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Resumo da Lição 7,
CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS
I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
1. A parede de separação entre os homens.
2. A derrubada da parede da separação.
3. O conceito da lei dos mandamentos.
4. A revogação da lei dos mandamentos.
II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM”
1. O conceito bíblico de paz.
2. CRISTO é o motivo da nossa paz.
3. A nova humanidade formada pela paz.
III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM
CORPO
1. CRISTO se fez maldição por nós.
2. Reconciliados pela cruz de CRISTO.
3. Reconciliados na cruz em um corpo.
TEXTO ÁUREO
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez
um; e, derribando a parede de separação que estava no
meio. ” (Ef 2.14)
VERDADE PRÁTICA
Ao morrer na Cruz do Calvário, Cristo reconciliou os eleitos
desfazendo a inimizade entre Deus e os homens.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ef 2.14
Cristo derrubou a parede de separação entre Deus e o
Homem
Terça – At 21.28-30
Cristo desfez a separação entre o povo judeu e os gentios
Quarta – Mt 5.17
Cristo se fez carne e cumpriu a Lei na sua integralidade
Quinta – Cl 2.11
Deus ama a todos de igual modo e, por isso, não faz
acepção de pessoas
Sexta – Gl 3.13; 1 Pe 2.24
Cristo se fez maldição em nosso lugar, acabando com toda
inimizade
Sábado – 2 Co 5.18-20
O ministério de reconciliação foi efetivado por meio do
sacrifício da cruz
Efésios 2.14-19
“ Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez
um;
e, derrubando a parede de separação que estava no meio,
Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos
mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em
si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,
E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo,
matando com ela as inimizades.
E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe,
e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos
acesso ao Pai em um mesmo Espírito.
Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas
concidadãos dos santos, e da família de Deus; “
Efésios 2:14-19
HINOS SUGERIDOS: 114, 128, 432 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que por meio do sacrifício vicário, Cristo
desfez a inimizade e, entre dois povos, criou um – a Igreja.
= Igreja de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os
homens;
2. Explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”;
3. Evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com
Deus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR.
Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo
mesmo. Essa é a boa nova do Evangelho que tem sua
consumação no Calvário por meio da obra de Cristo. Essa
verdade nos mostra que, se outrora o pecador estava numa
situação caótica, desoladora e perdida; agora sua condição
mudou por causa da obra de Cristo no Calvário. Nele, somos
instados a propagar o ministério da reconciliação a todos os
homens. Somos embaixadores da parte de Cristo e
precisamos conclamar aos seres humanos que se
arrependam de seus pecados e sejam reconciliados com
Deus. Eis a boa nova de salvação. Como educadores
cristãos, é o nosso desafio incutir nos alunos tal
necessidade.
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO.
Se na lição anterior, analisamos o antigo quadro desolador
acerca dos gentios, em que o apóstolo Paulo descreveu
“Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis
gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na
carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da
promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. “
Efésios 2:11,12 , nesta veremos que houve uma
significativa mudança na sequência do capítulo dois.
No versículo 13 - “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que
antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes
perto. “ Efésios 2:13 Paulo usa a expressão adversativa
“mas agora” para indicar que algo aconteceu e alterou a
situação dos gentios.
Ele explica que essa mudança repousa na Obra que Cristo
realizou: “vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de
Cristo chegastes perto”.
Na presente lição estudaremos os desdobramentos dessa
mudança.
Reconciliar é cobrir a separação. No AT o sangue de um
cordeiro era derramado uma vez por ano no dia da expiação
para cobrir o pecado do povo.
Esse sacrifício perdurou desde a lei até que começou o
reinado em Israel e dentro da Arca não havia mais nem a
vara de Arão e nem o vaso contendo o Maná.
No Novo Testamento, quando JESUS CRISTO morreu por
nós, o pecado não mais voltou a ser coberto, mas, agora,
removido pelo sangue de JESUS CRISTO.
Não mais pelo sangue de um animal cordeiro que nem
escolheu morrer por alguém, mas pelo cordeiro de DEUS
que tira ao pecado do mundo e que a si mesmo se ofereceu
por nós e derramou seu sangue para nos purificar de todo
pecado.
“Quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO
eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS,
purificará a vossa consciência das obras mortas, para
servirdes ao DEUS vivo? Hebreus 9:14, “mas, no segundo,
só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que
oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; Hebreus 9:7
Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos,
figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora
comparecer, por nós, perante a face de DEUS; nem também
para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo
sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes
desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação
dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado
pelo sacrifício de si mesmo.
“ E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO,
oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam
para a salvação. ” Hebreus 9:24-28
No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e
disse: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo.
” João 1:29
“ Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS
CRISTO, seu Filho, nos purifica de todo pecado. ” 1 João 1:7
DEUS olha para nós e vê, JESUS CRISTO e seu sacrifício
na cruz e assim somos purificados.
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não
feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão
de CRISTO. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou
pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova,
ou dos sábados, “ Colossenses 2:11,16
Pela graça são salvos todos os que aceitarem a JESUS
como Salvador e Senhor, tantos Judeus como Gentios
passaram a serem pecadores e precisavam agora ouvirem
o evangelho e crerem nele para serem salvos.
Depois de salvos tanto judeus como gentios são iguais em
direitos e promessas e aliança com DEUS, pois todos
formam um novo povo, IGREJA.
“Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui
achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que
se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui. ”
Isaías 65:1
“Porque DEUS encerrou a todos debaixo da desobediência,
a fim de usar de misericórdia para com todos. ” Rm 11.32
“E o ESPÍRITO e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga:
Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de
graça a água da vida. ” Ap 22:17
Situação em Éfeso - Barreiras à comunhão ou parede de
separação.
A Igreja em Éfeso estava vivendo problemas de separação
entre seus membros, devido ao número de judeus
convertidos terem que conviver com o alto número de
gentios convertidos.
Os judeus salvos seguiam com seus ritos culturais
guardando o sábado, a circuncisão, as festas judaicas
tradicionais e as leis dietéticas; os gentios, por sua vez, nada
disso incorporavam em seu novo viver na fé em JESUS
CRISTO. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou
dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o
corpo é de Cristo. “ Colossenses 2:16,17
Havia então essas barreiras de separação entre os dois
povos dentro da Igreja.
Paulo ensina que após a conversão não existem mais dois
povos e sim um povo só - a Igreja de JESUS CRISTO, cuja
cabeça é CRISTO.
Somos salvos pela graça de DEUS, mediante a fé no
sacrifício de JESUS.
As barreiras, explica Paulo, foram retiradas por JESUS -
cravadas na Cruz.
Para pertencermos ao povo de DEUS, herdarmos as
promessas, estarmos em aliança com DEUS, nada mais
estava em evidência, senão a fé, pois somos justificados
pela fé ao ouvirmos o evangelho de nossa salvação “ Em
quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa;
O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da
possessão adquirida, para louvor da sua glória. “
Efésios 1:13,14
Todos herdamos a promessa do ESPÍRITO SANTO
morando em nós, nos tornando filhos de DEUS.
A barreira do pecado nos separava de DEUS, porém JESUS
levou na cruz todos nossos pecados, doenças,
enfermidades e maldições (Is 53; Gl 3:13,14).
Glória a DEUS, não existem mais barreiras entre nós e
DEUS e nem entre os salvos de todas tribos, etnias, raças,
línguas e nações.
“Vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO
chegastes perto” (Ef 2.13).
Lembrando que a carta seria lida pela igreja em Éfeso, mas
também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo.
Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do
judaísmo!
Paulo era mesmo um homem de coragem.
Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte.
I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
O exclusivismo religioso criou inimizade entre judeus e
gentios. Nesse ponto veremos o que Cristo fez para dar fim
a esse litígio entre os homens (Ef 2.14,15).
1. A parede de separação entre os homens.
Trata-se de uma analogia com as muralhas do templo em
Jerusalém.
A estrutura da construção revela o exclusivismo religioso do
Judaísmo. Entre o santuário e o átrio dos gentios havia um
muro de pedra com a proibição de acesso aos estrangeiros.
O extremismo judaico quanto a esse aspecto levou Paulo à
prisão quando ele foi acusado de permitir um grego
ultrapassar essa barreira “Clamando:
Homens israelitas, acudi; este é o homem que por todas as
partes ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra
este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os
gregos, e profanou este santo lugar.
Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso,
o qual pensavam que Paulo introduzira no templo.
E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de
povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo,
e logo as portas se fecharam.
E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o
aviso de que Jerusalém estava toda em confusão;
O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu
para eles.
E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir
a Paulo. “ Atos 21:28-32
A parede de separação entre os judeus e os gentios na
Igreja de Éfeso, por parte dos judeus, consistia
em estatutos, ordenanças; leis, mandamentos e festas
judaicas. A parede era formada principalmente por
circuncisão, guarda do sábado, leis dietéticas e festas
judaicas, dos quais os gentios não praticavam.
A parede de separação entre os judeus e os gentios na
Igreja de Éfeso, por parte dos gentios, consistia em saberem
que não precisavam seguir as ordenanças judaicas, mas
eram cobrados diariamente por isso. Veja a decisão do
concílio de Jerusalém sobre o assunto e quais suas
exigências:
Na verdade, pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não
vos impor mais encargo algum, senão estas coisas
necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas
aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes.
Bem vos vá. Atos 15:28,29
Talvez Paulo tenha usado o termo "parede de separação"
em referência ao muro chamado Soreg que separava os
gentios dos judeus na adoração, no templo em Jerusalém.
