O documento discute o álcool e o tabaco, abordando suas histórias, composições químicas, efeitos na saúde e tratamentos. O tabaco contém nicotina e outros compostos cancerígenos que causam doenças como câncer e doenças cardíacas. O álcool causa intoxicação e dependência, levando a problemas no fígado, estômago e cérebro. Ambos exigem tratamentos comportamentais e farmacológicos para parar o uso.
4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TABACO • Depende da região de cultivo do fumo, do solo, secagem e armazenamento das folhas • Isolados cerca de 5.000 constituintes • Fenóis, benzopirenos, íons metálicos, pesticidas, antifúngicos, ácidos, compostos radioativos • Com a pirólise (850ºC) e pirossíntese, ocorre recombinação formando novos componentes
5. NICOTINA • Ingrediente mais ativo do tabaco • Um dos agentes tóxicos mais fatais que se conhece • DL 50 para homens: 40 a 60 mg • Responsável pela indução da dependência ALCATRÃO • Tudo que resta depois de extraídas a nicotina e a umidade COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TABACO
6. Nitrosaminas cancerígeno Dioxinas cancerígeno Acroleína irritante Nicotina psicoativo Monóxido de carbono Hipóxia no sangue e tecidos Benzopireno cancerígeno Polónio Cádmio SUBSTÂNCIAS DA FUMAÇA DO CIGARRO
7. • Coronariopatias; • Bronquite e enfisema; • Câncer bucal, pulmonar, renal, etc; • Maior risco de infecções; • Efeitos deletérios na gravidez; • Nicotina no leite: taquicardia lactente; • Muitos outros efeitos tóxicos. EFEITOS TÓXICOS
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9. FARMACOCINÉTICA DA NICOTINA Absorção Mucosa bucal: cachimbo e charuto – pH 8,5 nicotina na forma protonada Alvéolos pulmonares: cigarro – pH 5,5 nicotina não-protonada Fumantes de cachimbo e charuto: Incidência maior de câncer bucal Fumantes de cigarro: Incidência maior de câncer pulmonar
16. TRATAMENTO Seja qual for o tipo de tratamento, seu objetivo deve ser o de fazer o indivíduo mover-se de um estágio de mudança para outro, no sentido da ação (parar de fumar). Por isso podemos dizer que existem métodos diretos e indiretos de parar de fumar.
18. TIPOS DE TRATAMENTO Métodos indiretos São aqueles que influenciam o fumante a abandonar o cigarro sem que haja um contato direto com ele. Aqui a ênfase se desloca do tratamento clínico, individual, para a saúde pública. Temos como exemplo a realização de campanhas educacionais anti-fumo; elaboração de normas sociais como a proibição do fumo em restaurantes, teatros e cinemas; e a aplicação de altos impostos sobre o cigarro.
19. TIPOS DE TRATAMENTO Métodos diretos Apesar de mais custosos, têm também grande impacto em saúde pública, proporcionando redução na prevalência de fumantes (e, conseqüentemente, de sua morbidade e mortalidade). Envolvem utilização de fármacos e realização de psicoterapia ou somente aconselhamento por um profissional de saúde a respeito da maneira mais adequada de deixar de fumar. A maioria dos fumantes prefere não procurar programas de suspensão do tabagismo e parar de fumar sozinho. Por isso, esses programas são usados aquém de suas possibilidades, por poucos daqueles indivíduos que não conseguiram parar por si mesmos.
20. TIPOS DE TRATAMENTO Conselho médico Como vimos anteriormente, apenas uma pequena porção dos fumantes se envolve em tratamentos para deixar de fumar. Por outro lado, grande parte dos mesmos faz visitas regulares a seus clínicos, e a relação médico-paciente oferece um contexto “único e poderoso” para o tratamento da dependência da nicotina. As preocupações dos pacientes com sua saúde fazem de sua consulta o momento mais adequado para algumas “orientações”.
