3. Será ministrada uma palestra a fim de conscientizar
os professores a cerca da necessidade de um
melhoramento nas práticas docentes referentes as
diversas diversidades culturais existentes no contexto
escolar.
4. PARA INICIO DE CONVERSA!
As questões que envolvem a diversidade cultural
brasileira têm sido alvo de inúmeros estudos na
última década no cenário educacional. Cada vez
mais conceitos como diversidade, diferença,
igualdade e justiça social têm se configurado como
uma preocupação por parte daqueles que lutam por
uma educação verdadeiramente cidadã. Ao mesmo
tempo, articular tais conceitos à formação de
professores tem se tornado um desafio premente
para a educação e para as
5. instâncias envolvidas nesse processo. A formação
de professores, seja ela inicial ou continuada,
constitui-se como um lócus privilegiado, não só para
refletir e discutir sobre essas questões, como para a
criação e a implementação de proposições que
possibilitem vislumbrar novos caminhos e avanços no
que tange ao trato da diversidade cultural no contexto
escolar.
6. Na última década, o multiculturalismo vem ganhando
espaço em vários setores da sociedade, entre eles, a
educação. Isto se dá porque no multiculturalismo a
noção de cultura é um aspecto essencial para o
desenvolvimento de uma análise das relações sociais
e seus determinantes, o que implica um novo olhar
sobre o papel constitutivo e central da cultura na
sociedade e na formação das identidades, dentre
elas a identidade docente.
7. Dentro dessa abordagem, a formação continuada de
professores possui um papel relevante, uma vez que
preparar professores para refletirem e trabalharem
com a diversidade cultural no contexto escolar
significa abrir espaços que permitam a transformação
da escola em um local em que as diferentes
identidades são respeitadas e valorizadas,
consideradas fatores enriquecedores da cidadania.
8. PENSANDO NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS
PROFESSORES
Dentro de uma perspectiva multicultural os
professores atualmente precisam desenvolver
eixos temáticos pedagógicos que promovam a
inclusão e a união entre todos seus alunos
favorecendo o respeito e minimizando os
preconceitos. Desta forma algumas situações são
fundamentais para essa prática inovadora:
1.Articulação dos conteúdos didáticos pedagógicos
curriculares ao olhar multicultural, analisando as
tensões entre universalismo e relativismo,
9. homogeneização e pluralismo, bem como
questionando e desafiando narrativas que
constroem preconceituosamente a identidade do
“outro”;
2. a Educação Especial não deveria ser vista
separadamente do ensino regular como vem
ocorrendo ao longo dos anos, pois ela faz parte de
todos os níveis de ensino - da Educação Infantil ao
Ensino Superior;
10. 3. a população com necessidades educacionais
especiais é aquela que possui evidentes traços que
a colocam em situação diferente da população em
geral. Esses traços não são os maiores
determinantes de seu sucesso ou fracasso escolar
mas, sim, a qualidade do trabalho pedagógico com
ela realizado;
11. 4.a escola só vai atender realmente essa população
com um trabalho pedagógico diversificado. Não na
perspectiva de suprir carências das minorias
culturais, mas de atender a uma diversidade cultural
real, expressa por determinações de classe, raça e
gênero. Esse trabalho deve possibilitar, ao mesmo
tempo, a confrontação dessas diferentes
manifestações e o acesso à cultura universal. A
função da educação numa sociedade democrática é
criar condições
12. para que todos os alunos desenvolvam suas
capacidades, respeitadas suas diferenças,
preparando-os para o exercício da cidadania
(BRASIL,2002).
13. PARA REFLETIR:
Tais eixos são relevantes pelos seguintes motivos:
em primeiro lugar, no sentido de sensibilizarem
professores e gestores para o caráter híbrido,
sempre inacabado das identidades, evitando o
congelamento de visões que acabam por
essencializá-las e a dicotomizar suas relações em
termos de branco ou negro, masculino ou feminino e
assim por diante, ajudando-os a perceberem as
complexidades e imbricações múltiplas em suas
construções;
14. em segundo lugar, trazem à mente que a formação
continuada de professores não deve perder de vista
os três níveis identitários que configuram seu
contexto de atuação multicultural, quais sejam:
identidades individuais, coletivas e institucionais.
