SlideShare a Scribd company logo
1 of 34
Leishmania sp.

Prof. Gildemar Crispim
Leishmaniose Visceral Americana (LVA)
•

Zoonose

•

WHO – entre as seis (6) endemias prioritárias no mundo

•

Ampla distribuição ocorrendo na Ásia, Europa, Oriente Médio, África e nas
Américas
•

Antropozoonose

Alta letalidade

A Leishmania chagasi é encontrada dos EUA ao
Norte da Argentina

•
•

Indivíduos portadores de infecção pelo vírus HIV

Casos humanos: Do México a Argentina

AL, a doença já foi descrita em pelo menos 12 países
•

•

indivíduos não tratados

•

•

crianças desnutridas

Brasil - 90% dos casos (região Nordeste)

1913 – Migone relata o primeiro caso da doença no Brasil
•

Material de necrópsia de paciente oriundo de Boa Esperança, MT.
Principais áreas endêmicas de Leishmaniose
Visceral no mundo e suas espécies.

Leishmania Leishmania infantum
Leishmania Leishmania chagasi

Leishmania Leishmania donovani

Fonte: http://www.who.int/tdr/dw/leish_map.htm
Leishmaniose Visceral Americana (LVA)
•

Pena et al., 1934 – 41 casos positivos para Leishmania
•
•

•

Lâminas de viscerotomias post-mortem
Indivíduos oriundos das regiões Norte e Nordeste

Lutzomyia longipalpis
•

•

Descoberto os primeiros casos em cães

Atualmente, a transmissão vem sendo detectada em todas as regiões do Brasil
(exceto região Sul)
•
•

•

19 estados com registros de LV
~ 1.600 municípios com transmissão autóctone

Mudança no padrão de transmissão
•

Ambientes rurais e peri-urbanas

•

Mais recentemente em centros urbanos (RJ, Corumbá- MS, Belo Horizonte – MG,
Araçatuba – SP, Palmas – TO, Campo Grande – MT)
Situação Epidemiológica no Brasil
•

LV = Calazar, Esplenomegalia Tropical, Febre Dundun
•

•

Inicialmente um caráter rural

expandindo para áreas

urbanas

Ministério da Saúde:
•
•

66% nos estados da BA, CE, MA e PI

•

Nos últimos 10 anos: média de 3.156 casos

•

•

48.455 casos de LVA – em 19 anos de notificação (1984-2002)

Incidência de 2 casos/100.000 hab.

Atualmente, a transmissão vem sendo detectada em todas as regiões
do Brasil (exceto região Sul)
•

19 estados com registros de LV

•

~ 1.600 municípios com transmissão autóctone
Número de casos e coeficiente de incidência de
Leishmaniose visceral, Brasil – 1985 a 2002.
N° de casos

Incidência

6.000

3

4.858

2,49

5.000

2,23

2,23
4.000

3.885
1,89

1,95

2,09

3.426

3.246

3.000

2.570

1,32

1,72

2

3.102
1,5

1,33
1.997

1,03

2.000

3.646

3.624
1,61

2.224

2,5

2,29

1

1.510
816

1.000

0,5

0

0

1985

1988

1991

Fonte: COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002
Situação Epidemiológica no Brasil
•

Freqüência maior em crianças < 10 anos (54%)
•

41% < 5 anos
•

Imanuturidade imunológica, desnutrição, maior exposição ao vetor no peridomicílio

•

Sexo masculino: mais afetado (60%)

•

Ampla distribuição Particularidades:
•
•

Climáticas

•

•

Geográficas
Sociais

LV no Brasil:
•

Doença própria de clima seco com precipitação pluviométrica inferior a 800 mm

•

Ambientes composto por vales e montanhas (boqueirões e pé-de-serra)
Distribuição de casos autóctones de Leishmaniose
Visceral segundo município, Brasil – 2002.

Fonte: SINAN-COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS
Situação Epidemiológica no Brasil
•

Nos últimos 10 anos – periurbanização e a urbanização da LV há áreas de
transmissão em diferentes regiões, inclusive em faixas litorâneas

