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revista da espm • ano 19 • edição 87 • nº2 • março/abril 2013 • R$ 28,00
O investidor não sai por
aí rasgando dinheiro
Cassio Spina
Vá com a faca nos dentes!
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O negócio é acreditar!
Carlos Alberto dos Santos
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O grande sonho dos brasileiros
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Revista da ESPM | março/abril de 201352
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março/abrilde2013|RevistadaESPM 53
Aceleradorasajudamjovensempresasaatingirpatamaresrelevantes
decrescimentocommodelosdealtoimpacto,construídospormeiode
testesdeideiaeprodutosentrepotenciaisclientes,alémdaorientação
deexecutivoseempreendedoresexperientes
N
os últimos anos, o empreendedorismo
brasileiro tem mudado de cara. No passado,
as empresas eram criadas por necessidade.
Muitas vezes, os profissionais, com difi-
culdade na recolocação, não tinham outra escolha
senão criar seu próprio negócio. Mas esse cenário vem
sofrendo mudanças sensíveis no Brasil. Vários jovens
qualificados e com alta empregabilidade têm escolhido
o empreendedorismo como opção de carreira. Parte
desse estímulo vem do mercado americano, com suas
histórias de sucesso e o amplo acesso à informação
que a internet oferece.
O empreendedorismo digital, aquele que é viabiliza-
do pela tecnologia e que une o marketing à tecnologia,
vem recebendo atenção cada vez maior, no cenário
nacional. Marc Andreessen, criador do Netscape e de
diversas outras empresas que ajudaram a viabilizar a
internet como a conhecemos, diz que o software está
engolindo o mundo. Essa afirmação pode ser analisada
em diversos níveis, mas, basicamente, Andreessen
mostra o poder que os algoritmos e aplicações on-line
detêm hoje. Imaginemos, por um segundo, o que o
carro que dirige sozinho do Google pode fazer com o
mercado de transportes. Toda a indústria poderá ser
modificada com um software. E é justamente nessa
oportunidade que os novos empreendedores digitais
brasileiros estão apostando.
O custo para iniciar uma empresa digital é extrema-
mente baixo. Praticamente, tudo o que é tecnicamente
necessário hoje está na nuvem, esse conceito amplo
que designa as aplicações que ficam hospedadas em
grandes data centers ao redor do mundo e fornecem
uma gama enorme de recursos.
Desde softwares de CRM até o seu e-mail pessoal,
tudo está indo para a nuvem. E essa nuvem que provê
aplicações para nós brasileiros é a mesma de que
dispõem os empreendedores americanos, russos e de
qualqueroutrolugardomundo.Aonivelarmosoacesso
à tecnologia, libertamos a nossa capacidade criativa.
Basicamente, um brasileiro poderá criar a próxima
empresa que vai mudar a cara do mundo.
Já criamos, nos anos recentes, vários exemplos de
empresas puramente digitais no Brasil. Algumas de-
las já possuem considerável relevância na economia,
como Buscapé, Peixe Urbano, Netshoes, Apontador e
tantas outras. Mas estamos apenas no começo dessa
jornada. Ainda temos poucas empresas baseadas em
tecnologia com faturamentos expressivos (acima de
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Velocidademáxima
Por Pedro Waengertner
Aonivelarmosoacessoàtecnologia,
libertamosanossacapacidadecriativa.
Umbrasileiropoderácriarapróxima
empresaquevaimudaracaradomundo
investimento
Revista da ESPM | março/abril de 201354
brasileira a um novo patamar, no qual o conhecimento
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A resposta para essa pergunta não é simples, mas eu
arriscaria resumir em uma palavra: ecossistema. Sim,
acredito que a palavra ecossistema já esteja um tanto
batida, mas não encontro melhor definição. Somente
quando todos os envolvidos na cadeia trabalharem em
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reduzidos. Também é fundamental que as instituições
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cessários, assim como precisamos de uma cadeia de
fornecedores aptos a trabalhar com esses negócios.
Esses jovens CEOs precisam contratar pessoas dis-
postas (e empolgadas) a trabalhar nessas empresas,
além de contar com o apoio de outros empreendedores
na mesma situação.
