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Gerenciando Redes com a Ferramenta IPTraf
                                Adriana Carvalho Nascimento

                Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus Santarém
            Av. Vera Paz, s/nº, Salé, CEP 68135­110 – Santarém – PA – Brasil
                                   acn.bsi.ufpa@gmail.com


     Abstract.  The   network   management   is   an   important   practice   of   monitoring  
     resources and data traffic on networks. This practice allows the control and  
     visualization   of   functional   areas   of   network,   avoiding   potential   security  
     breaches that could cause problems for those using the network resources to  
     perform activities of daily life. The aim of this paper is to demonstrate the 
     functionality of the tool as an alternative iptraf network management to ensure 
     quality, ease of use and security services.

     Resumo.  A gerência de redes é uma importante prática de monitoração de  
     recursos   e   tráfego   de   dados   em   redes.   Essa   prática   permite   o   controle   e 
     visualização   das   áreas   funcionais   das   redes,   evitando   possíveis   falhas   de  
     segurança  que  possam  ocasionar   problemas  a  quem  utiliza  os   recursos  de  
     redes para desenvolver suas atividades do dia­a­dia. O objetivo deste artigo é  
     demonstrar   as   funcionalidades   da   ferramenta   IPTraf   como   alternativa   de  
     gerenciamento de redes que garanta qualidade, facilidade de uso e segurança  
     nos serviços oferecidos. 

1­ Introdução

Com a crescente utilização dos serviços de redes de computadores surgiu também a 
necessidade de monitoração e controle destes como forma de garantir a confiabilidade e 
segurança dos dispositivos e recursos componentes das redes de comunicação.

        Os serviços de redes tornaram­se de fundamental importância para organizações. 
Hoje, toda a comunicação é baseada em redes. E qualquer problema relacionado a falhas 
ou queda de desempenho pode ocasionar a paralização das atividades nas organizações, 
trazendo  uma série de prejuizos. Assim, a monitoração constante desses recursos se 
mostra como uma prática muito importante para prevenir  possíveis falhas de segurança 
e de funcionalidade, reduzido a perda de informações e a degradação do desempenho.

        Existem hoje varias formas de gerencia que funcionam de acordo com o nível de 
informatização   da   empresa.   Para   conhecer   mais   sobre   gerencia   de   redes   de 
computadores consulte Raquel (2003). Independente disso, existem hoje uma infinidade 
de ferramentas gratuitas e proprietárias para auxiliam os administradores de rede nessas 
funções. 

        O objetivo deste artigo, desenvolvido como forma de trabalho para obtenção de 
conceito da disciplina Gerência de Redes, é mostrar a monitoração e o controle desses 
processos   através   da   ferramenta   de   gerenciamento   IPTraf,   na   sua   versão   3.0,   como 
forma de auxiliar os profissionais na identificação dos problemas relacionados a redes 
de computadores. 

2­ Ferramenta IPTraf

O   IPTraf   é   um   programa   utilitário   para   o   gerenciamento   de   redes   em   sistemas 
operacionais Linux, através da visualização de dados transmitidos sobre os protocolos 
IP/TCP e UDP/IP, ICMP, ARP, IGMP, entre outros. Para saber mais sobre protocolos de 
redes consulte Morimoto (2008) ou Tanembaum (2003). É possível aplicar IPTraf em 
diversas   tecnologias   de   rede   físicas   distintas,   entre   elas:   Ethernet,   FDDI,   SLIPP   e 
interfaces   de   loopback.   Ele   permite   monitorar   todo   o   tráfego   de   pacotes   na   rede, 
visualizar dados estatísticos dos serviços oferecidos, como número de pacotes e seus 
tamanhos, velocidade de transmissão, status e flags, entre outras informações. 

         O   IPTraf   é   bastante   útil   e   necessário   para   qualquer   administrador   de   rede, 
possibilitando melhorias significativas na conectividade da rede. Ele funciona em modo 
texto,  através  de qualquer Console, no linux. A seguir será mostrado cada uma das 
funcionalidades do iptraf.

2.1­ Iniciando o IPTraf

Para inicializar o IPTraf basta digitar o comando  iptraf  no terminal do linux e abrirá 
uma tela de aviso de copyright (figura 1), com uma instrução para pressionar qualquer 
tecla para continuar.




