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E-LEARNING, ENSINO
SUPERIOR E INOVAÇÃO:
ANÁLISE LONGITUDINAL DOS
PROCESSOS DE ADOÇÃO DE
LMS
Neuza Pedro, Ana Mafalda Gonçalves
E-learning Lab ULisboa
E-learning Lab ULisboa
• As IES têm desenvolvido e implementado programas de estimulo a
iniciativas de ensino a distância. No entanto, escasseiam os
estudos que analisam e partilham o processo de implementação
desses programas.

• O presente estudo tenta colmatar esta limitação, fornecendo
uma descrição da experiência da ULisboa no processo de difusão
da implementação de um Programa de e-learning desde o seu
inicio.
18

Programa de
E-Learning
TEORIA DA DIFUSÃO DAS INOVAÇÕES

(ROGERS, 2003)

• Tem sido frequentemente utilizada para ilustrar a inovação tecnológica
como um movimento de invenção localizada para um uso
generalizado/rejeição.
•

A teoria descreve o Processo de Decisão de Inovação (PDI) como um
processo que ocorre ao longo do tempo e que pode ser estruturado em 5
etapas específicas:

Conhecimento
Persuasão
Decisão

Implementação
Confirmação
Progressão da adoção da inovação
• A teoria ajuda a compreender e a estimar o nível de aceitação que
face a dada inovação pode ser esperado em diferentes momentos.
• Segundo a mesma,
a forma como a
inovação é adotada
por um grupo de indivíduos
ou numa dada instituição
apresenta uma representação
semelhante à da distribuição
normal.
• Rogers identificou
5 categorias de apoiantes
da inovação :
Metodologia
• Estudo descritivo
• Objetivos:
i) descrever o processo de evolução e crescimento através de a) número
de disciplinas LMS criadas e b) utilizadores registados (alunos e
docentes/investigadores)
ii) analisar o padrão de utilização
iii) analisar nível de utilização, numa perspetiva global e em diferentes
áreas cientificas:
Artes e Humanidades (Faculdade de Belas-Artes e Faculdade de Letras),
Ciências da Saúde (Faculdade de Medicina, Faculdade de Farmácia e Faculdade de Medicina Dentária),
Ciência e Tecnologia (Faculdade de Ciências),
Ciências Juridico-Económicas (Faculdade de Direito)
Ciências Sociais (Instituto de Educação, Instituto de Geografia e Orden. Território, Faculdade de Psicologia)
Recolha de dados
Dados natureza quantitativa
• registo das disciplinas LMS presentes em cada faculdade/instituto
da UL, através dos relatórios de utilizadores e de disciplinas
• avaliação da intensidade de utilização de cada disciplina através
da análise dos recursos e atividades disponibilizados
• Em 4 plataformas distintas:
http://elearning.ul.pt (Universidade de Lisboa),

http://moodle.fc.ul.pt (Faculdade de Ciências),
http://mocho.di.fc.ul.pt (Dep. de Informática da Faculdade de Ciências)
http://elearning.ff.ul.pt (Faculdade de Farmácia)
RESULTADOS: NÚMERO DE DISCIPLINAS LMS
2000
1866
1800

1600

1526
1442

1400
1200
1000
800
663
600
400
200

196

0
2008/2009

2009/2010

2010/2011

2011/2012

2012/2013
RESULTADOS: NÚMERO DE DISCIPLINAS LMS
900

800

769
705

700
644
600

500

461
438

400

371

300

267
223

202

200
117
100

207

193
150

131

76

72

62
25

23

0

0

Artes e Humanidades

Ciências da Saúde
2008/2009

Ciências e Tecnologia
2009/2010

2010/2011

2011/2012

0

10

28

30

Ciências Jurídico-Económicas
2012/2013

Ciências Sociais

481
RESULTADOS: NÚMERO DE UTILIZADORES REGISTADOS
Conclusões
• Foi registado um significativo crescimento no número de
docentes e estudantes registados nas disciplinas LMS bem como
no total de disciplinas abertas nos 5 anos letivos.

