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Análise estratégica para implantação de um frigorífico: Um novo
empreendimento na região metropolitana de Belém.
Resumo
O presente trabalho pretende realizar um analise estratégica para a
implantação de um novo empreendimento, voltado para uma indústria frigorífica
na região metropolitana de Belém, a fim de apresentar vantagens competitivas
sustentáveis neste ramo de negócio. Sendo assim, observou-se que apesar da
grande complexidade da cadeia produtiva de gado bovino no estado do Pará,
no que tange aos relacionamentos estabelecidos entre os elos da cadeia; é um
setor que apresenta vantagens competitivas cruciais para o melhor
desempenho de todas as etapas da rede de suprimentos.
Introdução
A globalização e o aumento da competitividade nas empresas vêm provocando
diversas mudanças no mercado mundial, na forma de gerenciar seu negócio.
Toda e qualquer organização para ter sucesso de forma eficaz e eficiente,
precisa elaborar seu planejamento estratégico, tendo um olhar sistêmico do
ambiente em que sua organização esta inserida. Em que o Planejamento
Estratégico torna-se ferramenta fundamental de orientação para o
desenvolvimento organizacional.
Dessa forma, as empresas buscam acompanhar essas mudanças, altamente
voláteis e sobreviver no mercado, se adequando aos que lhes são impostas,
melhorando seus processos de gestão, a fim de obterem maiores
produtividades a custos mais baixos. Neste sentido, a estratégia organizacional
assume papel fundamental, ao projetar cenários e traçar os objetivos da
empresa, dando direcionamento no caminho a ser percorrido e maior foco no
objetivo principal do negócio, contribuindo para seu crescimento e
desenvolvimento; representando grande diferencial competitivo.
Atualmente a vantagem competitiva se tornou imprescindível no mundo dos
negócios, pois não basta simplesmente investir em um determinado ramo no
mercado sem um planejamento estratégico definido. Tornando-se
necessidades fundamentais na obtenção de requisitos e desenvolvimento de
atributos, que proporcionem melhor ambiente competitivo, em relação às
condições dos concorrentes.
Para BOLJWIN E KUMPE (1990) a competitividade está fundamentada no
trinômio, produtividade, qualidade e flexibilidade, sendo três importantes pontos
diferenciais das organizações.
Para Porter, lidar com a competição, é buscar vantagem competitiva, na
essência do planejamento estratégico. Não sendo apenas com os
concorrentes, mas sim com todos os envolvidos nas relações da organização.
Surgindo, então, o conceito das cinco forças de Porter, que consiste em
Clientes, Fornecedores, Novos entrantes, Produtos Substitutos e a rivalidade
entre os Concorrentes.
Diante desses conceitos iremos analisar quais as vantagens competitivas para
a implantação de um frigorífico. Mais antes de definirmos quais são, vamos
identificar algumas características da cadeia produtiva de gado bovino, que
envolve a rede de frigoríficos. Este componente da cadeia é representado pela
indústria de transformação e agregação de valor. Atualmente o estado do Pará
apresenta trinta frigoríficos, sendo em torno de dez na região metropolitana de
Belém.
Vale ressaltar que poucos frigoríficos obtêm o Serviço de Inspeção Federal –
SIF e podem executar a exportação do seu produto, além da prática que os
mesmos atuavam nas redes de varejo e se relacionavam diretamente com as
redes de açougues, mas que devido as exigências da vigilância sanitárias,
formou-se um cenário propício para as redes de supermercados.
Dessa forma, dentre os fatores pelos quais é vantajoso investir em um novo
empreendimento na região, é que a mesma apresenta condições favoráveis,
como um solo apropriado, clima, temperatura e chuvas durante todo o ano,
contribuindo para um melhor desempenho da produção. Levando o estado do
Pará a ocupar o título de quinto maior rebanho do Brasil.
Fonte: Figura 01.Fluxograma do Processo Produtivo.
Estratégia
Visão Baseada no Mercado(Posicionamento)
A estratégia adotada pelo novo empreendimento é a Diferenciação do Produto,
no intuito de oferecer às vantagens competitivas de qualidade, rapidez e
confiabilidade do mesmo. Ao observar o mercado nota-se a dificuldade em
alguns pontos relacionados aos quesitos (qualidade, rapidez e confiabilidade)
já mencionados, logoenxergou-se uma oportunidade de investimento no setor.
Estrutura do Setor
Modelo das 05 Forças de Porter
Esse modelo de análise explica os fatores que influenciam o mercado e que
afetam o comportamento de compra. Tem como principais objetivos entender o
ambiente competitivo e identificar ações e estratégias futuras para se obter
vantagem no mercado (TULESKI, 2009).
Rivalidade entre os Concorrentes
A rivalidade entre os competidores evidencia-se na disputa por posições táticas
que envolvem preço, propaganda, introdução de novos produtos, aumento de
serviços ao consumidor ou melhora nos programas de distribuição, com o
objetivo de aumentar o marketshare da empresa, em um determinado
mercado.