O Templo de Jerusalém é o nome dado ao principal centro
de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas
ofertas e sacrifícios. Situava-se no cume do Monte Moriá
(também chamado Monte do Templo), no leste da cidade de
Jerusalém. A edificação possuía vários átrios. O átrio dos
gentios (os não-judeus) rodeava todo o santuário e era
acessível também aos judeus.
Havia também o Soreg, que era uma parede baixa em volta
do templo, formado uma área sagrada que nenhum gentio
podia pisar.
Havia o átrio das mulheres e também o átrio de Israel. Este
era exclusivamente para judeus jovens e adultos do sexo
masculino. Era grande e aberto, enquanto o átrio das
mulheres era estreito, coberto e rodeado de colunas.
Acima do piso do átrio de Israel havia um espaço reservado
exclusivamente aos sacerdotes.
Paulo corrige tudo isto isentando os gentios de viverem
presos às ordenanças judaicas e deseja que os judeus
também sejam, libertos para a Liberdade que há em
CRISTO. Todos agora são Igreja e não necessitam mais
destas coisas para serem filhos de DEUS.
“ No qual também estais circuncidados com a circuncisão
não feita por mão no despojo do corpo da carne: a
circuncisão de CRISTO. Sepultados com ele no batismo,
Nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que
O ressuscitou dos mortos.
E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na
incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com
ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a
cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós,
cravando-a na cruz.
E, despojando os principados e potestades, os expôs
publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou
por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de
CRISTO. “ Colossenses 2:11-17
Lembrando que a carta seria lida pela igreja em Éfeso, mas
também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo.
Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do
judaísmo!
Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo
DEUS o chamou. Não temia a morte.
2. A derrubada da parede da separação.
O apóstolo declara que em Cristo foi derrubada “a parede de
separação que estava no meio” (Ef 2.14b).
Essa barreira era tanto literal como espiritual, mas por mérito
da cruz de Cristo a divisória foi rompida.
Assim, não somos mais forasteiros, mas somos da família
de Deus, temos acesso à presença do Pai (Ef 2.18) e, pelo
Sangue de Cristo, temos livre entrada no santuário de Deus
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do
corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. ” Hebreus 10:10
3. O conceito da lei dos mandamentos.
A compreensão desse conceito repousa na visão tripartida
da lei mosaica: a moral, a cerimonial e a civil, que na verdade
são três esferas da mesma lei.
A lei civil diz respeito ao israelita como cidadão.
A lei moral permanece em vigor como padrão de conduta,
mas não como meio de salvação (Ef 2.8,9).
A lei cerimonial é citada como sendo a “circuncisão”,
“sacrifícios”, “comida e bebida”, “dias de festas, lua nova e
Sábados” (Cl 2.11,16).
Esses ritos identificavam a posição do povo judeu diante de
Deus e demonstrava a hostilidade deles para com os
gentios.
Não há divisão da lei por parte de DEUS, são 613 preceitos
escritos no Antigo Testamento, Desse número, 365 são
mandamentos negativos, proibições (mitzvot taaseh) e 248
são prescrições, mandamentos positivos (mitzvot aseh).
Dentre esses preceitos encontramos a lei civil que diz
respeito ao israelita como cidadão, a lei moral como padrão
de conduta, mas não como meio de salvação (Ef 2.8,9) e a
lei cerimonial referindo-se a “circuncisão”, “sacrifícios”,
“comida e bebida”, “dias de festas, lua nova e sábados” (Cl
2.11,16). Esses ritos identificavam a posição do povo judeu
diante de DEUS e demonstrava a hostilidade deles para com
os gentios.
Qualquer um que deixasse de cumprir um só dos
mandamentos já estava condenado.
“E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os
mandamentos do Senhor o que se não deve fazer, ainda que
o não soubesse, contudo, será ela culpada e levará a sua
iniquidade. “ Levítico 5:17
“Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um
só ponto tornou-se culpado de todos. “ Tiago 2:10
Se alguém desejar se justificar pela lei e não pela fé, já
está condenado.
“Separados estais de CRISTO, vós os que vos justificais
pela lei; da graça tendes caído. “ Gálatas 5:4
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por
nosso Senhor JESUS CRISTO; “ Romanos 5:1
De que depende a lei e os profetas segundo JESUS?
“Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E JESUS
disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo,
semelhante a este, amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os
profetas. “ Mateus 22:36-40
4. A revogação da lei dos mandamentos.
A eliminação das barreiras que dividiam judeus e gentios se
deu pela revogação da “lei dos mandamentos, que consistia
em ordenanças” (Ef 2.15b).
Essa revelação não contradiz o que Jesus disse: “não vim
para revogar, mas cumprir a lei” (Mt 5.17 – NAA).
Visto que, ao entregar seu corpo para ser crucificado, Cristo
cumpriu a Lei oferecendo-se como sacrifício em favor de
ambos os povos (Hb 7.27).
Desse modo, a revogação aqui aludida é a da lei cerimonial,
que resultava em separação entre judeus e gentios.
O ato de Cristo, oferecido a Deus em cheiro suave, aboliu a
necessidade dessas ordenanças ritualísticas e assim a
inimizade foi desfeita (Ef 5.2).
Foi na cruz que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os
homens.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que
existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram
agentes da inimizade entre judeus e gentios.
II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM”
A partir da expiação na cruz, a paz foi proclamada e de
ambos os povos, judeus e gentios, Cristo fez uma nova
humanidade (Ef 2.14-17).
1. O conceito bíblico de paz.
De forma geral, a paz é a descrição de boas relações “E,
cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com
os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais
compareceram perante o presidente contra Paulo.
E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo:
Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se
fazem a este povo muitos e louváveis serviços, Sempre e
em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o
agradecimento o queremos reconhecer. “ Atos 24:1-3, do
fim de um conflito ” De outra maneira, estando o outro ainda
longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. “
Lucas 14:32, do estado de tranquilidade “Porque dominava
sobre tudo quanto havia do lado de cá do rio, Tifsa até
Gaza, sobre todos os reis do lado de cá do rio; e tinha paz
de todos os lados em redor dele. “ 1 Reis 4:24 e de uma
qualidade espiritual “ Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.
Contra estas coisas não há lei. “ Gálatas 5:22,23.
Na passagem em apreço, o apóstolo ressalta a paz
conferida por meio de Cristo. Sua morte na cruz desfez a
nossa inimizade com Deus e como os homens, tornando
possível a reconciliação entre ambos e, promovendo assim,
a paz “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude
nele habitasse, E que, havendo por ele feito a paz pelo
sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo
mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como
as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo
éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas
obras más, agora contudo vos reconciliou “ Colossenses
1:19-21.
2. Cristo é o motivo da nossa paz.
Paulo declara que Cristo “é a nossa paz” (Ef 2.14b). Essa
expressão aponta para uma conotação mais profunda, pois
Cristo não é apenas o “autor da paz”, mas literalmente “a
nossa paz”.
Isso implica o conceito de “comunhão espiritual”, ou seja,
Cristo habita em nós sendo Ele mesmo a nossa paz “ Disse-
lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te
hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
Jesus respondeu, e disse-lhe:
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o
amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.
Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a
palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me
enviou.
Tenho-vos dito isto, estando convosco.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos
fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize. “ João 14:22-27.
Desse modo, essa paz repousa na igreja, entre o crente e
Deus e entre judeus e gentios, agora um único povo em
Cristo Jesus (Ef 2.14.b).
PAZ - (Strong Português) - ‫שלום‬ shalom – Hebraico
1) Completo, saúde, bem-estar, paz
2) Totalidade (em número)
3) Segurança, saúde (no corpo)
4) Bem-estar, saúde, prosperidade
5) Paz, sossego, tranquilidade, contentamento
6) Paz, amizade referindo-se às relações humanas
e com Deus especialmente no relacionamento
proveniente da aliança
7) Paz (referindo-se a guerra)
8) Paz (como adjetivo)
PAZ - (Strong Português) - ειρηνη eirene - Grego
1) estado de tranquilidade nacional, ausência da devastação
e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz
e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
Representada no AT hebraico principalmente pela raiz
substantiva shalom, e no NT grego pela raiz do substantivo
eirene.
Esta palavra tem uma grande variedade de significados
tanto no AT quanto no NT.
A ideia geral de bem-estar (Is 48.18) engloba a maioria das
nuanças, dando a dimensão da tradução mais geral e
aceitável como “paz".
O bem-estar, a saúde, e a prosperidade de alguém em
alguma situação, também merecem a designação de paz.
Assim como no progresso de alguém em uma viagem ou
partida (Êx 4.18), e em geral na maneira de viver (Is
38.16,17; 1 Co 7.15) e morrer (Gn 15.15; 2 Rs 22.20) com
tranquilidade.
Prosperidade econômica e segurança (Salmos 147.14; Jr
29.11; Lc 11.21), saúde ecológica (Lv 26,4-6; Zc 8.12),
segurança política e militar (2 Rs 20.19; Ec 3.8), e livramento
das perseguições (At 9.31) são todos aspectos de paz.
3. A nova humanidade formada pela Paz.
Cristo uniu os povos que outrora se hostilizavam, para criar
“em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz”
(Ef 2.15c).
Essa unidade não foi o resultado de algum acordo firmado
entre os homens.
Ela foi realizada “em si mesmo”, ou seja, o único modo
possível era “em Cristo” e “por meio de Cristo”. A partir desse
ato surge uma nova humanidade: a Igreja, “onde não há
circuncisão e nem incircuncisão” (Cl 3.11).
Foi Cristo quem criou esse novo povo “fazendo a paz”
(2.15c). Nele, as desigualdades foram eliminadas, a
acepção de pessoas desfeita, a etnia e a classe social
desapareceram (Rm 2.11; Gl 3.28).
