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CORAÇÕES INQUIETOS
Professor José Ferreira Júnior
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
 Precursor e orientador de Santo
Agostinho.
 Santo Ambrósio descendia de
uma influente família romana
convertida ao cristianismo.
 Nascido na Gália, estudou
filosofia, retórica e filosofia.
 Transferiu-se para Milão, onde
viveu os anos mais importantes
de sua carreira.
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
O bispo de Milão havia morrido em
374 e houve polêmica para a escolha
de seu sucessor.
Sto. Ambrósio já se destacava como
um influente membro da Igreja: seu
nome foi sugerido como alternativa
conciliadora, com grande
receptividade, sendo nomeado bispo
no mesmo ano.
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
Sua principal contribuição para o
pensamento cristão da Idade Média foi
estabelecer com firmeza as relações
entre o Estado (o Império) e a Igreja.
Tornou-se necessário determinar como
as duas instituições deviam se
relacionar, pois o cristianismo já exercia,
no início da Idade Média, uma influência
significativa na política.
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
 Isso aconteceu porque os cristãos formavam
um grupo numeroso na sociedade, que se
comportava conforme as orientações morais
dos sacerdotes da Igreja.
 No Império Romano os cristãos constituíam a
maioria da população; mesmo entre os
governantes, havia muitos seguidores do
cristianismo.
 Sto. Ambrósio foi talentoso em sua atuação
como líder da Igreja e hábil político.
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
 Escreveu várias cartas para os diferentes
governantes que administravam o Império,
nas quais dava conselhos, fazia
reivindicações para a Igreja e os cristãos, e
os advertia para que eles se portassem
segundo a moral cristã.
 A justificativa usada por Sto. Ambrósio para
exercer sua autoridade e intervir nos
assuntos de Estado provinha de sua
condição de representante da Igreja fundada
por Cristo e, portanto, de mediador entre
Deus e os assuntos humanos.
SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA
IGREJA
Como bispo, ele era o instrumento
por meio do qual as bênçãos ou
as condenações divinas eram
aplicadas.
Segundo ele, todo cidadão devia
prestar serviço militar ao Império,
o imperador devia se submeter à
verdade revelada por Deus.
SANTO AGOSTINHO
“Compreender
para crer, crer
para
compreender”.
(Santo Agostinho)
SANTO AGOSTINHO
 No processo de desenvolvimento do
cristianismo, tornou-se necessário
explicar seus preceitos às autoridades
romanas e ao povo em geral.
 A Igreja Católica sabia que esses preceitos
não podiam simplesmente ser impostos
pela força. Tinham de ser apresentados de
maneira convincente, mediante um trabalho
de pregação e conquista espiritual.
SANTO AGOSTINHO
 Foi assim que os primeiros padres da Igreja
se empenharam na elaboração de diversos
textos sobre a fé e a revelação cristã.
 O conjunto desses textos ficou conhecido
como PATRÍSTICA, por terem sido escritos
principalmente por esses grandes padres
da Igreja.
 Uma das principais correntes da filosofia
patrística, inspirada na filosofia grego-
romana, tentou munir a fé de argumentos
racionais.
SANTO AGOSTINHO: VIDA
 Nome: Aureliano Agostinho;
 Nasceu em Tagaste (África), no ano de
354;
 Morreu em Hipona (Argélia), no ano de
430. Onde foi bispo da Igreja Católica.
 Até completar 32 anos  não era cristão.
Havia tido até uma vida voltada aos
prazeres do mundo e, de uma ligação
amorosa ilícita para a época, nascera-lhe
Adeodato.
 Foi professor de retórica em escolas
romanas.
SANTO AGOSTINHO:
FORMAÇÃO INTELECTUAL
 Despertou 1ª para a filosofia com a leitura de
CÍCERO.
 Posteriormente, deixou-se influenciar pelo
MANIQUEÍSMO (doutrina persa que afirmava
ser o universo dominado por dois grandes
princípios opostos, o BEM e o MAL, mantendo-
se uma incessante luta entre si).
 Mais tarde, insatisfeito com o maniqueísmo,
viajou para Roma e Milão, entrando em contato
com o CETICISMO e, depois com o
NEOPLATONISMO.
SANTO AGOSTINHO: CONVERSÃO
AO CRISTIANISMO
 Cresceu e se aprofundou, então, em
Agostinho uma grande crise existencial,
uma inquietação quase desesperada em
busca de sentido para a vida.
 Foi nesse período crítico que ele se
encontrou com Santo Ambrósio, bispo de
Milão, sentindo-se extremamente atraído
por suas pregações.
 Pouco tempo depois, converteu-se ao
cristianismo, tornando-se seu grande
defensor pelo resto da vida.