Os principais concorrentes na questão do abate e processamento de carne
bovina na região metropolitana de Belém, além dos empreendimentos que se
encontram nas proximidades da região, são frigoríficos do sudeste e nordeste
do estado do Pará, sendo empresas multimarcas, algumas de grande porte
com exportação mundial e filial em outros países e que estão há muito tempo
no mercado, muitas vezes com a cadeia produtiva verticalizada, com marcas já
consolidadas e admiradas pela qualidade dos seus produtos. E pelos produtos
não serem tão diferenciados a intensidade da rivalidade competitiva é forte.
Ameaça de Novos Entrantes
A entrada de novos concorrentes em um mercado gera novas condições, o
desejo de ganhar marketshare e, frequentemente, recursos adicionais. Preços
podem ser reduzidos, custos serem inflacionados, diminuindo a lucratividade
do mercado como um todo.
A ameaça de um novo concorrente depende da presença de barreiras à sua
entrada e da reação das empresas já existentes. Se as barreiras são altas e o
novo concorrente está preparado para uma forte retaliação da concorrência, a
ameaça à entrada é considerada baixa.
 Um mercado difícil de entrar, pois exige um forte alinhamento logístico
entre os componentes da cadeia de suprimentos;
 Investimento inicial elevado(estrutura física, pessoal, localização,
maquinário);
 Não necessita de uma grande diferencial do produto, pois os produtos
de origem bovina na região metropolitana são pouco diferenciados.
Poder de Barganha dos Compradores
Os compradores influenciam o mercado ao forçar os preços para baixo,
demandar maior qualidade ou mais serviços e, portanto, possuem a
capacidade de acirrar a concorrência em um determinado mercado. O poder de
cada grupo de compradores depende das características, do volume e da
importância de suas compras em relação ao mercado total.
As redes de Supermercados e alguns estabelecimentos que integram o grande
varejo tem um elevado poder de barganha por comprarem os produtos dos
frigoríficos em grande quantidade, e por deterem aproximadamente 80% da
distribuição final do produto tornando-o um mercado bastante concentrado,
além de serem exigentes no quesito de qualidade do mesmo, e por não possuir
grande diferenciação do produto. Podendo barganhar preços e influenciar os
consumidores.
As redes de açougues varejistas e casas de carnes possuem poder de
barganha já menos expressivo quando comparado aos supermercados, muita
das vezes apenas complementam o abastecimento nos bairros residenciais e
na periferia, porém ainda sim compram em uma quantidade satisfatória dos
produtos de origem bovina.
Poder de Barganha dos Fornecedores
Os fornecedores podem exercer seu poder de barganha sobre os participantes
do mercado ao ameaçar aumentar os preços ou reduzir a qualidade dos
produtos e serviços comprados. Poderosos fornecedores de matérias-primas
chave podem apertar a lucratividade de um mercado que não está apto a
repassar os aumentos no custo em seus próprios preços. As condições que
tornam esses fornecedores poderosos são similares às que tornam os
compradores fortes.
Os Pecuaristas produtores de gado bovino na região não existe poder de
barganha Não por parte dos fornecedores, pois a produção é realizada por um
grande números de fornecedores, diminuindo assim o seu poder. Os
fornecedores não são concentrados, portanto, não conseguem comprometer a
rentabilidade da indústria.
A maior parte da matéria-prima utilizada pelos frigoríficos da indústria da carne
bovina provém de produtores da região. Entretanto, não existe uma integração
nesta indústria tornando-os independentes entre si. A grande maioria dos
frigoríficos não tem qualquer tipo de integração com os pecuaristas.
Prestadoras de Serviço(transportadora) são diversas na região, por isso sendo
mais flexíveis quanto a negociação de preços, no entanto no caso de aumento
do preço do diesel tais variações são repassadas aos clientes.
No entanto nos dois casos há a possibilidade de formação de parcerias e
alianças, por exemplo ter uma fazenda produzindo exclusivamente para a
indústria objeto desse estudo e essa comprando exclusivamente dessa,
possibilitando flexibilidade nas negociações, assim como no caso da
transportadora.
Produtos Substitutos
Todas as empresas que têm o potencial de introduzir produtos substitutos
podem ser consideradas como ameaças.
Produtos substitutos limitam o potencial de retorno de um mercado porque
estabelecem um teto nos preços do mercado. Se o produto ou serviço
substituto consegue mostrar um ganho na relação custo/benefício quando
comparado aos atuais produtos, a ameaça que oferece é ainda maior.
Alguns dos concorrentes possuem maior flexibilidade na produção e
processamento de diversos outros tipos de carnes como a de aves, suínos e
outros subprodutos das mesmas com maior agregação de valor. E
principalmente a oferta de carne de frango tem crescido nos últimos anos,
sendo uma forte concorrente frente à carne bovina, já que possui uma cadeia
bem organizada, assim como produtos diferenciados e preços competitivos.
Rapidez
Entende-se como rapidez, como o tempo esperado pelo cliente desde que seu
pedido é feito até o recebimento do produto ou serviço. Em tempos de alta
concorrência e clientes mais exigentes, a rapidez de uma empresa pode ser
crucial para sua sobrevivência no mercado. O cliente sempre espera ter o
tempo mínimo para ser atendido ou receber o que deseja. Para que toda essa
agilidade ocorra é necessário que também ocorra uma rapidez na operação
interna, pois ela determina a resposta rápida aos consumidores externos.
