O documento discute o papel das cidades médias brasileiras na organização do espaço regional. Apresenta uma classificação funcional das cidades médias e critérios para seleção, como demografia, acessibilidade e localização. Também aborda novos fluxos e configurações espaciais com as cidades médias desempenhando papel de pólos regionais para consumo de bens e serviços.
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Universidade
1. As cidades médias brasileiras e seu
papel na organização do espaço
regional
Anselmo Alves, Carlos Germano, Paulo
Mateus, Roberto Manoel, Wesclay Santos
2. Introdução
Classificação funcional das cidades médias
Tipos de cidades médias
Critérios para a escolha das cidades médias
Outros critérios para a seleção das cidades médias
Novos fluxos, novas configurações espaciais
Considerações finais
3. Em 1975 o Estado militar lançou o II Plano Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (II PND)
no qual, através da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano, traçava, no nível das
macrorregiões brasileiras, as estratégias
concernentes aos centros urbanos de médio porte.
Objetivos:
Propiciar novos pólos de desenvolvimento.
Desconcentração da população e de atividades
econômicas.
Criar novos empregos.
Reduzir disparidades de renda.
4. Segundo o Prof. Michel Rochefort (1975) cidade
média “é um centro urbano em condições de atuar
como suporte às atividades econômicas de sua
hinterlândia”.
As cidades médias integradas à rede
urbana
Correspondem às regiões onde os impactos da
metrópole e da complexidade da base econômica
foram bastante fortes. Localizam – se
principalmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil
e algumas zonas litorâneas próximas a Salvador e
Recife.
5. As cidades médias que recebem o impacto direto
do atual crescimento industrial das metrópoles
Ligadas ao dinamismo das grandes metrópoles.
Podem ser de dois tipos:
1º caso, a desconcentração das atividades
metropolitanas se faz sobre uma cidade que já
atingiu certa escala econômica e de crescimento
urbano. Funções: atividades terciárias,indústrias
tradicionais e unidades industriais modernas
dependente da metrópole.
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7. 2º caso, as instalações industriais
resultantes da desconcentração
metropolitana dar – se num lugar que pode
não ser um núcleo urbano significativo, isto
é, a cidade não desempenhava um papel
maior na organização do espaço.
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9. Regiões que concentram forte crescimento econômico e de
renda. O litoral e as serras abrigam estas cidades médias.
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11. Cidades que associa uma atividade industrial
ponderável a um papel de centro prestador de
serviços a uma zona agrícola, a qual constitui
sua respectiva zona de influência e é, na maior
parte das vezes bastante extensa.
Estas cidades eram, no passado, centros
terciários de uma industrialização de pequenas
e médias empresas.
Em outros casos, zonas que receberam
migrantes europeus.
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17. A função básica desses centros está ligada
à comercialização e ao escoamento das
atividades agropastoris da região. Essa
função é simbolizada pela feira.
A cidade constitui igualmente o centro
prestador de serviço de uma zona de
influência agrícola onde predominam baixos
níveis de vida e atividades tradicionais de
artesanato.
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20. Funções baseadas em atividades ligadas a uma
base agrícola, como Santarem, PA.
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22. A atividade administrativa representa a essência do papel
da cidade na zona de influência. São freqüentemente
capitais de estados. EX.: Aracaju, SE.
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24. Oriundas das necessidades de exportação de
produtos agrícolas e minerais. Ex.: Macapá, AP.
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27. Classificação das cidades segundo critérios
de caráter demográfico.
Teve como objetivo detectar os núcleos
urbanos que apresentam maior dinamismo
populacional na década de 1960/70, tendo
em vista que o comportamento demográfico
está estreitamente vinculado à situação
socioeconômica.
28. Pela importância que as variáveis “consumo
de energia elétrica” e “comunicações”
representam em qualquer sistema
urbano, julgou – se necessário estudá – las
com o objetivo de subsidiar a escolha das
cidades médias.
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31. Critério concernente a acessibilidade
De acordo com esse critério, estudou –se a
localização das cidades em face da rede rodo –
ferroviária estadual.
Lazer e preservação
Os aspectos relativos ao lazer das
comunidades e à preservação da natureza
foram inseridos na escolha das cidades médias.
32. Critérios espaciais:
Relevância regional
Foi entendida como um critério comparativo, pelo qual
uma cidade se destacava face ao conjunto das cidades
da Região, do Estado ou da Microrregião. Por esse
critério, uma cidade de porte médio em determinada
região poderia ser meramente um centro de pequeno
porte em outra.
Localização em relação aos eixos principais
Definidos em função de condicionantes geográficos, do
sistema de transporte etc.
33. Existência de programas especiais na área
A localização seria decidida segundo os critérios técnicos
e econômicos usuais na localização industrial, afetados
por alguns condicionantes políticos.
Distância de outras aglomerações ou centros
Certas cidades seriam incluídas por estarem mais ou
menos isoladas dentro de um espaço muito grande e
distante de outros centros.
Posição estratégica
Refere – se a aspectos econômicos e físicos.
34. Dimensões demográficas
Desempenho recente
Grande proporção de imigrantes recentes
Estrutura da PEA
Pobreza urbana
Evolução urbana recente
35. Do ponto de vista do mercado
consumidor, as cidades médias continuam a
desempenhar o papel de pólos para os
quais moradores de cidades menores estão
dispostos a se deslocar para realizar o
consumo de bens e serviços mais
sofisticados. Esses fluxos definem- se
assim, no âmbito da região e são marcados
pela existência de um espaço de
continuidade territorial, cuja, configuração é
a de uma área.
36. “A posição pode ser definida como a localização da
cidade em função de fatos naturais susceptível, no
passado ou no presente, de influir em seu
desenvolvimento que, por sua vez, está vinculado à
facilidade de expansão. Trata – se, pois de uma
noção de valor relativo expressa em função dos
fatores circunstanciais de urbanização e
desenvolvimento urbano”.(GEORGE, p.36)
É no campo do consumo de bens e serviços
especializados ligados a modernização do setor
agropecuário, que se tem visto um avanço
significativo do papel comercial e de serviços das
cidades de porte médio.
37. Um dos parâmetros que, mais freqüentemente, tem sido
utilizado para embasar a expressão “cidades médias” é o
demográfico. Andrade e Lodder (1979) ao se reportarem
ao sistema de cidades brasileiro, consideravam como
cidades médias aquelas que, em 1979, possuíam entre
50 mil e 250 mil habitantes.
No curso dos últimos anos, as cidades médias passaram
por substanciais transformações em face da implantação
de novos serviços, sobretudo os logísticos, de
informação, de comunicação, de transportes, de
educação e de turismo. Assim sendo, aparecem como
alternativa de moradia, por oferecerem melhores
condições e qualidade de vida em relação às áreas
metropolitanas.
38. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. (Org.)
Urbanização e Cidades: perspectivas
geográficas. Presidente Prudente. Editora
da Universidade Estadual Paulista, 2001.