•

Na década de 90

•

2000 – 2002 77% casos NE

•

Expansão da área endêmica da LV

90% casos NE

•
•

Pressões econômicas ou sociais

•

Empobrecimento/Péssima distribuição de renda

•

Processo de urbanização desorganizado

•

•

Processo migratório

Secas períodicas

Ambiente propício para à ocorrência de LV
•

Baixo nível sócio-econômico

•

Pobreza

Ocorrência
de
Epidemias
Agente Etiológico e Morfologia
•

Reino: Protista

•

Sub-reino: Protozoa

•

Filo: Sarcomastigophora

•

Sub-filo: Mastigophora

•

Classe: Zoomastigophorea

•

Ordem: Kinetoplastida

•

Família: Trypanosomatidae

•

Gênero: Leishmania

•

Sub-genêro: Leishmania

•

Espécie: donovani, infantum, chagasi

Leishmania chagasi
Morfologia
•

O ciclo evolutivo da L. chagasi apresenta duas formas:
•

Promastígota
–

Tubo digestivo dos
vetores invertebrados e
em meios de culturas
artificiais

•

Amastigota
–

Obrigatoriamente
parasita intracelular em
vertebrados

Todas as espécies de Leishmania são HETEROXÊNICAS
Ciclo de transmissão da LV
Reservatórios
•

Na área urbana
•

•

Cão (Canis familiaris)

No ambiente silvestre
•

Raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thus)

•

Marsupiais (Didelphis albiventris)

Dusicyon vetulus

Didelphis albiventris
Vetores da LV
•

Flebotomíneos
•
•

Tatuquiras,

•

•

Mosquito palha,
Birigui, etc.

No Brasil
•

2 espécies relacionadas com a transmissão:

Lutzomyia longipalpis
•

Principal espécie vetora

•

Amplamente distribuída

•

Bem adaptada ao ambiente

urbano e ao peri domicílio
•

•

Pequenos – 1 a 3 mm

Lutzomyia cruzi - MT

Lutzomyia longipalpis
Modo de transmissão
•

Picada do vetor - principal via de transmissão

•

Acidental

•

NÃO OCORRE TRANSMISSÃO DIRETA (pessoa a pessoa)

•

Alguns autores admitem:
•

Transmissão direta entre a população canina:
•

Ingestão de carrapatos infectados;

•

Mordidas;

•

Cópula;

•

Ingestão de vísceras contaminadas.
Período de incubação
•

No homem
•

10 dias a 24 meses
•

•

Média de 2 a 6 meses

No cão
•

3 meses a vários anos
•

Média de 3 a 7 meses
Diagnóstico clínico e laboratorial
•

A infecção – amplo espectro clínico
•
•

Moderadas

•

•

Discretas

Graves

Infecção Assintomática
•

Sorologia (ELISA ou IFI)
•

•

MORTE

Indivíduos com infecção inaparente NÃO devem ser tratados

Diagnóstico Clínico da LV
•

De ser suspeitado:
•

Febre

•

Esplenomegalia

•

Hepatomegalia
Diagnóstico clínico da LV
•

Leishmaniose Visceral
•

Período Inicial:
•
•
•
•

•

Período de Estado:
•
•
•
•
•

•

Febre – duração inferior a 4 semanas
Palidez
Hepatoesplenomegalia
História de tosse e diarréia
Febre irregular
Emagrecimento progressivo
Palidez
Aumento da hepatoesplenomegalia
Comprometimento do estado geral do paciente

Período de Final:
•
•
•
•

Febre contínua
Desnutrição (pele seca, cabelos quebradiços)
Edema dos membros inferiores
Hemorragias, icterícias e ascite (acumulo de liquido no abdômen)
Tratamento da LV
•

Compostos antimoniais pentavalentes
•

Stibogluconato de sódio

•

Antimoniato-N-metil glucamina (Sb⁵)
•
•

•

Distribuído, no Brasil, pelo MS
Ampolas de 5 ml

Tratamento:
•
•

Respeitando o limite máximo de 2 a 3 ampolas dia

Efeitos colaterais
•

•

Mínimo 20 dias e máximo 40 dias

•

•

Dose: 20 mg de Sb⁵ Kg/dia (EV ou IM)

Em caso de arritmias – suspensão e troca de medicamento

Tratamentos alternativos
•

Anfotericina B

•

Pentamidinas

O seguimento do paciente tratado deve ser feito aos 3, 6 e 12 meses após tratamento
Profilaxia da LVA
•

Busca ativa e tratamento de todos os casos humanos

•

Identificação dos cães doentes e sua eliminação

•

Combate ao vetor (flebótomo)

•

Ações educativas

•

Investigação epidemiológica
•

Estudos entomológicos, parasitológicos e ecológicos
Leishmaniose Tegumentar
Americana (LTA)
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)
•

Zoonose

Antropozoonose

•

Doença polimórfica provocada por várias espécies de protozoários do
gênero Leishmania

•

Infecção se carateriza pelo parasitismo das células do SFM da derme e da
mucosa do hospedeiro vertebrado

