O documento discute os conceitos de normalidade e inclusão. Apresenta definições de termos como "normal" e "anormal" e discute a construção social da deficiência e a educação inclusiva, enfatizando a participação de todos os alunos, o desenvolvimento de atitudes positivas em relação às diferenças e a identificação e remoção de barreiras à aprendizagem.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
(A) NORMALIDADE E INCLUSÃO
1. (A) NORMALIDADE
e
INCLUSÃO
Projeto de formação: Guardiões da Acessibilidade
18 e 25 de novembro em Cascais
joaquim.coloa@gmai l .com
Joaquim Colôa
APRESENTAÇÃO DISPONÍVEL EM:
www.slideshare.net/jcoloa
www.facebook.com/groups/244591468914345/
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Normal
Termo de geometria, linha normal,
substantivamente uma reta, ou
linha perpendicular. – Figuradamente: quem
é conforme a regra regular – Estado Normal.
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Anormal
Irregular, que não é conforme às regras, é
muitas vezes empregado como sinônimo de
anómalo, que é sinônimo de irregular.
Anormal
exprime a ideia de ser desregrado. Significa
sem regra, sem regularidade, inconstante,
variável; anómalo designa o que é contra as
regras.
4. N =
joaquim.coloa@gmai l .com
eg
V
A fórmula da
normalidade
Quarta lei ponderal da Química ou Lei de
Richter: "As substâncias, em uma reação
química, reagem entre si, equivalente a
equivalente
5. N =
joaquim.coloa@gmai l .com
eg
V
A normalidade é uma forma de
expressar a concentração de uma
solução. A normalidade indica o
número de equivalentes
grama do soluto em 1 (um) litro de
solução
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Qual a linha que melhor representa a
ação biopsicológica de um ser humano
normal?
9. Voltando à fórmula
N =
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eg
V
O equivalente-grama de
uma substância ou de
um elemento varia conforme o meio em
que se encontra
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Somos parte de um mundo vivo,
portanto, é preciso conhecer o sujeito
nas suas relações. Quais são as
partes dessa dança, ou quais são os
dispositivos, os fios que montam a
cena?
(Bateson, 1993)
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A anomalia e a mutação não são, em
si mesmas, patológicas. Elas
exprimem outras formas de vida
possíveis.
(Canguilhem, 2000)
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Entre 1759, data do aparecimento da
palavra normal, e 1834, data do
aparecimento da palavra normalizado,
uma classe normativa conquistou o
poder de identificar a função das
normas sociais com o uso que ela
própria fazia das normas cujo conteúdo
determinava.
(Canguilhem, 2000)
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Quando se define o normal como o mais
frequente, cria-se um obstáculo à compreensão do
sentido biológico dessas anomalias às quais os
geneticistas deram o nome de mutações. Com
efeito, na medida em que, no mundo animal ou
vegetal, uma mutação pode constituir a origem de
uma nova espécie, vemos uma norma nascer de
um desvio em relação a uma outra. A norma é a
forma de desvio que a seleção natural conserva.
(Canguilhem, 2000)
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Reconhece o sujeito como norma, como padrão de
si
mesmo.
(Canguilhem, 2000)
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Diagnósticos legitimadores e prescritores da
Critérios biológicos / médicos (psiquiatria
– neurologia)
Critérios religiosos e administrativos (até
XVII)
(Moysés, 2008)
segregação
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A norma / a regra
/ o código
controla e
disciplina o corpo
e os
acontecimentos
sociais.
A vigilância
contínua garante
a normalidade
(XVIII).
(Foucault, 1991, 2005))
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A fábrica não exclui os indivíduos; liga-os a
um aparelho de produção.
A escola não exclui os indivíduos; mesmo
fechando-os; ela fixa-os a um aparelho de
transmissão do saber.
O hospital psiquiátrico não exclui os
indivíduos; liga-os a um aparelho de
correção, a um aparelho de normalização
dos indivíduos [...]
Trata-se, portanto, de uma inclusão por
exclusão .
(Foucault, 1996)
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Todas as instituições e lugares de exclusão
passam a ser regulamentados,
normalizados, disciplinados, através de
uma regularização binária louco/não louco
e normal/anormal.
(Foucault, 1991)
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A existência de todo um conjunto de
técnicas e de instituições que assumem
como tarefa medir, controlar e corrigir os
anormais faz funcionar os dispositivos
disciplinares que o medo da peste
chamava.
(Foucault, 1991)
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ANORMAL
A objetividade
relativa da
A subjetividade
relativa do olhar
individual
NORMAL
A objetividade
relativa da
norma
A subjetividade
relativa do olhar
individual
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Que é loucura: ser cavaleiro andante
ou segui-lo como escudeiro?
