1. CET DO HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA
SILVIA KANGUSSU RIOS ME3
CARLOS DARCY BERSOT RESP CET
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA EM
POSIÇÃO PRONA
2. CASO CLÍNICO
C. S.C.A., Feminina, Católica, Aposentada, 77 anos,
Peso= 53kg, IMC= 22kg/m2
Encaminhada ao serviço de Neurocirurgia do
Hospital Federal da Lagoa.
HDA: Há 1 ano com hemiparesia e hemianopsia à
esquerda + crise convulsiva.
3. CASO CLÍNICO
TC de crânio(11/04/2011): Volumosa lesão
expansiva, ovalada, de limites definidos e contorno
regular, medindo 5.9 x 5.0 x 4.4cm em região
parieto-occipital direita, com desvio de linha média
a esquerda(0.6 cm).
Hipótese Diagnóstica: Meningioma
5. CASO CLÍNICO
HPP: Depressão
Medicações em uso: Paroxetina 20mg 1 x ao dia e
Clonazepam 0,5mg 1 x ao dia.
Fenitoína 100mg VO 8/8h.
Nega tabagismo, etilismo e alergias.
Cirurgia prévia: hemorroidectomia há 10 anos.
Capacidade funcional : > 4Mets
6. CASO CLÍNICO
Proposta: EMBOLIZAÇÃO
Artéria carótida externa à direita tortuosa e
ateromatosa, impedindo ancoragem segura de um
cateter no óstio deste vaso impossibilitando a
embolização.
CIRURGIA PROPOSTA: Excisão de tumor parieto-
occipital a direita.
8. ECO TRANSTORÁCICO
VE com dimensão, espessura e contratilidade
preservada.
Função sistólica global de VE preservada
Valva mitral com leve refluxo
Pericárdio e VCI normais.
FE=79%
10. NO CENTRO CIRÚRICO..
MONITORIZAÇÃO BÁSICA
Venóclise Jelco 14G MSE + Revisão de venóclise
Jelco 18G MSD.
Midazolam 2mg + Fentanil 50 mcg IV.
Puncão de Artéria radial à direita.
Punção de veia subclávia à direita.
TOF, PAI, CVD (diurese horária), GSA seriadas,
Delta PP e PVC.
11. NO CENTRO CIRÚRGICO..
INDUÇÃO: Xilocaína 60mg + Propofol 110mg +
Vecurônio 40mg + Fentanil 250mcg IV
IOT com tubo aramado 7,5 com cuff, filtro
bacteriano, fixação e proteção ocular.
Manutenção: Remifentanil BI + Sevoflurane.
Kefazol 2g + dexametasona 4mg 12/12h + hidantal
100mg IV 8/8h.
Manitol 25g IV
12. NO CENTRO CIRÚRGICO
Paciente foi colocada em posição prona, coxins
foram colocados no tronco e a cabeça foi fixada no
mayfield.
Após 5 horas de cirurgia houve lesão focal acidental
do seio sagital Hemorragia aguda .
Sangramento estimado = 3000ml
13. CIRURGIA
Bradicardia severa + queda da PetCO2 PAI não
detectada e ausência de pulso central.
Massagem cardíaca foi prontamente iniciada em
posição prona.
Reposição volêmica vigorosa + adrenalina 1mg.
14. CIRURGIA
Parâmetros: Frequência > 100 por min.,
PetCO2 acima de 10mmHg
Pressão arterial diastólica acima de 25 mmHg.
Após 2 minutos de massagem houve retorno da circulação
espontânea e melhora dos parâmetros hemodinâmicos.
Total: 7000ml de cristalóide + 3 concentrados de hemácia.
Início de noradrenalina baixas doses.
15. CIRURGIA
A Cirurgia foi completada após 3h30min sem outras
complicações.
Tempo cirúrgico total: 510 min(8h 30min).
Paciente foi transferida para o CTI intubada, sedada
e com baixa dose de noradrenalina.
Recebeu alta do CTI no terceiro dia de pós
operatório, sem sequelas.
16. O QUE DIZ A
LITERATURA??
PARADA CARDÍACA EM
POSIÇÃO PRONA
17. REFERÊNCIAS
2010 American Heart Association
Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and
Emergency Cardiovascular Care
“When the patient cannot be placed in the supine
position, it may be reasonable for rescuers to provide
CPR with the patient in the prone position, particularly
in hospitalized patients with an advanced airway in
place .”
21. Primeiro relato de casos em humanos:
•Craniotomia de fossa posterior – lesão de seio
transverso.
•Laminectomia cervical – obstrução do TOT por
coágulo.
Força direta X Força Indireta
Importância do mecanismo de contrapressão
23. TÉCNICAS
Dequin P-F, Hazouard E, Legras A, Lanotte R, Perrotin D.
