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            FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS
           CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA



                   Rodrigo Santos Arruda




                  MARKETING E TWITTER:
ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE
              PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS




                    Montes Claros - MG
                     Novembro/ 2011
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                   Rodrigo Santos Arruda




                  MARKETING E TWITTER:
ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE
              PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS

                             Trabalho de conclusão do Curso de
                             Publicidade     e    Propaganda  das
                             Faculdades Integradas Pitágoras de
                             Montes Claros, como requisito para a
                             obtenção do Título de bacharel em
                             Publicidade e Propaganda.

                             Orientador: Prof.   Alcino   Franco   de
                             Moura Júnior




                    Montes Claros - MG
                     Novembro/ 2011
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                   Rodrigo Santos Arruda




                  MARKETING E TWITTER:
ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE
              PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS




                        Trabalho de conclusão de curso apresentado
                        ao Curso de Publicidade e Propaganda das
                        Faculdades Integradas Pitágoras de Montes
                        Claros, como requisito para a obtenção do
                        Título de bacharel em Publicidade e
                        Propaganda.
                        Data da Aprovação: 05/12/2011.




                    Montes Claros - MG
                     Novembro/ 2011
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Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos e amigos que estiveram presentes
  em cada momento dessa jornada. Em especial a Cindy e Alessandro, que me
escutaram falar sobre o tema mais vezes que qualquer ser humano gostaria de
                                                                     fazê-lo.
4



                               AGRADECIMENTOS


          Gostaria de expressar minha gratidão pelo empenho do meu orientador
Prof. Alcino Franco de Moura Júnior, juntamente com a Profa. Josiane Santos Brant
Rocha, que participaram da transformação de uma ideia em um trabalho do qual
posso me orgulhar.


          Agradeço também a meu pai, Jurandi, que por mais óbvio que fosse não
desistiu de acreditar em meu potencial.


          Ainda em tempo, sou grato pelo apoio sempre presente de minha mãe,
@RaquelMArruda,      meu   irmão   @RafaelSArruda,    meus   amigos   e   colegas
@AdamKronus,      @overdosepop,     @liviodesouza,   #SauloSemTwitter,    @wisibr,
@fabrinej e @agmantraman, além dos meus         preciosos followings, experts em
várias áreas da publicidade, marketing e comunicação, @pedroporto, @AdrianaK,
@brunoscarto, @marianarrpp e @danielsouza, que às vezes, mesmo sem saber,
me ajudaram muito na construção do meu conhecimento
          A todos, meu muito obrigado.
5




“Mas o que vale é que sempre estamos aqui para ajudar, não é?”

                                                     Pinguim
                           @pontofrio em resposta à @nikitavg
6



                                       RESUMO

O presente estudo trata da comunicação empresarial no Twitter e tem o objetivo do
de analisar como a referida rede social pode ser utilizado como ferramenta de
divulgação de um produto, marca ou serviço, suas aplicações como ferramenta de
marketing e as possibilidades de divulgação e interação que ela oferece. Para isso
fez-se uma busca em referenciais clássicos sobre marketing, publicidade,
propaganda, comunicação e redes sociais, prosseguindo em teorias mais recentes
sobre marketing digital, redes sociais na internet e consumidor 2.0, com o uso de
pesquisa qualitativa e bibliográfica, também foi observado o uso empresarial do
Twitter com uma pesquisa documental e cruzando conceitos e contextualizando a
teoria no uso do Twitter para comunicação empresarial. Por se tratar de uma rede
social dinâmica as possibilidades de interação entre consumidor/empresa no Twitter
são enormes, desde o uso da ferramenta como vitrine de produtos, realização de
promoções e sorteios, a utilização do perfil da empresa como canal de SAC, até a
interação direta com o consumidor, possibilitando que esse passe a ser coprodutor,
divulgador e incentivador de consumo da marca. Mas para que o Twitter seja uma
ferramenta efetiva de marketing precisa-se mais que cadastrar sua empresa na
rede, uma série de pesquisas, planejamentos, ações de gestão e de controle devem
ser tomadas. O entendimento de conceitos clássicos de marketing unidos com
novos estudos, estratégias e o entendimento do conceito de comunicação são
fundamentais para que o Twitter seja mais que um meio de divulgação, mas sim um
canal de comunicação e viralização da sua marca. O intuito, por parte das
empresas, de se obter o melhor desempenho em um meio onde a resposta, positiva
ou negativa, é imediata e pode criar uma imagem duradoura do que se promove,
levando à necessidade de um planejamento de ações e um estudo de conceitos e
características tanto do Twitter como ferramenta de divulgação quanto do novo perfil
do consumidor moldado pelas possibilidades de interação em redes sociais com o
grau de dinamicidade como o do objeto de estudo do seguinte trabalho.


Palavras-chave:     Twitter.   Redes    Sociais.   Comunicação.   Marketing    web.
Publicidade.
7



                                     ABSTRACT

This study addresses the business communication in Twitter and has the goal of
analyzing how such a network can be used as a tool for disseminating a product,
brand or service, its applications as a marketing tool and the possibilities of diffusion
and interaction it offers. For that became a classic reference on in search marketing,
publicity, advertising, communication and social networking, continuing in more
recent theories about digital marketing, social networking sites and consumer 2.0,
with the use of qualitative research and literature, was also subject to the business
use of Twitter with a desk and crossing concepts and contextualizing the theory in
the use of Twitter for corporate communications.Because it is a social networking
possibilities of dynamic interaction between consumer / business on Twitter are
enormous, from using the tool as a showcase of products, make promotions and
sweepstakes, using the company's profile as a channel of SAC, to direct interaction
with the consumer, enabling it to become co-producer, publisher and promoter of
brand consumption. But for that Twitter is an effective marketing tool needs to be
more than register your company network, a lot of research, planning, stock
management and control should be taken. The classic understanding of marketing
concepts together with new studies, strategies and understanding of the concept of
communication are fundamental to Twitter is more than a means of disclosure, but
rather a channel of communication and viralização of your brand. The order, by
companies, to obtain the best performance in an environment where the response,
positive or negative, is immediate and can create an enduring image of what is
promoted, leading to a need for action planning and a study concepts and
characteristics of both Twitter as marketing tool and the new consumer profile
shaped by the possibilities of interaction in social networks with the degree of
dynamism as the object of study of the following work.

Keywords: Twitter. Social Networks. Communication. Marketing web. Advertising.
8
9



                                      LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura 1 – Diagrama das Redes de Paul Baran.................................................... 26
Figura 2 – Facebook Vs. Twitter............................................................................ 32
Figura 3 – Infográfico: tempo de resposta ao cliente.............................................33
Figura 4 – Influência das redes sociais na decisão de compra............................. 35
Figura 5 – Vídeo postado no youtube.com pelo Sr. Boreli.................................... 36
Figura 6 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli
reclamando com @brastemp................................................................................. 37
Figura 7 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli
sobre a solução de seu problema com @brastemp.............................................. 37
Figura 8 – Página do perfil @pontofrio.................................................................. 45
Figura 9 – @pontofrio no ranking do site twitaholic.com....................................... 46
Figura 10 – Dados sobre Followers do perfil @pontofrio
segundo o ranking do site twittercounter.com....................................................... 46
Figura 11 – Gráfico de crescimento de Followers do perfil
@pontofrio segundo o site twittercounter.com...................................................... 47
Figura 12 – Exemplo de interação do @pontofrio com seus seguidores.............. 48
10



                                 LISTA DE QUADROS


Quadro 1 – Tipos de Marketing segundo SERRANO (2011)................................ 15
Quadro 2 – Ferramentas de marketing web segundo CANESSO (2004)............. 18
Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital proposto por ADOLPHO (2011)............. 19
11



                                                      SUMÁRIO



    1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 11
    1.1 Problema .................................................................................................. 11
    1.2 Objetivos................................................................................................... 11
    1.3 Justificativa................................................................................................ 12

2 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................ 14
  2.1 Marketing.................................................................................................. 14
  2.2 Marketing Digital e Marketing na Internet…………………………………...17
  2.3 Comunicação………………………………………………………………….. 21
  2.4 Publicidade e Propaganda........................................................................ 23
  2.5 Redes Sociais........................................................................................... 25
  2.6 Consumidor 2.0......................................................................................... 27

3 METODOLOGIA............................................................................................... 29
  3.1 Caracterização da Pesquisa..................................................................... 29
  3.2 Campo de Investigação............................................................................ 29
  3.3 Procedimentos.......................................................................................... 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................30
  4.1 Twitter....................................................................................................... 30
  4.2 Marketing e Publicidade no Twitter........................................................... 39
  4.3 Exemplo de utilização do Twitter em Marketing Web............................... 45

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 50

    Referências...................................................................................................... 51

    Apêndice...........................................................................................................55
12



1 INTRODUÇÃO


            O presente trabalho busca fazer uma análise do Twitter em relação a sua
utilização como ferramenta de marketing para a divulgação de marcas, produtos e
serviços. Por se tratar de uma ferramenta relativamente nova e com uma
característica dinâmica, a divulgação de marcas, produtos e serviços no Twitter
ganha características mais complexas, funcionando com um canal de comunicação
interativo, onde o receptor da mensagem publicitária deixa de ser um receptor
passivo como ocorre em meios tradicionais de divulgação e passa a interagir de
forma intensa com o conteúdo.
            Para isso foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica observando
desde conceitos clássicos de comunicação, publicidade, propaganda e marketing,
propostas modernas de marketing digital, conceitos de redes sociais digitais e não
digital e sua dinâmica, análise do consumidor 2.0 e sua interação com as marcas e
as redes sociais até chegarmos ao Twitter em si, sua utilização pelo cliente e pela
marca e a dinâmica que rege esse relacionamento.
            Na pesquisa e análise que se seguem buscou-se entender como o uso do
Twitter pode ser útil para a empresa e qual postura adotada diante de uma
possibilidade de contato tão direto e de tamanha amplitude, onde o que é dito pode
tomar proporções de grandeza extraordinárias e influenciar a opinião de vários
consumidores latentes, formando uma imagem potencialmente duradoura da marca.


1.1 Problema:


            Como o Twitter pode ser utilizado para divulgação de produtos, marcas e
serviços?


1.2 Objetivo:


Geral:
            Analisar como o Twitter pode para ferramenta de divulgação de um
produto, marca ou serviço.
13



Específicos
      Verificar conceitos e requisitos relacionados ao marketing digital;
      Descrever as principais estratégias de divulgação de produtos, marcas e
       serviços com o Twitter.


1.3 Justificativa:


           Desde a introdução do conceito de composto de marketing proposto por
Neil Borden (1953 apud Toledo 2002), passando pelos 4Ps em que McCarthy et al
(1997) reuniu as variáveis controláveis (Produto, Preço, Promoção e Praça),
seguindo pela definição de Kotler (2006), que afirma que o composto de marketing
é o conjunto de ferramentas que a empresa usa em busca de atingir seus objetivos
de marketing e “alcançar resultados de troca desejados com mercados-alvo.” Kotler
(2006) tem encaixado os conceitos de marketing a todos mercados, consumidores e
diferentes meios que surgem a cada dia, modificando e adaptando esses conceitos
para adequá-los às mudanças constantes do mercado.
           Na era da comunicação e do marketing digital novas teorias e definições
têm sido propostas para atualizar as proposições clássicas a essa nova realidade do
mercado, como os 8P’s do marketing digital (Pesquisa, Planejamento, Produção,
Publicação, Promoção, Propagação, Personalização, Precisão) descritos por
Adolpho (2011) “os 8P’s do marketing digital [...] permitem que as empresas
aprendam sobre o marketing digital de seu negócio, de sua área de atuação.”.
           Ainda mais antigo que o conceito de marketing e tão antigo quanto a
própria comunicação em si, o conceito de rede social remonta à antiguidade, desde
o surgimento da sociedade e da comunicação. Em toda interação humana, de forma
social, há o surgimento de uma rede de interação.
           A rede social digital é uma forma inovadora de tratar a informação e sua
disseminação, na qual a informação é transmitida de forma horizontal e o público
não mais recebe o conteúdo de forma passiva, mas o comenta em tempo real e o
retransmite. Na rede social, o conteúdo da informação é gerado pelo próprio público,
que pode contestá-lo, retransmiti-lo ou absorvê-lo, de acordo com sua conveniência.
           O   Twitter   se   diferencia   de   outras   redes   sociais   digitais   pela
instantaneidade da informação, em mensagens curtas, contendo no máximo 140
14



caracteres, onde são passadas informações pessoais, cotidianas ou de interesse
público, e disseminadas de forma viral pelos usuários de acordo com sua relevância.
          Quando se foca no uso corporativo das redes sociais com intuito de
divulgação se encontram diferenças nas estratégias do uso da mídia social,
adequando a ferramenta ao perfil e intenções de quem divulga.


                    Quando você produz tweets interessantes, seus seguidores se
                    beneficiam. Encontram o caminho para seu site, no qual podem
                    colher algumas informações de valor, aproveitam as vantagens de
                    ofertas especiais e códigos de descontos, obtêm uma maior
                    compreensão do tipo de produtos, serviços e informações que lhe
                    são oferecidas. COMM (2009, p. 135)


          Este trabalho tem o intuito de traçar um paralelo entre marketing e
comunicação na rede social digital Twitter, analisando o possível uso desta rede
como ferramenta de marketing para divulgação de marcas, produtos e serviços. Por
se tratar de uma ferramenta relativamente nova, a utilização do Twitter como canal
de divulgação nem sempre é efetiva e é comum ocorrerem ruídos quando se tenta
usar a mesma forma de comunicação que se usa nos meios tradicionais.
15



2 REVISÃO DA LITERATURA


2.1 Marketing


                     Toda oferta de marketing traz em sua essência uma idéia básica. [...]
                     Produtos e serviços são plataformas para a entrega de algum
                     conceito ou benefício. As empresas empenham-se arduamente na
                     busca da necessidade essencial que tentarão satisfazer. (KOTLER,
                     2006, p.27)



           Por definição, “Marketing é uma palavra em inglês derivada de market,
que significa mercado e a ação voltada para ele. Assim, entende-se que a empresa
que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas ações”
(Limeira, 2004). O conceito moderno de marketing, seu surgimento no pós-guerra
gerou uma competição entre as empresas a partir da década de 1950 com o avanço
da industrialização em todo o mundo, mudando o foco das ações do produto para o
cliente, ainda conforme o autor.
           A base do marketing passa pelo planejamento da divulgação de uma
marca, produto ou serviço, analisando o produto, delimitando o público pretendido,
analisando o mercado, canais de distribuição e também como e onde comunicar o
que se oferece. Kotler (2006) diz, que para satisfazer a demanda, o profissional de
marketing deve mensurar o mercado potencial e desenvolver o produto ou serviço
voltados para esse mercado, pensando primeiro no que o público deseja. Essa visão
é corroborada por Levitt (1986) “[...] uma administração com o espírito totalmente
voltado para o cliente pode fazer para manter em desenvolvimento um setor de
rápida expansão, mesmo depois de esgotadas as oportunidades óbvias [...]”, e Levitt
diz também que o quando o foco está no produto ou serviço, o sucesso dura apenas
o tempo de ápice da demanda, pois tende-se a não adaptar-se à necessidade do
mercado.
           Ainda de acordo com Kotler (2006) sobre o valor e a satisfação o êxito do
produto ofertado está ligado ao valor e a satisfação que esse proporciona ao
comprador alvo, devendo por tanto ser pensado para o mercado determinado, pois o
comprador vai optar pelo que lhe proporciona maior satisfação e o que lhe confere
maior valor.
16



          O que leva a um conceito mais atualizado de marketing, apresentado por
Limeira (2005) em que a função do marketing passa a ser “criar continuamente valor
para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da
gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço,
comunicação e distribuição.”.
          McCarthy (1997) introduziu os 4 P’s ( Produto, Preço, Praça, Promoção)
do marketing traduzindo os conceitos básicos que formam o mix de marketing, e que
Públio e Lima (2008) apresentam da seguinte forma:


                      O Produto ou serviço deve satisfazer as necessidades e os desejos
                      dos consumidores. O preço deve ser ajustado às condições de custo
                      de fabricação e de mercado. No ponto de venda ou praça deve estar
                      o produto ou serviço da forma mais acessível e rápida possível ao
                      consumidor. A promoção deve comunicar o produto ou serviço ao
                      mercado, estimular a venda. (PÚBLIO e LIMA, 2008 p.5)


          Serrano (2011) descreve um grande número de conceitos de tipos de
marketing, dos quais, alguns são mais pertinentes para o presente trabalho e
apresentados do artigo publicado na web intitulado Tipos de Marketing,
apresentados no Quadro 1.
                                  Quadro 1 - Tipos de Marketing
                                                                                (continua)
Cybermarketing                  Considerado uma ferramenta facilitadora para o Marketing.
                                Trata-se de instrumentos para focalizar na "personalização
                                em massa", proporcionando maior rapidez nas transações,
                                do que comparado aos meios tradicionais de troca. Por
                                usar as cyber ferramentas, permite total interação com o
                                cliente. Pode ser utilizado como ferramenta do Marketing
                                direto ou para o Marketing de massa.
Marketing de Incentivo          É uma ferramenta que engloba campanhas de incentivo,
                                endomarketing, fidelização, programas de relacionamento,
                                eventos, viagens, entre outras ações que permitem, dentro
                                de uma relação custo/benefício, atingir os objetivos da
                                empresa.
Marketing de                    Estratégia que visa o profundo conhecimento do cliente e
Relacionamento                  de seus hábitos, visando atendê-lo de forma a obter a
                                fidelização.
Marketing de Varejo             Atividade comercial responsável por providenciar
                                mercadorias e serviço desejados pelos consumidores.
                                Henri Richter definiu o varejo como um processo de
                                compra de produtos e quantidade relativamente grande
                                dos produtores, atacadistas e outros fornecedores e
                                posterior venda em quantidade de menores ao consumidor
                                final.
17



                          Quadro 1 - Tipos de Marketing
                                                                          (continuação)
Marketing Experiencial       É o Marketing que integra diversos elementos relacionados
                             à lógica, às emoções e ao Pensamento, visando o contato
                             com o consumidor com a marca ou empresa.
Marketing Focado no          Obtenção de um valor pleno de duração de cada cliente e
Cliente                      manutenção dessa duração crescente ano após ano. É
                             usar os lucros excedentes do sucesso alcançado para
                             custear a conquista de novos clientes a um custo mais
                             baixo. O objetivo, a longo prazo, é a sobrevivência e o
                             crescimento rentáveis.
Marketing Institucional      Atividades empreendidas para criar, manter ou alterar as
                             atitudes e comportamentos dos clientes- alvo para com
                             uma organização.
Marketing interativo         É o conjunto de ações de marketing direcionadas para criar
                             uma interação entre o cliente e a empresa, em que o
                             cliente tem um papel ativo, possibilitando a personalização
                             e a customização de produtos e serviços.
Marketing Online             Marketing baseado no uso de ferramentas, instrumentos,
                             softwares e atividades relacionadas à Internet, como Links
                             patrocinados, banners publicitários, sites, e-mails, blogs e
                             newsletters entre outros.
Marketing Viral              Forma de transmitir uma mensagem ou uma idéia a um
                             grupo de pessoas. Cada pessoa que recebe a mensagem
                             se sente compelida a retransmitir a mensagem, atingindo
                             assim, de forma exponencial, milhares ou milhões de
                             pessoas.
Webmarketing                 É o conjunto de ações de marketing intermediadas por
                             canais eletrônicos como a internet, em que o cliente
                             controla a quantidade e o tipo da informação recebida.
fonte: Serrano (2011)
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2.2 Marketing Digital e Marketing na Internet


           O marketing digital e o marketing na internet são aplicações dos conceitos
clássicos ao ambiente web, transportando e atualizando as aplicações das
estratégias já usadas nas empresas para o novo público formado na era digital.

