Impacto das infra estruturas das energias renováveis

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As energias renováveis têm vindo a
desenvolver-se cada vez mais na última década
em Portugal.
São vantajosas porque não poluem o ambiente,
daí serem chamadas de energias “limpas”.
Porém podem ter impactes negativos no que
respeita à biodiversidade como iremos ver mais
à frente.

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1. Destruição de habitat para fauna e flora;

2. Favorecimento de espécies de flora invasoras
(abertura de acessos);

3. Mortalidade de vertebrados voadores por colisão
com os aerogeradores;

4. Inundação de terrenos e alteração dos regimes
caudais (ex.: barragens).

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1. Destruição de habitat para fauna e
flora
 Devastação definitiva das áreas ocupadas
pelas plataformas, acessos e redes
eléctricas. Porém outras áreas são
recuperadas após a fase de construção.

 Poluição paisagística (ex.: energia eólica)

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2. Favorecimento de espécies de flora
invasoras
 Espécies invasoras aproveitam os espaços
abertos pelas intervenções e acabam por
dominar as populações já existentes;

 Expansão das construções para áreas
adjacentes o que vai ser um perigoso veículo
de disseminação.

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A abertura de novos acessos atrai as
populações, aumentando a
perturbação dos ecossistemas até
então isolados.

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3. Mortalidade de vertebrados voadores
por colisão com os aerogeradores

• Os principais impactes na
biodiversidade decorrentes da
actividade de distribuição de energia
eólica resultam da colisão e da
electrocussão de aves, na península
ibérica.

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Estes impactes são comuns a outras
espécies de fauna, como o macaco
Sagui-de-cara-branca (Callix geoffroyi),
no Brasil.

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4. Inundação de terrenos e alteração
dos regimes caudais
• A construção de centrais hidroeléctricas
leva à inundação de terrenos e à
alteração dos regimes de caudais
causando perturbações nos ecossistemas
aquáticos.

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• Ao longo do troço do rio onde foi
construída a barragem, as espécies
migradoras de peixes são normalmente as
mais afectadas.

• A construção de uma barragem prejudica
o ciclo reprodutivo de diversas espécies
de peixes ao impedir que eles nadem rio
acima em busca de um local apropriado
para a desova.

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• Para minimizar o problema, a
solução mais comum é a
construção de escadas –
sequências de tanques que
formam uma corredeira artificial
capaz de estimular a subida dos
cardumes.

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No entanto, um novo estudo feito
por pesquisadores mostra que as
escadas para peixes são uma
armadilha mortal para as
espécies tropicais, porém o
dispositivo aumentaria o risco de
extinção das populações que
vivem rio abaixo das barragens.

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• Outro grande impacto na biodiversidade é a
exploração excessiva de plantas e animais,
como por exemplo a pesca. A pesca nos dias
de hoje é vista como uma ameaça à
biodiversidade uma vez que cada vez mais os
pescadores pescam fora do tempo
determinado para tal e também devido à
destruição dos habitats.

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1. O que é?
2. Quais são as espécies mais
ameaçadas?
3. Quais são as principais ameaças às
espécies piscícolas?
4. Como combater o desaparecimento
de espécies piscícolas?

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1. O que é?

Pesca é a extracção de
organismos aquáticos, do meio
onde se desenvolveram para
diversos fins, tais como a
alimentação, a recreação ou para
fins industriais.

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2. Quais são as espécies mais
ameaçadas?

Os rios portugueses albergam pelo
menos 22 espécies endémicas de
peixes, sete das quais consideradas
criticamente ameaçadas de extinção.

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De acordo com a nova proposta de
Livro Vermelho, existem cinco
espécies de peixes nativos
dulciaquícolas criticamente
ameaçadas que requerem por isso
medidas urgentes de protecção –
Tabela 1.

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Espécie Rios
Anaecypris hispanica Guadiana
Mira, Arade e ribeiras do
Iberochondrostoma almacai
sudoeste Vicentino
Sado, afluentes da bacia
Iberochondrostoma
inferior do Tejo e ribeiras da
lusitanicum
Grande Lisboa
Alcabrichel, Sizandro e
Achondrostoma occidentale Safarujo, Arade e Ribeiras
do Algarve
Squalius aradensis Algarve
Mira e ribeiras do sudoeste
Squalius torgalensis
Vicentino
Tabela 1 – Espécies de ciprinídeos nativos consideradas
criticamente ameaçadas e suas respectivas áreas de
distribuição.

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3. Quais são as principais ameaças às

• Cursos de água degradados;
• Poluição dos cursos de água;
• Destruição das margens e da
vegetação circundante.
• Pesca durante alturas do ano
inapropriadas para tal.

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Rio Sizandro – estado de degradação do habitat de
Achondrostoma occidentale, espécie criticamente
ameaçada.

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Achondrostoma occidentale

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4. Como combater o desaparecimento de

• Eliminação dos focos de poluição;
• Política de recuperação da vegetação das
margens;
• Criação das espécies ameaçadas em
cativeiro;
• Restauração gradual dos cursos de água.
• Acções de sensibilização junto dos
pescadores para devolverem as espécies ao
seu habitat após serem capturados

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