A morte de JESUS na cruz desfez a inimizade dos Efésios
que eram gentios com DEUS e com os judeus também
convertidos, tornando possível a reconciliação entre ambos
e, promovendo assim, a paz na Igreja (Cl 1.20).
Esta paz é uma das qualidades espirituais do Fruto do
ESPÍRITO (Gl 5.22), TAMBÉM É UMA CARACTERÍSTICA
DO REINO DE DEUS (porque o Reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo. Romanos 14:17) - Esta paz não é humana é um
milagre realizado por JESUS. CRISTO “é a nossa paz”
(2.14b). Só temos esta paz em CRISTO, fora de CRISTO
temos inimizade tanto com DEUS quando com nossos
irmãos.
O ESPÍRITO SANTO trabalha como a massa de cimento,
unindo as pedras ponte agudas da construção do edifício de
DEUS. Pedras possuem arestas que ao se tocarem se
machucam, se cortam. O ESPÍRITO SANTO é quem nos
ajusta no corpo de CRISTO para que o amor prevaleça.
JESUS CRISTO nos proporcionou esta paz.
Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura
de Deus e edifício de Deus. 1 Coríntios 3:9
Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios
espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 1 Pedro 2:5
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo
Jesus. Filipenses 4:7
PAZ - ειρηνη eirene da paz do Messias - o caminho que
leva à paz (salvação) do cristianismo, o estado tranquilo de
uma alma que tem certeza da sua salvação através de
Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente
com porção terrena, de qualquer que seja a classe
o estado de bem-aventurança de homens justos e retos
depois da morte
A palavra ocorre na saudação e no cumprimento geral, “A
paz seja contigo”, e é equivalente à nossa pergunta geral,
“Como vai você? ” (Gn 43.23; Jz 19,20).
Também é usada onde a realidade está presente (1 Sm
1,17), e onde há uma esperança falsa ou vã (Salmos 28.3),
especialmente nas palavras dos falsos profetas (Jr 6.14;
8.11; Ez 13.10, 16).
Com o poder da realidade, é o cumprimento usual do Senhor
ressurreto (Jo 20.19,21,26) e a saudação de abertura e/ou
encerramento dos escritores das epístolas apostólicas
(todos exceto Tiago e 1 João).
Ao longo de todas as Escrituras Sagradas, a paz é tida como
um dom de Deus (Is 45.7). O próprio Senhor tem o título de
o Deus de paz (Rm 15.33; 2 Co 13.11; Fp 4.9; 2Ts 3.16), que
dá a paz (Nm 6.26; Lv 26.6), e que fez uma aliança de paz
(Is 54.10; Ez 34.25; 37.26).
A apropriação da paz que Ele nos concede, depende da
nossa confiança nele (Is 26.3), de nosso amor por sua
Palavra (Salmos 119.165), e da obra da sua justiça (Is 32.17;
cf. Tg 3.13 ‫־‬18 ).
A bênção da paz é tão ampla quanto a providência de Deus
(Jr 29.7; 1 Tm 2.2, hesyckios), mas chega a uma expressão
particular como fruto da obra messiânica da redenção (Is
9.7; Zc 9.10; Mq 5.5).
O homem que recebe esta aliança de paz com Deus deve
buscar esta paz no aumento da sua santificação (1 Ts 5,23;
Hb 12.14; Cl 3.15; 1Pe 3.11), pela obra do Espírito, que gera
como um fruto particular a própria paz (Rm 8.6; 15.13; Gl
5.22). Ele não deve viver com medo e ansiedade, porque o
tesouro do legado da paz de Cristo foi colocado em seu
coração (Jo 14.27). Sua serenidade de mente e
tranquilidade interior em Cristo não dependerão, nem serão
abaladas pelo fato de vir a ter tribulações neste mundo
maligno (Jo 16.33).
JESUS levou a parede de separação, levou as inimizades,
levou a necessidade de guarda da lei e de preceitos diversos
(613). A salvação é pela graça, mediante a fé. Somos
justificados pela fé em JESUS e em seu sacrifício por nós e
em nossos lugares.
CRISTO uniu os povos que outrora se hostilizavam, para
criar “em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a
paz” (2.15c). Essa unidade não foi o resultado de algum
acordo firmado entre os homens. Ela foi realizada “em si
mesmo”, ou seja, o único modo possível era “em CRISTO” e
“por meio de CRISTO”. A partir desse ato surge uma nova
humanidade: a Igreja, “onde não há circuncisão e nem
incircuncisão” (Cl 3.11). Foi CRISTO quem criou esse novo
povo “fazendo a paz” (2.15c). Nele, as desigualdades foram
eliminadas, a acepção de pessoas desfeita, a etnia e a
classe social desapareceram (Rm 2.11; Gl 3.28).
A paz também é usada para designar relacionamentos
interpessoais (Gn 26.29; Js9.15). Ela pode referir-se às
relações entre homens (Prov 16.7) ou nações (1 Rs 5.12).
Pode designar as boas relações que existiram (Jz 4.17; At
24.2), ou que estão prestes a existir; o cessar da hostilidade
ou guerra baseado na rendição de uma parte, como no caso
dos gibeonitas com Josué (Js 10.1; cf. 2 Sm 10.19; 1 Cr
19.19; Lc 14.32); e o estado de tranquilidade e prosperidade
que prevalece (1 Rs 4.24) ou pelo qual se ora (Salmos
122.6-9; At 12.20).
Tanto o AT como o NT indicam que o Messias prometido,
chamado de Príncipe da Paz (Is 9.6), trará uma paz universal
(Ez 34.25; 37.26) e pessoal (Is 53.5). Seu nascimento é
anunciado em termos de paz na terra e boa vontade para
com os homens (Lc 2.14). Suas aparições após sua
ressurreição trazem o anúncio do poder de sua morte e
ressurreição (Jo 20.19,21,26). Através da morte de Cristo, a
hostilidade e a barreira entre Deus e o homem foi removida,
de forma que Ele, que é nossa paz, traz a aliança da paz aos
homens e faz a paz com Deus através do sangue que
derramou em sua cruz (Cl 1.20; Ef 2.11-22). Esta mesma
obra também remove as barreiras entre judeus e gentios, e
na comunidade da graça e da paz, a Igreja faz de todos os
homens em Cristo, pela fé, um novo homem que habita em
paz (Ef 2.14-16). Esta dupla face da realidade da paz com
Deus (Rm 5.1) e com outros homens requer uma resposta
correspondente.
Estando em paz com seus companheiros cristãos através da
graça de Deus, ele se esforçará com aquela motivação para
manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4.3; 2 Co
13.11; 1 Ts 5.13).
O cristão ora e atua pela paz na comunidade e nação em
que mora (Jr 29.7; 1 Tm 2.2, hesychios), e assim suplica as
bênçãos providenciais do governo presente de Cristo sobre
todos os homens (Ef 1.22,23).
O cristão não faz isso por algum desejo egoísta, mas
particular mente a fim de que suas atitudes forneçam a
ocasião para uma proclamação pacífica da mensagem que
anuncia, e que traz a paz de Deus aos homens em Cristo (1
Tm 2.2; At 10.36; Ef 6.15).
Com uma aparente contradição, esta mensagem trará a
espada e não a paz, pois incita ou a hostilidade dos homens
ou sua confiança submissa, dividindo assim os homens uns
contra os outros (Mt 10.34-36; Lc 12.51-53).
Esta divisão não deve ser usada como motivo de hostilidade
pelos cristãos, mas sim em uma tentativa de viver
pacificamente com todos os homens o quanto possível (Rm
12.18).
A completa vitória da paz de Deus só se manifestará no
triunfo do reino messiânico que se seguirá à volta de Cristo.
Então os pacificadores, que são os filhos de Deus (Mt 5.9),
serão unidos em Cristo pelo Deus da paz, para esmagar
Satanás sob seus pés (Rm 16.20). Então a paz que o cristão
experimentou pessoalmente será a condição de todo o
universo (cf. Rm 8.20-22).
A paz de Deus, que guarda o coração do cristão, sobrepuja
a compreensão da mente humana (Fp 4.7). Ela o faz, porque
ter a paz de Deus é ter o Deus da paz (Fp 4.7,9).
Paz pode ser entendida como “estado tranquilo da alma
segura da sua salvação por Cristo, e assim não tendo nada
a temer da parte de Deus, e que se sente contente com sua
condição na terra, seja ela qual for” (cf. 2 Ts 3.16). -
Bibliografia. Werner Foerster, “Eirene etc.‫,״‬ TDNT, II, 400-
420. G. W. K
SÍNTESE DO TÓPICO II
A paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com
Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem
paz com Deus e uns com os outros.
III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM
CORPO
O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o
homem e Deus, bem como entre os homens. Essas dádivas
foram possíveis por causa da cruz de Cristo.
A Bíblia denomina a Igreja como:
Igreja de Cristo: MAT 16.18;
Igreja de Deus: I COR 11.22/I TIM 3.5;
Família de Deus: EF 2.19
Corpo de Cristo: I COR 12.27;
Noiva de Cristo: AP 19.6-8/22.17.
O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o
homem e DEUS, bem como entre os homens. Essas dádivas
foram possíveis por causa da cruz de CRISTO.
1. CRISTO se fez maldição por nós. Ser condenado à morte
de cruz era um sinal de maldição e de profunda humilhação
(Hb 12.2). O réu era açoitado por um chicote de várias tiras
de couro, acompanhado de chumbo ou ossos nas pontas
(Mc 15.15).
Em seguida, era obrigado a carregar publicamente sua cruz
até ao local da execução (Jo 19.7). Por essas razões a cruz
era escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1
Co 1.23). Apesar disso, CRISTO suportou a afronta, levou a
nossa culpa, entregou seu corpo para a crucificação e se fez
maldição em nosso lugar (Gl 3.13).