                       O marketing digital é o conjunto de estratégias de marketing e
                       publicidade, aplicadas à Internet, e ao novo comportamento do
                       consumidor quando está navegando. Não se trata de uma ou outra
                       ação, mas de um conjunto coerente e eficaz de ações que criam um
                       contato permanente da sua empresa com seus clientes. (TORRES,
                       2010 p.7)


           Junto com o marketing na internet vem também o conceito de marketing
de interrupção e marketing de permissão introduzido por Godin (2000) que diferencia
a forma tradicional de se comunicar produtos, marcas ou serviços em forma de
interrupção da atenção do público, como por exemplo, em reclames comerciais em
TV, anúncios em revistas, ou mesmo no e-mail marketing, onde anunciantes
compram ou alugam listas de endereços de e-mails e lhe enviam anúncios sem o
seu consentimento. Essa prática é denominada de SPAM1, que é toda a informação
publicitária ou não que é enviada sem consentimento por meio digital. A definição de
contraposição do marketing de interrupção é o marketing de permissão, onde o
público é interrompido uma única vez para que seja pedida sua autorização de
recebimento de informações e, a partir daí, com seu devido consentimento, ele
passa a receber informações da empresa e tem a opção de deixar de receber a
qualquer momento, decidindo quando começa e quando termina seu relacionamento
com a empresa.
           Com o uso do marketing de permissão em ambiente web obtêm-se alguns
válidos benefícios, ainda segundo Godin (2000) como a otimização de investimento
com o direcionamento ao público que realmente tem interesse no que se oferece
assim como a possibilidade de personalização da informação por meio de filtros de
interesse do receptor que pode ser feito no ato de preenchimento do cadastro
autorização de recebimento, por exemplo. A principal ferramenta do marketing de
permissão é o e-mail marketing, que para efeito de diferenciação com o SPAM, é
chamado pelo termo em inglês Newsletter.
1
  SPAM é o termo em inglês referente a mensagens enviadas sem o consentimento do receptor. O
termo surgiu à partir de uma esquete do grupo de humor inglês Monty Python de nome SPAM.
19



              Mas a Newsletter está longe de ser a única ferramenta de marketing na
internet, outras ferramentas estão presentes no dia a dia de quem acessa a internet.
Canesso (2004) descreve algumas dessas ferramentas conforme apresentado no
Quadro 2.
                               Quadro 2 – Ferramentas de marketing web
Banners                              são peças estáticas, animadas ou até interativas
                                     presentes em forma de anúncio pago em sites que
                                     usualmente redirecionam ao site do anunciante
Pop-up                               se apresentam como janelas com conteúdo
                                     publicitário que abrem de forma automática ao se
                                     entrar em determinado site
Pop-under                             têm uma dinâmica parecida com os pop-up, porém
                                     abrindo uma janela abaixo do browser principal
Floate                                se apresenta como uma imagem que flutua pela
                                     homepage do provedor
Interstitial                         é uma página que se intercala ao fluxo normal de
                                     navegação de um website contendo anúncios ou
                                     conteúdo extra ao do site que se acessou
Superstitial                         é uma peça parecida com o banner mas usa de
                                     animação e som em seu anúncio, se aproximando
                                     dos VTs de televisão
Marketing de mensagens               são mensagens disparadas de forma automáticas
                                     em salas de bate-papo com conteúdo publicitário;
Patrocínio                           acontece como em outros meios, onde o
                                     anunciante escolhe um site com conteúdo de
                                     interesse do seu público alvo para anunciar
Advertorial                          o anunciante aproveita o conteúdo editorial do site
                                     para anunciar o que pretende
Mecanismo de busca                   links pagos em mecanismo de busca como o
                                     Google, direcionado pelo conteúdo da pesquisa
                                     realizada e colocado em posição de destaque entre
                                     as respostas geradas
fonte: Canesso (2004)


              Além das possiblidades de formas de comunicar que a internet oferece é
importante atentar ao perfil do público e à forma que esse recebe e interage com a
informação como ressalta Torres (2010), que, ressalta também a mudança no
consumidor devido aos novos hábitos adquiridos em ambiente web, como o uso do
e-commerce2 para a compra de todo tipo de produto e o uso das redes sociais para
pesquisa sobre produtos e serviços, o que Adolpho (2011) chama de “busca social”
onde a busca por um serviço se baseia na experiência de outros e suas indicações,
diferentemente do que acontece em buscas diretas realizadas em ferramentas de
2
    Ponto de comércio na internet
20



busca com o Google, a “busca social” realizada em redes sociais conta com o
sentimento de quem interage em forma de resposta a uma solicitação.
          Adolpho (2011) sistematiza o marketing digital em oito passos cíclicos e
que, ele afirma, devem ser adotados de forma metódica para o sucesso da empresa
em ambiente online. Ele denomina esses passos como “8 Ps do marketing digital,
que não são uma mistura dos 4 Ps clássicos do marketing aplicados à internet, mas
uma forma de conduta e estratégias sistematizadas a serem aplicadas de forma
cíclica, onde o consumidor é tanto o ponto de partida quanto a finalidade do
planejamento produtivo e de marketing.
          Os “8 Ps do marketing digital propostos por Adolpho (2011) são descritos
no Quadro 3.


                         Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital
                                                                        (continua)
1º- Pesquisa                   É o ato de verificar o que o consumidor deseja do
                               seu produto por uma analise do “rastro” de opiniões
                               que ele deixa em seu uso da web. O consumidor,
                               antes da escolha de compra, pesquisa, busca
                               opiniões em fóruns, assiste reviews, e mesmo
                               depois da compra ele posta suas opiniões em blogs
                               e até faz sugestões sobre o produto direto ao
                               fabricante com o uso das redes sociais. E essa
                               disposição em participar do processo de criação,
                               aprimoramento e da decisão de compra de outros
                               deixa impressões na web que podem ser
                               verificadas e medidas pelas empresas, tornando a
                               pesquisa mais do que o questionamento sobre o
                               desejo e expectativas de uma amostra, mas um
                               trabalho de investigação em tempo real da opinião
                               do usuário.
2º- Planejamento               O planejamento é um documento detalhado de toda
                               a ação que será executada na campanha que vai
                               desde a pesquisa realizada no 1º P até o 8º P que
                               é a “Precisão”, e deve ser acompanhado durante
                               todo o processo, atento para as modificações e
                               adequações necessárias para que o resultado
                               desejado seja atingido. É esse documento que
                               direciona toda a ação da equipe de marketing
                               digital, fazendo que todos trabalhem seguindo a
                               mesma direção.
21



                      Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital
                                                                                  (continuação)
3º- Produção                         Trata da execução do planejamento da campanha,
                                     é a implementação das ferramentas web, seus
                                     testes e suas adequações para otimizar a
                                     navegação por parte do usuário, facilitando a busca
                                     da plataforma, aumentando o tempo de navegação,
                                     criando vínculos com o cliente e monitorando
                                     métricas de acesso e navegação.
4º- Publicação                       Gerar visitação, interação e divulgação da
                                     plataforma disponibilizada na internet depende da
                                     relevância do conteúdo gerado para o consumidor.
                                     Fazer do consumidor um agente divulgador da
                                     marca é algo desejado por qualquer empresa,
                                     diminuindo o investimento em mídia, tanto off-line
                                     quanto online e justificando o investimento em
                                     plataformas em ambiente web. Ter um site na
                                     internet não significa ter acessos, a forma como
                                     esse site é divulgado, o conteúdo nele
                                     disponibilizado e possibilidade do consumidor
                                     interagir esse conteúdo é o que justifica o
                                     investimento em campanhas online.
5º- Promoção                         O planejamento da campanha deve contemplar a
                                     autoalimentação, otimizando assim o investimento
                                     por meio do incentivo de interação e
                                     compartilhamento,     com     a    identificação  e
                                     direcionamento da comunicação para formadores
                                     de opiniões na rede e dando a eles motivos para
                                     divulgarem o conteúdo gerando assim buzz3 e a tão
                                     desejada viralização.
6º- Propagação                       A propagação do conteúdo desejado parte da
                                     interação com o consumidor em ambiente web,
                                     pois o consumidor só propaga o que ele conhece,
                                     gosta, se relaciona e confia. A propagação, mesmo
                                     sendo uma iniciativa do consumidor deve ser
                                     planejada, incentivada e monitorada pela empresa,
                                     a fim de que o resultado esteja dentro do
                                     pretendido.




3
 A palavra em português que se equivale à buzz é burburinho. O termo refere-se aos comentários
espontâneos gerados assim como a replicação e comentários subsequentes.
22




                   Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital
                                                                     (continuação)
7º- Personalização             A segmentação do mercado e das ações web de
                               comunicação é fundamental para o sucesso de
                               uma campanha na internet, desde a navegação do
                               site aos e-mails enviados para cada cliente. A
                               informação deve ser direcionada ao indivíduo,
                               adequando o conteúdo e até a linguagem usada. A
                               atenção     aos    detalhes     de     programação,
                               monitoramento e retorno ao cliente deve ser algo
                               em vista para se cativar o apreço do consumidor,
                               fazendo-o sentir-se “amigo” da marca. A
                               comunicação em massa pode impactar, mas
                               dificilmente vai cativar e criar o sentimento de
                               proximidade necessário para fidelização do cliente
                               web.
8º- Precisão                   Mensurar resultados e monitorar em tempo real é a
                               única forma de adequar açõe) a fim de minimizar a
                               possibilidade de fracasso em uma ação em
                               andamento e de corrigir falhas em ações futuras.
                               Sem o monitoramento a possibilidade de a
                               mensagem não atingir o público desejado ou que
                               ela atinja de forma errada continua a mesma, mas
                               a impossibilidade de se corrigir a falha é algo que
                               pode arruinar a campanha e todo o trabalho
                               realizado nos outros 7 Ps.

fonte: ADOLPHO (2011)


          Adolpho (2011) mostra com os 8 Ps, não há complexidade de
implementar o marketing digital, mas a diferença do consumidor atual, a forma que
ele deseja ser tratado, as ações que toma antes da decisão de compra, e como se
adequar a esse consumidor, como manter o foco no consumidor e atender suas
expectativas.


2.3 Comunicação


          Fazendo parte das ferramentas do marketing, a comunicação é a forma
de a empresa se mostrar ao seu público. “Comunicação empresarial é o processo –
conjunto de métodos, técnicas, recursos, meios, etc. pelo qual a empresa se dirige
ao público interno (seus funcionários) e ao público externo (seus consumidores).”
(Baiha, 1995, p.15). Mas existe uma distinção entre a informação e a comunicação,
23



de acordo com Casali (2002) “[...] nem sempre uma informação é capaz de
estabelecer conexões e produzir comunicação, embora esta seja a matéria prima do
processo comunicativo.”, Casali (2002) completa dizendo que a informação somente
se concretiza em comunicação quando adquire caráter de diálogo, a comunicação
só é estabelecida quando existe uma resposta para a informação.
             Sampaio (2001) apresenta alguns modelos de comunicação como “o
modelo criado em 1949 por C.E Shannon e W. Weaver, que concebe a comunicação
como uma transmissão de sinais.” Sampaio (2001) continua a discorrer sobre esse
conceito de comunicação que simplifica a comunicação à questão de transporte,
tratando a mensagem e o significado como sinais a serem transmitidos e
decodificados, o que geraria o problema da conceptualização da informação como
algo objetivo que seria transportado do emissor ao receptor em sua integralidade,
sem sofrer qualquer interferência ou modificação, levando a acreditar que o emissor
e o receptor verão a “mensagem sob a mesma óptica”.


                      Os agentes comunicacionais são minimizados em suas capacidades
                      cognitivas, vistos redutoramente na condição de codificadores e/ou
                      decodificadores de sinais. “Emissor e receptor aparecem nesse
                      modelo apenas como dados formais, como caixas pretas, como
                      máquinas de Input-Output ou então como computadores que trocam
                      informação entre si“ (Schmidt, 1996: 52 apud SAMPAIO, 2001 p.2)

             Morais (2001) mostra como quando se transporta o conceito clássico de
comunicação para o ambiente web a relação e até mesmo a identificação de
emissor e receptor torna-se complexa, pois o “usuários têm a chance de atuar,
simultaneamente, como produtores, emissores e receptores, dependendo de lastros
culturais e habilidades técnicas.”
             Sampaio (2001) também se refere, ao falar sobre comunicação, às mídias
e sua influência no resultado da transmissão da informação, ela afirma que a mídia
não é apenas um canal por onde a informação é transferida, mas que ela influencia
diretamente o resultado da comunicação dependendo de suas características e sua
qualidade.
             A comunicação empresarial, segundo Bahia (1995) é toda forma de
comunicação da empresa com seu público, interno e externo e como toda forma de
comunicação, não pode ficar indiferente aos avanços tecnológicos, adaptando-se e
buscando formas de passar a mensagem desejada de forma atrativa, eficaz e
24



rápida, transformando a forma de comunicar, que começou com jornal ou revistas de
circulação interna em algo mais abrangente e dinâmico, ampliando o alcance e
direcionando a informação ao público de interesse. O autor continua falando sobre a
importância da estratégia de comunicação dentro das empresas, buscando a
valorização da marca dentro do mercado, e que a estratégia de comunicação deve
estar em sintonia com as estratégias de outros setores dentro da empresa como a
produção e distribuição para que a comunicação seja feita de forma transparente e
coerente. Mais do que praticar técnicas de transmissão de informações, a
comunicação empresarial deve ser considerada uma forma de contato com o
público, uma oportunidade de saber o que os funcionários e o público pensam e
anseiam.


2.4 Publicidade e Propaganda


           A publicidade é tão antiga quanto o próprio comércio, sendo que seu uso
remonta à Antiguidade clássica, conforme descrito por Muniz (2004). Em
escavações arqueológicas foram encontrados vestígios de placas que anunciavam
eventos como combates e banhos públicos em Pompéia, com caráter informativo, e
que esse uso seguiu ao longo da história até a idade média, quando os mercadores
faziam uso de gritos, gestos e símbolos para anunciar suas mercadorias. Ela cita o
exemplo do uso da figura da cabra para demarcar o local onde era vendido leite, e a
evolução desses ícones até os Logotipos modernos.
           Muniz (2004) relata também o uso da publicidade como incentivador de
consumo após a Revolução Industrial, que gerou a necessidade de aumento de
consumo para absorver a capacidade de produção e, consequentemente, de oferta.
A partir de então, o caráter meramente informativo que era inerente à publicidade
passa a coexistir com a idéia de persuasão, tentando induzir o público a consumir o
produto A ou B.
           Existe uma diferenciação conceitual em relação à publicidade e a
propaganda, que segundo Gomes (2001) é controversa no Brasil, onde “decorre um
paradoxo dessa utilização aleatória: a denominação profissional de “quem” faz
publicidade ou propaganda institucionalizou-se como “publicitário”.”
25



             Gomes (2001) apresenta por definição de propaganda a atividade de
propagar idéias ou conceito, tendo um caráter ideológico, enquanto a publicidade
teria um caráter comercial.
             A função da publicidade é descrita por Muniz (2005) como sendo “divulgar
as características deste ou daquele produto e promover-lhe a venda. Esta função
objetiva permanece em princípio sua função primordial.” (Baudrillard, 1978 apud
Muniz 2005).
             O Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
traz o seguinte conceito para publicidade, conforme apresentado por Gomes (2001):


                       1. Calca do no francês, “publicité”: qualidade do que é público: a
                       publicidade dum escândalo. 2. Caráter do que é feito em público: a
                       publicidade dos de bates judiciais. 3. A arte de exercer uma ação
                       psicológica sobre o público para fins comerciais ou políticos


             Vários conceitos de publicidade são apresentados por diversos autores e
teóricos, como Muniz (2004), que traz a origem da palavra publicidade. “A princípio,
a palavra publicidade designava o ato de divulgar, de tornar público. teve origem no
latim publicus (que significava público), dando origem ao termo publicité, em língua
francesa.”

                       Qualquer forma de divulgação de produtos ou serviços, através de
                       anúncios geralmente pagos e veiculados sob a responsabilidade de
                       um anunciante identificado, com objetivos de interesse comercial.
                       (RABAÇA e BARBOSA, 1987. apud MUNIZ, 2004)

             Muniz (2004) completa o conceito de publicidade trazendo seu principal
objetivo, que é levar o público a ação de compra, e diz que quando essa ação não
se concretiza a finalidade da publicidade não foi atingida.

                       Conjunto de técnicas de ação coletiva no sentido de promover o lucro
                       de uma atividade comercial conquistando, aumentando e mantendo
                       clientes. (MALANGA, 1979. apud MUNIZ, 2004)



             Como conceito de publicidade Sant’Anna (2002, p.75.) apresenta a
seguinte definição: “publicidade significa, genericamente, divulgar, tornar público
[...]”.
26



2.5 Redes Sociais


                    Estamos diante de novas formas de associação, imersos numa
                    complexidade chamada rede social, com muitas dimensões, e que
                    mobiliza o fluxo de recursos entre inúmeros indivíduos distribuídos
                    segundo padrões variáveis. (COSTA 2005 p. 239 )


          De acordo com Recuero (2009) “O estudo das redes sociais, entretanto,
não é novo. O estudo da sociedade a partir do conceito de rede representa um dos
focos da mudança que permeia a ciência durante todo o século XX.” E completa
Isotani et al (2008) que o sistema de criação de um conhecimento coletivo nas redes
sociais na web ainda está em desenvolvimento e que esse sistema se baseia na
contribuição e no compartilhamento de informações, formando uma rede de
desenvolvimento de informações onde essa é construída de forma social, tendo a
contribuição de vários membros do grupo social de forma colaborativa.