A boa notícia é que estamos andando a passos lar-
gos nessa direção. Não só estamos vendo um interesse
crescente por parte do governo em fomentar a eco-
nomia digital, mas também presenciamos a criação
de diversos eventos e cursos ajudando a capacitar os
novos empresários em todo o Brasil.
É nesse contexto que surgem as aceleradoras, um
conceito relativamente novo, surgido em 2005, nos
Estados Unidos, e que vem se desdobrando rapida-
mente em todos os países do mundo.
Uma aceleradora tem a responsabilidade de apoiar
os novos empresários no desafio de transformar a sua
ideia em uma empresa de impacto. Diferentemente
de uma incubadora, que apoia empresas em estágio
muito inicial, oferecendo infraestrutura, alguma
mentoria, e não necessariamente cobrando resulta-
dos no curto prazo, uma aceleradora trabalha com
um espaço curto de tempo em que tem o desafio de
entregar ao mercado um negócio viável para investi-
mentos e pronta para o crescimento.
Nos Estados Unidos, várias das empresas que hoje
conhecemos e até usamos no dia a dia surgiram em
MarcAndreessen,criadordo
Netscapeedediversasoutras
empresasvirtuais:”Osoftware
estáengolindoomundo”
latinstock
março/abrilde2013|RevistadaESPM 55
aceleradoras. O AirBNB, que viabiliza a hospedagem em
casas e apartamentos particulares ao redor do mundo,
e o Dropbox, que ajuda com o armazenamento e com-
partilhamento de nossos arquivos na nuvem (sempre
a nuvem...), são exemplos que foram acelerados. Esta
última está avaliada, atualmente, em U$ 4 bilhões. Esta
é, precisamente, a proposta de valor das aceleradoras:
criar empresas de alto impacto.
As aceleradoras possuem algumas diferenças na sua
atuação, mas em geral seguem princípios semelhantes.
As candidatas devem inscrever seus projetos e são esco-
lhidasapartirdecritériosespecíficos,quevãomudarde
aceleradoraparaaceleradora.Aspoucasescolhidasrece-
bem um valor em dinheiro, vários benefícios gratuitos e
mentoria durante o período definido. Normalmente, o
períodoédetrêsaseismeses,masemalgunscasospode
se estender a um ano.
Durante essa fase, as aceleradas devem validar seus
modelosdenegócioecolocarseuprodutonoar,demodoa
viabilizaroaprendizadorápidoduranteaaceleração.Em
troca,aaceleradoraficacomumpercentualdaempresa,
que pode variar de 7% a 20%.
Normalmente, ideias em estágio inicial são de difí-
cil avaliação. Qualquer previsão de faturamento não
pode ser considerada com segurança, pois ainda não
existe um histórico para comparação. Nessa fase, três
pontos costumam chamar a atenção: o mercado esco-
lhido, o draft da ideia e o time de empreendedores. Se
o mercado escolhido não possui tamanho suficiente,
por exemplo, dificilmente teremos uma empresa de
alto impacto.
A ideia precisa ser interessante e explorar alguma
necessidade ou oportunidade que ainda não esteja
sendo explorada ou mal explorada. É claro que ainda
será desenvolvida e trabalhada, mas é nesse aspecto
que é possível identificar o quanto o empreendedor
estudou o mercado e entendeu o que está propondo.
Quanto ao time, é o item que mais pesa. Costuma-
mos dizer que um time de primeira linha faz de uma
ideia medíocre uma empresa de sucesso, mas um
time inadequado não consegue alcançar o sucesso,
O AirBNB, que viabiliza a hospedagem em casas
e apartamentos particulares ao redor do mundo,
contou com a ajuda de uma aceleradora
Umtimedeprimeiralinhafazdeuma
ideiamedíocreumaempresadesucesso,
masumtimeinadequadonãoalcançao
sucesso,mesmocomumaideiagenial
investimento
Revista da ESPM | março/abril de 201356
mesmo com uma ideia genial. O time ideal de uma
empresa digital normalmente tem uma pessoa focada
em marketing e vendas, outra na área de tecnologia e
um CEO com visão.