•

Três manifestações clinicas
•
•

Cutaneomucosa

•

•

Cutânea
Difusa

Doença típica de países e/ou regiões pobres e quentes
•

88 países – 76 são subdesenvolvidos

•

Apenas 32 países – notificação compulsória
Agentes etiológicos da LTA
•

Agentes Etiológicos
•

Brasil
•
•

L. (V.) guyanensis,

•

L. (V.) lainsoni,

•

L. (V.) shawi,

•

L. (V.) naiffi,

•

•

Leishmania (Viannia) braziliensis,

L. (L.) amazonensis

México e América Central
•

•

L. (L.) mexicana

Venezuela
•

L. (L.) venezuelensis

•

L. (L.) pifanoi

Fonte: Alfredo J. Altamirano-EncisoI; Mauro C. A. MarzochiII; João S. MoreiraIII; Armando O. SchubachIV; Keyla B. F. MarzochiV
Agentes etiológicos da LTA de maior importância
no Brasil
•

Leishmania (Viannia) braziliensis
•

Amplamente distribuído pelo território brasileiro
•

•

•

Do sul do Pará, ao Nordeste, chegando a região Centro Oeste,

Diretamente associada as leishmanioses cutânea

Leishmania (Leishmania) amazonensis
•

Floresta primária e secundária da região Amazônica
•

AM, PA, RO, MA e TO

•

Áreas de igapó e várzea

•

Sua presença estende-se pata, BA, MG, SP e GO

•

A doença humana é relativamente rara (baixa antropofília do vetor)

•

Podendo levar a uma lesão ulcerada única
Agentes etiológicos da LTA de maior importância
no Brasil
•

Leishmania (Viannia) guyanensis
•

Norte da bacia Amazônica e Guianas
•

AP, RR, AM, PA

•

Floresta de terra-firme

•

Caracterizada por lesões únicas e multiplas

•

O comprometimento mucoso por esta sp é raro

•

Atinge principalmente homem jovens (desflorestamento)

Lesão de leishmaniose tegumentar Americana

Lesão labial de leishmaniose tegumentar Americana
Morfologia
•

2 sub-gêneros : Leishmania e Viannia
•

Promastígota
–

Tubo digestivo dos
vetores invertebrados e
em meios de culturas
artificiais

•

Amastigota
–

Obrigatoriamente
parasita intracelular em
vertebrados

Todas as espécies de Leishmania são HETEROXÊNICAS
Reservatórios
•

Na área urbana
•
•

•

Cães, gatos
Homem

No ambiente silvestre
•

Paca, ouriço, cutia, e diversos ratos

•

Tatu, tamanduá, preguiça

•

Marsupiais (Didelphis albiventris)

•

Carnívoros (quatis)

•

Eqüinos

•

Primatas (macaco-da-noite, micos, homem)
Vetores da LV
•

Flebotomíneos
•
•
•

•

Mosquito palha,
Tatuquiras,
Birigui, etc.

As 9
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

espécies relacionadas com a transmissão são:

Lutzomyia (Viana) braziliensis
L. intermedia
L. pessoai
L. wellcomei
L. whitmani
L. (V.) guyanensis
L. umbratilis
L. anduzei
L. (V.) lainsoni
L. ubiquitalis

Lutzomyia sp.
Epidemiologia da LTA
•

Ampla distribuição nas Américas
• Sul dos EUA – Norte da Argentina
• Exceção do Uruguay e Chile

• No Brasil:
• Ampla distribuição por todas regiões geográficas
• Média de 30.000 casos notificados ano (Mistério da Saúde)
• NE – 39% (MA, BA, CE)
• N – 35% (PA, RO, AM)
• CO – 16% (MT)
• SE – 8% (MG)
• SUL – 2% (PR)

•

No Brasil, a doença apresenta dois padrões epidemiológicos
• Surtos Epidêmicos
• Notificação de casos em regiões de colonização antiga
• Processo migratório, ocupação de encostas, grande nº. de reservatórios
Diagnóstico
•

Clínico
•

Lesões cutâneas (respondem bem ao tratamento)

•

Lesões mucosas
•

•

•

•

Secundárias as lesões cutâneas
Surgem meses/anos após as lesões de pele

Comprometimento Ganglionar

Laboratorial
•
•

•

Sorologia (ELISA ou IFI)
Parasitológico

Epidemiológico
Tratamento da LTA
•

Compostos antimoniais pentavalentes
•

Stibogluconato de sódio

•

Antimoniato-N-metil glucamina (Sb⁵)
•
•

•

Distribuído, no Brasil, pelo MS
Ampolas de 5 ml

Tratamento:
•
•

Respeitando o limite máximo de 2 a 3 ampolas dia

Efeitos colaterais
•

•

Mínimo 20 dias e máximo 40 dias

•

•

Dose: 10-20 mg de Sb⁵ Kg/dia (EV ou IM)

