1. Considerações sobre a morte de Cristo.
Jonas Dias de Souza1
Sabemos que Jesus Cristo já estava nos planos de Deus desde a criação do mundo como nosso
redentor. A primeira desobediência não pegou Deus de surpresa por causa da sua Onisciência.
Quando lemos a Bíblia já nos primeiro capítulos nos deparamos com um sinal de haveria um
sacrifício para a redenção da humanidade. “E fez o SENHOR Deus a Adão e sua mulher túnicas
de pele e os vestiu”. (Gn 3:21) Vejam que houve um sacrifício de animal para que a nudez do
pecado não lhes ficassem por vitupério2
a todo instante.
E assim por todo Antigo Testamento vemos os sinais de que haveria um redentor para a
humanidade, além das profecias. Ocorre que o tamanho abissal do pecado do homem
consistia em um abismo enorme que o sangue de animais não poderia transpor. Por isto a
morte de Jesus Cristo na Cruz do calvário satisfaz de forma plena e completa e necessidade de
Deus por Justiça. O homem foi levado de volta à comunhão divina por este sacrifício
voluntário. Mas que para isto seja efetivo precisamos de forma individual aceitar a Cristo como
nosso legítimo e suficiente salvador.
Cristo é o único mediador entre Deus e o Homem.
Podemos ver a Morte de Cristo sob cinco aspectos.
1) A morte de Cristo é uma Substituição:
Ela é vicária. Cristo carregou os nossos pecados na cruz no nosso lugar. Ao morrer, Ele
o faz pelo pecado dos outros. “ porque primeiramente vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu por nossos pecados segundo as escrituras, (I Co 15:3)
É assim que o apóstolo Paulo demonstra a simplicidade da pregação do Evangelho.
Primeiro recebemos esta verdade e em seguida a anunciamos. A morte de Jesus Cristo
ocorreu no lugar do se humano e em seu favor. Esta é a Graça imerecida. “ Mas Deus
prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores.” (Rm 5:8) Legalmente falando nós subimos no madeiro com Cristo. Os
nossos pecados morreram com Ele e por isto deixamos de ser condenados. Este é o
Amor e a justiça de Deus. Nos tornamos um com Cristo em nosso relacionamento com
Deus. Ao morremos para a vida antiga somos justificados. “Já estou crucificado com
Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne
vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.”
(Gálatas 2:20)
2) A morte de Cristo é expiatória:
1
Servo de Deus congrega na Assembléia de Deus Missões em São João Del-Rei/MG. Licenciado em
Filosofia pela UFSJ. Estudante de Teologia da EETAD.
2
Zombaria, insulto, escárnio. Cf Hebreus 13:13)
2. A expiação é acompanhada de uma reconciliação com Deus consistindo no perdão dos
pecados daqueles que se arrependem e confessam e deixam. A vítima para a expiação
deve ser inocente, caso contrário, o sacrifício fica invalidado. O sacrifício de Cristo na
cruz foi válido por causa de sua inocência. Ele tomou os nossos pecados e não possuía
pecados. Recomenda-se uma leitura atenta de Levíticos do capítulo 1 ao 7. E ainda
Hebreus, capítulo 9.
As transgressões individuais no AT eram expiadas pelo sacrifício de um animal e
precisava ser renovada sempre. Assim como a expiação nacional. Embora a palavra
expiação seja uma constante no AT, vemos que o sacrifício de Cristo remiu
completamente, removeu completamente (de uma vez por todas) os nossos pecados.
3) A morte de Cristo é propiciação:
Citamos literalmente o Dicionário da Bíblia de Almeida:
“Ato realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a sua santidade
e a sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração do
pecador e a comunhão com Deus.” (Zimmer)
A vinda do Cordeiro de Deus tornou desnecessários os sacrifícios de animais, posto
este haver tomado o lugar dos pecadores.
Se todos pecaram e estão sem a Glória do criador, o filho propiciou a justificação.
“ Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus, sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus.” (Romanos 3: 23-24)
4) A morte de Cristo é uma reconciliação:
O pecado de Adão provocou uma inimizade entre Deus e a Humanidade. A
comunhão aconteceu através da morte de Cristo. Esta é tida como uma das
maiores bênçãos da salvação individual. Homem nenhum pode por seu esforço
(obras) reconciliar-se com deus. O homem no jardim do Éden virou as costas para
seu criador, e ao pecar, ficou impossibilitado de ver a face de Deus sem morrer.
Por isto Deus em amor, misericórdia e justiça, voltou sua face para o homem
através de Jesus Cristo.
5) A morte de Cristo é um resgate:
Fomos libertos da condenação, da dor e do cativeiro. Cristo pagou o resgate e ao
mesmo tempo redimiu. Outrora estávamos presos nas garras do inimigo (Satanás)
Cristo venceu e soltou as algemas que nos prendiam ao pecado.
3. Fomos redimidos da penalidade da lei, da lei propriamente dita e do poder do
pecado em nossas vidas, de Satanás e de todos os males oriundos do pecado.
Resumindo os benefícios da morte de Cristo:
Vicária, substitutiva, expiação ou cobertura, propiciação e reconciliação
(reatamento da amizade) ou apaziguamento, resgate e redentora.
Bibliografia:
Cleave, G. P. (2000). Fundamentos da Teologia Pentecostal (2ª ed., Vol. I). (N. Siqueira, Trad.)
São Paulo/SP: Quadrangular.
CPAD. (2009). Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Sociedade Bíblica do Brasil. A Bíblia Sagrada- Harpa Cristã. Barueri, SP: Casa Publicadora das
Assembléias de Deus.
Zimmer, W. K. Dicionário da Bíblia de Almeida.