                                   Figura 1. Tela Inicial do IPTraf

Em seguida, basta pressionar qualquer tecla que abrirá o menu principal (figura 2), com 
as opções do IPTraf, onde se encontram todas as funcionalidades do programa.
Figura 2. Menus do IPTraf

Para navegar no IPTraf, basta utilizar os botões de rolagem PageUp e PageDown, para 
selecionar os menus acima e abaixo, respectivamente, e a tecla Enter para escolher uma 
das opções. Os menus que possuem os ponto de reticências (…) após o nome indicam a 
existência de submenus. Os menus principais do IPTRaf permitem ao usuário escolher a 
opção que lhe for conveniente para o gerenciamento de sua rede. A seguir, será mostrada 
a descrição de cada menu, com suas respectivas funcionalidades.

2.2­ O IP Traffic Monitor 

O monitor de tráfego do IPTraf, o IP traffic monitor, é um sistema de monitoramento em 
tempo real que intercepta todos os pacotes em todas as interfaces de rede detectadas. Ele 
é muito útil para detectar falhas na rede, através da análise constante do tráfego dos 
dados. O monitor decodifica as informações de IP em todos os pacotes IP e exibe as 
informações   adequadas   sobre   o   assunto,   principalmente   os   endereços   de   origem   e 
destino. Além disso, ele também determina o protocolo encapsulado dentro do pacote 
IP, e exibe algumas informações importantes sobre isso também. 

        Há duas janelas no monitor de tráfego (figura 3). Ambas podem ser roladas com 
as teclas do cursor para cima e para baixo. Basta pressionar W para mover o indicador 
Active para a janela que você deseja controlar. 
Figura 3. IP Traffic Monitor

A janela superior do monitor de tráfego exibe as conexões TCP detectadas atualmente, 
com   informações   de   endereço   de   origem   e   porta   (Source   Host:Port),   contador   de 
pacotes (Packets), de bytes (Bytes), flags  de status TCP, que mostram o status do pacote 
recebido mais recentemente(flags), e interface de rede (Iface).  

        A   parte   inferior   da   janela   apresenta   as   conexões   de   outros   protocolos   de 
conexões, como o UDP , IGMP, ARP, e outros. Em geral, as entradas na janela inferior 
indicam o protocolo, o tamanho do datagrama IP (tamanho do quadro total de non­IP, 
incluindo ARP e RARP), o endereço de origem, o endereço de destino e a interface de 
rede   do   pacote   detectado.   No   entanto,   alguns   protocolos   têm   um   pouco   mais   de 
informação.

2.3­ General Interface statistics

O General Interface statistics (figura 4) mostra especificamente as contagens de IP, non­
IP,   e   pacotes   de   badIP   (pacotes   com   erros   de   checksum   IP).   Também   inclui   um 
indicador de atividade, o que mostra o número de kilobits/segundo dos pacotes de cada 
interface. Todos os valores são para pacotes de entrada e de saída. Essa opção é útil para 
o acompanhamento geral de todas as interfaces associadas. 




                         Figura 4. Tela do General Interface Statistics
2.4­ Detailed Interface statistics

Esta opção do IPTraf é bastante útil para fazer o gerenciamento de contabilização e de 
desempenho em redes, pois mostra em detalhes as estatísticas de pacotes de entrada e de 
saída e geral para qualquer interface selecionada. O Detailed Interface statistics (Figura 
5) oferece informações como: contagem total de pacotes e bytes IP, TCP, UDP, ICMP, 
outros, non­IP, contagem individual de pacotes e bytes de entrada e de saída, taxas totais 
(Total rates), taxas de entrada (Incoming rates) e de saída (Outgoing rates), total de 
pacotes e bytes Broadcast e Checksum de erros.




                         Figura 5. Tela do Detailed Interface Statistics

2.5­ Statistical breakdowns

Esta opção oferece dois submenus: By packet size e  By TCP/UDP port. 

       O   primeiro   submenu,  By   packet   size  (Figura   6),   apresenta   a   distribuição   de 
pacotes   por   tamanho   (em   bytes),   da   interface   escolhida.   Apresenta   por   faixa   de 
tamanho, incrementando de 75 as faixas. 




                                     Figura 6. By packet size
O segundo submenu,  By TCP/UDP port (Figura 7), apresenta a distribuição de 
pacotes e bytes por protocolo da interface escolhida. Ele apresenta os dados disposto nas 
em protocolo/porta (prot/port), pacotes (pkts), bytes, pacotes para (Pkts to), bytes para 
(bytes to) pacotes de (Pkts from), bytes para (bytes from). E na parte superior da janela, 
apresenta a taxa de dados dos protocolos de entrada e de saída e a taxa total.




