A NOSSA semana começou com uma viagem pela América do Norte. A nossa designer Carmo levou-nos ao outro lado do oceano, para conhecermos um pouco melhor o povo indígena que lá vive: “Navajo (navaho) ou Diné (O Povo, em idioma Navajo) são um povo indígena da América do Norte. A palavra Navajo, data de 1630 quando os missionários espanhóis os apelidaram de Apaches de Navajo, os que trabalham a terra. Em idioma Navajo, Diné quer dizer O Povo, que provem de um Espírito Maior que criou a Mãe Terra e o Pai Céu. Os Navajos estimam-se em 220 000 (censo 1990) e ocupam mais de 6 milhões de hectares. O território navajo fica nos estados do Arizona, Utah e Novo México. Os Navajo subsistem até aos dias de hoje como comunidade, mantendo a sua própria jurisdição e elegendo os seus próprios governantes, apesar de estarem também inseridos na sociedade estado unidense. São um povo extremamente espiritual, que acredita na harmonia e nas energias das pessoas. Como se situam, maioritariamente, no que eles chamam de "A Reserva" e é aqui que se encontram as mais bonitas formações rochosas, chamadas de Canyons, eles são também os seus guardiões. Os navajos crescem dentro destas fendas imponentes e únicas no mundo. Um canyon é criado, quando a erosão da água das chuvas e do vento, ao longo de muitos anos, cria fendas e passagens na rocha, bastante argilosa. O efeito que a água e o vento provocam nestas cavidades é, simplesmente, fantástico. Os navajo acreditam que estas enormes formações captam as más energias e absorvem-nas de forma a que a passagem, de uma ponta à outra do Canyon, seja um ritual de limpeza do espírito. Os Navajo tiveram um papel muito importante na Segunda Guerra Mundial, quando os EUA confrontavam o Japão - "a informação é a mais valiosa das armas"- e assim foi. A língua navajo foi a chave para uma comunicação codificada, só decifrável com tradutores Navajo que partiam em demanda como forças especiais, no Japão. Assim, tudo o que era interceptado era, então, indecifrável pelo inimigo. (Pode ver-se isto no filme Windtalkers, 2002).” Será que é desta que a NOSSA Roadtrip vai acontecer?