• Os resultados encontrados
ajustam-se à distribuição
enunciada por Rogers.
Conclusões
• Nível de intensidade de utilização:
A maioria dos cursos apresenta níveis de intensidade moderados.
Parte substancial dos docentes utiliza a plataforma Moodle para
disponibilizar recursos aos estudantes.
Poucas são as disciplinas que tiram partidos das múltiplas
atividades online disponibilizadas, não oferecendo assim aos
estudantes a possibilidade de interagir, partilhar, criar
colaborativamente e/ou regular o seu próprio processo de
aprendizagem.
Conclusões
• Áreas Cientificas: Todas as áreas apresentaram um crescimento significativo
no número de disciplinas abertas.
• Contudo, em diferentes áreas estratégias registaram-se diferentes níveis de
envolvimento:
Ciências Juridico-económicas e Artes e Humanidades cresceram de uma
forma mais lentificada
Ciências e Tecnologia apresentou um maior índice de cursos abertos ao longo
dos cinco anos letivos e evidenciaram igualmente um constante aumento no
nível de intensidade de utilização
O mesmo padrão foi encontrado na área das Ciências Sociais.
Conclusões
Por natureza, algumas áreas científicas são mais abertas à
integração das tecnologias nas suas práticas, enquanto
outras tendem a ser mais resistentes.
Contudo, uma iniciativa organizacional como um
programa de e-learning não tem como objetivo contribuir
para intensificar essas diferenças na permeabilidade das
areas cientificas às tecnologias digitais, deverá antes
atenuá-las e promover um movimento coerente e
equitativo de inovação e atualização sobre práticas de
ensino no contexto universitário.
Conclusões
Um programa de e-Learning em IES tradicionais deve ser
sempre:
. assumido como um processo de inovação, que requer
tempo e estabilidade para um progresso crescente
. uma estratégia organizacional e inter-institucionalmente
arquitetada
. conjuntamente visto como meio de (i) renovar práticas
docentes, (ii) promover a modernização organizacional e
(iii) garantir vantagem competitiva e contribuir para maior
internacionalização, tirando-se para isso vantagem das
novas tecnologias e ambientes digitais.
Obrigado pela atenção!

Neuza Pedro,
nspedro@ie.ul.pt
Ana Mafalda Gonçalves,
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E learning, ensino superior e inovação