                    [...] as redes sociais se dividem em níveis específicos a partir dos
                    interesses dos indivíduos/sujeitos participantes de cada uma delas.
                    Há as redes profissionais, políticas, comunitárias, de relacionamento
                    etc. Estes diferentes tipos indicam a distinção de perfis de cada
                    usuário, fazendo de sua inserção em uma dessas redes uma
                    classificação pressuposta de grupos sociais. (CARVALHO, et al 2010
                    p. 10)


          Recuero (2009) descreve a topologia das redes sociais em consonância
ao descritos por outros autores citados por ela como (Franco 2008 apud Recuero
2009) que ressalta a importância da metáfora da rede para a compreensão da
estrutura mais ou menos eficientes para a ação dos grupos sociais. Essa topologia é
descrita como: distribuída, na qual a rede é mantida por dispersos nós que se
conectam entre si, não havendo nós que detenham a hegemonia das conexões;
centralizada, onde um nó centraliza a maior parte das conexões; e descentralizada,
onde vários nós compartilham a hegemonia das conexões, fazendo sua distribuição,
conforme mostrado nos diagramas da Fig. 01.
27




Figura 1 – Diagrama das Redes de Paul Baran. (RECUERO 2009. P. 52)


           Recuero (2009) continua sobre a “Teoria das Redes” dizendo que esses
modelos são baseados em estruturas matemáticas e que pode haver coexistência
de características de mais de um modelo em uma única rede quando o conceito é
transportado para o estudo de redes sociais, que por se tratarem de elementos
humanos possuem um maior dinamismo.
           Lévy (1999) diz que a convivência em redes sociais é a reciprocidade,
quando se recebe e usufrui de algum conhecimento que foi disponibilizado por
outros em redes sociais deve-se também transmitir algum conhecimento que possa
ser de interesse a outros. Agindo dessa forma obtêm-se uma forma de recompensa
de grande valia em redes sociais, a reputação ou status na rede. Carvalho et al
(2010) afirma que o foco das redes sociais na Internet é a reunião de pessoas, que
transmitem conhecimentos e informações, pessoais ou de interesse púbico, como a
publicação de fotos, textos, mensagens curtas, vídeos entre outros formatos, assim
criando uma interação com os outros membros a que se está ligado por interesses
afetivos ou profissionais.
           Costa (2005) afirma que é importante salientar que sociedade ou grupo
existe com base na negociação entre preferências individuais e o fato de se estar
cada vez mais conectado aos grupos, esta negociação se intensifica ao ponto de o
indivíduo ter de confrontar cada vez mais seus interesses com os interesses de
outros, o que faz parte do jogo social e da construção da identidade do grupo.
28



2.6 Consumidor 2.0


          Os hábitos de consumo mudaram, e com eles a forma de fazer
propaganda também se transformou, Adolpho (2011) lembra que nos anos 1980 a
massificação da publicidade em diversas mídias era a forma de se chegar ao maior
número de expectadores e informar-lhes sobre os benefícios do produto X ou Y ou
até encantá-los com a criatividade das propagandas, que geraram bordões que são
lembrados até o dia de hoje, como: “Bonita camisa, Fernandinho.” e “Eu sou você
amanhã.”, e essa massificação da informação era suficiente para transformar esse
espectador em consumidor. A forma passiva com que o consumidor recebia a
informação era eficaz em um mercado menos competitivo que o atual, e em um
consumidor que recebia uma carga de informação muito menor que o consumidor
2.0.
          Ainda segundo Adolpho (2011), o consumidor 2.0 busca mais que
informação sobre a marca que consome, a interação é uma parte importante da
experiência de consumo, e vai além o uso do produto em si, a interação buscada é
com a marca e sua personificação em seus perfis em redes sociais, assim como
com outros consumidores também ali presentes, fazendo da experiência de
consumo algo coletivo e social.


                     Interatividade é a palavra que se deve considerar ícone quando se
                     pensa em comunicação nas redes sociais. A comunicação das
                     mídias tradicionais se configura através de discursos monológicos
                     (televisão, imprensa e rádio), em que a participação dos destinatários
                     ou sujeitos interpretantes está reduzida a sua posição de recepção,
                     considerando-se normalmente seu perfil, expectativas e outros
                     aspectos; mas não o colocando como participante direto no ato
                     comunicativo, construindo mensagens no espaço interno do dizer.
                     (CARVALHO, et al 2010 p 11)


          O consumidor 2.0 é caracterizado por Oliveira (S/D) como sendo um
consumidor participativo, que vê o valor em gerar conteúdo relacionado à marca e
na interação com a empresa. Esse novo tipo de consumidor deixou de ser passivo
quanto à publicidade do produto e em outro nível quanto ao próprio produto, ele vê a
publicidade, compartilha sua opinião com seu círculo social digital, cria versões
alternativas da campanha, interage com a marca pelos perfis da mesma em redes
sociais, busca opiniões sobre o produto, e se tudo lhe for satisfatório realiza a
29



aquisição. Mas depois disso ele ainda vai comentar sobre sua experiência com o
atendimento, entrega, preço e sobre o uso do produto em si. Esse consumidor 2.0
vivencia a experiência da compra em níveis muito mais profundos que o consumidor
de 1980 e compartilha essa experiência em seus perfis para que seu círculo de
relacionamento saiba seu sentimento em relação ao produto e a marca que
consome.
30



3 METODOLOGIA


3.1 Caracterização da Pesquisa


          O trabalho descreveu as estratégias publicitárias de divulgação de marcas
produtos ou serviços no Twitter. Com isso foi necessária a utilização da pesquisa
qualitativa que visa destacar uma análise profunda do fenômeno a ser estudado. De
acordo com Maanen (1979, p. 520) “a pesquisa qualitativa compreende um conjunto
de diferentes técnicas interpretativas que visam descrever e decodificar os
componentes de um sistema complexo de significados”.
          Para um embasamento mais aprofundado e conceitual, foi utilizada
pesquisa bibliográfica que, segundo Martins e Theóphilo (2009), se caracteriza por
buscar explicar e discutir um assunto com base em publicações em livros, revistas
ou periódicos, dando suporte à argumentação proposta. Assim se realizou uma
pesquisa documental sobre o Twitter para se ter uma visão mais profunda sobre a
utilização da publicidade neste veículo. A pesquisa documental utiliza como fonte de
dados documentos, diferenciando-se da pesquisa bibliográfica pela natureza das
fontes pesquisadas, ainda segundo Martins e Theóphilo (2009).


3.2 Campo de Investigação


          A pesquisa foi realizada na internet.


3.3 Procedimentos


          Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos e livros de autores
especializados em marketing, comunicação, marketing digital e em redes sociais a
fim de verificar conceitos e requisitos relacionados ao marketing digital, procurando
contemplar dentro da ampla abrangência do tema autores que trouxessem conceitos
clássicos assim como suas atualizações no que tange ao marketing na internet.
Paralelamente foi realizada uma pesquisa documental sobre a utilização do Twitter e
as principais estratégias de divulgação de marcas, produtos e serviços dentro desta
rede social, fazendo um paralelo entre conceitos clássicos de marketing,
comunicação e o uso do Twitter como ferramenta de divulgação.
31



4 RESULTADOS E DISCUSSÃO


          Neste capítulo serão apresentados os resultados da análise realizada,
assim como as suas características e usos para comunicação empresarial, trazendo
a argumentação e definições apresentadas pelos autores estudados. Também será
apresentado um cruzamento entre o Twitter e os conceitos de marketing, marketing
digital e comunicação, apresentando alguns dados acerca do uso da ferramenta
como canal de divulgação e comunicação empresarial, mostrando alguns exemplos
do uso do Twitter, tanto pelo consumidor quanto pelas empresas.


4.1 Twitter


          Dentre as redes sociais digitais presentes hoje na internet o Twitter se
destaca, mesmo não sendo a com maior número de usuários, conforme será
apresentado na Fig. 2, mas introduzindo uma forma diferente de interação entre os
usuários, dinâmica, direta, pessoal e pública. O Twitter é uma rede onde o cotidiano
se torna público e o acesso a opiniões ou informações especializadas é fácil, e que
se pode interagir diretamente com qualquer pessoa ou empresa que tenha um perfil
ativo, usufruindo de suas informações e estabelecendo um diálogo em tempo real.


                     O Twitter não é a única rede social existente no mundo. Posso
                     rapidamente citar pelo menos mais três de tamanha importância
                     como o Facebook, o Myspace e o XPTO (esse ultimo acabei de
                     inventar, pois com certeza já tem alguém criando alguma coisa nova)
                     (VIEIRA, 2009 p.41).


          O Twitter, como narra Comm (2009) é um site de relacionamento lançado
no ano de 2006 por um grupo liderado por Evan Williams, Jack Dorsey e Biz Stone
com o intuito de compartilhar mensagens rápidas por meio da Internet ou de SMS
baseado na pergunta “What’s happening?” (traduzindo, “O que está acontecendo?”)
onde as pessoas poderiam escrever em 140 caracteres (o limite de caracteres de
um SMS) informações sobre seu cotidiano e receber informações de um grupo
previamente determinado por cada usuário.
          A proposta era relativamente simples, o Twitter nasceu para ser uma
forma de comunicação que integrasse SMS e web com mensagens curtas colocadas
de forma pública e de resposta, em tese, em tempo real.
32



          Spyer et al (2011) afirma que por não existir até então outro sistema de
relacionamento e compartilhamento de informações na Internet parecido com Twitter
e que foi adotado de forma tão massiva é complicado caracterizá-lo, sendo que a
forma mais simples de explicá-lo é compará-lo com locais de relacionamento offline,
como bares e cafés e outros tipos de lugares onde as pessoas se reúnem para
trocar informações, conversar sobre noticias, conseguir ajuda e até falar de
amenidades, enfim, locais onde se criam vínculos sociais.
          O principal diferencial do Twitter é em relação às redes sociais não
digitais, isso amplifica sua abrangência, fazendo com que a mensagem seja
transmitida com velocidade e em amplitude que ultrapasse barreiras geográficas,
como comenta Recuero, (2009) “essa comunicação, mais do que permitir aos
indivíduos comunicar-se, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes
fossem criadas e expressas nesses espaços: as redes sociais mediadas pelo
computador.”.
          Mas o Twitter também apresenta diferenciais relevantes em relação a
outras redes sociais na web como a proximidade e acesso que se tem a famosos e
autoridades e marcas, possibilitando ter respostas a indagações ou comentário
dirigidos a eles de forma rápida e pessoal, conforme afirma Comm (2009). Esse
acesso direto às marcas em um canal de comunicação onde a visualização do que
passa pode ser público leva a uma preocupação maior da empresa em solucionar
algum problema ou esclarecer alguma dúvida do cliente, antes que o ocorrido possa
de alguma forma arranhar a imagem da empresa, pois nos meios tradicionais de
comunicação cliente/empresa, como SAC por telefone, e-mail, ou até mesmo o
Procon em casos de infrações legais por parte da marca, o ocorrido e o sentimento
do cliente era algo restrito, que normalmente fica entre ele e a equipe de
atendimento, já em redes sociais a opinião do cliente torna-se pública, e com
potencialidade de viralização.
          Em comparação com a rede social mais usada no Brasil na atualidade, o
Facebook, o número de usuários do Twitter era cerca de cinco vezes menor em
2010, mas colocando os dados em números relativos vê-se uma predominância na
interação, frequência de uso, e na fidelidade em relação às marcas com que o
usuário se relaciona. Esses dados estão demonstrados na Fig. 2.
33




Figura 2 – Facebook Vs. Twitter
fonte: Digitalsurgeons (2010)


           Alguns dados apresentados na Fig. 2 mostram como o dinamismo do
Twitter faz com que seus usuários sejam mais ativos que em outras redes, mesmo
com 27% de logins diários por usuários contra 41% do Facebook, 52% fazem
atualização diária do seu perfil no Twitter contra apenas 12% no Facebook. Quando
se trata de interação com marcas, 40% os usuários do Facebook acompanham
algum perfil empresarial enquanto apenas 25% dos usuários do Twitter fazem o
mesmo, porém, ao analisarmos a intenção de compra do que as marcas oferecem
os números demonstram uma superioridade entre os usuários do Twitter, de 67%
para 51% entre usuários do Facebook.
           Os dados apresentados são números mundiais, mas servem como base
para se estimar o uso dessas redes sociais no Brasil.
           Este nível de interação entre cliente/empresa no Twitter frente a outras
redes sociais está principalmente na forma pessoal de contato e na possibilidade de
rapidez na resposta, o dinamismo do Twitter faz com que as empresas tenham de
fornecer a informação pedida pelo cliente em um prazo muito curto de tempo,
conforme mostrado na Fig. 3, isso devido à característica de chat que a disposição
34



dos tweets4 se encontram na timeline5, aspecto esse que é ampliado segundo
Comm (2009) pelo fato do Twitter ser uma “ferramenta de comunicação que
funciona nas duas mãos”, e esse aspecto é de extrema valia para as empresas, pois
ao mesmo tempo que o consumidor 2.0 posta seu sentimento em relação a uma
marca ou produto a empresa tem a possibilidade de responder em tempo real,
usando um comentário positivo como testemunhal ou sanando de forma rápida uma
impressão negativa postada por algum cliente insatisfeito.




Figura 3 – Infográfico: tempo de resposta ao cliente
fonte: Folha.com (2011)


              Quando se analisa a Fig. 2 em relação a Fig. 3 pode-se verificar que o
tempo de resposta ao cliente interfere diretamente na decisão de consumo, o que
reflete a confiança transmitida pela marca quando a interação com o consumidor é
feita de forma direta. Outro aspecto a ser ressaltado quanto ao tempo de resposta
ao consumidor nos diferentes canais de comunicação é que quando a dúvida ou


4
    Nome dado às postagens no Twitter.
5
    Linha do tempo em que são dispostos tweets na página de visualização de cada usuário.
35



reclamação do cliente é transmitida em um canal público a rapidez em responder
tende a ser maior, para conter, em caso de comentários negativos ou incentivar em
caso de positivos, uma possível viralização da opinião do consumidor em relação à
marca.
          O consumidor 2.0 descrito por Adolpho (2011) adota uma postura
diferente o consumidor padrão, fazendo do ato de compra algo coletivo, buscando
informação com outros consumidores em redes sociais, sites, blogs e fóruns sobre a
marca ou o produto, tendo assim uma gama mais ampla e por vezes até
especializada antes da decisão de compra, e essa opinião ganha credibilidade pela
gratuidade, pois ela parte de fontes que não estão sendo pagas pela marca
caracterizando-as como testemunhais espontâneos.
          A Fig. 4 mostra como o consumidor mudou quanto ao que o leva a ação
de compra, a opinião de terceiro em relação à marca influencia em sua decisão. A
busca por opiniões sobre marcas deixou o círculo de convivência pessoal e direta, e
até mesmo superou as ferramentas de busca tradicionais como o Google, sendo a
busca social apresentado por Adolpho (2011) um dos principais influenciadores da
decisão de compra. Outra característica apresentada na Fig. 4 refere-se ao
consumidor brasileiro como o fato de que 56% utilizam a redes sociais para adquirir
produtos e serviços e 61% utilizam a busca social para obter informação sobre o que
pretende consumir, além do alto índice de usuários que se atentam a novidades,
lançamentos, promoções, ofertas e descontos.
36




Figura 4 – Influência das redes sociais na decisão de compra
fonte: INCorporativa (2011)
37



           Como exemplo desta mudança no comportamento do consumidor pode-
se citar o caso Sr. Borelli Vs. Brastemp, divulgado amplamente na mídia impressa,
que com o uso de canais web e do Twitter, conseguiu chamar a atenção da empresa
para o problema de um defeito em uma geladeira não solucionado pelo meios
tradicionais. O Sr. Borelli postou um vídeo no Youtube no dia 20/01/2011 e que até
o dia 12/11/2011 teve mais de 823.000 acessos, conforme Fig. 5, além de uma
campanha no Twitter, conforme Fig. 6 que levou a uma visibilidade nacional do seu
problema individual, conseguindo assim atenção da mídia tradicional, de outros
consumidores e da Brastemp, que só a partir dai procurou uma solução satisfatória
para a situação, conforme Fig. 7.




Figura 5 – Vídeo postado no youtube.com pelo Sr. Borelli.
fonte: Youtube (2011)
38




Figura 6 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli reclamando com @brastemp
fonte: Twitter (2011)




Figura 7 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli sobre a solução de seu problema
com @brastemp
fonte: Twitter (2011)
39



          Por esse tipo de situação, e para tentar minimizar possíveis danos
causados à imagem da marca, outras empresas passam a ter uma atitude proativa
nas redes sociais. A procura por soluções aos problemas dos clientes e a busca por
responder suas dúvidas de forma rápida proporciona um sentimento positivo no
cliente, transformado uma situação onde a imagem da marca poderia sofrer danos
em possíveis elogios à solução da situação, tornando assim algo potencialmente
negativo em algo positivo para a marca.
          Spayer et al (2011) explica que nos sites de rede social anteriores ao
Twitter a conexão entre duas pessoas vinha de uma aceitação mútua de convívio,
era preciso solicitar e aguardar a aceitação para fazer parte do círculo social do
outro, e só depois ter acesso e compartilhar informação com ele. E nesse ponto o
Twitter se diferencia das demais redes, continua Spayer et al (2011), mostrando que
assim como em nossa sociedade, no Twitter nem todo mundo que convive e
interage se conhece ou tem um vínculo de aceitação para interação, se pode ter
acesso a informações de pessoas que se destacam na sociedade e compartilhar de
seu conhecimento sem que essa pessoa tenha de autorizar previamente. No Twitter,
quando se passa a seguir alguém se tem acesso às publicações dessa pessoa, que
é notificada por e-mail quando alguém novo passa a segui-lo e se tem a opção de
seguir de volta, diferente, portanto do Orkut e do Facebook, onde os usuários têm
uma lista de contatos, no Twitter existem duas listas, a de quem te segue e a de
quem se está seguindo.
          Outro ponto que diferencia o Twitter das outras redes sociais é a
simplicidade de sua plataforma que permite uma maior autonomia em relação a que
tipo de informação se pretende obter, fazendo com que se tornasse rapidamente
uma das redes sociais mais utilizadas na Internet.


                     A diferença e o fator fundamental para o sucesso do Twitter está em
                     seu conteúdo. Enquanto em algumas redes sociais você é obrigado a
                     fazer parte de comunidades, receber autorizações para postar
                     mensagens ou para lê-las além de várias outras dificuldades ou
                     barreiras, no Twitter, você estará livre de tais problemas e, o que é
                     melhor, irá criar a sua própria rede. (VIEIRA 2009 p. 42)


          As características que fazem do Twitter o sucesso que é hoje são tão
numerosas quanto as que fazem dele uma ferramenta eficaz de divulgação: o seu
dinamismo, assim como a amplificação de viralização de um conteúdo pela
40



facilidade de se propagar a informação, além é claro do acesso fácil à posição de
formadores de opinião sobre vários assuntos e até produtos ou marcas.


                      O Twitter mostrou ser algo em que todos se viciam, e, para os
                      proprietários de negócios, muito valioso também. [...] Só pelo prazer
                      já seria razão suficiente que eu recomendasse o Twitter, mas ele não
                      é apenas boa diversão. Ele provou ser uma forma bastante fácil e
                      importante para encontrar novos usuários e clientes, uma ferramenta
                      poderosa para redes de relacionamento, e uma excelente maneira de
                      conseguir informações úteis (COMM 2009 p. XXIV e XXV).




           Garcia (2010) diz que no Twitter o privado e público se misturam, fazendo
com que a mediação do processo de comunicação seja feita pela contingência e por
métodos amistosos e cooperativos, e que por isso o discurso publicitário precisa
buscar incorporar para interagir com esses conceitos para atingir seus resultados
persuasivos. Garcia (2010 p.07) continua “A via de construção do discurso
persuasivo da publicidade no Twitter e no celular certamente deverá ser diferente da
praticada em outros modos de acesso ao consumidor [...] em que a interação direta,
participativa e sensível à resposta não seja possível.”.