Em frigoríficos, processos como desossa, pesagem e embalagem de carnes
podem levar um tempo considerado, pois seguem a normas e devem manter a
limpeza dos equipamentos e do local. Esses procedimentos demoram bastante
tempo devido aos instrumentos estarem expostos a sangue, gordura e baixas
temperaturas. Uma solução para esse problema seria a modernização dos
equipamentos usados com características adaptadas para o ambiente de
trabalho.
A mão de obra envolvida nesses processos deve ser treinada e qualificada
para que tudo seja hábil e rápido. Contudo as condições do ambiente de
trabalho e uma árdua rotina exigem um trabalhador com condições físicas
apropriadas e que precisa ser substituído devido ao histórico de “LERs e
DORTs” relacionadas ao posto de trabalho. Um estudo ergonômico se faz
necessário para amenizar esses efeitos e aumentar o tempo de permanência
do trabalhador nessa função.
Esses processos formam o gargalo para produção de carnes, pois em seguida
a carne segue para armazenagem em câmaras frias por um período de sete a
dez dias onde os tecidos mais duros passam por um processo enzimático para
amaciamento. Um sistema de armazenagem adequado é primordial para que
esse processo natural ocorra. Em seguida, a carne segue para abastecimento
dos clientes, auxiliada por um sistema logístico que atenda as especificações
para transporte de materiais perecíveis.
Qualidade
Campos (1999) apud Araújo (2010) conceitua a qualidade como um
desenvolvimento de produtos e serviços de forma confiável, acessível, segura
e em tempo hábil frente às necessidades dos clientes, quando solicitado.
Mas, essas necessidades podem ser satisfeitas pela concorrência se oferecer
produtos/serviços com relação custo-benefício melhor do que a empresa
consegue gerar. Desse modo, o setor frigorífico enfrenta problemas
relacionados à acessibilidade de mercados internacionais (China, EUA e
Europa), devido às exigências de controle necessárias para a obtenção de
produtos isentos de doenças.
Além disso, diversos órgãos governamentais estão começando a atuar, de
forma ostensiva na região amazônica, a exemplo do Ministério Público Federal
com a ação Carne Legal, na aplicação de uma TAC (termo de ajuste de
conduta – documento usado por instituições públicas para ajuste de condutas
contrárias à lei) nos frigoríficos da Região Norte.
Ademais, o referido órgão exige que os fornecedores dos frigoríficos
(pecuaristas) possuam o CAR (cadastro ambiental rural - registro cartográfico e
literal dos imóveis rurais, por meio eletrônico, para fins de controle e
monitoramento), registro esse que é pré-requisito de licenciamentos e
autorizações ambientais para atividades agropecuárias.
Nesse contexto, o Sistema de Gestão da Qualidade oferece suporte para o
desenvolvimento desse tipo de controle exigido, onde Algarte e Quitanilha
(2000) apud Araújo (2010) esclarecem que o SGQ (Sistema de Gestão da
Qualidade),
“é um conjunto de recursos, métodos, documentos,
atuando segundo diretrizes estabelecidas, integrando as
ações de Controle da Qualidade nas fases de
administração de marketing, elaboraçãode projetos,
aquisição/compras, produção, armazenamento e
entrega.”
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)
Segundo Slack et al (1999) apud Araújo (2010), a implementação de um
Sistema de Gestão da Qualidade fornece os seguintes benefícios: atendimento
das exigências de mercado, redução de custos, maior competitividade frente à
novos entrantes e produtos substitutos, melhoria nos procedimentos
operacionais e melhor padrão de qualidade. Dentre as opções de SIGs, tem-se
que as ISO 9001 e ISO 14001, como demonstra a Figura 1 a seguir, atendem
melhor às exigências dos mercados nacionais e internacionais, bem como
alinham suas atividades nas conformidades legislativas do governo sobre o
tema.
Figura 02–Subdivisão da ISO
Fonte: MOREIRA (2001) apud PIVA (2007)
ISO 9001
A ISO 9001 é compreendida como um conjunto de especificações dos
requisitos de sistemas de gestão da qualidade, de forma a produzir
produtos/serviços conformes, sendo que a mesma é a única norma da série
9000 de natureza contratual. Dentro dessa norma, existem quatro blocos de
requisitos: responsabilidades da direção (definir qual é o papel e obrigações da
alta direção); gestão de recursos (identificar e fixar condições dos recursos);
realização do produto (estabelecer requisitos para a atividade-fim e apoio
logístico necessário) e medição, análise e melhoria (verificar dados, produtos
não-conformes, monitoramento e auditoria) (MARANHÃO, 2011).
A partir disso, essa normatização confere uma reestruturação nos níveis da
empresa (estratégico, tático e operacional, além de questões de comunicação
e gestão), de forma a propiciar um maior controle sobre os processos e
atividades do frigorífico. Por exemplo, o desenvolvimento de auditorias,
anotações eletrônicas e manuais das atividades desenvolvidas, bem como a
aplicação de sistemas de qualidade (a exemplo da GMP – Boas Práticas de
Fabricação –, SSOP – Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – e
HACCP – Análise de Perigos e Pontos críticos de Controle)
permitemestabelecer parâmetros de medição e alcance de metas
estabelecidas pela alta direção.
