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O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO 
PERU: A "LONGA MARCHA" SANGRENTA DO SENDERO LUMINOSO 
Em 17 de maio de 1980, dia das eleições presidenciais, o Peru foi 
teatro da primeira ação armada de um grupúsculo maoísta chamado 
Sendero Luminoso. Em Chuschi, jovens militantes apoderaram-se das 
urnas de voto e as queimaram, como fornia de enviar um sinal anunciador 
do começo da "guerra popular", anúncio a que ninguém prestou atenção. 
Algumas semanas mais tarde, os habitantes da capital, Lima, descobriram 
cães dependurados nos candeeiros ostentando letreiros com o nome de 
Deng Xiaoping, o dirigente chinês "revisionista" acusado de trair a 
Revolução Cultural. Qual a origem desse estranho grupo político com 
práticas tão macabras? 
No Peru, o fim dos anos 70 tinha sido particularmente agitado: seis 
greves gerais, com adesões em massa, entre 1977 e 1979, todas 
antecedidas de grandes mobilizações nas principais cidades de província, 
Ayacucho, Cuzco, Huancayo, Arequipa e até Pucallpa. Essas greves 
tinham sido acompanhadas pelo aparecimento de Frentes de Defesa muito 
amplas, estruturadas em redor de reivindicações. Esse tipo de organização, 
que já existia em Ayacucho havia algum tempo, tornou-se a matriz do 
Sendero Luminoso. Em quíchua, Ayacucho significa "o lugar dos mortos"; 
849 
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Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
essa região é uma das mais deserdadas do Peru: menos de 5% das terras 
são aráveis, o rendimento anual por habitante é inferior a 100 dólares, a 
expectativa de vida de 45 anos. A mortalidade infantil atinge o recorde de 
20%, embora seja "somente" de 11% para o conjunto do Peru. Foi nesse 
húmus de desesperança social que o Sendero encontrou as suas raízes. 
Ayacucho é também um centro universitário particularmente ativo 
desde 1959. Ali se ensinava Puericultura, Antropologia Aplicada e 
Mecânica Rural. Rapidamente, foi criada uma Frente dos Estudantes 
Revolucionários, que desempenhou um papel importante no interior da 
Faculdade. Comunistas ortodoxos, guevaristas e maoístas disputavam 
duramente o controle dos estudantes. No início dos anos 60, um jovem 
ativista maoísta, professor de Filosofia, Abimael Guzman, desempenhava 
um papel de primeiro plano. 
Nascido em Lima em 6 de dezembro de 1934, jovem taciturno, 
Abimael Guzman fez estudos brilhantes. Membro do Partido Comunista
em 1958, tornou-se rapidamente notado pelos seus dons de orador. Em 
1965, participou na criação do grupo comunista Bandera Roja (Bandeira 
Vermelha), cisão que atingiu o Partido Comunista Peruano na sequência 
do grande cisma sino-soviético. Segundo alguns, ele chegou a ir à China; 
segundo outros, não. Em 1966, o governo fechou a Universidade, na 
sequência de tumultos insurrecionais. Os maoístas da Bandera Roja 
criaram então a Frente de Defesa da População de Ayacucho. E, em 1967, 
Guzman militou a favor da luta armada. Em junho de 1969, participou do 
sequestro do subprefeito Octavio Cabrera Rocha, em Huerta, ao norte da 
província de Ayacucho. Preso em 1970 por delito contra a segurança do 
Estado, foi libertado alguns meses mais tarde. Em 1971, na IV 
Conferência do Bandera Roja, uma outra cisão originou o aparecimento de 
um novo grupo comunista: o Sendero Luminoso. O nome foi tomado de 
empréstimo a José Carlos Mariatégui,18 que escrevera: "O marxismoleninismo abrirá o trilho (senderò) luminoso da revolução". Adulado pelos 
militantes, Guzman é chamado "a quarta espada do marxismo" (depois de 
Marx, Lenin e Mão). Vargas Llosa analisa desse modo o seu "pror jeto" 
revolucionário: "Para ele, o Peru descrito por José Carlos Mariatégui nos 
anos 20 é essencialmente semelhante à realidade chinesa analisada por 
Mao nessa época - uma 'sociedade semifeudal e semicoloniaT -, e ele 
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Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
conseguirá a sua libertação através de uma estratégia semelhante à da 
Revolução Chinesa: uma guerra popular prolongada que, utilizando os 
campos como coluna vertebral, realizará o 'assalto' às cidades. [...] O 
modelo de socialismo que reivindica são a Rússia de Stalin, a Revolução 
Cultural do 'bando dos quatro' e o regime de Pol Pot no Camboja." 