SANTO AGOSTINHO:
A SUPERIORIDADE DA ALMA SOBRE O CORPO
 Em sua obra, argumenta sobre a
SUPREMACIA DO ESPÍRITO SOBRE O
CORPO.
 Para ele, a alma teria sido criada por Deus
para reinar sobre o corpo, para dirigi-lo à
prática do bem.
 A verdadeira liberdade estaria na
harmonia das ações humanas com a
vontade de Deus.
 Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de
pecar é a escravidão.
SANTO AGOSTINHO:
BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?
 Segundo o filósofo, o homem que trilha a
via do pecado só consegue retornar aos
caminhos de Deus e da salvação mediante
a combinação de seu esforço pessoal de
vontade e a concessão, imprescindível, da
graça divina.
 Sem a graça de Deus, o homem nada pode
conseguir.
 Mas nem todas as pessoas deverão
receber essa graça, mas somente os
PREDESTINADOS à salvação.
SANTO AGOSTINHO:
BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?
 A doutrina da predestinação à salvação foi,
posteriormente, adotada por alguns ramos
da teologia protestante.
 Pelágio, afirmava que a boa vontade e as
boas obras humanas seriam suficientes
para a salvação individual. Era a doutrina
do PELAGIANISMO.
 Agostinho colocou-se contra essa doutrina
e, no concílio de Cartago do ano de 417, o
papa Zózimo condenou o pelagianismo
como heresia.
SANTO AGOSTINHO:
BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?
A condenação do pelagianismo se
explica pelo fato de que conservava a
noção grega de autonomia da vida moral
humana, isto é, a noção de que o
homem pode salvar-se por si só, sendo
bom e fazendo boas obras, sem a
necessidade da ajuda divina.
Essa noção chocava com a idéia de
submissão total do homem ao Deus
cristão, defendida pela Igreja.
SANTO AGOSTINHO:
BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?
Enquanto na filosofia grega o
indivíduo se identificava com o
cidadão, a filosofia cristã agostiniana
enfatiza no indivíduo sua vinculação
pessoal com Deus, a
responsabilidade de cada indivíduo
pelos seus atos e exalta a salvação
individual.
SANTO AGOSTINHO:
LIBERDADE HUMANA E PECADO
Vontade  é uma força que
determina a vida e não uma
função específica ligada ao
intelecto.
Agostinho contrapõe-se, dessa
forma, ao intelectualismo moral,
que teve sua expressão máxima
em Sócrates.
SANTO AGOSTINHO:
LIBERDADE HUMANA E PECADO
Isso significa que a LIBERDADE
HUMANA é própria da vontade, e
não da razão.
E é nisso que reside a fonte do
pecado. O indivíduo peca porque
usa de seu livre-arbítrio para
satisfazer uma vontade má,
mesmo sabendo que tal atitude é
pecaminosa.
SANTO AGOSTINHO:
PRECEDÊNCIA DA FÉ SOBRE A RAZÃO
Agostinho discutiu a diferença
existente entre fé cristã e razão,
afirmando que a fé nos faz crer em
coisas que nem sempre
entendemos pela razão.
“Creio tudo o que entendo, mas
nem tudo que creio também
entendo. Tudo o que compreendo
conheço, mas nem tudo que creio
conheço.”
SANTO AGOSTINHO:
PRECEDÊNCIA DA FÉ SOBRE A RAZÃO
Baseando-se no profeta bíblico
Isaias, dizia ser necessário CRER
PARA COMPREENDER, pois a fé
ilumina os caminhos da razão, e
que a COMPREENSÃO NOS
CONFIRMA A CRENÇA
posteriormente.
SANTO AGOSTINHO:
A HERANÇA DO HELENISMO
O pensamento agostiniano reflete
os principais passos de sua
trajetória intelectual anterior à
conversão ao catolicismo, que
teve a influência do helenismo.
Vejamos:
SANTO AGOSTINHO:
A HERANÇA DO HELENISMO
Do MANIQUEISMO
 ficou uma concepção dualista no
âmbito moral, simbolizada pela luta
entre o bem e o mal, a luz e as
trevas, a alma e o corpo. Insistia em
que já nascemos pecadores e
somente um esforço consciente
pode nos fazer superar essa
deficiência natural.
SANTO AGOSTINHO:
A HERANÇA DO HELENISMO
Do CETICISMO
 ficou a permanente
desconfiança nos dados dos
sentidos, isto é, no
conhecimento sensorial,
conhecimento que nos
apresenta uma multidão de
seres mutáveis, flutuantes e
transitórios.
SANTO AGOSTINHO:
A HERANÇA DO HELENISMO
Do PLATONISMO
 assimilou a concepção de que a verdade,
como conhecimento eterno, deveria ser
buscada intelectualmente no “mundo das
idéias”.
 Defendeu a via do autoconhecimento, o
caminho da interioridade, como
instrumento legítimo para a busca da
verdade. Somente o íntimo de nossa
alma, iluminada por Deus, poderia atingir
a verdade das coisas.