ISO 14001
A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos
para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. Na prática, o que
a norma oferece é a gestão de uso e disposição de recursos. É reconhecida
mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos, melhorar o
desempenho e proporcionar maior capacidade de adaptação frente às
legislações ambientais e pressões de mercado.
Estruturalmente, a ISO 14001 é dividida em quatro princípios:
comprometimento (definir e cumprir objetivos), prevenção (prevenir em vez de
corrigir), cuidado razoável conformidade regulatória (identificação de risco ou
presença de não-conformidade) e melhoria contínua (tornar-se melhor, enxuta
e efetiva). A metodologia utilizada para o cumprimento desses princípios é a
abordagem de melhoria contínua (PDCA – Planejar, Desenvolver, Checar e
Agir). A figura 3 mostra como se organiza essa metodologia.
Figura 2 – Metodologia PDCA para a norma ISO 14001
Fonte: BSI BRASIL (2013)
Por exemplo, uma variável de controle dessa norma pode ser o tratamento de
efluentes líquidos: o monitoramento nas estações de tratamento evita a
contaminação do solo com ácido sulfúrico e do lençol freático, os produtos
químicos (ácidos) devem ser armazenados de forma adequada, construção de
um aterro sanitário e gestão de risco de poluentes. Além disso, existe a
possibilidade de utilização dos efluentes tratados na unidade industrial para a
adubação de pastos.
Confiabilidade: Fazer a tempo.
O objetivo confiabilidade significa fazer as coisas em tempo para os
consumidores receberem seus bens ou serviços quando foram prometidos. A
confiabilidade pode significar: agendamento de serviços; entregas no tempo
previsto; reposição de estoque no tempo certo e etc. A confiabilidade para os
consumidores externos só pode ser julgada após o produto ou serviço ser
entregue, para que em seguida estabelecer um grau de confiança. Já no
âmbito interno a confiabilidade é caracterizada pelo julgamento de
desempenho uns dos outros, analisando o nível de confiança entre as
operações de entrega feitas com pontualidade.
 Fornecedores confiáveis;
No estado do Pará, verifica-se que as relações entre os elos da cadeia
produtiva dos processos de carne bovina são, na maioria das vezes,
independentes, ou seja, ainda tradicionais. O que dificulta o estabelecimento de
maiores relacionamentos e a criação de parcerias entre os componentes da
rede de suprimentos.
 Operação confiável;
A área operacional deve está trabalhando em sincronia, pois a confiança deve
ser entre todas as operações de entregas interna com pontualidade. Assim
economizando tempo de serviços a serem executadas, minimiza os custos e
proporciona estabilidade.
 Entrega confiável.
Com um serviço de entrega confiável e rápido, você pode reduzir, ou eliminar,
a obsolescência, sucateamento e custos de devolução, ou seja, aumentando a
satisfação do cliente e maior credibilidade.
Por se tratar de um novo empreendimento, a viabilidade para o entrega do
produto ao cliente pode ser feita por uma empresa terceirizada e especializada,
visto que, profissionais que já atuam apenas no ramo de transporte de
mercadorias tem mais experiência, podendo otimizar a execução desse
serviço.
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Geraldino Carneiro De et al. Gestão da Qualidade na Agroindústria
de Carne Bovina.Sociedade Brasileira de Economia, Administração e
Sociologia Rural, Campo Grande, p.1-16, 28 jun. 2010. Disponível em:
http://www.sober.org.br/palestra/15/1179.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2013.
ARAÚJO, Geraldino Carneiro de; BUENO, Miriam Pinheiro; SOUSA, Adriana
Alvarenga de. O processo de implantação das normas internacionalmente
reconhecidas: um estudo de caso uma agroindústria frigorífica.XXVII Encontro
Nacioanl de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, p.1-9, 09 out. 2007.
BSI BRASIL. O que é ISO 14001: Um guia passo-a-passo para o uso de um
Sistema de Gestão Ambiental. Disponível em:
<http://www.bsibrasil.com.br/documentos/What_is_14KBR.pdf>. Acesso em: 03
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DIVERIO, Tamara Silvana Menuzzi; FILHO, José Pascoal José Marion.A
Competitividade Da Indústria Da Carne Bovina Gaúcha: Uma Avaliação A Partir
Do Modelo Das Cinco Forças Competitivas De Porter. XVII ENANGRAND, São
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Silva, Débora Fernanda Ferreira da.Papel estratégico e objetivos da produção.
Acesso em: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/papel-
estrategico-e-objetivos-da-producao/38822/, acessado em 03/04/2013.
MARANHÃO, Mauriti. ISO Série 9000: Manual de implementação versão 2008.
9ª edição. Rio de Janeiro: QUALITYMARK, 2011.
PIVA, Carla Dal et al. Sistema de Gestão Ambiental implementado aos moldes
da ISO 14001:2004 em um frigorífico de abate de aves, no Município de
Sidrolândia – Mato Grosso do Sul.Revista Brasileira De Gestão E
Desenvolvimento Regional, Mato Grosso do Sul, n. , p.20-53, 01 set. 2007.
