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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO 
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
DEPARTAMENTO DE LETRAS 
SÍNTESE COMENTADA: 
CRIME E CASTIGO 
ACADÊMICOS (AS): BRUNO LUIZ DIEL 
KEILA MASSOLLA FLORENTINO 
SIRLEI CAMERA 
DISCIPLINA: TEXTOS FUNDAMENTAIS DE LITERATURA II 
PROFESSOR (A): RONALDO TEODORO 
DATA: 21/06/2013 
SINOP/MT
“O mundo estava dividido entre dois tipos de pessoas: 
os ordinários e os extraordinários. 
Os ordinários eram os homens comuns, sujeitos ao trabalho e 
às atitudes ou ordenanças dos seus superiores; 
Os extraordinários eram aqueles que, a exemplo de Napoleão 
Bonaparte, de maneira ousada e despótica ocasionavam a 
mudança do mundo a despeito da quebra de leis ou morte de 
pessoas.” 
- Rodion Raskólnikov
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski 
Fiódor Dostoiévski (1821-1881) nasceu em Moscou, no dia 30 de 
outubro de 1821. Filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Fiódorovna 
Nietcháieva. No dia 27 de fevereiro de 1837, sua mãe morre. Nesse 
mesmo ano é enviado para Petersburgo, para a Escola de Engenharia 
Militar. Em 1839, seu pai, que era médico, foi assassinado pelos 
colonos da fazenda onde vivia. O fato provocou grandes transtornos na 
vida de Dostoiévski, que teve os primeiro ataques de epilepsia quando 
soube da morte do pai. 
Dostoiévski morreu em São Petersburgo, no dia 28 de janeiro de 1881.
O que leva uma pessoa a 
cometer um crime?
Crime e Castigo de Dostoiévski 
Rodion Raskólnikov é um jovem 
estudante que mora em um cubículo e 
leva uma vida soturna em São 
Petersburgo, na Rússia. Sem dinheiro e 
sem prestígio perante os poderosos, 
submete-se a uma vida de favores 
prestados pela dona da pensão aonde 
mora que, malgrado as mensalidades 
atrasadas, vai deixando o rapaz 
sossegado em seu canto. 
Não tem posses e até o curso 
acadêmico teve que ser interrompido 
por falta de dinheiro.
Após várias considerações sombrias, devido à falta 
de recursos tanto para morar quanto para estudar, ele 
assassina a velha agiota que lhe emprestava dinheiro 
mediante a penhora de objetos de valor e, devido ao 
acaso acaba assassinando também Isabel, a irmã dela.
Mesmo tendo assassinado e roubado, Raskólnikov não faz uso dos 
bens angariados com sua atitude e acaba caindo num torpor muito pior 
do que antes. A chegada de sua mãe e sua irmã na cidade o deixa ainda 
Mais deprimido. 
Entretanto, o que o deprime não é o assassinato em si, nem tampouco o 
arrependimento que naturalmente deveria advir após o mesmo, mas sim 
o sentimento de que não conseguiu levar adiante os projetos que tinha 
baseados numa visão de grandeza e de importância pessoal ao estilo 
Napoleônico.
Raskólnikov, ainda na universidade, escreveu um texto no qual 
afirmava que o mundo estava dividido entre dois tipos de pessoas, 
os ordinários e os extraordinários. Os ordinários eram os homens 
comuns, sujeitos ao trabalho e às atitudes ou ordenanças dos seus 
superiores; os extraordinários eram aqueles que, a exemplo de 
Napoleão Bonaparte, de maneira ousada e despótica ocasionavam 
a mudança do mundo a despeito da quebra de leis ou morte de 
pessoas. 
Quando por fim ele é preso e enviado para a Sibéria, permanece 
em suas meditações a ideia de que não havia sido compreendido 
pelo mundo tendo por companhia a figura de sua amiga Sonia, moça 
simples a quem a desgraça de uma vida de sacrifícios em prol da 
família havia conduzido à prostituição. Após tantas situações de 
conflito e inúmeros motivos para sofrimento e tristeza, Raskólnikov 
parece, no fim da história, encontrar a felicidade ao lado da jovem, ainda 
que suas projeções para com ela acabem por ficar restritas a uma 
possível vida futura fora dos muros da prisão.
1. ANALOGIA BÍBLICA por Keila Masolla Florentino 
A inferência que nos remete a fazer uma analogia Bíblica na 
obra de Dostoievski está presente a partir do momento em que 
o personagem inicia seu plano de assassinato a velha agiota, 
onde podemos perceber que o personagem se revela um herói 
messiânico se comparando a Napoleão. 
