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Introdução ao Metadesign
Frederick van Amstel @usabilidoido


www.usabilidoido.com.br


DADIN - UTFPR
“Eu tô te explicando


Prá te confundir


Eu tô te confundindo


Prá te esclarecer”
Tô (1976), Tom Zé
“Design é fazer o
design de um
design para
produzir um
design.”
John Heskett (2008, p.11)
(design como projeto)
(design como produto)
(design como processo)
(design como conhecimento)
Exercício de Lego Serious Play
• Abra o saco do kit de Lego
Serious Play "What the
Duck”


• Verifique se você tem 6
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Monte este pato
• Monte um pato igual ao da
foto ao lado, começando
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•1 minuto
“Seria design fazer o


pato de um


pato para


produzir um


pato?”
(design como projeto)
(design como produto)
(design como processo)
(design como conhecimento)
Monte um pato diferente
•Desmonte o pato anterior


•Monte um pato diferente


•1 minuto
“Seria design fazer o


design de um


pato para


produzir um


pato?”
(design como projeto)
(design como produto)
(design como processo)
(design como conhecimento)
Projete um pato
1. Forme uma equipe com 3 pessoas


2. Escolha um pato com 6 peças para projetar


3. Desenhe o plano de construção em um papel que
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6. Compare o projeto com o produto final
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montar diversos tipos de patos de Lego


•3 minutos
“Seria design fazer o


design de um


design para


produzir um


pato?”
(design como projeto)
(design como produto)
(design como processo)
(design como conhecimento)
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qualquer produto?
Herbert Simon, J. C. Shaw e Allen Newell criaram o programa de
computador General Problem Solver em 1957.
Nicholas Negroponte fez diversos experimentos com Soft
Architecture Machines em 1975.
Os primeiros experimentos com
máquinas de projetar
demonstraram que não era viável
automatizar todo o processo de
design de uma só vez.
A partir dos anos 1980, os experimentos passaram a automatizar o
design gradualmente com CAD, CAM, CNC, etc.
Diversos movimentos físicos já foram automatizados por máquinas
de projetar. O desafio agora é automatizar movimentos conceituais.
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considerados manuais, como o design de sobrancelhas. O Benefit
Brow Genie (2015) desconsidera o aspecto intelectual deste
trabalho e por isso gera resultados ridículos.
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síntese artificial de imagens, colagem combinatória e arte baseada
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Contudo, a precarização do trabalho é mais preocupante do que o
desemprego, conforme mostramos nesse Teatro Fórum (2020).
Inteligência artificial
que atende clientes e
distribui vagas na
plataforma
Designer
precarizado
trabalhando em
plataforma digital
Designer
precarizado que se
vê como
empreendedor
Para valorizar o trabalho frente
ao capital precarizador, é preciso
passar do design para o
metadesign.
Designers Metadesigners
Usuários Usigners
O trabalho do metadesigner ainda está longe de ser automatizado,
mas isso não impede de que ele seja precarizado também.
Há uma profusão de métodos de design simplificados, que
dispensam a presença de profissionais de design.
O trabalho que só pode ser feito por profissionais está sendo
tratado como operação repetitiva a ser otimizada (DesignOps).
Os processos de design estão se tornando cada vez mais
controláveis pelos processos de metadesign (Atomic Design).
A definição e instalação de sistemas de design é hoje considerada
uma espécie de Santo Graal de produtividade e branding.
Os sistemas de design estão se tornando cada vez mais totalizantes,
formalizando apenas os comportamentos mais lucrativos.
Todo texto tem um contexto
assim como todo design tem um
metadesign.
Teoria do Metadesign
•Uma prática identificada por Van Onck (1966) em
que designers projetam seu próprio processo de
projetar visando com isso projetar algo mais
complexo


•O prefixo meta indica um algo além que se
deseja alcançar
Um exemplo clássico é o modelo de pesos invertidos criados por
Gaudí para A Sagrada Família (1882).
Roger Martin (2010) percebeu que o Metadesign contribui para
separar o conhecimento do conhecedor, o que aumenta a
quantidade e piora a qualidade do produto.
Escopo do Metadesign
•Espaços, ambientes de trabalho


•Ideologias, princípios, diretrizes, heurísticas


•Metodologias, métodos, processos


•Ferramentas, máquinas, templates


•Corpos, equipes, papéis
Crítica ao Metadesign
•Caio Vassão percebeu, a partir de
Paul Virilio, que o Metadesign faz
parte de uma tendência geral de
formalização e controle da vida
humana no capitalismo


