1. JB NEWS
Informativo Nr. 354
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz”
Praia de Canasvieiras – Florianópolis SC
Florianópolis(SC), 17 de agosto de 2011
Índice desta quarta-feira:
1. Almanaque
2. O primeiro dever de cada Venerável (Ir. Valdemar Sansão)
3. Reserva sobre as formas de reconhecimento (Ir. Rui Bandeira)
4. A cobertura da cabeça e a ceia dos Cavaleiros, em Maçonaria (Ir. José
Castellani)
5. Destaques JB
2.
3. MARINA’S PALACE HOTEL
EM FLORIANÓPOLIS VISITE O HOTEL DA FAMÍLIA MAÇÔNICA
NA PRAIA DE CANASVIEIRAS.
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4. 1645 – Batalha da Casa Forte.
1808 - Batalha da Roliça.
1833 - Início da primeira travessia em navio a vapor do Oceano Atlântico.
1903 - Joseph Pulitzer estabelece o Prémio Pulitzer.
1915 - A patente da ignição elétrica para carros é dada para o americano Charles
Kattering. Até então, os carros eram ligados por impulso manual.
1937 - É fundada em Porto Alegre, no Brasil, a Sociedade de Filosofia Transcendental -
Escola de Iniciação Cristã, hoje denominada Igreja Cristã Primitiva.
1942 - Segunda Guerra Mundial - um submarino alemão torpedeia os navios brasileiros
Araxá e Itagiba.
1945 - O livro Animal Farm (A Revolução dos Bichos no Brasil, O Triunfo dos Porcos
em Portugal), de George Orwell, é publicado pela primeira vez.
1960 - O Gabão torna-se independente da França.
1962 - Guardas de fronteira da República Democrática Alemã matam Peter Fechter, de
18 anos, enquanto ele tentava cruzar o Muro de Berlim.
1977 - Lançado o o romance "Tieta do Agreste" de Jorge Amado, uma das obras mais
vendidas do autor.
1979 - Fundada a Associação Nacional de Jornais do Brasil, com o objetivo de defender a
liberdade de imprensa.
1987 - Carlos Drummond de Andrade morre aos 75 anos, de parada cardíaca.
1999 - Terramoto de İzmit provoca mais de 17 000 mortos, meio milhão de desalojados e
16 mil milhões *
de dólares US$ de prejuízos materiais.
5. Dia do Patrimonio Histórico
Dia de Vulcano, o ferreiro dos deuses - mitologia romana - Roma antiga
São Jacinto
Dia Nacional do Livro de Xadrez (Brasil)
Dia Municipal do Coveiro (Belo Horizonte)
Dia da Independência da Indonésia
Dia da Independência de Gabão
Dia do Amor
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1822:
Ata da 12ª Sessão do Grande Oriente Brasileiro presidido por José Bonifácio
sobre assuntos administrativos.
1872:
Eleição no GO Unido (GOB mais GO Beneditinos) ,dá a vitória ao visconde do
Rio Branco, por 156 votos contra 6 dados a Saldanha Marinho, que,
inconformado, provocaria nova dissensão.
1958:
Fundação da ARLS Copacabana nr. 1495, que trabalha no Templo 02 do Palácio
do Lavradio (GOB/RJ)
1999:
Fundação da ARLS Ambrósio Peters nr. 74, de Florianópolis (GLSC)
6. Valdemar Sansão - MM.·.
contato: vsansao@uol.com.br
O primeiro dever de qualquer Venerável é criar futuros
bons Veneráveis.
Instalação e posse
Nas Grandes Lojas do Estado de São Paulo (GLESP), na abertura solene da Cerimônia
de Instalação e Posse do Venerável Mestre, o dirigente roga o auxílio do Grande
Arquiteto do Universo para que aquele ilustre Irmão, M.·.M.·. que foi legalmente eleito
para exercer o cargo, seja dotado de sabedoria para compreender, de discernimento
para julgar e de meios para executar a Sagrada Lei, para que possa guiar e governar
com Retidão, Verdade e Justiça sua Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Simbólica.