Em caso de arritmias – suspensão e troca de medicamento

Tratamentos alternativos
•

Anfotericina B

•

Pentamidinas
Medidas gerais de controle da LTA
•

Vigilância Epidemiológica
•

Detecção de casos

•

Investigação epidemiológica
•
•

Estudos parasitológicos

•

Estudos ecológicos (reservatórios envolvidos)

•

•

Estudos entomológicos

Caracterização do surto epidêmico

Medidas de proteção individual
•

Uso de mosquiteiros

•

Telas

•

Repelentes

•

Controle de reservatórios

•

Ações educativas

•

Ações administrativas
Pesquisa em Leishmaniose
•
•

A doença atinge ~ 2 milhões de pessoas por ano no mundo,
Comparação do genoma de 3 sp. revelou:
–

Wellcome Trust Sanger Institute
–

–

–

L. infantum (visceral)
L. braziliensis (cutânea)

- L. Major (cutânea)

Pequena diferenciação entre seus genes,
–

O estudo sugere que apenas um pequeno número de genes do
parasita exerce uma maior influência sobre a forma clínica que a
Leishmaniose vai apresentar

–

possibilidade de desenvolvimento de tratamentos mais específicos
e eficazes.
Aula n° 4   leishmaniose

More Related Content

What's hot (20)

Leishmaniose Visceral
Leishmaniose VisceralLeishmaniose Visceral
Leishmaniose Visceral
 
Malaria.
Malaria. Malaria.
Malaria.
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Giardia
GiardiaGiardia
Giardia
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasma
 
Leishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoLeishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completo
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Plasmodium
PlasmodiumPlasmodium
Plasmodium
 
Leishmania infantum
Leishmania infantum Leishmania infantum
Leishmania infantum
 
Raiva.
Raiva.Raiva.
Raiva.
 
Parasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lambliaParasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lamblia
 
Plasmodium e malária
Plasmodium e  malária Plasmodium e  malária
Plasmodium e malária
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Escabiose (sarna)
Escabiose (sarna)Escabiose (sarna)
Escabiose (sarna)
 
Leptospirose
LeptospiroseLeptospirose
Leptospirose
 
Citomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaCitomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: Patologia
 
Leishmaniose - Leishmania
Leishmaniose - LeishmaniaLeishmaniose - Leishmania
Leishmaniose - Leishmania
 
Indicadores de Saúde
Indicadores de SaúdeIndicadores de Saúde
Indicadores de Saúde
 

Viewers also liked

Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralParasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralpHrOzEn HeLL
 
Leishmaníase Tegumentar Americana e Visceral
Leishmaníase Tegumentar Americana e VisceralLeishmaníase Tegumentar Americana e Visceral
Leishmaníase Tegumentar Americana e Visceralmonica_lima
 
Estrutura e conteúdo genômico Leishmania
Estrutura e conteúdo genômico LeishmaniaEstrutura e conteúdo genômico Leishmania
Estrutura e conteúdo genômico LeishmaniaLivio Figueiredo
 
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.Leishiimania arruda, c & leite, b.c.
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.Claudenice Arruda
 
Reino protista prof Ivanise Meyer
Reino protista prof Ivanise MeyerReino protista prof Ivanise Meyer
Reino protista prof Ivanise MeyerIvanise Meyer
 
Trabalho de leishmaniose
Trabalho de leishmanioseTrabalho de leishmaniose
Trabalho de leishmanioseBrunnaMello
 
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...Aline Campos
 
Guia PráTico Sobre Leishmaniose
Guia PráTico Sobre LeishmanioseGuia PráTico Sobre Leishmaniose
Guia PráTico Sobre LeishmanioseLeishmaniose Canina
 
Doença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioDoença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioAline Vargas
 

Viewers also liked (17)

Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralParasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
 
Leishmaníase Tegumentar Americana e Visceral
Leishmaníase Tegumentar Americana e VisceralLeishmaníase Tegumentar Americana e Visceral
Leishmaníase Tegumentar Americana e Visceral
 
Estrutura e conteúdo genômico Leishmania
Estrutura e conteúdo genômico LeishmaniaEstrutura e conteúdo genômico Leishmania
Estrutura e conteúdo genômico Leishmania
 
Leishmania
LeishmaniaLeishmania
Leishmania
 
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.Leishiimania arruda, c & leite, b.c.
Leishiimania arruda, c & leite, b.c.
 