De 1972 a 1979, o Sendero parece encontrar-se limitado às lutas pelo 
controle das organizações estudantis. Recebeu um reforço de estudantes da 
Universidade de Tecnologias de San Martin de Torres, de Lima. Infiltrou 
amplamente o sindicato dos professores primários, e as suas colunas rurais 
de guerrilheiros foram muitas vezes enquadradas por professores. A partir 
do final de 1977, Guzman passou à clandestinidade. Assistiu-se então ao 
culminar de um processo iniciado em 1978: em 17 de março de 1980, 
durante a sua segunda sessão plenária, o partido maoísta optou pela luta
armada. Os efeti-vos do Sendero foram reforçados por elementos 
trotskistas de Carlos Mezzich e por maoístas dissidentes do grupo 
Pukallacta. Soara a hora da luta armada, e daí a operação de Chuschi, 
seguida, em 23 de dezembro de 1980, pelo assassinato de um latifundiário, 
Benigno Medina, o primeiro caso de "justiça popular". Contando 
originalmente com 200 a 300 ativistas, o Sendero eliminava 
sistematicamente os representantes das classes proprietárias e os membros 
das forças de ordem. 
Em 1981, os postos de polícia de Totós, San José de Secce e Quinca 
foram atacados. Em agosto de 1982, os maoístas tomaram de assalto o 
posto de Viecahuaman; seis policiais antiguerrilha (os Sinchis- nome 
quíchua, que significa valente, corajoso) foram mortos, e outros 15 
fugiram ou foram feitos prisioneiros. Sem apoios externos, os 
guerrilheiros recuperaram armas nos depósitos da polícia e explosivos nos 
estaleiros, não hesitando em atacar os acampamentos de mineiros. O 
bastão de dinamite arremessado com uma funda tradicional, o maraka, 
tornou-se a sua arma favorita. A par desses ataques, realizaram múltiplos 
atentados20 contra edifícios públicos, linhas elétricas e pontes. Bem 
implantados em Ayacucho, os comandos cercaram a cidade em março de 
1982, atacaram a prisão e libertaram 297 presos (políticos e de direito 
comum). A preparação minuciosa do ataque, a infiltração na cidade, as 
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Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
operações simultâneas contra os aquartelamentos da polícia revelaram 
uma longa aprendizagem da subversão. 
O Sendero Luminoso empenhou-se na destruição das instalações e 
das infra-estruturas realizadas pelo Estado, a fim de estabelecer as bases 
das suas "comunas populares". Desse modo, em agosto de 1982, um 
comando destruiu o centro de pesquisa e de experimentação agronómicas 
de Allpahaca: os animais foram abatidos, e as máquinas, incendiadas. Um 
ano mais tarde, foi a vez de o Instituto de Investigações Técnicas sobre os 
Camelídios (lhamas, guanacos, alpacas) desaparecer sob o fogo. De 
passagem, os engenheiros e os técnicos, considerados vetores da 
corrupção capitalista, foram massacrados. Assim, Tino Alansaya, chefe de 
projeto, foi assassinado, e o seu corpo, dinamitado. Como justificação, os 
guerrilheiros declararam que se tratava "de um agente do Estado 
burocrático-feudal!". Em oito anos, 60 engenheiros foram assassinados
nas zonas rurais. Os cooperantes das ONGs não foram poupados: em 
1988, o americano Constantin Gregory, da AID, foi executado pelo 
Sendero. Em 4 de dezembro do mesmo ano, dois cooperantes franceses 
são também assassinados. 
Guzman poderia ter predito: "O triunfo da Revolução custará um 
milhão de mortos!" - o Peru contava então 19 milhões de habitantes. Em 
virtude desse princípio, os maoístas encarregavam-se de eliminar todos os 
símbolos de uma ordem política e social odiada. Em janeiro de 1982, 
executaram dois professores diante dos respectivos alunos. Alguns meses 
mais tarde, "traidores" foram abatidos publicamente no decorrer de um 
"julgamento popular". No início, a execução de latifundiários e de outros 
proprietários de terras não chocara os camponeses, esmagados pelos 
impostos e estrangulados pelos empréstimos a taxas usurárias. Em 
contrapartida, a eliminação da pequena burguesia e dos comerciantes 
privava-os de uma série de vantagens (empréstimos a taxas suportáveis, 
trabalho, ajudas diversas). Numa preocupação de pureza revolucionária, e 
para estabelecer a sua tirania, os guerrilheiros dizimaram igualmente os 
bandos de abigeos (ladrões de gado) que assolavam as altas planícies. Essa 
luta contra a delinquência era puramente tática, e, em 1983, o Sendero 
começou a colaborar com os narcotraficantes em Huánuco. 
