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Vigilância de epizootias de
Primatas Não Humanos
Renato Vieira Alves
renato.alves@saude.gov.br
Unidade Técnica de Vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial
Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis
Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
gt-arbo@saude.gov.br
Aspectos Clínicos
Febre Amarela
• Doença febril aguda, de curta duração (i.e., até 12 dias)
• Gravidade variável (desde casos assintomáticos até casos graves com
insuficiências hepática e renal, que podem levar à morte)
• Confere imunidade natural permanente (cura)
• Não há tratamento específico
• Imunoprevinível (vacina disponível desde 1937)
o EAPV graves
Fonte: Vasconcelos (2003)
• Endêmica no Brasil (região Amazônica)
• Dois ciclos de transmissão (silvestre e urbano)
Aspectos Epidemiológicos
Febre Amarela
Hospedeiro
acidental
Hospedeiros
amplificadores
Vetores*
Reservatórios
Hospedeiro
principal
Vetor
primário
* Último registro
em 1942 (AC)
Fonte: GT-Arboviroses/SVS/MS
26%
74%
Distribuição dos casos de febre amarela silvestre, regiões amazônica
e extra-amazônica, 1999-2009, Brasil
Eco-epidemiologia
Epidemiologia
Eixos de Vigilância
Febre Amarela
PNH e a Febre Amarela
 A FA em Macacos selvagens foi descrita em 1914 (Trinidad)
– morte de bugios vermelhos em áreas de epidemia FA
 O Brasil 110 espécies conhecidas, 69 endêmicas.
 PNH - principais hospedeiros vertebrados
– amplificadores de vírus;
– podem infectar vários mosquitos;
– Viremia: du2 a 6 dias (até 9 dias);
– Podem morrer ou adquirir imunidade por toda a vida;
Sinais Clínicos
• Febre;
• Apatia;
• Icterícia;
• Êmese;
• Desidratação;
• Hemorragia bucal e
Intestinal;
• Insuficiência hepática
e renal.
Lesões
Histopatológicas
• Degeneração gordurosa do
fígado;
• com necrose multifocal;
• Corpúsculos de
Councilman;
• Acúmulo de lipídios;.
Hospedeiros Amplificadores Disseminadores
Alouatta sp
(guariba, bugio)
Foto: Rodrigo del Valle
Callithrix sp
(mico, soim)
Cebus sp
(macaco prego)
Principais espécies
envolvidas
A vigilância de epizootias em
Primatas Não Humanos
 Captação de informações:
• adoecimento ou morte de PNH
A morte de PNH é sugestiva da circulação do vírus da FA
 Investigar adequadamente eventos
– Definir a área de provável transmissão
– Direcionar as ações de prevenção e controle
Objetivo: evitar doença em populações
humanas
Definição de evento suspeito
  Notificação compulsória : Portaria GM/MS nº 1.271 / 2014 (aguardando Portaria
complementar)
“Primata não humano de qualquer espécie,
encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, em
qualquer local do território nacional.”
MEDIDAS DE AÇÃO E CONTROLE
Como notificar?
Comunicar vigilância ambiental ou
epidemiológica do município o mais
breve possível
Registrar o máximo de informações
+
coleta de amostra
Origem do animal
Espécie
Suspeitas
Início dos sintomas/data morte
Sinais e sintomas
Informações de necrópsia
Ficha de
notificação
• Origem (localidade;
coordenadas geográficas);
• Número de animais
• Histórico;
• Suspeitas diagnóticas;
• Coleta de material;
• Data de início da epizootia
Coleta e armazenamento de
material biológico
• Patologia:
– Coleta: fígado*, rim*, baço*, coração, pulmão, cérebro
– Armazenamento: pool de vísceras: formol e temp. ambiente
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Diagnóstico
• Diagnóstico diferencial
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– Dengue e outros Flavivírus
– Outras hepatites virais;
– Malária
– Raiva
Vigilância Passiva
FONTE:
•Instituições ligadas ao meio ambiente
(CETAS);
•Proteção ambiental (Polícia
Ambiental);
•Conservação animal ( Criatórios)
•Produtores rurais;
•Zoológicos;
•Parques;
•Instituições de ensino e pesquisa;
• População.
Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado morto em Taguatinga/TOCallithrix sp. (sagui, soim) encontrado
morto em Taguatinga/TO
• Notifica a suspeita em até 24h
• Investiga suspeita em até 24h após
notificação
• Busca ativa de casos humanos
suspeitos e pessoas não vacinadas
• Coleta de material para diagnóstico
laboratorial e envio para Lab. de
Referência
• Se indicado, coleta de vetor
• Vacinação intensificada
• Monitora e avalia os
eventos notificados
• Analisa e divulga
informações
Fluxo da Informação
Vigilância Ativa
• Rotina ou em caso de
evento suspeito
(humano/PNH) sem
coleta de amostras;
• Atividade
complementar;
Busca ativa de primatas
• Busca por carcaças
o Coleta de tecidos
• Captura de animais vivos
o Coleta de sangue/soro
Fotos: Acervo GT_Arbo
Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado durante busca ativa
Métodos de Captura
Rifle projetor de dardo
anestésicoFotos: Acervo GT_Arbo
Métodos de Captura
Armadilha
Fotos: Acervo GT_Arbo
Vigilância Ativa
 Coleta de dados de área com evento suspeito:
• Busca ativa  Amostra  Evidência
• Aspectos eco-epidemiológicos;
• Conversa com moradores;
• Observação de população de PNH.
Objetivo:
Produzir evidências para
confirmar/descartar FA
Disponível em: www.saude.gov.br/svs
Vigilância epidemiológica
Renato Vieira Alves
renato.alves@saude.gov.br
Unidade Técnica de Vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial
Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis
Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
gt-arbo@saude.gov.br
Vigilância epidemiológica
• Objetivos
• • Reduzir a incidência da febre amarela silvestre.
• • Impedir a transmissão urbana.
• • Detectar oportunamente a circulação viral para
orientar as medidas de controle.
• Definições de caso
• Suspeito
– Individuo com quadro febril agudo (ate 7 dias), de inicio
subito, acompanhado de ictericia e/ou manifestacoes
hemorragicas, residente em (ou procedente de) area de
risco para febre amarela ou de locais com ocorrencia de
epizootia confirmada em primatas não humanos ou
isolamento de virus em mosquitos vetores, nos ultimos 15
dias, nao vacinado contra febre amarela ou com estado
vacinal ignorado
Em situações de surto, recomenda-se adequar a definição de caso suspeito,
tornando-a mais sensível para detectar o maior numero possível de casos,
levando-se em conta o amplo espectro clinico da doença
Vigilância epidemiológica
• Definições de caso
• Confirmado
• Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das
seguintes condições:
– isolamento do vírus da FA;
– detecção do genoma viral;
– detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA em
indivíduos
– não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos titulos de
anticorpos pela
– técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras pareadas;
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– Também será considerado caso confirmado o individuo assintomático ou
oligossintomático, originado de busca ativa, que não tenha sido vacinado e
que apresente sorologia (MACELISA) positiva ou positividade por outra
técnica laboratorial conclusiva para a febre amarela.
Vigilância epidemiológica
• Definições de caso
• Confirmado
• Vínculo epidemiológico
– Todo caso suspeito de febre amarela que evoluiu para óbito em
menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em período e área
compatíveis com surto ou epidemia, em que outros casos já
tenham sido confirmados laboratorialmente.
Vigilância epidemiológica
• Definições de caso
• Descartado
– Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde
que comprovado que as amostras foram coletadas em
tempo oportuno para a técnica laboratorial realizada; ou
caso suspeito com diagnostico confirmado de outra doença.
Vigilância epidemiológica
• Notificação
– Oportunidade – notificação compulsória e
imediata
• Investigação
– Identificação do paciente
– Coleta de dados clínicos e epidemiológicos
– Confirmação da suspeita diagnóstica
– Identificação da área de transmissão
– Determinação da extensão da área de transmissão
Vigilância epidemiológica
www.saude.gov.br/svs
Disque Saúde - 136
Disque Notifica
0800-644-6645
Gt-@saude.gov.br
www.saude.gov.br/combateaedes
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Sinais da presença de primatas na região
Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado durante busca ativa
Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrados mortos durante busca ativa
Fotos: Acervo GT_Arbo
Cuidados com
biossegurança e
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amostras
Sempre!!