Reino protista prof Ivanise Meyer
Reino protista prof Ivanise MeyerReino protista prof Ivanise Meyer
Reino protista prof Ivanise Meyer
 
Trabalho de leishmaniose
Trabalho de leishmanioseTrabalho de leishmaniose
Trabalho de leishmaniose
 
Leishmaniasis Trabajo Aprobado
Leishmaniasis Trabajo AprobadoLeishmaniasis Trabajo Aprobado
Leishmaniasis Trabajo Aprobado
 
Doenças coité
Doenças coitéDoenças coité
Doenças coité
 
Giardia intestinalis
Giardia intestinalisGiardia intestinalis
Giardia intestinalis
 
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...
Vigilancia Ambiental Riscos Biologicos - Leishmaniose, Chikungunya, Febre Mac...
 
Doenças de chagas
Doenças de chagasDoenças de chagas
Doenças de chagas
 
Guia PráTico Sobre Leishmaniose
Guia PráTico Sobre LeishmanioseGuia PráTico Sobre Leishmaniose
Guia PráTico Sobre Leishmaniose
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Doença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioDoença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitário
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Toxoplasmose slide 93
Toxoplasmose slide 93Toxoplasmose slide 93
Toxoplasmose slide 93
 

Similar to Aula n° 4 leishmaniose

Ebola - EBV - novembro- 2014
Ebola - EBV - novembro- 2014Ebola - EBV - novembro- 2014
Ebola - EBV - novembro- 2014Fabio Junqueira
 
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"Bianca Lazarini Forreque Poli
 
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Alexandre Naime Barbosa
 
Caso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseCaso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseKarina Pereira
 
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISIST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISRamon Loreno
 
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de Acao
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de AcaoPrevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de Acao
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de AcaoAlexandre Naime Barbosa
 

Similar to Aula n° 4 leishmaniose (20)

AIDS PANDEMIA
AIDS PANDEMIA AIDS PANDEMIA
AIDS PANDEMIA
 
IMT-2005-Hanseniase.pptx
IMT-2005-Hanseniase.pptxIMT-2005-Hanseniase.pptx
IMT-2005-Hanseniase.pptx
 
Hanseniase.pdf
Hanseniase.pdfHanseniase.pdf
Hanseniase.pdf
 
Dsts para leigos sidnei
Dsts para leigos sidneiDsts para leigos sidnei
Dsts para leigos sidnei
 
Aids nos dias de hoje
Aids nos dias de hojeAids nos dias de hoje
Aids nos dias de hoje
 
SLIDE LEISMANIOSE.pptx
SLIDE LEISMANIOSE.pptxSLIDE LEISMANIOSE.pptx
SLIDE LEISMANIOSE.pptx
 
Ebola novembro- 2014
Ebola   novembro- 2014Ebola   novembro- 2014
Ebola novembro- 2014
 
Ebola - EBV - novembro- 2014
Ebola - EBV - novembro- 2014Ebola - EBV - novembro- 2014
Ebola - EBV - novembro- 2014
 
Hiv aids part 1 por
Hiv aids  part 1 porHiv aids  part 1 por
Hiv aids part 1 por
 
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
 
Adolescente com caroço no pescoço
Adolescente com caroço no pescoçoAdolescente com caroço no pescoço
Adolescente com caroço no pescoço
 
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
 
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
 
DSTS E DIP
DSTS E DIPDSTS E DIP
DSTS E DIP
 
Caso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseCaso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de Leishmaniose
 
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISIST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
 
Linfoma de hodgkin
Linfoma de hodgkinLinfoma de hodgkin
Linfoma de hodgkin
 
Hepatites
HepatitesHepatites
Hepatites
 
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de Acao
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de AcaoPrevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de Acao
Prevencao do HIV e Outras ISTs Identificando as Oportunidades de Acao
 
HIV
HIVHIV
HIV
 

More from Gildo Crispim

Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2Gildo Crispim
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosGildo Crispim
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosGildo Crispim
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•esGildo Crispim
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoGildo Crispim
 
Crescimento bacteriano
Crescimento bacterianoCrescimento bacteriano
Crescimento bacterianoGildo Crispim
 
Introdução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaIntrodução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaGildo Crispim
 
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersiniaGildo Crispim
 
Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Gildo Crispim
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologiaGildo Crispim
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintosGildo Crispim
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasmaGildo Crispim
 

More from Gildo Crispim (20)

Wd0000047
Wd0000047Wd0000047
Wd0000047
 
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
 
Moleculas mhc1
Moleculas mhc1Moleculas mhc1
Moleculas mhc1
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunos
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Patologia geral
Patologia geralPatologia geral
Patologia geral
 
02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilização
 
Crescimento bacteriano
Crescimento bacterianoCrescimento bacteriano
Crescimento bacteriano
 
Introdução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaIntrodução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologia
 
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
 
Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologia
 
Antígeno
AntígenoAntígeno
Antígeno
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Aula n° 2
Aula n° 2  Aula n° 2
Aula n° 2
 