852 
852 
Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
Nas regiões de conflitos étnicos, o Sendero soube alimentar o ódio 
contra o poder central de Lima, vestígio de um "passado colonial 
execrável" como se compraz em lembrar o presidente Gonzalo (Guzman). 
Afirmando-se defensor da indianidade como Pol Pot se referia à pureza 
khmer da época de Angkor, o Sendero conquistou algumas simpatias junto 
de certas tribos índias, que, com o tempo, começaram a suportar cada vez 
menos a violência maoísta. Em 1989, na Alta Amazónia, os ashaninkas 
foram recrutados à forca ou perseguidos. Desses, 25 mil viviam 
escondidos na selva antes de serem colocados sob a proteção do exército. 
Entregue à vingança maoísta, a região de Ayacucho viveu sob a nova 
ordem moral: raspavam-se o cabelos das prostitutas, os maridos volúveis e 
os bêbedos eram chicoteados, desenhavam-se uma foice e um martelo no 
couro cabeludo dos recalcitrantes, as festas consideradas doentias eram 
proibidas. As comunidades eram dirigidas por "comités populares", à
frente dos quais estavam cinco "comissários políticos", estrutura piramidal 
característica da organização político-militar do Sendero. Vários comités 
constituíam uma base de apoio dependente de uma coluna principal 
composta por entre sete e 11 membros. Os comissários políticos tinham 
como adjuntos comissários encarregados da organização rural e da 
produção. Esses comissários organizavam os trabalhos coletivos nas 
"zonas libertadas". Não era tolerada qualquer recusa, e a menor afronta era 
punida com morte imediata. O Sendero escolhera uma política autárquica 
e destruiu as pontes, a fim de isolar as zonas rurais das cidades, o que 
suscitou de imediato uma forte oposição camponesa. Para assegurar o 
controle das populações e exercer uma chantagem sobre os familiares, o 
Sendero não hesitou em recrutar crianças à força. 
Numa primeira fase, o governo respondeu ao terrorismo através da 
utilização dos comandos especiais (Sinchis) e da infantaria de marinha. 
Em vão. Em 1983-1984, a "guerra popular" passava à ofensiva. Em abril 
de 1983, 50 guerrilheiros do Sendero cercaram Luconamanca, onde 32 
"traidores" foram massacrados a golpes de machado e a facadas, assim 
como outras pessoas que queriam fugir. O balanço total ficou em 67 
mortos, quatro dos quais sendo crianças. Com esse massacre, o Sendero 
pretendia fazer compreender às autoridades que seria impiedoso. Em 
1984-1985, a sua ofensiva voltou-se para os representantes do poder. Em 
853 
853 
Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
novembro de 1983, o presidente da câmara do centro mineiro Cerro de 
Pesco foi assassinado, e o seu corpo, dinamitado. Sentindo-se 
abandonados pelas autoridades, vários presidentes de câmara e seus 
adjuntos demitiram-se, e os padres fugiram. 
Em 1982, a guerra tinha feito 200 mortos. Em 1983, esse número é 
multiplicado por dez. Em 1984, contaram-se mais de 2.600 atos terroristas. 
Mais de 400 soldados e policiais são mortos em operações. Aos crimes do 
Sendero responderam os excessos do exército. Quando, em junho de 1986, 
os militantes desencadearam motins em três prisões de Lima, 
aparentemente para levar a guerra até as cidades, a repressão foi feroz: 
houve mais de 200 mortos. Os maoístas fracassaram ao tentarem uma 
infiltração duradoura nos bem-estruturados sindicatos de mineiros e nos 
barrias (bairros) que dispunham de um corpo associativo sólido. A fim de
preservar um certo crédito, o Sendero concentrou então os seus golpes no 
partido majoritário no poder, a APRA. Em 1985, sete apristas foram 
mortos e sofreram as mutilações reservadas aos espiões: orelhas e línguas 
cortadas, olhos vazados. No mesmo ano, o Sendero abriu uma nova frente 
em Puno. Os distritos de Ia Libertad, as províncias de Huánuco e de Ia 
Mar, e a Alta Amazónia foram atingidos pela guerrilha. As cidades de 
Cuzco e de Arequipa foram palco de atentados (com explosivos de 
plástico) contra as centrais elétricas. Em junho de 1984, os maoístas 
provocaram o descarrilamento de um trem que transportava um 
concentrado de chumbo; pouco depois foi a vez de um trem que 
transportava cobre. Em 1984, era proclamado o estado de sítio em 10 das 
146 províncias do Peru. 
