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Consumo e ambiente
- 1. Escola Secundária de São João da Talha Consumo e ambiente Trabalho realizado por: Íris Pereira nº 8 Jaime Leão nº 7 Valéria nº26
- 2. ➢ Consumo global O mundo atual é dominado pelo espírito capitalista que vangloria o consumo, sendo que o poder de consumo é o ápice do ideal da sociedade, onde a arte de consumir é o padrão, e quanto mais se consome, maior se torna o desenvolvimento e a estabilidade económica de cada Estado. Cada vez mais se produz e mais se consome, estando a sociedade moderna condenada a um grande ciclo vicioso, onde se deve consumir para produzir e produzir cada vez mais para se consumir. Cada vez mais os produtos ganham menores tempos de vida úteis, e quando se estragam são extremamente difíceis de consertar, afim de cada vez mais se impulsionar o consumo e a produção, pois sairá mais barato e prático comprar um produto novo, do que arranjar o produto antigo. Entretanto, o mercado impulsiona modelos novos dos mesmos produtos mudando pequenas coisas, ou dando pequenos retoques, desvalorizando os produtos antigos que muitas vezes ainda estão em boas condições de uso. Então, pode-se constatar que o consumo nada mais é que uma forma de atender as necessidades humanas primárias e secundárias, internas e externas, ao adquirir e/ou utilizar produtos e serviços, sejam naturais ou artificiais. Enquanto o consumismo é a pratica desenfreada de consumir mesmo sem necessidade. Isso causa impactos sobre o ambiente natural e artificial, consumindo os recursos naturais disponíveis, colocando em risco a sustentabilidade das gerações futuras. A sociedade atual estabeleceu um paradigma onde o consumo se tornou sinónimo de felicidade e bem-estar, até mesmo o prestigio e a maneira como uma pessoa é vista, está diretamente interligada à capacidade de adquirir bens. Portanto consumir e acumular bens com ou sem necessidade, é a base do sistema que está enraizado no paradigma capitalista.
- 3. ➢ Estilo de vida Os estilos de vida não podem ser entendidos sem serem inseridos num compromisso entre as aspirações dos indivíduos e dos constrangimentos da sociedade e do meio envolvente. Os estilos de vida dependem dos valores, que são como que o “mapa” mais abrangente de uma sociedade ou de uma cultura. Atualmente, as pessoas preocupam-se com o corpo, visto que praticam, mais vezes, exercício físico, têm mais preocupações com a alimentação, entre outros. Assim sendo numa sociedade de consumo, as convicções e as convenções são substituídas pela flexibilidade e mobilidade, permitindo deste modo, e através do próprio consumo, transformar as representações da “boa vida” em realidade. Por isso, a construção do “eu”, traduz-se na pose de bens desejados e na prossecução de estilos de vida, que envolvem uma dada construção corporal. Funde-se a preocupação interna com a saúde e a preocupação externa com a aparência, o movimento e o controlo do corpo. Estas formas de investimento corporal são usadas para preservar a vida e aumentar os seus prazeres, que passam por consumir, gastar e saciar o desejo: o corpo na cultura de consumo é então o veiculo do prazer.
- 4. ➢ Ambiente O ato de consumir em si não é um problema. O consumo é necessário à vida e à sobrevivência de toda e qualquer espécie. O problema começa quando o consumo de bens e serviços acontece de forma exagerada, levando à exploração excessiva dos recursos naturais e interferindo no equilíbrio estabelecido do planeta. O crescimento da população mundial naturalmente proporciona um aumento no consumo dos recursos do planeta. No entanto, esse consumo é extremamente desigual. Enquanto uns consomem muito mais do que as suas necessidades básicas, outros sofrem com a falta de recursos. Devido a isto, devemos tentar conduzir uma vida de consumo sustentável, usando artigos reciclados, e rejeitar produtos com base em recursos não renováveis, sempre tendo em conta o que seria melhor para o ambiente, e para nós. Para garantir tamanha produção afim de alimentar o capitalismo, seria necessário retirar cada vez mais matérias-primas da natureza a fim de conseguir atender a grande quantidade da demanda pelo consumismo. Isto causa um efeito devastador no meio ambiente, significaria a destruição de matas, florestas, rios e animais. Além, da poluição do ar, das águas, do mar, do solo, seja com produtos tóxicos, seja com a deposição de resíduos sólidos. o consumismo gerado pelo espírito capitalista faz com que o mesmo homem retire da forma irracional recursos não necessários à sua existência, a fim apenas de garantir satisfação e bem-estar. Assim a sociedade deve procurar maneiras de se desenvolver de forma sustentável, a fim de garantir o seu progresso sem prejudicar o meio ambiente e comprometer o seu futuro.
