SlideShare a Scribd company logo
1 of 12
Download to read offline
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: A EVOLUÇÃO AO LONGO 
DA FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS INGRESSANTES, 
CONCLUINTES E DE PROFESSORES DE QUÍMICA 
ANDREA NOREMA BIANCHI DE CAMARGO* 
FABIANA DIAS PILAR** 
MARCUS EDUARDO MACIEL RIBEIRO* 
MIRIAN FANTINEL* 
MAURIVAN GÜNTZEL RAMOS*** 
RESUMO 
O trabalho apresenta um estudo sobre os resultados da avaliação do 
nível de Alfabetização Científica de cinquenta e oito alunos do curso 
de licenciatura em Química de uma Universidade Comunitária do Rio 
Grande do Sul, bem como de oito professores formados nessa 
Instituição há mais de cinco anos. O instrumento utilizado para 
realizar essa avaliação foi o Teste de Alfabetização Científica Básica 
(TACB), criado e validado por Laugksch e Spargo (1996). A análise 
dos dados contribui para uma reflexão acerca de que a Alfabetização 
Científica ainda está ocorrendo ao longo da formação inicial e 
continuada de professores de Química. 
Palavras-chave: Formação de professores, Ensino de Ciências, Alfabetização Científica. 
ABSTRACT 
This paper presents the results of a study assessing the level of 
Scientific Literacy of fifty-eight students. These students were enrolled 
in a course of chemistry at a University Community of Rio Grande do 
Sul. This study additionally included eight teachers who were trained 
at the Institution for more than five years. The instrument used to 
perform this evaluation was the Test of Basic Scientific Literacy 
(TBSL), created and validated by Laugksch and Spargo (1996). This 
data analysis is a reflection on the development of the Scientific 
Literacy during the teacher education in chemistry. 
Keywords: Teachers educations, Science teaching, Scientific literacy 
* Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática – PUCRS e-mail: 
andrea.camargo@acad.pucrs.br 
** Licenciatura em Química - Faculdade de Química – PUCRS 
*** Faculdade de Química e Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e 
Matemática – PUCRS 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 19
INTRODUÇÃO 
Este trabalho apresenta os resultados da avaliação do nível 
de alfabetização científica e tecnológica de quarenta e cinco alunos 
ingressantes e de treze alunos concluintes, ambos do curso de 
Licenciatura em Química de uma Universidade Comunitária do 
Estado do Rio Grande do Sul. Apresenta também os resultados de 
oito professores formados nessa Instituição há mais de cinco anos. 
O instrumento escolhido para realizar essa avaliação foi o Teste de 
Alfabetização Científica Básica (TACB), elaborado e validado por 
dois estudiosos sul-africanos Laugksch e Spargo (1996). A 
justificativa desse estudo é a necessidade de conhecer o impacto da 
formação no curso de licenciatura em Química sobre a alfabetização 
científica dos seus alunos ingressantes e concluintes, de 
professores graduados na Instituição, nas dimensões natureza da 
ciência, conteúdo da ciência e impacto da ciência e da tecnologia 
sobre a sociedade. 
O presente estudo vincula-se a um projeto de pesquisa 
(RAMOS; CAMARGO, 2010), que visa a investigar a alfabetização 
científica de ingressantes e concluintes do curso de Licenciatura em 
Química, e de professores há mais de cinco anos atuando na 
carreira da docência com vistas a comparar seus resultados e, com 
isso, avaliar o impacto do processo formativo sobre essa 
alfabetização. 
A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA 
O conceito “alfabetização científica” (do inglês scientific 
literacy) teve sua primeira citação na literatura ao final da década de 
50 (Laugksch, 2000), sendo considerado sinônimo de “entendimento 
público da ciência” (public understanding of science). 
De acordo com Miller (1996), para compreender o conceito de 
alfabetização científica (scientific literacy) é necessário buscar a 
compreensão do conceito de alfabetização (literacy)1, associada à 
capacidade de compreensão da ciência e da tecnologia. 
Compreendemos então que a ideia central de alfabetização seja a 
1 Existe uma discussão entre vários autores sobre qual o conceito mais adequado: 
alfabetização ou letramento. Apesar de autores, como Soares (2002) e Santos (2007) 
colocarem em discussão o termo “alfabetização”, preferindo o termo “letramento”, a 
partir das ideias de Tfouny (1988) e Chassot(2010), mantemos a expressão 
alfabetização científica, pois essa é uma das traduções do termo “scientific literacy”. 
Momento, Rio Grande, 20 20 (2): 19-29, 2011.
de estipular um nível mínimo de habilidades de leitura e escrita, ou 
seja, o domínio da linguagem que um sujeito deve ter para participar 
na comunicação escrita. Esse autor também ressalva a importância 
de enfrentar-se o problema da alfabetização científica na sociedade 
industrial moderna, para ampliar a compreensão sobre a ciência e a 
tecnologia, em função da alarmante estatística de que milhões de 
adultos são analfabetos funcionais. Em outras palavras, não são 
capazes de utilizar adequadamente a leitura e a escrita para fazer 
frente às demandas de seu contexto social e usar suas habilidades 
para continuar a aprender e se desenvolver ao longo da vida. 
Convém ainda destacar que um grande número de jovens que 
deixam a escola e os estudos, por diversos motivos, provavelmente, 
passarão a contribuir para elevar estatísticas associadas a esse 
analfabetismo. 
Na concepção de Miller (1996), a alfabetização científica 
deveria ser vista como um nível de compreensão da ciência e 
tecnologia necessário ao indivíduo para funcionar como cidadão e 
consumidor na nossa sociedade. Afirma ainda, que a alfabetização 
científica implica: um vocabulário básico de conceitos e termos 
técnicos e científicos; uma compreensão do processo ou método da 
ciência para testar nossos modelos de realidade e uma 
compreensão do impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade. 
Sintetizando, pode-se concluir que a expressão alfabetização 
científica relaciona-se com o que o público deveria conhecer sobre 
Ciência e Tecnologia, embora diferentes autores incluam noções 
que envolvem comportamentos individuais, como hábitos 
intelectuais e “habilidades mentais”, permitindo utilizar 
conhecimentos científicos para resolver problemas e tomar decisões 
em situações do seu cotidiano (LAUGKSCH, 2000). Exemplificando, 
ser alfabetizado cientificamente significa entender “a Ciência como 
uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo.” (CHASSOT, 
2010, p. 61). Esse entendimento aproxima também os cidadãos da 
compreensão de conhecimentos, procedimentos e da própria noção 
em relação ao impacto da ciência sobre a sociedade, tornando-os 
críticos em relação ao desenvolvimento e às aplicações da ciência. 
Apenas alguns anos após o trabalho de Miller, em 1989, a 
Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) lançou o 
chamado Projeto 2061, cujo objetivo era contribuir para a 
alfabetização científica, matemática e tecnológica da população 
americana. A primeira publicação do Projeto 2061 foi o Science for 
All Americans (SFAA), que estabelecia as recomendações sobre os 
conhecimentos ou habilidades que todos os estudantes deveriam ter 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 21
em ciências, matemática e tecnologia ao concluírem o Ensino 
Médio. Assim, abordava também valores, atitudes e “habilidades 
mentais” relacionadas a tais disciplinas. 
Com base em recomendações do SFAA e estruturado a partir 
das três dimensões propostas por Miller, os educadores sul-africanos 
Laugksch e Spargo (1996a, 1996b) organizaram e 
validaram um instrumento com o objetivo de estimar o nível de 
alfabetização científica de indivíduos. Inicialmente, os autores 
organizaram uma base de 472 itens na forma “verdadeiro-falso”. 
Nessa base de informações, buscavam testar 240 ideias acerca da 