4.2 Marketing e publicidade no Twitter


           O ponto de partida para utilizar o Twitter como ferramenta de marketing é
o entendimento do marketing digital e seu dinamismo, aproveitando a disponibilidade
do consumidor 2.0 em fornecer sua opinião. Seguindo os 8 Ps do marketing digital
propostos por Adolpho (2011) essa disponibilidade é de grande utilidade no 1º P, a
pesquisa. Comm (2009) comenta da potencialidade de aprimoramento de um
planejamento baseado nas informações que se pode colher com o uso do Twitter,
sendo em forma de observação do que se fala sobre empresas e produtos similares
ou até com o lançamento de enquetes direcionadas a seus seguidores. Essas
informações, quando bem administradas, podem fornecer uma gama de idéias
diferentes da inicial que direcionam o desenvolvimento do produto ou o tipo de
comunicação que a marca fará para melhor atender às expectativas do público,
servindo de base para o 2º P (Planejamento) que guiará os próximos passos da
campanha no Twitter.
41



            Na etapa de Produção, 3º P, a rápida visualização e resposta presentes
no Twitter, permitem que a campanha seja testada e adequada ao interesse do
público de forma rápida, otimizando-a em seu direcionamento e tempo de
navegação por parte do consumidor, além da amplitude de divulgação da campanha
que pode definir o sucesso da mesma em sua publicação (4º P) fazendo desta
adequação de conteúdo e plataforma ao gosto do consumidor um incentivador à
divulgação espontânea podendo levar à viralização da campanha, otimizando os
investimentos da empresa em marketing digital.
            O Twitter é um ambiente propício à autoalimentação de campanhas pela
disponibilidade dos usuários em comentar e compartilhar assuntos de seu interesse,
tornando o 5º P, a promoção, algo praticamente natural quando o planejamento é
realizado e adequado de acordo com as informações colhidas nas pesquisas e
observações feitas sobre o comportamento do usuário e sua aceitação da
campanha. O 6º P, a propagação do conteúdo disponibilizado, quando realizado no
Twitter, como já dito, tem grande potencialidade ao efeito viral devido à possibilidade
de interação direta entre marca e consumidor, fazendo com que o nível de
conhecimento acerca da marca e, consequentemente, a confiança do consumidor na
marca com que interage constantemente, aumente.
            A característica dinâmica e direta do Twitter permite às empresas criarem
um diálogo com o cliente de forma pessoal, conferindo à marca um aspecto de
personificação, dando a ela características de indivíduo. Esse diálogo entre o
indivíduo empresa e o individuo consumidor, feito de forma direta no Twitter permite
a personalização da informação, direcionando-a a cada consumidor potencial
individualmente, como proposto no 7º P, a personalização, assim como o
monitoramento da resposta pode ser feito de forma individual, proporcionando a
possibilidade de direcionamento e otimização da informação a que cada consumidor
tem interesse.)
            Comm (2009) fala também sobre o “Evangelizador” ou “Promotor”, que é
aquele seguidor com disposição e sentimento de afinidade com a marca a ponto de
propagar o conteúdo gerado e participar de forma efetiva em campanhas propostas.
Identificar esse seguidor e fazer uso de sua disposição, incentivando-o, seja com
brindes, com retweets 6 ou com interação constante, o que confere a esse seguidor

6
 É se copia na íntegra o tweet de outro conferindo crédito a quem primeiro postou com o uso de RT
antes do nome de perfil.
42



certo status dentre os demais, se aplica ao 6º P, a Propagação, que é onde está a
intenção das campanhas em redes sociais, a viralização do conteúdo. Essa
identificação do “evangelizador” pode ser feita por meio de ferramentas de
monitoramento de mentions7 e RTs, uso de hashtags8, ou testes de interação ao se
tentar uma resposta do seguidor a um contato direto com ele, que também são
formas de medir a precisão da campanha, que é o 8º P do marketing digital.
           Outro ponto a ser levado em conta, tão importante quanto o perfil do
cliente pretendido é o perfil da empresa que está comunicando. Sua linguagem e
ações devem estar, mesmo que adaptadas ao meio, em consonância com a imagem
da empresa. Uma empresa que trabalha sua publicidade comunicando seus valores
e não produtos finais ao consumidor deve optar por uma campanha voltada a
mostrar suas ações e ideais, enquanto uma empresa do varejo pode preferir o uso
de uma comunicação baseada em promoções e sorteios.
           Em campanhas institucionais, onde o que se promove é a imagem da
marca, deve-se atentar para a linguagem usada, pensando qual é a imagem da
empresa e principalmente qual a linguagem usada pelo seu público, como ressalta
Carvalho (2010 p.3) “o objetivo expresso do anúncio (bem /serviço/ marca) sempre
aparece, mas o objetivo oculto é definido pelos receptores a quem trata de atingir, a
quem o anúncio fala de si mesmo (do público-alvo) e em sua língua.”.
           Mostrar-se para seu consumidor ultrapassa o fato de usar uma linguagem
próxima à usada por ele no Twitter, mas sim entender realmente seu público, a
quantidade de informação que ele tem da sua marca, como ela é vista por quem o
influencia e como ele transmite essa imagem a quem é influenciado por ele. Jenkins
(2008) diz que vivemos na atualidade a cultura da convergência, e que velhas e as
novas mídias colidem, assim como mídias corporativas cruzam com mídias
alternativas gerando assim um poder imprevisível de interação consumidor/ produto.
           A manutenção da imagem da marca deve ser um trabalho constante,
onde o consumidor é ouvido e interpretado. A marca é o maior bem da empresa, é o
que a representa e o que a difere no mercado.




7
  Menções feitas a um indivíduo no Twitter por uso do seu nome de perfil como por exemplo
@pontofrio
8
  Todo termo postado no Twitter com o uso de # antes, usada para marcar uma campanha ou ação
de forma rastreável.
43



                          O nome de uma marca, como qualquer nome próprio, está associado
                          um conjunto variável de representações sedimentadas ao longo do
                          tempo, uma “imagem de marca”, sobre a qual a empresa deve agir
                          constantemente. A evolução dessa imagem se deve em boa parte
                          aos discursos que a empresa emite e emitiu sobre ela mesma e
                          sobre   seus    produtos,   em    particular pela   publicidade.
                          (MAINGUENEAU 2008 p.212 citado por COVALESKI 2010 P.5)


              Bessa et al (2011) descreve as treze ações de marketing promocional
propostas por Kotler: amostras, cupons, ofertas de reembolso pós-venda, pacotes
de descontos, brindes, programa de fidelidade, prêmios, recompensa por compra de
produto, experimentação gratuita, garantia do produto, promoções combinadas,
promoções cruzadas, display e demonstração de ponto de venda, e mostra a
aplicabilidade dessas ações no Twitter, ressaltando que o uso de promocionais
exclusivos para seguidores do perfil da empresa serve para que esse seguidor se
sinta diferenciado e de certa forma fazendo parte de um circulo exclusivo de
consumidores preferenciais, fazendo com que quando esse divulga seu status
diferenciado acabe por divulgar junto a marca, campanha ou a promoção em si.
              As ações promocionais no Twitter visam no geral conquistar novos
clientes, e ampliar sua visibilidade por meio de RTs9, onde os seguidores de um
determinado perfil repostam algo que foi dito a seus próprios seguidores, podendo
gerar assim um efeito viral da promoção e consequentemente da marca.


                          A primeira motivação para se retuitar é retransmitir uma informação
                          que você considere relevante para o seu grupo de seguidores. [...]
                          Dessa forma, dentro da economia informacional do Twitter, uma
                          pessoa pode ganhar visibilidade e reputação - e seguidores -
                          garimpando e chegando primeiro a notícias relevantes. Esse não é o
                          único valor do RT. É possível medir o impacto de uma mensagem de
                          várias maneiras: você pode acompanhar a quantidade de vezes que
                          um endereço eletrônico é repassado (SPYER, et al. 2011 p.28)



              Outro ponto relevante sobre o retweet é que quando um consumidor
passa adiante a promoção de uma empresa isso acaba funcionando como uma
indicação para seus seguidores, de forma a mostrar sua aceitação pela promoção e
da marca. De acordo com Covaleski (2010) o compartilhamento de informações
pelos usuários de redes sociais contribui para a disseminação e o sucesso de
campanhas publicitárias na internet, fazendo que seu alcance seja mais amplo e seu
9
    Forma contraída do termo Retweets
44



efeito aumentado pelo fato de o compartilhamento ser feito de forma espontânea,
por isso cada vez mais os anunciantes direcionam seus investimento para meios
onde haja interatividade entre a marca, público e demanda latente, e nesse quesito a
Internet faz frente às mídias tradicionais.
           Independente do tipo de linguagem ou ação de divulgação adotada no
Twitter a necessidade de interação constante com seus seguidores é uma
constante, tanto para perfis pessoais ou empresariais. No caso de perfis
empresariais essa interação deve acontecer tendo em vista a necessidade de além
de gerar conteúdo, receber o conteúdo relacionado postado por seus seguidores e
responder seus indagações, o que faz da função da publicidade no Twitter mais do
que informar ao consumidor sobre seus produtos, serviços ou idéias, mas eleva a
publicidade ao nível de comunicação no sentido clássico do conceito, onde a
mensagem colocada no meio chega ao receptor, e retorna, pelo meio ao emissor,
obtendo assim características de diálogo. É nesse ponto que se cria um
relacionamento com seu interlocutor, fazendo-o deixar de ser somente um cliente,
passando a ser um importante defensor da marca, divulgando, propondo e
indicando, isso por meio da interação e comunicação em nível igualitário entre a
empresa e o cliente.
           O principal ponto do marketing voltado para relacionamento no Twitter
está no entendimento da necessidade de resposta a questões levantadas por
seguidores do perfil da empresa assim como na rapidez dessa resposta. A empresa
deve entender que seu consumidor tem acesso direto ao seu “SAC” – Serviço de
Assistência ao Consumidor - e a possibilidade de repassar a experiência vivida em
seu atendimento imediatamente a quem o segue, podendo ser ela positiva ou
negativa. Covaleski (2010) diz que os anunciantes estão em processo de
aprendizagem sobre o papel que podem desempenhar nas redes sociais e sobre
seu papel e suas atitudes nesse ambiente, onde seus consumidores se
transformaram em seguidores.
           O usuário do Twitter escolhe a quem seguir, e pode deixar de fazê-lo a
qualquer momento se a resposta buscada não estiver dentro do que espera. Quando
isso acontece, a empresa normalmente perde o seguidor, o consumidor e
principalmente um divulgador de sua marca.
45



                         [...] Em geral, as publicidades que chegam ao sujeito inserido
                         na rede do Twitter são de seu interesse, pois esse sujeito já
                         indicou muitas de suas expectativas através de sua ligação
                         com outros sujeitos, como se a rede fosse um filtro discursivo.
                         A interação através das redes surge, aqui, como elemento de
                         significação participante do circuito comunicativo no espaço
                         externo do dizer. (CARVALHO 2010 p. 16)




          O Twitter é uma ferramenta de amplo uso para o marketing propiciando
desde informações básicas sobre o público para a realização do planejamento
estratégico, testes de aceitação antes de lançamentos, publicação de conteúdo de
divulgação e informações relacionadas, formação de uma identidade personificada
da marca que interage com o público e coleta de dados e informação sobre a
aceitação da marca e o que o público diz sobre ela, passando pelos 8 Ps do
marketing digital de forma cíclica, reutilizando as informações para melhorar o que
se oferece tanto em forma de produto quanto em forma de interação. Mas a principal
característica do uso empresarial do Twitter é a possibilidade de se manter um
diálogo constante com o cliente, de forma pessoal, buscando ouvi-lo individualmente
e responder-lhe pessoalmente.
          A publicidade no Twitter transcendeu a premissa da informação fornecida
ao público sobre o que se oferece, ela passa a se comunicar realmente com o
consumidor de forma ampla, completa, individual e pública, atribuindo personalidade
à marca de forma muito diferente do que é transmitido pelos meios de massa.
46



4.3 Exemplo de utilização do Twitter em marketing web.




Figura 8 – Página do perfil @pontofrio
FONTE: Twitter (2011)


            A titulo de exemplo da utilização do Twitter como ferramenta de marketing
web pode-se citar o perfil www.twitter.com/pontofrio da rede nacional de varejo
Ponto Frio, conforme Fig. 8. Um perfil que usa de uma comunicação leve com
interação constante com os seguidores, promoções diferenciadas para participantes
de redes sociais, dicas sobre produtos e que alcançou pelo uso da personificação da
marca na imagem de sua mascote, o pinguim, uma aproximação do público com a
marca que o diferencia dos demais perfis corporativos no Twitter.
            Pelo ranking do site twitaholic.com10 no dia 14 de novembro de 2011,
apresentado na Fig. 9, o perfil @pontofrio é o 33º com maior número de followers no
Brasil, sendo na data 49.928 seguidores, com um crescimento constante como pode
ser conferido nos dados pesquisados no site twittercounter.com, onde aponta uma

10
  Site que mostra um ranking atualizado dos perfis no Twitter por números de seguidores e
localização geográfica.
47



previsão de aumento de 2.000 seguidores nos próximos trinta dias, conforme a Fig.
10, e o crescimento dos números de seguidores do perfil é exponencial conforme se
pode verificar na Fig. 11.




Figura 9 – @pontofrio no ranking do site twitaholic.com
FONTE: Twitaholic (2011)




Figura 10 – dados sobre Followers do perfil @pontofrio segundo o ranking do site
twittercounter.com
FONTE: Twitaholic (2011)
48




Figura 11 – Gráfico de crescimento de Followers do perfil @pontofrio segundo o site
twittercounter.com
FONTE: Twitter Counter (2011)

           Um dos fatores a que se pode atribuir o crescimento do @pontofrio é o
planejamento de ações baseado na linguagem do meio, fazendo uso de assuntos
presentes no dia a dia dos usuários das redes sociais, como Trend Topics11 e
memes12, comunicando as ofertas do site pontofrio.com.br em uma linguagem
diferente, além das histórias criadas ao redor do personagem criado para
personificar o perfil, o Pinguim, e a velocidade em responder e interagir com os
seguidores, exemplificada na Fig. 12.




11
  Lista dos assuntos mais citados no Twitter
12
  São vídeos, fotos ou comentários, normalmente de cunho cômico, que aparecem na internet e se
espalha pelo Twitter em grande velocidade.
49




Figura 12 – Exemplo de interação do @pontofrio com seus seguidores
FONTE: Twitter (2011)

          Essa interação constante, direta e pessoal atrai os seguidores tanto
quanto as promoções, mostrando que a adaptação da linguagem ao meio, com o
uso de planejamento e monitoramento, é tão importante para o sucesso de um perfil
no Twitter quanto o próprio produto que se divulga.
          O crescimento do perfil @pontofrio, que reflete seu sucesso, acontece por
um trabalho além da postagem em si, mas que segue as etapas descritas nos 8 Ps
do marketing digital, atualizando constantemente sua forma de interação e
50



divulgação e testes de ferramentas e layout, o que mostra o uso das informações
colhidas em pesquisas e opiniões dos seguidores.
51



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS


           O objetivo do presente trabalho foi analisar como o Twitter pode ser
utilizado como ferramenta de divulgação de um produto, marca ou serviço, o que se
mostrou possível com o uso de um planejamento estratégico de ações e
conhecimento das funções e dinâmica que o Twitter apresenta assim como do
público lá presente e a forma mais adequada d esse comunica com esse target,
possibilitando um retorno real para e empresa anunciante. Fazendo para isso uma
busca em referenciais clássicos sobre marketing, publicidade, propaganda,
comunicação e redes sociais, prosseguindo em teorias mais recentes sobre
marketing digital, redes sociais na internet e consumidor 2.0, cruzando pensamentos
e contextualizando a teoria no uso do Twitter para comunicação empresarial.
           Durante o processo de pesquisa foram encontradas algumas dificuldades
de conceitualização devido ao dinamismo da informação de adaptação constante do
Twitter e de uso do mesmo, tanto por usuários de perfis pessoais quanto
empresariais, o que ocasiona uma mudança rápida de visões em curto espaço de
tempo, obrigando a uma busca de informações atualizadas ao longo de todo
processo de pesquisa, o que leva a uma dificuldade de mensuração quanto a quais
critérios utilizar para verificar o sucesso de ações em redes sociais.
           Os exemplos apresentados na discussão do resultado mostram a
aplicação prática dos conceitos discutidos pelos autores pesquisados, confirmando a
aplicabilidade do Twitter como ferramenta de marketing e ainda sua eficiência como
canal de comunicação direta entre a empresa e o cliente e demonstram, assim como
os dados apresentados em forma de infográfico a mudança na postura do
consumidor e de seus anseios em relação às marcas e sua interação com elas. Por
levar a uma nova postura do consumidor, o Twitter leva também a uma mudança
nas estratégias de comunicação empresarial, mudanças essas que corroboram a
relevância da pesquisa e do aprofundamento do conhecimento no uso do Twitter
como ferramenta publicitária.
           Sugere-se uma pesquisa posterior sobre a publicidade no Twitter como
ferramenta de comunicação com o cliente, no aspecto mais profundo do conceito, a
fim de analisar a publicidade como forma de informação de marcas, produtos e
serviços ou de comunicação completa entre empresa/cliente.
52



                                  Referências




BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad,
1995.

BESSA, Aline; TELLES, Andre; DOURADO, Danila; LEITE, Gabriel; BARONI, Mara;
AYRES Marcel; CAHMUSCA, Marcello; CARVALHO, Márcia; WENDER, Marlon;
GABRIEL Martha; TONUS Mirna; MOURA, Patrícia; CERQUEIRA, Renata; SILVA
Tarcízio. Comunicação e Marketing Digitais: conceitos, práticas, métricas e
inovações / Marcello Chamusca e Márcia Carvalhal. -- Salvador, BA: Edições VNI,
2011.

CANESSO, Natacha. Publicidade na Internet: um estudo dos formatos de
anúncios on-line. In: Intercom, Porto Alegre, 2004. p. 67-67.

CARVALHO, Nelly Medeiros de; LINS, Rebeca; WANDERLEY, Rita de Kássia
Kramer.      A      inovação       publicitária      nas      redes     sociais.
Em:<http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Mesa-
Redonda_Nelly-Carvalho.pdf> acesso em 30 de abril de 2011.

CASALI, Adriana . Internet: espaço público, meio de comunicação ou ambiente
de negócios?. In: VI Congresso Latinoamericano de Investigadores de la
Comunicación ALAIC 2002 GT Internet e Comunicações Mediadas por
Computadores, 2002, Santa Cruz de la Sierra. Cd-rom VI Congresso
Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación ALAIC 2002 GT Internet e
Comunicações Mediadas por Computadores., 2002. v. 1. p. 1.

COMM, Joel. O poder do Twitter. São Paulo: Editora Gente, 2009.

COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais,
comunidades            pessoais,          inteligência    coletiva.   Em:
<http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf acessado em 24/04/2011>
acesso em 29 de abril de 2011.

COVALESKI, Rogério. O uso de redes sociais por anunciantes em campanhas
publicitárias:       um       processo         de        aprendizagem.  Em:
<http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Rogerio-
Covaleski.pdf> acesso em 29 de abril de 2011.