15. Assim, ainda que se enfatizem, em alguns
momentos, os dois primeiros níveis identitários (o
primeiro sendo relativo aos indivíduos e o segundo
aos grupos de pertencimento desses indivíduos –
seja em termos raciais, de religião, de opção sexual e
outros), a consideração sobre as identidades das
instituições ou organizações em que esses indivíduos
atuam e onde a própria formação continuada docente
ocorre se torna fundamental.
16. CONSIDERAÇÕES!
Sabemos que em nosso país a pluralidade de
culturas é fruto de um longo processo histórico de
integração entre aspectos políticos, econômicos e
sociais. Porém, percebemos que estas questões já
começaram a ser enfrentadas em alguns estados,
antes mesmo dos Parâmetros Curriculares Nacionais
– PCNs. No documento sobre os PCNs – Convívio
Social e Ética – Pluralidade Cultural, versão
preliminar (1996), já se confirmava a existência de
alguns trabalhos desenvolvidos
17. acerca de escolas indígenas, situação de
afrodescendentes e algumas experiências
inovadoras vinculadas a movimentos de caráter
étnico. Contudo, segundo o documento, pouco se
discutiu em termos de uma proposta que tratasse da
complexidade cultural, das relações que estas
estabelecem entre as diferentes culturas que
convivem neste território.
18. Garcia Canclini, já em 1990, sinalizava esta
complexidade em termos de convivência entre
culturas na América Latina, compreendendo-as como
culturas híbridas formadas por distintas misturas
culturais, geralmente compostas de populações
migrantes, muitos de zonas rurais, que têm de
conviver em cidades, num processo de bricolagem
com as relações capitalistas, com a cultura eletrônica
e outras, onde o culto, o
19. popular, a cultura de massa, o tradicional e o
moderno se cruzam. A partir destas constatações, o
autor propõe para a educação desses tempos atuais
a construção de ciências “nômades”que possam
trabalhar, de forma transdisciplinar, o conhecimento,
de maneira a dar conta de redesenhar e articular
horizontalmente estes diferentes níveis culturais.
20. DINÂMICA EM GRUPO
Dinâmica do guia e o cego.
Parte dos participantes conduzirá a outra parte que
estará com os olhos vendados, pelo espaço
(inclusive o externo) e no final do percurso irão
inverter as posições. As discussões serão sobre a
maneira adequada de ser um guia. Como e quando
ajudar?
21. Desta forma os participantes verão a importância
da confiança no outro, do respeito, da convivência,
da solidariedade, da cooperação, da iniciativa e
também de se colocar no lugar do outro.
22. Rotina diária Rotina semanal
1. Discutir a rotina do
dia(apresentar a programação e
pedir sugestões) e avaliar ao
final.
1. Trabalhar com arte.
2. Valorizar a auto-estima. 2. Trabalhar com dinâmicas,
vivências, jogos.
3. Ler belos textos (poesia,
capítulos de livros, mensagens,
humorísticos, parábolas, só pra
encantar o coração)
3. Ouvir música (é permitido
negociar com o aluno o que
ouvir, contudo amplie a cultura
do aluno.
4. Trabalhar o calendário cada
dia de forma diferente
(estimativa/gráfico/aniversario,
etc.)
4. Hora do conto (contar causos,
fazer escala de quem conta)
5. Trabalhar em grupo estimular
a convivência e o respeito ás
regras.
5. Trabalhar fora da sala de aula,
porém este momento não deve
ser da Educação Fisíca)
6. Ler uma notícia de jornal,
mesmo que não seja do dia.
6. Ler poesia
Quadro de sugestões de rotina
23. FINALIZANDO NOSSA PALESTRA
REFLEXÃO...
O principal objetivo da Educação Inclusiva é
desenvolver uma pedagogia centrada na criança,
capaz de educar a todas, sem discriminação,
respeitando suas diferenças; uma escola que dê
conta da diversidade das crianças e ofereça
respostas adequadas às suas características e
necessidades, sempre solicitando apoio de
instituições e especialistas quando se fizer
necessário. É uma meta a ser perseguida por todos
aqueles comprometidos com o fortalecimento de
uma sociedade democrática, mais justa e solidária.
24. Estamos esperando o que? Vamos lá, mãos a
obra em busca de uma educação igualitária e
solidária!