De nós dois, quem o louco verdadeiro?
O que, acordado, sonha doidamente?
O que, mesmo vendado,
vê o real e segue o sonho
de um doido pelas bruxas embruxado?(Drummond de Andrade,
1965)
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Qualidad
e
Diferenciação
e
Flexibilização
INCLUSÃ
O
Colaboração
criar CULTURAS inclusivas
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(Booth e Ainscow, 2002
Dimensão cultura
fornece feedback sobre o estado da arte,
relativamente à disseminação de uma
filosofia inclusiva no seio de determinada
comunidade escolar e até que ponto a
mesma foi adotada, de forma mais ou menos
consciente, pelos diversos agentes
educativos. Reporta-se também ao facto
desta filosofia se tornar evidente para toda a
comunidade educativa, seja ao nível da
realidade bem como ao nível da imagem que
essa comunidade escolar projeta no exterior
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(Booth e Ainscow, 2002
Dimensão política
contempla a necessidade de serem
introduzidos os princípios inclusivos no
próprio âmago dos projetos que apontam
para o aperfeiçoamento da organização
escolar. No entanto, estes não são vistos
como algo paralelo e adicional à estratégia
dessa comunidade escolar mas fazem parte
integrante da mesma e orientam todas as
suas atividades e decisões, tornando-se
presentes em todos os aspetos do
planeamento das rotinas da dita comunidade
escolar
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(Booth e Ainscow, 2002
Dimensão prática
pretende assegurar que todas as práticas
desenvolvidas, no seio das salas de aula,
reflitam tanto os aspetos de cultura como de
políticas inclusivas adotadas pelo
agrupamento de escolas e inerentemente
por cada uma das escolas. Esta dimensão
baseia-se na promoção da participação dos
alunos no decorrer de todas as atividades,
tanto curriculares como extracurriculares,
assim como no que se refere às
metodologias e estratégias que são
adotadas em sala de aula
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A construção social das deficiências
As deficiências advêm da interação entre as
condições do meio ambiente e as condições do
sujeito, sobressaindo os aspetos dos contextos
sociais enquanto dimensão interativa. Este facto é
importante porque, ao assumir-se que as
interações sociais podem criar barreiras aos
sujeitos, estas também podem ser atenuadas ou
mesmo eliminadas agindo-se nos contextos, nas
interações sociais. Assim, a educação dos alunos
com NEE não deve centrar-se nos deficits mas
sim na (re)organização das condições de ensino e
de aprendizagem.
(Rubio , 1998),
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Caraterísticas do ensino e da interação entre
adultos e alunos com deficiência
As interações sociais na sala de aula dependem
da existência do erro e da sua correção, por parte
dos alunos que podem alterar a coerência e
organização académica assim como social do
processo de ensino. Ao destacar-se a
oportunidade para aprender, a oportunidade para
cometer erros e, por sua vez, a oportunidade para
ensinar, surge a interrogação sobre o facto dos
erros de alguns alunos serem utilizados para
diagnosticar as deficiências e têm como resultado
a sua colocação na educação especial.
(Rubio , 1998),
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A negociação dos significados
Sabe-se que um erro cometido pelos alunos
pressupõe um maior controlo por parte do professor
e vice-versa. Por outro lado, o objetivo do processo
de ensino é que o aluno resolva as tarefas de forma
autónoma e que partilhe a sua compreensão com o
adulto (zona de desenvolvimento proximal). Nos
alunos com deficiência, a negociação de
significados com o professor raramente existe, o
que produz um maior controlo e uma mútua
frustração, assim como falhas importantes na
resolução de problemas, logo não se atinge o
objetivo desejado, a autonomia do aluno.
(Rubio , 1998),
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educação inclusiva diz respeito a:
(a) Um ambiente educativo, social e
político,
(a) Recursos para todos os alunos,
nomeadamente os alunos com
necessidades específicas,
(a) Uma intervenção centrada nos
contextos e posteriormente no indivíduo,
(D’Alessio, 2006),
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educação inclusiva diz respeito a:
(d) Uma transformação de respostas
individuais e particulares em respostas a
todos os alunos,
(e) Um quadro teórico assente num
modelo social de deficiência ,
(f) Um princípio de empowerment, ou seja,
as pessoas com deficiência e as suas
famílias estão no centro de todas as
decisões. (D’Alessio, 2006),
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É um processo, porque tende a ser vista
como uma procura contínua de respostas à
diversidade e à promoção da convivência
bem como do respeito pelas diferenças.
Permite também tornar as diferenças como
uma mais-valia e um estímulo para a
promoção das aprendizagens dos alunos e
dos próprios professores.