Ritmo acelerado
Ao entrar em uma aceleradora, o primeiro desafio é
entender o modelo de negócios. Qual é a proposta de
valor? Quem é o cliente? Como a empresa vai ganhar di-
nheiro?Essassãoalgumasdasperguntasaqueomodelo
de negócio precisa responder. Muitas vezes, uma ideia
parece boa quando a avaliamos rapidamente, mas, ao
estudarmos a fundo o modelo de negócios, percebemos
queacontanãofechaouqueessenãoéumproblematão
relevante a ponto de o cliente se disponibilizar a pagar.
Nessa fase, as aceleradoras aproximam os empreende-
dores de vários mentores que já passaram por situações
semelhantesoujáatuamnomercadoqueaempresabus-
ca. É uma forma de aprendizado rápido. Muitas dúvidas
surgem durante o processo. E essas dúvidas precisam
sertransformadasemhipótesesedevidamentetestadas
(isso mesmo, com o velho e bom método científico).
O aprendizado é prioridade em uma aceleradora.
Não se trata de acertar ou errar, mas de aprender rapi-
damente. E só se aprende indo a campo, conversando
com os clientes e pondo seu produto no ar. Somente
entendendo como o cliente pensa e trabalha é possível
desenhar uma solução viável. É comum as empresas
irem a campo e perceberem que suas ideias não são
viáveis. Para uma aceleradora, isso não é ruim. Trata-se
do processo de aprendizado. A partir daí, outras
maneiras de atender aos clientes são pensadas ou
vamos em busca de novos clientes. O termo para essas
mudanças no modelo de negócios é pivotar. Algumas
estatísticas mostram que uma empresa vai pivotar
três vezes até encontrar o modelo de negócios que
vai fazê-la crescer.
O produto oferecido é outro ponto trabalhado pela
aceleradora. As ideias são traduzidas em versões
simplificadas dos seus produtos. Chamamos essa
versão de MPV, ou Mínimo Produto Viável, que re-
presenta o menor conjunto de funcionalidades que
ODropbox,umserviçode
armazenamentoecompartilhamento
dearquivosnanuvem,tambémfoi
aceleradoehojevaleUS$4bilhões
Umaaceleradoratemaresponsabilidade
deapoiarosnovosempresáriosno
desafiodetransformarasuaideia
emumaempresadeimpacto
divulgação
março/abrilde2013|RevistadaESPM 57
o cliente estaria disposto a pagar. Esse produto deve
ser desenvolvido o quanto antes durante o processo
e disponibilizado para os clientes, de preferência
pagantes, usarem. É a partir do uso que entendemos
o que funciona e o que precisa melhorar. Também é
possível entender se as hipóteses levantadas anterior-
mente se provam reais. É a hora da verdade.
Outro ponto fundamental do processo é a aquisição
de clientes. Muitas vezes, os empreendedores pensam
nas ideias e produtos, mas esquecem como vão adqui-
rir novos clientes. Percebem, em muitos casos, que a
forma que pensaram não vai funcionar e que precisam
testar novas abordagens. Testes, testes e mais testes.
E essas hipóteses devem ser postas em prática. Usar
o Google Adwords é viável para este produto? Só
saberemos se pusermos o produto à venda. Essa é a
grande vantagem do produto digital: se uma estratégia
de aquisição não funciona, rapidamente montamos
outro formato e vamos ao mercado.
Ao final do processo de aceleração, cada empresa
entrou em contato com diversos mentores, foi a campo,
entendeu o mercado e pôs a sua primeira versão no ar.
Muitasdelasjáestãovendendo,comfaturamentoreal.A
coroaçãodaaceleraçãoéochamadoDemoDay,oevento
de apresentação das empresas aos potenciais investido-
res. Nesse evento, cada empresa apresenta (geralmente,
em cinco minutos) sua ideia a uma plateia. Chamamos
essa apresentação de pitch, que mostra o que a empresa
faz,seumercado,comovendee,omaisimportante,qual
a tração já apresentada. Quanto mais tração, ou seja,
vendas,clientes,parceirosetc.,maispotencialaosolhos
dos investidores.