O papel do Venerável é parecido com o do maestro de uma orquestra. Pode ensinar a
teoria da música e tirar sons de um instrumento musical. Mas precisa ter a habilidade
para juntar tantos músicos diferentes e fazê-los tocar a música em harmonia. Levá-los
a executar a música em uníssono (no mesmo tom, ao mesmo tempo). Ele deve ser
capaz de proporcionar essa habilidade ao grupo.
Preparação do eleito
O que acontece com aquele que acaba de ser eleito para dirigir sua Loja? Acreditamos
como base imutável do trabalho de preparação do mesmo a valorização e apoio ao
Irmão, independente do Rito praticado, uma vez que os Ritos são respeitáveis e
contêm, em suas essências, a necessidade da Construção Social dos Maçons. É uma
7. providência muito usual, às vesperas da “passagem do malhete”, o Resp.·. Ir.·.
Delegado Regional promover uma reunião dos Mestres Instaladores e dos Veneráveis
Eleitos com o objetivo de eliminar dúvidas sobre a realização do ato.
O treinamento breve e superficial, onde nem sequer os interessados se apercebem da
grandiosidade que significa a Cerimônia, pode ter um impacto negativo no desempenho
do futuro Venerável, se esses Irmãos não tiveram apoio e acompanhamento necessário
para que sejam bem sucedidos nessa tarefa de tanta responsabilidade. A Potência
espera muito dos novos Veneráveis e lhes cobrará conhecimento, desembaraço,
responsabilidade, eficiência e acertos. Mas os Veneráveis por seu lado, sabem das
dificuldades pelas quais irão passar e têm a expectativa, a curiosidade, a vontade do
acesso a uma orientação oficial preparatória, segura, através da Potência. Um têm a
expectativa do outro.
Sabemos que nada mais lógico e razoável seria a existência de um compêndio
elementar destinado ao Venerável eleito, onde pudesse buscar a técnica de dirigir e
orientar os seus liderados nos rudimentos da arte, da filosofia, da ciência e da doutrina,
antes de iniciar seu Veneralato.
Missão do Venerável
Inspirar seus liderados a viverem uma vida melhor, cada um dando o melhor de si,
lembrando-lhes da sua missão e dos valores que regem a vida maçônica: amor,
honestidade, humildade, paciência, educação, bondade, compromisso, respeito,
abnegação, perdão.
O Venerável, é o instrumento de ligação entre todos os elementos que constituem a sua
Loja e os delegados do Grão-mestre. Não gerencia os Irmãos, influencia e os lidera
para darem o melhor de si.
Conceitos de liderança
A maioria dos candidatos ao cargo de Venerável Mestre, tem o desejo sincero de
exercer liderança da melhor forma possível. No fundo, as pessoas anseiam por uma
vida significativa e satisfatória e, por isso, procuram por alguma coisa especial que faça
aflorar o que eles têm de melhor. De preferência, buscam uma harmonia entre seus
valores pessoais e os valores da Instituição.Uma coisa é certa: os Irmãos querem fazer
parte de algo especial; de uma Loja da qual possam se orgulhar, e ao termino dos
trabalhos que todos fiquem felizes porque se sentem fazendo a coisa certa.
Defendemos a tese de que a liderança não é poder e sim autoridade, conquistada com
amor, dedicação e respeito pelos liderados.
Liderar significa conquistar os Irmãos, envolvê-los de forma que coloquem o coração,
mente, espírito, criatividade e excelência à disposição da Loj.·. e da Ordem. É preciso
fazer com que haja o máximo empenho na missão, dando tudo pelo conjunto.
8. Lembremos, outrossim, de que não é preciso ser Venerável da Loja para ser um lider e
influenciar os Irmãos a terem mais entusiasmo, mais empenho e mais disposição –
enfim, para se tornarem o melhor que podem ser.
O que define a palavra liderança é a capacidade de influenciar os Irmãos para o bem.