ciência e abordavam questões relacionadas à Terra, à Física, à 
Química, às Ciências Biológicas e da Saúde, à natureza da ciência e 
ao impacto da ciência e da tecnologia sobre a sociedade. Com isso, 
pretendiam testar a compreensão de fatos e conceitos considerados 
pela AAAS como fundamentais à alfabetização científica. (VIDOR; 
COSTA; SILVA; RAMOS, 2009). Dentre os 472 itens, foram 
escolhidos apenas 110 para compor o teste final, que busca avaliar 
apenas o aspecto “básico” da alfabetização científica. 
TABELA 1 – Distribuição do nº de itens do teste por área científica e 
respectivos itens verdadeiros e falsos 
Áreas de 
conteúdo do 
TACB 
Nº de 
itens 
no 
teste 
Proporção 
no total (%) 
Nº de itens 
verdadeiros 
Nº de 
itens 
falsos 
Natureza da 
Ciência 
22 20 14 8 
Ciência da Terra e 
do Espaço 
15 11 6 9 
Ciências Físicas / 
Químicas 
14 13 11 3 
Ciências da Vida 24 22 15 9 
Ciências da 
Saúde 
19 17 8 11 
Natureza da 
Tecnologia 
16 14 9 7 
Total 110 100 63 47 
FONTE: (VIDOR; COSTA; SILVA; RAMOS, 2009). 
Momento, Rio Grande, 22 20 (2): 19-29, 2011.
Esse instrumento foi denominado Test of Basic Scientific Literacy 
(TBSL) traduzido por Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB). 
O TACB contém 110 itens na forma de afirmações que têm como 
opções de resposta “verdadeiro-falso-não sei”, no qual as respostas 
dadas como “não sei” são consideradas erradas. O teste está 
estruturado em três categorias, que correspondem às três dimensões 
da alfabetização científica propostas por Miller (1983): natureza da 
ciência (22 itens); conhecimento do conteúdo da ciência (72 itens); e 
impacto da ciência e da tecnologia na sociedade (16 itens). 
O TACB foi validado, quando de sua aplicação a um grupo de 
estudantes universitátios ingressantes de uma Instituição de Ensino 
superior da África do Sul, como afirmam Laugksch e Spargo (1996b), e, 
aproximadamente 260 membros de associações científicas sul-africanas 
participaram na fixação de um padrão de desempenho para 
cada uma das três dimensões de alfabetizações científica. 
Esse teste serve como uma importante ferramenta para 
avaliar e comparar a alfabetização científica em nível nacional e 
internacional, sendo que ele pode ser aplicado a diferentes sujeitos 
como: professores, estudantes, cientistas, consumidores, dentre 
outros, focando diversos objetivos. 
METODOLOGIA 
Nesta investigação, o TACB foi aplicado a três diferentes grupos, 
escolhidos aleatoriamente: 45 alunos ingressantes, 13 alunos 
concluintes de um curso de Licenciatura em Química de uma Instituição 
de Ensino Superior de Porto Alegre, e oito professores formados nessa 
Instituição há pelo menos cinco anos, entre o segundo semestre de 
2009 e o primeiro semestre de 2010. Cabe ressaltar que foi estipulado 
o tempo de 45 minutos para responder a todo o Teste, conforme 
referido por Laugksch e Spargo, 1996b, não tendo sido necessário 
ampliar esse tempo, pois os sujeitos conseguem responder ao 
instrumento nessas condições. 
Seguem alguns dos resultados da análise quantitativa 
descritiva dessas informações. 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 23
ANÁLISE DOS DADOS 
Levando em conta os focos de análise, compararam-se os 
resultados dos respondentes em relação aos escores mínimos de 
alfabetização científica, conforme proposto por Laugksch e Spargo: 
Os desempenhos padrões para os subtestes Natureza da Ciência, 
Conteúdo da Ciência e Impacto da Ciência e Tecnologia sobre a 
Sociedade foram considerados, respectivamente, 13, 45, e 10. Esses 
dados padrões significam que, em cada subteste, para que um sujeito 
egresso do Ensino Médio seja considerado minimamente alfabetizado 
cientificamente, deveria obter os resultados 13 de 22, 45 de 72 e 10 de 
16, sobre cada um dos subtestes do TBSL, respectivamente. 
(LAUGKSCH e SPARGO, 1996b, p. 346, tradução nossa). 
Desse modo, a Tabela 2 apresenta os resultados dos três 
grupos, bem como os escores mínimos propostos pelos autores. 
Uma análise global dos escores de alfabetização científica da 
Tabela 2 permite afirmar que a média dos resultados dos 
ingressantes é 12% maior do que o nível mínimo esperado para 
estudantes egressos do Ensino Médio, segundo os autores 
referidos. Isso pode estar associado à própria escolha do curso, que 
exige um conhecimento científico de partida mais amplo do que em 
outras áreas, além de raciocínio lógico e nível de abstração. 
TABELA 2 – Escores de Alfabetização Científica dos alunos 
ingressantes e concluintes: comparação com os resultados mínimos 
propostos por Laugksch e Spargo 
Resultados 
Escores 
mínimos 
para o nível 
de 
alfabetização 
científica 
Nível de 
alfabetização 
científica 
médio dos 
ingressantes 
Nível de 
Alfabetização 
científica 
médio dos 
concluintes 
Nível de 
Alfabetização 
científica 
médio de 
professores 
Nível de 
alfabetização 
científica 
médio total* 
Natureza da 
Ciência 13 14 15 14 14 
Conteúdo da 
Ciência 45 51 53 55 53 
Impacto da 
Ciência e 
Tecnologia 
10 11 11 13 12 
sobre a 
Sociedade 
Alfabetização 
Científica 68 76 79 82 79 
(*) Foi procedida média ponderada, considerada o número de sujeitos em cada grupo. 
Momento, Rio Grande, 24 20 (2): 19-29, 2011.
Os resultados do nível de alfabetização científica dos 
concluintes e dos professores são mais elevados do que o dos 
ingressantes, respectivamente, 4% e 8%. É uma diferença sensível, 
que pode mostrar que o envolvimento com o curso e o envolvimento 
profissional contribuem para a evolução da alfabetização científica. 
Em relação ao nível mínimo proposto pelos autores a diferença dos 
concluintes e professores são, respectivamente, 16,2% e 20,6%, 
consideravelmente acima do esperado para alunos egressos do 
Ensino Médio. 
Na análise dos resultados sobre a dimensão natureza da 
ciência, pode-se concluir que os ingressantes denotaram um 
aumento de 7,7% de acertos em relação ao mínimo proposto, os 
concluintes 15,4% e os professores 7,7%. Esses dados, de certo 
modo, surpreendem, pois esperaria-se uma continuidade da 
evolução em termos de alfabetização científica. Uma das 
possibilidades de explicação para isso pode ser o maior 
envolvimento com pesquisa e com os seus procedimentos, dos 
alunos concluintes em relação aos ingressantes, e um possível 
afastamento da pesquisa dos professores que se dedicam apenas 
às atividades de sala de aula, muito provavelmente numa 
abordagem na qual a investigação não está presente. 
Analisando-se os escores atingidos na dimensão impacto da 
ciência e tecnologia sobre a sociedade, a diferença em relação ao 
mínimo dos ingressantes foi de 10%, dos concluintes 10% e dos 
professores 30%. Esses dados podem ter relação com um 
envolvimento maior dos professores com o que é apresentado nos 
meios de comunicação acerca dos fenômenos, implicando maior 
vinculação com as questões cotidianas e do mundo real. A preparação 
das aulas exige essa vinculação, principalmente em áreas científicas 
como a Química. Por outro lado, os licenciandos, talvez estejam mais 
preocupados com a aprendizagem dos saberes científicos e dos 
processos da ciência, pois esse pode ser o foco do curso. 
Pela análise dos resultados nas três dimensões que integram 
a alfabetização científica, observa-se que a principal diferença está 
na dimensão conteúdo da ciência. Em relação aos escores mínimos 
esperados, os ingressantes apresentaram resultado superior a13, 
3%, os concluintes a 17,7% e os professores a 22%. Isso pode ser 
em decorrência de um provável foco de estudos que envolvem 
principalmente os conhecimentos científicos (químicos) durante a 
graduação dos licenciandos, não priorizando as discussões sobre os 
processos da ciência. Os professores também necessitam continuar 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 25
aprendendo para dar conta das demandas associadas ao preparo e 
