O documento discute a falácia lógica do "boneco de palha", onde as ideias de um oponente são distorcidas para serem mais facilmente atacadas. Explica que isso significa atacar uma caricatura das ideias ao invés das ideias reais. Fornece exemplos de como esta falácia pode ocorrer em discussões sobre filmes, livros e restrições parentais.
1. FILOSOFIA 11.º ano
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Luís Rodrigues
Falácia do espantalho ou do
boneco de palha
2. Falácia do «boneco de
palha»
FILOSOFIA 11.º ano
Distorcem-se as ideias do adversário para as
atacar mais facilmente. A tese do adversário é
deturpada para ser atacada, mas isso significa
que se falha o alvo.
Ex.: O João diz que, para se protegerem certas
espécies, os Jardins Zoológicos são importantes.
Então mais valia prenderem todos os animais.
Falácia do boneco de palha
3. A falácia do boneco de palha consiste em distorcer ou deturpar
as ideias do interlocutor para facilitar a conclusão de que são erradas.
Derruba-se uma caricatura das ideias do interlocutor – um «homem
de palha» em vez de se derrubar ‒ as suas ideias.
FILOSOFIA 11.º ano
FORMA LÓGICA DA FALÁCIA DO BONECO DE
PALHA (OU ESPANTALHO)
A afirma X.
B distorce X transformando X em Y.
B ataca Y.
B pensa que atacou X.
Logo, B falha o alvo.
Falácia do boneco de palha
4. O boneco de palha
Exemplos:
Falácia do boneco de palha
1. Pai Não podes ver esse filme. Ainda não ‒ tens idade para isso.
Filho ‒Ah, então não queres que eu me divirta. Isso não é justo!
Deturpa-se a posição da autoridade paterna para mais facilmente a tentar atacar.
2. ‒Este romance é muito difícil para pessoas de 12 anos.
‒ Estou a ver. Só queres que leiam banda desenhada do Tio Patinhas.
Não se defende que se deva reduzir as leituras das crianças a certo tipo de banda
desenhada, mas unicamente que há obras literárias mais acessíveis e adequadas a
crianças de 12 anos.
FILOSOFIA 11.º ano