Digitalsurgeons.     Facebook       Vs.    Twitter.    2010.      Disponível  em
<http://midiaboom.com.br/2011/01/11/infografico-facebook-vs-twitter-em-2010/>
Acessado em 12/11/2011
Folha.com. Infográfico: tempo de resposta ao cliente. 2011. Disponível em <
http://www1.folha.uol.com.br/tec/989698-redes-sociais-sao-mais-ageis-que-sac-
como-canal-de-reclamacao.shtml> Acessado em 12/11/2011

GARCIA, Marilene. Comunicação instantânea, pública e social – os desafios de
Twitter, Youtube, Orkut e blogs para o discurso da publicidade e propaganda.
53



Em
<http://www.belasartes.br/revistabelasartes/?pagina=player&artigo=com_inst_pub_e
_social_twitter_yt_orkut_blogs_p_discurso_da_pp> acesso em 31 de maio de 2011.

GODIN, Seth. Marketing de Permissão – Transformando Desconhecidos em
Amigos e Amigos em Clientes. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Campus, 2000.

GOMES, Neusa. Publicidade ou propaganda? É isso aí! Revista FAMECOS.
Porto Alegre, nº 16, dezembro 2001, quadrimestral.

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Disponível     em      <http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=6585>
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ISOTANI, Seiji; MIZOGUCHI, Riichir; BITTENCOURT, Ig; COSTA, Evandro. Web 3.0
- os rumos da web semântica e da web 2.0 nos ambientes educacionais. In:
Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2008, Fortaleza. Anais do XIX
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de Computação, 2008. p. 785-795.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 12ª Edição, São Paulo: Prentice
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LEVITT, T Theodore. Miopia em Marketing. São Paulo, Coleção Harvard de
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LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999
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LIMEIRA, Tânia. Gestão de marketing/Coordenação Sergio Roberto Dias. São
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MARTINS, Gilberto; THEÓPHILO, Carlos. Metodologia da Investigação Científica
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McCARTHY, E Jerome; PERREAULT Jr, William D. Marketing Essencial "uma
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MUNIZ, Eloá. Discurso publicitário e produção de sentido. In: XXVIII Congresso
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__________. Publicidade e Propaganda: origens históricas. Cadernos
Universitários - Introdução À Publicidade e Propaganda, Canoas, v. 1, n. 148, p. 51-
63, 2004.
MARKETING E TWITTER:  ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS - RODRIGO SANTOS ARRUDA
MARKETING E TWITTER:  ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS - RODRIGO SANTOS ARRUDA
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MARKETING E TWITTER: ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS - RODRIGO SANTOS ARRUDA