2. Reconciliados pela cruz de CRISTO. Foi o sacrifício
vicário de CRISTO na cruz e sua consequente vitória sobre
a morte que possibilitaram nossa reconciliação com DEUS e
com os homens (Cl 1.20). Nessa perspectiva que CRISTO
“é a nossa paz” (2.14), que pela sua carne um novo homem
foi criado “fazendo a paz” (2.15) e que também “evangelizou
a paz a vós”, proclamando ao mundo as boas novas da cruz
(2.17). A mensagem da cruz apregoa a paz entre DEUS e
os homens, isto é, o ministério da reconciliação (2 Co 5.18-
20).
3. Reconciliados na cruz em um corpo. O apóstolo Paulo
reforça que o propósito de CRISTO foi o de “reconciliar
ambos [judeus e gentios] com DEUS em um corpo” (2.16b).
A ênfase aqui recai sobre a inimizade existente na vertical,
isto é, entre os homens e DEUS.
No versículo 14, o destaque era a inimizade horizontal, quer
dizer, entre os judeus e os gentios. De forma que a
reconciliação deve ser duplamente compreendida. As duas
inimizades foram desfeitas quando CRISTO levou nossos
pecados no madeiro (1 Pe 2.24).
A ira de DEUS, que por causa dos pecados estava sobre
nós, foi cravada na cruz (Cl 2.13,14). Assim, a reconciliação
foi concretizada pela cruz, gerando um novo povo, num
único corpo: a “família de DEUS”; a “Igreja de CRISTO”
(2.19; 3.6; 4.4; 5.23,30).
UNIDADE NO CORPO DE CRISTO
Antes estávamos “longe”; agora chegamos “perto” (v.13). É
o paralelo entre a velha vida e a nova (vv.11,12). Antes “sem
CRISTO”, agora “em CRISTO” (v.13) “longe” e “perto”; antes
“separados na carne”, agora “unidos no ESPÍRITO” (v.18).
Esse contraste foi possível, graças à obra expiatória de
CRISTO. Isto é, pelo “sangue de CRISTO” as barreiras
foram quebradas.
Antes, sem reconciliação; agora temos paz com DEUS
(vv.14-16). Em Cl 1.20 aprendemos que a paz vem através
do sangue da cruz, porque CRISTO, através da sua morte,
reconciliou todas as coisas consigo mesmo, nos céus e na
terra. Não tínhamos paz com DEUS, mas CRISTO uniu o
homem a DEUS e propiciando-nos essa paz reconciliadora.
Através dessa paz, Ele desfez “as inimizades” (v.16).
Antes éramos dois povos; agora, somos um só (v.15). O
sentido da palavra “homem” neste versículo não é individual,
mas genérico. A unidade espiritual de dois homens, judeu e
gentio, isto é, dois povos, foi feita por CRISTO “em si
mesmo”. Agora, todos os que são salvos em CRISTO
formam “um só corpo”, o corpo de CRISTO. Por isso, não
pode haver mais diferenças, nem privilégios, mas todos
somos um só em CRISTO.
Antes não tínhamos acesso ao Pai; agora, em CRISTO isto
é possível (vv.18,19). Nossos pecados eram a barreira de
acesso ao Pai, mas JESUS expiou nossos pecados e abriu
a porta à comunhão com o Pai. Esse glorioso acesso tem a
garantia da obra expiatória de CRISTO e é o ESPÍRITO
SANTO quem o possibilita ao Pai. O ESPÍRITO SANTO dá
testemunho dentro do crente perante o Pai e JESUS
CRISTO. Vemos aqui a Trindade Santíssima em ação na
realização da salvação no ser humano, trazendo a unidade
espiritual entre os povos como uma de suas bênçãos. Todos
temos bênçãos e privilégios comuns no corpo de CRISTO
(1Co 12.12).
DEUS nos uniu em CRISTO para formar um novo povo, a
Igreja. Todos nós, os crentes, somos um povo especial, e,
hoje, representamos e cuidamos dos interesses de DEUS no
mundo.
RECONCILIAÇÃO - As palavras no NT significando
reconciliação são todas baseadas na raiz grega allag, com
diferentes prefixos preposicionais, e o mais comum deles é
kata, O significado etimológico é “mudança”, mas o uso
sempre inclui a união de duas ou mais partes pela
remoção de bases ou causas de desarmonia.
A reconciliação é necessária para pôr fim à inimizade
existente.
A doutrina da reconciliação está relacionada com a
restauração da comunhão entre o homem pecador e DEUS,
o SANTO Criador, através de JESUS CRISTO, o Redentor.
Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo
de DEUS (Rm 5.8; Cl 1.21; Tg 4.4). Teólogos liberais que
negam a satisfação penal, propiciatória e substitutiva da
justiça divina pela provisão objetiva da expiação, mostram
que no NT DEUS nunca é o objeto da reconciliação.
Eles negam a necessidade de vindicação da justiça divina,
e insistem que tudo o que é necessário para a reconciliação
entre DEUS e o homem é uma mudança no homem, Eles se
opõem ao grande hino de Wesley; “Eleve-se, Minha Alma”,
e especialmente às palavras “Meu DEUS está reconciliado”.
O fato do pecador ser aquele que precisa ser reconciliado
com DEUS (2 Co 5.20) não constitui um argumento contra a
necessidade da propiciação (q.v.) em relação a DEUS, Isto
deveria ser evidente a partir de uma das passagens do NT,
na qual a palavra é usada em um sentido não-soteriológico.
Em Mateus 5.23,24, aquele a quem DEUS ordenou que se
reconciliasse com seu irmão era o ofensor contra quem o
irmão tinha uma queixa.
A única reconciliação possível era através da remoção
objetiva da queixa ou a satisfação da justiça.
Há uma mudança na atitude de DEUS quando o pecador é
reconciliado com ele. Este fato é abundantemente
evidenciado pelas muitas Escrituras que declaram a ira de
DEUS em relação ao pecador não arrependido, e a remoção
de sua ira quando o pecador é justificado (veja, por exemplo,
Jo 3.36).
Talvez um motivo pelo qual os escritores bíblicos falam do
homem como o objeto da reconciliação, seja que na
mudança da ira para o favor, o amor de DEUS e seu caráter
ético não mudam. Sua natureza santa é imutável. As
passagens centrais que apresentam a doutrina da
reconciliação são Romanos 5.8- 11; 2 Coríntios 5.18-21;
Efésios 2.16-18; Colossenses 1.20-22. Em cada caso, a
natureza objetiva e propiciatória da expiação é claramente
indicada.
Bibliografia, F. Büchsel, *Katallasso‫,״‬ TDNT, 1,254-258.
James Denney, The Christian Doctrine of Reconciliatíon,
Londres. Hodder & Stoughton, 1917. Leon Morris, The
Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans,
1956, pp. 186-223. J. O. B.
[. Do lat. reconciliatio] Reatamento de relações entre partes
litigantes. O Senhor JESUS, com a sua morte vicária,
reconciliou-nos com DEUS de maneira definitiva, clara e
eficiente (Ef 2.16; Cl 1.20). Dicionário Teológico - CPAD
EXPIAÇÃO - RECONCILIAÇÃO - Conhecendo as Doutrinas
da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
1. Cristo se fez maldição por nós.
Ser condenado à morte de cruz era um sinal de maldição e
de profunda humilhação (Hb 12.2). O réu era açoitado por
um chicote de várias tiras de couro, acompanhado de
chumbo ou ossos nas pontas (Mc 15.15). Em seguida, era
obrigado a carregar publicamente sua cruz até ao local da
execução (Jo 19.7). Por essas razões a cruz era escândalo
para os judeus e loucura para os gentios (1 Co 1.23). Apesar
disso, Cristo suportou a afronta, levou a nossa culpa,
entregou seu corpo para a crucificação e se fez maldição em
nosso lugar (Gl 3.13).
2. Reconciliados pela cruz de Cristo.
Foi o sacrifício vicário de Cristo na cruz e sua consequente
vitória sobre a morte que possibilitaram nossa reconciliação
com Deus e com os homens (Cl 1.20). Nessa perspectiva
que Cristo “é a nossa paz” (Ef 2.14), que pela sua carne um
novo homem foi criado “fazendo a paz” (Ef 2.15) e que
também “evangelizou a paz a vós”, proclamando ao mundo
as boas novas da cruz (Ef 2.17).
A mensagem da cruz apregoa a paz entre Deus e os
homens, isto é, o ministério da reconciliação (2 Co 5.18-20).
3. Reconciliados na cruz em um corpo.
O apóstolo Paulo reforça que o propósito de Cristo foi o de
“reconciliar ambos [judeus e gentios] com Deus em um
corpo” (Ef 2.16b). A ênfase aqui recai sobre a inimizade
existente na vertical, isto é, entre os homens e Deus.
No versículo 14, o destaque era a inimizade horizontal, quer
dizer, entre os judeus e os gentios. De forma que a
reconciliação deve ser duplamente compreendida. As duas
inimizades foram desfeitas quando Cristo levou nossos
pecados no madeiro (1 Pe 2.24).
A ira de Deus, que por causa dos pecados estava sobre nós,
foi cravada na cruz (Cl 2.13,14). Assim, a reconciliação foi
concretizada pela cruz, gerando um novo povo, num único
corpo: a “família de Deus”; a “Igreja de Cristo”
(Ef 2.19; 3.6; 4.4; 5.23,30).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O ministério da reconciliação ao restaurar a comunhão
estabeleceu a Igreja, a nova família de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda
fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça
humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado,
Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da
reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
(1). Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da
paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a
destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas
promessas do AT a respeito da vinda do Messias era
promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o
Filho de Deus governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27;
19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o
Príncipe da Paz (Is 9.6).
Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs
estabelecer através do Messias seria um concerto de paz
(Ez 34.25; 37.26).
E Miqueias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei
vindouro, declarou: ‘E este será a nossa paz’ (Mq 5.5).
(2) Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos
proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra
(Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do
diabo (1 Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito
que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17).
Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua
antes de ir à cruz (Jo 4.27; 16.33). Mediante a sua morte e
ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades
hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is
53.4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é
justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5.1).
A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas
da paz (At 10.36; cf. Is 52.7) ” (STAMPS, Donald (Ed.).
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002,
pp.1120-21).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“A paz e a unidade entre judeus e gentios exigia que ambos
fossem reconciliados ‘pela cruz... com Deus em um corpo
(Ef 2.16). Isso pressupõe que tanto judeus como gentios
eram pecadores separados de Deus (Ef 2.3) e necessitavam
da morte expiatória de Cristo a fim de serem reconciliados
com Deus (Ef 2.17,18).
Sua ‘inimizade (2.16), que foi condenada à morte na cruz,
era tanto horizontal como vertical - isto é, uma hostilidade
entre povos não regenerados e Deus (Rm 5.10), e entre
grupos hostis, tais como judeus e gentios. O milagre da
reconciliação resultou em uma nova entidade espiritual
chamada ‘um corpo’ de Cristo (2.16).
Esse assunto tornar-se o foco de Paulo 2.19-22”
(ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.417-18).
CONCLUSÃO
Em obediência ao plano divino, Cristo cumpriu as emendas
da lei na cruz. Em seu sacrifício derrubou as barreiras e
aboliu as ordenanças cerimoniais que serviam de divisão.
Por meio da paz conquistada no madeiro desfez a inimizade,
criou uma nova humanidade e a reconciliou com
Deus.
A partir dela, formou um novo povo: a Igreja, o Corpo de
Cristo.
Ass. Prof. Vilma Longuini – 17/05/2020

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Como Cristo desfez a inimizade e reconciliou todos com Deus

  • 1. Resumo da Lição 7, CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS 1. A parede de separação entre os homens. 2. A derrubada da parede da separação. 3. O conceito da lei dos mandamentos. 4. A revogação da lei dos mandamentos. II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM” 1. O conceito bíblico de paz. 2. CRISTO é o motivo da nossa paz. 3. A nova humanidade formada pela paz. III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO 1. CRISTO se fez maldição por nós. 2. Reconciliados pela cruz de CRISTO. 3. Reconciliados na cruz em um corpo.
  • 2. TEXTO ÁUREO “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio. ” (Ef 2.14) VERDADE PRÁTICA Ao morrer na Cruz do Calvário, Cristo reconciliou os eleitos desfazendo a inimizade entre Deus e os homens. LEITURA DIÁRIA Segunda – Ef 2.14 Cristo derrubou a parede de separação entre Deus e o Homem Terça – At 21.28-30 Cristo desfez a separação entre o povo judeu e os gentios Quarta – Mt 5.17 Cristo se fez carne e cumpriu a Lei na sua integralidade Quinta – Cl 2.11 Deus ama a todos de igual modo e, por isso, não faz acepção de pessoas Sexta – Gl 3.13; 1 Pe 2.24 Cristo se fez maldição em nosso lugar, acabando com toda inimizade Sábado – 2 Co 5.18-20 O ministério de reconciliação foi efetivado por meio do sacrifício da cruz Efésios 2.14-19
  • 3. “ Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; “ Efésios 2:14-19 HINOS SUGERIDOS: 114, 128, 432 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Conscientizar que por meio do sacrifício vicário, Cristo desfez a inimizade e, entre dois povos, criou um – a Igreja. = Igreja de Cristo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Pontuar sobre a inimizade que existia entre Deus e os homens; 2. Explicar que pela paz, Cristo fez um “Novo Homem”; 3. Evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com Deus.
  • 4. INTERAGINDO COM O PROFESSOR. Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo. Essa é a boa nova do Evangelho que tem sua consumação no Calvário por meio da obra de Cristo. Essa verdade nos mostra que, se outrora o pecador estava numa situação caótica, desoladora e perdida; agora sua condição mudou por causa da obra de Cristo no Calvário. Nele, somos instados a propagar o ministério da reconciliação a todos os homens. Somos embaixadores da parte de Cristo e precisamos conclamar aos seres humanos que se arrependam de seus pecados e sejam reconciliados com Deus. Eis a boa nova de salvação. Como educadores cristãos, é o nosso desafio incutir nos alunos tal necessidade. COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO. Se na lição anterior, analisamos o antigo quadro desolador acerca dos gentios, em que o apóstolo Paulo descreveu “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. “ Efésios 2:11,12 , nesta veremos que houve uma significativa mudança na sequência do capítulo dois. No versículo 13 - “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. “ Efésios 2:13 Paulo usa a expressão adversativa “mas agora” para indicar que algo aconteceu e alterou a situação dos gentios. Ele explica que essa mudança repousa na Obra que Cristo realizou: “vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto”. Na presente lição estudaremos os desdobramentos dessa mudança.
  • 5. Reconciliar é cobrir a separação. No AT o sangue de um cordeiro era derramado uma vez por ano no dia da expiação para cobrir o pecado do povo. Esse sacrifício perdurou desde a lei até que começou o reinado em Israel e dentro da Arca não havia mais nem a vara de Arão e nem o vaso contendo o Maná. No Novo Testamento, quando JESUS CRISTO morreu por nós, o pecado não mais voltou a ser coberto, mas, agora, removido pelo sangue de JESUS CRISTO. Não mais pelo sangue de um animal cordeiro que nem escolheu morrer por alguém, mas pelo cordeiro de DEUS que tira ao pecado do mundo e que a si mesmo se ofereceu por nós e derramou seu sangue para nos purificar de todo pecado. “Quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo? Hebreus 9:14, “mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; Hebreus 9:7 Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio. Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. “ E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. ” Hebreus 9:24-28
  • 6. No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. ” João 1:29 “ Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS CRISTO, seu Filho, nos purifica de todo pecado. ” 1 João 1:7 DEUS olha para nós e vê, JESUS CRISTO e seu sacrifício na cruz e assim somos purificados. No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de CRISTO. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, “ Colossenses 2:11,16 Pela graça são salvos todos os que aceitarem a JESUS como Salvador e Senhor, tantos Judeus como Gentios passaram a serem pecadores e precisavam agora ouvirem o evangelho e crerem nele para serem salvos. Depois de salvos tanto judeus como gentios são iguais em direitos e promessas e aliança com DEUS, pois todos formam um novo povo, IGREJA. “Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui. ” Isaías 65:1 “Porque DEUS encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos. ” Rm 11.32 “E o ESPÍRITO e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida. ” Ap 22:17 Situação em Éfeso - Barreiras à comunhão ou parede de separação. A Igreja em Éfeso estava vivendo problemas de separação entre seus membros, devido ao número de judeus
  • 7. convertidos terem que conviver com o alto número de gentios convertidos. Os judeus salvos seguiam com seus ritos culturais guardando o sábado, a circuncisão, as festas judaicas tradicionais e as leis dietéticas; os gentios, por sua vez, nada disso incorporavam em seu novo viver na fé em JESUS CRISTO. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. “ Colossenses 2:16,17 Havia então essas barreiras de separação entre os dois povos dentro da Igreja. Paulo ensina que após a conversão não existem mais dois povos e sim um povo só - a Igreja de JESUS CRISTO, cuja cabeça é CRISTO. Somos salvos pela graça de DEUS, mediante a fé no sacrifício de JESUS. As barreiras, explica Paulo, foram retiradas por JESUS - cravadas na Cruz. Para pertencermos ao povo de DEUS, herdarmos as promessas, estarmos em aliança com DEUS, nada mais estava em evidência, senão a fé, pois somos justificados pela fé ao ouvirmos o evangelho de nossa salvação “ Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória. “ Efésios 1:13,14 Todos herdamos a promessa do ESPÍRITO SANTO morando em nós, nos tornando filhos de DEUS. A barreira do pecado nos separava de DEUS, porém JESUS levou na cruz todos nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições (Is 53; Gl 3:13,14).