Desde o final de 2012, a ESPM tem a sua própria
aceleradora, a Aceleratech (www.aceleratech.com.br).
O seu programa, de três meses, conta com aulas de
professores da própria ESPM e mentoria de diversos
executivos e empresários experientes. Conta com
braços nos Estados Unidos e na Alemanha e possui
diversos investidores aplicando capital a cada pro-
cesso de aceleração, que acontece duas vezes ao ano.
A aceleradora está sempre com as inscrições abertas
para o próximo round, e conta com inscrições de pes-
soas do Brasil inteiro, além de estrangeiros querendo
empreender no Brasil.
A Aceleratech foi uma das oito escolhidas pelo
governo no programa Startup Brasil, que aproxima
as aceleradoras dos incentivos públicos, aplicando,
conjuntamente com o governo, capital nas jovens em-
presas brasileiras. Acreditamos que as aceleradoras
são grandes catalisadoras do ecossistema nacional
de empreendedorismo e têm o potencial de criar as
grandes empresas digitais que vão pôr o Brasil no ce-
nário mundial da tecnologia e mudar a cara da nossa
economia. Estamos certos de que, daqui a alguns anos,
vamos olhar o espaço que as empresas brasileiras têm
na nossa economia e veremos o grande impacto já obti-
do pelos programas de aceleração na forma de grandes
nomes no cenário nacional.
Pedro Waengertner
Coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios
em Marketing Digital e cofundador da Aceleratech
Criadanofinalde2012pelaESPM,aAceleratechfoiumadas
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Aceleradoras - Velocidade máxima

  • 1. revista da espm • ano 19 • edição 87 • nº2 • março/abril 2013 • R$ 28,00 O investidor não sai por aí rasgando dinheiro Cassio Spina Vá com a faca nos dentes! Flávio Jansen O negócio é acreditar! Carlos Alberto dos Santos Entrevistas O grande sonho dos brasileiros EMPREENDEDORISMO Pequenos investimentos, grandes ideias! 10 dicas de quem chegou lá... Velocidade máxima A hora e a vez de empreender Qual é o perfil do empreendedor? Você sabe com quem está falando? Valores compartilhados Caminhos alternativos Empreendedor social: paradoxos do espírito capitalista Artigos Genialidade, sabedoria e empreendedorismo A arte de equilibrar liberdade e controle Espetáculo empresarial Repertório em rede: você está apto a empreender? Empresas in vitro Liderança: como armar nossas velas Artigos Mesa-redonda
  • 2. investimento Revista da ESPM | março/abril de 201352 latinstock
  • 3. março/abrilde2013|RevistadaESPM 53 Aceleradorasajudamjovensempresasaatingirpatamaresrelevantes decrescimentocommodelosdealtoimpacto,construídospormeiode testesdeideiaeprodutosentrepotenciaisclientes,alémdaorientação deexecutivoseempreendedoresexperientes N os últimos anos, o empreendedorismo brasileiro tem mudado de cara. No passado, as empresas eram criadas por necessidade. Muitas vezes, os profissionais, com difi- culdade na recolocação, não tinham outra escolha senão criar seu próprio negócio. Mas esse cenário vem sofrendo mudanças sensíveis no Brasil. Vários jovens qualificados e com alta empregabilidade têm escolhido o empreendedorismo como opção de carreira. Parte desse estímulo vem do mercado americano, com suas histórias de sucesso e o amplo acesso à informação que a internet oferece. O empreendedorismo digital, aquele que é viabiliza- do pela tecnologia e que une o marketing à tecnologia, vem recebendo atenção cada vez maior, no cenário nacional. Marc Andreessen, criador do Netscape e de diversas outras empresas que ajudaram a viabilizar a internet como a conhecemos, diz que o software está engolindo o mundo. Essa afirmação pode ser analisada em diversos níveis, mas, basicamente, Andreessen mostra o poder que os algoritmos e aplicações on-line detêm hoje. Imaginemos, por um segundo, o que o carro que dirige sozinho do Google pode fazer com o mercado de transportes. Toda a indústria