execução de suas aulas. 
Sobre isso, cabe uma reflexão no sentido de qual o papel que 
a pesquisa tem tido na formação dos professores de Química, 
considerando que muitos dos licenciandos participaram de projetos 
de pesquisa na universidade. Pode-se levantar o seguinte 
questionamento: as ações desenvolvidas nas pesquisas vêm 
contribuindo mais para a aprendizagem de conhecimentos 
científicos do que para a consciência sobre a natureza da ciência e 
de seus impactos sobre a sociedade? 
Analisando-se os resultados dos professores, destacam-se os 
dados obtidos em relação à dimensão impacto da ciência e 
tecnologia sobre a sociedade. Considerando os resultados dos 
alunos concluintes nessa mesma dimensão, pode-se apontar que os 
estudos individuais para o preparo das aulas pode ter contribuído 
para esse resultado. Existem inúmeras informações compatíveis 
com essa categoria disponíveis atualmente, como em jornais, 
revistas e periódicos de popularização da ciência, bem como 
congressos e cursos que trabalham essas questões. Os livros 
didáticos discutem também, a relação CTSA, enfocando a área da 
Química, dentre outras. 
Realizando uma análise da Tabela 3, é possível identificar de 
modo mais consistente que na dimensão natureza da ciência 
observa-se uma elevação dos escores no decorrer da formação e a 
sua relação com os resultados dos professores. Para fim de 
esclarecimentos, são apresentados os casos em que houve 
resultados abaixo e acima dos escores mínimos esperados. 
Os resultados globais de alfabetização científica apresentados 
nesta tabela mostram que 27% dos ingressantes apresentam 
escores totais abaixo do mínimo; 21% dos concluintes apresentam 
escores abaixo do mínimo; e não há ocorrência de professores com 
escores abaixo do mínimo. Analisando esses dados, acreditamos 
que o processo de formação inicial e continuada, bem como a 
experiência profissional, podem ser influenciadores da evolução do 
nível de Alfabetização Científica. 
Momento, Rio Grande, 26 20 (2): 19-29, 2011.
TABELA 3 – Comparação entre os sujeitos com baixo e alto nível de 
Alfabetização Científica, segundo Laugksch e Spargo 
Ingressantes Concluintes Professores 
Abaixo 
Acima 
Abaixo 
Acima 
Abaixo 
do 
do 
do 
do 
do 
mínimo 
mínimo 
mínimo 
mínimo 
mínimo 
Acima do 
mínimo 
Dimensões f % f % f % f % f % f % 
Natureza da 
Ciência 13 29 
32 71 4 21 15 79 2 25 6 75 
Conteúdo da 
Ciência 12 27 
33 73 3 15,8 16 84 0 0 8 100 
Impacto da 
Ciência e 
Tecnologia 
sobre a 
Sociedade 
12 27 
33 73 4 21 15 79 0 0 8 100 
Alfabetização 
Científica 
12 27 
33 73 4 21 15 79 0 0 8 100 
Número de 
respondentes 
45 19 8 
Analisando-se a dimensão natureza da ciência, observa-se que 
29% dos ingressantes, 21% dos concluintes e 25% dos professores 
obtiveram escores abaixo do mínimo. Nessa dimensão, os concluintes 
e professores mostraram resultados próximos, sendo que foi a única 
na qual alguns professores respondentes ficaram abaixo do mínimo 
proposto. 
Em relação à dimensão conteúdo da ciência, observa-se que 
27% dos ingressantes, 15,8% dos concluintes e nenhum dos 
professores obtiveram escores abaixo do mínimo. A dimensão do 
TACB que teve o maior nível de alfabetização científica é a do 
conteúdo da ciência. Neste caso, 73% dos alunos ingressantes 
ficaram acima do mínimo proposto, enquanto que entre os alunos 
concluintes esta porcentagem foi superior, resultando em 84,2%. 
Sobre a dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a 
sociedade, observa-se que 27% dos ingressantes, 21% dos 
concluintes e nenhum dos professores obtiveram escores abaixo do 
mínimo, evidenciando novamente, uma linha evolutiva. 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 27
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A análise do resultado individual em cada uma das dimensões 
permite concluir que, na dimensão conteúdo da ciência, foi 
demonstrado o maior nível de alfabetização científica entre os 
respondentes. Nas demais categorias, os resultados indicaram uma 
proximidade ao mínimo proposto ocorrendo, entretanto, uma diferença 
acentuada nos escores dos professores. Ainda assim, é visível pelos 
resultados que todos os sujeitos envolvidos – alunos ingressantes, 
concluintes e professores – mostraram um nível de alfabetização 
científica acima do nível mínimo proposto por Laugksch e Spargo 
(1996b). Levando em consideração que esse mínimo havia sido 
determinado para alunos que recém tivessem concluído o Ensino 
Médio, a maioria dos licenciandos ingressantes, demonstrou um 
desempenho significativamente superior ao mínimo esperado. 
O desempenho dos professores formados na Instituição há 
mais de cinco anos foi superior ao dos licenciandos, principalmente, 
em relação à dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a 
sociedade, o que, de certo modo, pode indicar que a experiência 
vivenciada durante a graduação e no ambiente escolar influenciam 
na construção de um profissional melhor alfabetizado 
cientificamente. 
Esse estudo pode apontar para a necessidade de uma 
qualificação na formação nos cursos de licenciatura, no sentido de 
um aprofundamento nas dimensões natureza da ciência e impacto 
da ciência e tecnologia sobre a sociedade, tanto por meio de 
atividades que coloquem os licenciandos em contato com a 
realidade nessas perspectivas, quanto em processos reflexivos que 
contribuam para uma tomada de consciência acerca dessas 
dimensões. 
Deixa-se claro que os resultados não são generalizáveis, mas 
constituem informações importantes a serem agregadas a outras em 
processos reflexivos de formação inicial e continuada de professores 
de Química. 
Momento, Rio Grande, 28 20 (2): 19-29, 2011.
REFERÊNCIAS 
CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a 
educação. 5. ed. Ijuí: Editora UIJUÍ, 2010. 
LAUGKSCH, Rüdiger C. e SPARGO, Peter E. Development of a Pool of 
Scientific Literacy Test-Items Based on Selected AAAS Literacy Goals. 
Science Education, v. 80, n. 2, p. 121-143, 1996a. 
LAUGKSCH, Rüdiger C. e SPARGO, Peter E. Construction of a paper-and-pencil 
Test of Basic Scientific Literacy based on selected literacy goals 
recommended by the American Association for the Advancement of 
Science. Public Understanding of Science, v. 5, p. 331-359, 1996b. 
LAUGKSCH, Rüdiger C. Scientific Literacy: a conceptual overview. Science 
Education, v. 84, n. 1, p. 71-94, 2000. 
MILLER, Jon D. Scientific literacy: a conceptual and empirical review. 
Daedalus, v. 112, n. 2, p. 29-48, 1983. 
_____. Scientific literacy for effective citizenship. In: YAGER, Robert E. Ed. 
Science/ technology/society as reform in science education. New York: 
State University of New York Press, 1996. 
RAMOS, Maurivan G.; CAMARGO, Andrea N. B. de. Projeto de Bolsa de 
Iniciação Científica PUCRS: Estudo sobre a Alfabetização Científica de 
Licenciandos e Professores de Química. Porto Alegre: PUCRS/ FAQUI, 2010. 
Mimeo. 
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação científica na perspectiva de 
letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista 
Brasileira de Educação v. 12 n. 36 set./dez. 2007 
SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na 
cibercultura. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 
2002 143. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13935.pdf. Acesso: 
25 ago. 2010. 
VIDOR, Carolina de Barros; COSTA, Sayonara Salvador Cabral da; SILVA, 
Ana Maria Marques da; RAMOS, Maurivan Güntzel. Avaliação do nível de 
alfabetização científica de professores da educação básica. In: VII Encontro 
Nacional de Pesquisadores em Ensino de Ciências, 2009. Anais do VI 
ENPEC. Florianópolis: ABRAPEC, 2009. Disponível em: 
http://www.foco.fae.ufmg.br/viienpec/index.php/enpec/viienpec/paper/view/1 
047. Acesso em 25 mar. 2011. 
Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 29
Momento, Rio Grande, 30 20 (2): 19-29, 2011.

