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ITPAC- INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS
FAHESA- FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, ECONÔMICAS E DA SAÚDE DE
                           ARAGUAÍNA
                   CURSO: MEDICINA 3º PERIODO



   CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO
              (PATOGENIA)

                                                Igor Rodrigues Coelho
                                                    Jonathon Marinho
                                                Kenia Rezende Honda
                                            Maurivan Carneiro Santos
                                       Sara Patricia dos Santos Torres
                                       Thiago Henrique de deus e Silva




                         Junho/2012
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




  Objetivos
1- Discutir como os fatores ambientais e dietéticos
assim como as deficiências nutricionais aumentam o
risco de carcinoma epidermóide do esôfago (CEE)
promovendo      ou    potencializando   os    efeitos
carcinógenos .
2- Elucidar a patogenia do CEE, enfatizando o papel
da genética biomolecular com a expressão de alguns
genes envolvidos na regulação do ciclo celular como
:    ciclinas,   quinase     ciclinas   dependentes
(CDKs), Inibidores especificos das quinase ciclina
dependentes (INKs), P53, Cicloxigenase-2 (COX-2).
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO


  Introdução
 -   É o tipo mais comum de carcinoma de esôfago, ocorre a maioria em
     adultos com mais de 50 anos de idade, a sua incidência varia entre
     os países e entre regiões de um mesmo país. Os locais de maior
     incidência são: Irã, China central, África do Sul e Sul do Brasil (100
     em cada 100.000 hab.)
 -   Morfologia: o Carcinoma epidermóide de esôfago(CEE) começa
     como lesões “in situ”. Quando se tornam evidentes cerca de 20% se
     localizam no terço superior, 50% no terço médio e 30% no terço
     inferior do esôfago.
 -   Entre os fatores associados ao desenvolvimento do CEE
     encontramos:
      A- DIETA:
    Deficiência de vitamina ( A,C, Riboflavina, Tiamina, Piridoxina);
    Deficiência de Zn, Mb;
    Contaminação de alimentos por fungos;
    Alto teor de nitritos/ nitrosaminas;
    Hábito de mascar Betel (Areca)
                                                                  (KUMAR, et al.2010)
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




B- ESTILO DE VIDA:
  Ingestão de bebidas e alimentos muito quentes;
 Consumo de álcool;
 Fumo;
 Ambiente urbano;
C- DISTÚRBIOS ESOFÁGICOS:
 Esofagite crônica;
 Acalásia;
 Sindrome de Plummer-Vinson
D- PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA:
 Doença celíaca crônica;
 Displasia ectodérmica;
 Epidermólise bolhosa;
 Predisposição racial.
                                                    (KUMAR, et al.2010)
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO


- HISTOGÊNESE DO CARCINOMA:
   Do epitélio normal ao carcinoma: O desenvolvimento de
    mutações é significativamente aumentado quando o epitélio é
    submetido a processos de irritação crônica seja de origem
    química, física ou biológica, induzindo alterações moleculares
    que envolvam diretamente os proto-oncogenes ou os genes
    supressores tumorais. Seguindo uma sequencia epitélio
    normal→displasia→carcinoma. As lesões se desenvolvem
    a partir    de um epitélio pavimentoso estratificado não
    queratinizado que normalmente reveste o esôfago. O
    mecanismo de substituição por epitélio metaplásico ainda é
    controvertido.



 JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 .
Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28
mayo 2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




   Da     hiperplasia     basal     ao    carcinoma
    pavimentoso:
    - Do     epitélio  hiperplásico    ao   carcinoma
      pavimentoso se pode observar um aspecto
      continuo de lesões de caráter preneoplásicas;
    - As displasias e o carcinoma “in situ” do epitélio
      pavimentoso podem apresentar-se como lesões
      únicas da mucosa esofágica não associadas a
      carcinomas invasores; mas frequentemente
      representam um componente periférico e
      possivelmente preexistente de um carcinoma
      invasor.
     JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en
    <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO

o        Patogênese molecular do carcinoma epidermóide
         do esôfago
- Entre os genes envolvidos na patogenia do carcinoma epidermóide do
esôfago podemos encontrar aqueles envolvidos na regulação do ciclo celular;
- O controle do ciclo consiste em controles positivos ( ciclinas e quinase ciclinas
dependentes-CDK) e negativos ( inibidores específicos das quinase ciclina
dependentes-INKs, Gen p53, p16, Cicloxigenase-2)