Para erradicar essa violência, o exército contou primeiro com a 
repressão: para cada 60 camponeses abatidos, o estado-maior prometeu 
eliminar três guerrilheiros. Essa política teve como efeito, numa primeira 
fase, empurrar os indecisos para o campo dos maoístas. No começo dos 
anos 90, o governo mudou de política: o camponês deixou de ser 
considerado um inimigo e passou a ser um parceiro. Uma completa 
mudança da hierarquia militar e um melhor recrutamento de homens 
possibilitaram a colaboração com os camponeses. Pelo seu lado, o Sendero 
aperfeiçoou a sua tática; foram definidas quatro formas de luta quando da 
854 
854 
Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
III Conferência do grupo maoísta: guerra de guerrilha, sabotagem, 
terrorismo seletivo e guerra psicológica, como o ataque a feiras agrícolas. 
Uma breve onda de dissidência nas fileiras do Partido foi seguida 
pela execução dos "traidores defensores da linha burguesa". Com o 
objetivo de castigar aqueles que traíam as "forças do povo", o Sendero 
criou, na Amazónia, campos de trabalho. Em dezembro de 1987, 300 
mulheres, crianças e idosos famintos conseguiram fugir desse "Gulag 
peruano" e chegaram a Belém, nos confins da floresta virgem. Em 1983, 
camponeses sujeitos a trabalho forçado haviam abandonado as zonas 
controladas pelo Sendero, que os obrigava a cultivar a terra, os campos de 
coca e a suprir as necessidades das colunas de guerrilheiros. Numerosas 
crianças nascidas nas altas planícies encontraram ali a morte, e as pessoas 
que tentavam escapar eram sistematicamente abatidas. Aprisionados nos
campos, obrigados a participar nas sessões de estudo dos textos do 
presidente Gonzalo, os detidos depressa conheceram a fome. Foi o caso de 
500 pessoas detidas num campo da região de Convención. 
Em setembro de 1983, a polícia marcara um primeiro ponto ao 
prender Carlos Mezzich, um dos chefes do estado-maior de Guzman. 
Cansados da crueldade de um Sendero incapaz de melhorar a sua sorte, a 
massa de camponeses não pendia mais para o lado da revolução 
guzmaniana. Além disso, o Sendero foi combatido por outros movimentos 
políticos. A esquerda unida, apoiada numa forte implantação sindical, 
opôs-se com êxito às tentativas de infiltração do Sendero, que se mostrava, 
definitivamente, muito mais à vontade na utilização de métodos 
sanguinários e expeditivos do que num trabalho comunitário ou 
associativo. Com efeito, em 1988-1989, Lima e Cuzco tornaram-se alvos 
diretos do Sendero, e os bairros pobres passaram a ser a massa da cultura 
revolucionária, segundo as diretivas do presidente Gonzalo: "Trata-se de 
tomar os bairros pobres como bases e o proletariado como dirigente!" O 
Sendero procedeu então ao enquadramento das favelas, e os insub- missos 
foram eliminados. Os seus militantes haviam se infiltrado em algumas 
organizações de caridade, como o Socorro Popular do Peru. De fato, o 
grupo maoísta tentava eliminar a implantação urbana da esquerda marxista 
clássica. Depois das tentativas para se apoderarem dos sindicatos, esse foi 
um novo fracasso. Além disso, no seu caminho, o Sendero esbarrou com 
855 
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Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel 
os Tupacamarus do MRTA. Os confrontos foram de uma violência 
inaudita. Em 1990, 1.584 civis e 1.542 rebeldes encontraram a morte. 
Derrotado pelo MRTA, acossado pelo exército, o Sendero Luminoso 
começou a se desagregar. 
Em 12 e 13 de setembro de 1992, Guzman e a sua adjunta, Elena 
Ipar-raguire, foram presos. Algumas semanas mais tarde, o número três da 
organização, Oscar Alberto Ramirez, caía nas mãos da polícia. Em 2 de 
março de 1993, a responsável militar do Sendero, Margot Dominguez 
(Edith, na clandestinidade), foi presa. Finalmente, em março de 1995, uma 
coluna de 30 guerrilheiros, sob o comando de Margie Clavo Peralta, foi
desmantelada pelos serviços de segurança. Apesar disso, um aumento de 
efetivos permitia ao Sendero Luminoso contar, em 1995, com 25.000 
membros, 3.000 a 5.000 dos quais "regulares". 
A predição de Guzman não se realizou. O Peru não se afogou no seu 
próprio sangue. Segundo algumas fontes, o Sendero Luminoso é 
responsável pela morte de 25.000 a 30.000 pessoas. As crianças dos 
campos pagaram um pesado tributo ao terrorismo de guerra civil do 
Sendero: entre 1980 e 1991, os atentados mataram 1.000 crianças e 
mutilaram cerca de 31.000. O esfacelamento das famílias nas zonas de 
guerra também deixou cerca de 50.000 crianças entregues a si próprias, 
entre as quais numerosos órfãos. 
ORIENTAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
Michael Lowy, Lê Marxisme en Amérique Latine de 1909 à nosjours. 
Antologie, F. Maspero, 1980. 
Louis Mercier-Vega. La Révolution par l'État. Une nouvelle classe 
dirigeante em Amérique Latine, Payot, 1978. Technique du contre-État, 
Belfond, 1968; Lês Mécanismes du pouvoir en Amérique Latine, Belfond, 
1967. Publications de La Documentation Française, série América 
Latina.

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Peru a -longa marcha- sangrenta do sendero luminoso

  • 1. O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO PERU: A "LONGA MARCHA" SANGRENTA DO SENDERO LUMINOSO Em 17 de maio de 1980, dia das eleições presidenciais, o Peru foi teatro da primeira ação armada de um grupúsculo maoísta chamado Sendero Luminoso. Em Chuschi, jovens militantes apoderaram-se das urnas de voto e as queimaram, como fornia de enviar um sinal anunciador do começo da "guerra popular", anúncio a que ninguém prestou atenção. Algumas semanas mais tarde, os habitantes da capital, Lima, descobriram cães dependurados nos candeeiros ostentando letreiros com o nome de Deng Xiaoping, o dirigente chinês "revisionista" acusado de trair a Revolução Cultural. Qual a origem desse estranho grupo político com práticas tão macabras? No Peru, o fim dos anos 70 tinha sido particularmente agitado: seis greves gerais, com adesões em massa, entre 1977 e 1979, todas antecedidas de grandes mobilizações nas principais cidades de província, Ayacucho, Cuzco, Huancayo, Arequipa e até Pucallpa. Essas greves tinham sido acompanhadas pelo aparecimento de Frentes de Defesa muito amplas, estruturadas em redor de reivindicações. Esse tipo de organização, que já existia em Ayacucho havia algum tempo, tornou-se a matriz do Sendero Luminoso. Em quíchua, Ayacucho significa "o lugar dos mortos"; 849 849 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel essa região é uma das mais deserdadas do Peru: menos de 5% das terras são aráveis, o rendimento anual por habitante é inferior a 100 dólares, a expectativa de vida de 45 anos. A mortalidade infantil atinge o recorde de 20%, embora seja "somente" de 11% para o conjunto do Peru. Foi nesse húmus de desesperança social que o Sendero encontrou as suas raízes. Ayacucho é também um centro universitário particularmente ativo desde 1959. Ali se ensinava Puericultura, Antropologia Aplicada e Mecânica Rural. Rapidamente, foi criada uma Frente dos Estudantes Revolucionários, que desempenhou um papel importante no interior da Faculdade. Comunistas ortodoxos, guevaristas e maoístas disputavam duramente o controle dos estudantes. No início dos anos 60, um jovem ativista maoísta, professor de Filosofia, Abimael Guzman, desempenhava um papel de primeiro plano. Nascido em Lima em 6 de dezembro de 1934, jovem taciturno, Abimael Guzman fez estudos brilhantes. Membro do Partido Comunista
  • 2. em 1958, tornou-se rapidamente notado pelos seus dons de orador. Em 1965, participou na criação do grupo comunista Bandera Roja (Bandeira Vermelha), cisão que atingiu o Partido Comunista Peruano na sequência do grande cisma sino-soviético. Segundo alguns, ele chegou a ir à China; segundo outros, não. Em 1966, o governo fechou a Universidade, na sequência de tumultos insurrecionais. Os maoístas da Bandera Roja criaram então a Frente de Defesa da População de Ayacucho. E, em 1967, Guzman militou a favor da luta armada. Em junho de 1969, participou do sequestro do subprefeito Octavio Cabrera Rocha, em Huerta, ao norte da província de Ayacucho. Preso em 1970 por delito contra a segurança do Estado, foi libertado alguns meses mais tarde. Em 1971, na IV Conferência do Bandera Roja, uma outra cisão originou o aparecimento de um novo grupo comunista: o Sendero Luminoso. O nome foi tomado de empréstimo a José Carlos Mariatégui,18 que escrevera: "O marxismoleninismo abrirá o trilho (senderò) luminoso da revolução". Adulado pelos militantes, Guzman é chamado "a quarta espada do marxismo" (depois de Marx, Lenin e Mão). Vargas Llosa analisa desse modo o seu "pror jeto" revolucionário: "Para ele, o Peru descrito por José Carlos Mariatégui nos anos 20 é essencialmente semelhante à realidade chinesa analisada por Mao nessa época - uma 'sociedade semifeudal e semicoloniaT -, e ele 850 850 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel conseguirá a sua libertação através de uma estratégia semelhante à da Revolução Chinesa: uma guerra popular prolongada que, utilizando os campos como coluna vertebral, realizará o 'assalto' às