14. Nesta lâmina podemos observar o tipo de osso mais
encontrado no adulto. O osso secundário, também chamado
de lamelar ou haversiano, apresenta-se formado pelos mesmos
componentes do tecido ósseo primário. A diferença para o
tecido ósseo primário é a organização das fibras colágenas em
lamelas, cuja espessura varia de 3 a 7 µm e que se orientam
concentricamente ao redor de canais com vasos, formando os
sistemas de Havers (osteons).
Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade
medular e com a superfície externa do osso por meio de canais
transversais ou oblíquos, denominados canais de Volkmann,
que atravessam as lamelas ósseas. Todos esses canais se
formam quando a matriz óssea se forma ao redor de canais
preexistentes.
Na diáfise óssea, as lamelas arranjam-se de modo a formar
quatro sistemas distintos. Um deles é o sistema de Havers, já
apresentado anteriormente. Os outros são: sistema
circunferencial externo, sistema circunferencial interno e
sistema intermediário. Os sistemas circunferenciais interno e
externo são formados por lamelas paralelas entre si..
Localizam-se, respectivamente, em torno do canal medular do
osso e próximo do periósteo.
15. Canal de HaversLacuna de Osteócito
Lamelas Circunferenciais internas
(ÓSTEON)
canalículo
Lamelas Circunferenciais
externas
(próximas do Periósteo)
19. Em médio aumento reconheça as zonas de ossificação: zona de repouso;
zona seriada; zona hipertrófica; zona calcificada e a zona de ossificação com
espículas ósseas já formadas. Na figura, em maior aumento, observe no
interior das espículas ósseas acidófilas, regiões basófilas de cartilagens
remanescentes, osteócitos no interior das espículas, osteoblastos apostos às
espículas e osteoclastos.
20.
21.
22. Zona de Reserva
Zona de Proliferação
Zona de Calcificação
Zona de Ossificação
Zona de hipertrofia
28. Identificar megacariócitos na medula óssea
Os megacariócitos são células da medula
óssea responsáveis pela produção de
plaquetas sanguíneas. A produção de
plaquetas ocorre quando o citoplasma de
um megacariócito se fragmenta.
52. Tecido muscular estriado esquelético --
Fibras cilíndricas, com centenas de núcleos
periféricos, organizam os músculos
esqueléticos, que são assim denominados
por se acharem ligados ao esqueleto através
dos tendões. A contração desse tipo de
tecido é rápida e voluntária, como acontece
com o bíceps e o tríceps, músculos do
braço.
58. Tecido muscular estriado cardíaco -- De
contração rápida e involuntária, esse tecido
constitui-se de fibras com um ou dois
núcleos centrais. Essas fibras organizam o
músculo do coração (miocárdio). Entre uma
fibra e outra existem discos intercalares,
membranas que promovem a separação
entre as células.
63. Focalize ao microscópio em aumentos
pequeno e médio, o tecido nodal
constituído por células musculares com
poucas estrias (miofibrilas).
tecido nodal regula o batimento cardíaco
que consta de uma contração ou sístole,
seguida de relaxamento ou diástole
67. Mucosa
A caracterização do intestino delgado se dá pela presença de vilosidades
revestidas por epitélio cilíndrico simples contento células absortivas
sustentadas por lâmina própria onde se situam as criptas ou glândulas de
Liebercküm. Também se pode identificar a musculatura de Brücke a qual é
responsável pela motilidade das vilosidades.
Submucosa
Tecido conjuntivo contendo vasos e nervos onde estão as glândulas de
Brünner responsáveis por uma secreção altamente básica para neutralizar a
acidez do suco gástrico.
O plexo de Meissner pode ser vizualizado como grupos de células basófilas
formadas por tecido nervoso.
Muscular
Circular interna: apresenta fibras musculares lisas dispostas
longitudinalmente.
Longitudinal Externa: fibras musculares lisas cortadas transversalmente.
Presença do plexo mioentérico de Auerbach no tecido conjuntivo
perimuscular encontrado entre as camadas musculares.
Serosa
Tecido conjuntivo contendo vasos e nervos limitado por mesotélio.
73. Ovário
Revestido externamente por epitélio cúbico simples
Camada Cortical
Logo abaixo do revestimento epitelial está a túnica albugínia de
tecido conjuntivo denso não vascularizado.
O estroma ovariano encontra-se repleto de folículos ovarianos em
vários graus de desenvolvimento:
Folículo primordial: ovócito com uma camada de células foliculares
planas
Folículo primário: ovócito com uma camada de células foliculares
cúbicas
Folículo secundário: ovócito com várias camadas de células
foliculares (granulosa) e aparecimento das tecas interna e externa
provenientes da diferenciação das células do estroma
Existe também a presença de folículos atrésicos que variam seu
estágio de degeneração caracterizados de uma forma geral pela
autólise do ovócito.
Camada Medular
Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado.
90. Testículo:
Túnica vaginal não presente no corte.
Túnica Albugínia
Camada situada logo abaixo da serosa
composta por tecido conjuntivo denso e
divide o testículo em lóbulos.
Túbulos Seminíferos
Túbulos com epitélio germinativo
estratificado contendo as células de
linhagem espermatogênicas e as células
sustentaculares de Sertoli. No conjuntivo
peritubular encontram-se as Células de
Leydig produtoras de testosterona.