Aula n° 1
Aula n° 1  Aula n° 1
Aula n° 1
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintos
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasma
 

Aula n° 4 leishmaniose

  • 2. Leishmaniose Visceral Americana (LVA) • Zoonose • WHO – entre as seis (6) endemias prioritárias no mundo • Ampla distribuição ocorrendo na Ásia, Europa, Oriente Médio, África e nas Américas • Antropozoonose Alta letalidade A Leishmania chagasi é encontrada dos EUA ao Norte da Argentina • • Indivíduos portadores de infecção pelo vírus HIV Casos humanos: Do México a Argentina AL, a doença já foi descrita em pelo menos 12 países • • indivíduos não tratados • • crianças desnutridas Brasil - 90% dos casos (região Nordeste) 1913 – Migone relata o primeiro caso da doença no Brasil • Material de necrópsia de paciente oriundo de Boa Esperança, MT.
  • 3. Principais áreas endêmicas de Leishmaniose Visceral no mundo e suas espécies. Leishmania Leishmania infantum Leishmania Leishmania chagasi Leishmania Leishmania donovani Fonte: http://www.who.int/tdr/dw/leish_map.htm
  • 4. Leishmaniose Visceral Americana (LVA) • Pena et al., 1934 – 41 casos positivos para Leishmania • • • Lâminas de viscerotomias post-mortem Indivíduos oriundos das regiões Norte e Nordeste Lutzomyia longipalpis • • Descoberto os primeiros casos em cães Atualmente, a transmissão vem sendo detectada em todas as regiões do Brasil (exceto região Sul) • • • 19 estados com registros de LV ~ 1.600 municípios com transmissão autóctone Mudança no padrão de transmissão • Ambientes rurais e peri-urbanas • Mais recentemente em centros urbanos (RJ, Corumbá- MS, Belo Horizonte – MG, Araçatuba – SP, Palmas – TO, Campo Grande – MT)
  • 5. Situação Epidemiológica no Brasil • LV = Calazar, Esplenomegalia Tropical, Febre Dundun • • Inicialmente um caráter rural expandindo para áreas urbanas Ministério da Saúde: • • 66% nos estados da BA, CE, MA e PI • Nos últimos 10 anos: média de 3.156 casos • • 48.455 casos de LVA – em 19 anos de notificação (1984-2002) Incidência de 2 casos/100.000 hab. Atualmente, a transmissão vem sendo detectada em todas as regiões do Brasil (exceto região Sul) • 19 estados com registros de LV • ~ 1.600 municípios com transmissão autóctone
  • 6. Número de casos e coeficiente de incidência de Leishmaniose visceral, Brasil – 1985 a 2002. N° de casos Incidência 6.000 3 4.858 2,49 5.000 2,23 2,23 4.000 3.885 1,89 1,95 2,09 3.426 3.246 3.000 2.570 1,32 1,72 2 3.102 1,5 1,33 1.997 1,03 2.000 3.646 3.624 1,61 2.224 2,5 2,29 1 1.510 816 1.000 0,5 0 0 1985 1988 1991 Fonte: COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
  • 7. Situação Epidemiológica no Brasil • Freqüência maior em crianças < 10 anos (54%) • 41% < 5 anos • Imanuturidade imunológica, desnutrição, maior exposição ao vetor no peridomicílio • Sexo masculino: mais afetado (60%) • Ampla distribuição Particularidades: • • Climáticas • • Geográficas Sociais LV no Brasil: • Doença própria de clima seco com precipitação pluviométrica inferior a 800 mm • Ambientes composto por vales e montanhas (boqueirões e pé-de-serra)
  • 8. Distribuição de casos autóctones de Leishmaniose Visceral segundo município, Brasil – 2002. Fonte: SINAN-COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS
  • 9. Situação Epidemiológica no Brasil • Nos últimos 10 anos – periurbanização e a urbanização da LV há áreas de transmissão em diferentes regiões, inclusive em faixas litorâneas • Na década de 90 • 2000 – 2002 77% casos NE • Expansão da área endêmica da LV 90% casos NE • • Pressões econômicas ou sociais • Empobrecimento/Péssima distribuição de renda • Processo de urbanização desorganizado • • Processo migratório Secas períodicas Ambiente propício para à ocorrência de LV • Baixo nível sócio-econômico • Pobreza Ocorrência de Epidemias
  • 10. Agente Etiológico e Morfologia • Reino: Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filo: Mastigophora • Classe: Zoomastigophorea • Ordem: Kinetoplastida • Família: Trypanosomatidae • Gênero: Leishmania • Sub-genêro: Leishmania • Espécie: donovani, infantum, chagasi Leishmania chagasi