Na verdade, na Loja todos são líderes, assumindo cada um a responsabilidade pessoal
pelo sucesso da Oficina.
Limitações
Os humildes consideram sua liderança uma enorme responsabilidade e levam muito a
sério a posição de confiança e os Irmãos a ele confiados. O Venerável sabe que os
Irmãos vão cometer erros. Os VVig.·., o Orador, o M.·. de CCer.·., o Secretário e outros
– muitas vezes, vão decepcioná-lo, vão magoá-lo, não se esforçarão como ele acha que
deveriam e alguns não reagirão aos seus esforços. Por isso, aceitam as limitações nos
outros e tem uma enorme capacidade de tolerar a imperfeição.
Autêntico, ele não posa de sábio, está sempre disponível e, de certa forma, vulnerável,
porque tem sempre seu ego sob controle e não se baseia em ilusões de conhecimento
por “iluminismo do Alto”, de grandeza, acreditando que é indispensável para a
Instituição. Sabe muito bem que “os cemitérios estão repletos de pessoas
indispensáveis”.
Seguro de suas forças e limitações, o Venerável humilde está consciente de que só com
a ajuda de todos será capaz de manter as coisas em sua devida perspectiva.
Os menos humildes, não devem ficar ressentidos com as coisas que machucam e
desapontam. Devem lembrar-se de que qualquer um pode liderar pessoas perfeitas –
se elas existem - o que não devem esquecer jamais os que optam por liderar é que
devem servir: “quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e
quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo” (Jesus Cristo).
Muitos dos que assumem a liderança de sua Loja, enganam-se achando que é sua vez
de serem servidos, agora que se tornaram líderes. A todo verdadeiro Maçom cabe tal
responsabilidade: ” deve servir nunca se servir”.
Responsabilidade
O Mestre Instalado vai se apropiando de idéias dentro de si, interprenetrando a fusão
de culturas, tradições, sentimentos, em estilo cultural comum, cabedal de
conhecimentos adquiridos ao longo do tempo e burilados durante a sua presença à
frente dos cargos que desempenhou na Loja, conhecimentos esses que deverá
necessariamente ser posto de forma total “em pé e à ordem” da Sublime Instituição.
Conflitos
Obviamente, uma Loja Maçônica não é um lugar sem conflitos. Afinal, quando duas ou
mais pessoas se reúnem para um propósito, uma coisa é certa, haverá conflito
(especialmente se a Loja for saudável). O interessante é usar a inteligência para
encontrar o caminho da comunicação entre os Irmãos e transformar a Loja num local
onde os conflitos são solucionados e os participantes aprendam a não evitar
9. divergências – mas a ter respeito, a escutar, a ser assertivos uns com os outros, a ser
aberto a novos desafios, a valorizar a diversidade que existe em qualquer equipe
saudável.
NÃO àquelas alianças destrutivas entre dois ou mais Irmãos que preferem falar dos
outros (panelinhas), em vez de levantarem o problema para toda a Loja, a fim de que
se encontre uma solução. NÃO aos integrantes dessas “panelinhas” que não têm a
coragem moral de fazer a coisa certa em momentos de desafio e controvérsia.
Os Irmãos Jubelos existem sempre, são justamente os veículos necessários, como
Pedro e Judas o foram para Jesus. Um o traiu antes da morte; o outro, O negou em
vida por três vezes.
Simbolizam os três assassinos as expressões da nossa natureza material, os que fazem
oposição aos nossos bons sentimentos; os assassinos podem ter outros nomes:
Ignorância, Fanatismo e Ambição.
Essas fases negativas poderão ser, com o auxílio de nossos Mestres, transformadas em
Sabedoria, Tolerância e Amor.
Disciplina
é uma palavra cuja raiz vem de discípulo, que é aquele que recebe ensinamento ou
treinamento.