95. OLIGODENDRÓCITOS
Os oligodendrócitos são as células do SNC
produtoras de mielina. São equivalentes às
células de Schwann do SNP. Entretanto,
diferentemente destas, os oligodendrócitos
produzem mielina para mais de um axônio.
Observe ao microscópio, em aumento
médio os oligodendrócitos e a pequena
quantidade dos seus finos prolongamentos.
As grandes células escuras representam
astrócitos do tipo protoplasmáticos com
prolongamentos mais espessos e
ramificados se comparados aos dos
astrócitos fibrosos (figura 36). Localizam-se
somente na substância cinzenta do SNC.
96. MICROGLIA
As microglias são os macrógrafos do SNC.
Em aumento médio, observe as células da
microglia com corpo celular alongado e
numerosos prolongamentos celulares finos
e ramificados
97. ASTRÓCITOS
Os astrócitos são as maiores células da neuroglia. Variações morfológicas
determinadas pelas suas diferentes localizações no SNC distinguem três
variedades de astrócitos: os fibrosos, os protoplasmáticos e os mistos.
Nesta lâmina observaremos os fibrosos, enquanto que os protoplasmáticos
serão observados na figura 37. Os astrócitos mistos, menos freqüentes, não
serão mostrados neste guia prático. A olho nu, observe a coloração cor
vinho predominante. Nas regiões mais claras, ao microscópio, em
aumento médio, localize uma região semelhante à apresentada nesta
figura. Cada célula, corada em preto, representa um astrócito do tipo
fibroso. Estas células caracterizam-se por uma extraordinária morfologia
estrelada decorrente dos finos, longos e pouco ramificados
prolongamentos citoplasmáticos que se irradiam em todas as direções.
Muitos desses prolongamentos estendem-se dos neurônios até os capilares
sugerindo envolvimento no transporte de substâncias entre os capilares e
os neurônios. No vaso sangüíneo a sua porção terminal torna-se espessada
e expandida interagindo com o endotélio vascular. A porção terminal
expandida é denominada pé vascular. Os astrócitos fibrosos localizam-se
na substância branca do encéfalo e medula espinhal, originando-se assim
a referência fibrosa, uma vez que a substância branca contém grande
quantidade de fibras de mielina que envolvem os axônios.
109. As extensas ramificações dos
prolongamentos dendríticos, em tonalidade
marrom-escura, podem ser observadas
originando-se das células de Purkinje.
Ocasionalmente ainda é possível a
visualização da lâmina de tecido conjuntivo
que envolve intimamente o cerebelo,
denominada pia-mater.
A célula de Purkinje, localizada na
camada de Purkinje do cerebelo, entre as
camadas granular e molecular, possui forma
alongada, com dendritos altamente
ramificados cuja aparência final assemelha-
se à de um leque aberto. Veja as células de
Purkinje alinhadas em uma das diagonais da
foto.
Na camada granular (na foto, abaixo
da diagonal) pode-se observar diversos
grãos cerebelares e células estreladas.
117. TECIDO NERVOSO
O sistema nervoso é dividido em duas partes principais:
1) o sistema nervoso central (SNC) que compreende o cérebro e a medula
espinhal e,
2) o sistema nervoso periférico (SNP) formado por nervos, que ligam o
SNP a outros tecidos, e por gânglios que são agregados de células
nervosas (neurônios) localizados fora do SNC.
No SNC, os corpos celulares dos neurônios têm tendência a agregarem-
se. Este fato, confere a determinadas regiões do encéfalo e medula uma
cor acinzentada, quando vistos macroscopicamente a olho nu. Estas
regiões são denominadas substância cinzenta. Além dos corpos celulares
a substância cinzenta contém os dendritos e as células neurogliais que se
associam a estas estruturas. A substância branca, por sua vez, constitui as
regiões do SNC destituídas de corpos celulares dos neurônios contendo
apenas os seus axônios e células da glia. Estas regiões apresentam uma
coloração branca, vistas macroscopicamente.
A integração e análise das informações recebidas ou enviadas a partir dos
meios externo e interno do organismo são efetuadas pelo SNC. A
recepção do estímulo enviado, assim como a transmissão da resposta para
o órgão efetor são funções do SNP. Convém ressaltar, entretanto, que
estes dois sistemas são perfeitamente integrados, não havendo uma
separação física entre eles.
118. SUBSTÂNCIA DE NISSL
A olho nu, observe um corte circular,
maciço e corado em azul. Observe ao
microscópio, em pequeno e médio
aumentos, formações fortemente basófilas
que representam os neurônios Os neurônios
são células com alta atividade metabólica.
Esta característica celular dos neurônios,
segundo critérios morfológicos, implica na
observação ao microscópio de luz e
coloração com H. em núcleo redondo,
volumoso, pouco corado e com nucléolo
grande e central, bem evidenciado. No
citoplasma, grande quantidade de retículo
endoplasmático granular e ribossomas que
aparecem como áreas basófilas chamadas de
corpúsculos ou substância de Nissl. Todos
os demais pequenos núcleos pertencem às
células da glia (neuroglias).
125. Os plexos coróides são cordões vasculares
que formam a pia-máter, ao se
introduzirem nos ventrículos laterais do
cérebro.
Pia-máter denomina-se a uma das
membranas que formam as meninges,
lâminas protetoras do encéfalo.