Cardiopulmonary resuscitation in the prone position: kouwenhove
revisited. Intensive Care Med 1996;22:1272.
25. FATORES DE RISCO
PRÉ OPERATÓRIOS
Cardiopatias em pacientes submetidos à cirurgia de
grande porte
PER OPERATÓRIOS
Hipovolemia
Arritmias cardíacas
Tração dural
Embolia aérea
Mal posicionamento e obstrução do retorno venoso.
26. MANEJO
Identificação de pacientes de alto risco
Posicionamento cuidadoso do paciente
Uso de monitorização invasiva
Colocação de pás do desfibrilador
27. VANTAGENS
Início imediato da massagem cardíaca;
Evita contaminação e/ou trauma do sítio cirúrgico;
Permite ao cirurgião reparar lesões
33. 2 casos – PCR em posição lateral e tentativas fracassadas
de reanimaçao após reposicionamento em posição supina.
• Tumor de base de crânio – lesão do seio sigmóide.
• Corpectomia lombar e fusão – sangramento difuso
34. Homem, 69 anos
Cardiomiopatia dilatada
Craniotomia posterior
Taquicardia ventricular Desfibrilação.
“Prone resuscitation should always be considered as a first
response in the event of cardiac arrest during prone surgery.”
35.
36. CONCLUSÃO
Frequência de PCR em prona é desconhecida.
Tempo de PCR é o principal determinante no
resultado final.
Estudos a respeito desse assunto é de difícil
realização.
37. BIBLIOGRAFIA
W. B. Kuowenhoven, J. R. Jude and G. G. Knickerbocker, “Closed Chest Cardiac
Massage”, Journal of the Ameri-can Medical Association, Vol. 173, No. 10, 1960,
pp. 1064-1067. doi:10.1001/jama.1960.03020280004002
J. A. Stewart, “Resuscitating an Idea: Prone PCR”, Re-suscitation, Vol. 54, No. 3,
2002, pp. 231-234. doi:10.1016/S0300-9572(02)00145-4
S. P. Mazer et al., “Reverse CPR: A Pilot Study of CPR in the Prone Position”,
Resuscitation, Vol. 57, No. 3, 2003, pp. 279-285. doi:10.1016/S0300-
9572(03)00037-6
J. Wei, “Cardiopulmonary Resuscitation in the Prone Position: A Simplified
Method of Outpatients”, Resusci- tation, Vol. 62, No. 1, 2004, pp. 120-121.
doi:10.1016/j.resuscitation.2004.03.007
D. Gomes and C. Bersot, "Cardiopulmonary Resuscitation in the Prone
Position," Open Journal of Anesthesiology, Vol. 2 No. 5, 2012, pp. 199-201. doi:
10.4236/ojanes.2012.25045.
38. BIBLIOGRAFIA
W. Z. Sun et al., “Successful Cardiopulmonary Resusci- tation of Two
Patients in the Prone Position Using Re- versed Precordial Compression”,
Anesthesiology, Vol. 77, No. 1, 1992, pp. 202-204. doi:10.1097/00000542-
199207000-00027
J. Brown, J. Rogers and J. Soar, “Cardiac Arrest during Surgery and
Ventilation in the Prone Position: A Case Report and Systematic Review”,
Resuscitation, Vol. 50, No. 2, 2001, pp. 233-238. doi:10.1016/S0300-
9572(01)00362-8
N. M. Dooney, “Prone CPR for Transient Asystole during Lumbosacral
Spinal Surgery”, Anaesthesia and Intensive Care, Vol. 38, No. 1, 2010, pp.
212-213.
E. Haffner, A. M. Sostarich and T. Fösel, “Successful Cardiopulmonary
Resuscitation in Prone Position”, Der Anaesthesist, Vol. 59, No. 12, 2010,
pp. 1099-1101.
39. BIBLIOGRAFIA
S. L. Beltran and G. A. Mashour, “Unsuccessful Cardio- pulmonary
Resuscitation in Neurosurgery: Is the Supine Position Always
Optimal?” Anesthesiology, Vol. 108, No. 1, 2008, pp. 163-164.
doi:10.1097/01.anes.0000296716.56374.49
C. C. Miranda and D. C. Newton, “Successful Defibrilla- tion in the
Prone Position”, British Journal of Anaesthesia, Vol. 87, No. 6, 2000,
pp. 937-938. doi:10.1093/bja/87.6.937
ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American
Heart Association, “2005 American Heart As- sociation Guidelines
for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular
Care,” Circulation, Vol. 112, No. 24, 2005, p. 27.
American Heart Association, “2010 American Heart As-sociation
Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care,” Circulation, Vol. 122, No. 18, 2010, p. 721.