Vigilância de epizootias de Primatas Não Humanos
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Vigilância de epizootias de Primatas Não Humanos

  • 1. Vigilância de epizootias de Primatas Não Humanos Renato Vieira Alves renato.alves@saude.gov.br Unidade Técnica de Vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde gt-arbo@saude.gov.br
  • 2. Aspectos Clínicos Febre Amarela • Doença febril aguda, de curta duração (i.e., até 12 dias) • Gravidade variável (desde casos assintomáticos até casos graves com insuficiências hepática e renal, que podem levar à morte) • Confere imunidade natural permanente (cura) • Não há tratamento específico • Imunoprevinível (vacina disponível desde 1937) o EAPV graves Fonte: Vasconcelos (2003)
  • 3. • Endêmica no Brasil (região Amazônica) • Dois ciclos de transmissão (silvestre e urbano) Aspectos Epidemiológicos Febre Amarela Hospedeiro acidental Hospedeiros amplificadores Vetores* Reservatórios Hospedeiro principal Vetor primário * Último registro em 1942 (AC)
  • 4. Fonte: GT-Arboviroses/SVS/MS 26% 74% Distribuição dos casos de febre amarela silvestre, regiões amazônica e extra-amazônica, 1999-2009, Brasil
  • 6. PNH e a Febre Amarela  A FA em Macacos selvagens foi descrita em 1914 (Trinidad) – morte de bugios vermelhos em áreas de epidemia FA  O Brasil 110 espécies conhecidas, 69 endêmicas.  PNH - principais hospedeiros vertebrados – amplificadores de vírus; – podem infectar vários mosquitos; – Viremia: du2 a 6 dias (até 9 dias); – Podem morrer ou adquirir imunidade por toda a vida;
  • 7. Sinais Clínicos • Febre; • Apatia; • Icterícia; • Êmese; • Desidratação; • Hemorragia bucal e Intestinal; • Insuficiência hepática e renal. Lesões Histopatológicas • Degeneração gordurosa do fígado; • com necrose multifocal; • Corpúsculos de Councilman; • Acúmulo de lipídios;.
  • 8. Hospedeiros Amplificadores Disseminadores Alouatta sp (guariba, bugio) Foto: Rodrigo del Valle Callithrix sp (mico, soim) Cebus sp (macaco prego) Principais espécies envolvidas
  • 9. A vigilância de epizootias em Primatas Não Humanos  Captação de informações: • adoecimento ou morte de PNH A morte de PNH é sugestiva da circulação do vírus da FA  Investigar adequadamente eventos – Definir a área de provável transmissão – Direcionar as ações de prevenção e controle Objetivo: evitar doença em populações humanas
  • 10. Definição de evento suspeito   Notificação compulsória : Portaria GM/MS nº 1.271 / 2014 (aguardando Portaria complementar) “Primata não humano de qualquer espécie, encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, em qualquer local do território nacional.” MEDIDAS DE AÇÃO E CONTROLE
  • 11. Como notificar? Comunicar vigilância ambiental ou epidemiológica do município o mais breve possível Registrar o máximo de informações + coleta de amostra Origem do animal Espécie Suspeitas Início dos sintomas/data morte Sinais e sintomas Informações de necrópsia
  • 12. Ficha de notificação • Origem (localidade; coordenadas geográficas); • Número de animais • Histórico; • Suspeitas diagnóticas; • Coleta de material; • Data de início da epizootia
  • 13. Coleta e armazenamento de material biológico • Patologia: – Coleta: fígado*, rim*, baço*, coração, pulmão, cérebro – Armazenamento: pool de vísceras: formol e temp. ambiente – Técnicas: Histopatologia e Imunohistoquímica • Virologia – Coleta: vísceras, sangue e soro – Armazenamento: nitrogênio líquido – Técnicas: • Isolamento Viral : (em camundongos e / ou cultura de células); • Extração do RNA e o RT-PCR • Sorologia • Inibição de Hemaglutinação
  • 14. Diagnóstico • Diagnóstico diferencial – Leptospirose; – Dengue e outros Flavivírus – Outras hepatites virais; – Malária – Raiva
  • 15. Vigilância Passiva FONTE: •Instituições ligadas ao meio ambiente (CETAS); •Proteção ambiental (Polícia Ambiental); •Conservação animal ( Criatórios) •Produtores rurais; •Zoológicos; •Parques; •Instituições de ensino e pesquisa; • População.