 Reguladores positivos da divisão celular:
1- Genes que codificam para ciclinas e CDKs (quinases ciclina
dependentes)
- As ciclinas atuam em diferente momentos do ciclo celular ( G1,S, Mitose). São
  estimuladas por fatores de crescimento exógenos. Essas proteinas em forma
  individual são inativas devendo unir-se as CDKs respectivas para formar um
  complexo proteico funcional
- O mais observado em patologias neoplásicas do esôfago são alterações no
  gen que codifica para ciclina D codificada pelo gen CCND1 no cromossoma
  11q13. Sua alteração atuaria na síntese proteica durante a fase G1, na
  instabilidade genômica e na estabilização e/ou sobreprodução de células
  tumorais


 JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo
2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO

  Reguladores negativos do ciclo celular:
1- Genes que codificam para INKs (inibidores para quinases
ciclina dependentes):
- Dentro deste grupo se encontra as proteínas p15,p16,p18,p19, que
   bloqueiam a atividade das CDKs e produzem a detenção do ciclo
   celular na fase G1.
- As CDK são também reguladas negativamente por uma família de
   inibidores que incluem 3 proteínas: p21,p27 e p57. Se tem
   observado que a proteína p53 induz a expressão do gen C1P1 que
   codifica a p21.
- A p16 é a mais estudada em neoplasias de esôfago e está
   codificada pelo gen CDKN2. Se tem observado uma alta
   frequência da perdida da expressão de p16 por deleção dentro do
   epitélio tumoral no carcinoma de células escamosas de esôfago, a
   presença destas lesões gênicas na p16 permite que as células do
   tecido metaplásico sofram uma expansão clonal.

JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en
<http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO

2- Gene p53:
- É uma proteína reguladora do ciclo celular devido por um lado as
   alterações no gene que codifica esta proteína e por outro devido a
   uma sobreexpressão da mesma.
- As mutações na p53 podem ser encontradas em 35-80% dos
   canceres de esôfago.
- Em alguns tipos celulares a p53 induz apoptose quando é
   sobreexpressada e sua resposta é necessária em resposta a sérios
   danos ao DNA induzidos por radiação ou quimioterapia.
- Ativa diretamente genes suicidas como BAX( bcl2- associada a
   proteína) que atua na detenção do ciclo celular em G1 e induz
   apoptose.
- Se tem proposto um modelo no qual p53 se une ao DNA e ativa a
   expressão de genes que inibem o crescimento e a invasão;
- Atua também através de um inibidor universal de todas as CDK
   (p21). Quando p53 inibe o ciclo celular tem apoptose e morte
   programada.

JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en
<http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




3- Gen Cicloxigenase-2 (COX-2):
- A COX-2 produz prostaglandinas que inibem a apoptose e
estimulam a angiogênese e a invasão dos tecidos, é um gen
que pode ser induzido por uma variedade de promotores
tumorais ( citocinas, fatores de crescimento, hipóxia);
- Está envolvida com a progressão do câncer de esôfago, sendo
um marcador sensível de displasia de alto grau do epitélio
pavimentoso do esôfago. Assim como existe um processo de
evolução metaplasia-displasia-carcinoma de igual forma
aumentam os níveis da proteína COX-2.


JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en
<http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




o   Considerações finais
- Alterações nos mecanismos moleculares que regulam a
diferenciação, crescimento, invasão e morte celular determinam
o comportamento maligno neoplásico, contribuindo para o
estabelecimento e progressão dos tumores esofágicos. Neste
sentido, a identificação de alterações moleculares busca
elucidar a patogenia molecular do carcinoma epidermóide do
esôfago e trazer possíveis tratamentos para tal patologia.
PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO




   Referências bibliográficas:
ABBAS, Abel k et al., Robbins e Cotran, bases patológicas das
doenças, Sétima edição. Rio de Janeiro : Elsevier, 2005. 838-848p
JIMENEZ, A. M.; COPELLI, S. B.; SPERONI, A. H. y MEISS, R. P..
Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires)
[online]. 2003, vol.63, n.3, pp. 237-248. ISSN 1669-9106.
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  • 1. ITPAC- INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS FAHESA- FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, ECONÔMICAS E DA SAÚDE DE ARAGUAÍNA CURSO: MEDICINA 3º PERIODO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO (PATOGENIA) Igor Rodrigues Coelho Jonathon Marinho Kenia Rezende Honda Maurivan Carneiro Santos Sara Patricia dos Santos Torres Thiago Henrique de deus e Silva Junho/2012
  • 2. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO  Objetivos 1- Discutir como os fatores ambientais e dietéticos assim como as deficiências nutricionais aumentam o risco de carcinoma epidermóide do esôfago (CEE) promovendo ou potencializando os efeitos carcinógenos . 2- Elucidar a patogenia do CEE, enfatizando o papel da genética biomolecular com a expressão de alguns genes envolvidos na regulação do ciclo celular como : ciclinas, quinase ciclinas dependentes (CDKs), Inibidores especificos das quinase ciclina dependentes (INKs), P53, Cicloxigenase-2 (COX-2).
  • 3. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO  Introdução - É o tipo mais comum de carcinoma de esôfago, ocorre a maioria em adultos com mais de 50 anos de idade, a sua incidência varia entre os países e entre regiões de um mesmo país. Os locais de maior incidência são: Irã, China central, África do Sul e Sul do Brasil (100 em cada 100.000 hab.) - Morfologia: o Carcinoma epidermóide de esôfago(CEE) começa como lesões “in situ”. Quando se tornam evidentes cerca de 20% se localizam no terço superior, 50% no terço médio e 30% no terço inferior do esôfago. - Entre os fatores associados ao desenvolvimento do CEE encontramos: A- DIETA:  Deficiência de vitamina ( A,C, Riboflavina, Tiamina, Piridoxina);  Deficiência de Zn, Mb;  Contaminação de alimentos por fungos;  Alto teor de nitritos/ nitrosaminas;  Hábito de mascar Betel (Areca) (KUMAR, et al.2010)
  • 4. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO B- ESTILO DE VIDA:  Ingestão de bebidas e alimentos muito quentes;  Consumo de álcool;  Fumo;  Ambiente urbano; C- DISTÚRBIOS ESOFÁGICOS:  Esofagite crônica;  Acalásia;  Sindrome de Plummer-Vinson D- PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA:  Doença celíaca crônica;  Displasia ectodérmica;  Epidermólise bolhosa;  Predisposição racial. (KUMAR, et al.2010)
  • 5. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO - HISTOGÊNESE DO CARCINOMA:  Do epitélio normal ao carcinoma: O desenvolvimento de mutações é significativamente aumentado quando o epitélio é submetido a processos de irritação crônica seja de origem química, física ou biológica, induzindo alterações moleculares que envolvam diretamente os proto-oncogenes ou os genes supressores tumorais. Seguindo uma sequencia epitélio normal→displasia→carcinoma. As lesões se desenvolvem a partir de um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado que normalmente reveste o esôfago. O mecanismo de substituição por epitélio metaplásico ainda é controvertido. JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 6. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO  Da hiperplasia basal ao carcinoma pavimentoso: - Do epitélio hiperplásico ao carcinoma pavimentoso se pode observar um aspecto continuo de lesões de caráter preneoplásicas; - As displasias e o carcinoma “in situ” do epitélio pavimentoso podem apresentar-se como lesões únicas da mucosa esofágica não associadas a carcinomas invasores; mas frequentemente representam um componente periférico e possivelmente preexistente de um carcinoma invasor. JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 7. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO
