SlideShare a Scribd company logo
1 of 16
Download to read offline
ColegasdeConstrução
MAQUININHAS LTDA
Ocafé da manhã estava servido. Toninho
comeu suas torradas com ovo frito e
tomou um copo de leite. Ele tinha um gran-
de dia pela frente. Hoje era o dia em que o
guarda florestal levava as crianças e profes-
sores da escola de Toninho para fazer uma
trilha numa floresta ali perto. Acontecia uma
vez por mês, e ele ensinava coisas sobre a
floresta, os animais que habitavam nela e
também dicas de sobrevivência.
— Pronto para uma boa caminhada? —
perguntou o vovô sentando-se à mesa do café.
Toninho fez que sim com a cabeça.
— O guarda florestal vai nos ensinar so-
bre os peixes de água doce. Talvez também
nos ensine a pescar.
— Vai ser divertido! — disse o vovô — O
que mais ele ensina a vocês?
— Ele às vezes divide as crianças em equi-
pes e brincamos sobre as coisas que aprende-
mos com ele. Não gosto desses jogos, porque
geralmente fico num time ruim e perdemos.
— Sei como pode ser frustrante, mas às
vezes é preciso trabalhar em equipe ajudan-
do-se uns aos outros.
— Mas como se faz isso? — Toninho per-
guntou.
— Veja bem, isso me faz lembrar de uma
história. Posso contá-la a você a caminho da
escola.
cat
A corrida de revezamento beneficente da
empresa Maquininhas Ltda. acontecia cada
ano para arrecadar fundos para um projeto
que a empresa patrocinava. Todas as máqui-
nas de construção participavam.
Quase todo mundo da cidade vinha as-
sistir ao evento. O sr. Supervisor sempre
dedicava uma boa dose de tempo e atenção
para garantir que fosse emocionante e diver-
tido para todos. Tinha apresentações e muita
comida e bebida. Mas o ponto alto era sem-
pre a corrida de revezamento.
As máquinas de construção passavam a se-
mana antes da corrida regulando seus motores
e consertando qualquer coisa que não funcio-
nasse bem. Na véspera da corrida, lavavam-se
bem e abasteciam os tanques com combustível.
Havia quatro equipes com três máquinas
em cada.
— Boa tarde, pessoal. Podem me dar sua
atenção, por favor? — disse o sr. Supervisor.
A multidão ficou quieta.
— A corrida da Maratona da Caridade
vai começar em meia hora. — disse o sr. Su-
pervisor. — Mas antes quero lhes apresentar
as quatro equipes que estarão competindo
na corrida de hoje.
A multidão aplaudiu e deu vivas.
— Equipe “A”: — continuou o sr. Super-
visor. — Temos Cimento Bomba, Betoneira e
Corrida beneficente
CORRIDA
Cargo.
A multidão voltou a aplaudir.
— Equipe “B”: Pinta Faixa, Rolo Compres-
sor e Guindaste.
Mais aplausos da multidão.
— Equipe “C”: Briteco, Dentico e Na-
tasha Despacha.
Mais aplausos.
E por último, equipe “D”, com Demolibol,
Escavinha e Escavito.
Mais uma vez a multidão recebeu a equi-
pe com alegria.
— Eles aplaudiram mais para a equipe
“A” do que para nós — resmungou Natasha.
— Nós vamos perder.
— Não diga isso — respondeu o Briteco.
— Você só tem que tentar correr mais e fazer
a sua parte.
— Ora, sinto muito se não sou tão rápida
quanto vocês — Natasha disse.
— Pare de reclamar, Natasha, e esquente
logo o seu motor — disse Dentico meio zan-
gado.
Natasha saiu roncando o motor e resmun-
gando.
Enquanto isso, Cimento Bomba, Betoneira
e Cargo estavam num canto cochichando
sobre os seus planos para vencer.
— Se alguém entrar na frente a gente
dá um empurrão — disse Betoneira. — Nós
somos fortes! Podemos vencer!
— É! — Concordaram Cargo e Cimento
bomba e começaram a gritar juntos. — Já
ganhei! Já ganhei!
— Como estou? — perguntou Pinta Faixa
se arrumando ao lado de Guindaste e Rolo
Compressor.
— Que diferença faz? — perguntou
Guindaste. — Estamos numa corrida. Não
importa se você está bonita. Você só tem que
correr o mais rápido que puder.
— Para mim importa sim! — respondeu
Pinta Faixa zangada, e depois saiu toda
nervosa.
Demolibol, Escavinha e Escavito também
se preparavam para a corrida.
— Vocês só precisam fazer o seu melhor.