(UNESCO, 2005)
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É uma ação de identificação de
barreiras e, consequentemente,
envolve elencar, ordenar e avaliar a
informação que provém de diversas
fontes. Informação utilizada para
planear a melhoria de políticas e de
práticas do agrupamento de escolas e
de cada uma das escolas,.
(UNESCO, 2005)
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É a presença, participação e
realização de todos os alunos. Tem a
ver com o atendimento e com a
qualidade de experiências que os
alunos vivenciam para, deste modo,
incorporar os pontos de vista destes.
Também tem a ver com os resultados
das aprendizagens realizadas, no
sentido de que não devem ser
avaliadas somente com recurso a
testes.
(UNESCO, 2005)
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É enfatizar, de forma particular, as
respostas aos alunos em risco de
exclusão e marginalização, para
assegurar a sua participação e
realização no sistema educativo.
(UNESCO, 2005)
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A convivência com as diferenças,
O desenvolvimento de atitudes
positivas perante as diferenças
reconhecendo-as como um estímulo
para o desenvolvimento das
aprendizagens e das interações,
A preocupação em identificar e atenuar
ou eliminar barreiras à aprendizagem e
participação. (UNESCO, 2005)
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A necessidade de se recolher, articular e
avaliar a informação com base numa
diversidade de fontes, para que se possam
planificar uma plêiade de ações ao nível das
políticas, culturas e práticas das escolas,
O recurso a diversas estratégias de forma a
estimular-se a criatividade e a resolução de
problemas,
A presença e participação de todos os
alunos, para que estes consigam
desenvolver aprendizagens de qualidade. (UNESCO, 2005)
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A necessidade de equacionar os contextos em que
decorrem essas aprendizagens,
A necessidade de explicitar os níveis de
participação por referência à qualidade das
experiências e história de vida dos alunos,
interessar-nos pelo seu ponto de vista e, por estes
motivos, reportar-nos à aprendizagem ao longo da
vida ,
A ênfase e centralidade na ação em grupos de
alunos que possam estar em risco de
marginalização e exclusão e/ou que apresentem
dificuldades em acederem ao currículo.
(UNESCO, 2005)
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Para o desenvolvimento da
educação inclusiva, existem fatores
que radicam no interior da escola e
fatores que podem ser
identificados como exteriores a
esta. No que diz respeito aos
primeiros com as comunidades
locais.
(D’Alessio, 2006)
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Interior da Escola
Adequar o currículo da turma às necessidades de
todos os alunos (conteúdos, métodos de ensino,
espaços e colocando o foco nas competências
essenciais),
Facilitar a colaboração entre os docentes do
ensino regular e os docentes de educação especial
(“de apoio”) através de reuniões formais para
refletir sobre as intervenções e o trabalho diário,
Promover respostas específicas partilhadas com as
famílias, (d) Desenvolver modelos pedagógicos e
didáticos flexíveis que colocam o acento no
(D’Alessio, 2006)
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Interior da Escola
Mudar de uma perspetiva de ensino mais
diretivo para modelos de aprendizagem
mais ativa que passam pela experiência, a
valorizam e que se baseiam em
aprendizagens colaborativas,
Desenvolver um projeto educativo partilhado
por todos os atores escolares ,
Problematizar e discutir determinados
discursos educativos relativamente aos
alunos com NEE.
(D’Alessio, 2006)
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Exterior à Escola
A colaboração entre todos os diversos
profissionais, os docentes, a família e as
organizações de pessoas com NEE, de
modo a construir-se, para os alunos, um
projeto de vida,
A partilha de boas práticas e experiências
positivas relativamente à educação
inclusiva,
A solidariedade com as comunidades lo(Dc’Alaessiios, 2.0 06)
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INCLUSÃO É COLABORAÇÃO
É um projeto coletivo da
responsabilidade de toda a equipa
do estabelecimento que suporta o
projeto de acolhimento e de
educação de todos os alunos.
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INCLUSÃO É COLABORAÇÃO
É um projeto coletivo de
desenvolvimento de práticas de
colaboração com outros organismos -
são necessárias diversas formas de
colaboração e de partilha com outras
instituições e/ ou estruturas exteriores
ao agrupamento de escolas.
de ação comuns.
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INCLUSÃO É COLABORAÇÃO
É um projeto coletivo de desenvolvimento
de formação - uma questão central
sobretudo quando diz respeito a formação
que aponta para a diversidade dos alunos.
Uma diversidade no seio da qual se
encontram, efetivamente, as situações de
NEE. A esta perspetiva acresce a da
formação, dos diversos profissionais, que
deve integrar conteúdos relativos à
necessidade de ser desenvolvida uma
dinâmica de colaboração pluridisciplinar.
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Uma escola organizada para e
com a diversidade, para e com
as diferenças e que promova o
sucesso de todos os alunos.