More Related Content

What's hot

Serpentes e acidentes ofídicos
Serpentes e acidentes ofídicosSerpentes e acidentes ofídicos
Serpentes e acidentes ofídicosadrianomedico
 
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Universidad de la Empresa UDE
 
Apresentação pisa com alterações e algumas animações final
Apresentação  pisa  com alterações e algumas animações finalApresentação  pisa  com alterações e algumas animações final
Apresentação pisa com alterações e algumas animações finalAndreus Cruz
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científicavieiraemoraes
 
Hist e ens ciencia pereira e silva
Hist e ens ciencia   pereira e silvaHist e ens ciencia   pereira e silva
Hist e ens ciencia pereira e silvaryanfilho
 
Comentários ENEM 2014 - 1º DIA
Comentários ENEM 2014 - 1º DIAComentários ENEM 2014 - 1º DIA
Comentários ENEM 2014 - 1º DIANap Murakami
 
Seminário ac 19 pdf
Seminário ac 19 pdfSeminário ac 19 pdf
Seminário ac 19 pdfAndreus Cruz
 
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...Universidad de la Empresa UDE
 
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Anderson Oliveira
 

What's hot (14)

Serpentes e acidentes ofídicos
Serpentes e acidentes ofídicosSerpentes e acidentes ofídicos
Serpentes e acidentes ofídicos
 
Miolo em aberto 80
Miolo em aberto 80Miolo em aberto 80
Miolo em aberto 80
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
Avances de investigación: INVESTIGAÇÃO EDUCATIVA BÁSICA, APLICADA E AVALIATIVA
 
Apresentação pisa com alterações e algumas animações final
Apresentação  pisa  com alterações e algumas animações finalApresentação  pisa  com alterações e algumas animações final
Apresentação pisa com alterações e algumas animações final
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científica
 
Trabalho de didatica
Trabalho de didaticaTrabalho de didatica
Trabalho de didatica
 
Hist e ens ciencia pereira e silva
Hist e ens ciencia   pereira e silvaHist e ens ciencia   pereira e silva
Hist e ens ciencia pereira e silva
 
Estados del arte 2
Estados del arte 2Estados del arte 2
Estados del arte 2
 
Comentários ENEM 2014 - 1º DIA
Comentários ENEM 2014 - 1º DIAComentários ENEM 2014 - 1º DIA
Comentários ENEM 2014 - 1º DIA
 
Seminário ac 19 pdf
Seminário ac 19 pdfSeminário ac 19 pdf
Seminário ac 19 pdf
 
Dialogus 2008
Dialogus 2008Dialogus 2008
Dialogus 2008
 
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...
Avances de investigación: Políticas Educativas, Cultura y Tecnologías de la E...
 