— Demolibol disse para Escavito e Escavi-
nha. — Não importa quem vence ou perde.
O importante é que vamos nos divertir, não
é?
— É isso aí. — responderam Escavito e
Escavinha.
— Acho que não consigo correr muito
rápido — disse Escavinha.
— Não se preocupe — respondeu Esca-
vito. — Já vi como você pega velocidade,
suas rodas são novas e rápidas. Só não se
esqueça de se divertir. Na verdade, é isso
que importa.
A equipe “D” estava pronta e ansiosa pa-
ra começar a corrida, mas as outras equipes
estavam com problemas. Natasha estava cho-
rando, Betoneira e Briteco estavam discutindo
sobre quem ia ganhar e Rolo Compressor
estava zangado com Guindaste porque tinha
feito Pinta Faixa chorar.
— O que está acontecendo por aqui?
— exclamou o sr. Supervisor. — A corrida vai
começar em dez minutos e vocês estão todos
brigando. Demolibol, você pode ajudar a
resolver o problema?
— Com certeza, sr. Supervisor!
— Obrigado, eu sabia que podia contar
com você. — disse o sr. Supervisor e foi en-
tão ver se estava tudo pronto para a corrida.
— Não sei se quero correr hoje. — disse
Guindaste. Especialmente na mesma equipe
que Pinta Faixa.
E logo começaram a discutir de novo, nu-
ma briga sobre diferentes coisas.
— Quieto, todos vocês. — disse Demolibol
bem alto. — A corrida vai começar em cinco
minutos, as pessoas esperaram a tarde toda
por isso. Temos que lembrar que todos temos
o mesmo objetivo. Com o dinheiro que anga-
riarmos esse ano vamos poder construir um
novo parquinho para a escola. Não podemos
ficar brigando e discutindo. Somos todos uma
equipe. Precisamos trabalhar juntos. Não faz
diferença quem ganha a corrida. Vamos só
nos divertir!
— Tem razão. — disse Dentico — Eu
quero participar desta corrida e estou feliz
com a minha equipe. Mesmo se a gente não
vencer, ainda podemos nos divertir.
As outras máquinas concordaram e pedi-
ram perdão umas às outras.
— Maquininhas Ltda., aos seus lugares,
— anunciou o sr. Supervisor no alto-falante.
— A corrida vai começar.
Cada equipe foi para o seu lugar, pronta
para o sinal do sr. Supervisor.
— Um, dois, três e... JÁ!
E começou a corrida.
A multidão deu vivas. Cada equipe torcia
por seus membros. O sr. Supervisor dava
vivas.
Na última volta, os últimos participantes
de cada equipe, Escavinha, Rolo Compres-
sor, Guindaste e Cimento Bomba, correram o
mais rápido que conseguiram para comple-
tar o percurso.
— Vamos lá! — gritava a multidão.
Os corredores já conseguiam ver a linha
de chegada. A multidão gritou mais alto.
— Você consegue, Escavinha! — gritou
Demolibol.
Escavinha acelerou e cruzou a linha de
chegada em primeiro lugar, os outros três
vieram logo atrás.
— Muito bem, Maquininhas Ltda. — ex-
clamou o sr. Supervisor.
A multidão aplaudia.
— Eu me diverti tanto! — disse Guindas-
te. — Que bom que não fiquei de fora nessa
corrida. Mesmo que a nossa equipe não
tenha ganhado, eu me diverti muito.
Todos concordaram com ele.
— Isso merece uma comemoração!
— anunciou o sr. Supervisor. — Foi a melhor
corrida que já fizemos. Obrigado por sua
ajuda e participação.
◆ ◆ ◆
Naquela noite, sentado à mesa de jantar,
Toninho contou todo feliz as aventuras da-
quele dia para os seus pais e o vovô Juca.
— Tinha três equipes: Trilha das Trutas,
Rio das Piabas e Riacho das Traíras. O guar-
da florestal é tão engraçado, deu nome de
peixes às nossas equipes. A minha equipe
era o Riacho das Traíras.
— Puxa, parece que você se divertiu mui-
to! — disse o vovô.
— Eu me diverti mesmo. Contei a história
que o senhor me contou de manhã para alguns
de meus amigos. — disse Toninho. — Eles gos-
taram muito. Conseguimos trabalhar mesmo
em equipe. A gente também aprendeu muito
sobre peixes e rios, e fizemos algumas brin-
cadeiras. Minha equipe não ganhou todos os
Riacho das
Trairas
É divertido
trabalhar
com outros.
De nada,
Marcos.
Obrigado pela
ajuda, Sandra
MORAL : Aprenda a
trabalhar em equipe e
descobrirá que vai se
divertir muito.