  • 8. Glória a DEUS, não existem mais barreiras entre nós e DEUS e nem entre os salvos de todas tribos, etnias, raças, línguas e nações. “Vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto” (Ef 2.13). Lembrando que a carta seria lida pela igreja em Éfeso, mas também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo. Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do judaísmo! Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte. I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS O exclusivismo religioso criou inimizade entre judeus e gentios. Nesse ponto veremos o que Cristo fez para dar fim a esse litígio entre os homens (Ef 2.14,15). 1. A parede de separação entre os homens. Trata-se de uma analogia com as muralhas do templo em Jerusalém. A estrutura da construção revela o exclusivismo religioso do Judaísmo. Entre o santuário e o átrio dos gentios havia um muro de pedra com a proibição de acesso aos estrangeiros. O extremismo judaico quanto a esse aspecto levou Paulo à prisão quando ele foi acusado de permitir um grego ultrapassar essa barreira “Clamando: Homens israelitas, acudi; este é o homem que por todas as partes ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar. Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo. E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de
  • 9. povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam. E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão; O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo. “ Atos 21:28-32 A parede de separação entre os judeus e os gentios na Igreja de Éfeso, por parte dos judeus, consistia em estatutos, ordenanças; leis, mandamentos e festas judaicas. A parede era formada principalmente por circuncisão, guarda do sábado, leis dietéticas e festas judaicas, dos quais os gentios não praticavam. A parede de separação entre os judeus e os gentios na Igreja de Éfeso, por parte dos gentios, consistia em saberem que não precisavam seguir as ordenanças judaicas, mas eram cobrados diariamente por isso. Veja a decisão do concílio de Jerusalém sobre o assunto e quais suas exigências: Na verdade, pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Atos 15:28,29 Talvez Paulo tenha usado o termo "parede de separação" em referência ao muro chamado Soreg que separava os gentios dos judeus na adoração, no templo em Jerusalém. O Templo de Jerusalém é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios. Situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), no leste da cidade de Jerusalém. A edificação possuía vários átrios. O átrio dos
  • 10. gentios (os não-judeus) rodeava todo o santuário e era acessível também aos judeus. Havia também o Soreg, que era uma parede baixa em volta do templo, formado uma área sagrada que nenhum gentio podia pisar. Havia o átrio das mulheres e também o átrio de Israel. Este era exclusivamente para judeus jovens e adultos do sexo masculino. Era grande e aberto, enquanto o átrio das mulheres era estreito, coberto e rodeado de colunas. Acima do piso do átrio de Israel havia um espaço reservado exclusivamente aos sacerdotes. Paulo corrige tudo isto isentando os gentios de viverem presos às ordenanças judaicas e deseja que os judeus também sejam, libertos para a Liberdade que há em CRISTO. Todos agora são Igreja e não necessitam mais destas coisas para serem filhos de DEUS. “ No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de CRISTO. Sepultados com ele no batismo, Nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que O ressuscitou dos mortos. E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de CRISTO. “ Colossenses 2:11-17 Lembrando que a carta seria lida pela igreja em Éfeso, mas também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo.
  • 11. Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do judaísmo! Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte. 2. A derrubada da parede da separação. O apóstolo declara que em Cristo foi derrubada “a parede de separação que estava no meio” (Ef 2.14b). Essa barreira era tanto literal como espiritual, mas por mérito da cruz de Cristo a divisória foi rompida. Assim, não somos mais forasteiros, mas somos da família de Deus, temos acesso à presença do Pai (Ef 2.18) e, pelo Sangue de Cristo, temos livre entrada no santuário de Deus “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. ” Hebreus 10:10 3. O conceito da lei dos mandamentos. A compreensão desse conceito repousa na visão tripartida da lei mosaica: a moral, a cerimonial e a civil, que na verdade são três esferas da mesma lei. A lei civil diz respeito ao israelita como cidadão. A lei moral permanece em vigor como padrão de conduta, mas não como meio de salvação (Ef 2.8,9). A lei cerimonial é citada como sendo a “circuncisão”, “sacrifícios”, “comida e bebida”, “dias de festas, lua nova e Sábados” (Cl 2.11,16). Esses ritos identificavam a posição do povo judeu diante de Deus e demonstrava a hostilidade deles para com os gentios. Não há divisão da lei por parte de DEUS, são 613 preceitos escritos no Antigo Testamento, Desse número, 365 são mandamentos negativos, proibições (mitzvot taaseh) e 248 são prescrições, mandamentos positivos (mitzvot aseh). Dentre esses preceitos encontramos a lei civil que diz respeito ao israelita como cidadão, a lei moral como padrão de conduta, mas não como meio de salvação (Ef 2.8,9) e a
  • 12. lei cerimonial referindo-se a “circuncisão”, “sacrifícios”, “comida e bebida”, “dias de festas, lua nova e sábados” (Cl 2.11,16). Esses ritos identificavam a posição do povo judeu diante de DEUS e demonstrava a hostilidade deles para com os gentios. Qualquer um que deixasse de cumprir um só dos mandamentos já estava condenado. “E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor o que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo, será ela culpada e levará a sua iniquidade. “ Levítico 5:17 “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos. “ Tiago 2:10 Se alguém desejar se justificar pela lei e não pela fé, já está condenado. “Separados estais de CRISTO, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. “ Gálatas 5:4 “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO; “ Romanos 5:1 De que depende a lei e os profetas segundo JESUS? “Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E JESUS disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. “ Mateus 22:36-40 4. A revogação da lei dos mandamentos. A eliminação das barreiras que dividiam judeus e gentios se deu pela revogação da “lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças” (Ef 2.15b). Essa revelação não contradiz o que Jesus disse: “não vim para revogar, mas cumprir a lei” (Mt 5.17 – NAA).
  • 13. Visto que, ao entregar seu corpo para ser crucificado, Cristo cumpriu a Lei oferecendo-se como sacrifício em favor de ambos os povos (Hb 7.27). Desse modo, a revogação aqui aludida é a da lei cerimonial, que resultava em separação entre judeus e gentios. O ato de Cristo, oferecido a Deus em cheiro suave, aboliu a necessidade dessas ordenanças ritualísticas e assim a inimizade foi desfeita (Ef 5.2). Foi na cruz que Cristo desfez a inimizade entre Deus e os homens. SÍNTESE DO TÓPICO I A obra expiatória da cruz de Cristo retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus e gentios. II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM” A partir da expiação na cruz, a paz foi proclamada e de ambos os povos, judeus e gentios, Cristo fez uma nova humanidade (Ef 2.14-17). 1. O conceito bíblico de paz. De forma geral, a paz é a descrição de boas relações “E, cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o presidente contra Paulo. E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se
  • 14. fazem a este povo muitos e louváveis serviços, Sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer. “ Atos 24:1-3, do fim de um conflito ” De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. “ Lucas 14:32, do estado de tranquilidade “Porque dominava sobre tudo quanto havia do lado de cá do rio, Tifsa até Gaza, sobre todos os reis do lado de cá do rio; e tinha paz de todos os lados em redor dele. “ 1 Reis 4:24 e de uma qualidade espiritual “ Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. “ Gálatas 5:22,23. Na passagem em apreço, o apóstolo ressalta a paz conferida por meio de Cristo. Sua morte na cruz desfez a nossa inimizade com Deus e como os homens, tornando possível a reconciliação entre ambos e, promovendo assim, a paz “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou “ Colossenses 1:19-21. 2. Cristo é o motivo da nossa paz. Paulo declara que Cristo “é a nossa paz” (Ef 2.14b). Essa expressão aponta para uma conotação mais profunda, pois Cristo não é apenas o “autor da paz”, mas literalmente “a nossa paz”. Isso implica o conceito de “comunhão espiritual”, ou seja, Cristo habita em nós sendo Ele mesmo a nossa paz “ Disse- lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Jesus respondeu, e disse-lhe:
  • 15. Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou. Tenho-vos dito isto, estando convosco. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. “ João 14:22-27. Desse modo, essa paz repousa na igreja, entre o crente e Deus e entre judeus e gentios, agora um único povo em Cristo Jesus (Ef 2.14.b). PAZ - (Strong Português) - ‫שלום‬ shalom – Hebraico 1) Completo, saúde, bem-estar, paz 2) Totalidade (em número) 3) Segurança, saúde (no corpo) 4) Bem-estar, saúde, prosperidade 5) Paz, sossego, tranquilidade, contentamento 6) Paz, amizade referindo-se às relações humanas e com Deus especialmente no relacionamento proveniente da aliança 7) Paz (referindo-se a guerra) 8) Paz (como adjetivo) PAZ - (Strong Português) - ειρηνη eirene - Grego 1) estado de tranquilidade nacional, ausência da devastação e destruição da guerra 2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia 3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
  • 16. Representada no AT hebraico principalmente pela raiz substantiva shalom, e no NT grego pela raiz do substantivo eirene. Esta palavra tem uma grande variedade de significados tanto no AT quanto no NT. A ideia geral de bem-estar (Is 48.18) engloba a maioria das nuanças, dando a dimensão da tradução mais geral e aceitável como “paz". O bem-estar, a saúde, e a prosperidade de alguém em alguma situação, também merecem a designação de paz. Assim como no progresso de alguém em uma viagem ou partida (Êx 4.18), e em geral na maneira de viver (Is 38.16,17; 1 Co 7.15) e morrer (Gn 15.15; 2 Rs 22.20) com tranquilidade. Prosperidade econômica e segurança (Salmos 147.14; Jr 29.11; Lc 11.21), saúde ecológica (Lv 26,4-6; Zc 8.12), segurança política e militar (2 Rs 20.19; Ec 3.8), e livramento das perseguições (At 9.31) são todos aspectos de paz. 3. A nova humanidade formada pela Paz. Cristo uniu os povos que outrora se hostilizavam, para criar “em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (Ef 2.15c). Essa unidade não foi o resultado de algum acordo firmado entre os homens. Ela foi realizada “em si mesmo”, ou seja, o único modo possível era “em Cristo” e “por meio de Cristo”. A partir desse ato surge uma nova humanidade: a Igreja, “onde não há circuncisão e nem incircuncisão” (Cl 3.11). Foi Cristo quem criou esse novo povo “fazendo a paz” (2.15c). Nele, as desigualdades foram eliminadas, a acepção de pessoas desfeita, a etnia e a classe social desapareceram (Rm 2.11; Gl 3.28). A morte de JESUS na cruz desfez a inimizade dos Efésios que eram gentios com DEUS e com os judeus também
  • 17. convertidos, tornando possível a reconciliação entre ambos e, promovendo assim, a paz na Igreja (Cl 1.20). Esta paz é uma das qualidades espirituais do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22), TAMBÉM É UMA CARACTERÍSTICA DO REINO DE DEUS (porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Romanos 14:17) - Esta paz não é humana é um milagre realizado por JESUS. CRISTO “é a nossa paz” (2.14b). Só temos esta paz em CRISTO, fora de CRISTO temos inimizade tanto com DEUS quando com nossos irmãos. O ESPÍRITO SANTO trabalha como a massa de cimento, unindo as pedras ponte agudas da construção do edifício de DEUS. Pedras possuem arestas que ao se tocarem se machucam, se cortam. O ESPÍRITO SANTO é quem nos ajusta no corpo de CRISTO para que o amor prevaleça. JESUS CRISTO nos proporcionou esta paz. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. 1 Coríntios 3:9 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 1 Pedro 2:5 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Filipenses 4:7 PAZ - ειρηνη eirene da paz do Messias - o caminho que leva à paz (salvação) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte
  • 18. A palavra ocorre na saudação e no cumprimento geral, “A paz seja contigo”, e é equivalente à nossa pergunta geral, “Como vai você? ” (Gn 43.23; Jz 19,20). Também é usada onde a realidade está presente (1 Sm 1,17), e onde há uma esperança falsa ou vã (Salmos 28.3), especialmente nas palavras dos falsos profetas (Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). Com o poder da realidade, é o cumprimento usual do Senhor ressurreto (Jo 20.19,21,26) e a saudação de abertura e/ou encerramento dos escritores das epístolas apostólicas (todos exceto Tiago e 1 João). Ao longo de todas as Escrituras Sagradas, a paz é tida como um dom de Deus (Is 45.7). O próprio Senhor tem o título de o Deus de paz (Rm 15.33; 2 Co 13.11; Fp 4.9; 2Ts 3.16), que dá a paz (Nm 6.26; Lv 26.6), e que fez uma aliança de paz (Is 54.10; Ez 34.25; 37.26). A apropriação da paz que Ele nos concede, depende da nossa confiança nele (Is 26.3), de nosso amor por sua Palavra (Salmos 119.165), e da obra da sua justiça (Is 32.17; cf. Tg 3.13 ‫־‬18 ). A bênção da paz é tão ampla quanto a providência de Deus (Jr 29.7; 1 Tm 2.2, hesyckios), mas chega a uma expressão particular como fruto da obra messiânica da redenção (Is 9.7; Zc 9.10; Mq 5.5). O homem que recebe esta aliança de paz com Deus deve buscar esta paz no aumento da sua santificação (1 Ts 5,23; Hb 12.14; Cl 3.15; 1Pe 3.11), pela obra do Espírito, que gera como um fruto particular a própria paz (Rm 8.6; 15.13; Gl 5.22). Ele não deve viver com medo e ansiedade, porque o tesouro do legado da paz de Cristo foi colocado em seu coração (Jo 14.27). Sua serenidade de mente e tranquilidade interior em Cristo não dependerão, nem serão abaladas pelo fato de vir a ter tribulações neste mundo maligno (Jo 16.33).