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
 

Viewers also liked

Experimentos aiq jan2011
Experimentos aiq jan2011Experimentos aiq jan2011
Experimentos aiq jan2011Luiza Freitas
 
2º ano EM - Apostila de Química
2º ano EM - Apostila de Química2º ano EM - Apostila de Química
2º ano EM - Apostila de QuímicaRafael Schetz
 
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017Diogo Santos
 
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015Erica Metello
 
Apresentação Empresa OCProduções
Apresentação Empresa OCProduçõesApresentação Empresa OCProduções
Apresentação Empresa OCProduçõesOCproducoes
 
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTD
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTDAPRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTD
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTDDaniel silva
 
Apresentação Institucional | KMG Solutions
Apresentação Institucional | KMG SolutionsApresentação Institucional | KMG Solutions
Apresentação Institucional | KMG SolutionsFelipe Goulart
 
Apresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaApresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaBuccelli
 
Apresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaApresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaAssistebem
 
Aula 2 introdução a biologia - 1º ano
Aula 2 introdução a biologia - 1º anoAula 2 introdução a biologia - 1º ano
Aula 2 introdução a biologia - 1º anocamaceio
 

Viewers also liked (14)

Experimentos aiq jan2011
Experimentos aiq jan2011Experimentos aiq jan2011
Experimentos aiq jan2011
 
Wikis
WikisWikis
Wikis
 
Fontes ac
Fontes acFontes ac
Fontes ac
 
2 ano quimica
2 ano quimica2 ano quimica
2 ano quimica
 
Química básica E.M. 1° ano
Química básica E.M. 1° anoQuímica básica E.M. 1° ano
Química básica E.M. 1° ano
 
2º ano EM - Apostila de Química
2º ano EM - Apostila de Química2º ano EM - Apostila de Química
2º ano EM - Apostila de Química
 
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017
Caderno do aluno química 2 ano vol 2 2014 2017
 
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015
Apresentação Empresa Novety Atualizada 2015
 
Apresentação Empresa OCProduções
Apresentação Empresa OCProduçõesApresentação Empresa OCProduções
Apresentação Empresa OCProduções
 
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTD
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTDAPRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTD
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA GRUPO FIEL SERVIÇOS TERCEIRIZAÇÃO LMTD
 
Apresentação Institucional | KMG Solutions
Apresentação Institucional | KMG SolutionsApresentação Institucional | KMG Solutions
Apresentação Institucional | KMG Solutions
 
Apresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaApresentação da Empresa
Apresentação da Empresa
 
Apresentação da Empresa
Apresentação da EmpresaApresentação da Empresa
Apresentação da Empresa
 
Aula 2 introdução a biologia - 1º ano
Aula 2 introdução a biologia - 1º anoAula 2 introdução a biologia - 1º ano
Aula 2 introdução a biologia - 1º ano
 

Similar to ALFAB CIENTÍFICA DE LICENCIANDOS E PROFESSORES DE QUÍMICA

MPEMC AULA 10: Alfabetização Científica
MPEMC AULA 10: Alfabetização CientíficaMPEMC AULA 10: Alfabetização Científica
MPEMC AULA 10: Alfabetização Científicaprofamiriamnavarro
 
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque cts
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque ctsP236 produção de energia elétrica a partir do enfoque cts
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque ctsMargarete Borga
 
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...Paula Carina De Araújo
 
Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Mary Carneiro
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóRegina Alencar
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóRegina Alencar
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóRegina Alencar
 
A dimensão social do ensino de química
A dimensão social do ensino de químicaA dimensão social do ensino de química
A dimensão social do ensino de químicaGiseli Capaci
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científicavieiraemoraes
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Patrícia Éderson Dias
 
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao ciencias
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao   cienciasDireitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao   ciencias
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao cienciasEliane Gomes
 
Explorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumeExplorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumejoogolombori
 

Similar to ALFAB CIENTÍFICA DE LICENCIANDOS E PROFESSORES DE QUÍMICA (20)

MPEMC AULA 10: Alfabetização Científica
MPEMC AULA 10: Alfabetização CientíficaMPEMC AULA 10: Alfabetização Científica
MPEMC AULA 10: Alfabetização Científica
 
Eneq 2014 lidiane
Eneq 2014   lidianeEneq 2014   lidiane
Eneq 2014 lidiane
 
Aprendizagens significativas em química
Aprendizagens significativas em químicaAprendizagens significativas em química
Aprendizagens significativas em química
 
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque cts
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque ctsP236 produção de energia elétrica a partir do enfoque cts
P236 produção de energia elétrica a partir do enfoque cts
 
Cts1
Cts1Cts1
Cts1
 
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...
Motivação dos docentes do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR para publicar e...
 
Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12Ctsa Alfab Cientifica 12
Ctsa Alfab Cientifica 12
 
Projeto c..
Projeto c..Projeto c..
Projeto c..
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapó
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapó
 
Modelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapóModelo de artigo revista igapó
Modelo de artigo revista igapó
 
A dimensão social do ensino de química
A dimensão social do ensino de químicaA dimensão social do ensino de química
A dimensão social do ensino de química
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científica
 
artigo 1.pdf
artigo 1.pdfartigo 1.pdf
artigo 1.pdf
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
 
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao ciencias
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao   cienciasDireitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao   ciencias
Direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetizacao ciencias
 
Aula 5_IEEC_2015.pptx
Aula 5_IEEC_2015.pptxAula 5_IEEC_2015.pptx
Aula 5_IEEC_2015.pptx
 
Aula 5 ieec 2015
Aula 5 ieec 2015Aula 5 ieec 2015
Aula 5 ieec 2015
 
Explorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumeExplorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volume
 
Temas controversos 1
Temas controversos 1Temas controversos 1
Temas controversos 1
 

Recently uploaded

COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Recently uploaded (20)

COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

ALFAB CIENTÍFICA DE LICENCIANDOS E PROFESSORES DE QUÍMICA

  • 1. ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: A EVOLUÇÃO AO LONGO DA FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS INGRESSANTES, CONCLUINTES E DE PROFESSORES DE QUÍMICA ANDREA NOREMA BIANCHI DE CAMARGO* FABIANA DIAS PILAR** MARCUS EDUARDO MACIEL RIBEIRO* MIRIAN FANTINEL* MAURIVAN GÜNTZEL RAMOS*** RESUMO O trabalho apresenta um estudo sobre os resultados da avaliação do nível de Alfabetização Científica de cinquenta e oito alunos do curso de licenciatura em Química de uma Universidade Comunitária do Rio Grande do Sul, bem como de oito professores formados nessa Instituição há mais de cinco anos. O instrumento utilizado para realizar essa avaliação foi o Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB), criado e validado por Laugksch e Spargo (1996). A análise dos dados contribui para uma reflexão acerca de que a Alfabetização Científica ainda está ocorrendo ao longo da formação inicial e continuada de professores de Química. Palavras-chave: Formação de professores, Ensino de Ciências, Alfabetização Científica. ABSTRACT This paper presents the results of a study assessing the level of Scientific Literacy of fifty-eight students. These students were enrolled in a course of chemistry at a University Community of Rio Grande do Sul. This study additionally included eight teachers who were trained at the Institution for more than five years. The instrument used to perform this evaluation was the Test of Basic Scientific Literacy (TBSL), created and validated by Laugksch and Spargo (1996). This data analysis is a reflection on the development of the Scientific Literacy during the teacher education in chemistry. Keywords: Teachers educations, Science teaching, Scientific literacy * Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática – PUCRS e-mail: andrea.camargo@acad.pucrs.br ** Licenciatura em Química - Faculdade de Química – PUCRS *** Faculdade de Química e Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática – PUCRS Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 19
  • 2. INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta os resultados da avaliação do nível de alfabetização científica e tecnológica de quarenta e cinco alunos ingressantes e de treze alunos concluintes, ambos do curso de Licenciatura em Química de uma Universidade Comunitária do Estado do Rio Grande do Sul. Apresenta também os resultados de oito professores formados nessa Instituição há mais de cinco anos. O instrumento escolhido para realizar essa avaliação foi o Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB), elaborado e validado por dois estudiosos sul-africanos Laugksch e Spargo (1996). A justificativa desse estudo é a necessidade de conhecer o impacto da formação no curso de licenciatura em Química sobre a alfabetização científica dos seus alunos ingressantes e concluintes, de professores graduados na Instituição, nas dimensões natureza da ciência, conteúdo da ciência e impacto da ciência e da tecnologia sobre a sociedade. O presente estudo vincula-se a um projeto de pesquisa (RAMOS; CAMARGO, 2010), que visa a investigar a alfabetização científica de ingressantes e concluintes do curso de Licenciatura em Química, e de professores há mais de cinco anos atuando na carreira da docência com vistas a comparar seus resultados e, com isso, avaliar o impacto do processo formativo sobre essa alfabetização. A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA O conceito “alfabetização científica” (do inglês scientific literacy) teve sua primeira citação na literatura ao final da década de 50 (Laugksch, 2000), sendo considerado sinônimo de “entendimento público da ciência” (public understanding of science). De acordo com Miller (1996), para compreender o conceito de alfabetização científica (scientific literacy) é necessário buscar a compreensão do conceito de alfabetização (literacy)1, associada à capacidade de compreensão da ciência e da tecnologia. Compreendemos então que a ideia central de alfabetização seja a 1 Existe uma discussão entre vários autores sobre qual o conceito mais adequado: alfabetização ou letramento. Apesar de autores, como Soares (2002) e Santos (2007) colocarem em discussão o termo “alfabetização”, preferindo o termo “letramento”, a partir das ideias de Tfouny (1988) e Chassot(2010), mantemos a expressão alfabetização científica, pois essa é uma das traduções do termo “scientific literacy”. Momento, Rio Grande, 20 20 (2): 19-29, 2011.
  • 3. de estipular um nível mínimo de habilidades de leitura e escrita, ou seja, o domínio da linguagem que um sujeito deve ter para participar na comunicação escrita. Esse autor também ressalva a importância de enfrentar-se o problema da alfabetização científica na sociedade industrial moderna, para ampliar a compreensão sobre a ciência e a tecnologia, em função da alarmante estatística de que milhões de adultos são analfabetos funcionais. Em outras palavras, não são capazes de utilizar adequadamente a leitura e a escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e usar suas habilidades para continuar a aprender e se desenvolver ao longo da vida. Convém ainda destacar que um grande número de jovens que deixam a escola e os estudos, por diversos motivos, provavelmente, passarão a contribuir para elevar estatísticas associadas a esse analfabetismo. Na concepção de Miller (1996), a alfabetização científica deveria ser vista como um nível de compreensão da ciência e tecnologia necessário ao indivíduo para funcionar como cidadão e consumidor na nossa sociedade. Afirma ainda, que a alfabetização científica implica: um vocabulário básico de conceitos e termos técnicos e científicos; uma compreensão do processo ou método da ciência para testar nossos modelos de realidade e uma compreensão do impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade. Sintetizando, pode-se concluir que a expressão alfabetização científica relaciona-se com o que o público deveria conhecer sobre Ciência e Tecnologia, embora diferentes autores incluam noções que envolvem comportamentos individuais, como hábitos intelectuais e “habilidades mentais”, permitindo utilizar conhecimentos científicos para resolver problemas e tomar decisões em situações do seu cotidiano (LAUGKSCH, 2000). Exemplificando, ser alfabetizado cientificamente significa entender “a Ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo.” (CHASSOT, 2010, p. 61). Esse entendimento aproxima também os cidadãos da compreensão de conhecimentos, procedimentos e da própria noção em relação ao impacto da ciência sobre a sociedade, tornando-os críticos em relação ao desenvolvimento e às aplicações da ciência. Apenas alguns anos após o trabalho de Miller, em 1989, a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) lançou o chamado Projeto 2061, cujo objetivo era contribuir para a alfabetização científica, matemática e tecnológica da população americana. A primeira publicação do Projeto 2061 foi o Science for All Americans (SFAA), que estabelecia as recomendações sobre os conhecimentos ou habilidades que todos os estudantes deveriam ter Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 21