More Related Content

More from Freekidstories

AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOAS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOFreekidstories
 
Der barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterDer barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterFreekidstories
 
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINLES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINFreekidstories
 
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинИстории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинFreekidstories
 
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfAs 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfFreekidstories
 
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Freekidstories
 
Biba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieBiba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieFreekidstories
 
Le ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurLe ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurFreekidstories
 
La parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeLa parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeFreekidstories
 
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoThe Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoFreekidstories
 
Parabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaParabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaFreekidstories
 
Притча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеПритча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеFreekidstories
 
A parábola da viúva persistente
A parábola da viúva persistenteA parábola da viúva persistente
A parábola da viúva persistenteFreekidstories
 
A Palavra de Deus: As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menores
A Palavra de Deus:  As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menoresA Palavra de Deus:  As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menores
A Palavra de Deus: As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menoresFreekidstories
 
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere Kinder
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere KinderDas Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere Kinder
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere KinderFreekidstories
 
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...Freekidstories
 
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunes
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunesLa Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunes
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunesFreekidstories
 
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ Freekidstories
 
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!Freekidstories
 

More from Freekidstories (20)

AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOAS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
 
Der barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterDer barmherzige Samariter
Der barmherzige Samariter
 
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINLES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
 
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинИстории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
 
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfAs 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
 
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
 
Biba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieBiba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglie
 
Le ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurLe ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateur
 
La parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeLa parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du juge
 
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoThe Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
 
Parabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaParabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedova
 
Притча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеПритча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдове
 
A parábola da viúva persistente
A parábola da viúva persistenteA parábola da viúva persistente
A parábola da viúva persistente
 
A Palavra de Deus: As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menores
A Palavra de Deus:  As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menoresA Palavra de Deus:  As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menores
A Palavra de Deus: As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1ª para crianças menores
 
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere Kinder
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere KinderDas Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere Kinder
Das Wort Gottes: 12 Basis Grundsteine Kursus Teil 1a für jüngere Kinder
 
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...
La Palabra de Dios - 12 Piedritas Fundamentales Clase 1ª para niños más peque...
 
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunes
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunesLa Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunes
La Parole de Dieu - Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1a pour les plus jeunes
 
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ
НАШ КРЕПКИЙ ЯКОРЬ
 
UNSER ANKER HÄLT
UNSER ANKER HÄLT UNSER ANKER HÄLT
UNSER ANKER HÄLT
 
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!
A NOSSA ÂNCORA NOS SEGURA!
 