23. TABELA - TRATAMENTO Deve- se fazer screening para convulsões/ maior perfil de efeitos colaterais Sem nicotina. Pode ser utilizado com o adesivo Bupropiona Não aprovado pelo FDA Sem nicotina Nortriptilina Efeitos colaterais desprazerosos Nicotina mais rápida, em níveis mais elevados Spray nasal de nicotina Técnica de utilização inadequada reduz a eficácia Alívio em situações de amergência Chiclete de nicotina Não Há alivio em situações de emergência Dose única diária Adesivo de nicotina Desvantagens Vantagens
25. A HISTÓRIA DO ÁLCOOL Segundo alguns registros arqueológicos, os primeiros indícios do consumo de álcool pelo ser humano datam de mais de oito mil anos. No primeiro momento, as bebidas eram produzidas apenas pela fermentação e, por isso, tinham um baixo teor alcoólico. Com o desenvolvimento do processo de destilação, começaram a surgir as primeiras bebidas mais fortes e mais perigosas. Com a Revolução Industrial, a bebida passou a ser produzida em série, o que aumentou consideravelmente o número de consumidores e, por conseqüência, os problemas sociais causados pelo abuso no consumo do álcool.
27. INTOXICAÇÃO Letargia, torpor Morte Dep. Respiratória Morte > 500 Sonolência Torpor e coma 300-400 Euforia/desinibição Alts. motoras leves Letargia/torpor, confusão, agressividade 200-300 Efeito mínimo Incoordenação leve Coordenação e reflexos Comportamento Fala Sonolência e náusea 100-200 Efeito mínimo Loquacidade 75 Efeito mínimo Euforia, desinibição 50 Bebedor crônico Usuário esporádico Níveis (mg/dL)
28. Alcoolismo agudo: Exerce os seus efeitos principalmente sobre o sistema nervoso central, mas ele pode também rapidamente induzir alterações hepáticas e gástricas que são reversíveis na ausência do consumo continuado de álcool. As alterações gástricas constituem gastrite aguda e ulceração. No sistema nervoso central, o álcool por si é um agente depressivo que afeta primeiramente as estruturas subcorticais (provavelmente a formação reticular do tronco cerebelar superior) que modulam a atividade cortical cerebral. TIPOS DE ALCOOLISMO Alcoolismo crônico: É responsável pelas alterações morfológicas em praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo, particularmente no fígado e no estômago. Somente as alterações gástricas que surgem imediatamente após a exposição pode ser relacionadas com os efeitos diretos do etanol sobre a vascularização da mucosa. A origem das outras alterações crônicas é menos clara.
29. PROBLEMAS CLÍNICOS Sistema Nervoso - Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no fim da adolescência e início da terceira década de vida: provavelmente o álcool inibe algum dos sistemas de memória impedindo que a pessoa se recorde de fatos ocorridos durante o período de embriaguez Sistema Gastrintestinal - Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjôo, vômitos e perda de peso.
30. PROBLEMAS CLÍNICOS Câncer - Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral. Sistema Cardiovascular - Doses elevadas por muito tempo provocam lesões no coração provocando arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes Hormônios Sexuais - O metabolismo do álcool afeta o balanço dos hormônios reprodutivos no homem e na mulher. No homem o álcool contribui para lesões testiculares o que prejudica a produção de testosterona e a síntese de esperma.
31. Hormônios Tireoideanos - Não há evidências de que o alcoolismo afete diretamente os níveis dos hormônios tireoideanos. Há pacientes alcoólatras que apresentam alterações tanto para mais como para menos nos níveis desses hormônios; presume-se que quando isso ocorre seja de forma indireta por afetar outros sistemas do corpo. PROBLEMAS CLÍNICOS Hormônio do crescimento - Alterações são observadas em indivíduos que abusam de álcool, mas essas alterações não provocam problemas detectáveis como inibição do crescimento ou baixa estatura, pelo menos até o momento. Ociticina - Esse hormônio é responsável pelas contrações do útero no parto. O álcool tanto pode inibir um parto prematuro como atrapalhar um parto a termo, podendo tanto ser terapêutico como danoso.
32. CONSEQUÊNCIAS A SAÚDE A)Cérebro: agressividade, irritação, depressão, alterações de humor, ansiedade, medos inexplicáveis, nervosismo, perda de auto-estima, alucinações, epilepsia, demência, "apagões", perda de memória, danos ao sistema nervoso, diminuição da concentração, danos à visão, dor de cabeça, insônia e impaciência; B) Rosto: deterioração facial, irritação e inchaço nos olhos, envelhecimento prematuro, câncer na boca; C) Garganta: câncer e tosse crônica.
