O poema discute como usar máscaras para esconder a verdadeira identidade de alguém pode afastá-lo dos outros e dificultar relacionamentos significativos, já que as pessoas se conectam com a autenticidade e não com máscaras.

2. Cada vez
que ponho
uma máscara
para esconder
minha realidade,
fingindo ser
o que não sou...

3. faço-o
para atrair o outro
e logo descubro
que só atraio
a outros mascarados
distanciando-me
dos outros
devido a um estorvo:
A máscara .

4. Faço-o
para evitar
que os outros vejam
minhas debilidades
e logo descubro
que, ao não verem
minha humanidade,
os outros não podem
me querer pelo que sou,
senão pela
máscara .

5. Faço-o
para preservar
minhas amizades
e logo descubro que,
quando perco um amigo,
por ter sido
autêntico,
realmente
não era meu amigo,
e, sim, da
máscara.

6. Faço-o
para evitar
ofender alguém
e ser diplomático
e logo descubro
que aquilo
que mais ofende às
pessoas,
das quais quero
ser mais íntimo,
é a máscara.

7. Faço-o
convencido de que
é melhor que posso fazer
para ser amado
e logo descubro
o triste paradoxo;
o que mais desejo obter
com minhas máscaras
é, precisamente,
o que não consigo
com elas.

8. SAIR
REINICIAR