Lembrem-se de que disciplinar não é punir e humilhar os Irmãos. O objetivo é levá-los
para o caminho certo, ajudando-os a se tornarem melhores, a vencer e ser bem-
sucedidos e que respeito não é algo que se ganha quando se torna Ven.·. O respeito
assim como o reconhecimento é conquistado pouco a pouco e exige que as partes
renunciem interesses pessoais pelo bem maior, para que o todo se torne maior do que
a soma de suas partes. Isso nos ensinou o Mestre dos Mestres: “quem quiser tornar-se
grande entre vós, será esse o que vos sirva”; “e quem quiser ser o primeiro entre vós,
será vosso servo” Qualquer um que queira ser um lider deve primeiro ser o servidor.
Servir uns aos outros, conforme o dom que recebeu.
Venerável Mestre, Deus em sua infinita sabedoria, o colocou como dirigente de sua
Loja, lugar onde pode aprender com eficiência e servir melhor. Hoje o imaginei
recitando a magnífica Oração de Amor de São Francisco de Assis, adaptada para nossos
dias:
“Ó Senhor, fazei de mim instrumento de tua paz:
Onde há ódio, faze que eu leve Amor e uma palavra de união;
onde há ofensa que eu leve o Perdão;
onde há discórdia e onde tantos procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir;
onde há dúvida, que eu leve a Fé;
onde há erro, que eu leve a Verdade;
onde tantos fecham a mão para bater, que eu abra meu coração para acolher;
onde há desespero porque a vida perdeu o sentido, que eu leve o sentido de viver, que
eu leve a Esperança;
onde tantos sofrem a solidão que faz morrer, que eu seja o amigo que faz viver;
10. onde há tristeza, que eu leve a Alegria;
onde há trevas, que eu leve a Luz.
Ó Mestre faze que eu procure menos ser consolado do que consolar;
ser compreendido do que comprender;
ser amado do que amar;
onde tantos adoram a máquina, que eu saiba venerar o homem;
onde tantos endeusam a técnica, que eu saiba humanizar a pessoa;
onde tantos pedem o pão, que eu saiba ensinar a plantar o trigo;
onde tantos estão distantes, que eu seja sempre presente.
Porquanto – é dando que se recebe;
é perdoando que se é perdoado;
e onde tantos morrem na matéria que passa que eu viva no espírito que fica;
pois, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
Onde tantos olham para a Terra, que eu saiba olhar para o Céu”.
Ao passar o cargo
Finalmente, se na Palavra sobre o ato realizado, algum Ir.·. pedir a palavra e quiser
falar sobre a mais elevada distinção de reconhecimento que um obreiro pode almejar
de sua Loja, que não fale por muito tempo.
Digam para não mencionar carreira da vida profana ou maçônica – isso não é
importante. Falem que um dia foi plantado uma semente, minúscula, e que nasceu a
plantinha que ajudamos a adubar, a regar, a podar esta pequena árvore cresceu, floriu,
deu frutos e hoje nossa Loja com nome, número, Carta Constitutiva Definitiva,
Estandarte e Hino no qual se enaltece a glória de Deus, do Patrono e da história da
Loja.
Digam para não mencionarem Iniciações, Elevações, Exaltações ou Filiações realizadas,
pois essas fazem parte das atividades normais de uma Oficina.
Façam sim, referência ao nosso denodo para ajudar os outros. Que tentamos amar
qualquer um e a todos os Obreiros. Que procuramos ser justos.
Digam que não mencionem o sucesso que a Loja teve no equilíbrio das finanças, no
trabalho sem igual da Secretaria, nas atividades da Chancelaria, isso não é importante.
Falem do esforço em arrecadar o possível para que nossa Hospitalaria pudesse apoiar
as Associações que alimentam os moradores de rua, os que têm fome, que vestem os
nús. Lembrem que acompanhamos os Irmãozinhos e familiares em suas enfermidades.