  • 4. em ciências, matemática e tecnologia ao concluírem o Ensino Médio. Assim, abordava também valores, atitudes e “habilidades mentais” relacionadas a tais disciplinas. Com base em recomendações do SFAA e estruturado a partir das três dimensões propostas por Miller, os educadores sul-africanos Laugksch e Spargo (1996a, 1996b) organizaram e validaram um instrumento com o objetivo de estimar o nível de alfabetização científica de indivíduos. Inicialmente, os autores organizaram uma base de 472 itens na forma “verdadeiro-falso”. Nessa base de informações, buscavam testar 240 ideias acerca da ciência e abordavam questões relacionadas à Terra, à Física, à Química, às Ciências Biológicas e da Saúde, à natureza da ciência e ao impacto da ciência e da tecnologia sobre a sociedade. Com isso, pretendiam testar a compreensão de fatos e conceitos considerados pela AAAS como fundamentais à alfabetização científica. (VIDOR; COSTA; SILVA; RAMOS, 2009). Dentre os 472 itens, foram escolhidos apenas 110 para compor o teste final, que busca avaliar apenas o aspecto “básico” da alfabetização científica. TABELA 1 – Distribuição do nº de itens do teste por área científica e respectivos itens verdadeiros e falsos Áreas de conteúdo do TACB Nº de itens no teste Proporção no total (%) Nº de itens verdadeiros Nº de itens falsos Natureza da Ciência 22 20 14 8 Ciência da Terra e do Espaço 15 11 6 9 Ciências Físicas / Químicas 14 13 11 3 Ciências da Vida 24 22 15 9 Ciências da Saúde 19 17 8 11 Natureza da Tecnologia 16 14 9 7 Total 110 100 63 47 FONTE: (VIDOR; COSTA; SILVA; RAMOS, 2009). Momento, Rio Grande, 22 20 (2): 19-29, 2011.
  • 5. Esse instrumento foi denominado Test of Basic Scientific Literacy (TBSL) traduzido por Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB). O TACB contém 110 itens na forma de afirmações que têm como opções de resposta “verdadeiro-falso-não sei”, no qual as respostas dadas como “não sei” são consideradas erradas. O teste está estruturado em três categorias, que correspondem às três dimensões da alfabetização científica propostas por Miller (1983): natureza da ciência (22 itens); conhecimento do conteúdo da ciência (72 itens); e impacto da ciência e da tecnologia na sociedade (16 itens). O TACB foi validado, quando de sua aplicação a um grupo de estudantes universitátios ingressantes de uma Instituição de Ensino superior da África do Sul, como afirmam Laugksch e Spargo (1996b), e, aproximadamente 260 membros de associações científicas sul-africanas participaram na fixação de um padrão de desempenho para cada uma das três dimensões de alfabetizações científica. Esse teste serve como uma importante ferramenta para avaliar e comparar a alfabetização científica em nível nacional e internacional, sendo que ele pode ser aplicado a diferentes sujeitos como: professores, estudantes, cientistas, consumidores, dentre outros, focando diversos objetivos. METODOLOGIA Nesta investigação, o TACB foi aplicado a três diferentes grupos, escolhidos aleatoriamente: 45 alunos ingressantes, 13 alunos concluintes de um curso de Licenciatura em Química de uma Instituição de Ensino Superior de Porto Alegre, e oito professores formados nessa Instituição há pelo menos cinco anos, entre o segundo semestre de 2009 e o primeiro semestre de 2010. Cabe ressaltar que foi estipulado o tempo de 45 minutos para responder a todo o Teste, conforme referido por Laugksch e Spargo, 1996b, não tendo sido necessário ampliar esse tempo, pois os sujeitos conseguem responder ao instrumento nessas condições. Seguem alguns dos resultados da análise quantitativa descritiva dessas informações. Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 23
  • 6. ANÁLISE DOS DADOS Levando em conta os focos de análise, compararam-se os resultados dos respondentes em relação aos escores mínimos de alfabetização científica, conforme proposto por Laugksch e Spargo: Os desempenhos padrões para os subtestes Natureza da Ciência, Conteúdo da Ciência e Impacto da Ciência e Tecnologia sobre a Sociedade foram considerados, respectivamente, 13, 45, e 10. Esses dados padrões significam que, em cada subteste, para que um sujeito egresso do Ensino Médio seja considerado minimamente alfabetizado cientificamente, deveria obter os resultados 13 de 22, 45 de 72 e 10 de 16, sobre cada um dos subtestes do TBSL, respectivamente. (LAUGKSCH e SPARGO, 1996b, p. 346, tradução nossa). Desse modo, a Tabela 2 apresenta os resultados dos três grupos, bem como os escores mínimos propostos pelos autores. Uma análise global dos escores de alfabetização científica da Tabela 2 permite afirmar que a média dos resultados dos ingressantes é 12% maior do que o nível mínimo esperado para estudantes egressos do Ensino Médio, segundo os autores referidos. Isso pode estar associado à própria escolha do curso, que exige um conhecimento científico de partida mais amplo do que em outras áreas, além de raciocínio lógico e nível de abstração. TABELA 2 – Escores de Alfabetização Científica dos alunos ingressantes e concluintes: comparação com os resultados mínimos propostos por Laugksch e Spargo Resultados Escores mínimos para o nível de alfabetização científica Nível de alfabetização científica médio dos ingressantes Nível de Alfabetização científica médio dos concluintes Nível de Alfabetização científica médio de professores Nível de alfabetização científica médio total* Natureza da Ciência 13 14 15 14 14 Conteúdo da Ciência 45 51 53 55 53 Impacto da Ciência e Tecnologia 10 11 11 13 12 sobre a Sociedade Alfabetização Científica 68 76 79 82 79 (*) Foi procedida média ponderada, considerada o número de sujeitos em cada grupo. Momento, Rio Grande, 24 20 (2): 19-29, 2011.
  • 7. Os resultados do nível de alfabetização científica dos concluintes e dos professores são mais elevados do que o dos ingressantes, respectivamente, 4% e 8%. É uma diferença sensível, que pode mostrar que o envolvimento com o curso e o envolvimento profissional contribuem para a evolução da alfabetização científica. Em relação ao nível mínimo proposto pelos autores a diferença dos concluintes e professores são, respectivamente, 16,2% e 20,6%, consideravelmente acima do esperado para alunos egressos do Ensino Médio. Na análise dos resultados sobre a dimensão natureza da ciência, pode-se concluir que os ingressantes denotaram um aumento de 7,7% de acertos em relação ao mínimo proposto, os concluintes 15,4% e os professores 7,7%. Esses dados, de certo modo, surpreendem, pois esperaria-se uma continuidade da evolução em termos de alfabetização científica. Uma das possibilidades de explicação para isso pode ser o maior envolvimento com pesquisa e com os seus procedimentos, dos alunos concluintes em relação aos ingressantes, e um possível afastamento da pesquisa dos professores que se dedicam apenas às atividades de sala de aula, muito provavelmente numa abordagem na qual a investigação não está presente. Analisando-se os escores atingidos na dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade, a diferença em relação ao mínimo dos ingressantes foi de 10%, dos concluintes 10% e dos professores 30%. Esses dados podem ter relação com um envolvimento maior dos professores com o que é apresentado nos meios de comunicação acerca dos fenômenos, implicando maior vinculação com as questões cotidianas e do mundo real. A preparação das aulas exige essa vinculação, principalmente em áreas científicas como a Química. Por outro lado, os licenciandos, talvez estejam mais preocupados com a aprendizagem dos saberes científicos e dos processos da ciência, pois esse pode ser o foco do curso. Pela análise dos resultados nas três dimensões que integram a alfabetização científica, observa-se que a principal diferença está na dimensão conteúdo da ciência. Em relação aos escores mínimos esperados, os ingressantes apresentaram resultado superior a13, 3%, os concluintes a 17,7% e os professores a 22%. Isso pode ser em decorrência de um provável foco de estudos que envolvem principalmente os conhecimentos científicos (químicos) durante a graduação dos licenciandos, não priorizando as discussões sobre os processos da ciência. Os professores também necessitam continuar Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 25