BIBLIOGRAFIA
 CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4 ed. São
Paulo: Ática, 2012.
 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria
Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia.
São Paulo; Ática, 1993.
 COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia:
história e grandes temas. 16 ed. reform. e ampl.
São Paulo: Saraiva, 2006.

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Cap 6 Corações Inquietos

  • 2. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA  Precursor e orientador de Santo Agostinho.  Santo Ambrósio descendia de uma influente família romana convertida ao cristianismo.  Nascido na Gália, estudou filosofia, retórica e filosofia.  Transferiu-se para Milão, onde viveu os anos mais importantes de sua carreira.
  • 3. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA O bispo de Milão havia morrido em 374 e houve polêmica para a escolha de seu sucessor. Sto. Ambrósio já se destacava como um influente membro da Igreja: seu nome foi sugerido como alternativa conciliadora, com grande receptividade, sendo nomeado bispo no mesmo ano.
  • 4. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA Sua principal contribuição para o pensamento cristão da Idade Média foi estabelecer com firmeza as relações entre o Estado (o Império) e a Igreja. Tornou-se necessário determinar como as duas instituições deviam se relacionar, pois o cristianismo já exercia, no início da Idade Média, uma influência significativa na política.
  • 5. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA  Isso aconteceu porque os cristãos formavam um grupo numeroso na sociedade, que se comportava conforme as orientações morais dos sacerdotes da Igreja.  No Império Romano os cristãos constituíam a maioria da população; mesmo entre os governantes, havia muitos seguidores do cristianismo.  Sto. Ambrósio foi talentoso em sua atuação como líder da Igreja e hábil político.
  • 6. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA  Escreveu várias cartas para os diferentes governantes que administravam o Império, nas quais dava conselhos, fazia reivindicações para a Igreja e os cristãos, e os advertia para que eles se portassem segundo a moral cristã.  A justificativa usada por Sto. Ambrósio para exercer sua autoridade e intervir nos assuntos de Estado provinha de sua condição de representante da Igreja fundada por Cristo e, portanto, de mediador entre Deus e os assuntos humanos.
  • 7. SANTO AMBRÓSIO, “ESTADISTA” DA IGREJA Como bispo, ele era o instrumento por meio do qual as bênçãos ou as condenações divinas eram aplicadas. Segundo ele, todo cidadão devia prestar serviço militar ao Império, o imperador devia se submeter à verdade revelada por Deus.
  • 8. SANTO AGOSTINHO “Compreender para crer, crer para compreender”. (Santo Agostinho)
  • 9. SANTO AGOSTINHO  No processo de desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo em geral.  A Igreja Católica sabia que esses preceitos não podiam simplesmente ser impostos pela força. Tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um trabalho de pregação e conquista espiritual.
  • 10. SANTO AGOSTINHO  Foi assim que os primeiros padres da Igreja se empenharam na elaboração de diversos textos sobre a fé e a revelação cristã.  O conjunto desses textos ficou conhecido como PATRÍSTICA, por terem sido escritos principalmente por esses grandes padres da Igreja.  Uma das principais correntes da filosofia patrística, inspirada na filosofia grego- romana, tentou munir a fé de argumentos racionais.
  • 11. SANTO AGOSTINHO: VIDA  Nome: Aureliano Agostinho;  Nasceu em Tagaste (África), no ano de 354;  Morreu em Hipona (Argélia), no ano de 430. Onde foi bispo da Igreja Católica.  Até completar 32 anos  não era cristão. Havia tido até uma vida voltada aos prazeres do mundo e, de uma ligação amorosa ilícita para a época, nascera-lhe Adeodato.  Foi professor de retórica em escolas romanas.
  • 12. SANTO AGOSTINHO: FORMAÇÃO INTELECTUAL  Despertou 1ª para a filosofia com a leitura de CÍCERO.  Posteriormente, deixou-se influenciar pelo MANIQUEÍSMO (doutrina persa que afirmava ser o universo dominado por dois grandes princípios opostos, o BEM e o MAL, mantendo- se uma incessante luta entre si).  Mais tarde, insatisfeito com o maniqueísmo, viajou para Roma e Milão, entrando em contato com o CETICISMO e, depois com o NEOPLATONISMO.
  • 13. SANTO AGOSTINHO: CONVERSÃO AO CRISTIANISMO  Cresceu e se aprofundou, então, em Agostinho uma grande crise existencial, uma inquietação quase desesperada em busca de sentido para a vida.  Foi nesse período crítico que ele se encontrou com Santo Ambrósio, bispo de Milão, sentindo-se extremamente atraído por suas pregações.  Pouco tempo depois, converteu-se ao cristianismo, tornando-se seu grande defensor pelo resto da vida.