cidades. [...] O modelo de socialismo que reivindica são a Rússia de Stalin, a Revolução Cultural do 'bando dos quatro' e o regime de Pol Pot no Camboja." De 1972 a 1979, o Sendero parece encontrar-se limitado às lutas pelo controle das organizações estudantis. Recebeu um reforço de estudantes da Universidade de Tecnologias de San Martin de Torres, de Lima. Infiltrou amplamente o sindicato dos professores primários, e as suas colunas rurais de guerrilheiros foram muitas vezes enquadradas por professores. A partir do final de 1977, Guzman passou à clandestinidade. Assistiu-se então ao culminar de um processo iniciado em 1978: em 17 de março de 1980, durante a sua segunda sessão plenária, o partido maoísta optou pela luta
  • 3. armada. Os efeti-vos do Sendero foram reforçados por elementos trotskistas de Carlos Mezzich e por maoístas dissidentes do grupo Pukallacta. Soara a hora da luta armada, e daí a operação de Chuschi, seguida, em 23 de dezembro de 1980, pelo assassinato de um latifundiário, Benigno Medina, o primeiro caso de "justiça popular". Contando originalmente com 200 a 300 ativistas, o Sendero eliminava sistematicamente os representantes das classes proprietárias e os membros das forças de ordem. Em 1981, os postos de polícia de Totós, San José de Secce e Quinca foram atacados. Em agosto de 1982, os maoístas tomaram de assalto o posto de Viecahuaman; seis policiais antiguerrilha (os Sinchis- nome quíchua, que significa valente, corajoso) foram mortos, e outros 15 fugiram ou foram feitos prisioneiros. Sem apoios externos, os guerrilheiros recuperaram armas nos depósitos da polícia e explosivos nos estaleiros, não hesitando em atacar os acampamentos de mineiros. O bastão de dinamite arremessado com uma funda tradicional, o maraka, tornou-se a sua arma favorita. A par desses ataques, realizaram múltiplos atentados20 contra edifícios públicos, linhas elétricas e pontes. Bem implantados em Ayacucho, os comandos cercaram a cidade em março de 1982, atacaram a prisão e libertaram 297 presos (políticos e de direito comum). A preparação minuciosa do ataque, a infiltração na cidade, as 851 851 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel operações simultâneas contra os aquartelamentos da polícia revelaram uma longa aprendizagem da subversão. O Sendero Luminoso empenhou-se na destruição das instalações e das infra-estruturas realizadas pelo Estado, a fim de estabelecer as bases das suas "comunas populares". Desse modo, em agosto de 1982, um comando destruiu o centro de pesquisa e de experimentação agronómicas de Allpahaca: os animais foram abatidos, e as máquinas, incendiadas. Um ano mais tarde, foi a vez de o Instituto de Investigações Técnicas sobre os Camelídios (lhamas, guanacos, alpacas) desaparecer sob o fogo. De passagem, os engenheiros e os técnicos, considerados vetores da corrupção capitalista, foram massacrados. Assim, Tino Alansaya, chefe de projeto, foi assassinado, e o seu corpo, dinamitado. Como justificação, os guerrilheiros declararam que se tratava "de um agente do Estado burocrático-feudal!". Em oito anos, 60 engenheiros foram assassinados
  • 4. nas zonas rurais. Os cooperantes das ONGs não foram poupados: em 1988, o americano Constantin Gregory, da AID, foi executado pelo Sendero. Em 4 de dezembro do mesmo ano, dois cooperantes franceses são também assassinados. Guzman poderia ter predito: "O triunfo da Revolução custará um milhão de mortos!" - o Peru contava então 19 milhões de habitantes. Em virtude desse princípio, os maoístas encarregavam-se de eliminar todos os símbolos de uma ordem política e social odiada. Em janeiro de 1982, executaram dois professores diante dos respectivos alunos. Alguns meses mais tarde, "traidores" foram abatidos publicamente no decorrer de um "julgamento popular". No início, a execução de latifundiários e de outros proprietários de terras não chocara os camponeses, esmagados pelos impostos e estrangulados pelos empréstimos a taxas usurárias. Em contrapartida, a eliminação da pequena burguesia e dos comerciantes privava-os de uma série de vantagens (empréstimos a taxas suportáveis, trabalho, ajudas diversas). Numa preocupação de pureza revolucionária, e para estabelecer a sua tirania, os guerrilheiros dizimaram igualmente os bandos de abigeos (ladrões de gado) que assolavam as altas planícies. Essa luta contra a delinquência era puramente tática, e, em 1983, o Sendero começou a colaborar com os narcotraficantes em Huánuco. 