  • 19. JESUS levou a parede de separação, levou as inimizades, levou a necessidade de guarda da lei e de preceitos diversos (613). A salvação é pela graça, mediante a fé. Somos justificados pela fé em JESUS e em seu sacrifício por nós e em nossos lugares. CRISTO uniu os povos que outrora se hostilizavam, para criar “em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (2.15c). Essa unidade não foi o resultado de algum acordo firmado entre os homens. Ela foi realizada “em si mesmo”, ou seja, o único modo possível era “em CRISTO” e “por meio de CRISTO”. A partir desse ato surge uma nova humanidade: a Igreja, “onde não há circuncisão e nem incircuncisão” (Cl 3.11). Foi CRISTO quem criou esse novo povo “fazendo a paz” (2.15c). Nele, as desigualdades foram eliminadas, a acepção de pessoas desfeita, a etnia e a classe social desapareceram (Rm 2.11; Gl 3.28). A paz também é usada para designar relacionamentos interpessoais (Gn 26.29; Js9.15). Ela pode referir-se às relações entre homens (Prov 16.7) ou nações (1 Rs 5.12). Pode designar as boas relações que existiram (Jz 4.17; At 24.2), ou que estão prestes a existir; o cessar da hostilidade ou guerra baseado na rendição de uma parte, como no caso dos gibeonitas com Josué (Js 10.1; cf. 2 Sm 10.19; 1 Cr 19.19; Lc 14.32); e o estado de tranquilidade e prosperidade que prevalece (1 Rs 4.24) ou pelo qual se ora (Salmos 122.6-9; At 12.20). Tanto o AT como o NT indicam que o Messias prometido, chamado de Príncipe da Paz (Is 9.6), trará uma paz universal (Ez 34.25; 37.26) e pessoal (Is 53.5). Seu nascimento é anunciado em termos de paz na terra e boa vontade para com os homens (Lc 2.14). Suas aparições após sua ressurreição trazem o anúncio do poder de sua morte e ressurreição (Jo 20.19,21,26). Através da morte de Cristo, a hostilidade e a barreira entre Deus e o homem foi removida, de forma que Ele, que é nossa paz, traz a aliança da paz aos
  • 20. homens e faz a paz com Deus através do sangue que derramou em sua cruz (Cl 1.20; Ef 2.11-22). Esta mesma obra também remove as barreiras entre judeus e gentios, e na comunidade da graça e da paz, a Igreja faz de todos os homens em Cristo, pela fé, um novo homem que habita em paz (Ef 2.14-16). Esta dupla face da realidade da paz com Deus (Rm 5.1) e com outros homens requer uma resposta correspondente. Estando em paz com seus companheiros cristãos através da graça de Deus, ele se esforçará com aquela motivação para manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4.3; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13). O cristão ora e atua pela paz na comunidade e nação em que mora (Jr 29.7; 1 Tm 2.2, hesychios), e assim suplica as bênçãos providenciais do governo presente de Cristo sobre todos os homens (Ef 1.22,23). O cristão não faz isso por algum desejo egoísta, mas particular mente a fim de que suas atitudes forneçam a ocasião para uma proclamação pacífica da mensagem que anuncia, e que traz a paz de Deus aos homens em Cristo (1 Tm 2.2; At 10.36; Ef 6.15). Com uma aparente contradição, esta mensagem trará a espada e não a paz, pois incita ou a hostilidade dos homens ou sua confiança submissa, dividindo assim os homens uns contra os outros (Mt 10.34-36; Lc 12.51-53). Esta divisão não deve ser usada como motivo de hostilidade pelos cristãos, mas sim em uma tentativa de viver pacificamente com todos os homens o quanto possível (Rm 12.18). A completa vitória da paz de Deus só se manifestará no triunfo do reino messiânico que se seguirá à volta de Cristo. Então os pacificadores, que são os filhos de Deus (Mt 5.9), serão unidos em Cristo pelo Deus da paz, para esmagar Satanás sob seus pés (Rm 16.20). Então a paz que o cristão
  • 21. experimentou pessoalmente será a condição de todo o universo (cf. Rm 8.20-22). A paz de Deus, que guarda o coração do cristão, sobrepuja a compreensão da mente humana (Fp 4.7). Ela o faz, porque ter a paz de Deus é ter o Deus da paz (Fp 4.7,9). Paz pode ser entendida como “estado tranquilo da alma segura da sua salvação por Cristo, e assim não tendo nada a temer da parte de Deus, e que se sente contente com sua condição na terra, seja ela qual for” (cf. 2 Ts 3.16). - Bibliografia. Werner Foerster, “Eirene etc.‫,״‬ TDNT, II, 400- 420. G. W. K SÍNTESE DO TÓPICO II A paz conquistada por Cristo possibilitou a comunhão com Deus e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com Deus e uns com os outros. III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o homem e Deus, bem como entre os homens. Essas dádivas foram possíveis por causa da cruz de Cristo. A Bíblia denomina a Igreja como: Igreja de Cristo: MAT 16.18; Igreja de Deus: I COR 11.22/I TIM 3.5; Família de Deus: EF 2.19 Corpo de Cristo: I COR 12.27; Noiva de Cristo: AP 19.6-8/22.17. O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o homem e DEUS, bem como entre os homens. Essas dádivas foram possíveis por causa da cruz de CRISTO. 1. CRISTO se fez maldição por nós. Ser condenado à morte
  • 22. de cruz era um sinal de maldição e de profunda humilhação (Hb 12.2). O réu era açoitado por um chicote de várias tiras de couro, acompanhado de chumbo ou ossos nas pontas (Mc 15.15). Em seguida, era obrigado a carregar publicamente sua cruz até ao local da execução (Jo 19.7). Por essas razões a cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1 Co 1.23). Apesar disso, CRISTO suportou a afronta, levou a nossa culpa, entregou seu corpo para a crucificação e se fez maldição em nosso lugar (Gl 3.13). 2. Reconciliados pela cruz de CRISTO. Foi o sacrifício vicário de CRISTO na cruz e sua consequente vitória sobre a morte que possibilitaram nossa reconciliação com DEUS e com os homens (Cl 1.20). Nessa perspectiva que CRISTO “é a nossa paz” (2.14), que pela sua carne um novo homem foi criado “fazendo a paz” (2.15) e que também “evangelizou a paz a vós”, proclamando ao mundo as boas novas da cruz (2.17). A mensagem da cruz apregoa a paz entre DEUS e os homens, isto é, o ministério da reconciliação (2 Co 5.18- 20). 3. Reconciliados na cruz em um corpo. O apóstolo Paulo reforça que o propósito de CRISTO foi o de “reconciliar ambos [judeus e gentios] com DEUS em um corpo” (2.16b). A ênfase aqui recai sobre a inimizade existente na vertical, isto é, entre os homens e DEUS. No versículo 14, o destaque era a inimizade horizontal, quer dizer, entre os judeus e os gentios. De forma que a reconciliação deve ser duplamente compreendida. As duas inimizades foram desfeitas quando CRISTO levou nossos pecados no madeiro (1 Pe 2.24). A ira de DEUS, que por causa dos pecados estava sobre nós, foi cravada na cruz (Cl 2.13,14). Assim, a reconciliação foi concretizada pela cruz, gerando um novo povo, num único corpo: a “família de DEUS”; a “Igreja de CRISTO” (2.19; 3.6; 4.4; 5.23,30).