•O Metadesign pode reduzir as
liberdades individuais e cooptar as
liberdades coletivas
O videoclipe da canção Remind Me (2001) de Röyksopp mostra
como o metadesign estrutura os ritmos do cotidiano.
Para evitar que o Metadesign impere, a Arquitetura Livre propõe
que o Metadesign seja questionado constantemente (2012).
A proposta da Arquitetura Livre é parecida com o que a presidenta
Dilma Rousseff tentou explicar sobre o Pronatec.
Inspirados na Arquitetura Livre, nós escrevemos um livro chamado
Design Livre no Instituto Faber-Ludens (2012).
O objetivo do Design Livre era abrir a caixa preta do Design. Como
se faz design? Quem pode fazer design?
O Software Livre já havia aberto a caixa preta do produto, mas
faltava abrir a caixa preta do processo de design.
produto
Processo
produto
Processo
produto
Processo
O processo de design é
estruturado por metodologias,
métodos e ferramentas.
Comparações
• Metodologia é o estudo crítico
dos métodos a partir de uma
perspectiva teórica


• Método é uma estrutura coerente
de técnicas necessárias para
atingir um resultado


• Ferramenta é um artefato
psicológico ou físico que amplia a
capacidade de ação
Metodologia é composta de:
•Visão de mundo


•Leitura de situação


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•Experiência prática


•Formalização do conhecimento


•Atitude ética
Exemplo de metodologia:
Design Centrado no Usuário
• O sistema deve ser projetado a
partir do modelo mental do
usuário


• Para compreender o modelo
mental do usuário, é necessário
realizar estudos empíricos


• A interface deve explicar o
funcionamento do sistema da
maneira mais simples possível
Método é composto de:
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sequência de experimentos de design


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(hodos em Grego significa caminho)


•Conceitos abstratos que justificam a orientação


•Critérios de rigor para avaliar os resultados
Exemplo: prototipação iterativa
• Em grego prototypon
significa “forma primitiva”


• É uma tentativa de testar
a materialização de um
conceito antes de estar
completamente
desenvolvido


• A cada nova iteração do
protótipo, o conceito se
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Existem uma infinidade de
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ferramentas de design.
Nenhum deles é definitivo.
Metadesign é uma práxis de “fazer
o Design do próprio Design.”
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Como começar no Metadesign
• Vincular-se a uma corrente de pensamento sobre
design e ler a respeito


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• Projetar o processo tão intencionalmente quanto
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• Experimentar novas maneiras de fazer coisas
antigas
Referências
VASSÃO, Caio Adorno. Metadesign: ferramentas, estratégias e ética
para a complexidade. Editora Blucher, 2019.


HESKETT, John. Design. São Paulo: Ática, 2008.


NEWELL, A.; SHAW, J.C.; SIMON, H.A. (1959). Report on a general
problem-solving program. Proceedings of the International Conference
on Information Processing. pp. 256-264.


NEGROPONTE, Nicholas. Soft architecture machines. Cambridge, MA:
MIT press, 1975


VAN ONCK, Andries. Metadesign. Produto e linguagem, v. 1, n. 2, p.
27-31, 1965.


INSTITUTO FABER LUDENS. Design Livre. Clube de Autores, 2012.


JONES, John Chris. Design methods. John Wiley & Sons, 1992.


NORMAN, Donald A.; DRAPER, Stephen W. User centered system
design: New perspectives on human-computer interaction. 1986.
Obrigado!
Frederick van Amstel @usabilidoido