                                Figura 7. ByTCP/UDP port

2.6­ LAN station monitor

O LAN station monitor descobre os endereços MAC e exibe estatísticas sobre o número 
de pacotes de entrada e de saída. Ele também inclui valores para entrada e saída em 
kilobits por segundo para cada estação encontrada. 

        A entrada acima de cada linha de estatísticas é o tipo da estação LAN (Ethernet, 
PLIP, Token Ring ou FDDI) e do endereço MAC de hardware. Cada linha é composta 
das seguintes informações: total de pacotes recebidos (Pkts In), pacotes IP de entrada 
(IP In), total de bytes de entrada (Bytes In), taxa de entrada (InRate), total de pacotes de 
saída (PktsOut), pacotes IP de saída (IP Out), total de bytes de saída (Bytes Out), taxa 
de saída (OutRate).
Figura 8. LAN station monitor

2.7­ Filters

Os   filtros   são   usados   para   controlar   as   informações   apresentadas   pelo   IP   Traffic 
Monitor, general e Detailes interface statistics, e TCP / UDP  Statistical breakdowns. 
Caso   prefira   ver   apenas   estatísticas   particulares   sobre   o   tráfego,   basta   restringir   as 
informações exibidas.

2.8­ Configure

O   IPTraf   pode   ser   facilmente   configurado   através   da   opção   Configure...,   no   menu 
principal.   A   configuração   é   armazenada   no   arquivo   de   configuração   do   iptraf,   o 
iptraf.cfg, que fica dentro da pasta /var. Se o arquivo não for encontrado, IPTraf usa as 
configurações   padrão.   Quaisquer   alterações   ficam   imediatamente   armazenadas   no 
arquivo de configuração. Os principais submenus desta opção são:

     TCP/UDP service names ­ Faz com que IPTraf apresente o nomes de serviços 
TCP/UDP (SMTP, WWW, POP3, etc) em vez de suas portas numéricas;

        Force promiscuous mode ­ Se esta opção estiver habilitado, as interfaces de rede 
local irá capturar todos os pacotes em sua LAN. Esta opção permite que você veja todas 
as conexões TCP e os pacotes que passar pela rede local, mesmo se eles não forem para 
a sua máquina.

        Logging ­ Quando ativa, o IPTraf irá registrar as informações em um arquivo de 
log, que podem ser examinados posteriormente. 

       Source MAC addrs in traffic monitor ­ Quando ativado, o IP Traffic Monitor 
recupera   os   endereços   MAC,   de   uma   rede   Ethernet,   FDDI,   ou   interface   PLIP.   Os 
endereços aparecem na parte inferior da janela   enquanto que para as conexões TCP 
podem ser vistas pressionando M.
3­ Conclusão

O gerenciamento constante dos  recursos de redes  é uma importante alternativa para 
manter o controle e a segurança do tráfego dos dados pela rede. Para isso, são oferecidas 
diversas ferramentas que se aplicam em partes específicas do gerenciamento, ou ainda 
abrangem   uma   área   maior   de   funcionalidades,   mas   cada   uma   mostrando   sua 
aplicabilidade. O IPTraf se mostrou uma ferramenta simples, de fácil utilização e que 
atende   a   várias   funcionalidades   dentro   do   gerenciamento   de   redes   em   sistemas 
operacionais Linux. A partir dele, é possível ao usuário monitorar sua rede de forma 
confiável   e   segura,   oferecendo   um   ponto   muito   importante   nos   aplicativos   de 
gerenciamento de redes: facilidade de uso.

4­ Referencias Bibliográficas

Java.   Gerard   Paul.   “IPTraf                        Documentation”,           (1997­2003). 
   http://iptraf.seul.org/doc.html, Novembro.

Morimoto. Carlos, E. “Redes, Guia Prático”. Editora GDH Press e Sul Editores. 2008.

Sauve, Jacques Philippe / and Lopes, Raquel V.  and Nicol. “Melhores Práticas para a 
  Gerencia de Redes de computadores”. Editora Campus. 2003.

Tanembaum, Andrew S. “Redes de Computadores”. Editora Campus. 4ª Edição. 2003

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