TULESKI, Yumi Mori. 5 Forças de Porter: Concorrentes, Entrantes, Substitutos,
Compradores e Fornecedores. Acesso
em:http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Marketing/5-forcas-de-
porter.html. Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico, 2009.
VALLE, Cyro Eyer De. Como se preparar para as normas ISO 14000:
qualidade ambiental.3ª edição. São Paulo: THOMSON PIONEIRA, 2000.

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Análise estratégica para frigorífico em Belém

  • 1. Análise estratégica para implantação de um frigorífico: Um novo empreendimento na região metropolitana de Belém. Resumo O presente trabalho pretende realizar um analise estratégica para a implantação de um novo empreendimento, voltado para uma indústria frigorífica na região metropolitana de Belém, a fim de apresentar vantagens competitivas sustentáveis neste ramo de negócio. Sendo assim, observou-se que apesar da grande complexidade da cadeia produtiva de gado bovino no estado do Pará, no que tange aos relacionamentos estabelecidos entre os elos da cadeia; é um setor que apresenta vantagens competitivas cruciais para o melhor desempenho de todas as etapas da rede de suprimentos. Introdução A globalização e o aumento da competitividade nas empresas vêm provocando diversas mudanças no mercado mundial, na forma de gerenciar seu negócio. Toda e qualquer organização para ter sucesso de forma eficaz e eficiente, precisa elaborar seu planejamento estratégico, tendo um olhar sistêmico do ambiente em que sua organização esta inserida. Em que o Planejamento Estratégico torna-se ferramenta fundamental de orientação para o desenvolvimento organizacional. Dessa forma, as empresas buscam acompanhar essas mudanças, altamente voláteis e sobreviver no mercado, se adequando aos que lhes são impostas, melhorando seus processos de gestão, a fim de obterem maiores produtividades a custos mais baixos. Neste sentido, a estratégia organizacional assume papel fundamental, ao projetar cenários e traçar os objetivos da empresa, dando direcionamento no caminho a ser percorrido e maior foco no objetivo principal do negócio, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento; representando grande diferencial competitivo. Atualmente a vantagem competitiva se tornou imprescindível no mundo dos negócios, pois não basta simplesmente investir em um determinado ramo no mercado sem um planejamento estratégico definido. Tornando-se necessidades fundamentais na obtenção de requisitos e desenvolvimento de atributos, que proporcionem melhor ambiente competitivo, em relação às condições dos concorrentes. Para BOLJWIN E KUMPE (1990) a competitividade está fundamentada no trinômio, produtividade, qualidade e flexibilidade, sendo três importantes pontos diferenciais das organizações. Para Porter, lidar com a competição, é buscar vantagem competitiva, na essência do planejamento estratégico. Não sendo apenas com os concorrentes, mas sim com todos os envolvidos nas relações da organização.
  • 2. Surgindo, então, o conceito das cinco forças de Porter, que consiste em Clientes, Fornecedores, Novos entrantes, Produtos Substitutos e a rivalidade entre os Concorrentes. Diante desses conceitos iremos analisar quais as vantagens competitivas para a implantação de um frigorífico. Mais antes de definirmos quais são, vamos identificar algumas características da cadeia produtiva de gado bovino, que envolve a rede de frigoríficos. Este componente da cadeia é representado pela indústria de transformação e agregação de valor. Atualmente o estado do Pará apresenta trinta frigoríficos, sendo em torno de dez na região metropolitana de Belém. Vale ressaltar que poucos frigoríficos obtêm o Serviço de Inspeção Federal – SIF e podem executar a exportação do seu produto, além da prática que os mesmos atuavam nas redes de varejo e se relacionavam diretamente com as redes de açougues, mas que devido as exigências da vigilância sanitárias, formou-se um cenário propício para as redes de supermercados. Dessa forma, dentre os fatores pelos quais é vantajoso investir em um novo empreendimento na região, é que a mesma apresenta condições favoráveis, como um solo apropriado, clima, temperatura e chuvas durante todo o ano, contribuindo para um melhor desempenho da produção. Levando o estado do Pará a ocupar o título de quinto maior rebanho do Brasil.
  • 3. Fonte: Figura 01.Fluxograma do Processo Produtivo. Estratégia Visão Baseada no Mercado(Posicionamento) A estratégia adotada pelo novo empreendimento é a Diferenciação do Produto, no intuito de oferecer às vantagens competitivas de qualidade, rapidez e confiabilidade do mesmo. Ao observar o mercado nota-se a dificuldade em alguns pontos relacionados aos quesitos (qualidade, rapidez e confiabilidade) já mencionados, logoenxergou-se uma oportunidade de investimento no setor.