  • 1. 0 FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA Rodrigo Santos Arruda MARKETING E TWITTER: ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS Montes Claros - MG Novembro/ 2011
  • 2. 1 Rodrigo Santos Arruda MARKETING E TWITTER: ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS Trabalho de conclusão do Curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, como requisito para a obtenção do Título de bacharel em Publicidade e Propaganda. Orientador: Prof. Alcino Franco de Moura Júnior Montes Claros - MG Novembro/ 2011
  • 3. 2 Rodrigo Santos Arruda MARKETING E TWITTER: ANÁLISE DA REDE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS, MARCAS E SERVIÇOS Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, como requisito para a obtenção do Título de bacharel em Publicidade e Propaganda. Data da Aprovação: 05/12/2011. Montes Claros - MG Novembro/ 2011
  • 4. 3 Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos e amigos que estiveram presentes em cada momento dessa jornada. Em especial a Cindy e Alessandro, que me escutaram falar sobre o tema mais vezes que qualquer ser humano gostaria de fazê-lo.
  • 5. 4 AGRADECIMENTOS Gostaria de expressar minha gratidão pelo empenho do meu orientador Prof. Alcino Franco de Moura Júnior, juntamente com a Profa. Josiane Santos Brant Rocha, que participaram da transformação de uma ideia em um trabalho do qual posso me orgulhar. Agradeço também a meu pai, Jurandi, que por mais óbvio que fosse não desistiu de acreditar em meu potencial. Ainda em tempo, sou grato pelo apoio sempre presente de minha mãe, @RaquelMArruda, meu irmão @RafaelSArruda, meus amigos e colegas @AdamKronus, @overdosepop, @liviodesouza, #SauloSemTwitter, @wisibr, @fabrinej e @agmantraman, além dos meus preciosos followings, experts em várias áreas da publicidade, marketing e comunicação, @pedroporto, @AdrianaK, @brunoscarto, @marianarrpp e @danielsouza, que às vezes, mesmo sem saber, me ajudaram muito na construção do meu conhecimento A todos, meu muito obrigado.
  • 6. 5 “Mas o que vale é que sempre estamos aqui para ajudar, não é?” Pinguim @pontofrio em resposta à @nikitavg
  • 7. 6 RESUMO O presente estudo trata da comunicação empresarial no Twitter e tem o objetivo do de analisar como a referida rede social pode ser utilizado como ferramenta de divulgação de um produto, marca ou serviço, suas aplicações como ferramenta de marketing e as possibilidades de divulgação e interação que ela oferece. Para isso fez-se uma busca em referenciais clássicos sobre marketing, publicidade, propaganda, comunicação e redes sociais, prosseguindo em teorias mais recentes sobre marketing digital, redes sociais na internet e consumidor 2.0, com o uso de pesquisa qualitativa e bibliográfica, também foi observado o uso empresarial do Twitter com uma pesquisa documental e cruzando conceitos e contextualizando a teoria no uso do Twitter para comunicação empresarial. Por se tratar de uma rede social dinâmica as possibilidades de interação entre consumidor/empresa no Twitter são enormes, desde o uso da ferramenta como vitrine de produtos, realização de promoções e sorteios, a utilização do perfil da empresa como canal de SAC, até a interação direta com o consumidor, possibilitando que esse passe a ser coprodutor, divulgador e incentivador de consumo da marca. Mas para que o Twitter seja uma ferramenta efetiva de marketing precisa-se mais que cadastrar sua empresa na rede, uma série de pesquisas, planejamentos, ações de gestão e de controle devem ser tomadas. O entendimento de conceitos clássicos de marketing unidos com novos estudos, estratégias e o entendimento do conceito de comunicação são fundamentais para que o Twitter seja mais que um meio de divulgação, mas sim um canal de comunicação e viralização da sua marca. O intuito, por parte das empresas, de se obter o melhor desempenho em um meio onde a resposta, positiva ou negativa, é imediata e pode criar uma imagem duradoura do que se promove, levando à necessidade de um planejamento de ações e um estudo de conceitos e características tanto do Twitter como ferramenta de divulgação quanto do novo perfil do consumidor moldado pelas possibilidades de interação em redes sociais com o grau de dinamicidade como o do objeto de estudo do seguinte trabalho. Palavras-chave: Twitter. Redes Sociais. Comunicação. Marketing web. Publicidade.
  • 8. 7 ABSTRACT This study addresses the business communication in Twitter and has the goal of analyzing how such a network can be used as a tool for disseminating a product, brand or service, its applications as a marketing tool and the possibilities of diffusion and interaction it offers. For that became a classic reference on in search marketing, publicity, advertising, communication and social networking, continuing in more recent theories about digital marketing, social networking sites and consumer 2.0, with the use of qualitative research and literature, was also subject to the business use of Twitter with a desk and crossing concepts and contextualizing the theory in the use of Twitter for corporate communications.Because it is a social networking possibilities of dynamic interaction between consumer / business on Twitter are enormous, from using the tool as a showcase of products, make promotions and sweepstakes, using the company's profile as a channel of SAC, to direct interaction with the consumer, enabling it to become co-producer, publisher and promoter of brand consumption. But for that Twitter is an effective marketing tool needs to be more than register your company network, a lot of research, planning, stock management and control should be taken. The classic understanding of marketing concepts together with new studies, strategies and understanding of the concept of communication are fundamental to Twitter is more than a means of disclosure, but rather a channel of communication and viralização of your brand. The order, by companies, to obtain the best performance in an environment where the response, positive or negative, is immediate and can create an enduring image of what is promoted, leading to a need for action planning and a study concepts and characteristics of both Twitter as marketing tool and the new consumer profile shaped by the possibilities of interaction in social networks with the degree of dynamism as the object of study of the following work. Keywords: Twitter. Social Networks. Communication. Marketing web. Advertising.
  • 9. 8
  • 10. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Diagrama das Redes de Paul Baran.................................................... 26 Figura 2 – Facebook Vs. Twitter............................................................................ 32 Figura 3 – Infográfico: tempo de resposta ao cliente.............................................33 Figura 4 – Influência das redes sociais na decisão de compra............................. 35 Figura 5 – Vídeo postado no youtube.com pelo Sr. Boreli.................................... 36 Figura 6 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli reclamando com @brastemp................................................................................. 37 Figura 7 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli sobre a solução de seu problema com @brastemp.............................................. 37 Figura 8 – Página do perfil @pontofrio.................................................................. 45 Figura 9 – @pontofrio no ranking do site twitaholic.com....................................... 46 Figura 10 – Dados sobre Followers do perfil @pontofrio segundo o ranking do site twittercounter.com....................................................... 46 Figura 11 – Gráfico de crescimento de Followers do perfil @pontofrio segundo o site twittercounter.com...................................................... 47 Figura 12 – Exemplo de interação do @pontofrio com seus seguidores.............. 48
  • 11. 10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Tipos de Marketing segundo SERRANO (2011)................................ 15 Quadro 2 – Ferramentas de marketing web segundo CANESSO (2004)............. 18 Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital proposto por ADOLPHO (2011)............. 19
  • 12. 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 11 1.1 Problema .................................................................................................. 11 1.2 Objetivos................................................................................................... 11 1.3 Justificativa................................................................................................ 12 2 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................ 14 2.1 Marketing.................................................................................................. 14 2.2 Marketing Digital e Marketing na Internet…………………………………...17 2.3 Comunicação………………………………………………………………….. 21 2.4 Publicidade e Propaganda........................................................................ 23 2.5 Redes Sociais........................................................................................... 25 2.6 Consumidor 2.0......................................................................................... 27 3 METODOLOGIA............................................................................................... 29 3.1 Caracterização da Pesquisa..................................................................... 29 3.2 Campo de Investigação............................................................................ 29 3.3 Procedimentos.......................................................................................... 29 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................30 4.1 Twitter....................................................................................................... 30 4.2 Marketing e Publicidade no Twitter........................................................... 39 4.3 Exemplo de utilização do Twitter em Marketing Web............................... 45 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 50 Referências...................................................................................................... 51 Apêndice...........................................................................................................55
  • 13. 12 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho busca fazer uma análise do Twitter em relação a sua utilização como ferramenta de marketing para a divulgação de marcas, produtos e serviços. Por se tratar de uma ferramenta relativamente nova e com uma característica dinâmica, a divulgação de marcas, produtos e serviços no Twitter ganha características mais complexas, funcionando com um canal de comunicação interativo, onde o receptor da mensagem publicitária deixa de ser um receptor passivo como ocorre em meios tradicionais de divulgação e passa a interagir de forma intensa com o conteúdo. Para isso foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica observando desde conceitos clássicos de comunicação, publicidade, propaganda e marketing, propostas modernas de marketing digital, conceitos de redes sociais digitais e não digital e sua dinâmica, análise do consumidor 2.0 e sua interação com as marcas e as redes sociais até chegarmos ao Twitter em si, sua utilização pelo cliente e pela marca e a dinâmica que rege esse relacionamento. Na pesquisa e análise que se seguem buscou-se entender como o uso do Twitter pode ser útil para a empresa e qual postura adotada diante de uma possibilidade de contato tão direto e de tamanha amplitude, onde o que é dito pode tomar proporções de grandeza extraordinárias e influenciar a opinião de vários consumidores latentes, formando uma imagem potencialmente duradoura da marca. 1.1 Problema: Como o Twitter pode ser utilizado para divulgação de produtos, marcas e serviços? 1.2 Objetivo: Geral: Analisar como o Twitter pode para ferramenta de divulgação de um produto, marca ou serviço.
  • 14. 13 Específicos  Verificar conceitos e requisitos relacionados ao marketing digital;  Descrever as principais estratégias de divulgação de produtos, marcas e serviços com o Twitter. 1.3 Justificativa: Desde a introdução do conceito de composto de marketing proposto por Neil Borden (1953 apud Toledo 2002), passando pelos 4Ps em que McCarthy et al (1997) reuniu as variáveis controláveis (Produto, Preço, Promoção e Praça), seguindo pela definição de Kotler (2006), que afirma que o composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa usa em busca de atingir seus objetivos de marketing e “alcançar resultados de troca desejados com mercados-alvo.” Kotler (2006) tem encaixado os conceitos de marketing a todos mercados, consumidores e diferentes meios que surgem a cada dia, modificando e adaptando esses conceitos para adequá-los às mudanças constantes do mercado. Na era da comunicação e do marketing digital novas teorias e definições têm sido propostas para atualizar as proposições clássicas a essa nova realidade do mercado, como os 8P’s do marketing digital (Pesquisa, Planejamento, Produção, Publicação, Promoção, Propagação, Personalização, Precisão) descritos por Adolpho (2011) “os 8P’s do marketing digital [...] permitem que as empresas aprendam sobre o marketing digital de seu negócio, de sua área de atuação.”. Ainda mais antigo que o conceito de marketing e tão antigo quanto a própria comunicação em si, o conceito de rede social remonta à antiguidade, desde o surgimento da sociedade e da comunicação. Em toda interação humana, de forma social, há o surgimento de uma rede de interação. A rede social digital é uma forma inovadora de tratar a informação e sua disseminação, na qual a informação é transmitida de forma horizontal e o público não mais recebe o conteúdo de forma passiva, mas o comenta em tempo real e o retransmite. Na rede social, o conteúdo da informação é gerado pelo próprio público, que pode contestá-lo, retransmiti-lo ou absorvê-lo, de acordo com sua conveniência. O Twitter se diferencia de outras redes sociais digitais pela instantaneidade da informação, em mensagens curtas, contendo no máximo 140
  • 15. 14 caracteres, onde são passadas informações pessoais, cotidianas ou de interesse público, e disseminadas de forma viral pelos usuários de acordo com sua relevância. Quando se foca no uso corporativo das redes sociais com intuito de divulgação se encontram diferenças nas estratégias do uso da mídia social, adequando a ferramenta ao perfil e intenções de quem divulga. Quando você produz tweets interessantes, seus seguidores se beneficiam. Encontram o caminho para seu site, no qual podem colher algumas informações de valor, aproveitam as vantagens de ofertas especiais e códigos de descontos, obtêm uma maior compreensão do tipo de produtos, serviços e informações que lhe são oferecidas. COMM (2009, p. 135) Este trabalho tem o intuito de traçar um paralelo entre marketing e comunicação na rede social digital Twitter, analisando o possível uso desta rede como ferramenta de marketing para divulgação de marcas, produtos e serviços. Por se tratar de uma ferramenta relativamente nova, a utilização do Twitter como canal de divulgação nem sempre é efetiva e é comum ocorrerem ruídos quando se tenta usar a mesma forma de comunicação que se usa nos meios tradicionais.
  • 16. 15 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Marketing Toda oferta de marketing traz em sua essência uma idéia básica. [...] Produtos e serviços são plataformas para a entrega de algum conceito ou benefício. As empresas empenham-se arduamente na busca da necessidade essencial que tentarão satisfazer. (KOTLER, 2006, p.27) Por definição, “Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa mercado e a ação voltada para ele. Assim, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas ações” (Limeira, 2004). O conceito moderno de marketing, seu surgimento no pós-guerra gerou uma competição entre as empresas a partir da década de 1950 com o avanço da industrialização em todo o mundo, mudando o foco das ações do produto para o cliente, ainda conforme o autor. A base do marketing passa pelo planejamento da divulgação de uma marca, produto ou serviço, analisando o produto, delimitando o público pretendido, analisando o mercado, canais de distribuição e também como e onde comunicar o que se oferece. Kotler (2006) diz, que para satisfazer a demanda, o profissional de marketing deve mensurar o mercado potencial e desenvolver o produto ou serviço voltados para esse mercado, pensando primeiro no que o público deseja. Essa visão é corroborada por Levitt (1986) “[...] uma administração com o espírito totalmente voltado para o cliente pode fazer para manter em desenvolvimento um setor de rápida expansão, mesmo depois de esgotadas as oportunidades óbvias [...]”, e Levitt diz também que o quando o foco está no produto ou serviço, o sucesso dura apenas o tempo de ápice da demanda, pois tende-se a não adaptar-se à necessidade do mercado. Ainda de acordo com Kotler (2006) sobre o valor e a satisfação o êxito do produto ofertado está ligado ao valor e a satisfação que esse proporciona ao comprador alvo, devendo por tanto ser pensado para o mercado determinado, pois o comprador vai optar pelo que lhe proporciona maior satisfação e o que lhe confere maior valor.
  • 17. 16 O que leva a um conceito mais atualizado de marketing, apresentado por Limeira (2005) em que a função do marketing passa a ser “criar continuamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição.”. McCarthy (1997) introduziu os 4 P’s ( Produto, Preço, Praça, Promoção) do marketing traduzindo os conceitos básicos que formam o mix de marketing, e que Públio e Lima (2008) apresentam da seguinte forma: O Produto ou serviço deve satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores. O preço deve ser ajustado às condições de custo de fabricação e de mercado. No ponto de venda ou praça deve estar o produto ou serviço da forma mais acessível e rápida possível ao consumidor. A promoção deve comunicar o produto ou serviço ao mercado, estimular a venda. (PÚBLIO e LIMA, 2008 p.5) Serrano (2011) descreve um grande número de conceitos de tipos de marketing, dos quais, alguns são mais pertinentes para o presente trabalho e apresentados do artigo publicado na web intitulado Tipos de Marketing, apresentados no Quadro 1. Quadro 1 - Tipos de Marketing (continua) Cybermarketing Considerado uma ferramenta facilitadora para o Marketing. Trata-se de instrumentos para focalizar na "personalização em massa", proporcionando maior rapidez nas transações, do que comparado aos meios tradicionais de troca. Por usar as cyber ferramentas, permite total interação com o cliente. Pode ser utilizado como ferramenta do Marketing direto ou para o Marketing de massa. Marketing de Incentivo É uma ferramenta que engloba campanhas de incentivo, endomarketing, fidelização, programas de relacionamento, eventos, viagens, entre outras ações que permitem, dentro de uma relação custo/benefício, atingir os objetivos da empresa. Marketing de Estratégia que visa o profundo conhecimento do cliente e Relacionamento de seus hábitos, visando atendê-lo de forma a obter a fidelização. Marketing de Varejo Atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e serviço desejados pelos consumidores. Henri Richter definiu o varejo como um processo de compra de produtos e quantidade relativamente grande dos produtores, atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em quantidade de menores ao consumidor final.
  • 18. 17 Quadro 1 - Tipos de Marketing (continuação) Marketing Experiencial É o Marketing que integra diversos elementos relacionados à lógica, às emoções e ao Pensamento, visando o contato com o consumidor com a marca ou empresa. Marketing Focado no Obtenção de um valor pleno de duração de cada cliente e Cliente manutenção dessa duração crescente ano após ano. É usar os lucros excedentes do sucesso alcançado para custear a conquista de novos clientes a um custo mais baixo. O objetivo, a longo prazo, é a sobrevivência e o crescimento rentáveis. Marketing Institucional Atividades empreendidas para criar, manter ou alterar as atitudes e comportamentos dos clientes- alvo para com uma organização. Marketing interativo É o conjunto de ações de marketing direcionadas para criar uma interação entre o cliente e a empresa, em que o cliente tem um papel ativo, possibilitando a personalização e a customização de produtos e serviços. Marketing Online Marketing baseado no uso de ferramentas, instrumentos, softwares e atividades relacionadas à Internet, como Links patrocinados, banners publicitários, sites, e-mails, blogs e newsletters entre outros. Marketing Viral Forma de transmitir uma mensagem ou uma idéia a um grupo de pessoas. Cada pessoa que recebe a mensagem se sente compelida a retransmitir a mensagem, atingindo assim, de forma exponencial, milhares ou milhões de pessoas. Webmarketing É o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a internet, em que o cliente controla a quantidade e o tipo da informação recebida. fonte: Serrano (2011)
  • 19. 18 2.2 Marketing Digital e Marketing na Internet O marketing digital e o marketing na internet são aplicações dos conceitos clássicos ao ambiente web, transportando e atualizando as aplicações das estratégias já usadas nas empresas para o novo público formado na era digital. O marketing digital é o conjunto de estratégias de marketing e publicidade, aplicadas à Internet, e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando. Não se trata de uma ou outra ação, mas de um conjunto coerente e eficaz de ações que criam um contato permanente da sua empresa com seus clientes. (TORRES, 2010 p.7) Junto com o marketing na internet vem também o conceito de marketing de interrupção e marketing de permissão introduzido por Godin (2000) que diferencia a forma tradicional de se comunicar produtos, marcas ou serviços em forma de interrupção da atenção do público, como por exemplo, em reclames comerciais em TV, anúncios em revistas, ou mesmo no e-mail marketing, onde anunciantes compram ou alugam listas de endereços de e-mails e lhe enviam anúncios sem o seu consentimento. Essa prática é denominada de SPAM1, que é toda a informação publicitária ou não que é enviada sem consentimento por meio digital. A definição de contraposição do marketing de interrupção é o marketing de permissão, onde o público é interrompido uma única vez para que seja pedida sua autorização de recebimento de informações e, a partir daí, com seu devido consentimento, ele passa a receber informações da empresa e tem a opção de deixar de receber a qualquer momento, decidindo quando começa e quando termina seu relacionamento com a empresa. Com o uso do marketing de permissão em ambiente web obtêm-se alguns válidos benefícios, ainda segundo Godin (2000) como a otimização de investimento com o direcionamento ao público que realmente tem interesse no que se oferece assim como a possibilidade de personalização da informação por meio de filtros de interesse do receptor que pode ser feito no ato de preenchimento do cadastro autorização de recebimento, por exemplo. A principal ferramenta do marketing de permissão é o e-mail marketing, que para efeito de diferenciação com o SPAM, é chamado pelo termo em inglês Newsletter. 1 SPAM é o termo em inglês referente a mensagens enviadas sem o consentimento do receptor. O termo surgiu à partir de uma esquete do grupo de humor inglês Monty Python de nome SPAM.
  • 20. 19 Mas a Newsletter está longe de ser a única ferramenta de marketing na internet, outras ferramentas estão presentes no dia a dia de quem acessa a internet. Canesso (2004) descreve algumas dessas ferramentas conforme apresentado no Quadro 2. Quadro 2 – Ferramentas de marketing web Banners são peças estáticas, animadas ou até interativas presentes em forma de anúncio pago em sites que usualmente redirecionam ao site do anunciante Pop-up se apresentam como janelas com conteúdo publicitário que abrem de forma automática ao se entrar em determinado site Pop-under têm uma dinâmica parecida com os pop-up, porém abrindo uma janela abaixo do browser principal Floate se apresenta como uma imagem que flutua pela homepage do provedor Interstitial é uma página que se intercala ao fluxo normal de navegação de um website contendo anúncios ou conteúdo extra ao do site que se acessou Superstitial é uma peça parecida com o banner mas usa de animação e som em seu anúncio, se aproximando dos VTs de televisão Marketing de mensagens são mensagens disparadas de forma automáticas em salas de bate-papo com conteúdo publicitário; Patrocínio acontece como em outros meios, onde o anunciante escolhe um site com conteúdo de interesse do seu público alvo para anunciar Advertorial o anunciante aproveita o conteúdo editorial do site para anunciar o que pretende Mecanismo de busca links pagos em mecanismo de busca como o Google, direcionado pelo conteúdo da pesquisa realizada e colocado em posição de destaque entre as respostas geradas fonte: Canesso (2004) Além das possiblidades de formas de comunicar que a internet oferece é importante atentar ao perfil do público e à forma que esse recebe e interage com a informação como ressalta Torres (2010), que, ressalta também a mudança no consumidor devido aos novos hábitos adquiridos em ambiente web, como o uso do e-commerce2 para a compra de todo tipo de produto e o uso das redes sociais para pesquisa sobre produtos e serviços, o que Adolpho (2011) chama de “busca social” onde a busca por um serviço se baseia na experiência de outros e suas indicações, diferentemente do que acontece em buscas diretas realizadas em ferramentas de 2 Ponto de comércio na internet
  • 21. 20 busca com o Google, a “busca social” realizada em redes sociais conta com o sentimento de quem interage em forma de resposta a uma solicitação. Adolpho (2011) sistematiza o marketing digital em oito passos cíclicos e que, ele afirma, devem ser adotados de forma metódica para o sucesso da empresa em ambiente online. Ele denomina esses passos como “8 Ps do marketing digital, que não são uma mistura dos 4 Ps clássicos do marketing aplicados à internet, mas uma forma de conduta e estratégias sistematizadas a serem aplicadas de forma cíclica, onde o consumidor é tanto o ponto de partida quanto a finalidade do planejamento produtivo e de marketing. Os “8 Ps do marketing digital propostos por Adolpho (2011) são descritos no Quadro 3. Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital (continua) 1º- Pesquisa É o ato de verificar o que o consumidor deseja do seu produto por uma analise do “rastro” de opiniões que ele deixa em seu uso da web. O consumidor, antes da escolha de compra, pesquisa, busca opiniões em fóruns, assiste reviews, e mesmo depois da compra ele posta suas opiniões em blogs e até faz sugestões sobre o produto direto ao fabricante com o uso das redes sociais. E essa disposição em participar do processo de criação, aprimoramento e da decisão de compra de outros deixa impressões na web que podem ser verificadas e medidas pelas empresas, tornando a pesquisa mais do que o questionamento sobre o desejo e expectativas de uma amostra, mas um trabalho de investigação em tempo real da opinião do usuário. 2º- Planejamento O planejamento é um documento detalhado de toda a ação que será executada na campanha que vai desde a pesquisa realizada no 1º P até o 8º P que é a “Precisão”, e deve ser acompanhado durante todo o processo, atento para as modificações e adequações necessárias para que o resultado desejado seja atingido. É esse documento que direciona toda a ação da equipe de marketing digital, fazendo que todos trabalhem seguindo a mesma direção.