Concluindo
Ensinando, pesquisando, conversando, trazendo novas idéias à baila, mas
principalmente revelando, em todos os momentos e ocasiões, o extremo dinamismo e
11. amor à Ordem, que devem caracterizar aqueles que, um dia, tiveram a honra de ocupar
o Trono de Salomão. Certo é que todos deixam sua marca na equipe – a única questão
é o tipo de marca que cada um quer deixar.
E quando, por fim, formos atingidos pela foice da noite, nosso espírito poderá erguer
seu vôo de fronte altiva e satisfeito conosco mesmo, chegar aos pés do Redentor,
cobrindo as marcas de nossos pés cansados, de mãos vazias, mais calejadas por
termos legado à Humanidade a dádiva de uma existência que comoverá pela
tenacidade, beleza, grandeza e pela abnegação que procuramos servir nossos Irmãos,
nossa Loja e a Humanidade...
Escrito pelo Ir Rui Bandeira
Repasse Ir Marcos A. Bergantini
12. Antigamente era, em muitos locais, perigoso ser maçon. Ainda hoje o é,
em várias partes do globo. Os maçons tinham necessidade de se
conseguirem reconhecer uns aos outros, sem necessidade de perguntar.
Com efeito, se um maçon perguntasse a outrem se também era maçon e
esse outrem não só não fosse maçon como denunciasse quem o inquirira,
estava o caldo entornado... Havia, pois, que arranjar maneira de um
maçon se poder assegurar que outro homem também tinha essa
qualidade, de forma que, se assim fosse, o interrogado soubesse que tal
interrogação lhe estava a ser feita e soubesse responder da mesma forma,
mas que, se o interrogado não fosse maçon, não se apercebesse sequer
da interrogação. Havia que criar uma forma de um maçon se dar a
conhecer como tal, de maneira que só os maçons se apercebessem disso
e só eles reconhecessem essa forma. Havia que poder testar se alguém
que se arrogava de ser maçon efetivamente o era. E, sobretudo, havia que
tudo isto fazer de forma discreta, apenas percetível por quem devesse
perceber. E havia, obviamente que guardar segredo dessas formas de
reconhecimento.
Antigamente,não havia as facilidades e rapidez de comunicações e de
deslocação que há hoje. Os agregados populacionais eram fechados,
muito mais isolados do que agora e, sobretudo, mais distantes, em termos
de tempos de viagem. Ir de Lisboa a Londres demorava semanas. Ir de
Lisboa ao Porto demorava dias. Ir da Europa à Ásia, a África ou à América
demorava meses. Um viajante que chegava a um qualquer local era um
desconhecido e desconhecia quase todas ou todas as pessoas desse
local. Se se arrogava qualquer título ou condição, não havia meios de
comunicação rápidos que permitissem verificar, em terras distantes, se o
afirmado era verdade.
13. Viajar era demorado e perigoso. Os maçons em viagem podiam beneficiar
do auxílio de seus Irmãos. Muitas vezes sendo - viajante e residente -
desconhecidos um dos outro. Não bastava ao viajante dizer que era
maçon. Tinha de comprovar essa qualidade.
Antigamente era, pois. essencial que existissem formas de
reconhecimento discretas, eficazes e de conhecimento restrito aos
maçons. Que deviam ser e eram avaramente guardadas em segredo.
Essas formas de reconhecimento eram e são constituídas por
determinados sinais, por certas palavras, por específicos toques. Os sinais
permitiam que os maçons se reconhecessem como tal no meio de uma
multidão, se preciso fosse, sem que mais ninguém se apercebesse. As
palavras permitiam confirmar esse reconhecimento, constituindo uma
segunda forma de verificação, que confirmaria a identificação ou permitiria
desmascarar impostor que, por conhecimento ou sorte, tivesse efetuado
corretamente um sinal de identificação. Os toques, discretos, permitiam,
além de uma fácil identificação mútua absolutamente discreta e
insuscetível de ser detetada por estranhos, também desmascarar
impostores, pois não bastava, nem basta, usar um certo toque: é preciso
saber quando o usar, para quê e que deve suceder em seguida...
Sempre os sinais de reconhecimento foram objeto de curiosidade profana.