  • 4. Estrutura do Setor Modelo das 05 Forças de Porter Esse modelo de análise explica os fatores que influenciam o mercado e que afetam o comportamento de compra. Tem como principais objetivos entender o ambiente competitivo e identificar ações e estratégias futuras para se obter vantagem no mercado (TULESKI, 2009). Rivalidade entre os Concorrentes A rivalidade entre os competidores evidencia-se na disputa por posições táticas que envolvem preço, propaganda, introdução de novos produtos, aumento de serviços ao consumidor ou melhora nos programas de distribuição, com o objetivo de aumentar o marketshare da empresa, em um determinado mercado. Os principais concorrentes na questão do abate e processamento de carne bovina na região metropolitana de Belém, além dos empreendimentos que se encontram nas proximidades da região, são frigoríficos do sudeste e nordeste do estado do Pará, sendo empresas multimarcas, algumas de grande porte com exportação mundial e filial em outros países e que estão há muito tempo no mercado, muitas vezes com a cadeia produtiva verticalizada, com marcas já consolidadas e admiradas pela qualidade dos seus produtos. E pelos produtos não serem tão diferenciados a intensidade da rivalidade competitiva é forte. Ameaça de Novos Entrantes A entrada de novos concorrentes em um mercado gera novas condições, o desejo de ganhar marketshare e, frequentemente, recursos adicionais. Preços podem ser reduzidos, custos serem inflacionados, diminuindo a lucratividade do mercado como um todo. A ameaça de um novo concorrente depende da presença de barreiras à sua entrada e da reação das empresas já existentes. Se as barreiras são altas e o novo concorrente está preparado para uma forte retaliação da concorrência, a ameaça à entrada é considerada baixa.  Um mercado difícil de entrar, pois exige um forte alinhamento logístico entre os componentes da cadeia de suprimentos;  Investimento inicial elevado(estrutura física, pessoal, localização, maquinário);  Não necessita de uma grande diferencial do produto, pois os produtos de origem bovina na região metropolitana são pouco diferenciados. Poder de Barganha dos Compradores Os compradores influenciam o mercado ao forçar os preços para baixo, demandar maior qualidade ou mais serviços e, portanto, possuem a capacidade de acirrar a concorrência em um determinado mercado. O poder de
  • 5. cada grupo de compradores depende das características, do volume e da importância de suas compras em relação ao mercado total. As redes de Supermercados e alguns estabelecimentos que integram o grande varejo tem um elevado poder de barganha por comprarem os produtos dos frigoríficos em grande quantidade, e por deterem aproximadamente 80% da distribuição final do produto tornando-o um mercado bastante concentrado, além de serem exigentes no quesito de qualidade do mesmo, e por não possuir grande diferenciação do produto. Podendo barganhar preços e influenciar os consumidores. As redes de açougues varejistas e casas de carnes possuem poder de barganha já menos expressivo quando comparado aos supermercados, muita das vezes apenas complementam o abastecimento nos bairros residenciais e na periferia, porém ainda sim compram em uma quantidade satisfatória dos produtos de origem bovina. Poder de Barganha dos Fornecedores Os fornecedores podem exercer seu poder de barganha sobre os participantes do mercado ao ameaçar aumentar os preços ou reduzir a qualidade dos produtos e serviços comprados. Poderosos fornecedores de matérias-primas chave podem apertar a lucratividade de um mercado que não está apto a repassar os aumentos no custo em seus próprios preços. As condições que tornam esses fornecedores poderosos são similares às que tornam os compradores fortes. Os Pecuaristas produtores de gado bovino na região não existe poder de barganha Não por parte dos fornecedores, pois a produção é realizada por um grande números de fornecedores, diminuindo assim o seu poder. Os fornecedores não são concentrados, portanto, não conseguem comprometer a rentabilidade da indústria. A maior parte da matéria-prima utilizada pelos frigoríficos da indústria da carne bovina provém de produtores da região. Entretanto, não existe uma integração nesta indústria tornando-os independentes entre si. A grande maioria dos frigoríficos não tem qualquer tipo de integração com os pecuaristas. Prestadoras de Serviço(transportadora) são diversas na região, por isso sendo mais flexíveis quanto a negociação de preços, no entanto no caso de aumento do preço do diesel tais variações são repassadas aos clientes. No entanto nos dois casos há a possibilidade de formação de parcerias e alianças, por exemplo ter uma fazenda produzindo exclusivamente para a indústria objeto desse estudo e essa comprando exclusivamente dessa, possibilitando flexibilidade nas negociações, assim como no caso da transportadora.