  • 11. Morfologia • O ciclo evolutivo da L. chagasi apresenta duas formas: • Promastígota – Tubo digestivo dos vetores invertebrados e em meios de culturas artificiais • Amastigota – Obrigatoriamente parasita intracelular em vertebrados Todas as espécies de Leishmania são HETEROXÊNICAS
  • 13. Reservatórios • Na área urbana • • Cão (Canis familiaris) No ambiente silvestre • Raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thus) • Marsupiais (Didelphis albiventris) Dusicyon vetulus Didelphis albiventris
  • 14. Vetores da LV • Flebotomíneos • • Tatuquiras, • • Mosquito palha, Birigui, etc. No Brasil • 2 espécies relacionadas com a transmissão: Lutzomyia longipalpis • Principal espécie vetora • Amplamente distribuída • Bem adaptada ao ambiente urbano e ao peri domicílio • • Pequenos – 1 a 3 mm Lutzomyia cruzi - MT Lutzomyia longipalpis
  • 15. Modo de transmissão • Picada do vetor - principal via de transmissão • Acidental • NÃO OCORRE TRANSMISSÃO DIRETA (pessoa a pessoa) • Alguns autores admitem: • Transmissão direta entre a população canina: • Ingestão de carrapatos infectados; • Mordidas; • Cópula; • Ingestão de vísceras contaminadas.
  • 16. Período de incubação • No homem • 10 dias a 24 meses • • Média de 2 a 6 meses No cão • 3 meses a vários anos • Média de 3 a 7 meses
  • 17. Diagnóstico clínico e laboratorial • A infecção – amplo espectro clínico • • Moderadas • • Discretas Graves Infecção Assintomática • Sorologia (ELISA ou IFI) • • MORTE Indivíduos com infecção inaparente NÃO devem ser tratados Diagnóstico Clínico da LV • De ser suspeitado: • Febre • Esplenomegalia • Hepatomegalia
  • 18. Diagnóstico clínico da LV • Leishmaniose Visceral • Período Inicial: • • • • • Período de Estado: • • • • • • Febre – duração inferior a 4 semanas Palidez Hepatoesplenomegalia História de tosse e diarréia Febre irregular Emagrecimento progressivo Palidez Aumento da hepatoesplenomegalia Comprometimento do estado geral do paciente Período de Final: • • • • Febre contínua Desnutrição (pele seca, cabelos quebradiços) Edema dos membros inferiores Hemorragias, icterícias e ascite (acumulo de liquido no abdômen)
  • 19. Tratamento da LV • Compostos antimoniais pentavalentes • Stibogluconato de sódio • Antimoniato-N-metil glucamina (Sb⁵) • • • Distribuído, no Brasil, pelo MS Ampolas de 5 ml Tratamento: • • Respeitando o limite máximo de 2 a 3 ampolas dia Efeitos colaterais • • Mínimo 20 dias e máximo 40 dias • • Dose: 20 mg de Sb⁵ Kg/dia (EV ou IM) Em caso de arritmias – suspensão e troca de medicamento Tratamentos alternativos • Anfotericina B • Pentamidinas O seguimento do paciente tratado deve ser feito aos 3, 6 e 12 meses após tratamento
  • 20. Profilaxia da LVA • Busca ativa e tratamento de todos os casos humanos • Identificação dos cães doentes e sua eliminação • Combate ao vetor (flebótomo) • Ações educativas • Investigação epidemiológica • Estudos entomológicos, parasitológicos e ecológicos
  • 22. Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) • Zoonose Antropozoonose • Doença polimórfica provocada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania • Infecção se carateriza pelo parasitismo das células do SFM da derme e da mucosa do hospedeiro vertebrado • Três manifestações clinicas • • Cutaneomucosa • • Cutânea Difusa Doença típica de países e/ou regiões pobres e quentes • 88 países – 76 são subdesenvolvidos • Apenas 32 países – notificação compulsória
  • 23. Agentes etiológicos da LTA • Agentes Etiológicos • Brasil • • L. (V.) guyanensis, • L. (V.) lainsoni, • L. (V.) shawi, • L. (V.) naiffi, • • Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonensis México e América Central • • L. (L.) mexicana Venezuela • L. (L.) venezuelensis • L. (L.) pifanoi Fonte: Alfredo J. Altamirano-EncisoI; Mauro C. A. MarzochiII; João S. MoreiraIII; Armando O. SchubachIV; Keyla B. F. MarzochiV