Por quem perseguia a Maçonaria e os maçons, por razões evidentes. Por
quem, não sendo maçon, gostaria de se infiltrar entre os maçons ou,
viajando, beneficiar da ajuda que os maçons residentes davam aos
maçons viajantes. Ou, simplesmente, por quem era curioso...
Milhares e milhares de maçons conhecem os sinais de reconhecimento.
Ao longo do tempo, milhões de maçons acederam a esse conhecimento,
14. nas quatro partidas do Mundo. Houve zangas. Houve dissensões. Houve
abandonos. Houve traições. Houve inconfidências. Um segredo só é
verdadeiramente secreto se for conhecido apenas por um - e, mesmo
assim, se este não falar a dormir... Era inevitável que as formas de
reconhecimento dos maçons fossem expostas. Existem livros. Existem
filmes. Existem vídeos. Existem panfletos. Existem, hoje em dia, inúmeros
suportes em que estão expostas aos profanos as formas de
reconhecimento dos maçons. Mas também existem publicados nos
mesmos suportes formas de reconhecimento falsas ou inventadas ou
simplesmente ultrapassadas... Quem está de fora tem o magno problema
de descobrir o que é verdadeiro e o que é falso, de distinguir o certo do
inventado, de descortinar o que se mantém vigente e o que foi
ultrapassado...
Por isso, ainda hoje, as formas de reconhecimento vigentes, apesar de
conhecidas por milhões, apesar de repetidamente expostas, continuam a
ser úteis e eficazes.
Mas, mesmo que algum profano consiga conhecer os sinais, palavras e
toques certos e consiga descobrir quando os utilizar e como o fazer
corretamente, ainda assim só logrará, quando muito, enganar alguns
maçons durante algum tempo e acabará - porventura mais cedo do que
mais tarde - por ser desmascarado como impostor. Porque não basta
executar o sinal certo na hora precisa, pela forma correta, nem dizer a
palavra adequada, pela forma prescrita, a quem deve ouvi-la, nem dar o
toque acertado, no momento asado e sabendo o que se deve passar a
seguir. Tudo isso já é suficientemente complicado - mas não basta. Tudo
isso, ainda que porventura executado de forma atinada, constitui ainda
uma determinada informação: que quem o fez tem um determinado nível
15. de conhecimentos, uma certa postura e compostura, um exigível
comportamento, um específico nível de desenvolvimento pessoal, social e
espiritual. Ser maçon e ser reconhecido como maçon não é só conhecer e
saber executar sinais, palavras e toques. Isso é o que menos importa. É,
sobretudo, saber fazer um percurso, utilizar um método, avançar num
caminho.
As formas de reconhecimento são apenas sinais exteriores básicos e
nem sequer particularmente importantes. Isso também, mas
sobretudo muito mais, é que faz com que um maçon seja reconhecido
como tal pelos seus Irmãos.
Reservo o segredo dos sinais, palavras e toques que constituem as formas
de reconhecimento dos maçons, porque a isso me comprometi. Mas digo e
afirmo: podíamos divulgar, publicar, mostrar, explicar, exemplificar,
ensinar, filmar e exibir o filme, executar todos os sinais, palavras e toques
de reconhecimento; podíamos ensinar a toda a gente como e quando e por
que forma utilizar cada um deles. Ainda assim, pouco tempo e apenas um
razoável cuidado bastariam para reconhecer quem efetivamente é maçon
e quem, ainda que perfeitamente executasse todos os sinais, palavras e
toques, não o é!
Porque ser maçon é muito mais do que saber sinais, palavras e
toques. Ser reconhecido como tal implica muito mais do que essas
minudências, pois não basta saber sinais, palavras e toques para ser
reconhecido maçon. É preciso efetivamente sê-lo e vivê-lo e praticá-
lo.
Que nunca ninguém se esqueça disto. Seja profano ou tenha sido
iniciado. Especialmente estes!