852 852 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel Nas regiões de conflitos étnicos, o Sendero soube alimentar o ódio contra o poder central de Lima, vestígio de um "passado colonial execrável" como se compraz em lembrar o presidente Gonzalo (Guzman). Afirmando-se defensor da indianidade como Pol Pot se referia à pureza khmer da época de Angkor, o Sendero conquistou algumas simpatias junto de certas tribos índias, que, com o tempo, começaram a suportar cada vez menos a violência maoísta. Em 1989, na Alta Amazónia, os ashaninkas foram recrutados à forca ou perseguidos. Desses, 25 mil viviam escondidos na selva antes de serem colocados sob a proteção do exército. Entregue à vingança maoísta, a região de Ayacucho viveu sob a nova ordem moral: raspavam-se o cabelos das prostitutas, os maridos volúveis e os bêbedos eram chicoteados, desenhavam-se uma foice e um martelo no couro cabeludo dos recalcitrantes, as festas consideradas doentias eram proibidas. As comunidades eram dirigidas por "comités populares", à
  • 5. frente dos quais estavam cinco "comissários políticos", estrutura piramidal característica da organização político-militar do Sendero. Vários comités constituíam uma base de apoio dependente de uma coluna principal composta por entre sete e 11 membros. Os comissários políticos tinham como adjuntos comissários encarregados da organização rural e da produção. Esses comissários organizavam os trabalhos coletivos nas "zonas libertadas". Não era tolerada qualquer recusa, e a menor afronta era punida com morte imediata. O Sendero escolhera uma política autárquica e destruiu as pontes, a fim de isolar as zonas rurais das cidades, o que suscitou de imediato uma forte oposição camponesa. Para assegurar o controle das populações e exercer uma chantagem sobre os familiares, o Sendero não hesitou em recrutar crianças à força. Numa primeira fase, o governo respondeu ao terrorismo através da utilização dos comandos especiais (Sinchis) e da infantaria de marinha. Em vão. Em 1983-1984, a "guerra popular" passava à ofensiva. Em abril de 1983, 50 guerrilheiros do Sendero cercaram Luconamanca, onde 32 "traidores" foram massacrados a golpes de machado e a facadas, assim como outras pessoas que queriam fugir. O balanço total ficou em 67 mortos, quatro dos quais sendo crianças. Com esse massacre, o Sendero pretendia fazer compreender às autoridades que seria impiedoso. Em 1984-1985, a sua ofensiva voltou-se para os representantes do poder. Em 853 853 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel novembro de 1983, o presidente da câmara do centro mineiro Cerro de Pesco foi assassinado, e o seu corpo, dinamitado. Sentindo-se abandonados pelas autoridades, vários presidentes de câmara e seus adjuntos demitiram-se, e os padres fugiram. Em 1982, a guerra tinha feito 200 mortos. Em 1983, esse número é multiplicado por dez. Em 1984, contaram-se mais de 2.600 atos terroristas. Mais de 400 soldados e policiais são mortos em operações. Aos crimes do Sendero responderam os excessos do exército. Quando, em junho de 1986, os militantes desencadearam motins em três prisões de Lima, aparentemente para levar a guerra até as cidades, a repressão foi feroz: houve mais de 200 mortos. Os maoístas fracassaram ao tentarem uma infiltração duradoura nos bem-estruturados sindicatos de mineiros e nos barrias (bairros) que dispunham de um corpo associativo sólido. A fim de
  • 6. preservar um certo crédito, o Sendero concentrou então os seus golpes no partido majoritário no poder, a APRA. Em 1985, sete apristas foram mortos e sofreram as mutilações reservadas aos espiões: orelhas e línguas cortadas, olhos vazados. No mesmo ano, o Sendero abriu uma nova frente em Puno. Os distritos de Ia Libertad, as províncias de Huánuco e de Ia Mar, e a Alta Amazónia foram atingidos pela guerrilha. As cidades de Cuzco e de Arequipa foram palco de atentados (com explosivos de plástico) contra as centrais elétricas. Em junho de 1984, os maoístas provocaram o descarrilamento de um trem que transportava um concentrado de chumbo; pouco depois foi a vez de um trem que transportava cobre. Em 1984, era proclamado o estado de sítio em 10 das 146 províncias do Peru. Para erradicar essa violência, o exército contou primeiro com a repressão: para cada 60 camponeses abatidos, o estado-maior prometeu eliminar três guerrilheiros. Essa política teve como efeito, numa primeira fase, empurrar os indecisos para o campo dos maoístas. No começo dos anos 90, o governo mudou de política: o camponês deixou de ser considerado um inimigo e passou a ser um parceiro. Uma completa mudança da hierarquia