Após cometer o crime Raskólnikov se vê acometido por uma 
culpa católica por ter assassinado uma criatura inocente que 
nada tinha a ver com os negócios de sua irmã. E para que sua 
paz lhe seja devolvida conclui que o melhor a fazer e se exilar 
na Sibéria, lugar onde conhece Sonia e passa a confidenciar sua 
vida.
2. MÍTICO E SOCIOLÓGICO por Sirlei Camera 
A inferência mítica da obra nos leva a analisar os motivos 
que levaram o personagem a cometer os crimes. O mesmo 
acredita que está realizando um ato de heroísmo, mas em seu 
subconsciente há a certeza de que o que fez é desumano e que 
nada justifica tirar a vida de outro ser humano. 
A conduta humana contém um discurso que, muitas vezes, 
não coincide com o discurso da consciência. Sua conduta diz 
uma coisa pensando em outra, mas seus atos vêem outra lógica, 
e é essa lógica que vem do coração. É a verdade da vida que 
aparece. Na concepção do personagem, seu coração sabe que 
transcendeu os limites divinos da conduta humana, e que 
precisa de algum castigo para se reequilibrar.
3. DISCORRÊNCIA ANTROPOLÓGICA por Bruno Luiz Diel 
Na inferência que faz uma decorrência 
antropológica, fizemos uma análise comparativa da 
obra de Dostoiévski relacionando crimes cometidos 
nos dias de hoje como o que se passa em Crime e 
Castigo. 
A ganância e a sede por dinheiro faz com que as 
pessoas se tornem perigosas, a ponto de tramar o 
assassinato de seus próprios pais, como fez Suzane 
Von Richthofen em um caso que chocou o país. E há 
muitos outros como esses ou piores. Podemos por 
assim dizer que o pior castigo é conviver com a culpa 
de ter realizado algo que ultrapassa os limites da 
humanidade e das leis divinas.
• Os pais de Suzane são mortos 
pelos irmãos Cravinhos. A 
garota sabia de tudo 
• Antes de confessar os crimes, 
Suzane chora ao lado de seu 
irmão no funeral dos pais 
• Após mais de 56 horas de 
julgamento, os três são 
condenados. Suzane e Daniel 
cumprirão pena de 39 anos e 
seis meses e Cristian deverá 
cumprir 38 anos e seis meses, 
em regime fechado. A 
decisão do júri indica que 
nenhum deles pode recorrer 
da sentença em liberdade.
E pra encerrar...

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Crime e castigo de Fiódor Dostoiévski

  • 1. GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE LETRAS SÍNTESE COMENTADA: CRIME E CASTIGO ACADÊMICOS (AS): BRUNO LUIZ DIEL KEILA MASSOLLA FLORENTINO SIRLEI CAMERA DISCIPLINA: TEXTOS FUNDAMENTAIS DE LITERATURA II PROFESSOR (A): RONALDO TEODORO DATA: 21/06/2013 SINOP/MT
  • 2. “O mundo estava dividido entre dois tipos de pessoas: os ordinários e os extraordinários. Os ordinários eram os homens comuns, sujeitos ao trabalho e às atitudes ou ordenanças dos seus superiores; Os extraordinários eram aqueles que, a exemplo de Napoleão Bonaparte, de maneira ousada e despótica ocasionavam a mudança do mundo a despeito da quebra de leis ou morte de pessoas.” - Rodion Raskólnikov
  • 3. Fiódor Mikhailovich Dostoiévski Fiódor Dostoiévski (1821-1881) nasceu em Moscou, no dia 30 de outubro de 1821. Filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Fiódorovna Nietcháieva. No dia 27 de fevereiro de 1837, sua mãe morre. Nesse mesmo ano é enviado para Petersburgo, para a Escola de Engenharia Militar. Em 1839, seu pai, que era médico, foi assassinado pelos colonos da fazenda onde vivia. O fato provocou grandes transtornos na vida de Dostoiévski, que teve os primeiro ataques de epilepsia quando soube da morte do pai. Dostoiévski morreu em São Petersburgo, no dia 28 de janeiro de 1881.
  • 4. O que leva uma pessoa a cometer um crime?
  • 5. Crime e Castigo de Dostoiévski Rodion Raskólnikov é um jovem estudante que mora em um cubículo e leva uma vida soturna em São Petersburgo, na Rússia. Sem dinheiro e sem prestígio perante os poderosos, submete-se a uma vida de favores prestados pela dona da pensão aonde mora que, malgrado as mensalidades atrasadas, vai deixando o rapaz sossegado em seu canto. Não tem posses e até o curso acadêmico teve que ser interrompido por falta de dinheiro.
