro de 2014 9h30 – Receção aos alunos da Escola Básica das Torres do Mondego. Distribuição de material pedagógico. 9h40 – Sessão de boas vindas: Vereador Carlos Cidade, presidente da Junta de Freguesia das Torres do Mondego, Paulo Cardoso, representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. 9h45 - Centro de Interpretação Ambiental: Apresentação da Mata Nacional de Vale de Canas. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. 10h00 – Acácia malvada. Ação de irradicação de plantas exóticas de cariz invasor. Câmara Municipal de Coimbra, Junta de Freguesia das Torres do Mondego, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. 11h00 – Florestar, dar vida à Mata Nacional de Vale de Canas. Plantação de castanheiros, sobreiros, carvalhos, medronheiros, pinheiros-mansos. Câmara Municipal de Coimbra, Junta de Freguesia das Torres do Mondego, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Organização: Câmara Municipal de Coimbra e Junta de Freguesia das Torres do Mondego Colaboração: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas Participação: Escola Básica das Torres do Mondego
  • 3. Mata Nacional de Vale de Canas A Mata Nacional de Vale de Canas situa-se na estrada de Tovim, em direção à Serra da Aveleira, junto à povoação do Picoto dos Barbados, a 292 m de altitude. Ocupa uma área de 16 hectares e estende-se em direção ao rio Mondego, na margem direita, até à povoação que lhe deu o nome, Vale de Canas, distribuindo-se pelas freguesias de Santo António dos Olivais e Torres do Mondego. As rochas dominantes são os xistos. No séc. XVI era designada por Mata do Rei e constituída por vegetação espontânea. Teria sido uma coutada da Casa Real de Bragança. Em 1867 foi adquirida pelo Estado Português, para retirar a madeira de pinheiro necessária às obras hidráulicas do Baixo Mondego e de defesa da Mata do Choupal contra as cheias.
  • 4. Em 1866-1870, sob orientação de Manoel Afonso D´Esgueira e com a colaboração do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, foi repovoada com plantas autóctones e exóticas, algumas vindas de França e da Alemanha. Da Austrália vieram os eucaliptos, distribuídos por 32 espécies da família Myrtaceae. Em 1939, sofreu obras de melhoramento, sob a orientação do Dr. Manuel Braga. Desde 1980 que a sua gestão está a cargo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. A Mata divide-se em duas zonas, uma ajardinada e outra florestada. A Mata possui considerável diversidade de plantas e animais. As árvores aí existentes, além das autóctones ou nativas como os carvalhos (Quercus spp.), os sobreiros (Quercus suber), os pinheiros-bravos (Pinus pinaster), os pinheiros-mansos (Pinus pinea), as faias (Fagus sylvatica subsp. sylvatica), os plátanos (Platanus x hispanica), os áceres (Acer spp.), o medronheiro (Arbutus unedo), também dispõe de árvores oriundas de outros locais da Terra. Do México, o cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica), da Argélia e Marrocos, o cedro-do-atlas (Cedrus atlantica); do Japão, o cedro-do-japão (Cryptomeria japonica), da Califórnia, o cipreste-da-califórnia (Cupressus macrocarpa), entre outros. Ao fundo da mata, já perto de Vale Canas, existem árvores de tamanho invulgar (porte e fuste), nomeadamente: o Eucalyptus diversicolor com mais de 75m, considerado a árvore mais alta da Europa; o Eucalyptus obliqua com 60 m; Eucaliptus globulus com 70m. Também oriundos da Austrália: o carvalho-sedoso (Grevillea robusta); a araucária (Araucaria bidwillii), com mais de 50m de altura é considerada a mais alta de Portugal.
  • 5. Na mata existem relíquias da flora e fauna, nomeadamente: a) O rododendro (Rhododendron ponticum subsp. Baeticum), loendro ou adelfeira, relíquia da nossa flora primitiva do Terciário (70 a 2 milhões de anos). Os principais núcleos desta planta estão localizados no Algarve e no Caramulo, na Reserva Botânica do Cambarinho; b) O pinheiro-de-casquinha (Pinus sylvestris) é uma relíquia glaciária da qual restam alguns exemplares na Serra do Gerês; c) A salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) é o mais emblemático dos anfíbios endémicos portugueses, estando a sua ocorrência confinada a uma faixa de 500m em redor da pequena ribeira que atravessa o vale do fundo da mata. VEJA UM ÁLBUM COM 127 FOTOGRAFIAS DA MATA NACIONAL DE VALE DE CANAS https://www.flickr.com/photos/126008239@N05/sets/72157648355908242/