  • 22. 21 Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital (continuação) 3º- Produção Trata da execução do planejamento da campanha, é a implementação das ferramentas web, seus testes e suas adequações para otimizar a navegação por parte do usuário, facilitando a busca da plataforma, aumentando o tempo de navegação, criando vínculos com o cliente e monitorando métricas de acesso e navegação. 4º- Publicação Gerar visitação, interação e divulgação da plataforma disponibilizada na internet depende da relevância do conteúdo gerado para o consumidor. Fazer do consumidor um agente divulgador da marca é algo desejado por qualquer empresa, diminuindo o investimento em mídia, tanto off-line quanto online e justificando o investimento em plataformas em ambiente web. Ter um site na internet não significa ter acessos, a forma como esse site é divulgado, o conteúdo nele disponibilizado e possibilidade do consumidor interagir esse conteúdo é o que justifica o investimento em campanhas online. 5º- Promoção O planejamento da campanha deve contemplar a autoalimentação, otimizando assim o investimento por meio do incentivo de interação e compartilhamento, com a identificação e direcionamento da comunicação para formadores de opiniões na rede e dando a eles motivos para divulgarem o conteúdo gerando assim buzz3 e a tão desejada viralização. 6º- Propagação A propagação do conteúdo desejado parte da interação com o consumidor em ambiente web, pois o consumidor só propaga o que ele conhece, gosta, se relaciona e confia. A propagação, mesmo sendo uma iniciativa do consumidor deve ser planejada, incentivada e monitorada pela empresa, a fim de que o resultado esteja dentro do pretendido. 3 A palavra em português que se equivale à buzz é burburinho. O termo refere-se aos comentários espontâneos gerados assim como a replicação e comentários subsequentes.
  • 23. 22 Quadro 3 – Os 8Ps do marketing digital (continuação) 7º- Personalização A segmentação do mercado e das ações web de comunicação é fundamental para o sucesso de uma campanha na internet, desde a navegação do site aos e-mails enviados para cada cliente. A informação deve ser direcionada ao indivíduo, adequando o conteúdo e até a linguagem usada. A atenção aos detalhes de programação, monitoramento e retorno ao cliente deve ser algo em vista para se cativar o apreço do consumidor, fazendo-o sentir-se “amigo” da marca. A comunicação em massa pode impactar, mas dificilmente vai cativar e criar o sentimento de proximidade necessário para fidelização do cliente web. 8º- Precisão Mensurar resultados e monitorar em tempo real é a única forma de adequar açõe) a fim de minimizar a possibilidade de fracasso em uma ação em andamento e de corrigir falhas em ações futuras. Sem o monitoramento a possibilidade de a mensagem não atingir o público desejado ou que ela atinja de forma errada continua a mesma, mas a impossibilidade de se corrigir a falha é algo que pode arruinar a campanha e todo o trabalho realizado nos outros 7 Ps. fonte: ADOLPHO (2011) Adolpho (2011) mostra com os 8 Ps, não há complexidade de implementar o marketing digital, mas a diferença do consumidor atual, a forma que ele deseja ser tratado, as ações que toma antes da decisão de compra, e como se adequar a esse consumidor, como manter o foco no consumidor e atender suas expectativas. 2.3 Comunicação Fazendo parte das ferramentas do marketing, a comunicação é a forma de a empresa se mostrar ao seu público. “Comunicação empresarial é o processo – conjunto de métodos, técnicas, recursos, meios, etc. pelo qual a empresa se dirige ao público interno (seus funcionários) e ao público externo (seus consumidores).” (Baiha, 1995, p.15). Mas existe uma distinção entre a informação e a comunicação,
  • 24. 23 de acordo com Casali (2002) “[...] nem sempre uma informação é capaz de estabelecer conexões e produzir comunicação, embora esta seja a matéria prima do processo comunicativo.”, Casali (2002) completa dizendo que a informação somente se concretiza em comunicação quando adquire caráter de diálogo, a comunicação só é estabelecida quando existe uma resposta para a informação. Sampaio (2001) apresenta alguns modelos de comunicação como “o modelo criado em 1949 por C.E Shannon e W. Weaver, que concebe a comunicação como uma transmissão de sinais.” Sampaio (2001) continua a discorrer sobre esse conceito de comunicação que simplifica a comunicação à questão de transporte, tratando a mensagem e o significado como sinais a serem transmitidos e decodificados, o que geraria o problema da conceptualização da informação como algo objetivo que seria transportado do emissor ao receptor em sua integralidade, sem sofrer qualquer interferência ou modificação, levando a acreditar que o emissor e o receptor verão a “mensagem sob a mesma óptica”. Os agentes comunicacionais são minimizados em suas capacidades cognitivas, vistos redutoramente na condição de codificadores e/ou decodificadores de sinais. “Emissor e receptor aparecem nesse modelo apenas como dados formais, como caixas pretas, como máquinas de Input-Output ou então como computadores que trocam informação entre si“ (Schmidt, 1996: 52 apud SAMPAIO, 2001 p.2) Morais (2001) mostra como quando se transporta o conceito clássico de comunicação para o ambiente web a relação e até mesmo a identificação de emissor e receptor torna-se complexa, pois o “usuários têm a chance de atuar, simultaneamente, como produtores, emissores e receptores, dependendo de lastros culturais e habilidades técnicas.” Sampaio (2001) também se refere, ao falar sobre comunicação, às mídias e sua influência no resultado da transmissão da informação, ela afirma que a mídia não é apenas um canal por onde a informação é transferida, mas que ela influencia diretamente o resultado da comunicação dependendo de suas características e sua qualidade. A comunicação empresarial, segundo Bahia (1995) é toda forma de comunicação da empresa com seu público, interno e externo e como toda forma de comunicação, não pode ficar indiferente aos avanços tecnológicos, adaptando-se e buscando formas de passar a mensagem desejada de forma atrativa, eficaz e
  • 25. 24 rápida, transformando a forma de comunicar, que começou com jornal ou revistas de circulação interna em algo mais abrangente e dinâmico, ampliando o alcance e direcionando a informação ao público de interesse. O autor continua falando sobre a importância da estratégia de comunicação dentro das empresas, buscando a valorização da marca dentro do mercado, e que a estratégia de comunicação deve estar em sintonia com as estratégias de outros setores dentro da empresa como a produção e distribuição para que a comunicação seja feita de forma transparente e coerente. Mais do que praticar técnicas de transmissão de informações, a comunicação empresarial deve ser considerada uma forma de contato com o público, uma oportunidade de saber o que os funcionários e o público pensam e anseiam. 2.4 Publicidade e Propaganda A publicidade é tão antiga quanto o próprio comércio, sendo que seu uso remonta à Antiguidade clássica, conforme descrito por Muniz (2004). Em escavações arqueológicas foram encontrados vestígios de placas que anunciavam eventos como combates e banhos públicos em Pompéia, com caráter informativo, e que esse uso seguiu ao longo da história até a idade média, quando os mercadores faziam uso de gritos, gestos e símbolos para anunciar suas mercadorias. Ela cita o exemplo do uso da figura da cabra para demarcar o local onde era vendido leite, e a evolução desses ícones até os Logotipos modernos. Muniz (2004) relata também o uso da publicidade como incentivador de consumo após a Revolução Industrial, que gerou a necessidade de aumento de consumo para absorver a capacidade de produção e, consequentemente, de oferta. A partir de então, o caráter meramente informativo que era inerente à publicidade passa a coexistir com a idéia de persuasão, tentando induzir o público a consumir o produto A ou B. Existe uma diferenciação conceitual em relação à publicidade e a propaganda, que segundo Gomes (2001) é controversa no Brasil, onde “decorre um paradoxo dessa utilização aleatória: a denominação profissional de “quem” faz publicidade ou propaganda institucionalizou-se como “publicitário”.”
  • 26. 25 Gomes (2001) apresenta por definição de propaganda a atividade de propagar idéias ou conceito, tendo um caráter ideológico, enquanto a publicidade teria um caráter comercial. A função da publicidade é descrita por Muniz (2005) como sendo “divulgar as características deste ou daquele produto e promover-lhe a venda. Esta função objetiva permanece em princípio sua função primordial.” (Baudrillard, 1978 apud Muniz 2005). O Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira traz o seguinte conceito para publicidade, conforme apresentado por Gomes (2001): 1. Calca do no francês, “publicité”: qualidade do que é público: a publicidade dum escândalo. 2. Caráter do que é feito em público: a publicidade dos de bates judiciais. 3. A arte de exercer uma ação psicológica sobre o público para fins comerciais ou políticos Vários conceitos de publicidade são apresentados por diversos autores e teóricos, como Muniz (2004), que traz a origem da palavra publicidade. “A princípio, a palavra publicidade designava o ato de divulgar, de tornar público. teve origem no latim publicus (que significava público), dando origem ao termo publicité, em língua francesa.” Qualquer forma de divulgação de produtos ou serviços, através de anúncios geralmente pagos e veiculados sob a responsabilidade de um anunciante identificado, com objetivos de interesse comercial. (RABAÇA e BARBOSA, 1987. apud MUNIZ, 2004) Muniz (2004) completa o conceito de publicidade trazendo seu principal objetivo, que é levar o público a ação de compra, e diz que quando essa ação não se concretiza a finalidade da publicidade não foi atingida. Conjunto de técnicas de ação coletiva no sentido de promover o lucro de uma atividade comercial conquistando, aumentando e mantendo clientes. (MALANGA, 1979. apud MUNIZ, 2004) Como conceito de publicidade Sant’Anna (2002, p.75.) apresenta a seguinte definição: “publicidade significa, genericamente, divulgar, tornar público [...]”.
  • 27. 26 2.5 Redes Sociais Estamos diante de novas formas de associação, imersos numa complexidade chamada rede social, com muitas dimensões, e que mobiliza o fluxo de recursos entre inúmeros indivíduos distribuídos segundo padrões variáveis. (COSTA 2005 p. 239 ) De acordo com Recuero (2009) “O estudo das redes sociais, entretanto, não é novo. O estudo da sociedade a partir do conceito de rede representa um dos focos da mudança que permeia a ciência durante todo o século XX.” E completa Isotani et al (2008) que o sistema de criação de um conhecimento coletivo nas redes sociais na web ainda está em desenvolvimento e que esse sistema se baseia na contribuição e no compartilhamento de informações, formando uma rede de desenvolvimento de informações onde essa é construída de forma social, tendo a contribuição de vários membros do grupo social de forma colaborativa. [...] as redes sociais se dividem em níveis específicos a partir dos interesses dos indivíduos/sujeitos participantes de cada uma delas. Há as redes profissionais, políticas, comunitárias, de relacionamento etc. Estes diferentes tipos indicam a distinção de perfis de cada usuário, fazendo de sua inserção em uma dessas redes uma classificação pressuposta de grupos sociais. (CARVALHO, et al 2010 p. 10) Recuero (2009) descreve a topologia das redes sociais em consonância ao descritos por outros autores citados por ela como (Franco 2008 apud Recuero 2009) que ressalta a importância da metáfora da rede para a compreensão da estrutura mais ou menos eficientes para a ação dos grupos sociais. Essa topologia é descrita como: distribuída, na qual a rede é mantida por dispersos nós que se conectam entre si, não havendo nós que detenham a hegemonia das conexões; centralizada, onde um nó centraliza a maior parte das conexões; e descentralizada, onde vários nós compartilham a hegemonia das conexões, fazendo sua distribuição, conforme mostrado nos diagramas da Fig. 01.
  • 28. 27 Figura 1 – Diagrama das Redes de Paul Baran. (RECUERO 2009. P. 52) Recuero (2009) continua sobre a “Teoria das Redes” dizendo que esses modelos são baseados em estruturas matemáticas e que pode haver coexistência de características de mais de um modelo em uma única rede quando o conceito é transportado para o estudo de redes sociais, que por se tratarem de elementos humanos possuem um maior dinamismo. Lévy (1999) diz que a convivência em redes sociais é a reciprocidade, quando se recebe e usufrui de algum conhecimento que foi disponibilizado por outros em redes sociais deve-se também transmitir algum conhecimento que possa ser de interesse a outros. Agindo dessa forma obtêm-se uma forma de recompensa de grande valia em redes sociais, a reputação ou status na rede. Carvalho et al (2010) afirma que o foco das redes sociais na Internet é a reunião de pessoas, que transmitem conhecimentos e informações, pessoais ou de interesse púbico, como a publicação de fotos, textos, mensagens curtas, vídeos entre outros formatos, assim criando uma interação com os outros membros a que se está ligado por interesses afetivos ou profissionais. Costa (2005) afirma que é importante salientar que sociedade ou grupo existe com base na negociação entre preferências individuais e o fato de se estar cada vez mais conectado aos grupos, esta negociação se intensifica ao ponto de o indivíduo ter de confrontar cada vez mais seus interesses com os interesses de outros, o que faz parte do jogo social e da construção da identidade do grupo.
  • 29. 28 2.6 Consumidor 2.0 Os hábitos de consumo mudaram, e com eles a forma de fazer propaganda também se transformou, Adolpho (2011) lembra que nos anos 1980 a massificação da publicidade em diversas mídias era a forma de se chegar ao maior número de expectadores e informar-lhes sobre os benefícios do produto X ou Y ou até encantá-los com a criatividade das propagandas, que geraram bordões que são lembrados até o dia de hoje, como: “Bonita camisa, Fernandinho.” e “Eu sou você amanhã.”, e essa massificação da informação era suficiente para transformar esse espectador em consumidor. A forma passiva com que o consumidor recebia a informação era eficaz em um mercado menos competitivo que o atual, e em um consumidor que recebia uma carga de informação muito menor que o consumidor 2.0. Ainda segundo Adolpho (2011), o consumidor 2.0 busca mais que informação sobre a marca que consome, a interação é uma parte importante da experiência de consumo, e vai além o uso do produto em si, a interação buscada é com a marca e sua personificação em seus perfis em redes sociais, assim como com outros consumidores também ali presentes, fazendo da experiência de consumo algo coletivo e social. Interatividade é a palavra que se deve considerar ícone quando se pensa em comunicação nas redes sociais. A comunicação das mídias tradicionais se configura através de discursos monológicos (televisão, imprensa e rádio), em que a participação dos destinatários ou sujeitos interpretantes está reduzida a sua posição de recepção, considerando-se normalmente seu perfil, expectativas e outros aspectos; mas não o colocando como participante direto no ato comunicativo, construindo mensagens no espaço interno do dizer. (CARVALHO, et al 2010 p 11) O consumidor 2.0 é caracterizado por Oliveira (S/D) como sendo um consumidor participativo, que vê o valor em gerar conteúdo relacionado à marca e na interação com a empresa. Esse novo tipo de consumidor deixou de ser passivo quanto à publicidade do produto e em outro nível quanto ao próprio produto, ele vê a publicidade, compartilha sua opinião com seu círculo social digital, cria versões alternativas da campanha, interage com a marca pelos perfis da mesma em redes sociais, busca opiniões sobre o produto, e se tudo lhe for satisfatório realiza a
  • 30. 29 aquisição. Mas depois disso ele ainda vai comentar sobre sua experiência com o atendimento, entrega, preço e sobre o uso do produto em si. Esse consumidor 2.0 vivencia a experiência da compra em níveis muito mais profundos que o consumidor de 1980 e compartilha essa experiência em seus perfis para que seu círculo de relacionamento saiba seu sentimento em relação ao produto e a marca que consome.
  • 31. 30 3 METODOLOGIA 3.1 Caracterização da Pesquisa O trabalho descreveu as estratégias publicitárias de divulgação de marcas produtos ou serviços no Twitter. Com isso foi necessária a utilização da pesquisa qualitativa que visa destacar uma análise profunda do fenômeno a ser estudado. De acordo com Maanen (1979, p. 520) “a pesquisa qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam descrever e decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”. Para um embasamento mais aprofundado e conceitual, foi utilizada pesquisa bibliográfica que, segundo Martins e Theóphilo (2009), se caracteriza por buscar explicar e discutir um assunto com base em publicações em livros, revistas ou periódicos, dando suporte à argumentação proposta. Assim se realizou uma pesquisa documental sobre o Twitter para se ter uma visão mais profunda sobre a utilização da publicidade neste veículo. A pesquisa documental utiliza como fonte de dados documentos, diferenciando-se da pesquisa bibliográfica pela natureza das fontes pesquisadas, ainda segundo Martins e Theóphilo (2009). 3.2 Campo de Investigação A pesquisa foi realizada na internet. 3.3 Procedimentos Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos e livros de autores especializados em marketing, comunicação, marketing digital e em redes sociais a fim de verificar conceitos e requisitos relacionados ao marketing digital, procurando contemplar dentro da ampla abrangência do tema autores que trouxessem conceitos clássicos assim como suas atualizações no que tange ao marketing na internet. Paralelamente foi realizada uma pesquisa documental sobre a utilização do Twitter e as principais estratégias de divulgação de marcas, produtos e serviços dentro desta rede social, fazendo um paralelo entre conceitos clássicos de marketing, comunicação e o uso do Twitter como ferramenta de divulgação.
  • 32. 31 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste capítulo serão apresentados os resultados da análise realizada, assim como as suas características e usos para comunicação empresarial, trazendo a argumentação e definições apresentadas pelos autores estudados. Também será apresentado um cruzamento entre o Twitter e os conceitos de marketing, marketing digital e comunicação, apresentando alguns dados acerca do uso da ferramenta como canal de divulgação e comunicação empresarial, mostrando alguns exemplos do uso do Twitter, tanto pelo consumidor quanto pelas empresas. 4.1 Twitter Dentre as redes sociais digitais presentes hoje na internet o Twitter se destaca, mesmo não sendo a com maior número de usuários, conforme será apresentado na Fig. 2, mas introduzindo uma forma diferente de interação entre os usuários, dinâmica, direta, pessoal e pública. O Twitter é uma rede onde o cotidiano se torna público e o acesso a opiniões ou informações especializadas é fácil, e que se pode interagir diretamente com qualquer pessoa ou empresa que tenha um perfil ativo, usufruindo de suas informações e estabelecendo um diálogo em tempo real. O Twitter não é a única rede social existente no mundo. Posso rapidamente citar pelo menos mais três de tamanha importância como o Facebook, o Myspace e o XPTO (esse ultimo acabei de inventar, pois com certeza já tem alguém criando alguma coisa nova) (VIEIRA, 2009 p.41). O Twitter, como narra Comm (2009) é um site de relacionamento lançado no ano de 2006 por um grupo liderado por Evan Williams, Jack Dorsey e Biz Stone com o intuito de compartilhar mensagens rápidas por meio da Internet ou de SMS baseado na pergunta “What’s happening?” (traduzindo, “O que está acontecendo?”) onde as pessoas poderiam escrever em 140 caracteres (o limite de caracteres de um SMS) informações sobre seu cotidiano e receber informações de um grupo previamente determinado por cada usuário. A proposta era relativamente simples, o Twitter nasceu para ser uma forma de comunicação que integrasse SMS e web com mensagens curtas colocadas de forma pública e de resposta, em tese, em tempo real.
  • 33. 32 Spyer et al (2011) afirma que por não existir até então outro sistema de relacionamento e compartilhamento de informações na Internet parecido com Twitter e que foi adotado de forma tão massiva é complicado caracterizá-lo, sendo que a forma mais simples de explicá-lo é compará-lo com locais de relacionamento offline, como bares e cafés e outros tipos de lugares onde as pessoas se reúnem para trocar informações, conversar sobre noticias, conseguir ajuda e até falar de amenidades, enfim, locais onde se criam vínculos sociais. O principal diferencial do Twitter é em relação às redes sociais não digitais, isso amplifica sua abrangência, fazendo com que a mensagem seja transmitida com velocidade e em amplitude que ultrapasse barreiras geográficas, como comenta Recuero, (2009) “essa comunicação, mais do que permitir aos indivíduos comunicar-se, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes fossem criadas e expressas nesses espaços: as redes sociais mediadas pelo computador.”. Mas o Twitter também apresenta diferenciais relevantes em relação a outras redes sociais na web como a proximidade e acesso que se tem a famosos e autoridades e marcas, possibilitando ter respostas a indagações ou comentário dirigidos a eles de forma rápida e pessoal, conforme afirma Comm (2009). Esse acesso direto às marcas em um canal de comunicação onde a visualização do que passa pode ser público leva a uma preocupação maior da empresa em solucionar algum problema ou esclarecer alguma dúvida do cliente, antes que o ocorrido possa de alguma forma arranhar a imagem da empresa, pois nos meios tradicionais de comunicação cliente/empresa, como SAC por telefone, e-mail, ou até mesmo o Procon em casos de infrações legais por parte da marca, o ocorrido e o sentimento do cliente era algo restrito, que normalmente fica entre ele e a equipe de atendimento, já em redes sociais a opinião do cliente torna-se pública, e com potencialidade de viralização. Em comparação com a rede social mais usada no Brasil na atualidade, o Facebook, o número de usuários do Twitter era cerca de cinco vezes menor em 2010, mas colocando os dados em números relativos vê-se uma predominância na interação, frequência de uso, e na fidelidade em relação às marcas com que o usuário se relaciona. Esses dados estão demonstrados na Fig. 2.
  • 34. 33 Figura 2 – Facebook Vs. Twitter fonte: Digitalsurgeons (2010) Alguns dados apresentados na Fig. 2 mostram como o dinamismo do Twitter faz com que seus usuários sejam mais ativos que em outras redes, mesmo com 27% de logins diários por usuários contra 41% do Facebook, 52% fazem atualização diária do seu perfil no Twitter contra apenas 12% no Facebook. Quando se trata de interação com marcas, 40% os usuários do Facebook acompanham algum perfil empresarial enquanto apenas 25% dos usuários do Twitter fazem o mesmo, porém, ao analisarmos a intenção de compra do que as marcas oferecem os números demonstram uma superioridade entre os usuários do Twitter, de 67% para 51% entre usuários do Facebook. Os dados apresentados são números mundiais, mas servem como base para se estimar o uso dessas redes sociais no Brasil. Este nível de interação entre cliente/empresa no Twitter frente a outras redes sociais está principalmente na forma pessoal de contato e na possibilidade de rapidez na resposta, o dinamismo do Twitter faz com que as empresas tenham de fornecer a informação pedida pelo cliente em um prazo muito curto de tempo, conforme mostrado na Fig. 3, isso devido à característica de chat que a disposição
  • 35. 34 dos tweets4 se encontram na timeline5, aspecto esse que é ampliado segundo Comm (2009) pelo fato do Twitter ser uma “ferramenta de comunicação que funciona nas duas mãos”, e esse aspecto é de extrema valia para as empresas, pois ao mesmo tempo que o consumidor 2.0 posta seu sentimento em relação a uma marca ou produto a empresa tem a possibilidade de responder em tempo real, usando um comentário positivo como testemunhal ou sanando de forma rápida uma impressão negativa postada por algum cliente insatisfeito. Figura 3 – Infográfico: tempo de resposta ao cliente fonte: Folha.com (2011) Quando se analisa a Fig. 2 em relação a Fig. 3 pode-se verificar que o tempo de resposta ao cliente interfere diretamente na decisão de consumo, o que reflete a confiança transmitida pela marca quando a interação com o consumidor é feita de forma direta. Outro aspecto a ser ressaltado quanto ao tempo de resposta ao consumidor nos diferentes canais de comunicação é que quando a dúvida ou 4 Nome dado às postagens no Twitter. 5 Linha do tempo em que são dispostos tweets na página de visualização de cada usuário.
  • 36. 35 reclamação do cliente é transmitida em um canal público a rapidez em responder tende a ser maior, para conter, em caso de comentários negativos ou incentivar em caso de positivos, uma possível viralização da opinião do consumidor em relação à marca. O consumidor 2.0 descrito por Adolpho (2011) adota uma postura diferente o consumidor padrão, fazendo do ato de compra algo coletivo, buscando informação com outros consumidores em redes sociais, sites, blogs e fóruns sobre a marca ou o produto, tendo assim uma gama mais ampla e por vezes até especializada antes da decisão de compra, e essa opinião ganha credibilidade pela gratuidade, pois ela parte de fontes que não estão sendo pagas pela marca caracterizando-as como testemunhais espontâneos. A Fig. 4 mostra como o consumidor mudou quanto ao que o leva a ação de compra, a opinião de terceiro em relação à marca influencia em sua decisão. A busca por opiniões sobre marcas deixou o círculo de convivência pessoal e direta, e até mesmo superou as ferramentas de busca tradicionais como o Google, sendo a busca social apresentado por Adolpho (2011) um dos principais influenciadores da decisão de compra. Outra característica apresentada na Fig. 4 refere-se ao consumidor brasileiro como o fato de que 56% utilizam a redes sociais para adquirir produtos e serviços e 61% utilizam a busca social para obter informação sobre o que pretende consumir, além do alto índice de usuários que se atentam a novidades, lançamentos, promoções, ofertas e descontos.