  • 6. Produtos Substitutos Todas as empresas que têm o potencial de introduzir produtos substitutos podem ser consideradas como ameaças. Produtos substitutos limitam o potencial de retorno de um mercado porque estabelecem um teto nos preços do mercado. Se o produto ou serviço substituto consegue mostrar um ganho na relação custo/benefício quando comparado aos atuais produtos, a ameaça que oferece é ainda maior. Alguns dos concorrentes possuem maior flexibilidade na produção e processamento de diversos outros tipos de carnes como a de aves, suínos e outros subprodutos das mesmas com maior agregação de valor. E principalmente a oferta de carne de frango tem crescido nos últimos anos, sendo uma forte concorrente frente à carne bovina, já que possui uma cadeia bem organizada, assim como produtos diferenciados e preços competitivos. Rapidez Entende-se como rapidez, como o tempo esperado pelo cliente desde que seu pedido é feito até o recebimento do produto ou serviço. Em tempos de alta concorrência e clientes mais exigentes, a rapidez de uma empresa pode ser crucial para sua sobrevivência no mercado. O cliente sempre espera ter o tempo mínimo para ser atendido ou receber o que deseja. Para que toda essa agilidade ocorra é necessário que também ocorra uma rapidez na operação interna, pois ela determina a resposta rápida aos consumidores externos. Em frigoríficos, processos como desossa, pesagem e embalagem de carnes podem levar um tempo considerado, pois seguem a normas e devem manter a limpeza dos equipamentos e do local. Esses procedimentos demoram bastante tempo devido aos instrumentos estarem expostos a sangue, gordura e baixas temperaturas. Uma solução para esse problema seria a modernização dos equipamentos usados com características adaptadas para o ambiente de trabalho. A mão de obra envolvida nesses processos deve ser treinada e qualificada para que tudo seja hábil e rápido. Contudo as condições do ambiente de trabalho e uma árdua rotina exigem um trabalhador com condições físicas apropriadas e que precisa ser substituído devido ao histórico de “LERs e DORTs” relacionadas ao posto de trabalho. Um estudo ergonômico se faz necessário para amenizar esses efeitos e aumentar o tempo de permanência do trabalhador nessa função. Esses processos formam o gargalo para produção de carnes, pois em seguida a carne segue para armazenagem em câmaras frias por um período de sete a dez dias onde os tecidos mais duros passam por um processo enzimático para amaciamento. Um sistema de armazenagem adequado é primordial para que esse processo natural ocorra. Em seguida, a carne segue para abastecimento
  • 7. dos clientes, auxiliada por um sistema logístico que atenda as especificações para transporte de materiais perecíveis. Qualidade Campos (1999) apud Araújo (2010) conceitua a qualidade como um desenvolvimento de produtos e serviços de forma confiável, acessível, segura e em tempo hábil frente às necessidades dos clientes, quando solicitado. Mas, essas necessidades podem ser satisfeitas pela concorrência se oferecer produtos/serviços com relação custo-benefício melhor do que a empresa consegue gerar. Desse modo, o setor frigorífico enfrenta problemas relacionados à acessibilidade de mercados internacionais (China, EUA e Europa), devido às exigências de controle necessárias para a obtenção de produtos isentos de doenças. Além disso, diversos órgãos governamentais estão começando a atuar, de forma ostensiva na região amazônica, a exemplo do Ministério Público Federal com a ação Carne Legal, na aplicação de uma TAC (termo de ajuste de conduta – documento usado por instituições públicas para ajuste de condutas contrárias à lei) nos frigoríficos da Região Norte. Ademais, o referido órgão exige que os fornecedores dos frigoríficos (pecuaristas) possuam o CAR (cadastro ambiental rural - registro cartográfico e literal dos imóveis rurais, por meio eletrônico, para fins de controle e monitoramento), registro esse que é pré-requisito de licenciamentos e autorizações ambientais para atividades agropecuárias. Nesse contexto, o Sistema de Gestão da Qualidade oferece suporte para o desenvolvimento desse tipo de controle exigido, onde Algarte e Quitanilha (2000) apud Araújo (2010) esclarecem que o SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade), “é um conjunto de recursos, métodos, documentos, atuando segundo diretrizes estabelecidas, integrando as ações de Controle da Qualidade nas fases de administração de marketing, elaboraçãode projetos, aquisição/compras, produção, armazenamento e entrega.” Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) Segundo Slack et al (1999) apud Araújo (2010), a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade fornece os seguintes benefícios: atendimento das exigências de mercado, redução de custos, maior competitividade frente à novos entrantes e produtos substitutos, melhoria nos procedimentos
  • 8. operacionais e melhor padrão de qualidade. Dentre as opções de SIGs, tem-se que as ISO 9001 e ISO 14001, como demonstra a Figura 1 a seguir, atendem melhor às exigências dos mercados nacionais e internacionais, bem como alinham suas atividades nas conformidades legislativas do governo sobre o tema. Figura 02–Subdivisão da ISO Fonte: MOREIRA (2001) apud PIVA (2007) ISO 9001 A ISO 9001 é compreendida como um conjunto de especificações dos requisitos de sistemas de gestão da qualidade, de forma a produzir produtos/serviços conformes, sendo que a mesma é a única norma da série 9000 de natureza contratual. Dentro dessa norma, existem quatro blocos de requisitos: responsabilidades da direção (definir qual é o papel e obrigações da alta direção); gestão de recursos (identificar e fixar condições dos recursos); realização do produto (estabelecer requisitos para a atividade-fim e apoio logístico necessário) e medição, análise e melhoria (verificar dados, produtos não-conformes, monitoramento e auditoria) (MARANHÃO, 2011). A partir disso, essa normatização confere uma reestruturação nos níveis da empresa (estratégico, tático e operacional, além de questões de comunicação e gestão), de forma a propiciar um maior controle sobre os processos e atividades do frigorífico. Por exemplo, o desenvolvimento de auditorias, anotações eletrônicas e manuais das atividades desenvolvidas, bem como a aplicação de sistemas de qualidade (a exemplo da GMP – Boas Práticas de Fabricação –, SSOP – Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – e HACCP – Análise de Perigos e Pontos críticos de Controle)
  • 9. permitemestabelecer parâmetros de medição e alcance de metas estabelecidas pela alta direção. ISO 14001 A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. Na prática, o que a norma oferece é a gestão de uso e disposição de recursos. É reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos, melhorar o desempenho e proporcionar maior capacidade de adaptação frente às legislações ambientais e pressões de mercado. Estruturalmente, a ISO 14001 é dividida em quatro princípios: comprometimento (definir e cumprir objetivos), prevenção (prevenir em vez de corrigir), cuidado razoável conformidade regulatória (identificação de risco ou presença de não-conformidade) e melhoria contínua (tornar-se melhor, enxuta e efetiva). A metodologia utilizada para o cumprimento desses princípios é a abordagem de melhoria contínua (PDCA – Planejar, Desenvolver, Checar e Agir). A figura 3 mostra como se organiza essa metodologia. Figura 2 – Metodologia PDCA para a norma ISO 14001 Fonte: BSI BRASIL (2013) Por exemplo, uma variável de controle dessa norma pode ser o tratamento de efluentes líquidos: o monitoramento nas estações de tratamento evita a contaminação do solo com ácido sulfúrico e do lençol freático, os produtos químicos (ácidos) devem ser armazenados de forma adequada, construção de um aterro sanitário e gestão de risco de poluentes. Além disso, existe a possibilidade de utilização dos efluentes tratados na unidade industrial para a adubação de pastos.