poderá ser modificada com um software. E é justamente nessa oportunidade que os novos empreendedores digitais brasileiros estão apostando. O custo para iniciar uma empresa digital é extrema- mente baixo. Praticamente, tudo o que é tecnicamente necessário hoje está na nuvem, esse conceito amplo que designa as aplicações que ficam hospedadas em grandes data centers ao redor do mundo e fornecem uma gama enorme de recursos. Desde softwares de CRM até o seu e-mail pessoal, tudo está indo para a nuvem. E essa nuvem que provê aplicações para nós brasileiros é a mesma de que dispõem os empreendedores americanos, russos e de qualqueroutrolugardomundo.Aonivelarmosoacesso à tecnologia, libertamos a nossa capacidade criativa. Basicamente, um brasileiro poderá criar a próxima empresa que vai mudar a cara do mundo. Já criamos, nos anos recentes, vários exemplos de empresas puramente digitais no Brasil. Algumas de- las já possuem considerável relevância na economia, como Buscapé, Peixe Urbano, Netshoes, Apontador e tantas outras. Mas estamos apenas no começo dessa jornada. Ainda temos poucas empresas baseadas em tecnologia com faturamentos expressivos (acima de R$ 100 milhões por ano, por exemplo), assim como poucas têm atuação global. Ao mesmo tempo, estamos criando diversas novas empresas digitais, diariamente, contando com o talento desses jovens que buscam algo diferente em suas carreiras. Como fazer esse processo ganhar a velocidade de que precisamos para levar a economia Velocidademáxima Por Pedro Waengertner Aonivelarmosoacessoàtecnologia, libertamosanossacapacidadecriativa. Umbrasileiropoderácriarapróxima empresaquevaimudaracaradomundo
  • 4. investimento Revista da ESPM | março/abril de 201354 brasileira a um novo patamar, no qual o conhecimento se torna o impulsionador do crescimento? A resposta para essa pergunta não é simples, mas eu arriscaria resumir em uma palavra: ecossistema. Sim, acredito que a palavra ecossistema já esteja um tanto batida, mas não encontro melhor definição. Somente quando todos os envolvidos na cadeia trabalharem em conjunto, conseguiremos criar empresas digitais com a velocidade e a qualidade que precisamos. É necessário que a burocracia e os impostos sejam reduzidos. Também é fundamental que as instituições de ensino formem seus estudantes nos conceitos ne- cessários, assim como precisamos de uma cadeia de fornecedores aptos a trabalhar com esses negócios. Esses jovens CEOs precisam contratar pessoas dis- postas (e empolgadas) a trabalhar nessas empresas, além de contar com o apoio de outros empreendedores na mesma situação. A boa notícia é que estamos andando a passos lar- gos nessa direção. Não só estamos vendo um interesse crescente por parte do governo em fomentar a eco- nomia digital, mas também presenciamos a criação de diversos eventos e cursos ajudando a capacitar os novos empresários em todo o Brasil. É nesse contexto que surgem as aceleradoras, um conceito relativamente novo, surgido em 2005, nos Estados Unidos, e que vem se desdobrando rapida- mente em todos os países do mundo. Uma aceleradora tem a responsabilidade de apoiar os novos empresários no desafio de transformar a sua ideia em uma empresa de impacto. Diferentemente de uma incubadora, que apoia empresas em estágio muito inicial, oferecendo infraestrutura, alguma mentoria, e não necessariamente cobrando resulta- dos no curto prazo, uma aceleradora trabalha com um espaço curto de tempo em que tem o desafio de entregar ao mercado um negócio viável para investi- mentos e pronta para o crescimento. Nos Estados Unidos, várias das empresas que hoje conhecemos e até usamos no dia a dia surgiram em MarcAndreessen,criadordo Netscapeedediversasoutras empresasvirtuais:”Osoftware estáengolindoomundo” latinstock