  • 8. aprendendo para dar conta das demandas associadas ao preparo e execução de suas aulas. Sobre isso, cabe uma reflexão no sentido de qual o papel que a pesquisa tem tido na formação dos professores de Química, considerando que muitos dos licenciandos participaram de projetos de pesquisa na universidade. Pode-se levantar o seguinte questionamento: as ações desenvolvidas nas pesquisas vêm contribuindo mais para a aprendizagem de conhecimentos científicos do que para a consciência sobre a natureza da ciência e de seus impactos sobre a sociedade? Analisando-se os resultados dos professores, destacam-se os dados obtidos em relação à dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade. Considerando os resultados dos alunos concluintes nessa mesma dimensão, pode-se apontar que os estudos individuais para o preparo das aulas pode ter contribuído para esse resultado. Existem inúmeras informações compatíveis com essa categoria disponíveis atualmente, como em jornais, revistas e periódicos de popularização da ciência, bem como congressos e cursos que trabalham essas questões. Os livros didáticos discutem também, a relação CTSA, enfocando a área da Química, dentre outras. Realizando uma análise da Tabela 3, é possível identificar de modo mais consistente que na dimensão natureza da ciência observa-se uma elevação dos escores no decorrer da formação e a sua relação com os resultados dos professores. Para fim de esclarecimentos, são apresentados os casos em que houve resultados abaixo e acima dos escores mínimos esperados. Os resultados globais de alfabetização científica apresentados nesta tabela mostram que 27% dos ingressantes apresentam escores totais abaixo do mínimo; 21% dos concluintes apresentam escores abaixo do mínimo; e não há ocorrência de professores com escores abaixo do mínimo. Analisando esses dados, acreditamos que o processo de formação inicial e continuada, bem como a experiência profissional, podem ser influenciadores da evolução do nível de Alfabetização Científica. Momento, Rio Grande, 26 20 (2): 19-29, 2011.
  • 9. TABELA 3 – Comparação entre os sujeitos com baixo e alto nível de Alfabetização Científica, segundo Laugksch e Spargo Ingressantes Concluintes Professores Abaixo Acima Abaixo Acima Abaixo do do do do do mínimo mínimo mínimo mínimo mínimo Acima do mínimo Dimensões f % f % f % f % f % f % Natureza da Ciência 13 29 32 71 4 21 15 79 2 25 6 75 Conteúdo da Ciência 12 27 33 73 3 15,8 16 84 0 0 8 100 Impacto da Ciência e Tecnologia sobre a Sociedade 12 27 33 73 4 21 15 79 0 0 8 100 Alfabetização Científica 12 27 33 73 4 21 15 79 0 0 8 100 Número de respondentes 45 19 8 Analisando-se a dimensão natureza da ciência, observa-se que 29% dos ingressantes, 21% dos concluintes e 25% dos professores obtiveram escores abaixo do mínimo. Nessa dimensão, os concluintes e professores mostraram resultados próximos, sendo que foi a única na qual alguns professores respondentes ficaram abaixo do mínimo proposto. Em relação à dimensão conteúdo da ciência, observa-se que 27% dos ingressantes, 15,8% dos concluintes e nenhum dos professores obtiveram escores abaixo do mínimo. A dimensão do TACB que teve o maior nível de alfabetização científica é a do conteúdo da ciência. Neste caso, 73% dos alunos ingressantes ficaram acima do mínimo proposto, enquanto que entre os alunos concluintes esta porcentagem foi superior, resultando em 84,2%. Sobre a dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade, observa-se que 27% dos ingressantes, 21% dos concluintes e nenhum dos professores obtiveram escores abaixo do mínimo, evidenciando novamente, uma linha evolutiva. Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 27
  • 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise do resultado individual em cada uma das dimensões permite concluir que, na dimensão conteúdo da ciência, foi demonstrado o maior nível de alfabetização científica entre os respondentes. Nas demais categorias, os resultados indicaram uma proximidade ao mínimo proposto ocorrendo, entretanto, uma diferença acentuada nos escores dos professores. Ainda assim, é visível pelos resultados que todos os sujeitos envolvidos – alunos ingressantes, concluintes e professores – mostraram um nível de alfabetização científica acima do nível mínimo proposto por Laugksch e Spargo (1996b). Levando em consideração que esse mínimo havia sido determinado para alunos que recém tivessem concluído o Ensino Médio, a maioria dos licenciandos ingressantes, demonstrou um desempenho significativamente superior ao mínimo esperado. O desempenho dos professores formados na Instituição há mais de cinco anos foi superior ao dos licenciandos, principalmente, em relação à dimensão impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade, o que, de certo modo, pode indicar que a experiência vivenciada durante a graduação e no ambiente escolar influenciam na construção de um profissional melhor alfabetizado cientificamente. Esse estudo pode apontar para a necessidade de uma qualificação na formação nos cursos de licenciatura, no sentido de um aprofundamento nas dimensões natureza da ciência e impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade, tanto por meio de atividades que coloquem os licenciandos em contato com a realidade nessas perspectivas, quanto em processos reflexivos que contribuam para uma tomada de consciência acerca dessas dimensões. Deixa-se claro que os resultados não são generalizáveis, mas constituem informações importantes a serem agregadas a outras em processos reflexivos de formação inicial e continuada de professores de Química. Momento, Rio Grande, 28 20 (2): 19-29, 2011.
  • 11. REFERÊNCIAS CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 5. ed. Ijuí: Editora UIJUÍ, 2010. LAUGKSCH, Rüdiger C. e SPARGO, Peter E. Development of a Pool of Scientific Literacy Test-Items Based on Selected AAAS Literacy Goals. Science Education, v. 80, n. 2, p. 121-143, 1996a. LAUGKSCH, Rüdiger C. e SPARGO, Peter E. Construction of a paper-and-pencil Test of Basic Scientific Literacy based on selected literacy goals recommended by the American Association for the Advancement of Science. Public Understanding of Science, v. 5, p. 331-359, 1996b. LAUGKSCH, Rüdiger C. Scientific Literacy: a conceptual overview. Science Education, v. 84, n. 1, p. 71-94, 2000. MILLER, Jon D. Scientific literacy: a conceptual and empirical review. Daedalus, v. 112, n. 2, p. 29-48, 1983. _____. Scientific literacy for effective citizenship. In: YAGER, Robert E. Ed. Science/ technology/society as reform in science education. New York: State University of New York Press, 1996. RAMOS, Maurivan G.; CAMARGO, Andrea N. B. de. Projeto de Bolsa de Iniciação Científica PUCRS: Estudo sobre a Alfabetização Científica de Licenciandos e Professores de Química. Porto Alegre: PUCRS/ FAQUI, 2010. Mimeo. SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação v. 12 n. 36 set./dez. 2007 SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002 143. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13935.pdf. Acesso: 25 ago. 2010. VIDOR, Carolina de Barros; COSTA, Sayonara Salvador Cabral da; SILVA, Ana Maria Marques da; RAMOS, Maurivan Güntzel. Avaliação do nível de alfabetização científica de professores da educação básica. In: VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Ensino de Ciências, 2009. Anais do VI ENPEC. Florianópolis: ABRAPEC, 2009. Disponível em: http://www.foco.fae.ufmg.br/viienpec/index.php/enpec/viienpec/paper/view/1 047. Acesso em 25 mar. 2011. Momento, Rio Grande, 20 (2): 19-29, 2011. 29
  • 12. Momento, Rio Grande, 30 20 (2): 19-29, 2011.