  • 10. Confiabilidade: Fazer a tempo. O objetivo confiabilidade significa fazer as coisas em tempo para os consumidores receberem seus bens ou serviços quando foram prometidos. A confiabilidade pode significar: agendamento de serviços; entregas no tempo previsto; reposição de estoque no tempo certo e etc. A confiabilidade para os consumidores externos só pode ser julgada após o produto ou serviço ser entregue, para que em seguida estabelecer um grau de confiança. Já no âmbito interno a confiabilidade é caracterizada pelo julgamento de desempenho uns dos outros, analisando o nível de confiança entre as operações de entrega feitas com pontualidade.  Fornecedores confiáveis; No estado do Pará, verifica-se que as relações entre os elos da cadeia produtiva dos processos de carne bovina são, na maioria das vezes, independentes, ou seja, ainda tradicionais. O que dificulta o estabelecimento de maiores relacionamentos e a criação de parcerias entre os componentes da rede de suprimentos.  Operação confiável; A área operacional deve está trabalhando em sincronia, pois a confiança deve ser entre todas as operações de entregas interna com pontualidade. Assim economizando tempo de serviços a serem executadas, minimiza os custos e proporciona estabilidade.  Entrega confiável. Com um serviço de entrega confiável e rápido, você pode reduzir, ou eliminar, a obsolescência, sucateamento e custos de devolução, ou seja, aumentando a satisfação do cliente e maior credibilidade. Por se tratar de um novo empreendimento, a viabilidade para o entrega do produto ao cliente pode ser feita por uma empresa terceirizada e especializada, visto que, profissionais que já atuam apenas no ramo de transporte de mercadorias tem mais experiência, podendo otimizar a execução desse serviço. Referências Bibliográficas ARAÚJO, Geraldino Carneiro De et al. Gestão da Qualidade na Agroindústria de Carne Bovina.Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, Campo Grande, p.1-16, 28 jun. 2010. Disponível em: http://www.sober.org.br/palestra/15/1179.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2013.
  • 11. ARAÚJO, Geraldino Carneiro de; BUENO, Miriam Pinheiro; SOUSA, Adriana Alvarenga de. O processo de implantação das normas internacionalmente reconhecidas: um estudo de caso uma agroindústria frigorífica.XXVII Encontro Nacioanl de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, p.1-9, 09 out. 2007. BSI BRASIL. O que é ISO 14001: Um guia passo-a-passo para o uso de um Sistema de Gestão Ambiental. Disponível em: <http://www.bsibrasil.com.br/documentos/What_is_14KBR.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2013. DIVERIO, Tamara Silvana Menuzzi; FILHO, José Pascoal José Marion.A Competitividade Da Indústria Da Carne Bovina Gaúcha: Uma Avaliação A Partir Do Modelo Das Cinco Forças Competitivas De Porter. XVII ENANGRAND, São Luis, 2006. Silva, Débora Fernanda Ferreira da.Papel estratégico e objetivos da produção. Acesso em: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/papel- estrategico-e-objetivos-da-producao/38822/, acessado em 03/04/2013. MARANHÃO, Mauriti. ISO Série 9000: Manual de implementação versão 2008. 9ª edição. Rio de Janeiro: QUALITYMARK, 2011. PIVA, Carla Dal et al. Sistema de Gestão Ambiental implementado aos moldes da ISO 14001:2004 em um frigorífico de abate de aves, no Município de Sidrolândia – Mato Grosso do Sul.Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, Mato Grosso do Sul, n. , p.20-53, 01 set. 2007. TULESKI, Yumi Mori. 5 Forças de Porter: Concorrentes, Entrantes, Substitutos, Compradores e Fornecedores. Acesso em:http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Marketing/5-forcas-de- porter.html. Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico, 2009. VALLE, Cyro Eyer De. Como se preparar para as normas ISO 14000: qualidade ambiental.3ª edição. São Paulo: THOMSON PIONEIRA, 2000.