  • 5. março/abrilde2013|RevistadaESPM 55 aceleradoras. O AirBNB, que viabiliza a hospedagem em casas e apartamentos particulares ao redor do mundo, e o Dropbox, que ajuda com o armazenamento e com- partilhamento de nossos arquivos na nuvem (sempre a nuvem...), são exemplos que foram acelerados. Esta última está avaliada, atualmente, em U$ 4 bilhões. Esta é, precisamente, a proposta de valor das aceleradoras: criar empresas de alto impacto. As aceleradoras possuem algumas diferenças na sua atuação, mas em geral seguem princípios semelhantes. As candidatas devem inscrever seus projetos e são esco- lhidasapartirdecritériosespecíficos,quevãomudarde aceleradoraparaaceleradora.Aspoucasescolhidasrece- bem um valor em dinheiro, vários benefícios gratuitos e mentoria durante o período definido. Normalmente, o períodoédetrêsaseismeses,masemalgunscasospode se estender a um ano. Durante essa fase, as aceleradas devem validar seus modelosdenegócioecolocarseuprodutonoar,demodoa viabilizaroaprendizadorápidoduranteaaceleração.Em troca,aaceleradoraficacomumpercentualdaempresa, que pode variar de 7% a 20%. Normalmente, ideias em estágio inicial são de difí- cil avaliação. Qualquer previsão de faturamento não pode ser considerada com segurança, pois ainda não existe um histórico para comparação. Nessa fase, três pontos costumam chamar a atenção: o mercado esco- lhido, o draft da ideia e o time de empreendedores. Se o mercado escolhido não possui tamanho suficiente, por exemplo, dificilmente teremos uma empresa de alto impacto. A ideia precisa ser interessante e explorar alguma necessidade ou oportunidade que ainda não esteja sendo explorada ou mal explorada. É claro que ainda será desenvolvida e trabalhada, mas é nesse aspecto que é possível identificar o quanto o empreendedor estudou o mercado e entendeu o que está propondo. Quanto ao time, é o item que mais pesa. Costuma- mos dizer que um time de primeira linha faz de uma ideia medíocre uma empresa de sucesso, mas um time inadequado não consegue alcançar o sucesso, O AirBNB, que viabiliza a hospedagem em casas e apartamentos particulares ao redor do mundo, contou com a ajuda de uma aceleradora Umtimedeprimeiralinhafazdeuma ideiamedíocreumaempresadesucesso, masumtimeinadequadonãoalcançao sucesso,mesmocomumaideiagenial
  • 6. investimento Revista da ESPM | março/abril de 201356 mesmo com uma ideia genial. O time ideal de uma empresa digital normalmente tem uma pessoa focada em marketing e vendas, outra na área de tecnologia e um CEO com visão. Ritmo acelerado Ao entrar em uma aceleradora, o primeiro desafio é entender o modelo de negócios. Qual é a proposta de valor? Quem é o cliente? Como a empresa vai ganhar di- nheiro?Essassãoalgumasdasperguntasaqueomodelo de negócio precisa responder. Muitas vezes, uma ideia parece boa quando a avaliamos rapidamente, mas, ao estudarmos a fundo o modelo de negócios, percebemos queacontanãofechaouqueessenãoéumproblematão relevante a ponto de o cliente se disponibilizar a pagar. Nessa fase, as aceleradoras aproximam os empreende- dores de vários mentores que já passaram por situações semelhantesoujáatuamnomercadoqueaempresabus- ca. É uma forma de aprendizado rápido. Muitas dúvidas surgem durante o processo. E essas dúvidas precisam sertransformadasemhipótesesedevidamentetestadas (isso mesmo, com o velho e bom método científico). O aprendizado é prioridade em uma aceleradora. Não se trata de acertar ou errar, mas de aprender rapi- damente. E só se aprende indo a campo, conversando com os clientes e pondo seu produto no ar. Somente entendendo como o cliente pensa e trabalha é possível desenhar uma solução viável. É comum as empresas irem a campo e perceberem que suas ideias não são viáveis. Para uma aceleradora, isso não é ruim. Trata-se do processo de aprendizado. A partir daí, outras maneiras de atender aos clientes são pensadas ou vamos em busca de novos clientes. O termo para essas mudanças no modelo