16. Do livro " A Maçonaria e sua Herança Hebraica " (Sinopse)
Editora A Trolha – 1993 - Ir José Castellani
A COBERTURA DA CABEÇA
Para os ortodoxos do judaísmo, o homem deve estar sempre com a
cabeça coberta, desde a brit-milá (circuncisão), que é realizada no oitavo
dia de vida e que simboliza a aliança abraâmica com Deus.
Na prática, todavia, essa cobertura, que é feita com chapéu negro, ou com
o kipá --- que é o solidéu, do latim soli Deo = só a Deus --- é obrigatória
durante todas as cerimônias litúrgicas.
Em Maçonaria, a cobertura da cabeça --- que, geralmente, é feita com um
chapéu negro desabado --- é preconizada para todos os Mestres Maçons,
nas sessões de Câmara do Meio, existindo, todavia, ritos, nos quais essa
cobertura é obrigatória para todos os obreiros, em qualquer sessão. Fora
da sessão do grau de Mestre, ou seja, em sessões dos graus de Aprendiz
e Companheiro Maçom, a cobertura da cabeça é obrigatória para o
Venerável Mestre (o presidente da Loja).
Parte desse costume remonta às cortes européias: o rei, quando em
cerimônia realizada com a presença de inferiores hierárquicos, cobria a
cabeça, como sinal de sua superioridade na hierarquia da corte (como o
Venerável Mestre, em reuniões do 1º e do 2º grau), enquanto que, nas
reuniões com seus pares, todos mantinham a cabeça coberta (como no 3º
grau).
17. Todavia há, também, nesse caso, uma nítida influência hebraica, do ponto
de vista místico, pois, em Maçonaria, geralmente, assim como no
judaísmo, a cobertura da cabeça, além de mostrar que, acima da cabeça
do Homem, existe algo transcendental, onisciente, onividente e
onipresente, que é Deus, o Grande Arquiteto do Universo, evidencia a
pequenez humana e a prostração do Homem perante Deus, pois, sendo, a
cabeça, a sede da mente e do conhecimento, estando, ela, coberta,
mostra a incapacidade humana de entender a divindade, o que é,
praticamente, uma afirmação agnóstica. Em última análise é a prova da
submissão do Homem a Deus.
A CEIA DOS CAVALEIROS Existem Altos Graus maçônicos, em que,
ao final dos trabalhos, os presentes reunem-se em torno de uma mesa,
onde o presidente --- o principal dos convivas --- distribui o pão e o vinho,
de que todos se servem.
Além disso, há um antigo costume, segundo o qual, em qualquer lugar do
mundo em que se encontrem, esse obreiros --- cavaleiros --- devem se
encontrar, na quinta-feira de Endoenças (do latim: indulgentias), ou
"quinta-feira santa", ou "quinta-feira da Paixão", que ocorre três dias antes
da Páscoa.
Esse hábito tem sua origem num rito tradicional judaico, incrementado
pelos essênios: o kidush (da raiz kodesh = santo, sagrado), que também
é a origem da eucaristia. O kidush era realizado na véspera de uma festa
religiosa, ou na véspera do shabbat (sábado, o dia santificado), para
realçar a santificação do dia.
18. Por ocasião da Pêssach ---Passagem, Páscoa, lembrando a saída do
Egito --- todavia, como a sexta-feira era dia de preparar os alimentos que
seriam consumidos no sêder (jantar da Páscoa) e de queimar hametz
(alimentos impuros, proibidos durante a Páscoa), o kidush era recuado
para a quinta-feira.
Num kidush, o principal dos convivas de uma confraria (em hebraico:
shaburá) lançava as bênçãos sobre o pão e o vinho e os distribuía entre
os demais (os shaberim , membros do shaburá).
A chamada "última ceia" de Jesus, com os seus "shaberim", foi um
kidush, que precedeu a Pêssach , sendo realizado na quinta-feira.