www.usabilidoido.com.br


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Introdução ao Metadesign

  • 1. Introdução ao Metadesign Frederick van Amstel @usabilidoido www.usabilidoido.com.br DADIN - UTFPR
  • 2. “Eu tô te explicando Prá te confundir Eu tô te confundindo Prá te esclarecer” Tô (1976), Tom Zé
  • 3. “Design é fazer o design de um design para produzir um design.” John Heskett (2008, p.11) (design como projeto) (design como produto) (design como processo) (design como conhecimento)
  • 4. Exercício de Lego Serious Play • Abra o saco do kit de Lego Serious Play "What the Duck” • Verifique se você tem 6 peças
  • 5. Monte este pato • Monte um pato igual ao da foto ao lado, começando pelos pés e terminando com a cabeça •1 minuto
  • 6. “Seria design fazer o pato de um pato para produzir um pato?” (design como projeto) (design como produto) (design como processo) (design como conhecimento)
  • 7. Monte um pato diferente •Desmonte o pato anterior •Monte um pato diferente •1 minuto
  • 8.
  • 9. “Seria design fazer o design de um pato para produzir um pato?” (design como projeto) (design como produto) (design como processo) (design como conhecimento)
  • 10. Projete um pato 1. Forme uma equipe com 3 pessoas 2. Escolha um pato com 6 peças para projetar 3. Desenhe o plano de construção em um papel que será encaminhado a outra equipe (3 minutos) 4. Troque os planos com outra equipe 5. Monte o pato baseado no plano da outra equipe (1 minuto) 6. Compare o projeto com o produto final
  • 11.
  • 12. Projete uma máquina de montar patos •Mesma equipe do exercício anterior •Desenhe uma máquina programável capaz de montar diversos tipos de patos de Lego •3 minutos
  • 13.
  • 14. “Seria design fazer o design de um design para produzir um pato?” (design como projeto) (design como produto) (design como processo) (design como conhecimento)
  • 15. Seria possível projetar uma máquina para projetar qualquer produto?
  • 16. Herbert Simon, J. C. Shaw e Allen Newell criaram o programa de computador General Problem Solver em 1957.
  • 17. Nicholas Negroponte fez diversos experimentos com Soft Architecture Machines em 1975.
  • 18. Os primeiros experimentos com máquinas de projetar demonstraram que não era viável automatizar todo o processo de design de uma só vez.
  • 19. A partir dos anos 1980, os experimentos passaram a automatizar o design gradualmente com CAD, CAM, CNC, etc.
  • 20. Diversos movimentos físicos já foram automatizados por máquinas de projetar. O desafio agora é automatizar movimentos conceituais.
  • 21. As tentativas de automação começaram pelos trabalhos considerados manuais, como o design de sobrancelhas. O Benefit Brow Genie (2015) desconsidera o aspecto intelectual deste trabalho e por isso gera resultados ridículos.
  • 22. O design de sobrancelhas é uma área que dificilmente será automatizada satisfatoriamente, pois exige prática crítica.
  • 23. A prática de criatividade, no entanto, pode ser automatizada pela síntese artificial de imagens, colagem combinatória e arte baseada em parâmetros (Craiyon, DALL-E, Midjourney e outros).
  • 24. Contudo, a precarização do trabalho é mais preocupante do que o desemprego, conforme mostramos nesse Teatro Fórum (2020). Inteligência artificial que atende clientes e distribui vagas na plataforma Designer precarizado trabalhando em plataforma digital Designer precarizado que se vê como empreendedor
  • 25. Para valorizar o trabalho frente ao capital precarizador, é preciso passar do design para o metadesign.
  • 27. O trabalho do metadesigner ainda está longe de ser automatizado, mas isso não impede de que ele seja precarizado também.
  • 28. Há uma profusão de métodos de design simplificados, que dispensam a presença de profissionais de design.
  • 29. O trabalho que só pode ser feito por profissionais está sendo tratado como operação repetitiva a ser otimizada (DesignOps).
  • 30. Os processos de design estão se tornando cada vez mais controláveis pelos processos de metadesign (Atomic Design).
  • 31. A definição e instalação de sistemas de design é hoje considerada uma espécie de Santo Graal de produtividade e branding.
  • 32. Os sistemas de design estão se tornando cada vez mais totalizantes, formalizando apenas os comportamentos mais lucrativos.
  • 33. Todo texto tem um contexto assim como todo design tem um metadesign.
  • 34. Teoria do Metadesign •Uma prática identificada por Van Onck (1966) em que designers projetam seu próprio processo de projetar visando com isso projetar algo mais complexo •O prefixo meta indica um algo além que se deseja alcançar