  • 8. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO o Patogênese molecular do carcinoma epidermóide do esôfago - Entre os genes envolvidos na patogenia do carcinoma epidermóide do esôfago podemos encontrar aqueles envolvidos na regulação do ciclo celular; - O controle do ciclo consiste em controles positivos ( ciclinas e quinase ciclinas dependentes-CDK) e negativos ( inibidores específicos das quinase ciclina dependentes-INKs, Gen p53, p16, Cicloxigenase-2)  Reguladores positivos da divisão celular: 1- Genes que codificam para ciclinas e CDKs (quinases ciclina dependentes) - As ciclinas atuam em diferente momentos do ciclo celular ( G1,S, Mitose). São estimuladas por fatores de crescimento exógenos. Essas proteinas em forma individual são inativas devendo unir-se as CDKs respectivas para formar um complexo proteico funcional - O mais observado em patologias neoplásicas do esôfago são alterações no gen que codifica para ciclina D codificada pelo gen CCND1 no cromossoma 11q13. Sua alteração atuaria na síntese proteica durante a fase G1, na instabilidade genômica e na estabilização e/ou sobreprodução de células tumorais JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 9. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO  Reguladores negativos do ciclo celular: 1- Genes que codificam para INKs (inibidores para quinases ciclina dependentes): - Dentro deste grupo se encontra as proteínas p15,p16,p18,p19, que bloqueiam a atividade das CDKs e produzem a detenção do ciclo celular na fase G1. - As CDK são também reguladas negativamente por uma família de inibidores que incluem 3 proteínas: p21,p27 e p57. Se tem observado que a proteína p53 induz a expressão do gen C1P1 que codifica a p21. - A p16 é a mais estudada em neoplasias de esôfago e está codificada pelo gen CDKN2. Se tem observado uma alta frequência da perdida da expressão de p16 por deleção dentro do epitélio tumoral no carcinoma de células escamosas de esôfago, a presença destas lesões gênicas na p16 permite que as células do tecido metaplásico sofram uma expansão clonal. JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 10. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO 2- Gene p53: - É uma proteína reguladora do ciclo celular devido por um lado as alterações no gene que codifica esta proteína e por outro devido a uma sobreexpressão da mesma. - As mutações na p53 podem ser encontradas em 35-80% dos canceres de esôfago. - Em alguns tipos celulares a p53 induz apoptose quando é sobreexpressada e sua resposta é necessária em resposta a sérios danos ao DNA induzidos por radiação ou quimioterapia. - Ativa diretamente genes suicidas como BAX( bcl2- associada a proteína) que atua na detenção do ciclo celular em G1 e induz apoptose. - Se tem proposto um modelo no qual p53 se une ao DNA e ativa a expressão de genes que inibem o crescimento e a invasão; - Atua também através de um inibidor universal de todas as CDK (p21). Quando p53 inibe o ciclo celular tem apoptose e morte programada. JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 11. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO 3- Gen Cicloxigenase-2 (COX-2): - A COX-2 produz prostaglandinas que inibem a apoptose e estimulam a angiogênese e a invasão dos tecidos, é um gen que pode ser induzido por uma variedade de promotores tumorais ( citocinas, fatores de crescimento, hipóxia); - Está envolvida com a progressão do câncer de esôfago, sendo um marcador sensível de displasia de alto grau do epitélio pavimentoso do esôfago. Assim como existe um processo de evolução metaplasia-displasia-carcinoma de igual forma aumentam os níveis da proteína COX-2. JIMENEZ, A. M. et al . Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires), Buenos Aires, v. 63, n. 3, jun. 2003 . Disponible en <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0025-76802003000300012&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 mayo 2012.
  • 12. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO o Considerações finais - Alterações nos mecanismos moleculares que regulam a diferenciação, crescimento, invasão e morte celular determinam o comportamento maligno neoplásico, contribuindo para o estabelecimento e progressão dos tumores esofágicos. Neste sentido, a identificação de alterações moleculares busca elucidar a patogenia molecular do carcinoma epidermóide do esôfago e trazer possíveis tratamentos para tal patologia.
  • 13. PATOGENIA DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO ESÔFAGO  Referências bibliográficas: ABBAS, Abel k et al., Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças, Sétima edição. Rio de Janeiro : Elsevier, 2005. 838-848p JIMENEZ, A. M.; COPELLI, S. B.; SPERONI, A. H. y MEISS, R. P.. Patogénesis molecular del carcinoma de esófago. Medicina (B. Aires) [online]. 2003, vol.63, n.3, pp. 237-248. ISSN 1669-9106.