Colegas de Construção

  • 2. Ocafé da manhã estava servido. Toninho comeu suas torradas com ovo frito e tomou um copo de leite. Ele tinha um gran- de dia pela frente. Hoje era o dia em que o guarda florestal levava as crianças e profes- sores da escola de Toninho para fazer uma trilha numa floresta ali perto. Acontecia uma vez por mês, e ele ensinava coisas sobre a floresta, os animais que habitavam nela e também dicas de sobrevivência. — Pronto para uma boa caminhada? — perguntou o vovô sentando-se à mesa do café. Toninho fez que sim com a cabeça. — O guarda florestal vai nos ensinar so- bre os peixes de água doce. Talvez também nos ensine a pescar. — Vai ser divertido! — disse o vovô — O que mais ele ensina a vocês? — Ele às vezes divide as crianças em equi- pes e brincamos sobre as coisas que aprende- mos com ele. Não gosto desses jogos, porque geralmente fico num time ruim e perdemos. — Sei como pode ser frustrante, mas às vezes é preciso trabalhar em equipe ajudan- do-se uns aos outros. — Mas como se faz isso? — Toninho per- guntou. — Veja bem, isso me faz lembrar de uma história. Posso contá-la a você a caminho da escola.
  • 3. cat
  • 4. A corrida de revezamento beneficente da empresa Maquininhas Ltda. acontecia cada ano para arrecadar fundos para um projeto que a empresa patrocinava. Todas as máqui- nas de construção participavam. Quase todo mundo da cidade vinha as- sistir ao evento. O sr. Supervisor sempre dedicava uma boa dose de tempo e atenção para garantir que fosse emocionante e diver- tido para todos. Tinha apresentações e muita comida e bebida. Mas o ponto alto era sem- pre a corrida de revezamento. As máquinas de construção passavam a se- mana antes da corrida regulando seus motores e consertando qualquer coisa que não funcio- nasse bem. Na véspera da corrida, lavavam-se bem e abasteciam os tanques com combustível. Havia quatro equipes com três máquinas em cada. — Boa tarde, pessoal. Podem me dar sua atenção, por favor? — disse o sr. Supervisor. A multidão ficou quieta. — A corrida da Maratona da Caridade vai começar em meia hora. — disse o sr. Su- pervisor. — Mas antes quero lhes apresentar as quatro equipes que estarão competindo na corrida de hoje. A multidão aplaudiu e deu vivas. — Equipe “A”: — continuou o sr. Super- visor. — Temos Cimento Bomba, Betoneira e
  • 6. Cargo. A multidão voltou a aplaudir. — Equipe “B”: Pinta Faixa, Rolo Compres- sor e Guindaste. Mais aplausos da multidão. — Equipe “C”: Briteco, Dentico e Na- tasha Despacha. Mais aplausos. E por último, equipe “D”, com Demolibol, Escavinha e Escavito. Mais uma vez a multidão recebeu a equi- pe com alegria. — Eles aplaudiram mais para a equipe “A” do que para nós — resmungou Natasha. — Nós vamos perder. — Não diga isso — respondeu o Briteco. — Você só tem que tentar correr mais e fazer a sua parte. — Ora, sinto muito se não sou tão rápida quanto vocês — Natasha disse. — Pare de reclamar, Natasha, e esquente logo o seu motor — disse Dentico meio zan- gado. Natasha saiu roncando o motor e resmun- gando. Enquanto isso, Cimento Bomba, Betoneira e Cargo estavam num canto cochichando sobre os seus planos para vencer. — Se alguém entrar na frente a gente dá um empurrão — disse Betoneira. — Nós
  • 7.
  • 8. somos fortes! Podemos vencer! — É! — Concordaram Cargo e Cimento bomba e começaram a gritar juntos. — Já ganhei! Já ganhei! — Como estou? — perguntou Pinta Faixa se arrumando ao lado de Guindaste e Rolo Compressor. — Que diferença faz? — perguntou Guindaste. — Estamos numa corrida. Não importa se você está bonita. Você só tem que correr o mais rápido que puder. — Para mim importa sim! — respondeu Pinta Faixa zangada, e depois saiu toda nervosa. Demolibol, Escavinha e Escavito também se preparavam para a corrida. — Vocês só precisam fazer o seu melhor. — Demolibol disse para Escavito e Escavi- nha. — Não importa quem vence ou perde. O importante é que vamos nos divertir, não é? — É isso aí. — responderam Escavito e Escavinha. — Acho que não consigo correr muito rápido — disse Escavinha. — Não se preocupe — respondeu Esca- vito. — Já vi como você pega velocidade, suas rodas são novas e rápidas. Só não se esqueça de se divertir. Na verdade, é isso que importa. A equipe “D” estava pronta e ansiosa pa-