  • 23. UNIDADE NO CORPO DE CRISTO Antes estávamos “longe”; agora chegamos “perto” (v.13). É o paralelo entre a velha vida e a nova (vv.11,12). Antes “sem CRISTO”, agora “em CRISTO” (v.13) “longe” e “perto”; antes “separados na carne”, agora “unidos no ESPÍRITO” (v.18). Esse contraste foi possível, graças à obra expiatória de CRISTO. Isto é, pelo “sangue de CRISTO” as barreiras foram quebradas. Antes, sem reconciliação; agora temos paz com DEUS (vv.14-16). Em Cl 1.20 aprendemos que a paz vem através do sangue da cruz, porque CRISTO, através da sua morte, reconciliou todas as coisas consigo mesmo, nos céus e na terra. Não tínhamos paz com DEUS, mas CRISTO uniu o homem a DEUS e propiciando-nos essa paz reconciliadora. Através dessa paz, Ele desfez “as inimizades” (v.16). Antes éramos dois povos; agora, somos um só (v.15). O sentido da palavra “homem” neste versículo não é individual, mas genérico. A unidade espiritual de dois homens, judeu e gentio, isto é, dois povos, foi feita por CRISTO “em si mesmo”. Agora, todos os que são salvos em CRISTO formam “um só corpo”, o corpo de CRISTO. Por isso, não pode haver mais diferenças, nem privilégios, mas todos somos um só em CRISTO. Antes não tínhamos acesso ao Pai; agora, em CRISTO isto é possível (vv.18,19). Nossos pecados eram a barreira de acesso ao Pai, mas JESUS expiou nossos pecados e abriu a porta à comunhão com o Pai. Esse glorioso acesso tem a garantia da obra expiatória de CRISTO e é o ESPÍRITO SANTO quem o possibilita ao Pai. O ESPÍRITO SANTO dá testemunho dentro do crente perante o Pai e JESUS CRISTO. Vemos aqui a Trindade Santíssima em ação na realização da salvação no ser humano, trazendo a unidade espiritual entre os povos como uma de suas bênçãos. Todos
  • 24. temos bênçãos e privilégios comuns no corpo de CRISTO (1Co 12.12). DEUS nos uniu em CRISTO para formar um novo povo, a Igreja. Todos nós, os crentes, somos um povo especial, e, hoje, representamos e cuidamos dos interesses de DEUS no mundo. RECONCILIAÇÃO - As palavras no NT significando reconciliação são todas baseadas na raiz grega allag, com diferentes prefixos preposicionais, e o mais comum deles é kata, O significado etimológico é “mudança”, mas o uso sempre inclui a união de duas ou mais partes pela remoção de bases ou causas de desarmonia. A reconciliação é necessária para pôr fim à inimizade existente. A doutrina da reconciliação está relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e DEUS, o SANTO Criador, através de JESUS CRISTO, o Redentor. Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo de DEUS (Rm 5.8; Cl 1.21; Tg 4.4). Teólogos liberais que negam a satisfação penal, propiciatória e substitutiva da justiça divina pela provisão objetiva da expiação, mostram que no NT DEUS nunca é o objeto da reconciliação. Eles negam a necessidade de vindicação da justiça divina, e insistem que tudo o que é necessário para a reconciliação entre DEUS e o homem é uma mudança no homem, Eles se opõem ao grande hino de Wesley; “Eleve-se, Minha Alma”, e especialmente às palavras “Meu DEUS está reconciliado”. O fato do pecador ser aquele que precisa ser reconciliado com DEUS (2 Co 5.20) não constitui um argumento contra a necessidade da propiciação (q.v.) em relação a DEUS, Isto deveria ser evidente a partir de uma das passagens do NT, na qual a palavra é usada em um sentido não-soteriológico. Em Mateus 5.23,24, aquele a quem DEUS ordenou que se reconciliasse com seu irmão era o ofensor contra quem o irmão tinha uma queixa.
  • 25. A única reconciliação possível era através da remoção objetiva da queixa ou a satisfação da justiça. Há uma mudança na atitude de DEUS quando o pecador é reconciliado com ele. Este fato é abundantemente evidenciado pelas muitas Escrituras que declaram a ira de DEUS em relação ao pecador não arrependido, e a remoção de sua ira quando o pecador é justificado (veja, por exemplo, Jo 3.36). Talvez um motivo pelo qual os escritores bíblicos falam do homem como o objeto da reconciliação, seja que na mudança da ira para o favor, o amor de DEUS e seu caráter ético não mudam. Sua natureza santa é imutável. As passagens centrais que apresentam a doutrina da reconciliação são Romanos 5.8- 11; 2 Coríntios 5.18-21; Efésios 2.16-18; Colossenses 1.20-22. Em cada caso, a natureza objetiva e propiciatória da expiação é claramente indicada. Bibliografia, F. Büchsel, *Katallasso‫,״‬ TDNT, 1,254-258. James Denney, The Christian Doctrine of Reconciliatíon, Londres. Hodder & Stoughton, 1917. Leon Morris, The Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans, 1956, pp. 186-223. J. O. B. [. Do lat. reconciliatio] Reatamento de relações entre partes litigantes. O Senhor JESUS, com a sua morte vicária, reconciliou-nos com DEUS de maneira definitiva, clara e eficiente (Ef 2.16; Cl 1.20). Dicionário Teológico - CPAD EXPIAÇÃO - RECONCILIAÇÃO - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman 1. Cristo se fez maldição por nós. Ser condenado à morte de cruz era um sinal de maldição e de profunda humilhação (Hb 12.2). O réu era açoitado por um chicote de várias tiras de couro, acompanhado de chumbo ou ossos nas pontas (Mc 15.15). Em seguida, era obrigado a carregar publicamente sua cruz até ao local da
  • 26. execução (Jo 19.7). Por essas razões a cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1 Co 1.23). Apesar disso, Cristo suportou a afronta, levou a nossa culpa, entregou seu corpo para a crucificação e se fez maldição em nosso lugar (Gl 3.13). 2. Reconciliados pela cruz de Cristo. Foi o sacrifício vicário de Cristo na cruz e sua consequente vitória sobre a morte que possibilitaram nossa reconciliação com Deus e com os homens (Cl 1.20). Nessa perspectiva que Cristo “é a nossa paz” (Ef 2.14), que pela sua carne um novo homem foi criado “fazendo a paz” (Ef 2.15) e que também “evangelizou a paz a vós”, proclamando ao mundo as boas novas da cruz (Ef 2.17). A mensagem da cruz apregoa a paz entre Deus e os homens, isto é, o ministério da reconciliação (2 Co 5.18-20). 3. Reconciliados na cruz em um corpo. O apóstolo Paulo reforça que o propósito de Cristo foi o de “reconciliar ambos [judeus e gentios] com Deus em um corpo” (Ef 2.16b). A ênfase aqui recai sobre a inimizade existente na vertical, isto é, entre os homens e Deus. No versículo 14, o destaque era a inimizade horizontal, quer dizer, entre os judeus e os gentios. De forma que a reconciliação deve ser duplamente compreendida. As duas inimizades foram desfeitas quando Cristo levou nossos pecados no madeiro (1 Pe 2.24). A ira de Deus, que por causa dos pecados estava sobre nós, foi cravada na cruz (Cl 2.13,14). Assim, a reconciliação foi concretizada pela cruz, gerando um novo povo, num único corpo: a “família de Deus”; a “Igreja de Cristo” (Ef 2.19; 3.6; 4.4; 5.23,30).
  • 27. SÍNTESE DO TÓPICO III O ministério da reconciliação ao restaurar a comunhão estabeleceu a Igreja, a nova família de Deus. SUBSÍDIO TEOLÓGICO “A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo. (1). Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas promessas do AT a respeito da vinda do Messias era promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de Deus governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miqueias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: ‘E este será a nossa paz’ (Mq 5.5). (2) Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 4.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5.1).
  • 28. A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7) ” (STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.1120-21). SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO “A paz e a unidade entre judeus e gentios exigia que ambos fossem reconciliados ‘pela cruz... com Deus em um corpo (Ef 2.16). Isso pressupõe que tanto judeus como gentios eram pecadores separados de Deus (Ef 2.3) e necessitavam da morte expiatória de Cristo a fim de serem reconciliados com Deus (Ef 2.17,18). Sua ‘inimizade (2.16), que foi condenada à morte na cruz, era tanto horizontal como vertical - isto é, uma hostilidade entre povos não regenerados e Deus (Rm 5.10), e entre grupos hostis, tais como judeus e gentios. O milagre da reconciliação resultou em uma nova entidade espiritual chamada ‘um corpo’ de Cristo (2.16). Esse assunto tornar-se o foco de Paulo 2.19-22” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.417-18). CONCLUSÃO Em obediência ao plano divino, Cristo cumpriu as emendas da lei na cruz. Em seu sacrifício derrubou as barreiras e aboliu as ordenanças cerimoniais que serviam de divisão. Por meio da paz conquistada no madeiro desfez a inimizade, criou uma nova humanidade e a reconciliou com Deus. A partir dela, formou um novo povo: a Igreja, o Corpo de Cristo.
  • 29. Ass. Prof. Vilma Longuini – 17/05/2020