  • 14. SANTO AGOSTINHO: A SUPERIORIDADE DA ALMA SOBRE O CORPO  Em sua obra, argumenta sobre a SUPREMACIA DO ESPÍRITO SOBRE O CORPO.  Para ele, a alma teria sido criada por Deus para reinar sobre o corpo, para dirigi-lo à prática do bem.  A verdadeira liberdade estaria na harmonia das ações humanas com a vontade de Deus.  Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de pecar é a escravidão.
  • 15. SANTO AGOSTINHO: BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?  Segundo o filósofo, o homem que trilha a via do pecado só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal de vontade e a concessão, imprescindível, da graça divina.  Sem a graça de Deus, o homem nada pode conseguir.  Mas nem todas as pessoas deverão receber essa graça, mas somente os PREDESTINADOS à salvação.
  • 16. SANTO AGOSTINHO: BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA?  A doutrina da predestinação à salvação foi, posteriormente, adotada por alguns ramos da teologia protestante.  Pelágio, afirmava que a boa vontade e as boas obras humanas seriam suficientes para a salvação individual. Era a doutrina do PELAGIANISMO.  Agostinho colocou-se contra essa doutrina e, no concílio de Cartago do ano de 417, o papa Zózimo condenou o pelagianismo como heresia.
  • 17. SANTO AGOSTINHO: BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA? A condenação do pelagianismo se explica pelo fato de que conservava a noção grega de autonomia da vida moral humana, isto é, a noção de que o homem pode salvar-se por si só, sendo bom e fazendo boas obras, sem a necessidade da ajuda divina. Essa noção chocava com a idéia de submissão total do homem ao Deus cristão, defendida pela Igreja.
  • 18. SANTO AGOSTINHO: BOAS OBRAS OU GRAÇA DIVINA? Enquanto na filosofia grega o indivíduo se identificava com o cidadão, a filosofia cristã agostiniana enfatiza no indivíduo sua vinculação pessoal com Deus, a responsabilidade de cada indivíduo pelos seus atos e exalta a salvação individual.
  • 19. SANTO AGOSTINHO: LIBERDADE HUMANA E PECADO Vontade  é uma força que determina a vida e não uma função específica ligada ao intelecto. Agostinho contrapõe-se, dessa forma, ao intelectualismo moral, que teve sua expressão máxima em Sócrates.
  • 20. SANTO AGOSTINHO: LIBERDADE HUMANA E PECADO Isso significa que a LIBERDADE HUMANA é própria da vontade, e não da razão. E é nisso que reside a fonte do pecado. O indivíduo peca porque usa de seu livre-arbítrio para satisfazer uma vontade má, mesmo sabendo que tal atitude é pecaminosa.
  • 21. SANTO AGOSTINHO: PRECEDÊNCIA DA FÉ SOBRE A RAZÃO Agostinho discutiu a diferença existente entre fé cristã e razão, afirmando que a fé nos faz crer em coisas que nem sempre entendemos pela razão. “Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo. Tudo o que compreendo conheço, mas nem tudo que creio conheço.”
  • 22. SANTO AGOSTINHO: PRECEDÊNCIA DA FÉ SOBRE A RAZÃO Baseando-se no profeta bíblico Isaias, dizia ser necessário CRER PARA COMPREENDER, pois a fé ilumina os caminhos da razão, e que a COMPREENSÃO NOS CONFIRMA A CRENÇA posteriormente.
  • 23. SANTO AGOSTINHO: A HERANÇA DO HELENISMO O pensamento agostiniano reflete os principais passos de sua trajetória intelectual anterior à conversão ao catolicismo, que teve a influência do helenismo. Vejamos:
  • 24. SANTO AGOSTINHO: A HERANÇA DO HELENISMO Do MANIQUEISMO  ficou uma concepção dualista no âmbito moral, simbolizada pela luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, a alma e o corpo. Insistia em que já nascemos pecadores e somente um esforço consciente pode nos fazer superar essa deficiência natural.
  • 25. SANTO AGOSTINHO: A HERANÇA DO HELENISMO Do CETICISMO  ficou a permanente desconfiança nos dados dos sentidos, isto é, no conhecimento sensorial, conhecimento que nos apresenta uma multidão de seres mutáveis, flutuantes e transitórios.
  • 26. SANTO AGOSTINHO: A HERANÇA DO HELENISMO Do PLATONISMO  assimilou a concepção de que a verdade, como conhecimento eterno, deveria ser buscada intelectualmente no “mundo das idéias”.  Defendeu a via do autoconhecimento, o caminho da interioridade, como instrumento legítimo para a busca da verdade. Somente o íntimo de nossa alma, iluminada por Deus, poderia atingir a verdade das coisas.
  • 27. BIBLIOGRAFIA  CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2012.  ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo; Ática, 1993.  COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 16 ed. reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.