  • 35. Um exemplo clássico é o modelo de pesos invertidos criados por Gaudí para A Sagrada Família (1882).
  • 36. Roger Martin (2010) percebeu que o Metadesign contribui para separar o conhecimento do conhecedor, o que aumenta a quantidade e piora a qualidade do produto.
  • 37. Escopo do Metadesign •Espaços, ambientes de trabalho •Ideologias, princípios, diretrizes, heurísticas •Metodologias, métodos, processos •Ferramentas, máquinas, templates •Corpos, equipes, papéis
  • 38. Crítica ao Metadesign •Caio Vassão percebeu, a partir de Paul Virilio, que o Metadesign faz parte de uma tendência geral de formalização e controle da vida humana no capitalismo •O Metadesign pode reduzir as liberdades individuais e cooptar as liberdades coletivas
  • 39. O videoclipe da canção Remind Me (2001) de Röyksopp mostra como o metadesign estrutura os ritmos do cotidiano.
  • 40. Para evitar que o Metadesign impere, a Arquitetura Livre propõe que o Metadesign seja questionado constantemente (2012).
  • 41. A proposta da Arquitetura Livre é parecida com o que a presidenta Dilma Rousseff tentou explicar sobre o Pronatec.
  • 42. Inspirados na Arquitetura Livre, nós escrevemos um livro chamado Design Livre no Instituto Faber-Ludens (2012).
  • 43. O objetivo do Design Livre era abrir a caixa preta do Design. Como se faz design? Quem pode fazer design?
  • 44. O Software Livre já havia aberto a caixa preta do produto, mas faltava abrir a caixa preta do processo de design. produto Processo produto Processo produto Processo
  • 45. O processo de design é estruturado por metodologias, métodos e ferramentas.
  • 46. Comparações • Metodologia é o estudo crítico dos métodos a partir de uma perspectiva teórica • Método é uma estrutura coerente de técnicas necessárias para atingir um resultado • Ferramenta é um artefato psicológico ou físico que amplia a capacidade de ação
  • 47. Metodologia é composta de: •Visão de mundo •Leitura de situação •Base teórica •Experiência prática •Formalização do conhecimento •Atitude ética
  • 48. Exemplo de metodologia: Design Centrado no Usuário • O sistema deve ser projetado a partir do modelo mental do usuário • Para compreender o modelo mental do usuário, é necessário realizar estudos empíricos • A interface deve explicar o funcionamento do sistema da maneira mais simples possível
  • 49. Método é composto de: •Atitudes que se demonstraram eficazes em uma sequência de experimentos de design •Uma série de etapas ou passos a serem tomados (hodos em Grego significa caminho) •Conceitos abstratos que justificam a orientação •Critérios de rigor para avaliar os resultados
  • 50. Exemplo: prototipação iterativa • Em grego prototypon significa “forma primitiva” • É uma tentativa de testar a materialização de um conceito antes de estar completamente desenvolvido • A cada nova iteração do protótipo, o conceito se torna mais robusto
  • 51. Ferramenta é composta de: •Conhecimento formal colocado à mão •Funcionalidades genéricas e específicas •Modo de operação eficazes •Mecanismos automáticos ou semi-automáticos
  • 52. O UXCards é uma ferramenta livre para criar metodologias de design.
  • 53. No UXCards, cada carta é um método e a sequência de cartas pode ser considerada uma metodologia.
  • 54. O mecanismo principal do UXCards são os campos de entrada e saída, que sugerem possíveis conexões com outras cartas.
  • 55. Existem uma infinidade de metodologias, métodos e ferramentas de design. Nenhum deles é definitivo.
  • 56. Metadesign é uma práxis de “fazer o Design do próprio Design.” Vassão (2012, p. 19)
  • 57. Como começar no Metadesign • Vincular-se a uma corrente de pensamento sobre design e ler a respeito • Antecipar ações de projeto e refletir sobre suas consequências • Projetar o processo tão intencionalmente quanto o produto • Experimentar novas maneiras de fazer coisas antigas
  • 58. Referências VASSÃO, Caio Adorno. Metadesign: ferramentas, estratégias e ética para a complexidade. Editora Blucher, 2019. HESKETT, John. Design. São Paulo: Ática, 2008. NEWELL, A.; SHAW, J.C.; SIMON, H.A. (1959). Report on a general problem-solving program. Proceedings of the International Conference on Information Processing. pp. 256-264. NEGROPONTE, Nicholas. Soft architecture machines. Cambridge, MA: MIT press, 1975 VAN ONCK, Andries. Metadesign. Produto e linguagem, v. 1, n. 2, p. 27-31, 1965. INSTITUTO FABER LUDENS. Design Livre. Clube de Autores, 2012. JONES, John Chris. Design methods. John Wiley & Sons, 1992. NORMAN, Donald A.; DRAPER, Stephen W. User centered system design: New perspectives on human-computer interaction. 1986.
  • 59. Obrigado! Frederick van Amstel @usabilidoido www.usabilidoido.com.br DADIN - UTFPR