  • 24. Agentes etiológicos da LTA de maior importância no Brasil • Leishmania (Viannia) braziliensis • Amplamente distribuído pelo território brasileiro • • • Do sul do Pará, ao Nordeste, chegando a região Centro Oeste, Diretamente associada as leishmanioses cutânea Leishmania (Leishmania) amazonensis • Floresta primária e secundária da região Amazônica • AM, PA, RO, MA e TO • Áreas de igapó e várzea • Sua presença estende-se pata, BA, MG, SP e GO • A doença humana é relativamente rara (baixa antropofília do vetor) • Podendo levar a uma lesão ulcerada única
  • 25. Agentes etiológicos da LTA de maior importância no Brasil • Leishmania (Viannia) guyanensis • Norte da bacia Amazônica e Guianas • AP, RR, AM, PA • Floresta de terra-firme • Caracterizada por lesões únicas e multiplas • O comprometimento mucoso por esta sp é raro • Atinge principalmente homem jovens (desflorestamento) Lesão de leishmaniose tegumentar Americana Lesão labial de leishmaniose tegumentar Americana
  • 26. Morfologia • 2 sub-gêneros : Leishmania e Viannia • Promastígota – Tubo digestivo dos vetores invertebrados e em meios de culturas artificiais • Amastigota – Obrigatoriamente parasita intracelular em vertebrados Todas as espécies de Leishmania são HETEROXÊNICAS
  • 27. Reservatórios • Na área urbana • • • Cães, gatos Homem No ambiente silvestre • Paca, ouriço, cutia, e diversos ratos • Tatu, tamanduá, preguiça • Marsupiais (Didelphis albiventris) • Carnívoros (quatis) • Eqüinos • Primatas (macaco-da-noite, micos, homem)
  • 28. Vetores da LV • Flebotomíneos • • • • Mosquito palha, Tatuquiras, Birigui, etc. As 9 • • • • • • • • • • espécies relacionadas com a transmissão são: Lutzomyia (Viana) braziliensis L. intermedia L. pessoai L. wellcomei L. whitmani L. (V.) guyanensis L. umbratilis L. anduzei L. (V.) lainsoni L. ubiquitalis Lutzomyia sp.
  • 29. Epidemiologia da LTA • Ampla distribuição nas Américas • Sul dos EUA – Norte da Argentina • Exceção do Uruguay e Chile • No Brasil: • Ampla distribuição por todas regiões geográficas • Média de 30.000 casos notificados ano (Mistério da Saúde) • NE – 39% (MA, BA, CE) • N – 35% (PA, RO, AM) • CO – 16% (MT) • SE – 8% (MG) • SUL – 2% (PR) • No Brasil, a doença apresenta dois padrões epidemiológicos • Surtos Epidêmicos • Notificação de casos em regiões de colonização antiga • Processo migratório, ocupação de encostas, grande nº. de reservatórios
  • 30. Diagnóstico • Clínico • Lesões cutâneas (respondem bem ao tratamento) • Lesões mucosas • • • • Secundárias as lesões cutâneas Surgem meses/anos após as lesões de pele Comprometimento Ganglionar Laboratorial • • • Sorologia (ELISA ou IFI) Parasitológico Epidemiológico
  • 31. Tratamento da LTA • Compostos antimoniais pentavalentes • Stibogluconato de sódio • Antimoniato-N-metil glucamina (Sb⁵) • • • Distribuído, no Brasil, pelo MS Ampolas de 5 ml Tratamento: • • Respeitando o limite máximo de 2 a 3 ampolas dia Efeitos colaterais • • Mínimo 20 dias e máximo 40 dias • • Dose: 10-20 mg de Sb⁵ Kg/dia (EV ou IM) Em caso de arritmias – suspensão e troca de medicamento Tratamentos alternativos • Anfotericina B • Pentamidinas
  • 32. Medidas gerais de controle da LTA • Vigilância Epidemiológica • Detecção de casos • Investigação epidemiológica • • Estudos parasitológicos • Estudos ecológicos (reservatórios envolvidos) • • Estudos entomológicos Caracterização do surto epidêmico Medidas de proteção individual • Uso de mosquiteiros • Telas • Repelentes • Controle de reservatórios • Ações educativas • Ações administrativas
  • 33. Pesquisa em Leishmaniose • • A doença atinge ~ 2 milhões de pessoas por ano no mundo, Comparação do genoma de 3 sp. revelou: – Wellcome Trust Sanger Institute – – – L. infantum (visceral) L. braziliensis (cutânea) - L. Major (cutânea) Pequena diferenciação entre seus genes, – O estudo sugere que apenas um pequeno número de genes do parasita exerce uma maior influência sobre a forma clínica que a Leishmaniose vai apresentar – possibilidade de desenvolvimento de tratamentos mais específicos e eficazes.

Editor's Notes

  1. {}