  • 9.
  • 10. ra começar a corrida, mas as outras equipes estavam com problemas. Natasha estava cho- rando, Betoneira e Briteco estavam discutindo sobre quem ia ganhar e Rolo Compressor estava zangado com Guindaste porque tinha feito Pinta Faixa chorar. — O que está acontecendo por aqui? — exclamou o sr. Supervisor. — A corrida vai começar em dez minutos e vocês estão todos brigando. Demolibol, você pode ajudar a resolver o problema? — Com certeza, sr. Supervisor! — Obrigado, eu sabia que podia contar com você. — disse o sr. Supervisor e foi en- tão ver se estava tudo pronto para a corrida. — Não sei se quero correr hoje. — disse Guindaste. Especialmente na mesma equipe que Pinta Faixa. E logo começaram a discutir de novo, nu- ma briga sobre diferentes coisas. — Quieto, todos vocês. — disse Demolibol bem alto. — A corrida vai começar em cinco minutos, as pessoas esperaram a tarde toda por isso. Temos que lembrar que todos temos o mesmo objetivo. Com o dinheiro que anga- riarmos esse ano vamos poder construir um novo parquinho para a escola. Não podemos ficar brigando e discutindo. Somos todos uma equipe. Precisamos trabalhar juntos. Não faz diferença quem ganha a corrida. Vamos só
  • 11.
  • 12. nos divertir! — Tem razão. — disse Dentico — Eu quero participar desta corrida e estou feliz com a minha equipe. Mesmo se a gente não vencer, ainda podemos nos divertir. As outras máquinas concordaram e pedi- ram perdão umas às outras. — Maquininhas Ltda., aos seus lugares, — anunciou o sr. Supervisor no alto-falante. — A corrida vai começar. Cada equipe foi para o seu lugar, pronta para o sinal do sr. Supervisor. — Um, dois, três e... JÁ! E começou a corrida. A multidão deu vivas. Cada equipe torcia por seus membros. O sr. Supervisor dava vivas. Na última volta, os últimos participantes de cada equipe, Escavinha, Rolo Compres- sor, Guindaste e Cimento Bomba, correram o mais rápido que conseguiram para comple- tar o percurso. — Vamos lá! — gritava a multidão. Os corredores já conseguiam ver a linha de chegada. A multidão gritou mais alto. — Você consegue, Escavinha! — gritou Demolibol. Escavinha acelerou e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, os outros três vieram logo atrás. — Muito bem, Maquininhas Ltda. — ex-
  • 13.
  • 14. clamou o sr. Supervisor. A multidão aplaudia. — Eu me diverti tanto! — disse Guindas- te. — Que bom que não fiquei de fora nessa corrida. Mesmo que a nossa equipe não tenha ganhado, eu me diverti muito. Todos concordaram com ele. — Isso merece uma comemoração! — anunciou o sr. Supervisor. — Foi a melhor corrida que já fizemos. Obrigado por sua ajuda e participação. ◆ ◆ ◆ Naquela noite, sentado à mesa de jantar, Toninho contou todo feliz as aventuras da- quele dia para os seus pais e o vovô Juca. — Tinha três equipes: Trilha das Trutas, Rio das Piabas e Riacho das Traíras. O guar- da florestal é tão engraçado, deu nome de peixes às nossas equipes. A minha equipe era o Riacho das Traíras. — Puxa, parece que você se divertiu mui- to! — disse o vovô. — Eu me diverti mesmo. Contei a história que o senhor me contou de manhã para alguns de meus amigos. — disse Toninho. — Eles gos- taram muito. Conseguimos trabalhar mesmo em equipe. A gente também aprendeu muito sobre peixes e rios, e fizemos algumas brin- cadeiras. Minha equipe não ganhou todos os
  • 16. É divertido trabalhar com outros. De nada, Marcos. Obrigado pela ajuda, Sandra MORAL : Aprenda a trabalhar em equipe e descobrirá que vai se divertir muito.