  • 16. Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado morto em Taguatinga/TOCallithrix sp. (sagui, soim) encontrado morto em Taguatinga/TO
  • 17. • Notifica a suspeita em até 24h • Investiga suspeita em até 24h após notificação • Busca ativa de casos humanos suspeitos e pessoas não vacinadas • Coleta de material para diagnóstico laboratorial e envio para Lab. de Referência • Se indicado, coleta de vetor • Vacinação intensificada • Monitora e avalia os eventos notificados • Analisa e divulga informações Fluxo da Informação
  • 18. Vigilância Ativa • Rotina ou em caso de evento suspeito (humano/PNH) sem coleta de amostras; • Atividade complementar;
  • 19. Busca ativa de primatas • Busca por carcaças o Coleta de tecidos • Captura de animais vivos o Coleta de sangue/soro
  • 20. Fotos: Acervo GT_Arbo Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado durante busca ativa
  • 21. Métodos de Captura Rifle projetor de dardo anestésicoFotos: Acervo GT_Arbo
  • 22.
  • 24. Vigilância Ativa  Coleta de dados de área com evento suspeito: • Busca ativa  Amostra  Evidência • Aspectos eco-epidemiológicos; • Conversa com moradores; • Observação de população de PNH. Objetivo: Produzir evidências para confirmar/descartar FA
  • 26. Vigilância epidemiológica Renato Vieira Alves renato.alves@saude.gov.br Unidade Técnica de Vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde gt-arbo@saude.gov.br
  • 27. Vigilância epidemiológica • Objetivos • • Reduzir a incidência da febre amarela silvestre. • • Impedir a transmissão urbana. • • Detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle.
  • 28. • Definições de caso • Suspeito – Individuo com quadro febril agudo (ate 7 dias), de inicio subito, acompanhado de ictericia e/ou manifestacoes hemorragicas, residente em (ou procedente de) area de risco para febre amarela ou de locais com ocorrencia de epizootia confirmada em primatas não humanos ou isolamento de virus em mosquitos vetores, nos ultimos 15 dias, nao vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado Em situações de surto, recomenda-se adequar a definição de caso suspeito, tornando-a mais sensível para detectar o maior numero possível de casos, levando-se em conta o amplo espectro clinico da doença Vigilância epidemiológica
  • 29. • Definições de caso • Confirmado • Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições: – isolamento do vírus da FA; – detecção do genoma viral; – detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA em indivíduos – não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos titulos de anticorpos pela – técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras pareadas; – achados histopatológicos com lesões nos tecidos compatíveis com FA. – Também será considerado caso confirmado o individuo assintomático ou oligossintomático, originado de busca ativa, que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MACELISA) positiva ou positividade por outra técnica laboratorial conclusiva para a febre amarela. Vigilância epidemiológica
  • 30. • Definições de caso • Confirmado • Vínculo epidemiológico – Todo caso suspeito de febre amarela que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em período e área compatíveis com surto ou epidemia, em que outros casos já tenham sido confirmados laboratorialmente. Vigilância epidemiológica
  • 31. • Definições de caso • Descartado – Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que comprovado que as amostras foram coletadas em tempo oportuno para a técnica laboratorial realizada; ou caso suspeito com diagnostico confirmado de outra doença. Vigilância epidemiológica
  • 32. • Notificação – Oportunidade – notificação compulsória e imediata • Investigação – Identificação do paciente – Coleta de dados clínicos e epidemiológicos – Confirmação da suspeita diagnóstica – Identificação da área de transmissão – Determinação da extensão da área de transmissão Vigilância epidemiológica
  • 33. www.saude.gov.br/svs Disque Saúde - 136 Disque Notifica 0800-644-6645 Gt-@saude.gov.br www.saude.gov.br/combateaedes
  • 34. FOTOS
  • 35.
  • 36. Sinais da presença de primatas na região
  • 37. Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrado durante busca ativa
  • 38. Alouatta caraya (bugio, guariba) encontrados mortos durante busca ativa
  • 39.
  • 40. Fotos: Acervo GT_Arbo Cuidados com biossegurança e armazenamento de amostras Sempre!!

Editor's Notes

  1. Amplificadores Reservatório Acidental quando adentra área de mata
  2. possui a maior diversidade de primatas do mundo
  3. Definição de caso define o que deve ser notificado. Eh ampla para ser o mais sensível o possível, porque não é comum encontrar primatas mortos. Quantos vcs já viram enquanto andavam no mato na vida de vocES? A notificação´A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biológos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos de saúde públicos ou privados de saúde e de ensino, em conformidade com a Lei 6.259 (30/10/1975).
  4. Falo dos aspectos éticos? Atividade complementar - Complexa e exige mais recursos
  5. Para animais maiores, como o alouatta
  6. Armadilha para animais de pequeno e médio porte
  7. Laboratorio de campo podem , as veze estar em locais com condições excelentes
  8. As vezes nem tão excelentes assim
  9. E por vezes é aonde é possível