33. D) Esôfago: câncer e varizes. E) Estômago: inflamação, vômito, diarréia, deficiência de vitaminas e úlcera. F) Duodeno: úlcera. G) Fígado: cirrose, câncer e hepatite. H) Coração: cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, pressão alta, taquicardia, fraqueza do músculo cardíaco, problemas de coagulação sanguínea; I) Pâncreas: inflamação. J) Rins: defeito no funcionamento e infecção urinária. CONSEQUÊNCIAS A SAÚDE
34. K) Sistema reprodutivo: diminuição da fertilidade, diminuição do desempenho sexual em homens e mulheres e impotência (nos homens), aborto, desregulação na menstruação. L) Mãos: tremores, formigamento nos dedos, sensação de não sentir os dedos. M) Pés: formigamento nos dedos, sensação de não sentir os dedos. N) Pernas: enfraquecimento, levando a quedas, desidratação, hipoglicemia, degeneração muscular, obesidade e síndrome metabólica, diabetes CONSEQUÊNCIAS A SAÚDE
35. TRATAMENTO O alcoolismo , essencialmente, é o desejo incontrolável de consumir bebidas alcoólicas numa quantidade prejudicial ao bebedor. O núcleo da doença é o desejo pelo álcool; há tempos isto é aceito, mas nunca se obteve uma substância psicoativa que inibisse tal desejo. Como prova de que inúmeros fracassos não desanimaram os pesquisadores, temos hoje já comprovadas, ou em fase avançada de testes, três substâncias eficazes na supressão do desejo pelo álcool, três remédios que atingem a essência do problema, que cortam o mal pela raiz.
36. TRATAMENTO Naltrexona A naltrexona é uma substância conhecida há vários anos; seu uso restringia-se ao bloqueio da atividade dos opióides. É uma espécie de antídoto para a intoxicação de heroína, morfina e similares. Recentemente verificou-se que a naltrexona possui um efeito bloqueador do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. A naltrexona foi a primeira substância a atingir a essência do alcoolismo: o desejo pelo consumo de álcool.
37. TRATAMENTO Acamprosato Essa substância ao contrário da naltrexona é nova e foi criada especificamente para o tratamento do alcoolismo. Está sendo introduzida no mercado brasileiro pela Merck, mas já é usada na Europa há alguns anos. O mecanismo do acamprosato é distinto da naltrexona embora também diminua o desejo pelo álcool. O acamprosato atua mais na abstinência, reduzindo o reforço negativo deixado pela supressão do álcool naqueles que se tornaram dependentes.
38. TRATAMENTO Ondansetrona Esta medicação vem sendo usada e aprovada como inibidor de vômitos, principalmente nos pacientes que fazem uso de medicações que provocam fortes enjôos como alguns quimioterápicos. Está em estudo a utilização na bulimia nervosa para conter os vômitos induzidos por esses pacientes. Mais recentemente vem sendo estudado seu efeito no tratamento do álcool. Esses estudos ainda estão em fase preliminar; uma possível aprovação para o alcoolismo deverá levar talvez alguns anos
40. A taxa de recaída (voltar a beber depois de ter se tornado dependente e parado com o uso de álcool) é muito alta: aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos 4 anos seguintes a interrupção, quando nenhum tratamento é feito. A semelhança com outras formas de dependência como a nicotina, tranqüilizantes, estimulantes, etc, levam a crer que um há um mecanismo psicológico (cognitivo) em comum. O dependente que consiga manter-se longe do primeiro gole terá mais chances de contornar a recaída. O aspecto central da recaída é o chamado "craving", palavra sem tradução para o português que significa uma intensa vontade de voltar a consumir uma droga pelo prazer que ela causa. O craving é a dependência psicológica propriamente dita. RECAIDA
41. LOMBA, Marcos Alcoolismo Tabagismo e Drogas, editora Saúde Total, Distribuidora de livros UNIVER Ltda. Olinda/PE; http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=557 http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=16822 http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm#prob%20clin BIBIOGRAFIA