  • 1. E-LEARNING, ENSINO SUPERIOR E INOVAÇÃO: ANÁLISE LONGITUDINAL DOS PROCESSOS DE ADOÇÃO DE LMS Neuza Pedro, Ana Mafalda Gonçalves E-learning Lab ULisboa
  • 2. E-learning Lab ULisboa • As IES têm desenvolvido e implementado programas de estimulo a iniciativas de ensino a distância. No entanto, escasseiam os estudos que analisam e partilham o processo de implementação desses programas. • O presente estudo tenta colmatar esta limitação, fornecendo uma descrição da experiência da ULisboa no processo de difusão da implementação de um Programa de e-learning desde o seu inicio.
  • 4.
  • 5. TEORIA DA DIFUSÃO DAS INOVAÇÕES (ROGERS, 2003) • Tem sido frequentemente utilizada para ilustrar a inovação tecnológica como um movimento de invenção localizada para um uso generalizado/rejeição. • A teoria descreve o Processo de Decisão de Inovação (PDI) como um processo que ocorre ao longo do tempo e que pode ser estruturado em 5 etapas específicas: Conhecimento Persuasão Decisão Implementação Confirmação
  • 6. Progressão da adoção da inovação • A teoria ajuda a compreender e a estimar o nível de aceitação que face a dada inovação pode ser esperado em diferentes momentos. • Segundo a mesma, a forma como a inovação é adotada por um grupo de indivíduos ou numa dada instituição apresenta uma representação semelhante à da distribuição normal. • Rogers identificou 5 categorias de apoiantes da inovação :
  • 7. Metodologia • Estudo descritivo • Objetivos: i) descrever o processo de evolução e crescimento através de a) número de disciplinas LMS criadas e b) utilizadores registados (alunos e docentes/investigadores) ii) analisar o padrão de utilização iii) analisar nível de utilização, numa perspetiva global e em diferentes áreas cientificas: Artes e Humanidades (Faculdade de Belas-Artes e Faculdade de Letras), Ciências da Saúde (Faculdade de Medicina, Faculdade de Farmácia e Faculdade de Medicina Dentária), Ciência e Tecnologia (Faculdade de Ciências), Ciências Juridico-Económicas (Faculdade de Direito) Ciências Sociais (Instituto de Educação, Instituto de Geografia e Orden. Território, Faculdade de Psicologia)
  • 8. Recolha de dados Dados natureza quantitativa • registo das disciplinas LMS presentes em cada faculdade/instituto da UL, através dos relatórios de utilizadores e de disciplinas • avaliação da intensidade de utilização de cada disciplina através da análise dos recursos e atividades disponibilizados • Em 4 plataformas distintas: http://elearning.ul.pt (Universidade de Lisboa), http://moodle.fc.ul.pt (Faculdade de Ciências), http://mocho.di.fc.ul.pt (Dep. de Informática da Faculdade de Ciências) http://elearning.ff.ul.pt (Faculdade de Farmácia)
  • 9. RESULTADOS: NÚMERO DE DISCIPLINAS LMS 2000 1866 1800 1600 1526 1442 1400 1200 1000 800 663 600 400 200 196 0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013
  • 10. RESULTADOS: NÚMERO DE DISCIPLINAS LMS 900 800 769 705 700 644 600 500 461 438 400 371 300 267 223 202 200 117 100 207 193 150 131 76 72 62 25 23 0 0 Artes e Humanidades Ciências da Saúde 2008/2009 Ciências e Tecnologia 2009/2010 2010/2011 2011/2012 0 10 28 30 Ciências Jurídico-Económicas 2012/2013 Ciências Sociais 481
  • 11. RESULTADOS: NÚMERO DE UTILIZADORES REGISTADOS
  • 12.
  • 13.
  • 14. Conclusões • Foi registado um significativo crescimento no número de docentes e estudantes registados nas disciplinas LMS bem como no total de disciplinas abertas nos 5 anos letivos. • Os resultados encontrados ajustam-se à distribuição enunciada por Rogers.
  • 15. Conclusões • Nível de intensidade de utilização: A maioria dos cursos apresenta níveis de intensidade moderados. Parte substancial dos docentes utiliza a plataforma Moodle para disponibilizar recursos aos estudantes. Poucas são as disciplinas que tiram partidos das múltiplas atividades online disponibilizadas, não oferecendo assim aos estudantes a possibilidade de interagir, partilhar, criar colaborativamente e/ou regular o seu próprio processo de aprendizagem.
  • 16. Conclusões • Áreas Cientificas: Todas as áreas apresentaram um crescimento significativo no número de disciplinas abertas. • Contudo, em diferentes áreas estratégias registaram-se diferentes níveis de envolvimento: Ciências Juridico-económicas e Artes e Humanidades cresceram de uma forma mais lentificada Ciências e Tecnologia apresentou um maior índice de cursos abertos ao longo dos cinco anos letivos e evidenciaram igualmente um constante aumento no nível de intensidade de utilização O mesmo padrão foi encontrado na área das Ciências Sociais.
  • 17. Conclusões Por natureza, algumas áreas científicas são mais abertas à integração das tecnologias nas suas práticas, enquanto outras tendem a ser mais resistentes. Contudo, uma iniciativa organizacional como um programa de e-learning não tem como objetivo contribuir para intensificar essas diferenças na permeabilidade das areas cientificas às tecnologias digitais, deverá antes atenuá-las e promover um movimento coerente e equitativo de inovação e atualização sobre práticas de ensino no contexto universitário.
  • 18. Conclusões Um programa de e-Learning em IES tradicionais deve ser sempre: . assumido como um processo de inovação, que requer tempo e estabilidade para um progresso crescente . uma estratégia organizacional e inter-institucionalmente arquitetada . conjuntamente visto como meio de (i) renovar práticas docentes, (ii) promover a modernização organizacional e (iii) garantir vantagem competitiva e contribuir para maior internacionalização, tirando-se para isso vantagem das novas tecnologias e ambientes digitais.
  • 19. Obrigado pela atenção! Neuza Pedro, nspedro@ie.ul.pt Ana Mafalda Gonçalves, amgoncalves@campus.ul.pt