  • 37. 36 Figura 4 – Influência das redes sociais na decisão de compra fonte: INCorporativa (2011)
  • 38. 37 Como exemplo desta mudança no comportamento do consumidor pode- se citar o caso Sr. Borelli Vs. Brastemp, divulgado amplamente na mídia impressa, que com o uso de canais web e do Twitter, conseguiu chamar a atenção da empresa para o problema de um defeito em uma geladeira não solucionado pelo meios tradicionais. O Sr. Borelli postou um vídeo no Youtube no dia 20/01/2011 e que até o dia 12/11/2011 teve mais de 823.000 acessos, conforme Fig. 5, além de uma campanha no Twitter, conforme Fig. 6 que levou a uma visibilidade nacional do seu problema individual, conseguindo assim atenção da mídia tradicional, de outros consumidores e da Brastemp, que só a partir dai procurou uma solução satisfatória para a situação, conforme Fig. 7. Figura 5 – Vídeo postado no youtube.com pelo Sr. Borelli. fonte: Youtube (2011)
  • 39. 38 Figura 6 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli reclamando com @brastemp fonte: Twitter (2011) Figura 7 – Tweet postado pelo Sr. Boreli no perfil @oboreli sobre a solução de seu problema com @brastemp fonte: Twitter (2011)
  • 40. 39 Por esse tipo de situação, e para tentar minimizar possíveis danos causados à imagem da marca, outras empresas passam a ter uma atitude proativa nas redes sociais. A procura por soluções aos problemas dos clientes e a busca por responder suas dúvidas de forma rápida proporciona um sentimento positivo no cliente, transformado uma situação onde a imagem da marca poderia sofrer danos em possíveis elogios à solução da situação, tornando assim algo potencialmente negativo em algo positivo para a marca. Spayer et al (2011) explica que nos sites de rede social anteriores ao Twitter a conexão entre duas pessoas vinha de uma aceitação mútua de convívio, era preciso solicitar e aguardar a aceitação para fazer parte do círculo social do outro, e só depois ter acesso e compartilhar informação com ele. E nesse ponto o Twitter se diferencia das demais redes, continua Spayer et al (2011), mostrando que assim como em nossa sociedade, no Twitter nem todo mundo que convive e interage se conhece ou tem um vínculo de aceitação para interação, se pode ter acesso a informações de pessoas que se destacam na sociedade e compartilhar de seu conhecimento sem que essa pessoa tenha de autorizar previamente. No Twitter, quando se passa a seguir alguém se tem acesso às publicações dessa pessoa, que é notificada por e-mail quando alguém novo passa a segui-lo e se tem a opção de seguir de volta, diferente, portanto do Orkut e do Facebook, onde os usuários têm uma lista de contatos, no Twitter existem duas listas, a de quem te segue e a de quem se está seguindo. Outro ponto que diferencia o Twitter das outras redes sociais é a simplicidade de sua plataforma que permite uma maior autonomia em relação a que tipo de informação se pretende obter, fazendo com que se tornasse rapidamente uma das redes sociais mais utilizadas na Internet. A diferença e o fator fundamental para o sucesso do Twitter está em seu conteúdo. Enquanto em algumas redes sociais você é obrigado a fazer parte de comunidades, receber autorizações para postar mensagens ou para lê-las além de várias outras dificuldades ou barreiras, no Twitter, você estará livre de tais problemas e, o que é melhor, irá criar a sua própria rede. (VIEIRA 2009 p. 42) As características que fazem do Twitter o sucesso que é hoje são tão numerosas quanto as que fazem dele uma ferramenta eficaz de divulgação: o seu dinamismo, assim como a amplificação de viralização de um conteúdo pela
  • 41. 40 facilidade de se propagar a informação, além é claro do acesso fácil à posição de formadores de opinião sobre vários assuntos e até produtos ou marcas. O Twitter mostrou ser algo em que todos se viciam, e, para os proprietários de negócios, muito valioso também. [...] Só pelo prazer já seria razão suficiente que eu recomendasse o Twitter, mas ele não é apenas boa diversão. Ele provou ser uma forma bastante fácil e importante para encontrar novos usuários e clientes, uma ferramenta poderosa para redes de relacionamento, e uma excelente maneira de conseguir informações úteis (COMM 2009 p. XXIV e XXV). Garcia (2010) diz que no Twitter o privado e público se misturam, fazendo com que a mediação do processo de comunicação seja feita pela contingência e por métodos amistosos e cooperativos, e que por isso o discurso publicitário precisa buscar incorporar para interagir com esses conceitos para atingir seus resultados persuasivos. Garcia (2010 p.07) continua “A via de construção do discurso persuasivo da publicidade no Twitter e no celular certamente deverá ser diferente da praticada em outros modos de acesso ao consumidor [...] em que a interação direta, participativa e sensível à resposta não seja possível.”. 4.2 Marketing e publicidade no Twitter O ponto de partida para utilizar o Twitter como ferramenta de marketing é o entendimento do marketing digital e seu dinamismo, aproveitando a disponibilidade do consumidor 2.0 em fornecer sua opinião. Seguindo os 8 Ps do marketing digital propostos por Adolpho (2011) essa disponibilidade é de grande utilidade no 1º P, a pesquisa. Comm (2009) comenta da potencialidade de aprimoramento de um planejamento baseado nas informações que se pode colher com o uso do Twitter, sendo em forma de observação do que se fala sobre empresas e produtos similares ou até com o lançamento de enquetes direcionadas a seus seguidores. Essas informações, quando bem administradas, podem fornecer uma gama de idéias diferentes da inicial que direcionam o desenvolvimento do produto ou o tipo de comunicação que a marca fará para melhor atender às expectativas do público, servindo de base para o 2º P (Planejamento) que guiará os próximos passos da campanha no Twitter.
  • 42. 41 Na etapa de Produção, 3º P, a rápida visualização e resposta presentes no Twitter, permitem que a campanha seja testada e adequada ao interesse do público de forma rápida, otimizando-a em seu direcionamento e tempo de navegação por parte do consumidor, além da amplitude de divulgação da campanha que pode definir o sucesso da mesma em sua publicação (4º P) fazendo desta adequação de conteúdo e plataforma ao gosto do consumidor um incentivador à divulgação espontânea podendo levar à viralização da campanha, otimizando os investimentos da empresa em marketing digital. O Twitter é um ambiente propício à autoalimentação de campanhas pela disponibilidade dos usuários em comentar e compartilhar assuntos de seu interesse, tornando o 5º P, a promoção, algo praticamente natural quando o planejamento é realizado e adequado de acordo com as informações colhidas nas pesquisas e observações feitas sobre o comportamento do usuário e sua aceitação da campanha. O 6º P, a propagação do conteúdo disponibilizado, quando realizado no Twitter, como já dito, tem grande potencialidade ao efeito viral devido à possibilidade de interação direta entre marca e consumidor, fazendo com que o nível de conhecimento acerca da marca e, consequentemente, a confiança do consumidor na marca com que interage constantemente, aumente. A característica dinâmica e direta do Twitter permite às empresas criarem um diálogo com o cliente de forma pessoal, conferindo à marca um aspecto de personificação, dando a ela características de indivíduo. Esse diálogo entre o indivíduo empresa e o individuo consumidor, feito de forma direta no Twitter permite a personalização da informação, direcionando-a a cada consumidor potencial individualmente, como proposto no 7º P, a personalização, assim como o monitoramento da resposta pode ser feito de forma individual, proporcionando a possibilidade de direcionamento e otimização da informação a que cada consumidor tem interesse.) Comm (2009) fala também sobre o “Evangelizador” ou “Promotor”, que é aquele seguidor com disposição e sentimento de afinidade com a marca a ponto de propagar o conteúdo gerado e participar de forma efetiva em campanhas propostas. Identificar esse seguidor e fazer uso de sua disposição, incentivando-o, seja com brindes, com retweets 6 ou com interação constante, o que confere a esse seguidor 6 É se copia na íntegra o tweet de outro conferindo crédito a quem primeiro postou com o uso de RT antes do nome de perfil.
  • 43. 42 certo status dentre os demais, se aplica ao 6º P, a Propagação, que é onde está a intenção das campanhas em redes sociais, a viralização do conteúdo. Essa identificação do “evangelizador” pode ser feita por meio de ferramentas de monitoramento de mentions7 e RTs, uso de hashtags8, ou testes de interação ao se tentar uma resposta do seguidor a um contato direto com ele, que também são formas de medir a precisão da campanha, que é o 8º P do marketing digital. Outro ponto a ser levado em conta, tão importante quanto o perfil do cliente pretendido é o perfil da empresa que está comunicando. Sua linguagem e ações devem estar, mesmo que adaptadas ao meio, em consonância com a imagem da empresa. Uma empresa que trabalha sua publicidade comunicando seus valores e não produtos finais ao consumidor deve optar por uma campanha voltada a mostrar suas ações e ideais, enquanto uma empresa do varejo pode preferir o uso de uma comunicação baseada em promoções e sorteios. Em campanhas institucionais, onde o que se promove é a imagem da marca, deve-se atentar para a linguagem usada, pensando qual é a imagem da empresa e principalmente qual a linguagem usada pelo seu público, como ressalta Carvalho (2010 p.3) “o objetivo expresso do anúncio (bem /serviço/ marca) sempre aparece, mas o objetivo oculto é definido pelos receptores a quem trata de atingir, a quem o anúncio fala de si mesmo (do público-alvo) e em sua língua.”. Mostrar-se para seu consumidor ultrapassa o fato de usar uma linguagem próxima à usada por ele no Twitter, mas sim entender realmente seu público, a quantidade de informação que ele tem da sua marca, como ela é vista por quem o influencia e como ele transmite essa imagem a quem é influenciado por ele. Jenkins (2008) diz que vivemos na atualidade a cultura da convergência, e que velhas e as novas mídias colidem, assim como mídias corporativas cruzam com mídias alternativas gerando assim um poder imprevisível de interação consumidor/ produto. A manutenção da imagem da marca deve ser um trabalho constante, onde o consumidor é ouvido e interpretado. A marca é o maior bem da empresa, é o que a representa e o que a difere no mercado. 7 Menções feitas a um indivíduo no Twitter por uso do seu nome de perfil como por exemplo @pontofrio 8 Todo termo postado no Twitter com o uso de # antes, usada para marcar uma campanha ou ação de forma rastreável.
  • 44. 43 O nome de uma marca, como qualquer nome próprio, está associado um conjunto variável de representações sedimentadas ao longo do tempo, uma “imagem de marca”, sobre a qual a empresa deve agir constantemente. A evolução dessa imagem se deve em boa parte aos discursos que a empresa emite e emitiu sobre ela mesma e sobre seus produtos, em particular pela publicidade. (MAINGUENEAU 2008 p.212 citado por COVALESKI 2010 P.5) Bessa et al (2011) descreve as treze ações de marketing promocional propostas por Kotler: amostras, cupons, ofertas de reembolso pós-venda, pacotes de descontos, brindes, programa de fidelidade, prêmios, recompensa por compra de produto, experimentação gratuita, garantia do produto, promoções combinadas, promoções cruzadas, display e demonstração de ponto de venda, e mostra a aplicabilidade dessas ações no Twitter, ressaltando que o uso de promocionais exclusivos para seguidores do perfil da empresa serve para que esse seguidor se sinta diferenciado e de certa forma fazendo parte de um circulo exclusivo de consumidores preferenciais, fazendo com que quando esse divulga seu status diferenciado acabe por divulgar junto a marca, campanha ou a promoção em si. As ações promocionais no Twitter visam no geral conquistar novos clientes, e ampliar sua visibilidade por meio de RTs9, onde os seguidores de um determinado perfil repostam algo que foi dito a seus próprios seguidores, podendo gerar assim um efeito viral da promoção e consequentemente da marca. A primeira motivação para se retuitar é retransmitir uma informação que você considere relevante para o seu grupo de seguidores. [...] Dessa forma, dentro da economia informacional do Twitter, uma pessoa pode ganhar visibilidade e reputação - e seguidores - garimpando e chegando primeiro a notícias relevantes. Esse não é o único valor do RT. É possível medir o impacto de uma mensagem de várias maneiras: você pode acompanhar a quantidade de vezes que um endereço eletrônico é repassado (SPYER, et al. 2011 p.28) Outro ponto relevante sobre o retweet é que quando um consumidor passa adiante a promoção de uma empresa isso acaba funcionando como uma indicação para seus seguidores, de forma a mostrar sua aceitação pela promoção e da marca. De acordo com Covaleski (2010) o compartilhamento de informações pelos usuários de redes sociais contribui para a disseminação e o sucesso de campanhas publicitárias na internet, fazendo que seu alcance seja mais amplo e seu 9 Forma contraída do termo Retweets
  • 45. 44 efeito aumentado pelo fato de o compartilhamento ser feito de forma espontânea, por isso cada vez mais os anunciantes direcionam seus investimento para meios onde haja interatividade entre a marca, público e demanda latente, e nesse quesito a Internet faz frente às mídias tradicionais. Independente do tipo de linguagem ou ação de divulgação adotada no Twitter a necessidade de interação constante com seus seguidores é uma constante, tanto para perfis pessoais ou empresariais. No caso de perfis empresariais essa interação deve acontecer tendo em vista a necessidade de além de gerar conteúdo, receber o conteúdo relacionado postado por seus seguidores e responder seus indagações, o que faz da função da publicidade no Twitter mais do que informar ao consumidor sobre seus produtos, serviços ou idéias, mas eleva a publicidade ao nível de comunicação no sentido clássico do conceito, onde a mensagem colocada no meio chega ao receptor, e retorna, pelo meio ao emissor, obtendo assim características de diálogo. É nesse ponto que se cria um relacionamento com seu interlocutor, fazendo-o deixar de ser somente um cliente, passando a ser um importante defensor da marca, divulgando, propondo e indicando, isso por meio da interação e comunicação em nível igualitário entre a empresa e o cliente. O principal ponto do marketing voltado para relacionamento no Twitter está no entendimento da necessidade de resposta a questões levantadas por seguidores do perfil da empresa assim como na rapidez dessa resposta. A empresa deve entender que seu consumidor tem acesso direto ao seu “SAC” – Serviço de Assistência ao Consumidor - e a possibilidade de repassar a experiência vivida em seu atendimento imediatamente a quem o segue, podendo ser ela positiva ou negativa. Covaleski (2010) diz que os anunciantes estão em processo de aprendizagem sobre o papel que podem desempenhar nas redes sociais e sobre seu papel e suas atitudes nesse ambiente, onde seus consumidores se transformaram em seguidores. O usuário do Twitter escolhe a quem seguir, e pode deixar de fazê-lo a qualquer momento se a resposta buscada não estiver dentro do que espera. Quando isso acontece, a empresa normalmente perde o seguidor, o consumidor e principalmente um divulgador de sua marca.
  • 46. 45 [...] Em geral, as publicidades que chegam ao sujeito inserido na rede do Twitter são de seu interesse, pois esse sujeito já indicou muitas de suas expectativas através de sua ligação com outros sujeitos, como se a rede fosse um filtro discursivo. A interação através das redes surge, aqui, como elemento de significação participante do circuito comunicativo no espaço externo do dizer. (CARVALHO 2010 p. 16) O Twitter é uma ferramenta de amplo uso para o marketing propiciando desde informações básicas sobre o público para a realização do planejamento estratégico, testes de aceitação antes de lançamentos, publicação de conteúdo de divulgação e informações relacionadas, formação de uma identidade personificada da marca que interage com o público e coleta de dados e informação sobre a aceitação da marca e o que o público diz sobre ela, passando pelos 8 Ps do marketing digital de forma cíclica, reutilizando as informações para melhorar o que se oferece tanto em forma de produto quanto em forma de interação. Mas a principal característica do uso empresarial do Twitter é a possibilidade de se manter um diálogo constante com o cliente, de forma pessoal, buscando ouvi-lo individualmente e responder-lhe pessoalmente. A publicidade no Twitter transcendeu a premissa da informação fornecida ao público sobre o que se oferece, ela passa a se comunicar realmente com o consumidor de forma ampla, completa, individual e pública, atribuindo personalidade à marca de forma muito diferente do que é transmitido pelos meios de massa.
  • 47. 46 4.3 Exemplo de utilização do Twitter em marketing web. Figura 8 – Página do perfil @pontofrio FONTE: Twitter (2011) A titulo de exemplo da utilização do Twitter como ferramenta de marketing web pode-se citar o perfil www.twitter.com/pontofrio da rede nacional de varejo Ponto Frio, conforme Fig. 8. Um perfil que usa de uma comunicação leve com interação constante com os seguidores, promoções diferenciadas para participantes de redes sociais, dicas sobre produtos e que alcançou pelo uso da personificação da marca na imagem de sua mascote, o pinguim, uma aproximação do público com a marca que o diferencia dos demais perfis corporativos no Twitter. Pelo ranking do site twitaholic.com10 no dia 14 de novembro de 2011, apresentado na Fig. 9, o perfil @pontofrio é o 33º com maior número de followers no Brasil, sendo na data 49.928 seguidores, com um crescimento constante como pode ser conferido nos dados pesquisados no site twittercounter.com, onde aponta uma 10 Site que mostra um ranking atualizado dos perfis no Twitter por números de seguidores e localização geográfica.
  • 48. 47 previsão de aumento de 2.000 seguidores nos próximos trinta dias, conforme a Fig. 10, e o crescimento dos números de seguidores do perfil é exponencial conforme se pode verificar na Fig. 11. Figura 9 – @pontofrio no ranking do site twitaholic.com FONTE: Twitaholic (2011) Figura 10 – dados sobre Followers do perfil @pontofrio segundo o ranking do site twittercounter.com FONTE: Twitaholic (2011)
  • 49. 48 Figura 11 – Gráfico de crescimento de Followers do perfil @pontofrio segundo o site twittercounter.com FONTE: Twitter Counter (2011) Um dos fatores a que se pode atribuir o crescimento do @pontofrio é o planejamento de ações baseado na linguagem do meio, fazendo uso de assuntos presentes no dia a dia dos usuários das redes sociais, como Trend Topics11 e memes12, comunicando as ofertas do site pontofrio.com.br em uma linguagem diferente, além das histórias criadas ao redor do personagem criado para personificar o perfil, o Pinguim, e a velocidade em responder e interagir com os seguidores, exemplificada na Fig. 12. 11 Lista dos assuntos mais citados no Twitter 12 São vídeos, fotos ou comentários, normalmente de cunho cômico, que aparecem na internet e se espalha pelo Twitter em grande velocidade.
  • 50. 49 Figura 12 – Exemplo de interação do @pontofrio com seus seguidores FONTE: Twitter (2011) Essa interação constante, direta e pessoal atrai os seguidores tanto quanto as promoções, mostrando que a adaptação da linguagem ao meio, com o uso de planejamento e monitoramento, é tão importante para o sucesso de um perfil no Twitter quanto o próprio produto que se divulga. O crescimento do perfil @pontofrio, que reflete seu sucesso, acontece por um trabalho além da postagem em si, mas que segue as etapas descritas nos 8 Ps do marketing digital, atualizando constantemente sua forma de interação e
  • 51. 50 divulgação e testes de ferramentas e layout, o que mostra o uso das informações colhidas em pesquisas e opiniões dos seguidores.
  • 52. 51 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo do presente trabalho foi analisar como o Twitter pode ser utilizado como ferramenta de divulgação de um produto, marca ou serviço, o que se mostrou possível com o uso de um planejamento estratégico de ações e conhecimento das funções e dinâmica que o Twitter apresenta assim como do público lá presente e a forma mais adequada d esse comunica com esse target, possibilitando um retorno real para e empresa anunciante. Fazendo para isso uma busca em referenciais clássicos sobre marketing, publicidade, propaganda, comunicação e redes sociais, prosseguindo em teorias mais recentes sobre marketing digital, redes sociais na internet e consumidor 2.0, cruzando pensamentos e contextualizando a teoria no uso do Twitter para comunicação empresarial. Durante o processo de pesquisa foram encontradas algumas dificuldades de conceitualização devido ao dinamismo da informação de adaptação constante do Twitter e de uso do mesmo, tanto por usuários de perfis pessoais quanto empresariais, o que ocasiona uma mudança rápida de visões em curto espaço de tempo, obrigando a uma busca de informações atualizadas ao longo de todo processo de pesquisa, o que leva a uma dificuldade de mensuração quanto a quais critérios utilizar para verificar o sucesso de ações em redes sociais. Os exemplos apresentados na discussão do resultado mostram a aplicação prática dos conceitos discutidos pelos autores pesquisados, confirmando a aplicabilidade do Twitter como ferramenta de marketing e ainda sua eficiência como canal de comunicação direta entre a empresa e o cliente e demonstram, assim como os dados apresentados em forma de infográfico a mudança na postura do consumidor e de seus anseios em relação às marcas e sua interação com elas. Por levar a uma nova postura do consumidor, o Twitter leva também a uma mudança nas estratégias de comunicação empresarial, mudanças essas que corroboram a relevância da pesquisa e do aprofundamento do conhecimento no uso do Twitter como ferramenta publicitária. Sugere-se uma pesquisa posterior sobre a publicidade no Twitter como ferramenta de comunicação com o cliente, no aspecto mais profundo do conceito, a fim de analisar a publicidade como forma de informação de marcas, produtos e serviços ou de comunicação completa entre empresa/cliente.
  • 53. 52 Referências BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. BESSA, Aline; TELLES, Andre; DOURADO, Danila; LEITE, Gabriel; BARONI, Mara; AYRES Marcel; CAHMUSCA, Marcello; CARVALHO, Márcia; WENDER, Marlon; GABRIEL Martha; TONUS Mirna; MOURA, Patrícia; CERQUEIRA, Renata; SILVA Tarcízio. Comunicação e Marketing Digitais: conceitos, práticas, métricas e inovações / Marcello Chamusca e Márcia Carvalhal. -- Salvador, BA: Edições VNI, 2011. CANESSO, Natacha. Publicidade na Internet: um estudo dos formatos de anúncios on-line. In: Intercom, Porto Alegre, 2004. p. 67-67. CARVALHO, Nelly Medeiros de; LINS, Rebeca; WANDERLEY, Rita de Kássia Kramer. A inovação publicitária nas redes sociais. Em:<http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Mesa- Redonda_Nelly-Carvalho.pdf> acesso em 30 de abril de 2011. CASALI, Adriana . Internet: espaço público, meio de comunicação ou ambiente de negócios?. In: VI Congresso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación ALAIC 2002 GT Internet e Comunicações Mediadas por Computadores, 2002, Santa Cruz de la Sierra. Cd-rom VI Congresso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación ALAIC 2002 GT Internet e Comunicações Mediadas por Computadores., 2002. v. 1. p. 1. COMM, Joel. O poder do Twitter. São Paulo: Editora Gente, 2009. COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf acessado em 24/04/2011> acesso em 29 de abril de 2011. COVALESKI, Rogério. O uso de redes sociais por anunciantes em campanhas publicitárias: um processo de aprendizagem. Em: <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Rogerio- Covaleski.pdf> acesso em 29 de abril de 2011. Digitalsurgeons. Facebook Vs. Twitter. 2010. Disponível em <http://midiaboom.com.br/2011/01/11/infografico-facebook-vs-twitter-em-2010/> Acessado em 12/11/2011 Folha.com. Infográfico: tempo de resposta ao cliente. 2011. Disponível em < http://www1.folha.uol.com.br/tec/989698-redes-sociais-sao-mais-ageis-que-sac- como-canal-de-reclamacao.shtml> Acessado em 12/11/2011 GARCIA, Marilene. Comunicação instantânea, pública e social – os desafios de Twitter, Youtube, Orkut e blogs para o discurso da publicidade e propaganda.
  • 54. 53 Em <http://www.belasartes.br/revistabelasartes/?pagina=player&artigo=com_inst_pub_e _social_twitter_yt_orkut_blogs_p_discurso_da_pp> acesso em 31 de maio de 2011. GODIN, Seth. Marketing de Permissão – Transformando Desconhecidos em Amigos e Amigos em Clientes. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Campus, 2000. GOMES, Neusa. Publicidade ou propaganda? É isso aí! Revista FAMECOS. Porto Alegre, nº 16, dezembro 2001, quadrimestral. INCorporativa. Influência das redes sociais na decisão de compra. 2011. Disponível em <http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=6585> Acessado em 17/11/2011 ISOTANI, Seiji; MIZOGUCHI, Riichir; BITTENCOURT, Ig; COSTA, Evandro. Web 3.0 - os rumos da web semântica e da web 2.0 nos ambientes educacionais. In: Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2008, Fortaleza. Anais do XIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Porto Alegre : Sociedade Brasileira de Computação, 2008. p. 785-795. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 12ª Edição, São Paulo: Prentice Hall, 2006. LEVITT, T Theodore. Miopia em Marketing. São Paulo, Coleção Harvard de Administração, nº 1, Nova Cultural, 1986. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999 . LIMEIRA, Tânia. Gestão de marketing/Coordenação Sergio Roberto Dias. São Paulo: Saraiva, 2004. MAANEN, John, Van. Reclaiming qualitative methods for organizational research: a preface, In Admistrative Science Quaterly. Vol 24, nº 4, December 1979, pp. 520-526. MARTINS, Gilberto; THEÓPHILO, Carlos. Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. São Paulo: Átlas, 2009. McCARTHY, E Jerome; PERREAULT Jr, William D. Marketing Essencial "uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. MUNIZ, Eloá. Discurso publicitário e produção de sentido. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio de Janeiro : Intercom 2005, 2005. p. 111-111. __________. Publicidade e Propaganda: origens históricas. Cadernos Universitários - Introdução À Publicidade e Propaganda, Canoas, v. 1, n. 148, p. 51- 63, 2004.