de negócios é pivotar. Algumas estatísticas mostram que uma empresa vai pivotar três vezes até encontrar o modelo de negócios que vai fazê-la crescer. O produto oferecido é outro ponto trabalhado pela aceleradora. As ideias são traduzidas em versões simplificadas dos seus produtos. Chamamos essa versão de MPV, ou Mínimo Produto Viável, que re- presenta o menor conjunto de funcionalidades que ODropbox,umserviçode armazenamentoecompartilhamento dearquivosnanuvem,tambémfoi aceleradoehojevaleUS$4bilhões Umaaceleradoratemaresponsabilidade deapoiarosnovosempresáriosno desafiodetransformarasuaideia emumaempresadeimpacto divulgação
  • 7. março/abrilde2013|RevistadaESPM 57 o cliente estaria disposto a pagar. Esse produto deve ser desenvolvido o quanto antes durante o processo e disponibilizado para os clientes, de preferência pagantes, usarem. É a partir do uso que entendemos o que funciona e o que precisa melhorar. Também é possível entender se as hipóteses levantadas anterior- mente se provam reais. É a hora da verdade. Outro ponto fundamental do processo é a aquisição de clientes. Muitas vezes, os empreendedores pensam nas ideias e produtos, mas esquecem como vão adqui- rir novos clientes. Percebem, em muitos casos, que a forma que pensaram não vai funcionar e que precisam testar novas abordagens. Testes, testes e mais testes. E essas hipóteses devem ser postas em prática. Usar o Google Adwords é viável para este produto? Só saberemos se pusermos o produto à venda. Essa é a grande vantagem do produto digital: se uma estratégia de aquisição não funciona, rapidamente montamos outro formato e vamos ao mercado. Ao final do processo de aceleração, cada empresa entrou em contato com diversos mentores, foi a campo, entendeu o mercado e pôs a sua primeira versão no ar. Muitasdelasjáestãovendendo,comfaturamentoreal.A coroaçãodaaceleraçãoéochamadoDemoDay,oevento de apresentação das empresas aos potenciais investido- res. Nesse evento, cada empresa apresenta (geralmente, em cinco minutos) sua ideia a uma plateia. Chamamos essa apresentação de pitch, que mostra o que a empresa faz,seumercado,comovendee,omaisimportante,qual a tração já apresentada. Quanto mais tração, ou seja, vendas,clientes,parceirosetc.,maispotencialaosolhos dos investidores. Desde o final de 2012, a ESPM tem a sua própria aceleradora, a Aceleratech (www.aceleratech.com.br). O seu programa, de três meses, conta com aulas de professores da própria ESPM e mentoria de diversos executivos e empresários experientes. Conta com braços nos Estados Unidos e na Alemanha e possui diversos investidores aplicando capital a cada pro- cesso de aceleração, que acontece duas vezes ao ano. A aceleradora está sempre com as inscrições abertas para o próximo round, e conta com inscrições de pes- soas do Brasil inteiro, além de estrangeiros querendo empreender no Brasil. A Aceleratech foi uma das oito escolhidas pelo governo no programa Startup Brasil, que aproxima as aceleradoras dos incentivos públicos, aplicando, conjuntamente com o governo, capital nas jovens em- presas brasileiras. Acreditamos que as aceleradoras são grandes catalisadoras do ecossistema nacional de empreendedorismo e têm o potencial de criar as grandes empresas digitais que vão pôr o Brasil no ce- nário mundial da tecnologia e mudar a cara da nossa economia. Estamos certos de que, daqui a alguns anos, vamos olhar o espaço que as empresas brasileiras têm na nossa economia e veremos o grande impacto já obti- do pelos programas de aceleração na forma de grandes nomes no cenário nacional. Pedro Waengertner Coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital e cofundador da Aceleratech Criadanofinalde2012pelaESPM,aAceleratechfoiumadas oitoescolhidaspelogovernonoprogramaStartupBrasil, queaproximaasaceleradorasdosincentivospúblicos,para aplicarcapitalnasjovensempresasbrasileiras