  • 6. Após várias considerações sombrias, devido à falta de recursos tanto para morar quanto para estudar, ele assassina a velha agiota que lhe emprestava dinheiro mediante a penhora de objetos de valor e, devido ao acaso acaba assassinando também Isabel, a irmã dela.
  • 7. Mesmo tendo assassinado e roubado, Raskólnikov não faz uso dos bens angariados com sua atitude e acaba caindo num torpor muito pior do que antes. A chegada de sua mãe e sua irmã na cidade o deixa ainda Mais deprimido. Entretanto, o que o deprime não é o assassinato em si, nem tampouco o arrependimento que naturalmente deveria advir após o mesmo, mas sim o sentimento de que não conseguiu levar adiante os projetos que tinha baseados numa visão de grandeza e de importância pessoal ao estilo Napoleônico.
  • 8. Raskólnikov, ainda na universidade, escreveu um texto no qual afirmava que o mundo estava dividido entre dois tipos de pessoas, os ordinários e os extraordinários. Os ordinários eram os homens comuns, sujeitos ao trabalho e às atitudes ou ordenanças dos seus superiores; os extraordinários eram aqueles que, a exemplo de Napoleão Bonaparte, de maneira ousada e despótica ocasionavam a mudança do mundo a despeito da quebra de leis ou morte de pessoas. Quando por fim ele é preso e enviado para a Sibéria, permanece em suas meditações a ideia de que não havia sido compreendido pelo mundo tendo por companhia a figura de sua amiga Sonia, moça simples a quem a desgraça de uma vida de sacrifícios em prol da família havia conduzido à prostituição. Após tantas situações de conflito e inúmeros motivos para sofrimento e tristeza, Raskólnikov parece, no fim da história, encontrar a felicidade ao lado da jovem, ainda que suas projeções para com ela acabem por ficar restritas a uma possível vida futura fora dos muros da prisão.
  • 9.
  • 10. 1. ANALOGIA BÍBLICA por Keila Masolla Florentino A inferência que nos remete a fazer uma analogia Bíblica na obra de Dostoievski está presente a partir do momento em que o personagem inicia seu plano de assassinato a velha agiota, onde podemos perceber que o personagem se revela um herói messiânico se comparando a Napoleão. Após cometer o crime Raskólnikov se vê acometido por uma culpa católica por ter assassinado uma criatura inocente que nada tinha a ver com os negócios de sua irmã. E para que sua paz lhe seja devolvida conclui que o melhor a fazer e se exilar na Sibéria, lugar onde conhece Sonia e passa a confidenciar sua vida.
  • 11. 2. MÍTICO E SOCIOLÓGICO por Sirlei Camera A inferência mítica da obra nos leva a analisar os motivos que levaram o personagem a cometer os crimes. O mesmo acredita que está realizando um ato de heroísmo, mas em seu subconsciente há a certeza de que o que fez é desumano e que nada justifica tirar a vida de outro ser humano. A conduta humana contém um discurso que, muitas vezes, não coincide com o discurso da consciência. Sua conduta diz uma coisa pensando em outra, mas seus atos vêem outra lógica, e é essa lógica que vem do coração. É a verdade da vida que aparece. Na concepção do personagem, seu coração sabe que transcendeu os limites divinos da conduta humana, e que precisa de algum castigo para se reequilibrar.
  • 12. 3. DISCORRÊNCIA ANTROPOLÓGICA por Bruno Luiz Diel Na inferência que faz uma decorrência antropológica, fizemos uma análise comparativa da obra de Dostoiévski relacionando crimes cometidos nos dias de hoje como o que se passa em Crime e Castigo. A ganância e a sede por dinheiro faz com que as pessoas se tornem perigosas, a ponto de tramar o assassinato de seus próprios pais, como fez Suzane Von Richthofen em um caso que chocou o país. E há muitos outros como esses ou piores. Podemos por assim dizer que o pior castigo é conviver com a culpa de ter realizado algo que ultrapassa os limites da humanidade e das leis divinas.
  • 13. • Os pais de Suzane são mortos pelos irmãos Cravinhos. A garota sabia de tudo • Antes de confessar os crimes, Suzane chora ao lado de seu irmão no funeral dos pais • Após mais de 56 horas de julgamento, os três são condenados. Suzane e Daniel cumprirão pena de 39 anos e seis meses e Cristian deverá cumprir 38 anos e seis meses, em regime fechado. A decisão do júri indica que nenhum deles pode recorrer da sentença em liberdade.