Aula para profissionais de saúde que atuam no Atendimento Pré hospitalar.
Tema específico na área de Psiquiatria: Comunicação Terapêutica na Emergência Psiquiátrica.
2. Objetivos
Ao final da aula o participante deverá ser capaz
de:
Conhecer as regras de comunicação terapêutica
nas abordagens da urgência psiquiátrica;
Identificar sinais de estabelecimento do vínculo.
5. 1.Tentar formar um vínculo com o paciente:
Apenas um profissional;
Apresente-se: nome; serviço e função;
Tom de voz normal;
Posicione-se de frente;
Atitude respeitosa e gentil;
Não use diminutivos:Ex: remedinho.
O paciente é que define quem, quando e como
vai estabelecer o vínculo
6. Como reconhecer o vínculo?
O paciente olhou para você;
Demonstrou interesse;
Acalmou-se;
Iniciou uma
comunicação.
7. 2. Mantenha o canal de comunicação aberto
Esteja disponível para ouvir e conversar;
Diante de solicitações:
É possível acatar a solicitação?
Em caso negativo, explique o motivo.
Fale a verdade.
Deixe clara sua função.
8. 3.Mantenha o olhar no paciente!
Por respeito e educação;
Para demonstrar interesse;
Para perceber a comunicação
não verbal;
Manter o olhar no paciente aumenta a
garantia de segurança da equipe!
9. Ao olhar observe:
Olhar;
Fala ritmada,lenta,acelerada;
Postura corporal,lesões;
Interação com as pessoas;
Objetos que porta nas mãos ou
possíveis objetos escondido.
A descrição por escrito na ficha é
fundamental.
10. 4. Ouvir atentamente
É o fundamento para atender as necessidades;
Responda;
Retome o assunto;
Imponha limites;
Informe claramente que
não está entendendo se a
comunicação estiver
incompreensível.
11. 5. Respeitar as pausas silenciosas
Para que servem a pausas?
Reequilíbrio;
Reordenar o pensamento;
Aliviar a tensão;
Exteriorizar a tensão;
Mecanismo de fuga;
Retome a conversa
após respeitar a pausa.
12. 6. Não complete frases do paciente
Estimule a conclusão;
Quando falar muito ou muitas coisas, fixe
uma delas;
Fala incompreensível? Estimule.
Mantenha o respeito e não emita opiniões
sobre a fala
13. 7. Repetir, resumir ideias para o paciente
Importante se o paciente:
Fala muito ( é prolixo);
Resumir as ideias principais.
Auxilia o paciente a correlacionar suas
ideias.
15. Comunicação não verbal
Não subestime a capacidade de observação
do paciente;
Transmitimos informações:
Gestos
Medo
Agressão
Postura
Negação
Repulsa
Facial
Nojo
Pânico
16. 9. Ajudar o paciente a encontrar soluções
Torne-se confiável;
Não de conselhos;
Organize ideias;
Aspectos positivos e
negativos;
Pergunte como ele deseja
resolver o problema.
Não dê a solução. Ajude a encontra-la.
17. 10. Mantenha o foco e o assunto no paciente
Foco no paciente e familiares;
Não responda pergunta de cunho pessoal.
Não discuta problemas técnicos ou administrativos
na frente do paciente.
18. 11. Detectar conteúdos enfáticos ou vazios
Assuntos vagos ou
vazios são comuns;
Retome assuntos;
Coloque-se a disposição
para conversar;
19. 12. Imponha limites
Como impor limites?
A postura do profissional pode
ser suficiente;
Se necessário outro profissional deve tentar
o vínculo.
Tem finalidade terapêutica
20. 12. Imponha limites
Como impor limites?
Mostre a inadequação;
Esclareça as regras;
Diminua os estímulos
do ambiente;
Retire familiares do ambiente se este for
desencadeante de inadequação.
21. 13. Verificar o conteúdo de fantasia que o
paciente expressa
Avaliar compatibilidade com a realidade;
Obter informações dos familiares;
Conteúdo verdadeiro ou não;
Jamais diga que é mentira;
Nao tome partido;
Jamais estimule a fantasia;
Diga que acredita porém
voce não vivencia.
22. 14. Ajudar o paciente a vir para a realidade (1)
Acreditam serem artistas famosos;
Referem ver "bicho";
Referem ouvir a voz de Deus, etc.;
Jamais estimule a fantasia;
Traga-o para a realidade.
23. 14. Ajudar o paciente a vir para a realidade (2)
Não tenha medo de confrontar o paciente;
Persista na realidade;
Alucinações podem ser perigosas. Atente
para seu conteúdo:Ouvir vozes que vão
matá-lo; bichos andando nas paredes, etc.
Assegure a integridade física da equipe,
familiares e do próprio paciente.
24. 15. Atente às tentativas de desafios,
manipulação e nos testar.
Sedução: Elogiar, pedir abraço e beijo;
Pedir cigarro, etc.;
Intimidação se não for atendido.
Não atenda aos pedidos
Essa atitude não é terapêutica;
Oriente-o a não prosseguir nas tentativas e
que não poderemos atendê-lo.
25. Jamais !
Fazer promessas, mentir,ou seduzir
Usar agressividade;
Desafiar ou ameaçar o paciente.
26. Se não obter sucesso: o que fazer?
Retome um assunto;
Fale apenas uma vez em tom claro que a
comunicação está prejudicada;
Coloque limites.
Lembre-se: É o paciente que decide quando e
como vai criar vinculo ou até mesmo, que não
vai se vincular a ninguém.
27. Revisão dos Objetivos
Ao final da aula o participante deverá ser capaz
de:
Conhecer as regras de comunicação terapêutica
nas abordagens da emergência psiquiátrica;
Identificar sinais de estabelecimento do vínculo.
28. Bibliografia
• A contenção física do paciente: uma abordagem terapêutica. Autor:João
Fernando Marcolan
• Capacitação para profissionais de APH Movel (SAMU 192) e APH fixo; EAD
parceria do Ministério da Saúde e Hospital Osvaldo Cruz.
• Conceitos Básicos em Enfermagem Psiquiátrica. Autores:Joan J.Kyes e Charles
K. Hofling.
• Enf. Cláudio Viegas 2014.
• Imagens ilustrativas:1. inguajemcorporalcompnl.blogspot.com;2. sppsic.wordpress.com;3.
praquepensar.wordpress.com
Editor's Notes
Abordar a importância da comunicação para uma boa convivência entre os indivíduos; principalmente se um deles tem uma dificuldade de compreensão ou expressão causada por um agravo psiquiátrico.