militar e um melhor recrutamento de homens possibilitaram a colaboração com os camponeses. Pelo seu lado, o Sendero aperfeiçoou a sua tática; foram definidas quatro formas de luta quando da 854 854 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel III Conferência do grupo maoísta: guerra de guerrilha, sabotagem, terrorismo seletivo e guerra psicológica, como o ataque a feiras agrícolas. Uma breve onda de dissidência nas fileiras do Partido foi seguida pela execução dos "traidores defensores da linha burguesa". Com o objetivo de castigar aqueles que traíam as "forças do povo", o Sendero criou, na Amazónia, campos de trabalho. Em dezembro de 1987, 300 mulheres, crianças e idosos famintos conseguiram fugir desse "Gulag peruano" e chegaram a Belém, nos confins da floresta virgem. Em 1983, camponeses sujeitos a trabalho forçado haviam abandonado as zonas controladas pelo Sendero, que os obrigava a cultivar a terra, os campos de coca e a suprir as necessidades das colunas de guerrilheiros. Numerosas crianças nascidas nas altas planícies encontraram ali a morte, e as pessoas que tentavam escapar eram sistematicamente abatidas. Aprisionados nos
  • 7. campos, obrigados a participar nas sessões de estudo dos textos do presidente Gonzalo, os detidos depressa conheceram a fome. Foi o caso de 500 pessoas detidas num campo da região de Convención. Em setembro de 1983, a polícia marcara um primeiro ponto ao prender Carlos Mezzich, um dos chefes do estado-maior de Guzman. Cansados da crueldade de um Sendero incapaz de melhorar a sua sorte, a massa de camponeses não pendia mais para o lado da revolução guzmaniana. Além disso, o Sendero foi combatido por outros movimentos políticos. A esquerda unida, apoiada numa forte implantação sindical, opôs-se com êxito às tentativas de infiltração do Sendero, que se mostrava, definitivamente, muito mais à vontade na utilização de métodos sanguinários e expeditivos do que num trabalho comunitário ou associativo. Com efeito, em 1988-1989, Lima e Cuzco tornaram-se alvos diretos do Sendero, e os bairros pobres passaram a ser a massa da cultura revolucionária, segundo as diretivas do presidente Gonzalo: "Trata-se de tomar os bairros pobres como bases e o proletariado como dirigente!" O Sendero procedeu então ao enquadramento das favelas, e os insub- missos foram eliminados. Os seus militantes haviam se infiltrado em algumas organizações de caridade, como o Socorro Popular do Peru. De fato, o grupo maoísta tentava eliminar a implantação urbana da esquerda marxista clássica. Depois das tentativas para se apoderarem dos sindicatos, esse foi um novo fracasso. Além disso, no seu caminho, o Sendero esbarrou com 855 855 Stéphane Courtois e outros - O Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão – by PapaiNoel os Tupacamarus do MRTA. Os confrontos foram de uma violência inaudita. Em 1990, 1.584 civis e 1.542 rebeldes encontraram a morte. Derrotado pelo MRTA, acossado pelo exército, o Sendero Luminoso começou a se desagregar. Em 12 e 13 de setembro de 1992, Guzman e a sua adjunta, Elena Ipar-raguire, foram presos. Algumas semanas mais tarde, o número três da organização, Oscar Alberto Ramirez, caía nas mãos da polícia. Em 2 de março de 1993, a responsável militar do Sendero, Margot Dominguez (Edith, na clandestinidade), foi presa. Finalmente, em março de 1995, uma coluna de 30 guerrilheiros, sob o comando de Margie Clavo Peralta, foi
  • 8. desmantelada pelos serviços de segurança. Apesar disso, um aumento de efetivos permitia ao Sendero Luminoso contar, em 1995, com 25.000 membros, 3.000 a 5.000 dos quais "regulares". A predição de Guzman não se realizou. O Peru não se afogou no seu próprio sangue. Segundo algumas fontes, o Sendero Luminoso é responsável pela morte de 25.000 a 30.000 pessoas. As crianças dos campos pagaram um pesado tributo ao terrorismo de guerra civil do Sendero: entre 1980 e 1991, os atentados mataram 1.000 crianças e mutilaram cerca de 31.000. O esfacelamento das famílias nas zonas de guerra também deixou cerca de 50.000 crianças entregues a si próprias, entre as quais numerosos órfãos. ORIENTAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Michael Lowy, Lê Marxisme en Amérique Latine de 1909 à nosjours. Antologie, F. Maspero, 1980. Louis Mercier-Vega. La Révolution par l'État. Une nouvelle classe dirigeante em Amérique Latine, Payot, 1978. Technique du contre-État, Belfond, 1968; Lês Mécanismes du pouvoir en Amérique Latine, Belfond, 1967. Publications de La Documentation Française, série América Latina.