- 5. ➢ Uma perspetiva sobre o mundo Os resultados são claros, vemos se repetirem no nosso dia a dia, embora nem todos reconheçam o seu verdadeiro caráter e muitos julguem de forma muito superficial. A desestrutura familiar, a saúde física e mental das pessoas, o aumento do crime, a mendicidade – tudo isso está relacionado com o quadro capitalista. Há os que se perdem nas ruas, no crime e/ou nas drogas por falta do exemplo familiar, mas que exemplo se pode ter se ninguém na família tem tempo para ser pai/mãe, pois o tempo todo é ocupado com o trabalho? Há aqueles que não podem estudar, não podem investir na própria educação e cultura, porque estão demasiados esgotados a trabalhar para conseguir sobreviver. Há aqueles que entram para o mundo do crime para conseguirem aquilo que lhes convenceram ser essencial, mas que não lhes dão oportunidades de ter também: riqueza (assim, querendo ou não, o roubo e o tráfico são consequências de um incentivo ao consumismo) … Entre esses, há muitos outros exemplos. Ao fim, entretanto, estamos todos no mesmo barco: deixando a vida de lado, que é o que realmente deveria importar, para nos dedicarmos a esta imagem que nos venderam, reforçando a base da pirâmide capitalista. Aceitamos a tríplice aliança, convencendo-nos de que, realmente, progressão individual = independência financeira = trabalho assalariado. Estudamos anos e anos para nos tornamos todos iguais, estudamos para um dia trabalharmos e sermos escravos do mundo que nos rodeia, ganhamos dinheiro para o podermos gastar nas empresas que nos tratam como se não passássemos de marionetas. Muitos de nós somos tão cegados por aquilo que vemos e nos ensinam durante a vida, que não paramos para questionar o que é certo ou errado, vivemos com a ideia de que trabalhar até morrer é o correto. A vida é transformada em só mais um produto de consumo.
- 6. ➢ Filme “Eles vivem” John Nada fez uma descoberta desconcertante. Ao colocar uns óculos de sol que descobriu por acaso, repara que tudo à sua volta parece ter mudado. As caras de algumas das pessoas com quem se cruza têm expressões estranhamente distorcidas. Por todo o lado, vê anúncios de néon cintilantes com estranhas mensagens e ordens inequívocas. John apercebe-se de que o mundo em que vive se encontra ocupado por extraterrestres. Tudo indica uma invasão meticulosamente planeada. As criaturas extraterrestres estão a saquear sistematicamente o planeta Terra - e praticamente ninguém consegue resistir à lavagem cerebral a que é submetido. Quando John se une a um movimento clandestino que almeja a destruição do quartel- general dos invasores, é descoberto e os extraterrestres iniciam a sua implacável captura... O filme é formado por uma estranha combinação de mensagens que abrem os olhos com uma atuação medíocre, comentário social poderoso com efeitos especiais dos anos 50 e sátira emocionante. Baseado no conto de Ray Nelson, Eight O'Clock in the Morning, o filme é uma daquelas histórias raras subversivas que obriga os espectadores a questionar o seu mundo e os seus arredores. Porque, apesar do fato de o filme ser sobre alienígenas macabros, transmite verdades para os telespectadores que no cinema mainstream são apenas aludidas. Na verdade, olhando mais profundamente para a história, pode-se perceber que há provavelmente mais "ciência" do que "ficção" na história de "Eles Vivem"... especialmente quando se tem "óculos de sol" que demonstram a verdade. É um filme que apesar de ter elementos de sci-fi, demonstra a realidade das mensagens subliminares que nos são transmitidas “indiretamente” para nos lavarem o cérebro.