Conteúdo da obra:
I - Síntese da História Hebraica
II - A Religião Hebraica
III - O Templo de Jerusalém
IV - A Cabala
V - O Calendário Hebraico
VI - A Numerologia Hebraica
VII - A Maçonaria
VIII - Os Graus e os Ritos Maçônicos
IX - Principais Acontecimento Maçônicos
X - A Herança Hebraica na Maçonaria:
O Templo Maçônico
Os Calendários Maçônicos
A Numerologia
Os Graus Históricos
A Cabala
Práticas e Costumes Maçônicos
Palavras Usadas nos Rituais.
19. O ENCONTRO DO DIA DO MAÇOM
COMEÇA SEXTA-FEIRA EM ITAJAÍ
http://www.encontro2011.com.br http://www.maosfraternas.blogspot.com/.
Nesta sexta-feira (19) tem início o XLIV Encontro do Dia do Maçom,
o mais importante evento maçônico da Grande Loja de Santa Catarina,
que este ano está sendo organizado pelas lojas sediadas na cidade
portuária de Itajaí.
A Comissão organizadora espera a presença de um considerável público
maçônico que desfrutará da seguinte programação elaborada:
20. Sexta-feira (19/08/2011)
19:00h - Abertura
21:00h - Jantar e Noite brega (Traje a Caráter)
Sábado (20/08/2011)
09:00h - Assembléia MRGLSC
09:00 – Primeiro Encontro das Cunhadas a nível Estadual (Mãos Fraternas)
12:00h - Almoço
18:00h - Sessão Branca
21:00h - Jantar e Baile de Gala
Domingo (21/08/2011)
12:00h - Almoço e encerramento com Apresentação do XLV Encontro que
acontecerá em 2012 em Florianópolis, a cargo das Lojas do 2º. Distrito.
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O JB News e a Rádio Sintonia 33
estarão presentes cobrindo o
Encontro.
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21. FILHAS DE JÓ E DEMOLAY HOMENAGEIAM PAIS
No último sábado o Bethel Fênix 08/SC e o Capítulo Florianópolis da
Ordem DeMolay realizaram maravilhosa Sessão Pública no Templo
da Loja Ordem e Trabalho em homenagem ao Dia dos Pais. Alguns
registros em destaques:
22.
23.
24. HR Giulia Costamilan ladeada pela Guardiã e Guardião Assistente,
Tia Jaciara e Tio Paulo Vitorino
25. PALESTRA
A Loja Pedreiros da Liberdade nr. 79 promoveu na noite de segunda-
feira (15) palestra do Ir. Fabiano Ramalho que falou sobre “Formas de
combate nas licitações”. Veja detalhes no registro abaixo.
26.
27. Loja Maçônica Cavaleiros da Luz nr. 18, Vila Velha, ES,
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo.
28. Outra homenagem prestada à Ordem DeMolay que em 16 de
agosto completou mais um aniversário de sua instalação no
Brasil.
Esta homenagem é prestada em versos pelo
Ir. Adilson Zotovici,
de São Bernardo do Campo.
DeMolay
Vai ali um jovem, homem verdadeiro !!!
Que, desde logo cedo, da tenra idade,
Tem sido sempre leal, fiel companheiro
Alma caridosa, de fraternidade,
Sempre respeitoso, sempre cavalheiro !
29. Sincero, propugnando pela verdade
Confiante, frente a cada vicissitude
Patriota, seja qual oportunidade !
Reverente ao Sagrado, na quietude,
Servindo ao próximo e à DIVINDADE !
Honestidade, destacada virtude !
Latente em si, como no patrono, imortal !...
O audaz DeMolay , que por tenaz atitude,
Paladino da justiça e da perfeita moral,
Presente no probo, desde a juventude !
30. Tem no sentimento confesso, incondicional !
Supernal, a quase tudo, que se exaltou...
O amor sublime, o “amor filial “!
Dedicado a quem o gerou, ou criou,
E principalmente, ao PAI CELESTIAL !
Ir Adilson Zotovici - ARLS Chequer Nassif-169
S.B.Campo-SP